2. Índice
D.1 – Apresentação do tema
D.2 – Índice
D.3 – Porquê a escolha deste tema?
D.4 a 8 – Definição de Dessacralização
D.9 a 16 – Religião ao longo dos tempos
D.17 a 19 – Actualidade
D.20 – Consequências da perda de valores
D.21 e 22-causas da secularização
D.23 a 25 – Reflexão critica
D.26– Bibliografia
D.27 - FIM
3. Este tema foi escolhido pelo grupo,
com base nas opções que nos foram
dadas.
Achamos que é um tema interessante
que continua hoje a estar presente nos
nossos dias.
Não chamamos a isto um problema,
mas uma consequência da evolução.
4.
5. Mas afinal que é isto
da
dessacralização?
Dessacralização é o mesmo que falar de
secularização.
O termo secularização designava inicialmente no
contexto cultural europeu a transferência para o
poder e a administração do estado de certos bens
ou instituições de educação ou protecção até
então pertencentes a igreja. Lentamente a
expressão aplicou-se a outras realidades, acabando
por designar o processo histórico que levou a
sociedade moderna a libertar-se da protecção
do sagrado e que ainda hoje decorre.
6. A dessacralização pode ser observada em duas
vertentes que se relacionam entre si:
Objectivamente, a secularização corresponde à
libertação da sociedade em relação à
autoridade eclesiástica(clérigo) e ao recurso a
diversas motivações religiosas nas diversas
manifestações culturais.
A secularização da sociedade e da cultura
provocou, obviamente uma secularização da
consciência. Assim, teoricamente observa-se
uma redução das estruturas em que assentava
a credibilidade da religião.
7. A
Secularização
na Sociedade
A secularização de uma sociedade pode ser
entendida como um processo pelo qual a religião
deixa de ser o aspecto cultural dominante. Este
processo faz com que tal sociedade já não esteja
mais determinada pela religião.
O resultado desta libertação da cultura e das
consciências será uma cultura secularizada, ou seja,
autónoma em relação à religião, mas não
necessariamente estranha ou contraria aos seus
princípios.
10. Até ao séc. VII a.C., a cultura grega era essencialmente dominada
por uma mentalidade religiosa, onde a tradição oral via nos mitos a
explicação para tudo; assim, o heleno(grego) explicava os
fenómenos naturais pelo recurso ao poder divino .
Foi logo após esta altura em que o homem grego se libertou das
"correntes" da religião. Foi nesta época que o homem grego se
libertou, tomando consciência de que o mundo é um problema que
terá de ser resolvido em termos conceptuais e não em moldes
afectivo-religiosos. É a afirmação do pensamento racional.
11. Idade
Média
• Com o aparecimento de Cristo o evangelho espalha-se pelo império
romano, transformando pessoas de todas as classes. O império Romano
torna-se, assim, um lugar de coexistência de valores culturais diferentes.
• A partir de 313 d.C. ano em que o imperador Constantino concede
liberdade de culto aos cristãos, Roma torna-se o centro da cristandade
e a igreja católica organiza-se como instituição.
Nesta altura (idade média) a igreja católica conquista cada vez mais
fiéis, sendo que a razão se submete à fé, a filosofia à religião e a
ciência à teologia.
12. Após a idade média o pensamento ocidental avança a
sua marcha evolutiva. Esta é a famosa época do
renascimento. A filosofia diversifica os temas sobre que
incide. A ciência especializa-se. A tecnologia invade o
mundo. A arte vai assumindo formas variadas, os povos
ensaiam diferentes modos de organização politica.
1633 representa o inicio de uma nova era, já que foi
nesta data que galileu abalou a Igreja com a teoria do
heliocentrismo.
13. A igreja Católica não evoluiu no sentido de se adaptar
às exigências de uma nova mentalidade. Surgem
também os movimentos religiosos de Calvino e Lutero.
Assim, a autoridade tradicional da Igreja vai descaindo
e, consequentemente, a segurança dos entraves
teológicos ao avanço da razão vai reduzindo também.
Assiste-se, então, à libertação da ciência face à
religião, a um processo de secularização.
14. Fascinados com a ordem do universo que se apresenta
com a regularidade de uma máquina, os filósofos da
Modernidade explicam essa harmonia dizendo que só uma
divindade omnipotente(deus - todo poderoso) seria
capaz de semelhante milagre. Assim, acredita-se que terá
sido Deus, conhecedor de toda a ciência, a construir o
mundo de acordo com um plano determinado.
15. Com a revolução francesa, A Europa conheceu um anti-
clericalismo violento que deveria “esmagar a Igreja”,
como disse Voltaire. Os meios intelectuais propagaram
essas ideias voltadas, sobretudo, para a economia. Foi
nesta altura que o método experimental subiu
novamente. Muitas pessoas consideraram o
conhecimento cientifico como o único verdadeiro saber.
Foi nesta altura que várias personalidades
desacreditaram a religião: A. Comte, S. Freud, Karl Marx,
F. Nietzsche, …
16. Como pudemos observar, existiram ao longo da
história períodos em que a humanidade acreditou
na religião, e épocas em que a desconfiança na
religião foi total. Foi nestas épocas – Antiguidade,
Renascimento e Contemporaneidade – que se
verificou um processo de secularização.
17.
18. Em Portugal, devido à ditadura Salazarista houve um crédito
da religião, já que esta fazia parte do famoso trinómio "Deus,
Pátria e Família." Porém, após o 25 de Abril verificou-se o
inicio do processo de dessacralização que ainda hoje se
verifica. As igrejas outrora construídas em todas as pequenas
localidades continuam a ser ocupadas, embora apenas
com alguns crentes. Na cidade é pouca a percentagem da
população praticante.
19. Na cidade, as pessoas, em geral são católicas
não praticantes e muitas já deixaram de
acreditar numa força superior. As eucaristias
foram substituídas por centros comerciais. As
igrejas mais belas são, hoje, apenas obras de
arte. Os símbolos antigamente sagrados já não
significam nada. Os valores impostos pela
igreja já não são respeitados.
20. Reflectindo a perda dos bons valores da
igreja, a população tornou-se mais egoísta,
menos acolhedora aos outros e preocupa-se
cada vez menos com os que passam por
dificuldades.
Outro aspecto a frisar é o abandono da
família como instituição. As pessoas com laços
familiares estão cada vez mais afastadas. Hoje
em dia os problemas já não se resolvem em
família, já que esta se tem vindo a afastar.
21. Entre as causas apontadas para explicar este desgate do
sagrado, apontam-se as seguintes:
A sociedade consumista de hoje privilegia os valores materiais
em prejuízo dos valores espirituais.
A ciência que se assume como capaz responder a todas as
questões tem vindo a ocupar o lugar da religião como fonte
de verdade.
A crítica de filósofos como K. Marx, F. Nietzsche, S. Freud ou J.-
P. Sartre que arruinaram os fundamentos da própria religião,
mostrando que a mesma não passa de uma ilusão.
22. Muitos regimes políticos de origem marxista-leninista
espalharam uma visão materialista da realidade e
combateram activamente a religião, identificada com o
obscurantismo.
Mau comportamento daqueles que, supostamente, deviam
ser os primeiros a seguir Deus (temos por exemplos casos de
pedofilia nos E.U.A praticados por padres)
Sacerdotes e freiras já não cumprem o voto de pobreza e
começaram a ser mais egoístas, vivendo, por vezes, rodeados
de luxo.
23. Como nos já dissemos, não achamos este tema um
problema actual, mas sim uma consequência da
evolução. Temos de admitir que a actual tendência é a
separação da igreja e de todas as outras instituições.
Aprendemos muito ao realizar este trabalho, já que
descobrimos que este movimento não é unicamente
contemporâneo, uma vez que teve vários momentos
altos (antiguidade, renascimento).
24. No nosso ponto de vista é bom que as pessoas
tenham fé em algo para evitarem a solidão. Não
concordamos que a igreja seja uma entidade
máxima que exerça um poder cego sobre as pessoas.
Defendemos sim que as pessoas conheçam a história
da Igreja e dependendo da sua opinião, acreditem
ou não em Deus.
Acreditamos que esta actual dessacralização se
venha a traduzir numa igreja mais aberta.