Tal pesquisa foi desenvolvida para fins de comunicação oral na disciplina de Zoologia. Teve como objetivo revisar e descrever o padrão de pelagem das atualmente listadas nove subespécies de Giraffa camelopardalis, diferenciadas pela distribuição geográfica e pelo padrão das manchas. É um animal gregário constituindo rebanhos ou bandos pouco numerosos, andando rapidamente, a passo travado e associando-se aos antílopes e avestruzes nas savanas africanas ao sul do Saara. Elas têm o corpo relativamente curto, em comparação com o comprimento das pernas e do pescoço, o qual é ornado por uma crina baixa, com base nos padrões do pelo, que escurece com a idade. As G. camelopardalis se distribuem em dois grupos: girafa-do-norte, que são tricornes, isto é, com um corno nasal interocular e dois frontoparientais, apresentando pelagem predominantemente reticulada; e girafa-do-sul, sem corno nasal e a pelagem tem predominantemente malhas irregulares. A longevidade é de aproximadamente 25 anos, mas em cativeiro podem alcançar os 28 anos. Em suma, as manchas pardas possuem um padrão único para cada indivíduo e o auxilia a se mimetizar por entre as sombras das árvores onde habitam. Além do mimetismo para escapar dos predadores, outra função relevante das manchas na pele de uma G. camelopardalis é a de que cada mancha atua como liberação de calor corporal.
Diversidade no Padrão de Pelagem em Subespécies de Giraffa camelopardalis
1. Diversidade no Padrão de
Pelagem em Subespécies
de Giraffa camelopardalis
Acadêmico: Lucas Costa Cabral
Curso: Ciências Biológicas
2. O termo girafa (do árabe
ZARAFA, pelo italiano giraffa) é
uma designação dada a
mamíferos artiodáctilos,
ungulados, ruminantes, do
gênero Giraffa, da família dos
girafídeos.
3. ANCESTRAIS
Ocapi (Okapia johnstoni) ou girafa da floresta é uma das duas espécies
remanescentes da família Girafidae. É nativo das florestas úmidas do nordeste
da República Democrática do Congo. Se assemelham aos girafídeos primitivos que
viveram antes das girafas reais.
4. A evolução do pescoço das girafas: exemplo clássico de seleção natural
Nem Lamarck, em seu livro Filosofia Zoológica, nem Darwin, em seu livro A Origem
das Espécies por meio da seleção natural deram destaque ou utilizaram a girafa
como símbolo do processo evolutivo.
5. Por causa de seu pescoço comprido e rígido, o sistema vascular das girafas possui
particularidades como válvulas especiais que permitem que fluxo sanguíneo alcance o
cérebro (bastante afastado de seu coração) quando levantam a cabeça, e evitam
vertigens quando elas abaixam.
6. CURIOSIDADES
-A gestação da fêmea dura de 420 a 450 dias, nascendo só uma cria de cada vez;
-Os filhotes de girafas caem de uma altura de quase dois metros quando a mãe esta
de pé durante o nascimento;
-As girafas dormem aproximadamente duas horas por dia e um pouco de cada vez;
-A longevidade é de aproximadamente até os 25 anos, mas em cativeiro podem
alcançar os 28 anos.
8. Giraffa camelopardalis
peralta (Thomas, 1898)
Girafa-peralta – Rara, com o
corno nasal. Ameaçada de
extinção, vive na região
Ocidental do continente,
acima da Linha do Equador.
Outrora, presente em Benin,
Burkina Fasso, Gâmbia, Mali,
Nigéria (noroeste), Senegal e
Serra Leoa (leste). Hoje, são
encontradas apenas em
parques nacionais do Níger.
Pelagem: Manchas amarelo-avermelhadas, sendo
várias pequenas, ausentes nas pernas.
9. Giraffa camelopardalis
antiquorum (Swainson, 1835)
Girafa-central – Rara, estatura
pequena em relação ás outras
subespécies, com corno nasal.
Ameaçada de extinção, vive
acima da Linha do Equador, na
República Centro Africana,
Camarões, Congo (norte), Chade
(sul), talvez no Sudão (oeste, ou
nos estados centrais de Kurdufan;
que não está longe de Sennar).
Pelagem: Manchas mais irregulares entre todas
as subespécies, as quais se estendem às pernas,
isto é, suas pernas são cobertas por manchas
irregulares. Entre as manchas, cor marrom
clara desbotada.
10. Giraffa camelopardalis
camelopardalis (Linneaus,
1758) – Primeira a ser
classificada!
Girafa-núbia – Estatura
grande, com corno nasal.
Ameaçada de extinção, vive
acima da Linha do Equador, no
Sudão do Sul (sul; típica da
região de Sennar) e na Etiópia
(oeste; mapa genovês);
Extinta na Eritreia.
Pelagem: Manchas grandes, quadrangulares, cor-de-
avelã, com um branco apagado de fundo, ausentes
nas pernas. Apresenta um colorido próximo
da reticulada, mas suas manchas são separadas por
linhas brancas mais largas, parecidas com a baringo.
11. Giraffa camelopardalis
rothschildi (Lydekker, 1903)
Girafa-baringo – Única que
possui de 3 até 5 cornos!
Estatura média, vive na
região em que passa a Linha
do Equador, no Quênia (lagos
centrais) e Uganda (norte);
talvez no Sudão do sul (sul).
Nota: É considerada parte da
população da G. c.
antiquorum com mistura das
raças do leste.
Pelagem: Manchas retangulares ou circulares, são
mais geométricas, ausentes nas pernas abaixo dos
joelhos. Coloração avermelhada, marrom-
alaranjadas, castanho-escuro com linhas fracas,
porém retilíneas, de cor creme. São facilmente
distinguível entre as outras subespécies, pois o
sinal mais evidente são seus cinco cornos.
12. Giraffa camelopardalis
reticulata (De Winton, 1899)
Girafa-reticulada – É a mais
elegante e maior dentre as
subespécies (os machos podem
alcançar 6 metros de altura),
com corno nasal. Vive na
região Oriental, leste da
África, pouco acima da Linha
do Equador, na Somália (nativa
da árida região sudoeste),
Quênia (norte) e Etiópia (sul).
Pelagem: É considerada distinta em razão de sua
espetacular reticulação. Distingue-se facilmente por
sua pelagem, uma delgada e definida retícula branca
separa as suas manchas de coloração intensa, com
vários e pequenos espaços entre si. Manchas grandes e
poligonais bem definidas. Os blocos podem, às vezes,
serem de coloração vermelho escuro e cobrir as pernas
inteiras.
13. Giraffa camelopardalis
tippelskirchi (Matschie, 1898)
Girafa-massai – É a menor de
todas as subespécies (as fêmeas
podem ser menores que 4
metros de altura), pequeno
corno nasal (geralmente
possuem dois cornos e uma
saliência no meio da testa que
pode compreender um terceiro
corno). Com a maior população
das subespécies, vive pouco
abaixo da Linha do Equador, na
região fronteiriça entre o
Quênia e a Tanzânia, onde
habitam os massais. É endêmica
da região que compreende a
reserva natural Masai Mara.
Pelagem: Manchas irregulares que se estendem às
pernas (padrão de manchas mais irregular entre
todas), em forma de folha de videira, cor-de-
chocolate, podem aparecer como rosetas de marrom
escuro, com o fundo creme-amarelado, ou seja uma
coloração chocolate escuro sobre um fundo
amarelado.
14. Giraffa camelopardalis
thornicrofti (Lydekker, 1903)
Girafa-zambiana – Estatura
pequena, sem corno nasal.
Ameaçada de extinção, vive
no sul da Linha do Equador,
apenas no extremo leste e
norte da Zâmbia, no sul do
Vale Luangwa, de onde são
endêmicas.
Pelagem: Destingui-se por desenhos estrelados
que se estendem às pernas. As manchas escuras
da girafa-zambiana lembram folhas secas e são
de tamanho irregular; parecida com a massai.
15. Giraffa camelopardalis
angolensis (Lydekker, 1903)
Girafa-angolana – Rara,
sem corno nasal. Ameaçada
de extinção, vive no sul da
Linha do Equador, em
Angola (sul), Namíbia
(norte) Botsuana (oeste) e
na Zâmbia (oeste).
Pelagem: Manchas largas, grandes e irregulares,
relativamente leve na cor, sub-quadrangulares com
seus contornos bem marcados, algumas com vincos
envolta de seus contornos, manchas espaçadas que se
estendem às pernas.
16. Giraffa camelopardalis girafa
(Boddaert, 1785)
Girafa-sul-africana – Sem
corno nasal. Com grande
população, vive no sul da
Linha do Equador, na África
do Sul (norte), Botsuana,
Moçambique, Zimbábue (sul),
Namíbia e Suazilânida
(introduzida).
Pelagem: Manchas irregulares, arredondadas,
descoloridas e mais espaçadas, algumas com
extensões tipo retângulos com um tom amarelo
queimado de fundo que se estendem às pernas
inteiras.
18. Em suma, as manchas pardas possuem um padrão único para cada indivíduo e o
auxilia a se mimetizar por entre as sombras das árvores onde habitam. Além do
mimetismo para escapar dos predadores, outra função relevante das manchas na
pele de uma girafa é a de que cada mancha atua como liberação de calor
corporal.
19. Referências (em inglês)
Gould, Stephen jay. 1996 (maio). The Tallest Tale. Natural History
vol. 105 nº 5
Simmons & Scheepers. 1996. Winning by a Neck: Sexual Seletion in
the Evolution of Giraffe. The American Naturalist vol. 148