2. O que é texto?
Texto é um conjunto de palavras e frases
encadeadas que permitem interpretação e
transmitem uma mensagem.
Um texto é uma unidade linguística de
extensão superior à frase. Pode ser escrito ou
oral.
A segunda propriedade básica do texto é o
fato de ele constituir uma unidade semântica.
Uma ocorrência linguística, para ser texto,
precisa ser percebida pelo receptor como um
todo significativo, ou seja, precisa ter
coerência e coesão.
3. O que é textualidade?
Conjunto de características que fazem com
que um texto se torne um texto e não apenas
um conjunto de frases.
Exemplo:
João saiu. Maria chegou.
João saiu assim que Maria chegou.
João saiu, porque Maria chegou.
4. Fatores de textualidade
Existem sete fatores responsáveis pela
textualidade de um discurso:
Coesão;
Coerência;
Intencionalidade do discurso;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade.
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6. A DOR QUE DÓI MAIS
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o
tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça
na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da
infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que
nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando
se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades
todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da
pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência
consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas
sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas
sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas
sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma
saudade que ninguém sabe como deter.
7. Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no
inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se
ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta
com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango
de padaria, se ela tem assistido às aulas de inglês, se ele aprendeu a
entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele
continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele
continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se
ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais
compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o
pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não
saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se
ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é
nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
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9. Intertextualidade
Intertextualidade acontece quando há uma
referência explícita ou implícita de um texto
em outro. Também pode ocorrer com
outras formas além do texto: pintura, filme,
novela, etc. Assim sendo, toda vez que
uma obra alude a uma outra, ocorre a
intertextualidade.
10. Paródia
Paródia é uma imitação, na maioria das
vezes cômica, de uma
composição literária (também existem
paródias de filmes e músicas), sendo,
portanto, uma imitação que geralmente possui
efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche.
Ela geralmente é parecida com a obra de
origem e quase sempre tem sentidos
diferentes. Na literatura, a paródia é um
processo de intertextualização, com a
finalidade de desconstruir ou reconstruir um
texto.
11.
12. Olha a bomba
Vou te pegar
Essa é a ordem lá da facção
Se ligue agora nessa nova onda
Sou incendiário queimando seu busão
ô ô ô!
Vou enfrentar
Soldado, tenente ou capitão
Jogar pacote na cabine da galera
Chama o esquadrão
Que é pura emoção
OLHA A BOMBA!
Bomba, bomba, olha a bomba!
Bomba, bomba, olha a bomba!
Bomba, bomba, olha a bomba!
Bomba, bomba, olha a bomba!
Link: http://www.vagalume.com.br/parodias
/olha-a-bomba.html#ixzz2t9xCXSuI
13. Paráfrase
Paráfrase é uma reescritura do texto original
com novas palavras sem que o sentido do
mesmo seja modificado. Consiste, portanto,
na reprodução da ideia do autor, utilizando-se
de sinônimos, inversões de períodos, etc.
São exigências de uma boa paráfrase:
►Utilizar a mesma ordem de ideias que
aparece no texto original.
►Não omitir nenhuma informação essencial.
►Utilizar construções que não sejam uma
simples repetição daquelas que estão no
original e, sempre que possível, um
vocabulário também diferente.
14. Quando há a tentativa exagerada (ou intencionalmente
humorística) de se transpor expressões coloquiais para
a norma padrão formal (preciosismo linguístico),
encontramos algumas “paráfrases” cômicas:
● Prosopopeia flácida para acalentar bovinos.
→Conversa mole pra boi dormir.
● Romper a face. → Quebrar a cara.
● Creditar o primata. →Pagar o mico.
● Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de
madeira. →Nem a pau.
● Sequer considerar a possibilidade de a fêmea bovina
expirar fortes contrações laringo-bucais. →Nem que a
vaca tussa.
● Retirar o filhote de equino da perturbação
pluviométrica. →Tirar o cavalinho da chuva.
15. AGORA É A SUA VEZ…
Deixe uma paródia (de sua autoria)
OU
parafraseie uma das citações abaixo:
1) “É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem
que você é tolo, do que falar e acabar com a dúvida.”
(Abraham Lincoln)
2) “A melhor maneira de se esquecer do tempo é usá-lo.”
(Baudelaire)
3) “Para o triunfo do mal basta que os bons fiquem de
braços cruzados.” (Charles Chaplin)
4) “Tempo difícil esse em que estamos, onde é mais fácil
quebrar um átomo do que um preconceito.” (Albert
Einstein)