3. Classificação de corpos menores do SS
Classificação de objetos
menores do Sistema Solar.
Algumas das definições
de diferentes tipos de
objetos se sobrepõem.
Por exemplo, os maiores
asteroides são também
classificados como
planetas anões. Fonte:
Comins; Kaufmann, 2011,
p. 255.
4. Introdução
• A formação do Sistema
Solar ocorreu de forma
bastante desordenada,
com planetesimais
colidindo para formar
planetas e os seus
satélites, durante
bilhões de anos.
Por isso, o estudo desses corpos é importante para melhor
compreensão da formação do SS.
5. Formação do Sistema Solar
• Os anéis ao redor da massa central - que deu origem ao Sol - se
estruturariam para formar os planetas. Exceto um desses anéis não
deu origem a um planeta - o Cinturão de Asteroides, que veremos
mais adiante.
6. Introdução
• O Sistema Solar contém elementos pesados, constituídos
das primeiras gerações de estrelas.
!
• Colisões nos primórdios do Sistema Solar levaram à
formação dos planetas.
!
• Formação dos planetas interiores resultante de impactos
de rochas e pequenas partículas do disco protoplanetário
do Sistema Solar.
!
• Muitos desses fragmentos são classificados como
planetesimais, corpos que podem ter alguns quilômetros
de diâmetro.
10. Satélites de Marte
Fobos e Deimos corresponde aos nomes dos satélites de Marte que, na
mitologia grega, significam "medo" e "pânico". Foram descobertos em
1877 por Asaph Hall.
!
Sugere-se que esses astros tenham se originado do Cinturão de
Asteroides, localizado a 1,3 UA de Marte, com órbitas de grande
excentricidade e, sendo assim, foram capturados pela gravidade de
Marte.
Fobos Deimos
11. Satélites de Marte
É um dos satélites com
período orbital mais rápido
(7,67h) - visto que dista a
apenas 6 mil km de Marte.
Nasce a Oeste e se põe a
leste na superfície de Marte.
Possui forma elipsoidal com
dimensões de 27 x 21 x 19
km. É uma das poucas luas
no Sistema Solar que orbita o
planeta mais rapidamente
que o período de rotação do
próprio planeta.
!
Fobos
13. Satélites de Marte
Possui período orbital de
30,3 horas. Suas dimensões
são 15 x 12 x 11 km. Da
mesma forma que Fobos,
Deimos também possui uma
superfície marcada por
crateras.
Deimos
16. Io
Período orbital de 1,8 dias.
Possui rotação
sincronizada com o
planeta. Superfície
marcada por vulcões e
gêiseres. Estima-se que
os vulcões lancem até 10
trilhões de toneladas de
matéria por ano, a uma
altura de até 500 km da
superfície, material
suficiente para ressurgir Io
a uma profundidade de 1
metro/século.
17. Europa
Constituído principalmente por rochas e silicatos, possui densidade
próxima à da Lua. Além da Terra, seria um dos poucos lugares do
SS onde existiria água líquida em quantidades significativas. A
temperatura na superfície varia entre os -148°C e - 223 °C.
18. Ganimedes
Maior satélite do SS,
superando planetas como
Mercúrio. Possui um
movimento rotacional
sincronizado, orbitando
Júpiter em 7,2 dias.
Semelhantemente a
Europa, possui um núcleo
rico em ferro, um manto
rochoso e oceano líquido
abaixo da superfície. A
atmosfera é bastante
tênue.
19. Calisto
Superfície marcada por crateras,
resultantes de impacto com um
grande asteroide. Período orbital
de 16,7 dias. Atmosfera tênue
constituída de hidrogênio e dióxido
de carbono. Semelhantemente a
Ganimedes, há indícios de haver
um grande oceano líquido.
A ausência de ranhuras na superfície sugere que Calisto não teve
atividade tectônica. O satélite simplesmente congelou-se
rapidamente. Temperaturas superficiais oscilando entre os 80K e
155 K.
20. Satélites de Saturno
Exceto Phoebe e Iapetus, as demais luas de Saturno localizam-se no plano
equatorial do mesmo. São divididas em 3 grupos: 1) Titã - a 6ª maior; 2) luas
congeladas - Mimas, Encélado, Tétis, Dione, Rhea, Iapetus; 3) luas menores
- Phoebe, Hiperion, etc. À exceção de Phoebe, todas as luas de Saturno
orbitam em um movimento de rotação síncrono.
23. Titã
Juntamente com Vênus, e Terra, Titã possui uma atmosfera densa (com
pressão de 1,5 atm). Isso pode indicar a existência de um núcleo rochoso de
silicatos, envolvido em camadas de gelo
Constituído de rochas e gelo, é
a maior lua de Saturno, com
uma massa de 1,37E23 kg. Foi
a primeira lua encontrada com
uma atmosfera, sendo esta
constituída de Nitrogênio (99%)
e Metano (1%). Foram
encontrados também vários
hidrocarbonetos - acetileno,
etileno, hidrogênio cianídrico,
etc. A
24. Satélites de Urano
Muito do que sabemos sobre as luas de Urano se deve à sonda espacial
Voyager, que descobriu mais 10 luas, totalizando 15. Além de Puck, com
diâmetro de 170 km, as 9 luas têm diâmetros entre os 40 a 80 km.
Movem-se no plano
equatorial do planeta e
giram na mesma direção
que o planeta gira.
Miranda, a menor das luas,
possui um diâmetro menor
que 320 km, enquanto que
TItânia e Oberon possuem
1580 e 1550 km,
respectivamente
25. Satélites de Netuno
As duas luas mais conhecidas de Netuno são Tritão e Nereida. Tritão tem
diâmetro de 2720 km, sendo este um dos maiores satélites do Sistema Solar,
enquanto que Nereida possui diâmetro de 355 km. O período de rotação de
Tritão é de 5 dias, com uma órbita inclinada em 20° em relação ao plano
equatorial de Netuno. Já Nereida possui uma órbita bastante excêntrica (e =
0,75), com distâncias em relação a Netuno variando de 1 a 10 milhões de
km.
29. Asteroides
São corpos de forma irregular, rochosos e menos massivos que um
planeta. O tamanho desses corpos pode ser medido quando um
asteroide oculta uma estrela.
30. • O tamanho de um asteroide pode ser medido quando este oculta
uma estrela. É possível, a partir daí, obter a refletividade da luz
visível e a emissão de infravermelho (na faixa dos 10 micrometros),
conhecendo-se também a distância do asteroide em relação ao
Sol, de modo que o fluxo de energia solar incidente na superfície
do asteroide é dado por:
Determinando o raio de um asteroide
31. • É possível também obtermos Albedo - fração da luz refletida de volta
ao espaço, a partir do fluxo luminoso observado da Terra, dado por:
!
!
!
!
!
!
!
• Este fluxo pode ser medido e então determinarmos a quantidade
R²A. A fração de energia absorvida, 1 - A, aquece o asteroide e é
reemitida para o espaço na frequência do infravermelho, que pode
ser medido na Terra.
Determinando o raio de um asteroide
32. • A razão entre o fluxo visível observado e o fluxo infravermelho, é
dada por:
!
!
!
!
!
!
• A partir dessa medida, determinamos A e utilizamos esse valor na
relação R²A, e, finalmente, calculamos R, manipulando a
equação anterior.
Determinando o raio de um asteroide
33. • Observações da refletividade na superfície de asteroides
fornecem algumas informações sobre a composição dos
mesmos, visto que possuem grande proporção de refletividade,
desde o asteroide Nysa, com diâmetro de 82 km e Albedo de
35%, até Cybele, com diâmetro de 280 km e Albedo de apenas
2%. Asteroides de baixo albedo contêm um percentual
substancial de componentes escuros, tais como carbono e
magnetita.
Determinando o raio de um asteroide
34. • Com base nos albedos, composições no Cinturão de Asteroides
variam bastante com a distância em relação ao Sol. Próximo à
órbita de Marte, quase todos os asteroides são brilhantes
(apelidados de tipos S).
!
• Enquanto que a distâncias maiores (3 UA), 80% dos asteroides
são do tipo C - os mais escuros.
Determinando o raio de um asteroide
35. Cinturão de Asteroides
Concentra mais de 90% dos asteroides conhecidos. O semi-eixo
maior das órbitas desses corpos oscila entre os 2,2 e 3,3 UA.
36. Ceres
Foi descoberto por G. Piazzi, em 1801. Possui um diâmetro de 1000
km.Estudos sugerem que Ceres tem um núcleo rochoso e uma camada
exterior de gelo. É classificado também como planeta anão.
37. Vesta
Descoberto por William
Olbers, em 1807,
possui diâmetro de
530 km. Está
localizado no cinturão
de asteroides, a 2,4
UA do Sol. Superfície
caracterizada por
rocha basáltica.
38. Lacunas de Kirkwood
Corresponde a locais "vazios" do Cinturão de Asteroides onde ocorre
ressonância gravitacional devido à gravidade de Júpiter.
39. Asteroides do Cinturão de Kuiper
O catálogo de asteroides dessa região contêm o registro de mais de
1000 objetos que foram descobertos, sendo Eris o maior deles,
observado pela primeira vez em 2003. Com 2400 km de diâmetro, está
a uma distância de 97 UA do Sol.
O Cinturão de Kuiper
foi predito na primeira
metade do séc. XX,
reaparecendo em
meados dos anos 1970
com simulações
numéricas do
movimento de cometas
de longo período.
43. Centauros
Foi classificado também como cometa, após
a identificação de uma coma envolta neste.
Orbita a uma distância média de 14 UA do
Sol, com uma excentricidade de 0,37.
São pequenos objetos
situados entre Júpiter e
Netuno. Um dos mais
conhecidos é o objeto
2060 Quiron.
45. (10199) Chariklo
É o maior asteroide centauro conhecido do SS, com diâmetro de 250 km.
Foi descoberto em meados dos anos 1970. Recentemente, com a
participação de pesquisadores brasileiros, descobriu-se a existência de um
sistema de anéis do Centauro, através da observação de ocultações deste
em uma estrela. Localiza-se a 14 UA do Sol, e possui uma órbita estável.
46. Referências
[1] CANIATO, R. (Re)Descobrindo a Astronomia. Campinas - SP: Editora
Átomo, 2013.
!
[2] COMINS, N. F.; KAUFMANN III, W. J. Discovering the Universe. New
York: W. H. Freeman and Company, 2011.
!
[3] ZEILIK, M.; GREGORY, S. A.; SMITH, E. v. P. Astronomy and
Astrophysics. ZEILIK, Michael; Philadelphia: Saunders College Pub.,
c1987. 2nd ed., v. 1.
!
[4] A formação do Sistema Solar. Disponível em: <http://www.das.inpe.br/
ciaa/cd/HTML/sistema_solar/3_4.htm>, acesso em 28 nov. 2015.
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[5] Corpos menores do Sistema Solar. Disponível em: <http://
astro.if.ufrgs.br/comast/comast.htm>, acesso em: 28 nov. 2015.