O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou nesta segunda-feira, dia 2 de dezembro de 2013, no Rio de Janeiro, a coletiva de imprensa "Cidades em movimento: desafios e perspectivas das políticas públicas". Marcelo Neri, presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), e Rogério Boueri, diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto, apresentaram dados sobre migrações internas, variações da população de favelas na última década, deslocamentos para trabalho e estudo, finanças públicas municipais, em particular os efeitos das transferências de recursos, e impactos sobre sustentabilidade ambiental e bem-estar dos moradores.
Cidades em Movimento: Desafios e Perspectivas de Políticas Públicas
1. Ipea - Cidades em Movimento:
Desafios e Perspectivas de Políticas Públicas
Marcelo Neri (SAE e Ipea)
Rogério Boueri (Ipea)
2. Ipea - Brasil em
Desenvolvimento
Organizadores:
Marco Aurélio Costa
Rogério Boueri
3. Organização
Esta apresentação está dividida em duas partes:
• Descrição geral dos 30 capítulos distribuídos em 3 volumes da
publicação Brasil em Desenvolvimento (BD) que serão
lançados pelo Ipea em dezembro.
• A coletânea Cidades em Movimento explora e estende alguns
aspectos da parte urbana do BD tais como atração de talentos
(migração de pessoas com diversos níveis educacionais),
transporte (movimentos pendulares para estudo e trabalho
entre cidades), favelas (avaliação do seu crescimento),
transferências (como a economia das cidades são afetadas
pelos recursos entre três níveis de governo) entre outros.
Procuramos disponibilizar dados abertos com mapas e rankings
para todas as localidades brasileiras. Focamos mais aqui, a
título de exemplo no caso do Rio de Janeiro (“Três Rios”).
4. Cidades em movimento:
Talentos (Migração e Transporte),
Moradias (Favelas) e Transferencias
Fiscais entre Territórios
Marcelo Neri
Apoio*:
Rodrigo Ramiro
Marcos Hecksher
Luisa Carvalhaes
Rafael Braga
Tiago Bonomo
*Fora os autores dos capítulos
5. Migração de Talentos:
A migração como fator de distribuição de
pessoas com alta escolaridade no território
brasileiro
Autores Capítulo 21:
Agnes de França Serrano
Herton Ellery Araújo
Larissa de Morais Pinto
Ana Luiza Machado de Codes
6. Migração e Escolaridade
Há queda nas migrações internas, mas os indivíduos de alta
escolaridade possuem maior probabilidade de migrar e a
migração continua tendo significativa importância para sua
distribuição no território brasileiro. No total da população, eles
eram 6,1% em 1991, 7,1% em 2000 e 11,9% em 2010.
No período esta população tem se dispersado pelo país, por um
lado, por causa da maior difusão dos cursos superiores, por
outro, a migração também tem contribuído neste processo.
Probabilidade de migração, por período e níveis de escolaridade: 1986-2010 (%)
Escolaridade
1986-1991
1995-2000
2005-2010
Baixa
7,8
6,8
5,0
Média
8,6
7,7
6,2
Alta
8,9
8,5
7,8
Total
7,9
7,1
5,7
Tabelas completas
7. Ranking das migrações de alta escolaridade
2005- 2010
Microrregiões com maior
EMIGRAÇÃO de Alta Escolaridade
1
2
3
4
5
6
7
8
São Paulo
Rio de Janeiro
Santa Maria
Belém
Presidente Prudente
Viçosa
Ilhéus-Itabuna
Vale do Paraíba Fluminense
9 Ipatinga
10 Santo Ângelo
2005-2010
Microrregiões com maior
IMIGRAÇÃO de Alta Escolaridade
1
2
3
4
5
6
7
8
Brasília
Curitiba
Florianópolis
Campinas
Itajaí
Itapecerica da Serra
Belo Horizonte
Vitória
9 Osasco
10 Porto Nacional
Tabelas completas
Fonte: Serrano, Araújo, Pinto e Codes (Ipea, 2013, cap. 21) com microdados dos Censos/IBGE.
8. Saldos migratórios
Classificação dos saldos migratórios de microrregiões selecionadas em relação
àquelas com que tiveram trocas migratórias (2010)
Tabelas completas
Fonte: Serrano, Araújo, Pinto e Codes (Ipea, 2013, cap. 21) com microdados dos Censos/IBGE.
9. Microrregiões que mais exportam diplomas
SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
Entre 1986 e 1991 Entre 1995 e 2000 Entre 2005 e 2010 Entre 1986 e 1991 Entre 1995 e 2000 Entre 2005 e 2010
Imigrantes
376,869
310,416
188,277
111,499
143,557
82,101
Emigrantes
511,714
564,208
317,634
138,816
136,052
102,350
Saldo
-134,845
-253,792
-129,356
-27,317
7,506
-20,249
Distância Imig
1,478
1,428
1,452
1,205
1,279
1,341
Distância Emig
612
630
634
849
804
742
Imigrantes
Emigrantes
Média Esc.
Saldo
Distância Imig
Distância Emig
Imigrantes
Emigrantes
Alta Esc.
Saldo
Distância Imig
Distância Emig
Imigrantes
Total com
Emigrantes
18 anos
Saldo
ou mais
Distância Imig
Distância Emig
55,910
93,732
-37,822
1,133
533
80,879
166,838
-85,959
1,042
484
100,034
194,442
-94,408
1,119
515
28,516
51,665
-23,149
1,088
885
44,630
68,170
-23,540
1,099
816
56,373
84,712
-28,339
1,126
748
37,216
57,227
-20,011
740
496
49,054
84,968
-35,914
601
451
91,554
122,403
-30,849
621
437
21,190
37,235
-16,045
926
837
28,161
41,618
-13,457
808
755
46,417
60,638
-14,221
773
736
469,995
662,673
-192,678
1,378
591
440,348
816,013
-375,665
1,265
581
379,866
634,479
-254,613
1,164
560
161,205
227,716
-66,511
1,147
855
216,349
245,839
-29,491
1,181
799
184,891
247,700
-62,809
1,133
743
Baixa Esc.
*B-Baixa=nível fundamental incompleto; M-Média=fundamental completo até superior incompleto (de 18 a 24 anos até médio completo); A-Alta=superior
completo ou mais (de 18 a 24 anos também superior incompleto)
Tabelas completas
Fonte: Serrano, Araújo, Pinto e Codes (Ipea, 2013, cap. 21) com microdados dos Censos/IBGE.
10. Microrregiões que mais importam diplomas
BRASÍLIA
CURITIBA
Entre 1986 e 1991 Entre 1995 e 2000 Entre 2005 e 2010 Entre 1986 e 1991 Entre 1995 e 2000 Entre 2005 e 2010
Imigrantes
96,557
94,369
61,940
97,306
106,713
59,627
Emigrantes
61,728
94,932
62,501
37,093
49,812
43,229
Saldo
34,828
-563
-561
60,213
56,901
16,398
Distância Imig
949
936
917
441
458
506
Distância Emig
520
416
475
490
441
371
Imigrantes
Emigrantes
Média Esc.
Saldo
Distância Imig
Distância Emig
Imigrantes
Emigrantes
Alta Esc.
Saldo
Distância Imig
Distância Emig
Imigrantes
Total com
Emigrantes
18 anos
Saldo
ou mais
Distância Imig
Distância Emig
19,152
21,176
-2,024
1,031
736
36,155
26,528
9,627
927
678
47,212
39,859
7,353
882
602
22,597
11,883
10,714
486
582
39,716
19,995
19,721
514
582
41,861
27,698
14,163
535
493
13,654
12,692
962
1,059
970
23,440
13,308
10,132
990
910
42,900
25,570
17,330
927
930
13,725
9,719
4,006
502
544
22,311
13,245
9,067
503
614
34,945
22,433
12,512
540
589
129,363
95,597
33,766
973
628
153,963
134,768
19,196
942
516
152,052
133,627
58,695
74,932
455
517
168,740
83,051
85,689
477
502
136,433
Baixa Esc.
127,930
24,122
909
605
93,361
43,073
524
459
*B-Baixa=nível fundamental incompleto; M-Média=fundamental completo até superior incompleto (de 18 a 24 anos até médio completo); A-Alta=superior
completo ou mais (de 18 a 24 anos também superior incompleto)
Tabelas completas
Fonte: Serrano, Araújo, Pinto e Codes (Ipea, 2013, cap. 21) com microdados dos Censos/IBGE.
11. Rio de Janeiro
1.
2.
A região para a qual o Rio de Janeiro (microrregião)
mais enviou migrantes de alta escolaridade, entre 2005
e 2010, foi Lagos – também localizada do estado do Rio
de Janeiro – que recebeu 3.713 dessas pessoas.
O segundo destino preferido foi a microrregião São
Paulo, para onde foram 1.805 indivíduos, seguida da
Bacia de São João, situada no estado do Rio de Janeiro,
que absorveu 1.704 indivíduos.
A análise recíproca mostra que o maior grupo de migrantes
altamente escolarizados que chegaram na região, havia saído da
microrregião Salvador (478 pessoas), vindo em seguida Vale do
Paraíba (435) e Belo Horizonte (345).
12. Rio de Janeiro
Os migrantes de alta escolaridade da microrregião do Rio de Janeiro que
tiveram como destino as microrregiões Lagos ou Bacia de São João
totalizaram 7.404 indivíduos.
Deste quantitativo, a maioria era representada por mulheres (4.139), e
apenas 20% do total eram idosos com mais de 60 anos (efeito Dorival
Caymmi – citado por André Urani).
A maior parcela dos indivíduos estava, portanto, entre 18 e 59 anos. Dos
ativos, a maioria (41%) era trabalhador com carteira assinada, e 23,5%
eram militares ou funcionários públicos estatutários. Além disso, cerca de
26,3% dos ocupados trabalhavam por conta própria ou eram
empregadores, e 8% estavam empregados, mas sem carteira assinada.
13. Rio de Janeiro
As migrações de outras partes do país para a microrregião do Rio
de Janeiro (que inclui a capital e 15 municípios metropolitanos de
seu entorno, mas não todos os 30 da RMRJ) diminuíram 15% entre
os períodos de 1995-2000 e 2005-2010.
Essa redução se deve exclusivamente ao menor influxo de pessoas
com ensino fundamental incompleto, que caiu 43%.
Já as imigrações de pessoas com nível médio aumentaram 26% e
as de graduados com nível superior subiram 65%.
14. Rio de Janeiro
Do total de pessoas com ensino superior na microrregião do Rio
em 2010, 3,4% chegaram de outras partes do país há 5 anos ou -.
Por outro lado, 4,4% saíram país afora.
Os principais destinos foram a Região dos Lagos e a Bacia de São
João, para onde foram 7.404 diplomados, dos quais apenas 20%
tinham 60 anos ou mais (efeito Dorival Caymmi – citado por André
Urani).
15. Classificação dos
saldos migratórios
microrregiões selecionadas em relação
àquelas com que tiveram trocas migratórias
(2010)
Tabelas completas
Fonte: Serrano, Araújo, Pinto e Codes (Ipea, 2013, cap. 21) com microdados dos Censos/IBGE.
16. Transportes:
Movimento Pendular e Políticas Públicas:
Algumas possibilidades inspiradas numa
tipologia dos municípios brasileiros
Autores Capítulo 22:
Rosa Moura
Paulo Delgado
Marco Aurélio Costa
17. Movimentos pendulares
Em 2010, 15.472.863 pessoas deixavam o município de residência
para trabalho e/ou estudo, ou ambos, em outro município, em
fluxos de origem (ou saída). Em 2000, esse número era de
7.403.456, o que aponta um incremento de 8.069.407, em 2010.
Os fluxos de destino (ou de chegada) correspondem a 13.946.545
pessoas, com incremento de 6.916.295 em relação às 7.030.250
que se deslocavam em 2000.
O aumento do número de pessoas que realizam movimentos
pendulares foi superior, em termos percentuais, ao aumento
observado no número de pessoas que trabalham e/ou estudam.
Fonte: Moura, Delgado e Costa (Ipea, 2013, cap. 22) com microdados dos Censos/IBGE.
18. Tipologia da mobilidade
Mobilidade Pendular:
Rio de Janeiro 2010
Fonte: Moura, Delgado e Costa (Ipea, 2013, cap. 22) com microdados dos Censos/IBGE.
21. Movimentos pendulares
Os deslocamentos de pessoas para fins de trabalho e/ou de
estudo, portanto, em grande medida, refletem a própria rede de
cidades do país. É maior nas metrópoles. O incremento desses
deslocamentos, por seu turno, parece refletir o maior dinamismo
da economia brasileira, na década de 2000, e uma busca, das
pessoas, por aproveitar a conjuntura favorável à mobilidade social,
buscando ampliar sua formação escolar, sua capacitação
profissional e sua inserção no mercado de trabalho.
Fonte: Moura, Delgado e Costa (Ipea, 2013, cap. 22) com microdados dos Censos/IBGE.
22. Favelas:
Avaliação do seu crescimento
Autores Capítulo 23:
Vanessa Gapriotti Nadalin
Lucas Ferreira Mation
Cleandro Krause
Vicente Correia Lima Neto
23. Evolução das favelas: Motivação
1.
2.
Classificações de setores censitários como
aglomerados subnormais (~ favelas) não são
comparáveis entre censos demográficos.
Dificuldades na identificação de favelas:
• não há linhas de corte objetivas sobre a partir de
qual grau de precariedade habitacional um lugar
deva ser classificado com favela
• informações sobre a posse da terra são de difícil
acesso
24. Evolução das favelas: Motivação
3.
Censo de 2010: grande melhora na capacidade de
identificação das favelas
• disponibilidade de imagens de satélite
• informações sobre situação cadastral dos terrenos
• ampla pesquisa de campo
25. Evolução das favelas: Objetivos
1.
2.
3.
Partir da identificação mais precisa de favelas
do Censo 2010
Comparar espacialmente setores censitários
de 2010 e de 2000
Identificar conjuntos de setores censitários
de 2000 correspondentes aos setores
classificados como subnormais em 2010
26. Favelas em 2000 e 2010
Áreas reclassificadas
Favelas de 2010 não classificadado como favela em 2000
Região com parte em favela em 2010 não classificadado como favela em 2000
Favela em 2000 que passou a ser área normal em 2010
Não contem favela em 2000 nem em 2010
Morro do Cruzeiro
Complexo da Maré
Complexo do Alemão
Morro do Adeus
27. Favelas em 2000 e 2010
Favelas de 2010 não classificadado como favela em 2000
Áreas reclassificadas
Região com parte em favela em 2010 não classificadado como favela em 2000
Favela em 2000 que passou a ser área normal em 2010
Não contem favela em 2000 nem em 2010
Rocinha
Vidigal
28. Evolução das favelas – 2000 a 2010
Crescimento populacional em favelas por Região Metropolitana
70
60
50,7%
50
40
30
20
29,2%
14,7%
6,7%
10
9,3%
7,1%
6,2%
2,6%
0
-10
-20
-30
-3,7%
-6%
-12,8%
-22,1%
29. Evolução das favelas: Resultados
População em favelas
2000
2010
População Total
crescimento
da década
2000
Brasil
10.608.458
11.265.802
6,20%
139.073.790
Rio de Janeiro
1.272.958
1.394.333
9,30%
5.857.904
1.
2.
crescimento
da década
159.205.602 14,50%
6.320.446
7,90%
Para o Brasil, o crescimento populacional menor em favelas reflete a
redução da desigualdade e pobreza
Renda e número e quantidade de banheiros por domicílio são as
variáveis que mais diferenciam as áreas não especiais das subnormais.
– Essa distância diminuiu na década
3.
2010
O abastecimento por rede de água é mais equânime
30. Transferências
Federativas:
como a economia e a vida nas
cidades são afetadas pelo
envio de recursos entre três
níveis de governo
Autores do Capítulo 9:
Rodrigo Octávio Orair
Lucikelly dos Santos Lima
Thais Helena Fernandes Teixeira
31. Sistema de transferências para os
municípios brasileiros : a pesquisa
1.
2.
Traça um macrodiagnóstico do sistema de
transferências, com ênfase nos seus impactos
sobre a distribuição de recursos dos municípios
brasileiros.
São analisadas as tendências mais gerais da
evolução e distribuição da receita disponível das
esferas de governo que inclui: arrecadação
própria e transferências (legais e constitucionais).
32. Sistema de transferências para os
municípios brasileiros : a pesquisa
3.
4.
A análise sugere haver um movimento de
desconcentração das receitas, tanto
verticalmente em favor da esfera municipal
quanto horizontalmente no sentido de reduzir
as disparidades entre os municípios brasileiros.
As receitas disponíveis no governo municipal
aumentaram de 6,4% do PIB em 2002 para 8% em
2012 – ampliando sua participação tanto em
proporção do PIB quanto no total da
administração pública.
33. Receita disponível das
administrações públicas em % do PIB
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Governo federal
Arrecadação própria
21.0% 20.6% 21.3% 22.5% 22.3% 22.8% 22.8% 21.5% 21.8% 23.3% 23.1%
Transferências para os estados
-2.2% -2.1% -2.2% -2.4% -2.6% -2.5% -2.6% -2.3% -2.2% -2.3% -2.3%
Transferências para os municípios
-3.1% -3.0% -3.4% -3.3% -3.5% -3.5% -3.9% -3.7% -3.7% -4.0% -4.1%
Receita disponível
15.7% 15.5% 15.7% 16.8% 16.3% 16.8% 16.3% 15.4% 15.9% 17.0% 16.6%
Governo estadual
Arrecadação própria
8.4%
8.3%
8.6%
8.7%
8.7%
8.5%
8.8%
8.5%
8.5%
8.6%
9.0%
Transferências para os estados
2.2%
2.1%
2.2%
2.4%
2.6%
2.5%
2.6%
2.3%
2.2%
2.3%
2.3%
Transferências para os municípios
-1.7% -1.7% -1.7% -1.8% -1.8% -1.7% -1.7% -1.6% -1.6% -1.7% -1.7%
Receita disponível
8.9%
8.8%
9.0%
9.3%
9.5%
9.3%
9.6%
9.2%
9.1%
9.3%
9.6%
Governo municipal
Arrecadação própria
1.6%
1.6%
1.7%
1.7%
1.7%
1.8%
1.8%
1.8%
1.8%
1.9%
2.1%
Transferências para os municípios
4.8%
4.7%
5.1%
5.1%
5.2%
5.2%
5.6%
5.4%
5.3%
5.6%
5.9%
Receita disponível
6.4%
6.3%
6.8%
6.7%
7.0%
7.0%
7.4%
7.2%
7.2%
7.6%
8.0%
34. Sistema de transferências para os
municípios brasileiros : alguns resultados
1.
2.
A ampliação das receitas disponíveis municipais foi
ocasionada pelo avanço da arrecadação própria,
que passou de 1,6% do PIB em 2002 para 2,1% em
2012, e principalmente pelas transferências que
aumentaram de 4,8% do PIB para 5,9%.
As transferências vinculadas às políticas setoriais são
as principais responsáveis pela expansão das
transferências, destacando-se os programas de saúde,
educação e assistência social. O avanço em proporção
do PIB foi de 1,5% em 2002 para 2,4% em 2012.
35. Sistema de transferências para os
municípios brasileiros : alguns resultados
3.
As transferências podem ser classificadas em:
• transferências devolutivas e compensatórias (cotaparte ICMS, royalties do petróleo, etc.);
• transferências redistributivas dos fundos de
participação (FPM e Fundo Especial do Petróleo); e
• transferências redistributivas vinculadas às
políticas setoriais (Fundeb, FNDE, FNS, FNAS, etc.).
36. Receita disponível per capita
dos municípios brasileiros
Fonte: Orair, Lima e Teixeira (Ipea, 2013, cap. 9) com dados de STN, IBGE e ADH.
2010
37. Movimentos e fatores explicativos
1.
2.
Redução das desigualdades iniciais na
arrecadação própria municipal, devido aos
padrões de crescimento do PIB e evidências de
maior esforço fiscal por parte dos municípios.
Aumento do potencial redistributivo das
transferências vinculadas às políticas sociais, com
taxas de crescimento superiores às demais
transferências (e ao próprio PIB) e beneficiando
mais os municípios de pequeno e médio porte e/ou
menor grau de desenvolvimento.
38. Movimentos e fatores explicativos
3.
Desconcentração (vertical e horizontal) se insere
no processo mais amplo de municipalização e
parece refletir a priorização de recursos para
áreas sociais básicas ofertadas pela totalidade
dos municípios, com generalização de critérios
equalizadores nos montantes transferidos.
*Em contrapartida, há evidências de redução dos impactos
redistributivos das demais transferências, incluindo fundos de
participação cuja função precípua é promover a equalização
fiscal.
39. Movimentos e fatores explicativos
4.
Desejável redução nas disparidades de receita
disponível entre os municípios, com parcela
crescente dos recursos vinculada a áreas sociais
básicas de forte impacto sobre o bem-estar da
população.
*Contudo, há limitações na análise com foco restrito
sobre as receitas disponíveis e diagnósticos mais
definitivos exigem estudos complementares.
41. Escolaridade
% da população com Ensino Superior em relação
a População em Idade Ativa (PIA) - Municípios
Municípios
do Brasil
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
Tabelas completas
42. % da população com Ensino Superior em relação
a População em Idade Ativa (PIA) - Municípios
10 + Brasil
Rank
UF
Município
Superior/PIA (%)
1
São Paulo
São Caetano do Sul
31,40
2
Rio de Janeiro
Niterói
29,55
3
Espírito Santo
Vitória
27,57
4
São Paulo
Águas de São Pedro
27,14
5
Santa Catarina
Florianópolis
26,81
6
São Paulo
Santos
26,58
7
Paraná
Curitiba
22,70
8
Rio Grande do Sul
Porto Alegre
22,55
9
Santa Catarina
Balneário Camboriú
22,26
10
Distrito Federal
Brasília
19,75
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
Tabelas completas
43. % da população com Ensino Superior em relação
a População em Idade Ativa (PIA) - Municípios
10 – Brasil
Rank
UF
Município
Superior/PIA (%)
5556 Bahia
Elísio Medrado
0,67
5557 Bahia
São José do Jacuípe
0,65
5558 Rio Grande do Sul
Forquetinha
0,63
5559 Maranhão
São João do Carú
0,60
5560 Alagoas
Poço das Trincheiras
0,58
5561 Bahia
Umburanas
0,55
5562 Bahia
Gentio do Ouro
0,47
5563 Pará
Cachoeira do Piriá
0,46
5564 Bahia
Ipecaetá
0,38
5565 Bahia
Canápolis
0,24
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
Tabelas completas
44. Engenheiros
Número de Habitantes por Engenheiros
Habitantes/Engenheiros
140 - 355
355 - 570
570 - 785
785 - 1000
1000 - 1266
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
Tabelas completas
45. Engenheiros
Número de Habitantes por Engenheiros
habitantes/engenheiros
267,62
Total
Mais
1
2
3
4
5
1265,36
1197,53
1023,82
866,56
850,01
Maranhão
Piauí
Roraima
Rondônia
Acre
Menos
23
24
25
26
27
Paraná
Santa Catarina
Distrito Federal
Rio de Janeiro
São Paulo
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
247,93
212,23
179,14
172,00
148,18
Tabelas completas
46. Computação
Número de Habitantes por Profissionais da
Computação (Ciência da Computação)
habitantes/desenvolvedores
499,73
Total
Mais
1
2
3
4
5
Maranhão
Rio Grande do Norte
Bahia
Ceará
Paraíba
2.910,49
1.847,25
1.686,35
1.620,47
1.605,51
Menos
23
24
25
26
27
Santa Catarina
Paraná
Rio de Janeiro
São Paulo
Distrito Federal
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
411,19
406,28
371,25
257,64
125,27
Tabelas completas
47. Médicos
Número de Habitantes por Médicos
Habitantes/Médicos
370 - 670
670 - 970
970 - 1270
1270 - 1570
1570 - 2335
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
Tabelas completas
48. Médicos
Número de Habitantes por Médicos
habitantes/médicos
701,61
Total
Mais
1
2
3
4
5
2.334,80
1.902,06
1.579,39
1.380,22
1.250,53
Maranhão
Amapá
Pará
Rondônia
Amazonas
Menos
23
24
25
26
27
Espírito Santo
Rio Grande do Sul
São Paulo
Rio de Janeiro
Distrito Federal
Fonte: microdados do Censo2010/IBGE
600,33
591,77
534,35
404,86
371,09
Tabelas completas
49. Graduados vs. Ocupados – 10 Cidades +
Municípios com mais de 200 mil habitantes - 2010
Graduados
Ocupados
Medicina
Medicina
por mil hab.
Médico
Médico
por mil hab.
1 Niterói
4.912
10,08
1 Niterói
4.862
9,60
2 Vitória
3.160
9,64
2 Vitória
3.004
9,16
3 Porto Alegre
9.164
6,50
3 Porto Alegre
9.933
7,05
4 Florianópolis
2.350
5,58
4 Ribeirão Preto
3.690
6,10
5 Santos
2.235
5,33
5 Florianópolis
2.200
5,22
6 Ribeirão Preto
3.166
5,24
6 Santos
2.172
5,18
7 Belo Horizonte
12.057
5,08
7 Campinas
5.364
4,97
8 Recife
7.257
4,72
8 Belo Horizonte
11.598
4,88
9 Rio de Janeiro
29.103
4,60
9 Recife
7.195
4,68
10 São José do Rio Preto
1.875
4,59
10 Rio de Janeiro
27.731
4,39
Município
Município
Fonte: Stivalli (Ipea 2013) a partir dos Microdados do Censo Demográfico 2010 / IBGE.
Nota: Médicos ocupados (CBO domiciliar 2211 ou 2212), com algum curso superior.
50. Habitantes por médico
Mundo
Habitantes por médico
49.21 - 567.48
567.488 - 1135.417
1135.417 - 5000
5000 - 20000
20000 - 50000
Sem informação
Brasil
Habitantes por médico
49.21 - 567.48
567.488 - 1135.417
1135.417 - 5000
5000 - 20000
20000 - 50000
sem médicos
Habitantes por médico
49.21 - 567.48
567.488 - 1135
Habitantes por médico
1135.417 - 500
49.21 - 567.48
5000 - 20000
567.488 - 1135.417
20000 - 50000
1135.417 - 5000
Sem informaçã
5000 - 20000
20000 - 50000
sem médicos
Habitan
Fonte: HDR e Censo Demográfico 2000 / IBGE.
Rio de Janeiro
51. Talentos, Moradias e Recursos
em Movimento
• Observamos queda da migração (probabilidade
passa de 7,9% para 5,7% entre 1991 e 2000) com
aumento relativo dos mais escolarizados (passa de
7,1% para 11,9% das migrações)
• Aumento do movimento pendular de pessoas
(passa de 7,4 milhões de pessoas trabalhando ou
estudando em outro município em 2000 para 15,5
em 2010)
• Crescimento das favelas (6,2%) mas menor que o da
população (14,5%)
• Aumento das transferências fiscais para cidades (de
4,8% para 5,9% do PIB fora a maior de arrecadação
de 0,5 pontos)
52. Políticas Públicas Existentes
FEDERAIS
POLÍTICAS LOCAIS
Geração e Atração de Cérebros
(ProUni, Fies, Abertura de
escolas no interior, Pronatec)
Melhoria do Transporte Público
(Bilhete Único, BRTs etc. )
Formação no exterior
(Ciência Sem Fronteiras)
Atração de médicos de outras
áreas, residentes e
infraestrutura
(Mais Médicos)
Habitação
(UPP Social, Minha Casa, Minha
Vida - federal)
Transferências Progressivas
(Royalties e FNDE)