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A EXPANSÃO PORTUGUESA
11 -- A EXPANSÃO TERRITORIALA EXPANSÃO TERRITORIAL
As Conquistas AfricanasAs Conquistas Africanas
Feita a Paz com Castela, anos após a vitória,
na Batalha de Aljubarrota, D. João I tem agora
em mãos o governo de um país empobrecido e
endividado pela guerra.
Para consolidar as relações de amizade entre
os dois países cristãos, D. João I propõe ao rei
de Castela uma expedição militar conjunta ao
Norte de África - Ceuta - para vingar
humilhações passadas e, através da ocupação
territorial e do saque das praças conquistadas,
minorar os problemas económicos dos dois
reinos.
Perante a hesitação do rei castelhano, mas
com o apoio de todos os grupos sociais do
reino, D. João decide avançar sozinho com o
projecto que a todos parecia beneficiar.
A Nobreza que pretendia cobrir-se de glórias e
arrecadar o saque das conquistas.
O Clero que ao estabelecer-se numa região
pagã aumentaria o seu poder e influência.
A Burguesia que pensava obter grandes lucros
com o controle do comércio com o Oriente que
cruzava a cidade.
O Povo que passava fome e via no domínio das
áreas cerealíferas que rodeavam a cidade, a
solução para as suas dificuldades.
O Rei que via na expedição a Ceuta, uma
forma de resolver os problemas económicos e
sociais do reino, apoderando-se das minas de
ouro da região , unindo em torno de um
objectivo nacional todas as classes sociais.
Mas se a vitória militar foiMas se a vitória militar foi
facilmente conseguida, o mesmofacilmente conseguida, o mesmo
não se passou com os resultadosnão se passou com os resultados
que se pretendiam atingir.que se pretendiam atingir.
De facto, abandonada pelaDe facto, abandonada pela
população vencida, desertificadaspopulação vencida, desertificadas
as terras agrícolas em redor, eas terras agrícolas em redor, e
desviadas as rotas comerciais,desviadas as rotas comerciais,
Ceuta rapidamente se tornou maisCeuta rapidamente se tornou mais
um problema do que a soluçãoum problema do que a solução
milagrosa para os males do país.milagrosa para os males do país.
Nos anos seguintes, a situaçãoNos anos seguintes, a situação
piorará devido aos constantespiorará devido aos constantes
ataques dos Muçulmanos àataques dos Muçulmanos à
cidade, na tentativa de acidade, na tentativa de a
reconquistar .reconquistar .
Entretanto, D. João I morre,Entretanto, D. João I morre,
não sem expressamente pedirnão sem expressamente pedir
a D. Duarte, seu herdeiro, quea D. Duarte, seu herdeiro, que
prossiga com os seus irmãosprossiga com os seus irmãos
as conquistas Africanas.as conquistas Africanas.
Conhecido no seu tempoConhecido no seu tempo
como homem da cultura,como homem da cultura,
amante da arte, escritor eamante da arte, escritor e
filósofo, D. Duarte ficaráfilósofo, D. Duarte ficará
também ligado aostambém ligado aos
sangrentos e infelizessangrentos e infelizes
acontecimentos relacionadosacontecimentos relacionados
com a tentativa da conquistacom a tentativa da conquista
de Tânger, de que veio ade Tânger, de que veio a
resultar o cativeiro e a morteresultar o cativeiro e a morte
de seu irmão, o infante D.de seu irmão, o infante D.
Fernando.Fernando.
D. DUARTE
Pretendendo honrar as promessas feitas a seu pai, D. Duarte armou de imediato umaPretendendo honrar as promessas feitas a seu pai, D. Duarte armou de imediato uma
expedição comandada pelo seu irmão, o infante D. Henrique , para conquistar Tânger,expedição comandada pelo seu irmão, o infante D. Henrique , para conquistar Tânger,
uma importante cidade litoral do Norte de África.uma importante cidade litoral do Norte de África.
Com a conquista de Tânger, Portugal procurava romper o isolamento de Ceuta comoCom a conquista de Tânger, Portugal procurava romper o isolamento de Ceuta como
única praça Africana sob domínio Cristão e consolidar a sua presença no Continente.única praça Africana sob domínio Cristão e consolidar a sua presença no Continente.
No entanto, ao contrário do que tinha acontecido em Ceuta, esta nova ofensiva emNo entanto, ao contrário do que tinha acontecido em Ceuta, esta nova ofensiva em
África foi um completo desastre.África foi um completo desastre.
TÂNGER
Sitiados durante mais de um mêsSitiados durante mais de um mês
pelos Mouros, que desta vez nãopelos Mouros, que desta vez não
foram apanhados desprevenidos,foram apanhados desprevenidos,
aos portugueses vencidos nãoaos portugueses vencidos não
restou senão aceitar as condiçõesrestou senão aceitar as condições
que lhes foram impostas.que lhes foram impostas.
O abandono de Ceuta foi aO abandono de Ceuta foi a
condição para que pudessemcondição para que pudessem
partir sem honra nem glória, maspartir sem honra nem glória, mas
vivos.vivos.
Como garantia, o infante D.Como garantia, o infante D.
Fernando ficaria na situação deFernando ficaria na situação de
refém até que o acordo fosserefém até que o acordo fosse
cumprido.cumprido.
De regresso informado o rei D.De regresso informado o rei D.
Duarte do sucedido, este remeteDuarte do sucedido, este remete
para as Cortes a decisão apara as Cortes a decisão a
tomar.tomar.
INFANTE
D.FERNANDO
Reunidas em Coimbra, as Cortes, maioritariamenteReunidas em Coimbra, as Cortes, maioritariamente
compostas por membros do Alto-Clero e da Alta-Nobreza,compostas por membros do Alto-Clero e da Alta-Nobreza,
recusam-se a entregar Ceuta aos Mouros e, com isto,recusam-se a entregar Ceuta aos Mouros e, com isto,
condenam à morte, depois de um longo cativeiro, o Infantecondenam à morte, depois de um longo cativeiro, o Infante
D. Fernando.D. Fernando.
Estes reveses , que se somaramEstes reveses , que se somaram
ao agravamento das dificuldadesao agravamento das dificuldades
e despesas do reino com ae despesas do reino com a
defesa de Ceuta, e ao desânimodefesa de Ceuta, e ao desânimo
nacional a que só a Nobrezanacional a que só a Nobreza
escapava, vão determinar umaescapava, vão determinar uma
mudança profunda no caminho amudança profunda no caminho a
seguir pelos Portugueses.seguir pelos Portugueses.
Ainda durante o reinado de D.Ainda durante o reinado de D.
João I, por ordem do infante D.João I, por ordem do infante D.
Henrique, são redescobertos eHenrique, são redescobertos e
ocupados os arquipélagos daocupados os arquipélagos da
Madeira (1419) e dos AçoresMadeira (1419) e dos Açores
(1427).(1427).
PARTIDA PARA ARZILA
D. Duarte assistirá, pelo seuD. Duarte assistirá, pelo seu
lado, à dobragem do cabolado, à dobragem do cabo
Bojador, (1434) por GilBojador, (1434) por Gil
Eanes.Eanes.
No entanto, a política dasNo entanto, a política das
conquistas Africanas nãoconquistas Africanas não
será abandonada.será abandonada.
Caberá a D. Afonso V,” OCaberá a D. Afonso V,” O
AFRICANO” ocuparAFRICANO” ocupar
Tânger, que os MourosTânger, que os Mouros
abandonam. depois deabandonam. depois de
terem perdido Alcacer-terem perdido Alcacer-
Seguer e Arzila paraSeguer e Arzila para
Portugueses.Portugueses. GIL EANES
2 –2 – A EXPANSÃO MARÍTIMAA EXPANSÃO MARÍTIMA
A Costa Ocidental AfricanaA Costa Ocidental Africana
O novo rumo defendido pelo Povo, pela
Burguesia e pelos sectores menos
conservadores da Nobreza, teve no infante D.
Henrique o seu mais entusiástico defensor
junto do Rei e foi ganhando novos apoiantes
à medida que a politica de conquista em
África, feita de meias vitórias e meias
derrotas, tardava em dar frutos.
Assim, apesar de não ter sido abandonada a
política de conquistas territoriais defendida
pela Nobreza e pelo Clero, era agora por mar
que se pretendiam atingir as terras e as
riquezas que o reino ambicionava.
Inicialmente, asInicialmente, as
navegações portuguesasnavegações portuguesas
para sul ao largo da costapara sul ao largo da costa
africana tinham objectivosafricana tinham objectivos
relativamente poucorelativamente pouco
ambiciosos.ambiciosos.
Depois de perdidas paraDepois de perdidas para
os castelhanos as ilhasos castelhanos as ilhas
Canárias, cuja posse nósCanárias, cuja posse nós
reivindicávamos desde D.reivindicávamos desde D.
Afonso IV,( o primeiro rei aAfonso IV,( o primeiro rei a
proceder à sua ocupação),proceder à sua ocupação),
restava a Portugalrestava a Portugal
explorar os territórios paraexplorar os territórios para
sul.sul.
As Canárias e seus
antigos povoadores
E a sul ficava África – o continente
infiel e desconhecido, na sua maior
parte, pelos Europeus.
A Índia nunca foi, de facto, até D.
João I, o objectivo final das
descobertas Portuguesas.
Até então tratava-se apenas de ir
cada vez mais longe, mais para sul
e aproveitar as riquezas e
oportunidades que surgiam.
A chegada à Índia como objectivo previamente
interiorizado e pacientemente planeado na austera e
lendária” Escola de Sagres” foi, como esta , durante muito
tempo um mito da nossa História oficial.
A “Escola de Sagres”, reunindo os maiores magos e sábios da épocaA “Escola de Sagres”, reunindo os maiores magos e sábios da época
em torno da figura austera do infante, foi apenas mais uma metáforaem torno da figura austera do infante, foi apenas mais uma metáfora
romântica e glorificante dos descobrimentos portugueses .romântica e glorificante dos descobrimentos portugueses .
A verdadeira escola residia na perícia da arte de marear e do génio eA verdadeira escola residia na perícia da arte de marear e do génio e
ousadia dos navegadores portugueses, feitos da necessidade , deousadia dos navegadores portugueses, feitos da necessidade , de
séculos de experiência e troca de conhecimentos com outrasséculos de experiência e troca de conhecimentos com outras
civilizações.civilizações.
As dificuldades eram ,As dificuldades eram ,
efectivamente, muitas.efectivamente, muitas.
A Costa AfricanaA Costa Africana
rodeada de recifes,rodeada de recifes,
batida por ventos ebatida por ventos e
marés fortes demarés fortes de
direcção imprevisível,direcção imprevisível,
fustigada por frequentesfustigada por frequentes
tempestades, nuncatempestades, nunca
antes tinha sidoantes tinha sido
navegada em toda anavegada em toda a
sua extensão.sua extensão.
Na época, a navegação fazia-se de
porto em porto sem perder de vista
a costa, pois os marinheiros tinham
dificuldade em orientar-se no alto-
mar .E de vez em quando paravam,
aportando em regiões em que
estabeleciam marcos indicadores da
de distância baseados na
velocidade de uma navegação com
ventos e condições normais.
A navegação era também
determinada pela orientação dos
ventos. Navegar com ventos
contrários era impossível.
Quando tal acontecia, era necessário
baixar velas, recorrer aos remos ou
esperar por ventos favoráveis.
As viagens Africanas só se tornaram
possíveis ultrapassadas estas duas
principais dificuldades.
A Caravela e o Astrolábio , devedores da
herança romana e árabe, são exemplos da
capacidade dos portugueses da época, em
assimilar, transformar e dar novos usos a
diferentes saberes.
AA
CARAVELACARAVELA
Embarcação leve eEmbarcação leve e
resistente para as suasresistente para as suas
dimensões, distinguia-sedimensões, distinguia-se
pelas suas velas latinaspelas suas velas latinas
(triangulares) que,(triangulares) que,
podendo mover-se,podendo mover-se,
permitiam a chamadapermitiam a chamada
“navegação à bolina”,“navegação à bolina”,
isto é, contra o vento. Ouisto é, contra o vento. Ou
quase…quase…
Por triangulações ouPor triangulações ou
“bordejamentos”, as velas“bordejamentos”, as velas
da caravela eramda caravela eram
orientadas de acordo comorientadas de acordo com
a direcção e força doa direcção e força do
vento, permitindo aovento, permitindo ao
barco atingir com o menorbarco atingir com o menor
número de desvios, onúmero de desvios, o
trajecto pretendido.trajecto pretendido.
O INTERIOR DAO INTERIOR DA
CARAVELACARAVELA
A NAUA NAU
Mais do que uma simples embarcação, a nau era uma verdadeira fortalezaMais do que uma simples embarcação, a nau era uma verdadeira fortaleza
flutuante.flutuante.
Era bastante maior e mais resistente do que a caravela e, ao contrárioEra bastante maior e mais resistente do que a caravela e, ao contrário
desta, tinha velas quadrangulares, situando-se a única vela triangular juntodesta, tinha velas quadrangulares, situando-se a única vela triangular junto
ao castelo da popa.ao castelo da popa.
Este navio estava adaptado a viagens mais longas, (Índia, Oriente e Brasil)Este navio estava adaptado a viagens mais longas, (Índia, Oriente e Brasil)
e preparado para transportar uma grande quantidade de pessoas ee preparado para transportar uma grande quantidade de pessoas e
mercadorias.mercadorias.
O alto valor da carga que
transportavam tornavam-nas
num alvo cobiçado por
corsários e piratas.
Por isso, as naus eram
defendidas por várias peças de
artilharia distribuídas
lateralmente pelo casco, e
junto da proa e do castelo da
popa do navio.
A NAVEGAÇÃOA NAVEGAÇÃO
ASTRONÓMICAASTRONÓMICA
Não podendo depender daNão podendo depender da
observação da costa paraobservação da costa para
navegar, os astros eram os únicosnavegar, os astros eram os únicos
pontos de referência, a partir dospontos de referência, a partir dos
quais os marinheiros se podiamquais os marinheiros se podiam
orientar.orientar.
O Astrolábio, a Balestilha, aO Astrolábio, a Balestilha, a
Bússola, o Quadrante foramBússola, o Quadrante foram
desenvolvidos para determinaremdesenvolvidos para determinarem
a localização do barco, medindo oa localização do barco, medindo o
ângulo entre o sol ou a estrelaângulo entre o sol ou a estrela
polar e a linha do horizonte.polar e a linha do horizonte.
Os Mapas e Roteiros de ViagemOs Mapas e Roteiros de Viagem::
Indicavam o rumo a seguir, asIndicavam o rumo a seguir, as
dificuldades a ter em conta (ventosdificuldades a ter em conta (ventos
contrários, marés adversas, recifes) e,contrários, marés adversas, recifes) e,
à medida que as viagens atlânticas seà medida que as viagens atlânticas se
tornavam mais frequentes, maior era atornavam mais frequentes, maior era a
sua exactidão e o conjunto desua exactidão e o conjunto de
informações que deles constavam.informações que deles constavam.
Mapas e roteiros com todas as suasMapas e roteiros com todas as suas
anotações tornaram-se verdadeirosanotações tornaram-se verdadeiros
tratados de conhecimento e ciência,tratados de conhecimento e ciência,
escritos pela coragem, ambição eescritos pela coragem, ambição e
curiosidade do homem.curiosidade do homem.
As populações e seusAs populações e seus
costumes, acostumes, a
paisagem, a fauna e apaisagem, a fauna e a
flora das regiões aflora das regiões a
abordar, eram agoraabordar, eram agora
mais familiares, o quemais familiares, o que
tornava as viagenstornava as viagens
mais fáceis e menosmais fáceis e menos
assustadoras.assustadoras.
Às dificuldades, já indicadas
na navegação da costa
ocidental africana,
juntavam-se os relatos
fantasiosos e assustadores
sobre o fim do mundo que se
abria no interior de África,
região povoada por criaturas
fantásticas e demoníacas.
Estes relatos, alimentados
pela imaginação e pelo medo
colectivo do desconhecido,
eram habilmente difundidos e
aproveitados pelos Árabes,
para manterem os Europeus
afastados das áreas e riquezas
que controlavam
comercialmente.
Antes de se aventurarem em
viagens mais ambiciosas, sob
orientação do Infante D. Henrique,
são redescobertos os arquipélagos
da Madeira (1419) e dos Açores
(1427), conhecidos desde a
Antiguidade mas nunca colonizados.
Estas ilhas constituíram um porto de
escala em viagens mais longas à
África, Índia e Brasil. Aí se
repararam velas, mastros e se
abasteceram as caravelas de água e
mantimentos.
E principalmente ,aí se produziram
os cereais que ajudariam a alimentar
o Reino ( Açores), e o açúcar e o
vinho que ajudariam a financiar os
empreendimentos Atlânticos
( Madeira ).
Mas os Açores e a Madeira
constituíram, sobretudo, um
laboratório onde as novas técnicas e
instrumentos de navegação foram
testados pelos Portugueses com
êxito.
Até D. Afonso V, as viagens portuguesas foram,Até D. Afonso V, as viagens portuguesas foram,
principalmente, responsabilidade do Infante D. Henriqueprincipalmente, responsabilidade do Infante D. Henrique
que, reunindo à sua volta grandes cientistas da época,que, reunindo à sua volta grandes cientistas da época,
as idealizou, planeou, e financiou em grande parteas idealizou, planeou, e financiou em grande parte
graças aos recursos da sua ordem:graças aos recursos da sua ordem:
…a Ordem Militar de Cristo,
herdeira dos bens e segredos da
Ordem dos Templários, que
perseguida por toda a Europa, a
mando de Filipe “ O Belo” rei de
França, e extinta por decreto
papal, fez de Portugal e da região
de Tomar , o seu ultimo reduto.
A história dos Templários ,é uma
história ainda hoje povoada de
enigmas e mistérios.
OS TEMPLÁRIOS
È uma história feita de vazios que cadaÈ uma história feita de vazios que cada
um preenche como quer. Asum preenche como quer. As
interrogações não faltam.interrogações não faltam.
Como enriqueceram tão rapidamente?Como enriqueceram tão rapidamente?
Porque razão permaneceram durantePorque razão permaneceram durante
tanto tempo ,intocáveis perante atanto tempo ,intocáveis perante a
hierarquia da Igreja? Porque caíram emhierarquia da Igreja? Porque caíram em
desgraça tão rapidamente? Edesgraça tão rapidamente? E
finalmente onde está o seu lendáriofinalmente onde está o seu lendário
tesouro e não menos lendáriostesouro e não menos lendários
segredos ?segredos ?
Nas ilhas Britânicas , ou em Portugal?Nas ilhas Britânicas , ou em Portugal?
Para onde, perseguidos por todo oPara onde, perseguidos por todo o
lado, foram empurrados elado, foram empurrados e
encontraram os derradeiros refúgios.encontraram os derradeiros refúgios.
Sabe-se contudo ,queSabe-se contudo ,que
a sua fulgurantea sua fulgurante
ascensão acabou emascensão acabou em
tragédia. No inicio eramtragédia. No inicio eram
apenas uma ordemapenas uma ordem
religiosa constituída porreligiosa constituída por
cavaleiros -mongescavaleiros -monges
cristãos, que tinhamcristãos, que tinham
como objectivo protegercomo objectivo proteger
os romeiros queos romeiros que
demandavam a terrademandavam a terra
santa.santa.
A Execução dos TempláriosA Execução dos Templários
Aí , e para esse fim , foi criada emAí , e para esse fim , foi criada em
Jerusalém no ano de 1118 aJerusalém no ano de 1118 a
“Ordem dos Cavaleiros do Templo”.“Ordem dos Cavaleiros do Templo”.
Com a conquista de JerusalémCom a conquista de Jerusalém
durante as cruzadas ter - se- iamdurante as cruzadas ter - se- iam
,segundo alguns historiadores,,segundo alguns historiadores,
apoderado nas catacumbas doapoderado nas catacumbas do
antigo templo do rei Salomão deantigo templo do rei Salomão de
documentos que punham em causadocumentos que punham em causa
os dogmas em que assentava aos dogmas em que assentava a
doutrina papal.doutrina papal.
A chantagem de imediato exercidaA chantagem de imediato exercida
terá sido tão bem sucedida que deterá sido tão bem sucedida que de
pobre ordem militar ,os Templáriospobre ordem militar ,os Templários
passaram rapidamente a assumir-sepassaram rapidamente a assumir-se
como uma das mais ricas ecomo uma das mais ricas e
poderosas instituições religiosas dopoderosas instituições religiosas do
seu tempo.seu tempo.
SELO DA ORDEM DO TEMPLO
Outros , atribuem no entanto o seu súbito poder às terrasOutros , atribuem no entanto o seu súbito poder às terras
tomadas ao inimigo, ás dádivas dos peregrinos a quemtomadas ao inimigo, ás dádivas dos peregrinos a quem
tinham oferecido protecção e aos bens que delestinham oferecido protecção e aos bens que deles
herdavam por gratidão e pela “ remissão dos pecados”.herdavam por gratidão e pela “ remissão dos pecados”.
Seja como for esse poder não parou de crescer.Seja como for esse poder não parou de crescer.
A Influencia dos Templários no mundoA Influencia dos Templários no mundo
Os Templários eram agora umaOs Templários eram agora uma
verdadeira ameaça não só para averdadeira ameaça não só para a
Igreja mas também para o poderIgreja mas também para o poder
temporal. Pelo menos foi o quetemporal. Pelo menos foi o que
pensou Filipe “O Belo”,o ambiciosopensou Filipe “O Belo”,o ambicioso
rei dos Francos que de armadilharei dos Francos que de armadilha
em armadilha de calunia em caluniaem armadilha de calunia em calunia
, de tortura em tortura os condenou, de tortura em tortura os condenou
à morte. Curiosamente com aà morte. Curiosamente com a
bênção da igreja que osbênção da igreja que os
excomungou e perseguiu por todo oexcomungou e perseguiu por todo o
mundo cristão.mundo cristão.
O massacre dos templários deu-seO massacre dos templários deu-se
em França , no dia 13 ,a uma sextaem França , no dia 13 ,a uma sexta
feira do ano de 1307. Esse foi defeira do ano de 1307. Esse foi de
facto para os Templários um maufacto para os Templários um mau
dia. Nascia assim o dia de todos osdia. Nascia assim o dia de todos os
azares.azares.
FILIPE IV “ O BELO”FILIPE IV “ O BELO”
Mestre TemplárioMestre Templário
E ainda hoje ,sempre que é sexta-E ainda hoje ,sempre que é sexta-
feira 13 ,acreditamos que assimfeira 13 ,acreditamos que assim
será…será…
Extinta por ordem do PapaExtinta por ordem do Papa
Clemente V ,no reinado de D. DinisClemente V ,no reinado de D. Dinis
a Ordem dos cavaleirosa Ordem dos cavaleiros
templários ,continuou no entantotemplários ,continuou no entanto
viva no espírito e nos métodos daviva no espírito e nos métodos da
Ordem de Cristo que lhe sucedeu.Ordem de Cristo que lhe sucedeu.
Quem sabe se não foi apenas oQuem sabe se não foi apenas o
nome que mudou.nome que mudou.
Foi ostentando a cruz templária queFoi ostentando a cruz templária que
os portugueses se fizeram ao mar..os portugueses se fizeram ao mar..
Foi em parte recorrendo aos bensFoi em parte recorrendo aos bens
da ordem religiosa que em Portugalda ordem religiosa que em Portugal
lhe sucedeu, “ A Ordem de Cristo”,lhe sucedeu, “ A Ordem de Cristo”,
que os descobrimentosque os descobrimentos
portugueses puderam prosseguir .portugueses puderam prosseguir .
Quem sabe, se tudo se tornouQuem sabe, se tudo se tornou
possível, também graças aospossível, também graças aos
conhecimentos científicos queconhecimentos científicos que
durante séculos os templáriosdurante séculos os templários
adquiriram entre o ocidente e oadquiriram entre o ocidente e o
oriente, e no fim, para aquioriente, e no fim, para aqui
escondidos e quase confinadosescondidos e quase confinados
nos acabaram por legar.nos acabaram por legar.
Por isso só agora ,quandoPor isso só agora ,quando
falamos dos descobrimentosfalamos dos descobrimentos
portugueses do séc. XV, nosportugueses do séc. XV, nos
referimos a uma “ordem”referimos a uma “ordem”
formalmente extinta um séculoformalmente extinta um século
antes. Aos Templários. Que emantes. Aos Templários. Que em
Portugal ,tanto contribuíram paraPortugal ,tanto contribuíram para
o povoamento defesa eo povoamento defesa e
desenvolvimento do reino.desenvolvimento do reino.
Aqui, mesmo no fim doAqui, mesmo no fim do
mundo, na “finisterra”,mundo, na “finisterra”,
construíram fortalezasconstruíram fortalezas
cidades e concelhos, ecidades e concelhos, e
espalharam novas ideiasespalharam novas ideias
e conhecimentos.e conhecimentos.
Ajudaram a organizar umAjudaram a organizar um
país. E se calhar apaís. E se calhar a
descobrir outros…descobrir outros…
De volta às descobertas, no tempo do Infante, Pedro de Cintra
(1460) chega bem longe, navegando até terras a que os
navegadores chamaram “ Serra Leoa”.Para sul ficava ainda o
desconhecido.
Mas com a morte do Infante,
volta o predomínio da via
das conquistas Africanas, e
as viagens marítimas para
sul são confiadas a um
burguês lisboeta, Fernão
Gomes, a troco de benefícios
e direitos comerciais sobre
as áreas descobertas.
Com D. João II, é restabelecido o controle
pela Coroa das viagens Africanas e o
Monopólio do comércio e das riquezas
encontradas.
São criadas várias Feitorias, como as da
Mina e Arguim, onde se centralizava o
comércio do ouro, escravos e marfim.
Corsários portugueses patrulham a costa
africana e afundam os navios dos reinos
rivais.
Os Padrões graníticos, ou na falta deles ,
as inscrições nas rochas, atestavam os
direitos de Portugal nas áreas
“descobertas”.
Diogo Cão é enviado pelo
rei para explorar o litoral
africano a sul do Equador.
Atingir o extremo sul de
África era o principal
objectivo.
Entretanto Pêro da CovilhãEntretanto Pêro da Covilhã
e Afonso de Paiva segueme Afonso de Paiva seguem
como emissários - espiões,como emissários - espiões,
por terra e mar com destinopor terra e mar com destino
à Índia, encarregados peloà Índia, encarregados pelo
rei de uma dupla missão:rei de uma dupla missão:
descobrir e contactar emdescobrir e contactar em
África o lendário rei cristão,África o lendário rei cristão,
“Prestes João”…“Prestes João”…
…… saber da viabilidade emsaber da viabilidade em
chegar à Índia pela rota dochegar à Índia pela rota do
Cabo.Cabo.
CHEGADA A CALECUTE
DE PÊRO DA COVILHÃ
O” Prestes João”
Afonso Paiva logo descobre que o
lendário e poderoso Prestes João
não passava, afinal, de um pobre
chefe tribal Cristão que tentava
apenas sobreviver, entalado num
mundo de crenças diferentes e
muitas vezes hostis.
Nada preocupado com a ambição
e ganâncias desta nova gente, o
“Prestes João” foi de pouco
préstimo para as intenções dos
portugueses.
O Reino do Prestes João
Vencidos os limites do medo e do mar, tal como as fantásticasVencidos os limites do medo e do mar, tal como as fantásticas
criaturas, por todos temidas, o tão ansiado aliado, o poderoso ecriaturas, por todos temidas, o tão ansiado aliado, o poderoso e
sábio Cristão que, no interior de África reinava, não resistiu aosábio Cristão que, no interior de África reinava, não resistiu ao
confronto com a realidade.confronto com a realidade.
Entretanto, por mar e terra, Pêro da Covilhã chega à Índia eEntretanto, por mar e terra, Pêro da Covilhã chega à Índia e
obtém a confirmação de que a Rota do Cabo abriria aosobtém a confirmação de que a Rota do Cabo abriria aos
portugueses os seus mares e territórios.portugueses os seus mares e territórios.
O Trajecto de Pêro da
Covilhã
Em 1488, Bartolomeu Dias ultrapassa finalmente o Cabo das Tormentas, logo
rebaptizado por D. João II como Cabo da Boa – Esperança. Tinham sido
vencidos os ventos, as marés e o próprio Adamastor.
O Atlântico e o Índico ligavam-se pela primeira vez.
E todo o mundo conhecido estava agora mais facilmente em contacto.
Pouco tempo depois, D.
João II recebe um
navegador de origem
veneziana, chamado
Cristóvão Colombo que
defendia, com base em
cálculos de cartógrafos
italianos, ser possível atingir
a Índia por Ocidente, e que
esse seria mesmo o trajecto
mais curto e seguro.
Perante a recusa do monarca português, na posse dePerante a recusa do monarca português, na posse de
informações contrárias, em aceitar as suas teorias einformações contrárias, em aceitar as suas teorias e
préstimos, Cristóvão Colombo convence a rainha Isabelpréstimos, Cristóvão Colombo convence a rainha Isabel
de Castela a financiar uma armada com tal objectivo .de Castela a financiar uma armada com tal objectivo .
Depois de uma atribulada viagem,Depois de uma atribulada viagem,
Colombo descobre, em 1492, uma sérieColombo descobre, em 1492, uma série
de ilhas que confunde com a Índia, ede ilhas que confunde com a Índia, e
que mais tarde se saberá situarem-seque mais tarde se saberá situarem-se
nas proximidades de um continentenas proximidades de um continente
desconhecido pelos Europeus:desconhecido pelos Europeus:
A América (de Americo), como passará aA América (de Americo), como passará a
chamar-se, em homenagem ao primeirochamar-se, em homenagem ao primeiro
navegador a atingir, o novo continente.navegador a atingir, o novo continente.
Assim o rezam pelo menos, manuscritosAssim o rezam pelo menos, manuscritos
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A Expansão Portuguesa

  • 2. 11 -- A EXPANSÃO TERRITORIALA EXPANSÃO TERRITORIAL As Conquistas AfricanasAs Conquistas Africanas Feita a Paz com Castela, anos após a vitória, na Batalha de Aljubarrota, D. João I tem agora em mãos o governo de um país empobrecido e endividado pela guerra. Para consolidar as relações de amizade entre os dois países cristãos, D. João I propõe ao rei de Castela uma expedição militar conjunta ao Norte de África - Ceuta - para vingar humilhações passadas e, através da ocupação territorial e do saque das praças conquistadas, minorar os problemas económicos dos dois reinos. Perante a hesitação do rei castelhano, mas com o apoio de todos os grupos sociais do reino, D. João decide avançar sozinho com o projecto que a todos parecia beneficiar.
  • 3. A Nobreza que pretendia cobrir-se de glórias e arrecadar o saque das conquistas. O Clero que ao estabelecer-se numa região pagã aumentaria o seu poder e influência. A Burguesia que pensava obter grandes lucros com o controle do comércio com o Oriente que cruzava a cidade. O Povo que passava fome e via no domínio das áreas cerealíferas que rodeavam a cidade, a solução para as suas dificuldades. O Rei que via na expedição a Ceuta, uma forma de resolver os problemas económicos e sociais do reino, apoderando-se das minas de ouro da região , unindo em torno de um objectivo nacional todas as classes sociais.
  • 4. Mas se a vitória militar foiMas se a vitória militar foi facilmente conseguida, o mesmofacilmente conseguida, o mesmo não se passou com os resultadosnão se passou com os resultados que se pretendiam atingir.que se pretendiam atingir. De facto, abandonada pelaDe facto, abandonada pela população vencida, desertificadaspopulação vencida, desertificadas as terras agrícolas em redor, eas terras agrícolas em redor, e desviadas as rotas comerciais,desviadas as rotas comerciais, Ceuta rapidamente se tornou maisCeuta rapidamente se tornou mais um problema do que a soluçãoum problema do que a solução milagrosa para os males do país.milagrosa para os males do país. Nos anos seguintes, a situaçãoNos anos seguintes, a situação piorará devido aos constantespiorará devido aos constantes ataques dos Muçulmanos àataques dos Muçulmanos à cidade, na tentativa de acidade, na tentativa de a reconquistar .reconquistar .
  • 5. Entretanto, D. João I morre,Entretanto, D. João I morre, não sem expressamente pedirnão sem expressamente pedir a D. Duarte, seu herdeiro, quea D. Duarte, seu herdeiro, que prossiga com os seus irmãosprossiga com os seus irmãos as conquistas Africanas.as conquistas Africanas. Conhecido no seu tempoConhecido no seu tempo como homem da cultura,como homem da cultura, amante da arte, escritor eamante da arte, escritor e filósofo, D. Duarte ficaráfilósofo, D. Duarte ficará também ligado aostambém ligado aos sangrentos e infelizessangrentos e infelizes acontecimentos relacionadosacontecimentos relacionados com a tentativa da conquistacom a tentativa da conquista de Tânger, de que veio ade Tânger, de que veio a resultar o cativeiro e a morteresultar o cativeiro e a morte de seu irmão, o infante D.de seu irmão, o infante D. Fernando.Fernando. D. DUARTE
  • 6. Pretendendo honrar as promessas feitas a seu pai, D. Duarte armou de imediato umaPretendendo honrar as promessas feitas a seu pai, D. Duarte armou de imediato uma expedição comandada pelo seu irmão, o infante D. Henrique , para conquistar Tânger,expedição comandada pelo seu irmão, o infante D. Henrique , para conquistar Tânger, uma importante cidade litoral do Norte de África.uma importante cidade litoral do Norte de África. Com a conquista de Tânger, Portugal procurava romper o isolamento de Ceuta comoCom a conquista de Tânger, Portugal procurava romper o isolamento de Ceuta como única praça Africana sob domínio Cristão e consolidar a sua presença no Continente.única praça Africana sob domínio Cristão e consolidar a sua presença no Continente. No entanto, ao contrário do que tinha acontecido em Ceuta, esta nova ofensiva emNo entanto, ao contrário do que tinha acontecido em Ceuta, esta nova ofensiva em África foi um completo desastre.África foi um completo desastre. TÂNGER
  • 7. Sitiados durante mais de um mêsSitiados durante mais de um mês pelos Mouros, que desta vez nãopelos Mouros, que desta vez não foram apanhados desprevenidos,foram apanhados desprevenidos, aos portugueses vencidos nãoaos portugueses vencidos não restou senão aceitar as condiçõesrestou senão aceitar as condições que lhes foram impostas.que lhes foram impostas. O abandono de Ceuta foi aO abandono de Ceuta foi a condição para que pudessemcondição para que pudessem partir sem honra nem glória, maspartir sem honra nem glória, mas vivos.vivos. Como garantia, o infante D.Como garantia, o infante D. Fernando ficaria na situação deFernando ficaria na situação de refém até que o acordo fosserefém até que o acordo fosse cumprido.cumprido. De regresso informado o rei D.De regresso informado o rei D. Duarte do sucedido, este remeteDuarte do sucedido, este remete para as Cortes a decisão apara as Cortes a decisão a tomar.tomar. INFANTE D.FERNANDO
  • 8. Reunidas em Coimbra, as Cortes, maioritariamenteReunidas em Coimbra, as Cortes, maioritariamente compostas por membros do Alto-Clero e da Alta-Nobreza,compostas por membros do Alto-Clero e da Alta-Nobreza, recusam-se a entregar Ceuta aos Mouros e, com isto,recusam-se a entregar Ceuta aos Mouros e, com isto, condenam à morte, depois de um longo cativeiro, o Infantecondenam à morte, depois de um longo cativeiro, o Infante D. Fernando.D. Fernando.
  • 9. Estes reveses , que se somaramEstes reveses , que se somaram ao agravamento das dificuldadesao agravamento das dificuldades e despesas do reino com ae despesas do reino com a defesa de Ceuta, e ao desânimodefesa de Ceuta, e ao desânimo nacional a que só a Nobrezanacional a que só a Nobreza escapava, vão determinar umaescapava, vão determinar uma mudança profunda no caminho amudança profunda no caminho a seguir pelos Portugueses.seguir pelos Portugueses. Ainda durante o reinado de D.Ainda durante o reinado de D. João I, por ordem do infante D.João I, por ordem do infante D. Henrique, são redescobertos eHenrique, são redescobertos e ocupados os arquipélagos daocupados os arquipélagos da Madeira (1419) e dos AçoresMadeira (1419) e dos Açores (1427).(1427). PARTIDA PARA ARZILA
  • 10. D. Duarte assistirá, pelo seuD. Duarte assistirá, pelo seu lado, à dobragem do cabolado, à dobragem do cabo Bojador, (1434) por GilBojador, (1434) por Gil Eanes.Eanes. No entanto, a política dasNo entanto, a política das conquistas Africanas nãoconquistas Africanas não será abandonada.será abandonada. Caberá a D. Afonso V,” OCaberá a D. Afonso V,” O AFRICANO” ocuparAFRICANO” ocupar Tânger, que os MourosTânger, que os Mouros abandonam. depois deabandonam. depois de terem perdido Alcacer-terem perdido Alcacer- Seguer e Arzila paraSeguer e Arzila para Portugueses.Portugueses. GIL EANES
  • 11. 2 –2 – A EXPANSÃO MARÍTIMAA EXPANSÃO MARÍTIMA A Costa Ocidental AfricanaA Costa Ocidental Africana O novo rumo defendido pelo Povo, pela Burguesia e pelos sectores menos conservadores da Nobreza, teve no infante D. Henrique o seu mais entusiástico defensor junto do Rei e foi ganhando novos apoiantes à medida que a politica de conquista em África, feita de meias vitórias e meias derrotas, tardava em dar frutos. Assim, apesar de não ter sido abandonada a política de conquistas territoriais defendida pela Nobreza e pelo Clero, era agora por mar que se pretendiam atingir as terras e as riquezas que o reino ambicionava.
  • 12. Inicialmente, asInicialmente, as navegações portuguesasnavegações portuguesas para sul ao largo da costapara sul ao largo da costa africana tinham objectivosafricana tinham objectivos relativamente poucorelativamente pouco ambiciosos.ambiciosos. Depois de perdidas paraDepois de perdidas para os castelhanos as ilhasos castelhanos as ilhas Canárias, cuja posse nósCanárias, cuja posse nós reivindicávamos desde D.reivindicávamos desde D. Afonso IV,( o primeiro rei aAfonso IV,( o primeiro rei a proceder à sua ocupação),proceder à sua ocupação), restava a Portugalrestava a Portugal explorar os territórios paraexplorar os territórios para sul.sul. As Canárias e seus antigos povoadores
  • 13. E a sul ficava África – o continente infiel e desconhecido, na sua maior parte, pelos Europeus. A Índia nunca foi, de facto, até D. João I, o objectivo final das descobertas Portuguesas. Até então tratava-se apenas de ir cada vez mais longe, mais para sul e aproveitar as riquezas e oportunidades que surgiam.
  • 14. A chegada à Índia como objectivo previamente interiorizado e pacientemente planeado na austera e lendária” Escola de Sagres” foi, como esta , durante muito tempo um mito da nossa História oficial.
  • 15. A “Escola de Sagres”, reunindo os maiores magos e sábios da épocaA “Escola de Sagres”, reunindo os maiores magos e sábios da época em torno da figura austera do infante, foi apenas mais uma metáforaem torno da figura austera do infante, foi apenas mais uma metáfora romântica e glorificante dos descobrimentos portugueses .romântica e glorificante dos descobrimentos portugueses . A verdadeira escola residia na perícia da arte de marear e do génio eA verdadeira escola residia na perícia da arte de marear e do génio e ousadia dos navegadores portugueses, feitos da necessidade , deousadia dos navegadores portugueses, feitos da necessidade , de séculos de experiência e troca de conhecimentos com outrasséculos de experiência e troca de conhecimentos com outras civilizações.civilizações.
  • 16. As dificuldades eram ,As dificuldades eram , efectivamente, muitas.efectivamente, muitas. A Costa AfricanaA Costa Africana rodeada de recifes,rodeada de recifes, batida por ventos ebatida por ventos e marés fortes demarés fortes de direcção imprevisível,direcção imprevisível, fustigada por frequentesfustigada por frequentes tempestades, nuncatempestades, nunca antes tinha sidoantes tinha sido navegada em toda anavegada em toda a sua extensão.sua extensão.
  • 17. Na época, a navegação fazia-se de porto em porto sem perder de vista a costa, pois os marinheiros tinham dificuldade em orientar-se no alto- mar .E de vez em quando paravam, aportando em regiões em que estabeleciam marcos indicadores da de distância baseados na velocidade de uma navegação com ventos e condições normais. A navegação era também determinada pela orientação dos ventos. Navegar com ventos contrários era impossível.
  • 18. Quando tal acontecia, era necessário baixar velas, recorrer aos remos ou esperar por ventos favoráveis. As viagens Africanas só se tornaram possíveis ultrapassadas estas duas principais dificuldades. A Caravela e o Astrolábio , devedores da herança romana e árabe, são exemplos da capacidade dos portugueses da época, em assimilar, transformar e dar novos usos a diferentes saberes.
  • 19. AA CARAVELACARAVELA Embarcação leve eEmbarcação leve e resistente para as suasresistente para as suas dimensões, distinguia-sedimensões, distinguia-se pelas suas velas latinaspelas suas velas latinas (triangulares) que,(triangulares) que, podendo mover-se,podendo mover-se, permitiam a chamadapermitiam a chamada “navegação à bolina”,“navegação à bolina”, isto é, contra o vento. Ouisto é, contra o vento. Ou quase…quase…
  • 20. Por triangulações ouPor triangulações ou “bordejamentos”, as velas“bordejamentos”, as velas da caravela eramda caravela eram orientadas de acordo comorientadas de acordo com a direcção e força doa direcção e força do vento, permitindo aovento, permitindo ao barco atingir com o menorbarco atingir com o menor número de desvios, onúmero de desvios, o trajecto pretendido.trajecto pretendido.
  • 21. O INTERIOR DAO INTERIOR DA CARAVELACARAVELA
  • 22. A NAUA NAU Mais do que uma simples embarcação, a nau era uma verdadeira fortalezaMais do que uma simples embarcação, a nau era uma verdadeira fortaleza flutuante.flutuante. Era bastante maior e mais resistente do que a caravela e, ao contrárioEra bastante maior e mais resistente do que a caravela e, ao contrário desta, tinha velas quadrangulares, situando-se a única vela triangular juntodesta, tinha velas quadrangulares, situando-se a única vela triangular junto ao castelo da popa.ao castelo da popa. Este navio estava adaptado a viagens mais longas, (Índia, Oriente e Brasil)Este navio estava adaptado a viagens mais longas, (Índia, Oriente e Brasil) e preparado para transportar uma grande quantidade de pessoas ee preparado para transportar uma grande quantidade de pessoas e mercadorias.mercadorias.
  • 23. O alto valor da carga que transportavam tornavam-nas num alvo cobiçado por corsários e piratas. Por isso, as naus eram defendidas por várias peças de artilharia distribuídas lateralmente pelo casco, e junto da proa e do castelo da popa do navio.
  • 24. A NAVEGAÇÃOA NAVEGAÇÃO ASTRONÓMICAASTRONÓMICA Não podendo depender daNão podendo depender da observação da costa paraobservação da costa para navegar, os astros eram os únicosnavegar, os astros eram os únicos pontos de referência, a partir dospontos de referência, a partir dos quais os marinheiros se podiamquais os marinheiros se podiam orientar.orientar. O Astrolábio, a Balestilha, aO Astrolábio, a Balestilha, a Bússola, o Quadrante foramBússola, o Quadrante foram desenvolvidos para determinaremdesenvolvidos para determinarem a localização do barco, medindo oa localização do barco, medindo o ângulo entre o sol ou a estrelaângulo entre o sol ou a estrela polar e a linha do horizonte.polar e a linha do horizonte.
  • 25. Os Mapas e Roteiros de ViagemOs Mapas e Roteiros de Viagem:: Indicavam o rumo a seguir, asIndicavam o rumo a seguir, as dificuldades a ter em conta (ventosdificuldades a ter em conta (ventos contrários, marés adversas, recifes) e,contrários, marés adversas, recifes) e, à medida que as viagens atlânticas seà medida que as viagens atlânticas se tornavam mais frequentes, maior era atornavam mais frequentes, maior era a sua exactidão e o conjunto desua exactidão e o conjunto de informações que deles constavam.informações que deles constavam. Mapas e roteiros com todas as suasMapas e roteiros com todas as suas anotações tornaram-se verdadeirosanotações tornaram-se verdadeiros tratados de conhecimento e ciência,tratados de conhecimento e ciência, escritos pela coragem, ambição eescritos pela coragem, ambição e curiosidade do homem.curiosidade do homem.
  • 26. As populações e seusAs populações e seus costumes, acostumes, a paisagem, a fauna e apaisagem, a fauna e a flora das regiões aflora das regiões a abordar, eram agoraabordar, eram agora mais familiares, o quemais familiares, o que tornava as viagenstornava as viagens mais fáceis e menosmais fáceis e menos assustadoras.assustadoras.
  • 27. Às dificuldades, já indicadas na navegação da costa ocidental africana, juntavam-se os relatos fantasiosos e assustadores sobre o fim do mundo que se abria no interior de África, região povoada por criaturas fantásticas e demoníacas.
  • 28. Estes relatos, alimentados pela imaginação e pelo medo colectivo do desconhecido, eram habilmente difundidos e aproveitados pelos Árabes, para manterem os Europeus afastados das áreas e riquezas que controlavam comercialmente.
  • 29. Antes de se aventurarem em viagens mais ambiciosas, sob orientação do Infante D. Henrique, são redescobertos os arquipélagos da Madeira (1419) e dos Açores (1427), conhecidos desde a Antiguidade mas nunca colonizados. Estas ilhas constituíram um porto de escala em viagens mais longas à África, Índia e Brasil. Aí se repararam velas, mastros e se abasteceram as caravelas de água e mantimentos.
  • 30. E principalmente ,aí se produziram os cereais que ajudariam a alimentar o Reino ( Açores), e o açúcar e o vinho que ajudariam a financiar os empreendimentos Atlânticos ( Madeira ). Mas os Açores e a Madeira constituíram, sobretudo, um laboratório onde as novas técnicas e instrumentos de navegação foram testados pelos Portugueses com êxito.
  • 31. Até D. Afonso V, as viagens portuguesas foram,Até D. Afonso V, as viagens portuguesas foram, principalmente, responsabilidade do Infante D. Henriqueprincipalmente, responsabilidade do Infante D. Henrique que, reunindo à sua volta grandes cientistas da época,que, reunindo à sua volta grandes cientistas da época, as idealizou, planeou, e financiou em grande parteas idealizou, planeou, e financiou em grande parte graças aos recursos da sua ordem:graças aos recursos da sua ordem:
  • 32. …a Ordem Militar de Cristo, herdeira dos bens e segredos da Ordem dos Templários, que perseguida por toda a Europa, a mando de Filipe “ O Belo” rei de França, e extinta por decreto papal, fez de Portugal e da região de Tomar , o seu ultimo reduto. A história dos Templários ,é uma história ainda hoje povoada de enigmas e mistérios. OS TEMPLÁRIOS
  • 33. È uma história feita de vazios que cadaÈ uma história feita de vazios que cada um preenche como quer. Asum preenche como quer. As interrogações não faltam.interrogações não faltam. Como enriqueceram tão rapidamente?Como enriqueceram tão rapidamente? Porque razão permaneceram durantePorque razão permaneceram durante tanto tempo ,intocáveis perante atanto tempo ,intocáveis perante a hierarquia da Igreja? Porque caíram emhierarquia da Igreja? Porque caíram em desgraça tão rapidamente? Edesgraça tão rapidamente? E finalmente onde está o seu lendáriofinalmente onde está o seu lendário tesouro e não menos lendáriostesouro e não menos lendários segredos ?segredos ? Nas ilhas Britânicas , ou em Portugal?Nas ilhas Britânicas , ou em Portugal? Para onde, perseguidos por todo oPara onde, perseguidos por todo o lado, foram empurrados elado, foram empurrados e encontraram os derradeiros refúgios.encontraram os derradeiros refúgios.
  • 34. Sabe-se contudo ,queSabe-se contudo ,que a sua fulgurantea sua fulgurante ascensão acabou emascensão acabou em tragédia. No inicio eramtragédia. No inicio eram apenas uma ordemapenas uma ordem religiosa constituída porreligiosa constituída por cavaleiros -mongescavaleiros -monges cristãos, que tinhamcristãos, que tinham como objectivo protegercomo objectivo proteger os romeiros queos romeiros que demandavam a terrademandavam a terra santa.santa. A Execução dos TempláriosA Execução dos Templários
  • 35. Aí , e para esse fim , foi criada emAí , e para esse fim , foi criada em Jerusalém no ano de 1118 aJerusalém no ano de 1118 a “Ordem dos Cavaleiros do Templo”.“Ordem dos Cavaleiros do Templo”. Com a conquista de JerusalémCom a conquista de Jerusalém durante as cruzadas ter - se- iamdurante as cruzadas ter - se- iam ,segundo alguns historiadores,,segundo alguns historiadores, apoderado nas catacumbas doapoderado nas catacumbas do antigo templo do rei Salomão deantigo templo do rei Salomão de documentos que punham em causadocumentos que punham em causa os dogmas em que assentava aos dogmas em que assentava a doutrina papal.doutrina papal. A chantagem de imediato exercidaA chantagem de imediato exercida terá sido tão bem sucedida que deterá sido tão bem sucedida que de pobre ordem militar ,os Templáriospobre ordem militar ,os Templários passaram rapidamente a assumir-sepassaram rapidamente a assumir-se como uma das mais ricas ecomo uma das mais ricas e poderosas instituições religiosas dopoderosas instituições religiosas do seu tempo.seu tempo. SELO DA ORDEM DO TEMPLO
  • 36. Outros , atribuem no entanto o seu súbito poder às terrasOutros , atribuem no entanto o seu súbito poder às terras tomadas ao inimigo, ás dádivas dos peregrinos a quemtomadas ao inimigo, ás dádivas dos peregrinos a quem tinham oferecido protecção e aos bens que delestinham oferecido protecção e aos bens que deles herdavam por gratidão e pela “ remissão dos pecados”.herdavam por gratidão e pela “ remissão dos pecados”. Seja como for esse poder não parou de crescer.Seja como for esse poder não parou de crescer. A Influencia dos Templários no mundoA Influencia dos Templários no mundo
  • 37. Os Templários eram agora umaOs Templários eram agora uma verdadeira ameaça não só para averdadeira ameaça não só para a Igreja mas também para o poderIgreja mas também para o poder temporal. Pelo menos foi o quetemporal. Pelo menos foi o que pensou Filipe “O Belo”,o ambiciosopensou Filipe “O Belo”,o ambicioso rei dos Francos que de armadilharei dos Francos que de armadilha em armadilha de calunia em caluniaem armadilha de calunia em calunia , de tortura em tortura os condenou, de tortura em tortura os condenou à morte. Curiosamente com aà morte. Curiosamente com a bênção da igreja que osbênção da igreja que os excomungou e perseguiu por todo oexcomungou e perseguiu por todo o mundo cristão.mundo cristão. O massacre dos templários deu-seO massacre dos templários deu-se em França , no dia 13 ,a uma sextaem França , no dia 13 ,a uma sexta feira do ano de 1307. Esse foi defeira do ano de 1307. Esse foi de facto para os Templários um maufacto para os Templários um mau dia. Nascia assim o dia de todos osdia. Nascia assim o dia de todos os azares.azares. FILIPE IV “ O BELO”FILIPE IV “ O BELO” Mestre TemplárioMestre Templário
  • 38. E ainda hoje ,sempre que é sexta-E ainda hoje ,sempre que é sexta- feira 13 ,acreditamos que assimfeira 13 ,acreditamos que assim será…será… Extinta por ordem do PapaExtinta por ordem do Papa Clemente V ,no reinado de D. DinisClemente V ,no reinado de D. Dinis a Ordem dos cavaleirosa Ordem dos cavaleiros templários ,continuou no entantotemplários ,continuou no entanto viva no espírito e nos métodos daviva no espírito e nos métodos da Ordem de Cristo que lhe sucedeu.Ordem de Cristo que lhe sucedeu. Quem sabe se não foi apenas oQuem sabe se não foi apenas o nome que mudou.nome que mudou. Foi ostentando a cruz templária queFoi ostentando a cruz templária que os portugueses se fizeram ao mar..os portugueses se fizeram ao mar.. Foi em parte recorrendo aos bensFoi em parte recorrendo aos bens da ordem religiosa que em Portugalda ordem religiosa que em Portugal lhe sucedeu, “ A Ordem de Cristo”,lhe sucedeu, “ A Ordem de Cristo”, que os descobrimentosque os descobrimentos portugueses puderam prosseguir .portugueses puderam prosseguir .
  • 39. Quem sabe, se tudo se tornouQuem sabe, se tudo se tornou possível, também graças aospossível, também graças aos conhecimentos científicos queconhecimentos científicos que durante séculos os templáriosdurante séculos os templários adquiriram entre o ocidente e oadquiriram entre o ocidente e o oriente, e no fim, para aquioriente, e no fim, para aqui escondidos e quase confinadosescondidos e quase confinados nos acabaram por legar.nos acabaram por legar. Por isso só agora ,quandoPor isso só agora ,quando falamos dos descobrimentosfalamos dos descobrimentos portugueses do séc. XV, nosportugueses do séc. XV, nos referimos a uma “ordem”referimos a uma “ordem” formalmente extinta um séculoformalmente extinta um século antes. Aos Templários. Que emantes. Aos Templários. Que em Portugal ,tanto contribuíram paraPortugal ,tanto contribuíram para o povoamento defesa eo povoamento defesa e desenvolvimento do reino.desenvolvimento do reino.
  • 40. Aqui, mesmo no fim doAqui, mesmo no fim do mundo, na “finisterra”,mundo, na “finisterra”, construíram fortalezasconstruíram fortalezas cidades e concelhos, ecidades e concelhos, e espalharam novas ideiasespalharam novas ideias e conhecimentos.e conhecimentos. Ajudaram a organizar umAjudaram a organizar um país. E se calhar apaís. E se calhar a descobrir outros…descobrir outros…
  • 41. De volta às descobertas, no tempo do Infante, Pedro de Cintra (1460) chega bem longe, navegando até terras a que os navegadores chamaram “ Serra Leoa”.Para sul ficava ainda o desconhecido.
  • 42. Mas com a morte do Infante, volta o predomínio da via das conquistas Africanas, e as viagens marítimas para sul são confiadas a um burguês lisboeta, Fernão Gomes, a troco de benefícios e direitos comerciais sobre as áreas descobertas.
  • 43. Com D. João II, é restabelecido o controle pela Coroa das viagens Africanas e o Monopólio do comércio e das riquezas encontradas. São criadas várias Feitorias, como as da Mina e Arguim, onde se centralizava o comércio do ouro, escravos e marfim. Corsários portugueses patrulham a costa africana e afundam os navios dos reinos rivais. Os Padrões graníticos, ou na falta deles , as inscrições nas rochas, atestavam os direitos de Portugal nas áreas “descobertas”.
  • 44. Diogo Cão é enviado pelo rei para explorar o litoral africano a sul do Equador. Atingir o extremo sul de África era o principal objectivo.
  • 45. Entretanto Pêro da CovilhãEntretanto Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva segueme Afonso de Paiva seguem como emissários - espiões,como emissários - espiões, por terra e mar com destinopor terra e mar com destino à Índia, encarregados peloà Índia, encarregados pelo rei de uma dupla missão:rei de uma dupla missão: descobrir e contactar emdescobrir e contactar em África o lendário rei cristão,África o lendário rei cristão, “Prestes João”…“Prestes João”… …… saber da viabilidade emsaber da viabilidade em chegar à Índia pela rota dochegar à Índia pela rota do Cabo.Cabo. CHEGADA A CALECUTE DE PÊRO DA COVILHÃ O” Prestes João”
  • 46. Afonso Paiva logo descobre que o lendário e poderoso Prestes João não passava, afinal, de um pobre chefe tribal Cristão que tentava apenas sobreviver, entalado num mundo de crenças diferentes e muitas vezes hostis. Nada preocupado com a ambição e ganâncias desta nova gente, o “Prestes João” foi de pouco préstimo para as intenções dos portugueses. O Reino do Prestes João
  • 47. Vencidos os limites do medo e do mar, tal como as fantásticasVencidos os limites do medo e do mar, tal como as fantásticas criaturas, por todos temidas, o tão ansiado aliado, o poderoso ecriaturas, por todos temidas, o tão ansiado aliado, o poderoso e sábio Cristão que, no interior de África reinava, não resistiu aosábio Cristão que, no interior de África reinava, não resistiu ao confronto com a realidade.confronto com a realidade. Entretanto, por mar e terra, Pêro da Covilhã chega à Índia eEntretanto, por mar e terra, Pêro da Covilhã chega à Índia e obtém a confirmação de que a Rota do Cabo abriria aosobtém a confirmação de que a Rota do Cabo abriria aos portugueses os seus mares e territórios.portugueses os seus mares e territórios. O Trajecto de Pêro da Covilhã
  • 48. Em 1488, Bartolomeu Dias ultrapassa finalmente o Cabo das Tormentas, logo rebaptizado por D. João II como Cabo da Boa – Esperança. Tinham sido vencidos os ventos, as marés e o próprio Adamastor. O Atlântico e o Índico ligavam-se pela primeira vez. E todo o mundo conhecido estava agora mais facilmente em contacto.
  • 49. Pouco tempo depois, D. João II recebe um navegador de origem veneziana, chamado Cristóvão Colombo que defendia, com base em cálculos de cartógrafos italianos, ser possível atingir a Índia por Ocidente, e que esse seria mesmo o trajecto mais curto e seguro.
  • 50. Perante a recusa do monarca português, na posse dePerante a recusa do monarca português, na posse de informações contrárias, em aceitar as suas teorias einformações contrárias, em aceitar as suas teorias e préstimos, Cristóvão Colombo convence a rainha Isabelpréstimos, Cristóvão Colombo convence a rainha Isabel de Castela a financiar uma armada com tal objectivo .de Castela a financiar uma armada com tal objectivo .
  • 51. Depois de uma atribulada viagem,Depois de uma atribulada viagem, Colombo descobre, em 1492, uma sérieColombo descobre, em 1492, uma série de ilhas que confunde com a Índia, ede ilhas que confunde com a Índia, e que mais tarde se saberá situarem-seque mais tarde se saberá situarem-se nas proximidades de um continentenas proximidades de um continente desconhecido pelos Europeus:desconhecido pelos Europeus: A América (de Americo), como passará aA América (de Americo), como passará a chamar-se, em homenagem ao primeirochamar-se, em homenagem ao primeiro navegador a atingir, o novo continente.navegador a atingir, o novo continente. Assim o rezam pelo menos, manuscritosAssim o rezam pelo menos, manuscritos datados do séc.XVI. onde o nome dedatados do séc.XVI. onde o nome de Vespuccio Americo, um prósperoVespuccio Americo, um próspero armador ge origem italiana, é referidoarmador ge origem italiana, é referido como o primeiro navegador a chegar aocomo o primeiro navegador a chegar ao “ Novo Continente”A autenticidade das“ Novo Continente”A autenticidade das informações contidas nos referidosinformações contidas nos referidos documentos é no entanto bastantedocumentos é no entanto bastante duvidosa entre os historiadores. Por issoduvidosa entre os historiadores. Por isso o assunto continua a ser objecto deo assunto continua a ser objecto de discussão.discussão. Colombo na América
  • 52. Descoberto o erro, os Castelhanos nãoDescoberto o erro, os Castelhanos não abandonaram a ideia de chegar àabandonaram a ideia de chegar à Índia por ocidente. A história deÍndia por ocidente. A história de Colombo vai repetir-se. Desta vez oColombo vai repetir-se. Desta vez o rei é D. Manuel e o visionário Fernãorei é D. Manuel e o visionário Fernão de Magalhães. Mas a resposta é ade Magalhães. Mas a resposta é a mesma.mesma. A viagem de circum-navegação deA viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, será feita porFernão de Magalhães, será feita por um navegador Português que seum navegador Português que se sentiu desrespeitado por D. Manuel.sentiu desrespeitado por D. Manuel. Tal como Colombo, às ordens deTal como Colombo, às ordens de Castela ,Fernão de MagalhãesCastela ,Fernão de Magalhães provará essa possibilidade teórica,provará essa possibilidade teórica, atravessando o Estreito que veio aatravessando o Estreito que veio a receber o seu nome, mas dereceber o seu nome, mas de demonstrará também a suademonstrará também a sua inviabilidade económica, tais asinviabilidade económica, tais as distâncias e dificuldades a vencer.distâncias e dificuldades a vencer. Provou-se, pelo menos, que o mundoProvou-se, pelo menos, que o mundo era de facto redondo.era de facto redondo.
  • 53. Tendo sido um dos maioresTendo sido um dos maiores obreiros da aventura dasobreiros da aventura das descobertas, e talvez o seu maisdescobertas, e talvez o seu mais calculista, lúcido e genialcalculista, lúcido e genial personagem, D. João II nãopersonagem, D. João II não assiste, no entanto, à tão ansiadaassiste, no entanto, à tão ansiada chegada à Índia.chegada à Índia. Depois da sua morte, em 1495,Depois da sua morte, em 1495, na ausência de um sucessorna ausência de um sucessor directo, já que o seu único filhodirecto, já que o seu único filho tinha morrido de uma queda atinha morrido de uma queda a cavalo, sucede-lhe o seu primo ecavalo, sucede-lhe o seu primo e cunhado, D. Manuel que ficarácunhado, D. Manuel que ficará na história, por razões evidentes,na história, por razões evidentes, conhecido pelo “Venturoso”.conhecido pelo “Venturoso”.