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ASMA
DEFINIÇÃO
Doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por
limitação variável ao fluxo aéreo, reversível
espontaneamente ou com tratamento.
Manifesta-se por:
•  Sibilos
•  Dispnéia
•  Aperto no peito
•  Tosse (noite/despertar)
 	
  	
  Gené&ca	
  

	
  	
  	
  	
  Ambiente	
  

	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Inflamação	
  
Inflamação	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Hiperrea&vidade	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Sintomas	
  
Asma	
  e	
  Rinite	
  Alérgica	
  

Fatores	
  
gené&cos	
  

Fatores	
  
ambientais	
  
Prevalência da Asma – ISAAC

International Study of Asthma and Allergies
in Childhood 1998
32
28
Indonésia
Rússia
China
21
Argentina
Brasil
10
Nova Zelândia
Grã Bretanha
2

4

5

8ºlugar
A asma no Brasil
-­‐	
  A asma atinge cerca de 14 milhões de
pessoas
- Responsável por cerca de 300.000
hospitalizações anuais pelo SUS
A asma no Brasil
	
  -­‐	
  Cerca de 2.500 óbitos/ano devidos a
crises de asma
- É a quarta causa de hospitalizações
pelo SUS
Hospitalizações, mortalidade, custos
•  Terceira causa de internação em crianças e
adultos jovens
•  De 1970 a 1995 triplicou a mortalidade, de 0,2
para 0,6/100.000
•  Em 1996 foram gastos R$76.000.000 em
internação por asma-2,8% do gasto anual total
(terceiro maior valor do SUS gasto com uma
doença)
•  Hospitalizações,mortalidade,custos
Relação entre custo e gravidade
Persistente
grave

Persistente
moderada

Intermitente/
Persistente leve
Gravidade

Custos
Inflamação Brônquica
Resultante
de
Interações Complexas
Células
Inflamatórias

Mediadores
Químicos

Células
Estruturais
das Vias Aéreas
Holgete,	
  ST	
  and	
  Polosa	
  R.	
  Nature	
  Reviews	
  (Immunology),	
  2008;	
  8:	
  218-­‐225	
  
Mecanismo	
  -­‐	
  Rinite	
  alérgica	
  
I.	
  Indução	
  da	
  sensibilização:	
  
h 	
  1.	
  Exposição	
  aos	
  alérgenos	
  	
  
h 	
  2.	
  Apresentação	
  do	
  Ag	
  	
  
h 3.	
  A&vação	
  das	
  células	
  TH2	
  
h 	
  4.	
  Síntese	
  de	
  IgE	
  específica	
  

Ag	
  

IgE	
  
TH2	
  

B	
  
IL	
  -­‐	
  4	
  
Alérgeno	
  

Célula	
  dendrí&ca	
  
pep]deo	
  

ICAM	
  1	
  

B7	
  
CD28	
  

MHC	
  classe	
  II	
  
Receptor	
  célula	
  T	
  

LFA-­‐1	
  
Linfócito	
  T	
  
Diferenciação	
  
Citocinas	
  
Proliferação	
  
IL	
  4	
  

+

IL	
  13	
  
Alérgeno	
  

B	
  

Th	
  2	
  

CD	
  40L	
  

CD	
  40	
  

IgE	
  
Mecanismo	
  -­‐	
  Rinite	
  alérgica	
  
II.	
  Reação	
  alérgica	
  imediata:	
  
h 	
  5.	
  Ligação	
  do	
  IgE	
  	
  
h 6.	
  Ligação	
  do	
  alérgeno	
  ao	
  IgE	
  
h 7.	
  Liberação	
  de	
  mediadores	
  
Mastócito	
  
IL4	
  

TNF	
  
Mediadores	
  

Reação	
  alérgica	
  imediata	
  
Fosfolípides	
  

PAF	
  
Liso-­‐PAF	
  

15-­‐LO	
  

Ác.	
  aracdõnico	
  

15-­‐HETE	
  
lipoxinas	
  

Cox-­‐1	
  /	
  COX	
  2	
  

5-­‐LO	
  
FLAP	
  
LTA4	
  
LTA4	
  
hidrolase	
  
LTB4	
  

ace&ltransferase	
  

PGG2	
  
PGH2	
  

LTA4	
  
sintase	
  
LTC4	
  
LTD4	
  
LTE4	
  

Tromboxane	
  
sintetase	
  

PG	
  sintase	
  

PGD2	
  	
  
PGF2α	
  	
  
PGE2	
  
Prostaciclina	
  

TXA2	
  
Receptores	
  de	
  leucotrienos	
  

LTC4	
  
LTD4	
  
LTE4	
  
Receptor	
  
CysLT1	
  

célula	
  

Broncoespasmo	
  
Exsudação	
  plasmá&ca	
  
Vasoconstrição	
  
Vasodilatação	
  
Secreção	
  de	
  muco	
  
Recrutamento	
  de	
  
eosinófilos	
  
Proliferação	
  de	
  
músculos	
  lisos	
  
Mecanismo	
  -­‐	
  Rinite	
  alérgica	
  
III.	
  Inflamação:	
  
IL-­‐4	
  
TNF	
  

TH2	
  

h 	
  8.	
  Regulação	
  das	
  molécula	
  de	
  adesão	
  
h 9.	
  Migração	
  trans-­‐endotelial	
  	
  
h 10.	
  Eosinófilos	
  na	
  mucosa	
  

IL-­‐5	
  
GMCSF	
  
IL-­‐3	
  
ELAM	
  
ICAM	
  

eosinófilo	
  

Inflamação	
  
• Conseqüência imediata:
Hiperreatividade

• Conseqüência tardia:
Remodelamento
Fatores Desencadeantes
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 

Infecções
Mudanças Climáticas
Odores Fortes
Fumaça de cigarro
Emoções
Exercícios
Medicamentos
Antígenos inaláveis
(Mofo, ácaros, pó, etc...
Diagnóstico Clínico
São	
  Indica+vos	
  de	
  Asma:	
  
	
  
•  dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou
desconforto respiratório
•  sintomas episódicos
•  melhora espontânea ou com medicação específica
•  3 ou + episódios de sibilância no último ano
•  história familiar positiva para asma ou atopia
•  diagnósticos alternativos excluídos
Diagnóstico Funcional
1. Espirometria
Obstrução das vias aéreas caracterizada por
diminuição do VEF1 (< 80%) e da relação VEF1/CVF
(< 86 em crianças).
Obstrução ao fluxo aéreo que melhora ou
desaparece após o uso de broncodilatador.	
  
2. Pico de Fluxo Expiratório (PFE)
3. Testes Adicionais
teste de broncoprovocação c/ agentes
broncoconstritores (queda no VEF1 ≥20%)
e por exercício (queda no VEF1 > 10 a 15%).
Prova	
  de	
  função	
  
pulmonar	
  

Teste	
  de	
  exercício	
  
Diagnóstico da Alergia
•  In vivo - provas cutâneas
(técnica de puntura) ⇒
predomínio dos antígenos
inalavéis sendo os mais
frequentes os ácaros
•  In vitro - determinação da
concentração sanguínea de
IgE específica
Diagnóstico Diferencial
Asma na criança é diferente e mais complexa
do que nos adultos:
1)  Muitos elementos do sistema imune, incluindo a apresentação de
antigemos, o sistema T e a produção de anticorpos são imaturos.
2)  O cresciemnto pulmonar é intenso.
3)  A resposta imune pode ser diferente para os diferentes
desencadeadores (vírus, alérgenos, exercícios, etc)
4)  O desbalanço TH1 /TH2 é mais intenso e mais propicio para ocorrer
em crianças
5)  Crianças tem mais comorbidades (DRGE, sinusites, infecções, fibrose
cística, corpo estranho, malformações)
Como diagnosticar a asma?
Crise de asma

Asma - doença
Classificação da Gravidade da
Asma
CLASSIFICAÇÃO
CARACTERÍSITICAS

INTERMITENTE

PERSISTENTE LEVE

PERSISTENTE MODERADA

PERSISTENTE GRAVE

SINTOMAS

Raros

Semanais

Diários

Diários ou contínuos

DESPERTARES NOTURNOS

 
Raros

 
Mensais

 
Semanais

 
Quase diários

NECESSIDADE DE
MEDICAÇÃO RESGATE

 
Rara

 
Eventual

 
Diária

 
Diária

LIMITAÇÕES EXERCÍCIOS

 
Nenhuma

 
Presente nas exacerbações

 
Presente nas exacerbações

 
Contínua

EXACERBAÇÕES

Raras

Afetam atividade e sono

Afetam atividade e sono

Frequentes

VEF1 OU PFE

≥80% predito

≥80% predito

60 – 80% predito

≤ 60% predito

VARIAÇÃO VEF1 OU PFE

 
<20%

 
20 – 30%

 
> 30%

 
> 30%
Manejo da Asma
O objetivo fundamental do manejo da asma é a

OBTENÇÃO DO CONTROLE
Objetivo do tratamento?
	
  	
  	
  	
  	
  Controle
Reduzir o
impacto da
doença

Reduzir o
risco da
doença
Reduzir o impacto da doença
• 
• 
• 
• 
• 

	
  Prevenir sintomas crônicos
Reduzir a necessidade de broncodilatadores
Manter a função pulmonar normal ou próxima do
normal
Manter as atividades em níveis normais
Corresponder às expectativas do paciente e familiares
Reduzir o risco da doença
• 

• 
• 
• 

	
  Prevenir exacerbações recorrentes de asma e
minimizar a necessidade de visitas de emergência e
hospitalização
Prevenir a perda de função pulmonar
Em crianças, prevenir uma redução no crescimento
pulmonar
Prover um tratamento otimizado, com mínimos ou
ausentes eventos adversos
Como tratar a asma?
Medicamentos	
  

Asma	
  	
  	
  
Rinite	
  alérgica	
  

Controle	
  ambiental	
  

Imunoterapia	
  
Como tratar a asma?
Medicamentos	
  

Co-­‐morbidades	
  

Controle	
  ambiental	
  

	
  Rinite	
  alérgica	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Educação	
  
Asma	
  

Imunoterapia	
  
Controle da asma - Fatores relacionados
	
  
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 

Doenças naso-sinusais
Refluxo gastroesofágico
Disfunção cordas vocais
Aspergilose BPA
Fatores ambientais
Distúrbios emocionais
Relação médico / paciente
 

Asma e Rinite Alérgica: duas condições na mesma via aérea

•  Condições freqüentemente
associadas
•  Envolvimento de tecidos
similares
•  Processo inflamatório comum
– Células inflamatórias
– Mediadores inflamatórios

Adaptado	
  de	
  Phillip	
  G	
  et	
  al.	
  Curr	
  Med	
  Res	
  Opin.	
  
2004;20:1549–1558.	
  
Risco futuro

§ 	
  Estabilidade do controle da asma
§  Exacerbações graves
§  Prevenção da perda de função
§  Efeitos colaterais das drogas
Asma
Medicamentos controladores
•  Corticosteróide inalatório
•  Beta-2 agonista de longa duração
•  Montelucaste
•  Teofilina
•  Omalizumabe
•  Corticosteróide oral
ETAPAS DE TRAMENTO
ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

ETAPA 4

ETAPA 5

EDUCAÇÃO EM ASMA
CONTROLE AMBIENTAL
Beta 2 de curta dur.
S/N

Beta 2 de curta dur.
S/N

Beta 2 de curta duração
S/N

Beta 2 de curta dur. S/N

Beta 2 de curta
dur. S/N

Selecione uma das
opções abaixo

Selecione uma das
opções abaixo

Adicionar 1 ou mais em
relação à etapa 3

Adicionar 1 ou mais
em relação à
etapa 4

Dose Moderada ou alta
de CI + LABA

Corticoide
Oral

CI baixa dose + LABA
CI Baixa dose
Crianças < 6
dose moderada de CI

CI dose moderada
Antagonistas dos
receptores de
leucotrienos

CI baixa dose + ant.
Recep. leucotrieno

Antagonistas dos recp.
Leucotrienos

Anti-IgE
Teofilinas

CI dose baixa + Teofilinas

Diretrizes	
  brasileiras	
  para	
  o	
  manejo	
  da	
  asma-­‐	
  2008	
  
Diretrizes para o manejo da asma
NÍVEL	
  DE	
  CONTROLE	
  

Controlada	
  
Parcialmente	
  controlada	
  
Não	
  controlada	
  
Exacerbação	
  
Diretrizes para o manejo da asma
REDUZIR	
  

NÍVEL	
  DE	
  CONTROLE	
  

ACÃO	
  DO	
  TRETAMENTO	
  
Mater	
  e	
  encontrar	
  o	
  nível	
  mínimo	
  
para	
  o	
  controle	
  

parcialmente	
  controlada	
  

Considerar	
  incremento	
  do	
  
nível	
  para	
  controlar	
  

Não	
  controlada	
  
exacerbação	
  

REDUZIR	
  
NÍVEL	
  

1	
  

AUMENTAR	
  

controlada	
  

Aumentar	
  até	
  a+ngir	
  o	
  	
  controle	
  
Tratar	
  como	
  exacerbação	
  

AUMENTAR	
  

NÍVEIS	
  DE	
  TRATAMENTO	
  

NÍVEL	
  

2	
  

NÍVEL	
  

3	
  

NÍVEL	
  

4	
  

NÍVEL	
  

5	
  
Informe del consenso de PRACTALL EAACI / AAAAI

Farmacoterapia	
  para	
  crianças	
  de	
  0	
  a	
  2	
  anos	
  
Diagnóstico de asma: >3 episódios de obstrução brônquica reversivel (6 meses)

Agonistas β2
intermitentes

Primera escolha apesar de evidência
contraditória

LTRA

Terapia de controle, uso diário para sibilância
viral (tratamento de longo e/ou curto prazo)

Corticosteróides
nebulizados ou
inhalados

Terapia de controle diário para asma
persistentea
Tratamento de primeira linha quando existe
evidência de atopia ou alergia

Corticosteróides oraisb Episódios obstrutivos agudos e muito
recorrentes
aSe

é grave ou requer terapia frequente com corticosteroides orais.
b1 a 2 mg/kg/día de prednisona por 3 a 5 dias durante os episodios
obstrutivos agudos e muito recorrentes.
Qual	
  eu	
  uso?????	
  
Classificação
da crise de asma
Indicações de Exames
•  Gasometria:sinais de gravidade,PFE< 30 ou
SaO2≤ 93%
•  Rx:pneumotórax,PNM,atelectasia,internação
•  HC:infecção, há neutrofilia após 4h corticóide
•  Eletrólitos:doenças cardiovasculares, uso de
diuréticos, altas doses de B2 agonistas,
especialmente se associados a xantinas e
corticosteróides
Avaliação Inicial da Crise
•  FR, FC, PFE, musc.acessória, dispnéia, grau de
alerta, cor e SatO2
•  Em paciente incapaz de realizar PFE ou que não
aceita a NBZ, administrar adrenalina (0,01mg/Kg)
sub cutânea
•  Crise leve-moderada:NBZ com B2- agonista:
0,15mg/Kg/dose-máx.5mg/dose(20gt) 1ml=5mg
(fenoterol e salbutamol). Terbutalina 0,3mg/Kg Sol. a
1%, 1ml=10mg.
•  MDI:100-500mcg/dose até 3 doses(FC<140)
•  Resposta parcial:prednisona 1-2mg/Kg/dose
Crise	
  grave	
  
•  O2	
  fluxo	
  mínimo	
  6L/min.,	
  NBZ	
  com	
  B2	
  3x	
  em	
  
1h.	
  e	
  BI	
  (250-­‐500mcg	
  /dose-­‐20-­‐40gts).	
  A	
  	
  
cor&coterapia	
  sistêmica	
  reduz	
  a	
  internação	
  
hospitalar(V.O.	
  x	
  E.V.)	
  
•  Boa	
  resposta:PFE>70%,↓FR,	
  ↓	
  FC	
  e	
  
SatO2>95%.B2	
  a	
  cada	
  2h	
  e	
  observar	
  por	
  1h.	
  Se	
  
estável:PFE>70%	
  e	
  SatO2	
  >	
  95%	
  alta	
  com	
  
prednisona	
  por	
  7	
  d.	
  e	
  B2.	
  
Crise grave
•  Resposta incompleta:PFE entre 40-70%
↑FR,FC,SatO2 entre 91-95%: O2 e B2 a cada
20min.(0,15mg/Kg) e após 1h. com boa
resposta- alta com prednisona com má
resposta- internação hospitalar
•  Má resposta:PFE<40%, SatO2<91% indicar
hospitalização.
•  Na impossibilidade: PFE/SatO2(FR).
Tratamento	
  Hospitalar	
  
•  Metilprednisolona(1-2mg/Kg de ataque) ou
hidrocortisona(10mg/Kg de ataque) e depois
5mg/Kg(6/6h) ou 4mg/Kg(4/4h)
•  Oxigenioterapia 6-8L/min.
•  B2 e BI(6-12mcg/Kg 1gt=12mcg) manter a
cada 20 min com reavaliação após 1 hora. Se
houver boa resposta manter de 4/4 h
Tratamento Hospitalar
Se não melhorar, considerar:
•  Sulfato de Magnésio IV 25-75mg/kg (máx 2 gr)
em 30 min
•  B2 IV 15mcg/Kg em 15-20min. Após infusão
contínua até 10-15 mcg/kg/min. Ampola a 0,05%
1ml=0,5mg
•  Aminofilina 4-7mg/Kg de ataque(1ml=24mg)
•  UTI
Erros comuns (pronto socorro)
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 

Falta de aferição da FR (sem dispnéia)
Aminofilina como tratamento principal
Subdoses de B2 agonista
Demora no início corticóide ou subdose
Liberação precoce do pronto socorro
Não orientar retorno ou sinais de piora
Não encaminhar ao especialista
Fatores de risco (severidade)
•  A maioria dos que morreram eram APG ou
receberam tto inadequado
•  História prévia de internação em CTI
•  Hospitalização no último ano
•  Necessidade de 3 ou mais medicamentos para
controle
•  Uso frequente de B2 agonista ou corticóide
sistêmico
Fatores de risco (severidade)
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 

Atendimentos frequentes (emergência)
Asma instável
Falta de adesão ao tto
Alta hospitalar a revelia
Doença cardiovascular ou psiquiátrica
Obesidade
Dificuldade no aprendizado
Fatores de risco (UTI)
• 
• 
• 
• 
• 

3 ou mais visitas a emergência (12m)
IgE elevado
Saturação de O2 ≤ 91%
Maior duração da asma
Os pacientes de UTI demoraram para ir ao
médico e não iniciaram corticóide

Pediatr Pulmonol 2004; 37(3):201-9
Tenista número 1 do mundo, Justine Henin
precisou superar não apenas a altura das rivais,
mas também a asma e um passado sofrido.

Veja.	
  Novembro	
  2007	
  
...Justine descobriu que sofre de asma crônica. Ela sentiu dificuldade para
respirar durante o Aberto dos Estados Unidos e decidiu ficar fora do torneio
seguinte, em Pequim. A poluição da cidade chinesa poderia agravar sua asma
recém-diagnosticada.
Paula Radcliffe
	
   Em meio a reclamações contra a alta poluição em
Pequim, a detentora do recorde mundial da
maratona, Paula Radcliffe, surpreendeu ao afirmar
que são o calor e a umidade suas maiores
preocupações para os Jogos Olímpicos.
Apesar de sofrer de asma, a britânica acredita que as
condições da cidade chinesa estão tomando
proporções fora da realidade.
Desse modo, ela revela não compartilhar da opinião do
recordista da prova masculina, Haile Gebrselassie.
Em março, o etíope, que também é asmático,
declinou de disputar as Olimpíadas por causa dos
riscos trazidos pela contaminação no ambiente.
“Preciso de dosagens corretas da minha medicação
para asma, mas depois disso não acho que é algo (a
poluição) para você se preocupar muito”.
Estamos fazendo bem nosso
trabalho?
O	
  QUE	
  FALTA	
  ?	
  
	
  
	
  

INFORMAÇÃO	
  
Drogas utilizadas para o controle da asma
em atletas
ü  Anti

inflamatórios

§ 

Corticóides inalatórios (aTUE)
Antileucotrienos

§ 

Cromoglicato

§ 

ü  Broncodilatadores
§ 
§ 

inalados

Beta agonistas curta e longa duração, com aTUE.
Proibido Fenoterol e suas combinações.

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Asma (Pediatria)

  • 2. DEFINIÇÃO Doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Manifesta-se por: •  Sibilos •  Dispnéia •  Aperto no peito •  Tosse (noite/despertar)
  • 3.      Gené&ca          Ambiente                          Inflamação   Inflamação                  Hiperrea&vidade                            Sintomas  
  • 4. Asma  e  Rinite  Alérgica   Fatores   gené&cos   Fatores   ambientais  
  • 5. Prevalência da Asma – ISAAC International Study of Asthma and Allergies in Childhood 1998 32 28 Indonésia Rússia China 21 Argentina Brasil 10 Nova Zelândia Grã Bretanha 2 4 5 8ºlugar
  • 6. A asma no Brasil -­‐  A asma atinge cerca de 14 milhões de pessoas - Responsável por cerca de 300.000 hospitalizações anuais pelo SUS
  • 7. A asma no Brasil  -­‐  Cerca de 2.500 óbitos/ano devidos a crises de asma - É a quarta causa de hospitalizações pelo SUS
  • 8. Hospitalizações, mortalidade, custos •  Terceira causa de internação em crianças e adultos jovens •  De 1970 a 1995 triplicou a mortalidade, de 0,2 para 0,6/100.000 •  Em 1996 foram gastos R$76.000.000 em internação por asma-2,8% do gasto anual total (terceiro maior valor do SUS gasto com uma doença) •  Hospitalizações,mortalidade,custos
  • 9. Relação entre custo e gravidade Persistente grave Persistente moderada Intermitente/ Persistente leve Gravidade Custos
  • 11. Holgete,  ST  and  Polosa  R.  Nature  Reviews  (Immunology),  2008;  8:  218-­‐225  
  • 12. Mecanismo  -­‐  Rinite  alérgica   I.  Indução  da  sensibilização:   h   1.  Exposição  aos  alérgenos     h   2.  Apresentação  do  Ag     h 3.  A&vação  das  células  TH2   h   4.  Síntese  de  IgE  específica   Ag   IgE   TH2   B   IL  -­‐  4  
  • 13. Alérgeno   Célula  dendrí&ca   pep]deo   ICAM  1   B7   CD28   MHC  classe  II   Receptor  célula  T   LFA-­‐1   Linfócito  T   Diferenciação   Citocinas   Proliferação  
  • 14. IL  4   + IL  13   Alérgeno   B   Th  2   CD  40L   CD  40   IgE  
  • 15. Mecanismo  -­‐  Rinite  alérgica   II.  Reação  alérgica  imediata:   h   5.  Ligação  do  IgE     h 6.  Ligação  do  alérgeno  ao  IgE   h 7.  Liberação  de  mediadores   Mastócito   IL4   TNF   Mediadores   Reação  alérgica  imediata  
  • 16. Fosfolípides   PAF   Liso-­‐PAF   15-­‐LO   Ác.  aracdõnico   15-­‐HETE   lipoxinas   Cox-­‐1  /  COX  2   5-­‐LO   FLAP   LTA4   LTA4   hidrolase   LTB4   ace&ltransferase   PGG2   PGH2   LTA4   sintase   LTC4   LTD4   LTE4   Tromboxane   sintetase   PG  sintase   PGD2     PGF2α     PGE2   Prostaciclina   TXA2  
  • 17. Receptores  de  leucotrienos   LTC4   LTD4   LTE4   Receptor   CysLT1   célula   Broncoespasmo   Exsudação  plasmá&ca   Vasoconstrição   Vasodilatação   Secreção  de  muco   Recrutamento  de   eosinófilos   Proliferação  de   músculos  lisos  
  • 18. Mecanismo  -­‐  Rinite  alérgica   III.  Inflamação:   IL-­‐4   TNF   TH2   h   8.  Regulação  das  molécula  de  adesão   h 9.  Migração  trans-­‐endotelial     h 10.  Eosinófilos  na  mucosa   IL-­‐5   GMCSF   IL-­‐3   ELAM   ICAM   eosinófilo   Inflamação  
  • 20. Fatores Desencadeantes •  •  •  •  •  •  •  •  Infecções Mudanças Climáticas Odores Fortes Fumaça de cigarro Emoções Exercícios Medicamentos Antígenos inaláveis (Mofo, ácaros, pó, etc...
  • 21. Diagnóstico Clínico São  Indica+vos  de  Asma:     •  dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto respiratório •  sintomas episódicos •  melhora espontânea ou com medicação específica •  3 ou + episódios de sibilância no último ano •  história familiar positiva para asma ou atopia •  diagnósticos alternativos excluídos
  • 22. Diagnóstico Funcional 1. Espirometria Obstrução das vias aéreas caracterizada por diminuição do VEF1 (< 80%) e da relação VEF1/CVF (< 86 em crianças). Obstrução ao fluxo aéreo que melhora ou desaparece após o uso de broncodilatador.  
  • 23.
  • 24. 2. Pico de Fluxo Expiratório (PFE)
  • 25.
  • 26. 3. Testes Adicionais teste de broncoprovocação c/ agentes broncoconstritores (queda no VEF1 ≥20%) e por exercício (queda no VEF1 > 10 a 15%).
  • 27. Prova  de  função   pulmonar   Teste  de  exercício  
  • 28. Diagnóstico da Alergia •  In vivo - provas cutâneas (técnica de puntura) ⇒ predomínio dos antígenos inalavéis sendo os mais frequentes os ácaros •  In vitro - determinação da concentração sanguínea de IgE específica
  • 30. Asma na criança é diferente e mais complexa do que nos adultos: 1)  Muitos elementos do sistema imune, incluindo a apresentação de antigemos, o sistema T e a produção de anticorpos são imaturos. 2)  O cresciemnto pulmonar é intenso. 3)  A resposta imune pode ser diferente para os diferentes desencadeadores (vírus, alérgenos, exercícios, etc) 4)  O desbalanço TH1 /TH2 é mais intenso e mais propicio para ocorrer em crianças 5)  Crianças tem mais comorbidades (DRGE, sinusites, infecções, fibrose cística, corpo estranho, malformações)
  • 32. Crise de asma Asma - doença
  • 34. CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSITICAS INTERMITENTE PERSISTENTE LEVE PERSISTENTE MODERADA PERSISTENTE GRAVE SINTOMAS Raros Semanais Diários Diários ou contínuos DESPERTARES NOTURNOS   Raros   Mensais   Semanais   Quase diários NECESSIDADE DE MEDICAÇÃO RESGATE   Rara   Eventual   Diária   Diária LIMITAÇÕES EXERCÍCIOS   Nenhuma   Presente nas exacerbações   Presente nas exacerbações   Contínua EXACERBAÇÕES Raras Afetam atividade e sono Afetam atividade e sono Frequentes VEF1 OU PFE ≥80% predito ≥80% predito 60 – 80% predito ≤ 60% predito VARIAÇÃO VEF1 OU PFE   <20%   20 – 30%   > 30%   > 30%
  • 35. Manejo da Asma O objetivo fundamental do manejo da asma é a OBTENÇÃO DO CONTROLE
  • 36. Objetivo do tratamento?          Controle Reduzir o impacto da doença Reduzir o risco da doença
  • 37. Reduzir o impacto da doença •  •  •  •  •   Prevenir sintomas crônicos Reduzir a necessidade de broncodilatadores Manter a função pulmonar normal ou próxima do normal Manter as atividades em níveis normais Corresponder às expectativas do paciente e familiares
  • 38. Reduzir o risco da doença •  •  •  •   Prevenir exacerbações recorrentes de asma e minimizar a necessidade de visitas de emergência e hospitalização Prevenir a perda de função pulmonar Em crianças, prevenir uma redução no crescimento pulmonar Prover um tratamento otimizado, com mínimos ou ausentes eventos adversos
  • 39. Como tratar a asma? Medicamentos   Asma       Rinite  alérgica   Controle  ambiental   Imunoterapia  
  • 40. Como tratar a asma? Medicamentos   Co-­‐morbidades   Controle  ambiental    Rinite  alérgica                  Educação   Asma   Imunoterapia  
  • 41. Controle da asma - Fatores relacionados   •  •  •  •  •  •  •  Doenças naso-sinusais Refluxo gastroesofágico Disfunção cordas vocais Aspergilose BPA Fatores ambientais Distúrbios emocionais Relação médico / paciente
  • 42.   Asma e Rinite Alérgica: duas condições na mesma via aérea •  Condições freqüentemente associadas •  Envolvimento de tecidos similares •  Processo inflamatório comum – Células inflamatórias – Mediadores inflamatórios Adaptado  de  Phillip  G  et  al.  Curr  Med  Res  Opin.   2004;20:1549–1558.  
  • 43. Risco futuro §   Estabilidade do controle da asma §  Exacerbações graves §  Prevenção da perda de função §  Efeitos colaterais das drogas
  • 44. Asma Medicamentos controladores •  Corticosteróide inalatório •  Beta-2 agonista de longa duração •  Montelucaste •  Teofilina •  Omalizumabe •  Corticosteróide oral
  • 45. ETAPAS DE TRAMENTO ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5 EDUCAÇÃO EM ASMA CONTROLE AMBIENTAL Beta 2 de curta dur. S/N Beta 2 de curta dur. S/N Beta 2 de curta duração S/N Beta 2 de curta dur. S/N Beta 2 de curta dur. S/N Selecione uma das opções abaixo Selecione uma das opções abaixo Adicionar 1 ou mais em relação à etapa 3 Adicionar 1 ou mais em relação à etapa 4 Dose Moderada ou alta de CI + LABA Corticoide Oral CI baixa dose + LABA CI Baixa dose Crianças < 6 dose moderada de CI CI dose moderada Antagonistas dos receptores de leucotrienos CI baixa dose + ant. Recep. leucotrieno Antagonistas dos recp. Leucotrienos Anti-IgE Teofilinas CI dose baixa + Teofilinas Diretrizes  brasileiras  para  o  manejo  da  asma-­‐  2008  
  • 46. Diretrizes para o manejo da asma NÍVEL  DE  CONTROLE   Controlada   Parcialmente  controlada   Não  controlada   Exacerbação  
  • 47. Diretrizes para o manejo da asma
  • 48. REDUZIR   NÍVEL  DE  CONTROLE   ACÃO  DO  TRETAMENTO   Mater  e  encontrar  o  nível  mínimo   para  o  controle   parcialmente  controlada   Considerar  incremento  do   nível  para  controlar   Não  controlada   exacerbação   REDUZIR   NÍVEL   1   AUMENTAR   controlada   Aumentar  até  a+ngir  o    controle   Tratar  como  exacerbação   AUMENTAR   NÍVEIS  DE  TRATAMENTO   NÍVEL   2   NÍVEL   3   NÍVEL   4   NÍVEL   5  
  • 49. Informe del consenso de PRACTALL EAACI / AAAAI Farmacoterapia  para  crianças  de  0  a  2  anos   Diagnóstico de asma: >3 episódios de obstrução brônquica reversivel (6 meses) Agonistas β2 intermitentes Primera escolha apesar de evidência contraditória LTRA Terapia de controle, uso diário para sibilância viral (tratamento de longo e/ou curto prazo) Corticosteróides nebulizados ou inhalados Terapia de controle diário para asma persistentea Tratamento de primeira linha quando existe evidência de atopia ou alergia Corticosteróides oraisb Episódios obstrutivos agudos e muito recorrentes aSe é grave ou requer terapia frequente com corticosteroides orais. b1 a 2 mg/kg/día de prednisona por 3 a 5 dias durante os episodios obstrutivos agudos e muito recorrentes.
  • 51.
  • 53.
  • 54. Indicações de Exames •  Gasometria:sinais de gravidade,PFE< 30 ou SaO2≤ 93% •  Rx:pneumotórax,PNM,atelectasia,internação •  HC:infecção, há neutrofilia após 4h corticóide •  Eletrólitos:doenças cardiovasculares, uso de diuréticos, altas doses de B2 agonistas, especialmente se associados a xantinas e corticosteróides
  • 55.
  • 56. Avaliação Inicial da Crise •  FR, FC, PFE, musc.acessória, dispnéia, grau de alerta, cor e SatO2 •  Em paciente incapaz de realizar PFE ou que não aceita a NBZ, administrar adrenalina (0,01mg/Kg) sub cutânea •  Crise leve-moderada:NBZ com B2- agonista: 0,15mg/Kg/dose-máx.5mg/dose(20gt) 1ml=5mg (fenoterol e salbutamol). Terbutalina 0,3mg/Kg Sol. a 1%, 1ml=10mg. •  MDI:100-500mcg/dose até 3 doses(FC<140) •  Resposta parcial:prednisona 1-2mg/Kg/dose
  • 57. Crise  grave   •  O2  fluxo  mínimo  6L/min.,  NBZ  com  B2  3x  em   1h.  e  BI  (250-­‐500mcg  /dose-­‐20-­‐40gts).  A     cor&coterapia  sistêmica  reduz  a  internação   hospitalar(V.O.  x  E.V.)   •  Boa  resposta:PFE>70%,↓FR,  ↓  FC  e   SatO2>95%.B2  a  cada  2h  e  observar  por  1h.  Se   estável:PFE>70%  e  SatO2  >  95%  alta  com   prednisona  por  7  d.  e  B2.  
  • 58. Crise grave •  Resposta incompleta:PFE entre 40-70% ↑FR,FC,SatO2 entre 91-95%: O2 e B2 a cada 20min.(0,15mg/Kg) e após 1h. com boa resposta- alta com prednisona com má resposta- internação hospitalar •  Má resposta:PFE<40%, SatO2<91% indicar hospitalização. •  Na impossibilidade: PFE/SatO2(FR).
  • 59. Tratamento  Hospitalar   •  Metilprednisolona(1-2mg/Kg de ataque) ou hidrocortisona(10mg/Kg de ataque) e depois 5mg/Kg(6/6h) ou 4mg/Kg(4/4h) •  Oxigenioterapia 6-8L/min. •  B2 e BI(6-12mcg/Kg 1gt=12mcg) manter a cada 20 min com reavaliação após 1 hora. Se houver boa resposta manter de 4/4 h
  • 60. Tratamento Hospitalar Se não melhorar, considerar: •  Sulfato de Magnésio IV 25-75mg/kg (máx 2 gr) em 30 min •  B2 IV 15mcg/Kg em 15-20min. Após infusão contínua até 10-15 mcg/kg/min. Ampola a 0,05% 1ml=0,5mg •  Aminofilina 4-7mg/Kg de ataque(1ml=24mg) •  UTI
  • 61. Erros comuns (pronto socorro) •  •  •  •  •  •  •  Falta de aferição da FR (sem dispnéia) Aminofilina como tratamento principal Subdoses de B2 agonista Demora no início corticóide ou subdose Liberação precoce do pronto socorro Não orientar retorno ou sinais de piora Não encaminhar ao especialista
  • 62. Fatores de risco (severidade) •  A maioria dos que morreram eram APG ou receberam tto inadequado •  História prévia de internação em CTI •  Hospitalização no último ano •  Necessidade de 3 ou mais medicamentos para controle •  Uso frequente de B2 agonista ou corticóide sistêmico
  • 63. Fatores de risco (severidade) •  •  •  •  •  •  •  Atendimentos frequentes (emergência) Asma instável Falta de adesão ao tto Alta hospitalar a revelia Doença cardiovascular ou psiquiátrica Obesidade Dificuldade no aprendizado
  • 64. Fatores de risco (UTI) •  •  •  •  •  3 ou mais visitas a emergência (12m) IgE elevado Saturação de O2 ≤ 91% Maior duração da asma Os pacientes de UTI demoraram para ir ao médico e não iniciaram corticóide Pediatr Pulmonol 2004; 37(3):201-9
  • 65. Tenista número 1 do mundo, Justine Henin precisou superar não apenas a altura das rivais, mas também a asma e um passado sofrido. Veja.  Novembro  2007   ...Justine descobriu que sofre de asma crônica. Ela sentiu dificuldade para respirar durante o Aberto dos Estados Unidos e decidiu ficar fora do torneio seguinte, em Pequim. A poluição da cidade chinesa poderia agravar sua asma recém-diagnosticada.
  • 66. Paula Radcliffe   Em meio a reclamações contra a alta poluição em Pequim, a detentora do recorde mundial da maratona, Paula Radcliffe, surpreendeu ao afirmar que são o calor e a umidade suas maiores preocupações para os Jogos Olímpicos. Apesar de sofrer de asma, a britânica acredita que as condições da cidade chinesa estão tomando proporções fora da realidade. Desse modo, ela revela não compartilhar da opinião do recordista da prova masculina, Haile Gebrselassie. Em março, o etíope, que também é asmático, declinou de disputar as Olimpíadas por causa dos riscos trazidos pela contaminação no ambiente. “Preciso de dosagens corretas da minha medicação para asma, mas depois disso não acho que é algo (a poluição) para você se preocupar muito”.
  • 67. Estamos fazendo bem nosso trabalho?
  • 68.
  • 69. O  QUE  FALTA  ?       INFORMAÇÃO  
  • 70. Drogas utilizadas para o controle da asma em atletas ü  Anti inflamatórios §  Corticóides inalatórios (aTUE) Antileucotrienos §  Cromoglicato §  ü  Broncodilatadores §  §  inalados Beta agonistas curta e longa duração, com aTUE. Proibido Fenoterol e suas combinações.