2. Período composto é aquele período que possui
mais de uma oração. É importante lembrar que
No período composto, as orações podem se
estruturar de duas maneiras diferentes o que
vem ocasionar em dois tipos de período
composto: o período composto por
coordenação (Orações Coordenadas) e o
período composto por subordinação (Orações
Subordinadas). Vamos inicialmente estudar o
período composto por coordenação (Orações
Coordenadas) e em seguida iremos estudar o
período composto por subordinação (Orações
Subordinadas).
3. As orações coordenadas são independentes
sintaticamente. Não exercem nenhuma função
sintática em relação a outra dentro do período.
Elas se dividem em: coordenadas sindéticas
(quando há presença de conjunções
coordenativas) e coordenadas assindéticas
(quando não há ocorrência de conjunção). Para se
saber se uma oração coordenada é sindética
(OCS) ou assindética (OCAss) é só utilizar-se da
exclusão. As coordenadas sindéticas são
reconhecidas e classificadas através das
conjunções coordenativas:
aditiva, alternativa, adversativa, conclusiva e
explicativa.
4. 1- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas:
e, nem, (não somente)... como também.
Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa
prova.
2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas:
mas, contudo, entretanto, porém...
Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante
complexa.
3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções usadas:
quer...quer, ora...ora, ou...ou.
Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.
5. 4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão.
Principais conjunções usadas:
portanto, pois, logo...
Ex.: O professor não elaborou a prova, logo
não poderá aplicá-la na data planejada.
5- Explicativa: ideia de explicação, motivo.
Principais conjunções usadas: pois, porque.
Ex.: O professor não elaborou a
prova, porque ficou doente.
6. Observação importante.
É possível que se confunda oração subordinada adverbial com oração
coordenada sindética. Para que não haja equívoco segue uma regrinha
muito útil:
Para se saber se uma oração é subordinada adverbial ou coordenada
sindética, depois de se ter feito os testes da subord. Substantiva e
subord. Adjetiva (que está explicado na sequência deste estudo) utilize
o teste da inversão.
1. Oração subordinada adverbial.
2. Oração coordenada sindética.
Teste da inversão
1. Mesmo sentido – subordinada adverbial.
2. Sem sentido – coordenada sindética.
7. Ex.
Jogamos bem, mas perdemos.
Inversão:
Mas perdemos, jogamos bem.
(sem sentido, portanto, oração coordenada sindética - OCS).
Nesse caso coordenada sindética adversativa.
Agora, se a frase fosse essa:
Perdemos, embora tenhamos jogado bem.
Inversão:
Embora tenhamos jogado bem, perdemos.
(há sentido, portanto, oração subordinada adverbial – OSAdv.).
Nesse caso adverbial concessiva.
8. Finalizando, é a vez da oração coordenada assindética
(OCAss).
Para se saber que a oração é uma coordenada assindética
submeta-a ao teste da exclusão.
Antes, porém faça todos os testes possíveis (que serão
explicitados na sequência desse estudo).
Se quando a oração for submetida a todos os testes aqui
apresentados, e não for nenhum dos casos de
subordinada, nem o de coordenada sindética, então só
poderá ser uma coordenada assindética.
9. A oração subordinada (termo sintático) é a parte de um
enunciado que não tem sentido próprio, mas precisa de uma
oração que a subordine, que seja a principal.
Três são os tipos de orações subordinadas:
substantivas, adjetivas e adverbiais.
Para se saber quando há ocorrência de uma ou de
outra, pode-se fazer o teste da substituição. Troca-se a
oração subordinada por uma palavra (subst. ISSO – adj. UM
ADJETIVO – adv. UM ADVÉRBIO). Obs: caso após esse teste
não surja nenhuma oração subordinada, especialmente
adverbial é porque muito provavelmente será uma
coordenada sindética. (Se mesmo assim não der certo é
porque a oração é coordenada assindética).
10. As orações subordinadas substantivas podem ser:
- subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. O
verbo da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa do
singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração subordinada.
Ex: É necessário que se estabeleça regras nesta empresa.
- objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração
principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem auxílio
de preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação desse verbo.
Ex: Quero saber como você chegou aqui.
- objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oração
principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, com
auxílio de preposição, indicando o alvo do processo verbal.
Ex: Mariana lembrou-se de que Manoel chegaria mais tarde.
11. - completiva nominal: funciona como complemento nominal
de um nome da oração principal. Está sempre ligada a um
nome da oração principal através de preposição.
Ex: Tenho certeza de que não há esperanças.
- predicativa: funciona como predicado do sujeito da oração
principal. Está sempre ligada ao sujeito da oração principal
através de verbo de ligação.
Ex: Minha vontade é que encontres o teu caminho.
- apositiva: funciona como aposto de um nome da oração
principal. Está sempre ligada a um nome da oração
principal, sem o uso de preposição e sem mediação de verbo
de ligação.
Ex: Faço apenas um pedido: que você nunca abandone os
seus princípios.
12. Subjetiva (O.S.S.S.): exercem função de sujeito do verbo da oração principal. É provável
que ele chegue ainda hoje. (O que é provável?);
Objetiva Direta (O.S.S.O.D.): exercem função de objeto direto (não possui preposição).
Desejo que todos venham. (Quem deseja, deseja algo, alguma coisa);
Objetiva Indireta (O.S.S.O.I.): exercem função de objeto
indireto (possui preposição obrigatória, que vem depois de um VERBO).
Necessitamos de que todos nos ajudem; (Quem necessita, necessita DE algo, DE alguma
coisa ou DE alguém)
Predicativas (O.S.S.P.): exercem função de predicativo. Meu desejo era [verbo de
ligação] que me dessem uma camisa;
Completivas Nominais (O.S.S.C.N.): exercem função de complemento nominal de um
nome da oração principal. Tenho esperança de que ela ainda volte;
Apositivas (O.S.S.A.): todas as apositivas têm dois pontos (:)ou ponto e virgula (;) no
meio da oração. Exercem função de aposto. Desejo-te uma coisa: que sejas muito feliz.
13. Ou seja, todas as orações subordinadas substantivas
podem ser trocadas por isso, disso ou nisso. Veja os
exemplos:
Precisamos de que venha para a aula. =
Precisamos disso. (Disso: completiva nominal ou
objetiva indireta)
Quero que venha para a guerra. = Quero isso. (Isso:
subjetiva, objetiva direta, predicativa)
Fiquei pensando que valia a pena. = Fiquei
pensando nisso. (Nisso: completiva nominal ou
objetiva indireta).
14. Muito parecida com O.S.S, mas você deve fazer a regra da substituição agora
trocando a subordinada por um adjetivo. (achar o pronome relativo e trocar por
adjetivo).
A subordinada adjetiva sempre vem com pronome relativo.
Que (qual, o qual, qual, as quais, os quais), cujo, onde (aonde).
Ex.
Procurávamos um exemplo que esclarecesse nossa dúvida.
A oração iniciada pelo pronome relativo que indica a subordinada.
Então,
Procurávamos um exemplo esclarecedor. (Adjetivo – esclarecedor ).
Deu certo.
Essa, portanto, é uma oração subordinada adjetiva. Resta agora saber se
restritiva ou explicativa.
15. Classificação das OSAdj.
Restritivas – sempre sem vírgula
Explicativa – sempre com vírgula
Assim, o exemplo acima classifica-se como oração subordinada adjetiva
restritiva.
Outro exemplo, agora com explicativa.
Durante a noite, na qual me faltou sono, pensei nela
Regra da substituição.
Durante a noite, insone, pensou nela. (Nesse caso se trocarmos por isso
não dá certo)
Nesse exemplo não se restringe a “noite”, mas explica-se a “noite”.
16. São as orações ligadas ao verbo da oração principal (OP).
Ex.
Priscila chegou em casa quando amanheceu. (verbos: chegou e amanheceu)
A oração subordinada é: quando amanheceu. Isso porque esta oração é que está
ligada à oração principal. Assim:
Priscila chegou / quando amanheceu.
Para ficar mais fácil use a dica da exclusão, ou seja, se não for subordinada
substantiva e nem adjetiva, só pode ser adverbial. Ou seja:
Quando conseguimos trocar uma subordinada por ISSO estamos diante de uma
subord. Substantiva (OSS);
Quando conseguimos trocar uma subordinada por um adjetivo estamos diante de
uma subord. Adjetiva (OSAdj).
17. Portanto, se quando fizermos a regra da substituição e a
oração não for substantiva nem adjetiva, só poderá ser uma
Subord. Adverbial. (ou uma oração coordenada
sindética, como você já viu no tópico das coordenadas)
Tire a prova usando o exemplo acima; primeiro substituindo a
subordinada por ISSO e depois por um ADJETIVO. Não vai dar
certo. Entretanto, se trocarmos a subordinada por um
advérbio, por exemplo, “Priscila chegou em casa cedo” ou
Priscila chegou em casa rápido” tudo se encaixa.
Feito isso, só resta classificar a oração adverbial. Lembrando
que há nove tipos dela.
Apesar de muitos é mais fácil, uma vez que é só verificar a
presença do advérbio na oração subordinada e conferir sua
classificação.
18. a) Causal - indica a causa da consequência expressa na oração
principal. Exemplo: Todos se opuseram a ele, porque não
concordavam com suas idéias.
b) Condicional - indica a condição para que a ação da oração
principal aconteça.
Exemplo: Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito.
c) Temporal - marca o momento em que a ação da oração principal
acontece.
Exemplo: Priscila chegou em casa quando amanheceu.
d) Proporcional - indica ações que acontecem proporcionalmente a
algo expresso na oração principal.
Exemplo: Quanto mais obstáculos surgiam, mais ele se superava.
e) Final - indica a finalidade da ação expressa na oração principal.
Exemplo: O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem.
19. f) Conformativa - indica que a ação da oração principal ocorre em
conformidade com aquilo ali expresso.
Exemplo: Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara.
g) Consecutiva - indica a consequência da ação (causa) expressa na
oração principal.
Exemplo: Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso.
h) Concessiva - indica uma concessão.
Exemplo: Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a
calma.
i) Comparativa - estabelece comparação entre as duas orações (para
evitar a repetição, é comum a omissão do verbo em uma delas).
Exemplo: Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro.
No exemplo c) a oração subordinada classifica-se como temporal uma
vez que seu advérbio indica tempo (chegou quando amanheceu)
OSAdv.
20. Não são introduzidas por conjunção e possuem verbo em uma das
formas nominais (infinitivo, particípio ou gerúndio).
a) Infinitivo (pessoal ou impessoal)
Exemplo:
“Ao terminar a prova, todo candidato deve aguardar.”
Forma Desenvolvida: Quando terminar a prova, todo candidato deve
aguardar.
Análise da Oração: Oração subordinada adverbial temporal
reduzida de infinitivo.
21. b) Gerúndio
Exemplo:
“Ouvimos uma criança chorando na praça.”
Forma Desenvolvida: Ouvimos uma criança que
chorava na praça.
Análise da Oração: Oração subordinada adjetiva
restritiva reduzida de gerúndio.
22. c) Particípio
Exemplo:
“Comprada a casa, a família mudou-se.”
Forma Desenvolvida: Assim que comprou a
casa, a família mudou-se.
Análise da Oração: Oração subordinada
adverbial temporal reduzida de particípio.
23. - Dependendo do contexto, as orações reduzidas podem
permitir mais de um tipo de desenvolvimento.
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações
reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
Exemplos:
Preciso estudar mais este semestre.
Os palhaços estão divertindo as crianças.
A viagem foi cancelada pela agência.