A Primeira República Portuguesa enfrentou grandes dificuldades econômicas e instabilidade política e social no pós-guerra. A economia estava desorganizada, havia inflação e dependência externa, enquanto greves e oposição da Igreja causavam agitação. A instabilidade governativa também contribuiu, com vários governos frágeis e ameaças de golpes e restauração monárquica, levando ao fim da República em 1926.
Portugal pós-1GM: dificuldades económicas e instabilidade política
1. Portugal no primeiro pós-guerra
Dificuldades económicas e
instabilidade política e social.
A falência da Primeira República
2. A queda da monarquia
A implantação da República em Portugal, que
ocorreu a 5 de outubro 1910, deveu-se ao
descrédito em que caiu a monarquia, causado
por:
Elevados
problemas
económicos,
em
particular a dependência externa.
Incapacidade política:
O modelo rotativista era incapaz de resolver os
problemas nacionais.
Fracassaram os planos colonialistas.
A divulgação dos ideais republicanos era cada vez
maior.
Porém, a primeira experiência republicana não teve
grande sucesso!
3. Dificuldades económicas
• A participação na IGM desorganizou a economia:
– A carência de bens essenciais (pão, carvão, gás, açúcar,
batatas) fez subir os preços dos produtos, que estavam sujeitos
a racionamento.
– Para compensar a escassez de meios de pagamento, os
governos aumentaram a quantidade de dinheiro em circulação a moeda desvalorizou, a inflação cresceu, o poder de compra
diminuiu, o custo de vida aumentou.
• A falta de investimento industrial fez crescer o défice da
balança comercial.
• A dependência do financiamento estrangeiro conduziu
ao aumento da dívida pública.
4. Instabilidade social
• Perda das bases de apoio republicano – a subida do
custo de vida provocou o descontentamento da classe
média e do operariado.
• Agitação social: vagas de greves; atentados à bomba;
propaganda antirrepublicana. A revolução na Rússia
(1917) intensificou o movimento operário fazendo surgir
a Confederação Geral do Trabalho (1920). A resposta
do patronato levou à criação da Confederação Patronal.
• Oposição da Igreja: as medidas anticlericais (proibição
do ensino religioso nas escolas; nacionalização dos
bens da Igreja; expulsão das ordens religiosas; criação
do registo civil obrigatório) fizeram diminuir o apoio
popular ao regime republicano. Em 1915, foi criado o
Centro Católico Português. Em 1917, as aparições de
Fátima aumentaram o sentimento religioso.
5. Instabilidade política - causas
• Intervenção de Portugal na Grande Guerra – motivada
pela tentativa de mostrar o prestígio do regime
republicano; auxiliar a Inglaterra e proteger as colónias
frente aos ataques da Alemanha.
• Parlamentarismo/instabilidade governativa – a
Constituição de 1911 atribuía ao poder legislativo,
representado pelo Congresso, a supremacia política.
Resultava então que a falta de maioria parlamentar
ocasionava a queda dos governos. A divisão dos
republicanos em vários partidos, tornava ainda mais
difícil a formação de maiorias parlamentares.
6. Instabilidade política
– ameaças autoritárias
• 1911/1913 – Tentativas de restauração monárquica por
parte de Paiva Couceiro.
• 1915 – ditadura militar do general Pimenta de Castro.
• 1917/1918 – Ditadura do major Sidónio Pais (a chamada
“República Nova”).
• 1919 – proclamação da “Monarquia do Norte” (na
sequência da guerra civil de janeiro/fevereiro)
• 1926 – Golpe de Estado do general Gomes da Costa,
põe fim à 1.ª República e dá inicio ao período de
ditadura do Estado Novo.
7. Instabilidade política
– ameaças autoritárias
• 1911/1913 – Tentativas de restauração monárquica por
parte de Paiva Couceiro.
• 1915 – ditadura militar do general Pimenta de Castro.
• 1917/1918 – Ditadura do major Sidónio Pais (a chamada
“República Nova”).
• 1919 – proclamação da “Monarquia do Norte” (na
sequência da guerra civil de janeiro/fevereiro)
• 1926 – Golpe de Estado do general Gomes da Costa,
põe fim à 1.ª República e dá inicio ao período de
ditadura do Estado Novo.