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Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação




                        «ESTA É A NOSSA FÉ,
   A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»

*Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado*



1. Formação

Neste artigo do Credo, veremos e perceberemos o quão importante é
acreditar na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Diz-nos São Gregório: “em
nada nos teria sido útil o seu nascimento, se não favorecesse à Redenção”.

A verdade de que Cristo morreu por nós, é de tal modo difícil que a nossa
inteligência pode apenas conhecê-la, mas, de modo algum, por si mesmo
descobri-la.
A graça e o amor de Deus para connosco são tão grandes, que Ele fez por
nós mais do que podemos compreender.

Não se deve, porém, crer que quando Cristo morreu por nós, a
Divindade também morreu. N’Ele morreu a natureza humana; não
morreu enquanto Deus, mas enquanto homem.

Um exemplo que esclarece esta verdade:

   • Encontramo-lo em nós mesmos. Sabe-se que quando um homem
     morre, na separação que há entre a alma e o corpo, a alma não
     morre, mas sim o corpo.
                 - Como tal, na morte de Cristo não morreu a
                 divindade, mas a natureza humana.

Que necessidade havia de o Verbo de Deus padecer por nós?
Por duas razões. Uma, porque foi remédio para os nossos pecados;
outra, porque foi um exemplo para as nossas ações.
São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, apresenta algumas razões pelas
quais Jesus padeceu por nós:

O homem vê o quanto Deus o amou, e é levado a amar a Deus por
gratidão; Cristo, na Paixão, deu exemplo de obediência, humildade,
constância e justiça, virtudes necessárias à salvação; prometeu a graça e a
glória, além de salvar o homem do pecado; lembrando-se de que foi
salvo pelo Sangue de Cristo, o homem evita o pecado; a dignidade do
homem é elevada, pois venceu o diabo pelo qual fora vencido; e a morte
merecida pelo pecado, foi superada pela morte de Cristo

Contraímos pelo pecado cinco males:

   • A própria mancha do pecado. Quando um homem peca, "suja" a sua
     alma, porque, como a virtude embeleza, o pecado a torna feia e suja.
           Mas a Paixão de Cristo lavou esta mancha. Cristo, na sua
           Paixão, fez do seu sangue um banho para nele lavar os
           pecadores. No Batismo a alma é lavada no Sangue de Cristo,
           por que este recebe do Sangue de Cristo a força regeneradora.

   • Tornarmo-nos objecto da desafeição de Deus. Assim como quem é
     carnal ama a beleza da carne, do mesmo modo Deus ama a beleza
     espiritual, que é a beleza da alma. Quando, a alma se deixa
     contaminar pelo mal do pecado, Deus fica ofendido.
            Mas a Paixão de Cristo remove essas coisas, por que ela
            satisfez ao Pai ofendido pelo pecado, cuja satisfação não
            poderia vir do homem.

   • A fraqueza. O homem, pecando pela primeira vez, pensa que depois
     pode abster-se do pecado. Acontece, porém, o contrário: debilita-se
     pelo primeiro pecado e fica inclinado a pecar mais. O pecado vai
     dominando cada vez mais o homem, e este, por si mesmo, coloca-se
     em tal estado que não se pode mais levantar.
           Mas Cristo diminuiu essa fraqueza e debilidade, apesar de
           não as ter totalmente apagado.

            O homem foi fortalecido pela Paixão de Cristo e o pecado,
            enfraquecido. Pode, por esse motivo, auxiliado pela graça
divina, que é conferida pelos sacramentos cuja eficácia
            recebem da Paixão de Cristo, esforçar-se para sair do pecado.



   • A obrigação que temos de cumprir a pena do pecado. A justiça de
     Deus exige que o pecado seja punido, e a pena é medida pela culpa.
     Como a culpa do pecado é infinita, também a pena devida ao pecado
     mortal é infinita.
           Mas Cristo pela sua Paixão livrou-nos dessa pena,
           assumindo-a Ele próprio.

   • Termo-nos tornado exilados do reino do céu. O homem foi afastado
     do paraíso por causa do pecado.
           Mas Cristo, pela sua Paixão, abriu-nos a porta do Céu e
           chamou os exilados para o reino. Quando foi aberto o lado de
           Cristo, foi também a porta do paraíso aberta; quando o seu
           Sangue foi derramado, a mancha foi apagada, Deus foi
           "acalmado", a fraqueza foi afastada, a pena foi expiada, e os
           exilados foram convocados para o reino.



S. Agostinho disse que “A Paixão de Cristo é suficiente para ser modelo de
toda a nossa vida”.
Quem quer que queira ser perfeito na vida, deve desprezar o que Cristo
desprezou na cruz, e desejar o que Ele desejou.

A Cruz é assim exemplo de:

- Caridade: Já que Cristo entregou a Sua vida por nós, não nos deve ser
pesado suportar toda espécie de males e tormentos por amor a Ele.

- Paciência: Cristo na cruz suportou grandes sofrimentos. Suportou
também os males que poderia ter evitado, mas não os evitou.

- Humildade: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer. Apesar
de terem sido os Judeus a condenar Jesus, Pilatos foi cobarde e fez o que
eles queriam.
- Obediência: Jesus fez-Se obediente ao Pai, até à morte.

- Desprezo das coisas terrenas: Aquele que é o Rei e o Senhor dos
Senhores aparece nu, ridicularizado, escarrado, flagelado, coroado de
espinhos, na sede saciado com fel e vinagre e morto.


                                                     Referências no You Cat:
                                                              96, 98, 101, 103

2. Considerações finais sob a forma de perguntas:

Jesus Cristo padeceu enquanto Deus ou enquanto homem?
Somente enquanto homem, porque enquanto Deus não podia padecer nem
morrer.

Quem foi que condenou Jesus Cristo a ser crucificado?
Foi Pôncio Pilatos, governador da Judeia. Apesar de reconhecer a sua
inocência, cedeu com cobardia às ameaças dos judeus.

Na morte de Jesus Cristo, a divindade separou-se do corpo e da alma?
Não se separou nem do corpo nem da alma. Apenas a alma se separou do
corpo.

Se Jesus Cristo morreu pela salvação de todos, por que nem todos se
salvam?
Jesus Cristo morreu por todos, mas nem todos se salvam porque nem todos
O reconhecem, nem todos seguem a Sua lei e nem todos se servem dos
meios de santificação que nos deixou.

Para nos salvarmos, não basta que Jesus tenha morrido por nós?
Não! É necessário que sejam aplicados, a cada um de nós, o fruto e os
merecimentos da Sua Paixão e morte, aplicação que se faz, sobretudo, por
meio dos Sacramentos, instituídos para este fim pelo mesmo Jesus Cristo;
e, como muitos ou não recebem os Sacramentos, ou não os recebem com as
condições devidas, torna-se inútil para si a morte de Jesus Cristo.
3. Oração

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  • 1. Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação «ESTA É A NOSSA FÉ, A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR» *Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado* 1. Formação Neste artigo do Credo, veremos e perceberemos o quão importante é acreditar na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Diz-nos São Gregório: “em nada nos teria sido útil o seu nascimento, se não favorecesse à Redenção”. A verdade de que Cristo morreu por nós, é de tal modo difícil que a nossa inteligência pode apenas conhecê-la, mas, de modo algum, por si mesmo descobri-la. A graça e o amor de Deus para connosco são tão grandes, que Ele fez por nós mais do que podemos compreender. Não se deve, porém, crer que quando Cristo morreu por nós, a Divindade também morreu. N’Ele morreu a natureza humana; não morreu enquanto Deus, mas enquanto homem. Um exemplo que esclarece esta verdade: • Encontramo-lo em nós mesmos. Sabe-se que quando um homem morre, na separação que há entre a alma e o corpo, a alma não morre, mas sim o corpo. - Como tal, na morte de Cristo não morreu a divindade, mas a natureza humana. Que necessidade havia de o Verbo de Deus padecer por nós? Por duas razões. Uma, porque foi remédio para os nossos pecados; outra, porque foi um exemplo para as nossas ações.
  • 2. São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, apresenta algumas razões pelas quais Jesus padeceu por nós: O homem vê o quanto Deus o amou, e é levado a amar a Deus por gratidão; Cristo, na Paixão, deu exemplo de obediência, humildade, constância e justiça, virtudes necessárias à salvação; prometeu a graça e a glória, além de salvar o homem do pecado; lembrando-se de que foi salvo pelo Sangue de Cristo, o homem evita o pecado; a dignidade do homem é elevada, pois venceu o diabo pelo qual fora vencido; e a morte merecida pelo pecado, foi superada pela morte de Cristo Contraímos pelo pecado cinco males: • A própria mancha do pecado. Quando um homem peca, "suja" a sua alma, porque, como a virtude embeleza, o pecado a torna feia e suja. Mas a Paixão de Cristo lavou esta mancha. Cristo, na sua Paixão, fez do seu sangue um banho para nele lavar os pecadores. No Batismo a alma é lavada no Sangue de Cristo, por que este recebe do Sangue de Cristo a força regeneradora. • Tornarmo-nos objecto da desafeição de Deus. Assim como quem é carnal ama a beleza da carne, do mesmo modo Deus ama a beleza espiritual, que é a beleza da alma. Quando, a alma se deixa contaminar pelo mal do pecado, Deus fica ofendido. Mas a Paixão de Cristo remove essas coisas, por que ela satisfez ao Pai ofendido pelo pecado, cuja satisfação não poderia vir do homem. • A fraqueza. O homem, pecando pela primeira vez, pensa que depois pode abster-se do pecado. Acontece, porém, o contrário: debilita-se pelo primeiro pecado e fica inclinado a pecar mais. O pecado vai dominando cada vez mais o homem, e este, por si mesmo, coloca-se em tal estado que não se pode mais levantar. Mas Cristo diminuiu essa fraqueza e debilidade, apesar de não as ter totalmente apagado. O homem foi fortalecido pela Paixão de Cristo e o pecado, enfraquecido. Pode, por esse motivo, auxiliado pela graça
  • 3. divina, que é conferida pelos sacramentos cuja eficácia recebem da Paixão de Cristo, esforçar-se para sair do pecado. • A obrigação que temos de cumprir a pena do pecado. A justiça de Deus exige que o pecado seja punido, e a pena é medida pela culpa. Como a culpa do pecado é infinita, também a pena devida ao pecado mortal é infinita. Mas Cristo pela sua Paixão livrou-nos dessa pena, assumindo-a Ele próprio. • Termo-nos tornado exilados do reino do céu. O homem foi afastado do paraíso por causa do pecado. Mas Cristo, pela sua Paixão, abriu-nos a porta do Céu e chamou os exilados para o reino. Quando foi aberto o lado de Cristo, foi também a porta do paraíso aberta; quando o seu Sangue foi derramado, a mancha foi apagada, Deus foi "acalmado", a fraqueza foi afastada, a pena foi expiada, e os exilados foram convocados para o reino. S. Agostinho disse que “A Paixão de Cristo é suficiente para ser modelo de toda a nossa vida”. Quem quer que queira ser perfeito na vida, deve desprezar o que Cristo desprezou na cruz, e desejar o que Ele desejou. A Cruz é assim exemplo de: - Caridade: Já que Cristo entregou a Sua vida por nós, não nos deve ser pesado suportar toda espécie de males e tormentos por amor a Ele. - Paciência: Cristo na cruz suportou grandes sofrimentos. Suportou também os males que poderia ter evitado, mas não os evitou. - Humildade: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer. Apesar de terem sido os Judeus a condenar Jesus, Pilatos foi cobarde e fez o que eles queriam.
  • 4. - Obediência: Jesus fez-Se obediente ao Pai, até à morte. - Desprezo das coisas terrenas: Aquele que é o Rei e o Senhor dos Senhores aparece nu, ridicularizado, escarrado, flagelado, coroado de espinhos, na sede saciado com fel e vinagre e morto. Referências no You Cat: 96, 98, 101, 103 2. Considerações finais sob a forma de perguntas: Jesus Cristo padeceu enquanto Deus ou enquanto homem? Somente enquanto homem, porque enquanto Deus não podia padecer nem morrer. Quem foi que condenou Jesus Cristo a ser crucificado? Foi Pôncio Pilatos, governador da Judeia. Apesar de reconhecer a sua inocência, cedeu com cobardia às ameaças dos judeus. Na morte de Jesus Cristo, a divindade separou-se do corpo e da alma? Não se separou nem do corpo nem da alma. Apenas a alma se separou do corpo. Se Jesus Cristo morreu pela salvação de todos, por que nem todos se salvam? Jesus Cristo morreu por todos, mas nem todos se salvam porque nem todos O reconhecem, nem todos seguem a Sua lei e nem todos se servem dos meios de santificação que nos deixou. Para nos salvarmos, não basta que Jesus tenha morrido por nós? Não! É necessário que sejam aplicados, a cada um de nós, o fruto e os merecimentos da Sua Paixão e morte, aplicação que se faz, sobretudo, por meio dos Sacramentos, instituídos para este fim pelo mesmo Jesus Cristo; e, como muitos ou não recebem os Sacramentos, ou não os recebem com as condições devidas, torna-se inútil para si a morte de Jesus Cristo.