1. A evolução histórica da roupa interior Masculina e feminina Trabalho realizado por : -Laura custodio nº16 8ºA Educação tecnológica Eb 2/3 LuisSttau Monteiro
2. Introdução É verdade que ao pensarmos em roupa íntima, visualizamos conjuntos de cuecas e sutiãs. Os tecidos sintéticos e modelos confortáveis que hojedominam o mercado da roupa interior, têm em comum com os primeiros modelos concebidos apenas a finalidade. Ainda assim, os precursores dascuecas e dos boxers não tinham nem de longe a preocupação com a estética .Ao longo dos tempos notou-se uma preocupação com o conforto, praticabilidade e estética, acompanhando as evoluções tecnológicas.
4. 1900/1910/1920/1930 No final de século XIX, foi criado na França o precursor do soutien, numa tentativa de oferecer às mulheres mais conforto do que o repressor espartilho. A boutique de HeminieCadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos actuais. Em 1914 o soutien foi devidamente reconhecido e patenteado nos Estados Unidos pela nova-iorquina MaryPhelps Jacob. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um pouco de cordão. Ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a WarnerBrothersCorsetCompany, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização do lingerie, porém havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças. A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. O bale russos de Serge de Diaghliev faziam muito sucesso em Paris. E seus trajes neo-orientais inspiraram costureiros como Paul-Poiret e MadeleineVionnet que inventaram roupas que formavam uma silhueta mais natural. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. No ano seguinte, 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.
5. Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco. Em 1930, a DunlopCompany inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E, a partir de 1938, a DuPont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o náilon saiu do sector de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas.
6. 1940/1950/1960 Com o final da Segunda Guerra Mundial, o NewLook do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cintura. Nos anos 50 e 60 a roupa interior da mulher começou a enfatizar os seios em vez da cintura. Esta década viu a introdução dum soutien com copas pontiagudas. Nesta altura introduziu-se também o soutien push-up. Ao mesmo tempo, as cuecas das mulheres começaram a ser cada vez mais coloridas e decorativas. As collants tiveram a sua primeira aparição em 1959 inventadas por GlenRavenMills da Carolina do Norte. Mais tarde lançaram também as collants sem costuras empurradas pela popularidade da mini-saia. No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados.
7. 1970/1980/1990 No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corpetes, sem a antiga modelagem claustrofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam cuecas e sutiãs. A década de 80 a cantora Madonna consagrou a exposição da lingerie, usando soutiens, corpetes e cintas-ligas como roupas, e não mais como underwear (roupa de baixo). O público feminino adoptou a ideia e a explora até hoje. A indústria de lingerie, por sua vez, elabora modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências passaram a revelar belos soutiens e corpetes, usados até mesmo em ocasiões formais. Perto do ano 2000, as alcinhas de soutien são propositadamente deixadas à mostra. Revelando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter a higiene e conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e do arsenal de sedução. Dos anos 90 até os dias de hoje, a lingerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retro, como os boxers, convivem com as cuecas. Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos
10. 1900/1910 No primeiro decénio do século XX, a indústria começou a preocupar-se em responder às necessidades do homem de roupa interior limpa e durável. Começou-se a produzir uma espécie de fato-macaco, de mangas e Pernas compridas, feito em malha (com a desvantagem de se tornar muito quente no verão). O surgimento do moinho movido a água e o aumento da mão-de-obra empregue nesta industria, vieram ajudar o aumento da produção. Com as novas máquinas de cortar, dezenas de tecidos eram cortados em simultâneo, o que acelerava o processo da confecção. Assim, uma peça interior que levaria de um a três dias a ser feita manualmente em casa, podia agora ser feita por máquinas em menos de uma hora.
11. 1920/1930 Nesta década apareceu um novo tecido de algodão. Muitos homens e rapazes ainda usavam o fato-macaco como roupa interior, em vários modelos. Eram necessárias as medidas do peito, cintura e tronco (uma medida circular por cima do ombro e por baixo da braguilha) para determinar o tamanho correcto. Surgiram os primeiros tecidos que não encolhem, assim como outras novas tecnologias. Por exemplo, a marca Duofoldcomercializava roupa interior numa fibra de algodão que separava o suor do corpo; a SwissAmerican apresentou um modelo de fato interior com pinças nas costas para um melhor ajuste ao corpo; a Hatchway criou um modelo sem botões; a Carter’s começou a fabricar roupa interior em malhas de algodão mais elegantes, lã e misturas de seda.
12. 1940/1950 Em meados do século, surgiram os teares eléctricos que se vieram sobrepôr aos equipamentos movidos a água, aumentando a rapidez de produção. Com a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) houve necessidade de reduzir os custos, o que levou ao abandono das cinturas elásticas pelo retorno às cinturas ajustáveis com botões de lado. Este retrocesso revoltou os principais fabricantes de roupa interior e alguns consumidores, porque para além de as roupas interiores terem de ser de menor qualidade devido à crise, muitas vezes eram difíceis de encontrar à venda. As cuecas de malha, os shorts com botões, as molas de pressão, as costas com pinças e o ainda muito usado fato-macaco, tinham-se tornado indispensáveis a muitos homens. Após a guerra, surge um novo processo de prélavagem que impede os tecidos de encolherem, que foi imediatamente adoptado pelos produtores mais importantes. São comercializadas umas cuecas com o tecido cortado em viés, que se adaptavam a todos os movimentos. Surgem também uns boxers largos feitos em tecido semi-elástico, para maior conforto. Começa a haver semelhanças notáveis com a roupa interior actual.
13. 1950/1960 Foi na década de 50 que se deu o maior avanço na evolução da roupa interior masculina. O homem desta época era mais atrevido, e as tradicionais boxers brancas foram abandonadas em função de roupas interiores coloridas e com os mais variados padrões. Acabada a crise causada pela guerra, tanto as cuecas como os boxers eram muito vendidos. São utilizados novos materiais tais como a seda artificial e o nylon. Tornaram-se muito populares as cuecas em malha de nylon numa vasta gama de cores, e no final da década apareceu um modelo sem braguilha em padrões leopardo, tigre e zebra. Também os boxers eram muito decorados. Apesar disso, o algodão manteve-se como o material mais utilizado. Nos anúncios publicitários, as marcas satirizavam o antigamente.
14. 1960 Desde o inicio do século, os preços da roupa interior mantiveram-se constantes durante mais de 50 anos, mas na década de 60, os preços começaram a aumentar. Actualmente, a roupa interior tornou-se uma questão de moda. Algumas das marcas mais antigas (como a Jockey) ainda são das mais vendidas, mas há também muitas marcas novas, e quase todas usam a sensualidade do corpo masculino como chamativo nos seus anúncios publicitários. Nas páginas das revistas em cartazes, marcas como a 2(x)ist, CalvinKlein, Sauvage, RonChereskin e Tommy Hilfiger procuram chamar a atenção recorrendo ao sex-appeal.
15. Conclusão Actualmente existem diversas marcas que comercializam roupa interior de grande qualidade, apesar de por vezes darem mais importância ao aspecto do que à funcionalidade, mais às tendências da moda do que à qualidade do design. São utilizados no fabrico de roupa interior diversos tecidos, padrões e recortes anatómicos. Tecnologias modernas na confecção foram agregadas ao produto final, permitindo uma sensação de maciez, toque suave e elasticidade na medida certa. São utilizadas tecnologias de ponta até há pouco tempo exclusivas da roupa interior feminina. O sistema “Slimless” (que substitui as costuras por bandas de silicone) adoptado agora em cuecas, permite efeitos realmente significativos de total conforto com modelagem ajustada e aderência total à pele. Resultado final :beleza ,pracatibilidade e conforto garantidos.