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Ditadura 
O primeiro presidente militar assumiu o poder em 1964, sendo sucedido por 
mais quatro presidentes do Brasil que governaram durante mais de duas 
décadas sob o regime de repressão. A presidência foi ocupada por generais e 
marechais que foram autores de vários atos institucionais e da promulgação de 
uma nova constituição. 
Governo Castelo Branco (1964-1967) 
Governo Costa e Silva (1967-1969) 
Governo Médici (1969-1974) 
Governo Ernesto Geisel (1974-1979) 
Governo Figueiredo (1979-1985) 
A ditadura militar começou em 31 de março de 1964, quando os militares 
assumiram a presidência do país. Eles permaneceram por 21 anos no comando 
e justificavam os atos da ditadura militar como uma medida para combater os 
problemas governamentais. Acreditavam que esse regime opressor melhoraria 
as condições de vida do Brasil. 
Em 1964 no Brasil João Goulart é deposto e uma ditadura militar é instaurada, 
inspirada na Doutrina de Segurança Nacional (iniciada nos EUA e transportada e 
adaptada aos países sul americanos), e é em nome dessa luta contra a 
"subversão" (suposta ameaça comunista), que era vista em qualquer movimento 
social, que é usada a violência, a tortura, os assassinatos e a violação dos 
direitos humanos, e em luta contra a falta de democracia e a violência. 
A liberdade de imprensa foi garantida no Brasil desde 1821 com D. Pedro I, mas 
com o AI-5, um dos atos institucionais que os militares usaram para controlar o 
país, em 1968 essa liberdade passa a ser limitada. Fica decretado que a 
imprensa só pode expor notícias ou artigos aprovados pelos próprios militares. 
Com o AI-5 no Brasil a imprensa não pode divulgar qualquer noticia ou artigo 
ou outro que esteja criticando implicitamente ou explicitamente o regime militar, 
vigente no país desde 1964, ou conteúdo que faz referência à liberdade, tendo 
que apresentar a determinado militar todas as matérias antes de serem 
publicadas, além de algumas notícias serem proibidas previamente por bilhetes 
ou telefonemas pelos militares. 
Então vários jornalistas passam a ter várias práticas como deixar espaços em
branco no jornal, receitas que não correspondiam com a realidade, falsas 
previsões meteorológicas, piadas que de alguma forma criticassem a ditadura 
( quando era bem disfarçada a ponte de não ser censurada) e entre outros que 
de alguma forma estavam protestando contra a ditadura e que vazassem a 
censura. 
Surgiram também dois tipos de jornais: os alternativos, como o Pasquim, que 
criticavam fortemente a ditadura e que em sua maioria não sobreviveram a mais 
que duas ou três edições, e os clandestinos que eram jornais ou panfletos 
produzidos em péssimas condições e que criticavam os militares e forneciam 
conteúdos ideológicos, esse último, sendo sempre ligado ao comunismo. 
Em contrapartida ás manifestações desses jornalistas os militares fecharam 
inúmeros jornais, cortaram inúmeras matérias, prenderam inúmeros jornalistas e 
até assassinaram alguns jornalistas, como Vladimir Herzog (dado como suicídio 
pelos militares), que acaba chocando o mundo todo, e que combinado a onde de 
desaparecimentos levam a uma onde de manifestações em favor dos direitos 
humanos e da democracia na América Latina. 
Tipos de Torturas: 
Cadeira do Dragão 
Era uma cadeira eletrizada e revestida de zinco que possuía eletricidade. Os 
presos eram obrigados a sentar nela nus, e quando a eletricidade era ligada, 
eles levavam choques por todo o corpo. Em alguns casos, eles tinham sua 
cabeça enfiada em um balde de metal e também levavam choques. 
Pau-de-Arara 
Esse tipo de tortura já havia sido usada durante a escravidão. Nela, o preso era 
amarrado e pendurado em uma barra de ferro, que ficava entre os punhos e os 
joelhos. Nessa posição, eles ficavam nus e levavam choques, queimaduras e 
socos. 
Choques Elétricos 
Eram utilizadas máquinas que geravam choques, podendo ser de maior 
intensidade caso o torturador quisesse. Eram choques fortes que causavam
queimaduras e convulsões. 
Espancamentos 
Os espancamentos eram utilizados em conjunto com outros tipos de tortura. Um 
tipo comum, utilizado naquela época, era o chamado 'telefone', quando o preso 
recebia tapas nos dois ouvidos ao mesmo tempo. Isso era tão forte que poderia 
romper os tímpanos, causar labirintite e provocar a surdez. 
Cama Cirúrgica 
O preso era esticado em uma cama e isso causava rompimento dos nervos. Na 
cama, também eram cometidos outros tipos de torturas, como arrancar todas as 
unhas. 
Afogamentos 
Os torturadores obrigavam os presos a beber água por meio de uma mangueira 
introduzida em sua boca; porém, o nariz era tampado. Também colocavam os 
presos em tonéis ou tambores de água e seguravam sua cabeça até o ponto em 
que eles se afogassem. 
Soro da Verdade 
Esse soro era composto de pentotal sódico e era uma droga psicoativa que 
deixava a vítima em estado sonolento e com redução das barreiras inibitórias. 
Ele causava um efeito que fazia com que as pessoas passassem informações 
que não contariam se estivessem bem. O soro era utilizado para que os presos 
contassem suas participações em grupos de oposição à Ditadura Militar. É uma 
droga considerada perigosa que poderia causar a morte. 
Geladeira 
Deixavam os presos nus e eram colocados em uma cela pequena, 
impossibilitando que eles ficassem em pé. Era alternada a refrigeração do local, 
que ficava entre muito frio e um calor insuportável. Muitas vezes, eles tinham
que ficar nesse local por dias. 
Arrastamento pela viatura 
A vítima era amarrada no carro e era arrastada diversas vezes. Isso fazia com 
que ele sofresse diversas escoriações pelo corpo. Além disso, era obrigado a 
inalar o gás que saía pelo escapamento da viatura. 
Coroa-de-Cristo ou Capacete 
Era utilizado um anel metálico que tinha um mecanismo para diminuir seu 
tamanho, esmagando o crânio da vítima. 
Resistência 
Em 1969, a tortura teve seu período mais difícil no país. As guerrilhas estavam 
com grande atuação e ocorriam muitos assaltos a banco e, com isso, a 
repressão se tornou mais forte. Nessa época, foram criados processos para 
esconder as atitudes dos militares. As mais diversas formas de tortura eram 
praticadas e isso provocou uma onda de suicídios. Elas eram tão violentas e 
marcantes, que o preso não desejava mais viver. O suicídio também foi utilizado 
pelos militares para justificar mortes de prisioneiros nos quartéis e presídios. 
Muitos dos que resistiram tiveram de deixar o país. Outros ficaram, partiram para 
a clandestinidade e até para a luta armada. A repressão aumentou. A tortura e os 
assassinatos nos porões da ditadura foram documentados no livro "Brasil Nunca 
Mais", produzido pelo então assessor do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom 
Paulo Evaristo Arns. 
Alguns fatos começaram a chamar a atenção da sociedade frente às torturas 
praticadas contra presos políticos. Um deles foi o sequestro do embaixador 
norte-americano Charles Elbrick, em 69. O fato chamou a atenção no plano 
internacional, causando constrangimento diplomático para o governo militar. 
Em troca da liberdade do embaixador, os sequestradores exigiram a libertação 
de 15 presos políticos. Foram atendidos e libertaram o embaixador. O hoje 
deputado Fernando Gabeira, do PV do Rio de Janeiro - à época, um dos jovens
que participaram da operação - diz que, hoje, não tomaria a mesma atitude. Ele 
acha que episódios como esse provocaram repressão militar ainda mais forte. 
Para oprimir os opositores, o governo realizava ações principalmente contra as 
organizações de guerrilha. Os principais grupos de guerrilha que atuaram 
durante o governo militar foram: a Aliança Libertadora Nacional (ALN), o 
Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), o Partido Comunista Brasileiro 
(PC do B) e a Vanguarda Armada Revolucionária (VAR – Palmares). Eles 
buscavam derrubar o governo e instalar no país o socialismo. Realizaram 
diversas ações como assaltos a bancos, sequestros de embaixadores e 
atentados contra autoridades. 
Todas as guerrilhas urbanas acabaram destruída,s com seus militantes sendo 
mortos pela repressão. Os que sobreviveram foram presos ou expulsos do país. 
O ato do governo militar para acabar com essas organizações foi a destruição 
da Guerrilha do Araguaia, que havia sido promovida pelo PC do B. 
Durante o mandato do Médici, as torturas contra os presos políticos foram 
intensificadas e quando também, foram verificados os maiores números de 
casos. O governo negava qualquer ação ou prática de tortura. Entretanto, não 
era isso que ocorria, porque existiam locais próprios para a realização de 
torturas nos presos e eram feitos por pessoas especializadas. Devido ao 
sucesso de seu mandato, por diversas razões, Médici pode escolher quem iria 
sucedê-lo: ele optou por Ernesto Geisel. 
Oswaldo Munteal também classifica como "massacre" o episódio conhecido 
como Guerrilha do Araguaia. Entre 1972 e 1974, cerca de 70 pessoas 
vinculadas ao Partido Comunista do Brasil que participaram de ações de 
resistência armada ao regime militar na região da divisa entre os estados do 
Pará, Maranhão e Tocantins. Poucas sobreviveram. 
Ainda hoje, familiares de desaparecidos esperam encontrar os restos mortais de 
seus parentes. 
Outro caso que colocou a ditadura em xeque foi o do jornalista Vladimir Herzog, 
morto em 75, quando era diretor de telejornalismo da TV Cultura. 
No dia 25 de outubro pela manhã, Herzog compareceu ao DOI-CODI em São 
Paulo para depor, sob suspeita de pertencer ao Partido Comunista. No mesmo 
dia, foi encontrado morto na prisão, enforcado com o cinto do macacão de 
presidiário. 
A versão de suicídio, apresentada pelos militares, foi desmentida por outros
detentos, que afirmam ter ouvido gritos de Herzog sendo torturado. Jornalistas, 
que sofriam na pele a censura do regime, paralisaram muitas redações. Milhares 
de pessoas participaram de celebração religiosa na Catedral da Sé, na capital 
paulista. 
Pouco a pouco, a sociedade começou a se mobilizar pelo fim da ditadura. Os 
conflitos da resistência ganhavam repercussão em outros países. 
Movimentos sociais 
Um dos grupos que mais manifestou resistência foi o dos estudantes (UNE-União 
Nacional dos Estudantes) que já estavam pressionando João Goulart por 
reformas e com a ditadura foram proibidos de se organizarem. E estes reagem 
com manifestações, passeatas, "boicotes" e vários movimentos. E em resposta 
foram vigiados, procurados, presos, torturados, assassinados ou exilados, 
obrigando vários estudantes viverem na clandestinidade, com nomes falsos, 
várias moradias, longe da família e etc. 
Os sindicatos também foram também uma grande organização que lutou com 
greves e manifestações, e foram também praticamente “caçados", e um dos 
mais expressivos sindicalistas foi o nosso ex-presidente Lula. 
A Igreja Católica, dividida entre direita e esquerda, apoiaram a ditadura, 
dizendo-se contra o comunismo, mas ao longo da ditadura há inúmeros 
religiosos, como padres e bispos, que lutam contra os militares com pregações, 
manifestações e etc. Estes também foram duramente perseguidos. 
E um dos maiores movimentos foi a Diretas Já (1983-1984), que unia inúmeros 
grupos sociais que lutaram pela eleição direta para presidente, e acaba tendo 
papel importantíssimo para o fim da ditadura militar. 
Estes foram os principais movimentos sociais na ditadura militar no Brasil, mas 
houve outros que foram de extrema importância. 
Pouco a pouco, a sociedade começou a se mobilizar pelo fim da ditadura. Os 
conflitos da resistência ganhavam repercussão em outros países. 
Quando assumiu a presidência, em março de 74, Ernesto Geisel anunciou um 
processo de abertura que ele chamou de lenta, gradual e segura. 
Em 77, o governo lançou o chamado "Pacote de Abril", fechando mais uma vez 
o Congresso para conter o fortalecimento do Movimento Democrático Brasileiro,
partido que vinha crescendo nas urnas. 
Com novo salto de fortalecimento em 78, o MDB já tinha deputados e senadores 
que denunciavam violações de direitos humanos. 
A partir de 1979, o general João Figueiredo continuou o processo de abertura 
política. No entanto, as torturas e atentados a bomba atribuídos ao aparelho da 
repressão ainda ocorriam. 
O país caminhava para o fim de um período marcado pela violência, pela 
censura e pela falta de liberdade. 
Fontes: 
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materia 
s/REPORTAGEM-ESPECIAL/372665-30-ANOS-DA-ANISTIA--- 
A-RESISTENCIA-ARMADA-E-AS-TORTURAS-NO- 
REGIME-MILITAR-BLOCO-1.html 
http://governo-militar. 
info/mos/view/Torturas_no_Regime_Militar/ 
http://bruno-fernande.blogspot.com.br/
Ditadura   tortura e resistencia ( armada e movimentos sociais)

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  • 1. Ditadura O primeiro presidente militar assumiu o poder em 1964, sendo sucedido por mais quatro presidentes do Brasil que governaram durante mais de duas décadas sob o regime de repressão. A presidência foi ocupada por generais e marechais que foram autores de vários atos institucionais e da promulgação de uma nova constituição. Governo Castelo Branco (1964-1967) Governo Costa e Silva (1967-1969) Governo Médici (1969-1974) Governo Ernesto Geisel (1974-1979) Governo Figueiredo (1979-1985) A ditadura militar começou em 31 de março de 1964, quando os militares assumiram a presidência do país. Eles permaneceram por 21 anos no comando e justificavam os atos da ditadura militar como uma medida para combater os problemas governamentais. Acreditavam que esse regime opressor melhoraria as condições de vida do Brasil. Em 1964 no Brasil João Goulart é deposto e uma ditadura militar é instaurada, inspirada na Doutrina de Segurança Nacional (iniciada nos EUA e transportada e adaptada aos países sul americanos), e é em nome dessa luta contra a "subversão" (suposta ameaça comunista), que era vista em qualquer movimento social, que é usada a violência, a tortura, os assassinatos e a violação dos direitos humanos, e em luta contra a falta de democracia e a violência. A liberdade de imprensa foi garantida no Brasil desde 1821 com D. Pedro I, mas com o AI-5, um dos atos institucionais que os militares usaram para controlar o país, em 1968 essa liberdade passa a ser limitada. Fica decretado que a imprensa só pode expor notícias ou artigos aprovados pelos próprios militares. Com o AI-5 no Brasil a imprensa não pode divulgar qualquer noticia ou artigo ou outro que esteja criticando implicitamente ou explicitamente o regime militar, vigente no país desde 1964, ou conteúdo que faz referência à liberdade, tendo que apresentar a determinado militar todas as matérias antes de serem publicadas, além de algumas notícias serem proibidas previamente por bilhetes ou telefonemas pelos militares. Então vários jornalistas passam a ter várias práticas como deixar espaços em
  • 2. branco no jornal, receitas que não correspondiam com a realidade, falsas previsões meteorológicas, piadas que de alguma forma criticassem a ditadura ( quando era bem disfarçada a ponte de não ser censurada) e entre outros que de alguma forma estavam protestando contra a ditadura e que vazassem a censura. Surgiram também dois tipos de jornais: os alternativos, como o Pasquim, que criticavam fortemente a ditadura e que em sua maioria não sobreviveram a mais que duas ou três edições, e os clandestinos que eram jornais ou panfletos produzidos em péssimas condições e que criticavam os militares e forneciam conteúdos ideológicos, esse último, sendo sempre ligado ao comunismo. Em contrapartida ás manifestações desses jornalistas os militares fecharam inúmeros jornais, cortaram inúmeras matérias, prenderam inúmeros jornalistas e até assassinaram alguns jornalistas, como Vladimir Herzog (dado como suicídio pelos militares), que acaba chocando o mundo todo, e que combinado a onde de desaparecimentos levam a uma onde de manifestações em favor dos direitos humanos e da democracia na América Latina. Tipos de Torturas: Cadeira do Dragão Era uma cadeira eletrizada e revestida de zinco que possuía eletricidade. Os presos eram obrigados a sentar nela nus, e quando a eletricidade era ligada, eles levavam choques por todo o corpo. Em alguns casos, eles tinham sua cabeça enfiada em um balde de metal e também levavam choques. Pau-de-Arara Esse tipo de tortura já havia sido usada durante a escravidão. Nela, o preso era amarrado e pendurado em uma barra de ferro, que ficava entre os punhos e os joelhos. Nessa posição, eles ficavam nus e levavam choques, queimaduras e socos. Choques Elétricos Eram utilizadas máquinas que geravam choques, podendo ser de maior intensidade caso o torturador quisesse. Eram choques fortes que causavam
  • 3. queimaduras e convulsões. Espancamentos Os espancamentos eram utilizados em conjunto com outros tipos de tortura. Um tipo comum, utilizado naquela época, era o chamado 'telefone', quando o preso recebia tapas nos dois ouvidos ao mesmo tempo. Isso era tão forte que poderia romper os tímpanos, causar labirintite e provocar a surdez. Cama Cirúrgica O preso era esticado em uma cama e isso causava rompimento dos nervos. Na cama, também eram cometidos outros tipos de torturas, como arrancar todas as unhas. Afogamentos Os torturadores obrigavam os presos a beber água por meio de uma mangueira introduzida em sua boca; porém, o nariz era tampado. Também colocavam os presos em tonéis ou tambores de água e seguravam sua cabeça até o ponto em que eles se afogassem. Soro da Verdade Esse soro era composto de pentotal sódico e era uma droga psicoativa que deixava a vítima em estado sonolento e com redução das barreiras inibitórias. Ele causava um efeito que fazia com que as pessoas passassem informações que não contariam se estivessem bem. O soro era utilizado para que os presos contassem suas participações em grupos de oposição à Ditadura Militar. É uma droga considerada perigosa que poderia causar a morte. Geladeira Deixavam os presos nus e eram colocados em uma cela pequena, impossibilitando que eles ficassem em pé. Era alternada a refrigeração do local, que ficava entre muito frio e um calor insuportável. Muitas vezes, eles tinham
  • 4. que ficar nesse local por dias. Arrastamento pela viatura A vítima era amarrada no carro e era arrastada diversas vezes. Isso fazia com que ele sofresse diversas escoriações pelo corpo. Além disso, era obrigado a inalar o gás que saía pelo escapamento da viatura. Coroa-de-Cristo ou Capacete Era utilizado um anel metálico que tinha um mecanismo para diminuir seu tamanho, esmagando o crânio da vítima. Resistência Em 1969, a tortura teve seu período mais difícil no país. As guerrilhas estavam com grande atuação e ocorriam muitos assaltos a banco e, com isso, a repressão se tornou mais forte. Nessa época, foram criados processos para esconder as atitudes dos militares. As mais diversas formas de tortura eram praticadas e isso provocou uma onda de suicídios. Elas eram tão violentas e marcantes, que o preso não desejava mais viver. O suicídio também foi utilizado pelos militares para justificar mortes de prisioneiros nos quartéis e presídios. Muitos dos que resistiram tiveram de deixar o país. Outros ficaram, partiram para a clandestinidade e até para a luta armada. A repressão aumentou. A tortura e os assassinatos nos porões da ditadura foram documentados no livro "Brasil Nunca Mais", produzido pelo então assessor do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns. Alguns fatos começaram a chamar a atenção da sociedade frente às torturas praticadas contra presos políticos. Um deles foi o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 69. O fato chamou a atenção no plano internacional, causando constrangimento diplomático para o governo militar. Em troca da liberdade do embaixador, os sequestradores exigiram a libertação de 15 presos políticos. Foram atendidos e libertaram o embaixador. O hoje deputado Fernando Gabeira, do PV do Rio de Janeiro - à época, um dos jovens
  • 5. que participaram da operação - diz que, hoje, não tomaria a mesma atitude. Ele acha que episódios como esse provocaram repressão militar ainda mais forte. Para oprimir os opositores, o governo realizava ações principalmente contra as organizações de guerrilha. Os principais grupos de guerrilha que atuaram durante o governo militar foram: a Aliança Libertadora Nacional (ALN), o Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), o Partido Comunista Brasileiro (PC do B) e a Vanguarda Armada Revolucionária (VAR – Palmares). Eles buscavam derrubar o governo e instalar no país o socialismo. Realizaram diversas ações como assaltos a bancos, sequestros de embaixadores e atentados contra autoridades. Todas as guerrilhas urbanas acabaram destruída,s com seus militantes sendo mortos pela repressão. Os que sobreviveram foram presos ou expulsos do país. O ato do governo militar para acabar com essas organizações foi a destruição da Guerrilha do Araguaia, que havia sido promovida pelo PC do B. Durante o mandato do Médici, as torturas contra os presos políticos foram intensificadas e quando também, foram verificados os maiores números de casos. O governo negava qualquer ação ou prática de tortura. Entretanto, não era isso que ocorria, porque existiam locais próprios para a realização de torturas nos presos e eram feitos por pessoas especializadas. Devido ao sucesso de seu mandato, por diversas razões, Médici pode escolher quem iria sucedê-lo: ele optou por Ernesto Geisel. Oswaldo Munteal também classifica como "massacre" o episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia. Entre 1972 e 1974, cerca de 70 pessoas vinculadas ao Partido Comunista do Brasil que participaram de ações de resistência armada ao regime militar na região da divisa entre os estados do Pará, Maranhão e Tocantins. Poucas sobreviveram. Ainda hoje, familiares de desaparecidos esperam encontrar os restos mortais de seus parentes. Outro caso que colocou a ditadura em xeque foi o do jornalista Vladimir Herzog, morto em 75, quando era diretor de telejornalismo da TV Cultura. No dia 25 de outubro pela manhã, Herzog compareceu ao DOI-CODI em São Paulo para depor, sob suspeita de pertencer ao Partido Comunista. No mesmo dia, foi encontrado morto na prisão, enforcado com o cinto do macacão de presidiário. A versão de suicídio, apresentada pelos militares, foi desmentida por outros
  • 6. detentos, que afirmam ter ouvido gritos de Herzog sendo torturado. Jornalistas, que sofriam na pele a censura do regime, paralisaram muitas redações. Milhares de pessoas participaram de celebração religiosa na Catedral da Sé, na capital paulista. Pouco a pouco, a sociedade começou a se mobilizar pelo fim da ditadura. Os conflitos da resistência ganhavam repercussão em outros países. Movimentos sociais Um dos grupos que mais manifestou resistência foi o dos estudantes (UNE-União Nacional dos Estudantes) que já estavam pressionando João Goulart por reformas e com a ditadura foram proibidos de se organizarem. E estes reagem com manifestações, passeatas, "boicotes" e vários movimentos. E em resposta foram vigiados, procurados, presos, torturados, assassinados ou exilados, obrigando vários estudantes viverem na clandestinidade, com nomes falsos, várias moradias, longe da família e etc. Os sindicatos também foram também uma grande organização que lutou com greves e manifestações, e foram também praticamente “caçados", e um dos mais expressivos sindicalistas foi o nosso ex-presidente Lula. A Igreja Católica, dividida entre direita e esquerda, apoiaram a ditadura, dizendo-se contra o comunismo, mas ao longo da ditadura há inúmeros religiosos, como padres e bispos, que lutam contra os militares com pregações, manifestações e etc. Estes também foram duramente perseguidos. E um dos maiores movimentos foi a Diretas Já (1983-1984), que unia inúmeros grupos sociais que lutaram pela eleição direta para presidente, e acaba tendo papel importantíssimo para o fim da ditadura militar. Estes foram os principais movimentos sociais na ditadura militar no Brasil, mas houve outros que foram de extrema importância. Pouco a pouco, a sociedade começou a se mobilizar pelo fim da ditadura. Os conflitos da resistência ganhavam repercussão em outros países. Quando assumiu a presidência, em março de 74, Ernesto Geisel anunciou um processo de abertura que ele chamou de lenta, gradual e segura. Em 77, o governo lançou o chamado "Pacote de Abril", fechando mais uma vez o Congresso para conter o fortalecimento do Movimento Democrático Brasileiro,
  • 7. partido que vinha crescendo nas urnas. Com novo salto de fortalecimento em 78, o MDB já tinha deputados e senadores que denunciavam violações de direitos humanos. A partir de 1979, o general João Figueiredo continuou o processo de abertura política. No entanto, as torturas e atentados a bomba atribuídos ao aparelho da repressão ainda ocorriam. O país caminhava para o fim de um período marcado pela violência, pela censura e pela falta de liberdade. Fontes: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materia s/REPORTAGEM-ESPECIAL/372665-30-ANOS-DA-ANISTIA--- A-RESISTENCIA-ARMADA-E-AS-TORTURAS-NO- REGIME-MILITAR-BLOCO-1.html http://governo-militar. info/mos/view/Torturas_no_Regime_Militar/ http://bruno-fernande.blogspot.com.br/