SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 15
A evolução histórica da roupa interior Masculina e feminina  Trabalho realizado por : -Laura custodio nº16  8ºA Educação  tecnológica  Eb 2/3 LuisSttau Monteiro
Introdução É verdade que ao pensarmos em roupa íntima, visualizamos conjuntos de cuecas e sutiãs. Os tecidos sintéticos e modelos confortáveis que hojedominam o mercado da roupa interior, têm em comum com os primeiros modelos concebidos apenas a finalidade. Ainda assim, os precursores dascuecas e dos boxers não tinham nem de longe a preocupação com a estética .Ao longo dos tempos notou-se uma preocupação com o conforto, praticabilidade e estética, acompanhando as evoluções tecnológicas.
Roupa interior feminina
1900/1910/1920/1930     No final de século XIX, foi criado na França o precursor do soutien, numa tentativa de oferecer às mulheres mais conforto do que o repressor espartilho. A boutique de HeminieCadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos actuais. Em 1914 o soutien foi devidamente reconhecido e patenteado nos Estados Unidos pela nova-iorquina MaryPhelps Jacob. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um pouco de cordão. Ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a WarnerBrothersCorsetCompany, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização do lingerie, porém havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças. A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. O bale russos de Serge de Diaghliev faziam muito sucesso em Paris. E seus trajes neo-orientais inspiraram costureiros como Paul-Poiret e MadeleineVionnet que inventaram roupas que formavam uma silhueta mais natural. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. No ano seguinte, 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.
Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco. Em 1930, a DunlopCompany inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E, a partir de 1938, a DuPont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o náilon saiu do sector de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas.
1940/1950/1960 Com o final da Segunda Guerra Mundial, o NewLook do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cintura.  Nos anos 50 e 60 a roupa interior da mulher começou a enfatizar os seios em vez da cintura. Esta década viu a introdução dum soutien com copas pontiagudas. Nesta altura introduziu-se também o soutien push-up. Ao mesmo tempo, as cuecas das mulheres começaram a ser cada vez mais coloridas e decorativas. As collants tiveram a sua primeira aparição em 1959 inventadas por GlenRavenMills da Carolina do Norte. Mais tarde lançaram também as collants sem costuras empurradas pela popularidade da mini-saia. No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados.
1970/1980/1990 No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corpetes, sem a antiga modelagem claustrofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam cuecas e sutiãs. A década de 80 a cantora Madonna consagrou a exposição da lingerie, usando soutiens, corpetes e cintas-ligas como roupas, e não mais como underwear (roupa de baixo). O público feminino adoptou a ideia e a explora até hoje. A indústria de lingerie, por sua vez, elabora modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências passaram a revelar belos soutiens e corpetes, usados até mesmo em ocasiões formais. Perto do ano 2000, as alcinhas de soutien são propositadamente deixadas à mostra. Revelando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter a higiene e conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e do arsenal de sedução.  Dos anos 90 até os dias de hoje, a lingerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retro, como os boxers, convivem com as cuecas. Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos
Fig1- veste do século XVI
Roupa interior masculina
1900/1910   No primeiro decénio do século XX, a indústria começou a preocupar-se em responder às necessidades do homem de roupa interior limpa e durável. Começou-se a produzir uma espécie de fato-macaco, de mangas e Pernas compridas, feito em malha (com a desvantagem de se tornar muito quente no verão). O surgimento do moinho movido a água e o aumento da mão-de-obra empregue nesta industria, vieram ajudar o aumento da produção. Com as novas máquinas de cortar, dezenas de tecidos eram cortados em simultâneo, o que acelerava o processo da confecção. Assim, uma peça interior que levaria de um a três dias a ser feita manualmente em casa, podia agora ser feita por máquinas em menos de uma hora.
1920/1930 Nesta década apareceu um novo tecido de algodão. Muitos homens e rapazes ainda usavam o fato-macaco como roupa interior, em vários modelos. Eram necessárias as medidas do peito, cintura e tronco (uma medida circular por cima do ombro e por baixo da braguilha) para determinar o tamanho correcto. Surgiram os primeiros tecidos que não encolhem, assim como outras novas tecnologias. Por exemplo, a marca Duofoldcomercializava roupa interior numa fibra de algodão que separava o suor do corpo; a SwissAmerican apresentou um modelo de fato interior com pinças nas costas para um melhor ajuste ao corpo; a Hatchway criou um modelo sem botões; a Carter’s começou a fabricar roupa interior em malhas de algodão mais elegantes, lã e misturas de seda.
1940/1950 Em meados do século, surgiram os teares eléctricos que se vieram sobrepôr aos equipamentos movidos a água, aumentando a rapidez de produção. Com a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) houve necessidade de reduzir os custos, o que levou ao abandono das cinturas elásticas pelo retorno às cinturas ajustáveis com botões de lado. Este retrocesso revoltou os principais fabricantes de roupa interior e alguns consumidores, porque para além de as roupas interiores terem de ser de menor qualidade devido à crise, muitas vezes eram difíceis de encontrar à venda.  As cuecas de malha, os shorts com botões, as molas de pressão, as costas com pinças e o ainda muito usado fato-macaco, tinham-se tornado indispensáveis a muitos homens. Após a guerra, surge um novo processo de prélavagem que impede os tecidos de encolherem, que foi imediatamente adoptado pelos produtores mais importantes. São comercializadas umas cuecas com o tecido cortado em viés, que se adaptavam a todos os movimentos. Surgem também uns boxers largos feitos em tecido semi-elástico, para maior conforto. Começa a haver semelhanças notáveis com a roupa interior actual.
1950/1960   Foi na década de 50 que se deu o maior avanço na evolução da roupa interior masculina. O homem desta época era mais atrevido, e as tradicionais boxers brancas foram abandonadas em função de roupas interiores coloridas e com os mais variados padrões. Acabada a crise causada pela guerra, tanto as cuecas como os boxers eram muito vendidos. São utilizados novos materiais tais como a seda artificial e o nylon. Tornaram-se muito populares as cuecas em malha de nylon numa vasta gama de cores, e no final da década apareceu um modelo sem braguilha em padrões leopardo, tigre e zebra. Também os boxers eram muito decorados. Apesar disso, o algodão manteve-se como o material mais utilizado. Nos anúncios publicitários, as marcas satirizavam o antigamente.
1960 Desde o inicio do século, os preços da roupa interior mantiveram-se constantes durante mais de 50 anos, mas na década de 60, os preços começaram a aumentar. Actualmente, a roupa interior tornou-se uma questão de moda. Algumas das marcas mais antigas (como a Jockey) ainda são das mais vendidas, mas há também muitas marcas novas, e quase todas usam a sensualidade do corpo masculino como chamativo nos seus anúncios publicitários. Nas páginas das revistas em cartazes, marcas como a 2(x)ist, CalvinKlein, Sauvage, RonChereskin e Tommy Hilfiger procuram chamar a atenção recorrendo ao sex-appeal.
Conclusão Actualmente existem diversas marcas que comercializam roupa interior  de grande qualidade, apesar de por vezes darem mais importância ao aspecto do que à funcionalidade, mais às tendências da moda do que à qualidade do design. São utilizados no fabrico de roupa interior diversos tecidos, padrões e recortes anatómicos. Tecnologias modernas na confecção foram agregadas ao produto final, permitindo uma sensação de maciez, toque suave e elasticidade na medida certa. São utilizadas tecnologias de ponta até há pouco tempo exclusivas da roupa interior feminina. O sistema “Slimless” (que substitui as costuras por bandas de silicone) adoptado agora em cuecas, permite efeitos realmente significativos de total conforto com modelagem ajustada e aderência total à pele. Resultado final :beleza ,pracatibilidade e conforto garantidos.

Weitere ähnliche Inhalte

Andere mochten auch

Recursos Tecnológicos na Educação Matemática
Recursos Tecnológicos na Educação MatemáticaRecursos Tecnológicos na Educação Matemática
Recursos Tecnológicos na Educação MatemáticaMery Salgueiro
 
Trabalhando Matemática com o auxílio da tecnologia
Trabalhando Matemática com o auxílio da tecnologiaTrabalhando Matemática com o auxílio da tecnologia
Trabalhando Matemática com o auxílio da tecnologiaelcionenunes
 
Fibras têxteis
Fibras têxteis Fibras têxteis
Fibras têxteis maariane27
 
Apostila conceitosbsicosmalharia
Apostila conceitosbsicosmalhariaApostila conceitosbsicosmalharia
Apostila conceitosbsicosmalhariaLeandro
 
101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01
101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01
101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01Claudia Luzz
 
1 fibras têxteis classificação e propriedades
1 fibras têxteis classificação e propriedades1 fibras têxteis classificação e propriedades
1 fibras têxteis classificação e propriedadesMarcel Jefferson Gonçalves
 
Inovação e Competitividade na Indústria Têxtil Brasileira
Inovação e Competitividade na Indústria Têxtil BrasileiraInovação e Competitividade na Indústria Têxtil Brasileira
Inovação e Competitividade na Indústria Têxtil BrasileiraSinditêxtil-SP
 
Apostila de costura
Apostila de costuraApostila de costura
Apostila de costuraClaudia Luzz
 
Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01
Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01
Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01Claudia Luzz
 
Materiais e tecnologia têxtil III
Materiais e tecnologia têxtil IIIMateriais e tecnologia têxtil III
Materiais e tecnologia têxtil IIIFernanda
 
Botânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetais
Botânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetaisBotânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetais
Botânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetaisharleyac
 
Materiais origem e propriedades
Materiais origem e propriedadesMateriais origem e propriedades
Materiais origem e propriedadesAgostinho NSilva
 

Andere mochten auch (20)

Tecelão
TecelãoTecelão
Tecelão
 
Fibra têxtil
Fibra têxtilFibra têxtil
Fibra têxtil
 
Recursos Tecnológicos na Educação Matemática
Recursos Tecnológicos na Educação MatemáticaRecursos Tecnológicos na Educação Matemática
Recursos Tecnológicos na Educação Matemática
 
Trabalhando Matemática com o auxílio da tecnologia
Trabalhando Matemática com o auxílio da tecnologiaTrabalhando Matemática com o auxílio da tecnologia
Trabalhando Matemática com o auxílio da tecnologia
 
Fibras têxteis
Fibras têxteis Fibras têxteis
Fibras têxteis
 
Apostila conceitosbsicosmalharia
Apostila conceitosbsicosmalhariaApostila conceitosbsicosmalharia
Apostila conceitosbsicosmalharia
 
101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01
101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01
101471857 corte-e-costura-pdf-120914125833-phpapp01
 
Trabalho têxteis
Trabalho têxteisTrabalho têxteis
Trabalho têxteis
 
1 fibras têxteis classificação e propriedades
1 fibras têxteis classificação e propriedades1 fibras têxteis classificação e propriedades
1 fibras têxteis classificação e propriedades
 
Inovação e Competitividade na Indústria Têxtil Brasileira
Inovação e Competitividade na Indústria Têxtil BrasileiraInovação e Competitividade na Indústria Têxtil Brasileira
Inovação e Competitividade na Indústria Têxtil Brasileira
 
Fibras texteis
Fibras texteisFibras texteis
Fibras texteis
 
Apostila de costura
Apostila de costuraApostila de costura
Apostila de costura
 
Aula teórica Fibras têxteis (rm)
Aula teórica Fibras têxteis (rm)Aula teórica Fibras têxteis (rm)
Aula teórica Fibras têxteis (rm)
 
Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01
Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01
Apostilamodelagemlingeriesenai 140918223724-phpapp01
 
Mostruário de tecidos
Mostruário de tecidosMostruário de tecidos
Mostruário de tecidos
 
Tecnologia Textil - Apostilha tecnica
Tecnologia Textil - Apostilha tecnica Tecnologia Textil - Apostilha tecnica
Tecnologia Textil - Apostilha tecnica
 
Materiais e tecnologia têxtil III
Materiais e tecnologia têxtil IIIMateriais e tecnologia têxtil III
Materiais e tecnologia têxtil III
 
Botânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetais
Botânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetaisBotânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetais
Botânica, morfologia e tipos de células e tecidos vegetais
 
Materiais origem e propriedades
Materiais origem e propriedadesMateriais origem e propriedades
Materiais origem e propriedades
 
Materiais e Processos Têxteis
Materiais e Processos TêxteisMateriais e Processos Têxteis
Materiais e Processos Têxteis
 

Ähnlich wie trabalho de et

Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comAymmê Duarte
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comAymmê Duarte
 
Estudo da década de 40
Estudo da década de 40Estudo da década de 40
Estudo da década de 40Aymmê Duarte
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comAymmê Duarte
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comAymmê Duarte
 
A historia da moda
A historia da modaA historia da moda
A historia da modavictorialais
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comAymmê Duarte
 
DemocratizaçãO Da Moda
DemocratizaçãO Da ModaDemocratizaçãO Da Moda
DemocratizaçãO Da Modaguestc7fbf9
 
Portifólio História da Moda Brasileira
Portifólio História da Moda BrasileiraPortifólio História da Moda Brasileira
Portifólio História da Moda BrasileiraCarolina Afiune
 
Apontamentos sobre Moda
Apontamentos sobre ModaApontamentos sobre Moda
Apontamentos sobre Modammdaaraujo
 
10 ícones que inspiraram na moda dos anos 50
10 ícones que inspiraram na moda dos anos 5010 ícones que inspiraram na moda dos anos 50
10 ícones que inspiraram na moda dos anos 50Eun Mi Kim
 
A Evolução do Vestuário Feminino
A Evolução do Vestuário FemininoA Evolução do Vestuário Feminino
A Evolução do Vestuário Femininocomplementoindirecto
 

Ähnlich wie trabalho de et (20)

Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx com
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx com
 
Estudo da década de 40
Estudo da década de 40Estudo da década de 40
Estudo da década de 40
 
moda.pdf
moda.pdfmoda.pdf
moda.pdf
 
A Histórias dos Jeans
A Histórias dos JeansA Histórias dos Jeans
A Histórias dos Jeans
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx com
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx com
 
A historia da moda
A historia da modaA historia da moda
A historia da moda
 
Eu E A Moda
Eu E A ModaEu E A Moda
Eu E A Moda
 
Curso
CursoCurso
Curso
 
Curso
CursoCurso
Curso
 
Relatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx comRelatório sobre a moda no século xx com
Relatório sobre a moda no século xx com
 
DemocratizaçãO Da Moda
DemocratizaçãO Da ModaDemocratizaçãO Da Moda
DemocratizaçãO Da Moda
 
Portifólio História da Moda Brasileira
Portifólio História da Moda BrasileiraPortifólio História da Moda Brasileira
Portifólio História da Moda Brasileira
 
Apontamentos sobre Moda
Apontamentos sobre ModaApontamentos sobre Moda
Apontamentos sobre Moda
 
10 ícones que inspiraram na moda dos anos 50
10 ícones que inspiraram na moda dos anos 5010 ícones que inspiraram na moda dos anos 50
10 ícones que inspiraram na moda dos anos 50
 
A Evolução do Vestuário Feminino
A Evolução do Vestuário FemininoA Evolução do Vestuário Feminino
A Evolução do Vestuário Feminino
 
Projeto
ProjetoProjeto
Projeto
 
Estilo
EstiloEstilo
Estilo
 
Moda
ModaModa
Moda
 

trabalho de et

  • 1. A evolução histórica da roupa interior Masculina e feminina Trabalho realizado por : -Laura custodio nº16 8ºA Educação tecnológica Eb 2/3 LuisSttau Monteiro
  • 2. Introdução É verdade que ao pensarmos em roupa íntima, visualizamos conjuntos de cuecas e sutiãs. Os tecidos sintéticos e modelos confortáveis que hojedominam o mercado da roupa interior, têm em comum com os primeiros modelos concebidos apenas a finalidade. Ainda assim, os precursores dascuecas e dos boxers não tinham nem de longe a preocupação com a estética .Ao longo dos tempos notou-se uma preocupação com o conforto, praticabilidade e estética, acompanhando as evoluções tecnológicas.
  • 4. 1900/1910/1920/1930     No final de século XIX, foi criado na França o precursor do soutien, numa tentativa de oferecer às mulheres mais conforto do que o repressor espartilho. A boutique de HeminieCadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos actuais. Em 1914 o soutien foi devidamente reconhecido e patenteado nos Estados Unidos pela nova-iorquina MaryPhelps Jacob. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um pouco de cordão. Ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a WarnerBrothersCorsetCompany, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização do lingerie, porém havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças. A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. O bale russos de Serge de Diaghliev faziam muito sucesso em Paris. E seus trajes neo-orientais inspiraram costureiros como Paul-Poiret e MadeleineVionnet que inventaram roupas que formavam uma silhueta mais natural. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. No ano seguinte, 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.
  • 5. Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco. Em 1930, a DunlopCompany inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E, a partir de 1938, a DuPont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o náilon saiu do sector de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas.
  • 6. 1940/1950/1960 Com o final da Segunda Guerra Mundial, o NewLook do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cintura. Nos anos 50 e 60 a roupa interior da mulher começou a enfatizar os seios em vez da cintura. Esta década viu a introdução dum soutien com copas pontiagudas. Nesta altura introduziu-se também o soutien push-up. Ao mesmo tempo, as cuecas das mulheres começaram a ser cada vez mais coloridas e decorativas. As collants tiveram a sua primeira aparição em 1959 inventadas por GlenRavenMills da Carolina do Norte. Mais tarde lançaram também as collants sem costuras empurradas pela popularidade da mini-saia. No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados.
  • 7. 1970/1980/1990 No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corpetes, sem a antiga modelagem claustrofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam cuecas e sutiãs. A década de 80 a cantora Madonna consagrou a exposição da lingerie, usando soutiens, corpetes e cintas-ligas como roupas, e não mais como underwear (roupa de baixo). O público feminino adoptou a ideia e a explora até hoje. A indústria de lingerie, por sua vez, elabora modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências passaram a revelar belos soutiens e corpetes, usados até mesmo em ocasiões formais. Perto do ano 2000, as alcinhas de soutien são propositadamente deixadas à mostra. Revelando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter a higiene e conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e do arsenal de sedução. Dos anos 90 até os dias de hoje, a lingerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retro, como os boxers, convivem com as cuecas. Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos
  • 8. Fig1- veste do século XVI
  • 10. 1900/1910   No primeiro decénio do século XX, a indústria começou a preocupar-se em responder às necessidades do homem de roupa interior limpa e durável. Começou-se a produzir uma espécie de fato-macaco, de mangas e Pernas compridas, feito em malha (com a desvantagem de se tornar muito quente no verão). O surgimento do moinho movido a água e o aumento da mão-de-obra empregue nesta industria, vieram ajudar o aumento da produção. Com as novas máquinas de cortar, dezenas de tecidos eram cortados em simultâneo, o que acelerava o processo da confecção. Assim, uma peça interior que levaria de um a três dias a ser feita manualmente em casa, podia agora ser feita por máquinas em menos de uma hora.
  • 11. 1920/1930 Nesta década apareceu um novo tecido de algodão. Muitos homens e rapazes ainda usavam o fato-macaco como roupa interior, em vários modelos. Eram necessárias as medidas do peito, cintura e tronco (uma medida circular por cima do ombro e por baixo da braguilha) para determinar o tamanho correcto. Surgiram os primeiros tecidos que não encolhem, assim como outras novas tecnologias. Por exemplo, a marca Duofoldcomercializava roupa interior numa fibra de algodão que separava o suor do corpo; a SwissAmerican apresentou um modelo de fato interior com pinças nas costas para um melhor ajuste ao corpo; a Hatchway criou um modelo sem botões; a Carter’s começou a fabricar roupa interior em malhas de algodão mais elegantes, lã e misturas de seda.
  • 12. 1940/1950 Em meados do século, surgiram os teares eléctricos que se vieram sobrepôr aos equipamentos movidos a água, aumentando a rapidez de produção. Com a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) houve necessidade de reduzir os custos, o que levou ao abandono das cinturas elásticas pelo retorno às cinturas ajustáveis com botões de lado. Este retrocesso revoltou os principais fabricantes de roupa interior e alguns consumidores, porque para além de as roupas interiores terem de ser de menor qualidade devido à crise, muitas vezes eram difíceis de encontrar à venda. As cuecas de malha, os shorts com botões, as molas de pressão, as costas com pinças e o ainda muito usado fato-macaco, tinham-se tornado indispensáveis a muitos homens. Após a guerra, surge um novo processo de prélavagem que impede os tecidos de encolherem, que foi imediatamente adoptado pelos produtores mais importantes. São comercializadas umas cuecas com o tecido cortado em viés, que se adaptavam a todos os movimentos. Surgem também uns boxers largos feitos em tecido semi-elástico, para maior conforto. Começa a haver semelhanças notáveis com a roupa interior actual.
  • 13. 1950/1960   Foi na década de 50 que se deu o maior avanço na evolução da roupa interior masculina. O homem desta época era mais atrevido, e as tradicionais boxers brancas foram abandonadas em função de roupas interiores coloridas e com os mais variados padrões. Acabada a crise causada pela guerra, tanto as cuecas como os boxers eram muito vendidos. São utilizados novos materiais tais como a seda artificial e o nylon. Tornaram-se muito populares as cuecas em malha de nylon numa vasta gama de cores, e no final da década apareceu um modelo sem braguilha em padrões leopardo, tigre e zebra. Também os boxers eram muito decorados. Apesar disso, o algodão manteve-se como o material mais utilizado. Nos anúncios publicitários, as marcas satirizavam o antigamente.
  • 14. 1960 Desde o inicio do século, os preços da roupa interior mantiveram-se constantes durante mais de 50 anos, mas na década de 60, os preços começaram a aumentar. Actualmente, a roupa interior tornou-se uma questão de moda. Algumas das marcas mais antigas (como a Jockey) ainda são das mais vendidas, mas há também muitas marcas novas, e quase todas usam a sensualidade do corpo masculino como chamativo nos seus anúncios publicitários. Nas páginas das revistas em cartazes, marcas como a 2(x)ist, CalvinKlein, Sauvage, RonChereskin e Tommy Hilfiger procuram chamar a atenção recorrendo ao sex-appeal.
  • 15. Conclusão Actualmente existem diversas marcas que comercializam roupa interior de grande qualidade, apesar de por vezes darem mais importância ao aspecto do que à funcionalidade, mais às tendências da moda do que à qualidade do design. São utilizados no fabrico de roupa interior diversos tecidos, padrões e recortes anatómicos. Tecnologias modernas na confecção foram agregadas ao produto final, permitindo uma sensação de maciez, toque suave e elasticidade na medida certa. São utilizadas tecnologias de ponta até há pouco tempo exclusivas da roupa interior feminina. O sistema “Slimless” (que substitui as costuras por bandas de silicone) adoptado agora em cuecas, permite efeitos realmente significativos de total conforto com modelagem ajustada e aderência total à pele. Resultado final :beleza ,pracatibilidade e conforto garantidos.