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HISTÓRIAS DE LOUCOS



De motivação e significado
desconhecido é importante a
associação do Homem, nosso objecto
de trabalho, com a espiral tida como
imagem da vida identificando-se nos
tempos mais recentes com a cognição
humana.

Gravura sobre rocha (rocha 72 do
Cachão do Algarve, Vila Velha de
Ródão) datada do neolítico-calcolítico.
HISTÓRIAS DE LOUCOS


   Egito antigo: Livro dos corações (papiro Eber: 1552 a.c.)

   Religiosidade: o mundo dos mortos

   Tratamento mágico-religioso ou cirúrgico (técnica de trepanação)

   Sono do templo ou incubação: Imhotep (2600 a.c.)
HISTÓRIAS DE LOUCOS


            Hipócrates (469 – 379 a.C.)

O cérebro como sede da alma
( Teoria dos humores: Bilis amarela, negra, sangue e linfa.)
( Temperamentos: colérico; melancólico; sanguíneo e fleumático)
(Tratamento: Drenagem humores em excesso: sangria, purgativos
e dieta)
  “...do cérebro, e apenas do cérebro, surgem
  nossos prazeres, alegrias...bem como nossas
  tristezas, dor, pesar e lágrimas. É este mesmo
  órgão que nos torna loucos ou delirantes,
  influencia-nos com terror e medo, traz a
  insónia...e a ansiedade despropositada”.
HISTÓRIAS DE LOUCOS


Aristóteles (384 -322 a.C.)
   - Coração era o centro da alma e
    das emoções.
   - Não fazia a distinção entre nervos
    e tendões.
   - O cérebro resfriava o sangue
    oriundo do coração.
HISTÓRIAS DE LOUCOS


                     Galeno ( 130-200d.C.): Médico grego e a
Império Romano       figura mais importante na medicina
                     romana.

                    Controle da Igreja
Idade Média         Imaginação = realidade
                    O demónio e a Inquisição: possessão
                    Doença moral, orações
                    Os loucos vagantes e a nau
                     dos insensatos: exclusão
                    Bedlam
HISTÓRIAS DE LOUCOS
HISTÓRIAS DE LOUCOS


    ILUMINISMO

    Descartes: dualismo corpo x espírito: Res extensa x res cogitans
    Humanismo: declínio do controle da Igreja – monarquia e burguesia
    Doença mental: surgimento da Psiquiatria




                                    Pinel
HISTÓRIAS DE LOUCOS


       PhilippePinel (1745-1826)
                                          Fundador da Psiquiatria Moderna

- Deixaram de ser encarados como violentos e intratáveis
- Considerados como seres humanos
- Confere à loucura um estatuto científico

- Libertou das correntes os internados em Bicêtre (1793) e Salpêtrière (1795)

- Classifica as doenças em quatro categorias:
                     melancolia, demência, idiotismo e mania
HISTÓRIAS DE LOUCOS
HISTÓRIAS DE LOUCOS




French psychiatrist Philippe Pinel (1745-1826) releasing lunatics from their
            chains at the Salpêtrière asylum in Paris in 1795
HISTÓRIAS DE LOUCOS

  EVOLUÇÃODAPSIQUIATRIA–DA ANTIGUIDADE AO SÉCULO XVIII


 CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS             IDADE MÉDIA
 Conceitos mágicos e sobrenaturais   Regressão do pensamento
 Influência de Espíritos             Influência da Igreja
 Tratamentos Rudimentares


ANTIGA GRÉCIA - HIPÓCRATES           RENASCIMENTO
Quatro humores corporais             Visão Humanista Copérnico,
Importância da hereditariedade       Paracelso, Johann Meyer, São João
Rituais de Purificação               de Deus, São Vicente de Paula
HISTÓRIAS DE LOUCOS



. A loucura como problema em Portugal a partir do Sec. XIX


. Crendices, superstições, bruxas, esconjuros

. Psiquiatria com ideias do humanitarismo iluminista da Revolução
  Francesa

. 1848      1º Hospital Especializado (+ 50 anos depois de Pinel)
HISTÓRIAS DE LOUCOS



. 1539   Padre Fernando Gouveia (Hospital de Todos-os-Santos)


. 1755   Terramoto de Lisboa


. 1763    Reconstrução do Hospital do Rossio com enfermarias
           para o doente mental (S.João de Deus)

. 1775    Transferência para Hospital S. José (enfermarias de
          S.Teotónio e S. Eufémia)
HISTÓRIAS DE LOUCOS



. 1841 - SCM + HSJ - transferência de doentes para Rilhafoles

. 1842 - Real Decreto da Rainha Hospital de Alienados fosse para Rilhafoles

. Bernardino António Gomes - faz estudo da situação na Europa, propondo:
   - construção de 2 hospitais para curáveis em Lisboa e Porto
   - instalação de 1 asilo no Centro do País

. António Maria Ribeiro, Rilhafoles reunia condições:
   - fora do centro da cidade
   - posição mais elevada
   - exposição a nascente e água potável
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. SCM em conflito com classe médica




. 1849 - Colégio Militar para Mafra e doentes para Rilhafoles
HISTÓRIAS DE LOUCOS


 . 1883 - Hospital de Conde Ferreira




. 1878 - Censo realizada na população Portuguesa:
   - População Total: 4 160 315
   - Alienados e Idiotas: 9 106          - 8 363 do continente
                                        -   574 dos Açores
                                        -   169 da Madeira
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1866 - Hospital de Rilhafoles começa a apresentar sinais de decadência


. 1892 - Miguel Bombarda
   - termina com processos inquisitórios de contenção dos doentes
   - institui regimes de ocupação regrada em trabalhos agrícolas


   - idealiza o hospital onde se conjuga:
         = assistência
         = ensino
         = investigação
         = acção social
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. António de Sena - projecto de Organização do Serviço de Alienados

. 1889 - 1ª Lei Orgânica (Lei de Sena)
. António de Sena -
   doença mental como história natural, movimento regressivo do Homem
   defende higiene e profilaxia das doenças mentais
   recomenda medidas eugénicas
   assistência um dever social e hospital como instrumento económico


. Internamento lugar natural da loucura e de abolição, com 2 funções sociais
   - defende e protege sociedade da loucura
   - ajusta o indivíduo à ideologia da produtividade
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1910 - Magalhães Lemos e Júlio de Matos




                                - assistência psiquiátrica
                                - ensino
                                - psiquiatria forense
                                - cultura objectiva da ciência psiquiátrica


        Lei de 5 de Abril de 1896 - decisão de irresponsabilidade:
                  “...a cujas conclusões afirmativas ou negativas de
        loucura confirma valor de sentenças definitivas e enapeláveis.”
HISTÓRIAS DE LOUCOS




. 1942 - inaugurado Hospital Júlio de Matos
   I - ruptura no curso evolutivo do tratamento do doente mental
   II - mudança de atitude social e cultural perante a doença mental


. Continua a não se realizar a verdadeira revolução psiquiátrica:
   - encarar a loucura como doença
   - adoptar atitudes humanas para alivio e ajuda
HISTÓRIAS DE LOUCOS


    1946 –Hospital Sobral CId
HISTÓRIAS DE LOUCOS




   1945 – Manicómio de Sena


1953 – Hospital Magalhães Lemos
Formação de Enfermagem de Saúde Mental




    1º Período ou fase embrionária (1873 a 1950)
Até meados do século XIX, as Enfermeiras eram mulheres formadas por
ordens religiosas, idosas, fracas, mal formadas, e incapazes de dar
seguimento às instruções.
requisitos, “ser sóbria, honesta, sincera, digna de confiança, pontual,
calma e arrumada, limpa e asseada, paciente, alegre e bondosa” e,
possuir uma lista de princípios nomeadamente, cuidados de higiene e
conforto, saber aplicar os tratamentos prescritos, observação da
condição física do paciente.

Miguel Bombarda médico, director do Hospital de Rilhafoles, afirmou a
necessidade de “adestrar” aqueles que estavam incumbidos de executar
as prescrições dos médicos.
Formação de Enfermagem de Saúde Mental




    1º Período ou fase embrionária (1873 a 1950)

O primeiro curso, começou a funcionar nos Hospitais da Universidade de
Coimbra, em Outubro de 1881, considerada a primeira escola de
enfermeiros em Portugal

1885 Tomás de Carvalho, Enfermeiro-Mor do Hospital Real de São José,
solicitou autorização ao governo para abertura de uma escola para
enfermeiros, dando início ao ensino profissional.

28 de Janeiro de 1886, foi criada a primeira escola para o ensino de
enfermagem em Portugal.

Em 1887, abre o curso de enfermeiras regido por Artur Ravara
Formação de Enfermagem de Saúde Mental




    1º Período ou fase embrionária (1873 a 1950)

A primeira formação de Enfermagem de Saúde Mental ocorreu em 1911
no Hospital Conde de Ferreira e, mais tarde no Hospital Miguel
Bombarda, em 1942, ligado à abertura do Hospital Júlio de Matos.
O curso designado Estágio de Enfermagem Psiquiátrica, destinava-se
a todos aqueles que exerciam a profissão de enfermeiro(a) ou que já
tivessem trabalhado em manicómios, ou clínicas oficiais ou particulares
de saúde mental.

E 1943/1945, no hospital Júlio de Matos, tem início o primeiro Curso de
Enfermagem Psiquiátrica com a duração de dois anos, contrariamente
ao que acontecia no Hospital Miguel Bombarda que era de seis meses.
Formação de Enfermagem de Saúde Mental




    2º Período ou fase empírico-científica (1951 a 1969)

Transformações, quer a nível da organização estrutural, quer de
hierarquias e formação profissional visíveis nos seus diplomas



As habilitações literárias requeridas para a frequência do curso de
Enfermagem psiquiátrica eram, até 1942, a 4ª classe.
Formação de Enfermagem de Saúde Mental




   3º Período ou fase Pró – Científica (1970 a 1984)

Primeiro Curso de Especialização em Enfermagem de Saúde
Mental e Psiquiatria, em Lisboa, Porto e Coimbra




    4º Período: de 1985 à actualidade
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1945 - Lei nº 2006            - acção profilática
                                - acção terapêutica
                                - acção pedagógica


. Base II, define como incumbência do Estado

   - orientar, coordenar e fiscalizar
   - estimular e favorecer as iniciativas particulares na assistência
   - criar e manter os serviços considerados necessários
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1945 - Decreto-lei nº 34 502
   1. Divide país em 3 zonas
   2. Regulamenta a
                     - formação e admissão de pessoal
                     - admissão e alta dos doentes

. 1958 - decreto-lei nº 41 759
   1. Completa estrutura fixada pela Lei nº 2006
   2. Cria o Instituto de Assistência Psiquiátrica (I.A.P.)
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1963 - Lei nº 2118 - Bases para a promoção da saúde mental


   § privilegia a SAÚDE e não a doença


. 1964 - Decreto-lei 42 106
   - cria os Centro de Saúde Mental


. Fica por regulamentar o tratamento e internamento compulsivos
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1988 - 2ª fase da Reforma
   Centro de Saúde Mental - filosofia de cuidados assistenciais

. Objectivos
- desenvolvimento de cuidados na comunidade
- fomentar este tipo de cuidados junto de outros técnicos de saúde
- criar e desenvolver unidades de Saúde Mental nos hospitais gerais
- desenvolver programas de reabilitação
- desenvolver novos modelos de financiamento e realocação de recursos
- desenvolver programas de formação e educação dos técnicos
- desenvolvimento de um sistema nacional de informação
HISTÓRIAS DE LOUCOS


. 1993 - Decreto-lei 345/93 - fusão entre
   Direcção Geral dos Cuidados de Primários              DIRECÇÃO
                        e                                GERAL
           Direcção Geral dos Hospitais                  SAÚDE


. Constituição de Grupos de Trabalho

- Revisão da Lei de Saúde Mental          - Articulação com Ordens religiosas
- Psiquiatria forense                       - DSPSM/Segurança Social
- Reabilitação psiquiátrica                 - Formação
HISTÓRIAS DE LOUCOS

                                                                               DPSM
                                        Dec. Lei 413/71
                         Lei 2118/63     27 Setembro
              Dec. Lei     3 Abril                        Dec. Lei 127/92
              41759/58                                       3 Junho
              25 Junho                                                      Despacho
                                        Princípios
Lei 2006/45                             de Saúde                             407/98
  3 Maio                  Centros        Pública                            18 Junho
                          Saúde                             Lei 36/98
                 IAP      Mental                            24 Junho
                                       Nova Lei
                                        Saúde                               Resolução      Plano
                                        Mental                              Conselho      Nacional
Promoção do
                                                                             Ministros     Saúde
Tratamento
                                                          Dec. Lei 8/2010    49/2008       Mental
de Doenças                    Equipas Cuidados              28 Janeiro                   2007/2016
em Regime                       Integrados de
Ambulatório                     Saúde Mental

       desinstitucionalização doentes mentais
HISTÓRIAS DE LOUCOS




Teoria heredo-degenerativa   ASILO

Psiquiatria Clínica          HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

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  • 1. HISTÓRIAS DE LOUCOS De motivação e significado desconhecido é importante a associação do Homem, nosso objecto de trabalho, com a espiral tida como imagem da vida identificando-se nos tempos mais recentes com a cognição humana. Gravura sobre rocha (rocha 72 do Cachão do Algarve, Vila Velha de Ródão) datada do neolítico-calcolítico.
  • 2. HISTÓRIAS DE LOUCOS  Egito antigo: Livro dos corações (papiro Eber: 1552 a.c.)  Religiosidade: o mundo dos mortos  Tratamento mágico-religioso ou cirúrgico (técnica de trepanação)  Sono do templo ou incubação: Imhotep (2600 a.c.)
  • 3. HISTÓRIAS DE LOUCOS Hipócrates (469 – 379 a.C.) O cérebro como sede da alma ( Teoria dos humores: Bilis amarela, negra, sangue e linfa.) ( Temperamentos: colérico; melancólico; sanguíneo e fleumático) (Tratamento: Drenagem humores em excesso: sangria, purgativos e dieta) “...do cérebro, e apenas do cérebro, surgem nossos prazeres, alegrias...bem como nossas tristezas, dor, pesar e lágrimas. É este mesmo órgão que nos torna loucos ou delirantes, influencia-nos com terror e medo, traz a insónia...e a ansiedade despropositada”.
  • 4. HISTÓRIAS DE LOUCOS Aristóteles (384 -322 a.C.)  - Coração era o centro da alma e das emoções.  - Não fazia a distinção entre nervos e tendões.  - O cérebro resfriava o sangue oriundo do coração.
  • 5. HISTÓRIAS DE LOUCOS Galeno ( 130-200d.C.): Médico grego e a Império Romano figura mais importante na medicina romana.  Controle da Igreja Idade Média  Imaginação = realidade  O demónio e a Inquisição: possessão  Doença moral, orações  Os loucos vagantes e a nau  dos insensatos: exclusão  Bedlam
  • 7. HISTÓRIAS DE LOUCOS ILUMINISMO  Descartes: dualismo corpo x espírito: Res extensa x res cogitans  Humanismo: declínio do controle da Igreja – monarquia e burguesia  Doença mental: surgimento da Psiquiatria Pinel
  • 8. HISTÓRIAS DE LOUCOS PhilippePinel (1745-1826) Fundador da Psiquiatria Moderna - Deixaram de ser encarados como violentos e intratáveis - Considerados como seres humanos - Confere à loucura um estatuto científico - Libertou das correntes os internados em Bicêtre (1793) e Salpêtrière (1795) - Classifica as doenças em quatro categorias: melancolia, demência, idiotismo e mania
  • 10. HISTÓRIAS DE LOUCOS French psychiatrist Philippe Pinel (1745-1826) releasing lunatics from their chains at the Salpêtrière asylum in Paris in 1795
  • 11. HISTÓRIAS DE LOUCOS EVOLUÇÃODAPSIQUIATRIA–DA ANTIGUIDADE AO SÉCULO XVIII CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS IDADE MÉDIA Conceitos mágicos e sobrenaturais Regressão do pensamento Influência de Espíritos Influência da Igreja Tratamentos Rudimentares ANTIGA GRÉCIA - HIPÓCRATES RENASCIMENTO Quatro humores corporais Visão Humanista Copérnico, Importância da hereditariedade Paracelso, Johann Meyer, São João Rituais de Purificação de Deus, São Vicente de Paula
  • 12. HISTÓRIAS DE LOUCOS . A loucura como problema em Portugal a partir do Sec. XIX . Crendices, superstições, bruxas, esconjuros . Psiquiatria com ideias do humanitarismo iluminista da Revolução Francesa . 1848 1º Hospital Especializado (+ 50 anos depois de Pinel)
  • 13. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1539 Padre Fernando Gouveia (Hospital de Todos-os-Santos) . 1755 Terramoto de Lisboa . 1763 Reconstrução do Hospital do Rossio com enfermarias para o doente mental (S.João de Deus) . 1775 Transferência para Hospital S. José (enfermarias de S.Teotónio e S. Eufémia)
  • 14. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1841 - SCM + HSJ - transferência de doentes para Rilhafoles . 1842 - Real Decreto da Rainha Hospital de Alienados fosse para Rilhafoles . Bernardino António Gomes - faz estudo da situação na Europa, propondo: - construção de 2 hospitais para curáveis em Lisboa e Porto - instalação de 1 asilo no Centro do País . António Maria Ribeiro, Rilhafoles reunia condições: - fora do centro da cidade - posição mais elevada - exposição a nascente e água potável
  • 15. HISTÓRIAS DE LOUCOS . SCM em conflito com classe médica . 1849 - Colégio Militar para Mafra e doentes para Rilhafoles
  • 16. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1883 - Hospital de Conde Ferreira . 1878 - Censo realizada na população Portuguesa: - População Total: 4 160 315 - Alienados e Idiotas: 9 106 - 8 363 do continente - 574 dos Açores - 169 da Madeira
  • 17. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1866 - Hospital de Rilhafoles começa a apresentar sinais de decadência . 1892 - Miguel Bombarda - termina com processos inquisitórios de contenção dos doentes - institui regimes de ocupação regrada em trabalhos agrícolas - idealiza o hospital onde se conjuga: = assistência = ensino = investigação = acção social
  • 18. HISTÓRIAS DE LOUCOS . António de Sena - projecto de Organização do Serviço de Alienados . 1889 - 1ª Lei Orgânica (Lei de Sena) . António de Sena - doença mental como história natural, movimento regressivo do Homem defende higiene e profilaxia das doenças mentais recomenda medidas eugénicas assistência um dever social e hospital como instrumento económico . Internamento lugar natural da loucura e de abolição, com 2 funções sociais - defende e protege sociedade da loucura - ajusta o indivíduo à ideologia da produtividade
  • 19. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1910 - Magalhães Lemos e Júlio de Matos - assistência psiquiátrica - ensino - psiquiatria forense - cultura objectiva da ciência psiquiátrica Lei de 5 de Abril de 1896 - decisão de irresponsabilidade: “...a cujas conclusões afirmativas ou negativas de loucura confirma valor de sentenças definitivas e enapeláveis.”
  • 20. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1942 - inaugurado Hospital Júlio de Matos I - ruptura no curso evolutivo do tratamento do doente mental II - mudança de atitude social e cultural perante a doença mental . Continua a não se realizar a verdadeira revolução psiquiátrica: - encarar a loucura como doença - adoptar atitudes humanas para alivio e ajuda
  • 21. HISTÓRIAS DE LOUCOS 1946 –Hospital Sobral CId
  • 22. HISTÓRIAS DE LOUCOS 1945 – Manicómio de Sena 1953 – Hospital Magalhães Lemos
  • 23. Formação de Enfermagem de Saúde Mental 1º Período ou fase embrionária (1873 a 1950) Até meados do século XIX, as Enfermeiras eram mulheres formadas por ordens religiosas, idosas, fracas, mal formadas, e incapazes de dar seguimento às instruções. requisitos, “ser sóbria, honesta, sincera, digna de confiança, pontual, calma e arrumada, limpa e asseada, paciente, alegre e bondosa” e, possuir uma lista de princípios nomeadamente, cuidados de higiene e conforto, saber aplicar os tratamentos prescritos, observação da condição física do paciente. Miguel Bombarda médico, director do Hospital de Rilhafoles, afirmou a necessidade de “adestrar” aqueles que estavam incumbidos de executar as prescrições dos médicos.
  • 24. Formação de Enfermagem de Saúde Mental 1º Período ou fase embrionária (1873 a 1950) O primeiro curso, começou a funcionar nos Hospitais da Universidade de Coimbra, em Outubro de 1881, considerada a primeira escola de enfermeiros em Portugal 1885 Tomás de Carvalho, Enfermeiro-Mor do Hospital Real de São José, solicitou autorização ao governo para abertura de uma escola para enfermeiros, dando início ao ensino profissional. 28 de Janeiro de 1886, foi criada a primeira escola para o ensino de enfermagem em Portugal. Em 1887, abre o curso de enfermeiras regido por Artur Ravara
  • 25. Formação de Enfermagem de Saúde Mental 1º Período ou fase embrionária (1873 a 1950) A primeira formação de Enfermagem de Saúde Mental ocorreu em 1911 no Hospital Conde de Ferreira e, mais tarde no Hospital Miguel Bombarda, em 1942, ligado à abertura do Hospital Júlio de Matos. O curso designado Estágio de Enfermagem Psiquiátrica, destinava-se a todos aqueles que exerciam a profissão de enfermeiro(a) ou que já tivessem trabalhado em manicómios, ou clínicas oficiais ou particulares de saúde mental. E 1943/1945, no hospital Júlio de Matos, tem início o primeiro Curso de Enfermagem Psiquiátrica com a duração de dois anos, contrariamente ao que acontecia no Hospital Miguel Bombarda que era de seis meses.
  • 26. Formação de Enfermagem de Saúde Mental 2º Período ou fase empírico-científica (1951 a 1969) Transformações, quer a nível da organização estrutural, quer de hierarquias e formação profissional visíveis nos seus diplomas As habilitações literárias requeridas para a frequência do curso de Enfermagem psiquiátrica eram, até 1942, a 4ª classe.
  • 27. Formação de Enfermagem de Saúde Mental 3º Período ou fase Pró – Científica (1970 a 1984) Primeiro Curso de Especialização em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, em Lisboa, Porto e Coimbra 4º Período: de 1985 à actualidade
  • 28. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1945 - Lei nº 2006 - acção profilática - acção terapêutica - acção pedagógica . Base II, define como incumbência do Estado - orientar, coordenar e fiscalizar - estimular e favorecer as iniciativas particulares na assistência - criar e manter os serviços considerados necessários
  • 29. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1945 - Decreto-lei nº 34 502 1. Divide país em 3 zonas 2. Regulamenta a - formação e admissão de pessoal - admissão e alta dos doentes . 1958 - decreto-lei nº 41 759 1. Completa estrutura fixada pela Lei nº 2006 2. Cria o Instituto de Assistência Psiquiátrica (I.A.P.)
  • 30. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1963 - Lei nº 2118 - Bases para a promoção da saúde mental § privilegia a SAÚDE e não a doença . 1964 - Decreto-lei 42 106 - cria os Centro de Saúde Mental . Fica por regulamentar o tratamento e internamento compulsivos
  • 31. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1988 - 2ª fase da Reforma Centro de Saúde Mental - filosofia de cuidados assistenciais . Objectivos - desenvolvimento de cuidados na comunidade - fomentar este tipo de cuidados junto de outros técnicos de saúde - criar e desenvolver unidades de Saúde Mental nos hospitais gerais - desenvolver programas de reabilitação - desenvolver novos modelos de financiamento e realocação de recursos - desenvolver programas de formação e educação dos técnicos - desenvolvimento de um sistema nacional de informação
  • 32. HISTÓRIAS DE LOUCOS . 1993 - Decreto-lei 345/93 - fusão entre Direcção Geral dos Cuidados de Primários DIRECÇÃO e GERAL Direcção Geral dos Hospitais SAÚDE . Constituição de Grupos de Trabalho - Revisão da Lei de Saúde Mental - Articulação com Ordens religiosas - Psiquiatria forense - DSPSM/Segurança Social - Reabilitação psiquiátrica - Formação
  • 33. HISTÓRIAS DE LOUCOS DPSM Dec. Lei 413/71 Lei 2118/63 27 Setembro Dec. Lei 3 Abril Dec. Lei 127/92 41759/58 3 Junho 25 Junho Despacho Princípios Lei 2006/45 de Saúde 407/98 3 Maio Centros Pública 18 Junho Saúde Lei 36/98 IAP Mental 24 Junho Nova Lei Saúde Resolução Plano Mental Conselho Nacional Promoção do Ministros Saúde Tratamento Dec. Lei 8/2010 49/2008 Mental de Doenças Equipas Cuidados 28 Janeiro 2007/2016 em Regime Integrados de Ambulatório Saúde Mental desinstitucionalização doentes mentais
  • 34. HISTÓRIAS DE LOUCOS Teoria heredo-degenerativa ASILO Psiquiatria Clínica HOSPITAL PSIQUIÁTRICO Psiquiatria Dinâmica COMUNIDADE TERAPÊUTICA Psiquiatria Social SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA