1. Movimento externo de Caenohalictus incertus (Apidae, Halictini)
na primavera em Joinville, Santa Catarina, Brasil
Andressa Karine Golinski dos Santos¹, Denise Monique Dubet da Silva Mouga¹,
Manuel Warkentin¹, Rogério Nunes Barbosa¹, Vanessa Feretti1
¹Universidade da Região de Joinville
Palavras-chave: fatores abióticos, vento, temperatura, luz, umidade relativa,
limiares
Espécies nativas brasileiras com nível de socialidade comunal tem poucos
estudos realizados sobre a influência dos fatores abióticos no comportamento
de atividade externa. Este trabalho objetiva reunir informações sobre os
limiares do movimento externo de Caenohalictus incertus, abelha nidificante
naturalmente em paredes de tijolos em Joinville, SC. O trabalho realizou-se em
área de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, com 16 ninhos, de
23/09/2013 a 20/12/2013, no horário 8-16h, quatro vezes por semana, a 1-2 m
de distância. Foram anotadas a saída e a entrada de indivíduos (com ou sem
carregamentos), a temperatura (ºC), a umidade relativa (%), a intensidade
luminosa (lux) e o vento (m/s). Foram utilizados termohidrômetro digital ICEL
Manaus modelo HT-208, luxímetro digital ICEL Manaus modelo LD-51 e mini
estação meteorológica Modelo Kestrel 3500. Em 40 dias de observações, foi
verificado movimento externo em 13 (37 registros). O início da atividade
externa ocorreu às 09:32 e o retorno, às 12:31. As saídas se concentraram no
intervalo das 08:00-12:00 (18 registros) e os retornos, das 12:00-14:00 (18
registros). As abelhas fizeram uma só viagem (saída/ retorno) por dia. Os
limiares mínimos e máximos para saída foram: 20ºC e 29,9ºC (temperatura),
45% e 89% (umidade relativa), 001lux e 014lux (valor sob a edificação)/ 026lux
e 1010 lux (valor fora da edificação)(intensidade luminosa), 8,5 m/s (vento
máximo). A comparação dos limiares obtidos neste trabalho com aqueles
obtidos no inverno e no outono mostra que 60% dos patamares ocorreram no
outono, que se configura como estação definidora, numa perspectiva de
sazonalidade.