SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 27
Downloaden Sie, um offline zu lesen
1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.045
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - domingo, 14 de julho de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa
Bloco 3 - Ir João Ivo Girardi - Verbete da Semana - " Lei Moral " (Do Meio-Dia à Meia-Noite )
Bloco 4 - IrHercule Spoladore - "A História do Grau 33.... "
Bloco 5 - Ir Ivo Reinaldo Christ - "O desafio de todo Maçom: como ser bondoso num mundo egoísta"
Bloco 6 - IrAntonio de Carlos de Souza Godoi - " O Avental Maçônico significado de poderes "
Bloco 7 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Tempo de Estudos e Loja em Família "
Bloco 8 - Destaques JB
Pesquisas e artigos:
Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org
- Imagens: próprias e www.google.com.br
Hoje, 14 de julho de 2013, 195º dia do calendário gregoriano. Faltam 170 para acabar o ano.
Dia da Bastilha (França); Dia da Liberdade de Pensamento
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
1 - almanaque
2
 939 - É eleito o Papa Estêvão IX.
 1099 - Os exércitos cristãos tomam Jerusalém, durante a Primeira Cruzada.
 1570 - O papa São Pio V publica o Missal Romano do Concilio de Trento (a Missa tridentina) com
a bula pontifícia Quo Primum Tempore
 1774 - Fundação do município de Campinas
 1789 - Início da Revolução Francesa: Parisienses tomam a Bastilha, prisão do regime monárquico,
e libertam sete prisioneiros políticos.
 1867 - O químico sueco Alfred Nobel faz a primeira demonstração da dinamite.
 1881 - Billy the kid é morto por Pat Garrett em Fort Sumner.
 1899 - Luiz Galvez declara a criação do Estado Independente do Acre
 1909 - Inauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro
 1915 - É fundado o América Futebol Clube na cidade de Natal (RN).
 1933 - O partido nazista da Alemanha fecha as agremiações de oposição e começa a perseguição
aos comunistas.
 1951 - A CBS, rede americana de TV, transmite o primeiro programa esportivo em cores: uma
corrida de cavalos.
 1958 - O rei Faisal II, do Iraque, e sua família são executados por militares em Bagdá, cinco meses
depois de assumir o trono do país.
 1965 - O satélite americano Mariner 4 é o primeiro a mandar para a Terra fotografias do planeta
Marte.
 1979 - Primeiro concerto ao vivo de Jean Michel Jarre e o primeiro a entrar para o Guiness Book
por maior platéia sendo realizado em Place de la Concorde em Paris onde interpretou temas de
Oxygene e Equinoxe, seus primeiros álbuns de sucesso mundial.
 Aniversário da cidade de Campinas.
 Festa nacional francesa, comemorando a queda da Bastilha.
 Dia Mundial da Liberdade.
 Dia do Doente.
 Dia do Enfermeiro.
 Dia da Floresta (em homenagem à Aloysio Rauber)
 Último dia das Festas de São Firmino (Sanfermines) em Pamplona, Espanha
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1789 Revolução Francesa - A Revolução é considerada como o acontecimento que deu
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
3
início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os
princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité,
Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em
1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por
várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.
1797 Fundada na povoação da Barra, na Bahia, a Loja Cavaleiros da Luz, a primeira Loja
do Brasil, embora sem filiação regular. A primeira Loja regular foi a Loja Reunião
(ou União) em Niterói, com patente do GO de Île-de-France, em 1801. Muitos
historiadores acharam que o nome referia a um suposto GO da Ilha Maurício,
colônia francesa no Oceano Índico, mas refere-se à ilha que deu origem a Paris,
portanto à França.
1815 Morre no cárcere Francisco Miranda, patriota venezuelano, conhecido como o
Precursor, luto por mais de uma década pela independência das colônias espanholas
da América. Chegou a chefiar o governo após a proclamação da independência da
Venezuela, em 5 de julho de 1811. As rivalidades regionais e à lealdade à coroa
espanhola de ainda boa parte da população, associaram-se as conseqüências do
terrível terremoto de 1812, quase que limitado às regiões insurgentes, que foi
apresentado pelo clero como castigo divino aos rebeldes. Miranda acabou preso e
deportado para Espanha, vindo a morrer em uma prisão de Cadiz.
1927 Lançada a Pedra Fundamental do atual Freemasons’Hall de Londres, erigido em
honra aos Maçons mortos na I Guerra Mundial.
1965 No encerrmento de uma Sessão Magna de Iniciação que presidia, falece vítima
de colpaso cardíaco o Ir. Manoel de Luna Filho, Grão-Mestre da Grande Loja
de Pernambuco.
1981 Fundado o Grande Oriente Estadual Sul-Riograndense, federado ao GOB
1984 Fundação da Loja Estrela do Tucumã nr. 55, Tucumã, Grande Loja do Estado do
Pará
1992 Fundação da Loja Grão-Mestre Sebastião Elias Campos nr. 136, de Jaraguá da
Grande Loja do Estado de Goiás.
Chapecó nos espera!
http://www.diadomacom2013.com.br
4
]
Mario Gentil Costa- Florianópolis)
magenco@terra.com.br
http://magenco.blog.uol.com.br
" A REDENÇÃO DA MULHER "
Não sei se todos têm notado o contínuo e crescente progresso da mulher
rumo ao domínio das mais diversas áreas em que, até recentemente,
predominou a macharia. Isso, além de significar a prova de sua
competência sufocada, é sinal de que a hegemonia machista vaticano-judaico-
muçulmana está começando a ter seus dias contados.
Se olharmos para trás, é fato recente essa mudança de costumes. Mas é seu brado de
liberdade. E, ao longo da história, uma guinada desse porte nunca ocorreu de repente.
Leva décadas, quando não, séculos. Não tenho dúvidas em afirmar que os tempos
vindouros confirmarão a indiscutível ascensão do sexo feminino.
Nós estamos vivendo uma fase de mudanças profundas - o novo milênio - que entrará
para a história como o ponto de partida da redenção da mulher em termos de
autodeterminação. Seu acesso às diversas profissões - incluído o direito e a justiça, isso
para não lembrar a medicina, a odontologia, a arquitetura, a pesquisa científica, a
carreira aero-astronáutica, a própria literatura e o exercício do magistério religioso (que
as crenças chauvinistas sempre lhe negarão) - é prova sobeja da presente tese.
É uma constatação sociológica insofismável. Talento, elas têm na mesma dose; apenas
ainda não despertaram para a exploração maciça de seu potencial. Até a geração de
nossos pais, o destino da mulher era o casamento para garantir a própria sobrevivência,
a procriação imaculada, a estabilidade financeira, a submissão ao macho provedor, a
vida do lar e os humildes afazeres domésticos. Em resumo, era sua escravidão social.
Mas a grata conquista do divórcio e a perspectiva de engravidar sem a dependência
exclusiva do espermatozóide autorizado pela sociedade machista, a mudança e o visível
enfraquecimento dos códigos falso-moralistas do clero organizado, a
dependência econômica inescapável estão propiciando ao sexo feminino a certeza de
sua auto-suficiência.
A mulher não depende mais do marido, a menos que queira. Isso é determinante. Nem
mais precisa casar-se para ser mãe sem perder sua suposta dignidade. O resto irá
aflorando à medida que ela passar a crer em si mesma. Não estaremos nós aqui quando
tudo isso se tornar rotina, mas não tenho dúvidas em prognosticar essa perspectiva cuja
tendência é óbvia e cristalina. Ninguém segura mais a mulher, meus caros.
E mesmo que ela não conquiste a prerrogativa de ser aceita plenamente pelas religiões
castradoras do Velho Testamento, nada perderá com isso, já que, de todas as
atividades a que se dedicar, essa é a menos importante para o bem-estar da
humanidade. Mesmo assim, sem querer profetizar, creio firmemente que, se o Vaticano
sobreviver aos próximos séculos, o mundo ainda verá uma papisa entronizada
oficialmente no trono do Francisco. E eu gostaria de estar aqui pra rir...
Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013)
2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa
5
O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr.
39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000
verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-
Noite", cujo artigo de hoje foi extraído.
LEI MORAL
“Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiverem neutros em
tempos de crise moral”. (Dante Alighieri, in A Divina Comédia).
1. O que é a Maçonaria? A Maçonaria é uma associação intima de homens escolhidos, cuja
doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, como regra, a Lei Natural; por
causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; por princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a
Caridade; por frutos, a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos povos que,
incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará
de existir, enquanto houver o gênero humano. (3ª Instrução de Aprendiz Maçom - REAA - GLSC).
2. O que a entende a Maçonaria por moral? - Moral é para a Maçonaria uma ciência com base
no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a
demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a
razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo de nossa alma sentimos o
triunfo da verdade e da justiça.
3. A Lei Moral Universal: Uma premissa básica sustentada pelos cristãos é que todo indivíduo simplesmente
sabe o que é certo e o que é errado, devido a uma lei moral que sempre existiu em todas as culturas. Eu
poderia achar que é certo roubar um homem ou fazer sexo com a sua esposa. - Se ele tiver muito dinheiro e se
a esposa dele consentir, que mal há nisso? E se você discorda de mim, quem tem razão? Se não temos um
ponto de referência moral, o que você pensa não é mais certo nem mais errado do que o que eu penso. O
relativismo moral, que prevalece na nossa cultura atual, traz uma questão importante, que já foi matéria de
reflexão dos grandes pensadores da humanidade. Haverá uma Lei Moral Universal? Conduzimos nossas
vidas de acordo com o nosso senso de certo e errado. De alguma maneira, possuímos a consciência do que nós
devemos fazer. Quando falhamos em fazer o que deveríamos, uma parte da nossa mente que chamamos de
consciência evoca um sentimento desagradável que chamamos de culpa. Será que esse sentimento - presente
em praticamente todos os indivíduos - é uma indicação para uma Lei Moral dada por Deus? Ou isso
simplesmente reflete o que nos foi ensinado pelos nossos pais? Nossa consciência influencia as decisões que
tomamos ao longo de todo o dia. Se descobríssemos, numa estação rodoviária ou aeroporto, uma maleta cheia
de dinheiro, com o endereço e o telefone do dono, decidiremos devolver a pasta ou guardá-la, dependendo do
nosso código moral. A maioria das religiões diria que a atitude certa seria devolver a maleta, mas mesmo uma
3 - Verbete da Semana do váde-mecum maçônico
"Do Meio-Dia à Meia-Noite" - Ir João Ivo Girardi
6
pessoa que não tem religião experimentaria um ímpeto, um impulso para devolver o dinheiro. E mesmo quem
resolvesse não devolver, trataria de arranjar alguma desculpa para si mesmo para poder ficar com o dinheiro.
Essa pessoa poderia pensar: quem perdeu isso tem muito mais do que eu, ou eu estou precisando muito desse
dinheiro, vou fazer um bom uso dele... E mesmo assim, certamente experimentaria algum peso na
consciência. De onde vem esse código moral natural e universal? Ele não influencia apenas o nosso
comportamento, mas influencia também a maneira como nos sentimos ao agirmos de determinada
maneira. Os Dez Mandamentos e os Dois grandes Mandamentos de Jesus Cristo (amar a Deus sobre todas as
coisas, e ao próximo como a si mesmo) representam o ápice e o resumo perfeito de tudo aquilo que a
humanidade já conseguiu desenvolver, até hoje, como regra de conduta social. O método científico
simplesmente não pode responder à questão da Lei Moral Universal, assim como jamais poderia ser a fonte de
todo o conhecimento do Universo. A Lei Moral Universal encontra expressão não apenas nos textos
sagrados, mas também no mais profundo de nossas consciências. Essa Lei, para muitos grandes pensadores,
é um dos sinalizadores que apontam para a existência de um Criador, de uma Força Inteligente por trás do
Universo físico. C. S. Lewis disse que temos duas fontes de evidências para a existência de Deus Criador:
Uma é o universo que Ele criou... a outra é a Lei Moral que Ele pôs nas nossas mentes. Também o filósofo
alemão Immanuel Kant apontou para a Lei Moral dentro de nós como um testemunho poderoso da grandeza
de Deus. Ambos parecem corroborar o que disse Deus pela boca do Profeta: Na mente lhes imprimirei as
minhas Leis, assim como no coração lhas escreverei. (Jer 31,22). * Sir Clive Staples Lewis (1898-1963),
mais conhecido como C. S. Lewis, foi um professor universitário, teólogo anglicano, poeta e escritor
britânico. Destacou-se pelo seu trabalho acadêmico sobre literatura medieval e pela apologética cristã que
desenvolveu através de várias obras e palestras. É igualmente conhecido por ser o autor da famosa série de
livros infanto-juvenis de nome As Crônicas de Nárnia, em sete volumes, pela qual lhe foi conferida inúmeros
prêmios. (Fonte: iconoblog.com.br).
4. Texto Maçônico para ser lido e meditado! Um dos lugares comuns muito frequentes nos escritos
maçônicos é atribuir a nossa Ordem a característica de ser uma escola de moral, e a maioria dos Irmãos que
escrevem ou apresentam trabalhos em Loja se orgulham muito disso. A sua repetição é tão insistente que
quase todos nós já nos conscientizamos de que estamos diante de uma verdade inconteste. Mas será mesmo a
Maçonaria uma escola de moral? Se por princípio todos os candidatos a iniciação devem ser homens livres e
de bons costumes, então todos os maçons também por princípio são homens de vida eticamente irreprochável
(diz-se daquele que não merece reproches, censura, castigo; perfeito; sem efeitos). Então como seria a
Maçonaria uma escola de moral, se a moral não é aprendida dentro de nossas Lojas onde concentramos nossas
atividades? Os nossos Irmãos não aprendem princípios de moral dentro de nossas Lojas simplesmente porque
já os tem, ou pelo menos seria desejável que os tivessem ou que todos fossem homens de moral ilibada. Seria
antes um farol de irradiação de princípios éticos sadios através do exemplo dos seus membros. A Constituição
de 1723 confirma o que dissemos logo no início. O artigo primeiro „De Deus e da Religião‟, diz que o
Maçom por sua condição deve obedecer à lei moral, isto é, supõe-se que todo o Maçom é um homem de
bons costumes por sua própria natureza de Maçom. Certamente será o caso de mudarmos essa expressão
uma escola de moral e dizer que a Maçonaria é uma fonte de irradiação de bons costumes, o que é diferente
de ser uma escola de moral. Acontece que todos os Irmãos partilham da ideia que a Maçonaria não deve agir
diretamente junto à sociedade, mas sim exercer sua influência através dos Irmãos individualmente. Dessa
forma, se todos os Irmãos já entram para a Ordem como cidadãos livres e de bons costumes, não será a
Maçonaria uma escola de moral, mas muito mais proficuamente um centro de irradiação de moral através de
seus membros. Seria necessário antes de tudo orgulhar-nos de sermos uma sociedade cuja maioria absoluta é
composta de homens livres e de bons costumes. Também nos orgulhamos de ser nossa Ordem uma escola de
fraternidade, o que obedece ao mesmo raciocínio antes analisado. Se todos somos homens bons isso implica
em que sejamos todos fraternos. Na realidade muitas vezes não o somos, não que não o pretendamos, mas
porque pouco nos exercitamos na pratica os nossos princípios de fraternidade maçônica. Deixa-se de
incentivar a convivência familiar, que é quase o único caminho para despertá-lo dos sentimentos fraternais,
pois que estabelecem uma ligação sentimental mais profunda entre os homens. Mas nossa convivência está
7
muitas vezes infelizmente restrita ao recinto de nossas Lojas. Exaltamos, outrossim, a Maçonaria como uma
sociedade universalista, isto é, que abrigamos homens de todas as religiões e de todos os credos, e de todas as
cores políticas e de todos os princípios filosóficos. Será mesmo verdade que somos assim tão tolerantes? Nem
sempre o parecemos ser. Para que o fossemos jamais deveríamos falar em Deus, em religião, em esoterismo,
ou qualquer coisa que se assemelhe a isso. Dizemos que somos uma escola de livre pensamento, e então
perguntamos: quantas de nossas Lojas se dedicam verdadeiramente a pesquisar a verdade, ao desenvolvimento
do livre pensamento? Os livres pensadores não passam em número de mero um por cento de toda a
humanidade. Dentro da Maçonaria talvez esse percentual possa chegar a dez por cento dos membros ativos. Já
é uma situação melhor do que a regra geral. Mas nossa meta deveria ser muito maior já que somos todos
homens livres de pensamento por definição. Devemos concluir que há evidentemente muito mais Irmãos
capazes de contribuir para a elevação de nosso nível cultural. A Maçonaria está esperando por isto!
Mantenhamo-nos dentre da realidade do que verdadeiramente somos. (Ambrósio Peters).
5. Lei Moral: Complemento à 3ª Instrução de Aprendiz Maçom - GLSC: (...) Em primeiro plano, é
conveniente - e útil - que se tenha uma noção a respeito do que é ordem. São diversos sentidos que se emprega
nessa palavra. Assim, por exemplo, fala-se de ordem espacial para referir-se à colocação das coisas nos seus
repectivos lugares; ordem temporal, para indicar-se que cada ação deverá ser praticada no momento oportuno
ou preciso; ordem estática ou ordem de composição, para designar o conjunto e boa disposição das coisas
entre si; ordem dinâmica ou ordem teleológica ou ordem de finalidade, para indicar a adaptação de cada coisa
à sua destinação, ao seu fim; ordem física, relacionada ao conjunto de relações que mantêm os seres com
sujeição a um princípio (lei física) que as determina; ordem social, ao conjunto de relações que devem existir
entre os homens para alcançar a realização da Sociedade e de acordo com os supremos primados da Justiça;
ordem jurídica, ao conjunto de relações estabelecidas entre os homens, mas subordinadas ao império da lei
positiva, que as regula e disciplina; Ordem Moral, ao conjunto de relações que devem manter os homens, mas
com sujeição a um princípio superior, isto é, à Lei Natural. A ideia de ordem é encontrada fundamentalmente
na Filosofia, já que a sua própria divisão se funda exatamente no próprio conceito de ordem. Assim, a
Metafísica é uma divisão onde estão objetivamente ordenadas as coisas e independentemente do homem; a
Lógica, como ordem dos nossos conceitos; e a Moral, como ordem das nossas ações livres e encaminhadas a
uma finalidade. O fundamento imediato da ordem é a Verdade, isto porque a ordem em si mesma é a Verdade
numa forma peculiar de sua existência, ou seja, a Verdade aplicada às operações humanas, que dão
movimento e impulsão à Vontade do homem. Mas o fundamento remoto da ordem é o Grande Arquiteto do
Universo, pois é a Fonte originária de toda a Verdade. Relacionada à ordem moral, que é a que mais de perto
condiz com a Lei Moral, examina-se os seus elementos essenciais: 1º) Pluralidade de seres humanos; 2º)
Conjunto e sucessão de relações humanas; 3º) Princípio superior, norma reguladora ou lei fundamental. A
pluralidade é consequência da notas essenciais e características da ordem: a) proporção e adequação; b)
distinção dos sujeitos que relaciona e suas comunicações com o todo; c) desigualdade entre os sujeitos. A
proporção e adequação ao fim, como consequencia da exigência do fim devido (que são os dois requisitos
essenciais de qualquer ordem), põe de manifesto a alteridade (de alter, outro - conceito de cada indivíduo
segundo o qual os outros sers são distintos dele próprio), ou relação entre um e outro, como primeiro grau da
pluralidade. As relações se estabelecem entre os sujeitos em nível de anterioridade e posteridade e de
inferioridade a superioridade, formando um conjunto harmônico que elimina toda confusão, guardando a
correspondente sucessão no modo de que produzir-se para alcançar seu respectivo fim. O princípio superior
que determina o conjunto de relações é a Lei Moral, ou Lei Moral Natural, cuja expressão suprema está
lastreada nesta sentença resumida: Faz o Bem e evita o Mal. (São Tomás de Aquino - Summa Theológica). A
existência da Ordem Moral - por conseguinte da própria Lei Moral - pode ser provada: a) experimentalmente;
b) historicamente; c) diretamente; e d) ex absurdo. Experimentalmente e por intropecção, os homens sabem o
que devem fazer e o que devem omitir; e, além disso, pela crítica das ações humanas censura-se quando eles
não cumprem o que deviam cumprir. Historicamente, observa-se que todas as Escolas Filosóficas formularam
os seus sistemas de Moral, criando até o paradoxo de que, quando uma negou os princípios éticos tradicionais,
não mais fizeram senão estabelecer outros princípios morais verdadeiros antíteses substitutivas dos que
8
haviam sido negados. Diretamente pelas simples afirmações costumeiras, como existe o ser moral; esse ser
tem um fim; o ser moral e seu fim são os termos reais e objetivos da ordem moral; a proporção entre esses
dois termos reais e objetivos é no que se constitui a ordem moral; logo a relação em que consiste a ordem
moral é também real e objetiva. Com efeito, assim como entre dois pontos no espaço não se pode traçar mais
do que uma reta, do mesmo modo entre esses termos objetivos da ordem moral não se pode sinalizar senão
uma relação direta. Ex absurdo, a ordem moral fica patenteada na medida em que ela não poderá deixar de
existir porque é na sua esfera que se desenvolvem os atos livres do homem. Não se pode compreender esses
atos livres se não viessem balizados por uma lei, uma Lei Moral. Sem ela, os atos livres seriam havidos
como aqueles que interessam unilateral e exclusivamente a que os pratica, com total ausência em relação aos
interesses de quem viria a ser o destinatário deles. (...) A Lei Moral tem o seu nascedouro na Lei Natural,
assim como esta na Lei Eterna. Em derradeira análise, está ante os olhos humanos, tanto os da alma como os
da carne, que há uma Inteligência ordenadora e criadora da infinita grandeza do Universo, precisamente
porque o homem julga imprescindível a existência de uma Causa originária da Ordem, cuja especial
disposição e disciplina ele pode contemplar na pequenez de seu lar ou na imensidão do Universo. E nessa
Ordem sempre estará presente, ostensiva ou velada, a Lei Moral no relacionamento com outros homens ou a
Lei Moral Natural decorrente da Lei Eterna. (CII3ºIA).
Nota: Aos Irmãos de outras Potências que praticam o REAA ou outros ritos: A Grande Loja de Santa
Catarina fornece a seus obreiros fascículos que complementam as Instruções chamadas Clássicas, cuja
finalidade é a de aguçar e incentivar os Irmãos a se lançarem no estudo mais profundo das Instruções dos
Graus Simbólicos e consequentemente da Maçonaria. É o caso do texto acima sobre a Lei Moral.
6. Rituais: (...) Ao ruído do Maço, símbolo da força impulsionante das atividades humanas,
percebestes pouco a pouco, que tudo entre nós representa trabalho moral, cujos utensílios são
simbólicos e cuja aplicação se faz em nós mesmos. Como dignos filhos da Maçonaria, vos
entregareis ao estudo e ao trabalho e empregareis vossas horas de ócio em nutrir o vosso coração
com esse espírito de solidariedade que Deus inspirou ao homem virtuoso. Dessa forma chegareis à
perfeição moral e cumprireis a missão que vos compete como construtor social.
7. Máximas sobre Falso Moralismo: - Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente
correta, racional, cheia de moralismo… Esqueça-me! Se você sabe conviver... com pessoas
intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me. (Clarice
Lispector). - Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante! (Mario
Quintana). - A diferença entre Moralismo e Cristianismo é que Moralismo mostra como deveríamos
ser, Cristianismo é como nunca conseguiremos. (Raquel Rodriguez). - Há muita diferença entre
moral e moralismo. O último não passa de falácia hipócrita, mas o primeiro é um pilar
preponderante na estrutura social! (Reinaldo Ribeiro). - Moralismo é uma hipocrisia típica dos
imorais. (Marcelo Soriano). - O moralismo é a moralidade massificada como propaganda pessoal, e
neste campo, se há propaganda é porque a virtude virou mercadoria... Logo, moralidade
mercadológica não é nada confiável. (Demétrio Sena). - Nada é mais falso do que uma verdade
estabelecida. (Millôr Fernandes). - É muito difícil fazer compatíveis a política e a moral. (Francis
Bacon, em 1600).
9
A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO GRAU 33
PRIMEIRO SUPREMO CONSELHO DO MUNDO.
Autor: Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
A Maçonaria Operativa tinha somente dois graus: Aprendiz e Companheiro. Mestre não
era grau e sim uma função que competia ao responsável pela construção. Não tinha quaisquer influências
da Alquimia, Cabala, Astrologia, Rosacrucianismo, Ocultismo enfim, de qualquer segmento esotérico
como tal hoje é conhecida. Não tinha templos, as reuniões como todos sabem, eram realizadas em
tabernas. Durante uma reunião de maçons não se abria qualquer livro da Lei. Os símbolos eram
desenhados no chão com giz ou carvão. Dois símbolos que já existiam e constam dos Old Charges eram
as duas Colunas, mas que naquela época, não portavam no meio de seu corpo as referidas e polêmicas
letras J e B que geram tanta discussão e que também apresentavam outros significados simbólicos, um
tanto quanto diferentes dos que hoje estão estabelecidos.
O Escocesismo ou Escocismo é caracterizado por uma série de ritos que nasceram na
França a partir do ano 1649 e que tiveram um desenvolvimento bastante peculiar e sincrético, recebendo
as mais variadas denominações e influências, quer filosóficas, morais, bíblico-judaicas, herméticas,
rosacrucianas, templárias, políticas, religiosas e sociais, além dos modismos das épocas dos cavalheiros e
gentis-homens das monarquias e reinados e também da História da Humanidade, tudo isto acontecendo
um período bastante transformador de costumes.
Em 1725 foi criado o grau de Mestre e em 1738 ele foi acrescentado oficialmente aos dois
primeiros graus e incorporado definitivamente à Ordem. Criaram a lenda de Hiran, a qual se sabe de
sobejo não ter compromisso com a realidade histórica ou religiosa e que por sinal ninguém sabe quem
foram em realidade os seus inventores, mas sabe-se que ela levou mais ou menos uns sessenta anos para
tomar a redação que hoje se conhece, bem como suas mensagens ficarem definitivamente consagradas,
uma delas “morrer para renascer”.
Se o grau de Mestre já foi um acréscimo dentro da própria Maçonaria simbólica, achar que
os maçons franceses ficariam satisfeitos com ele sendo o último, seria muita ingenuidade.
Enquanto a Maçonaria Inglesa através do seu relacionamento direto coma Igreja
Anglicana e com o Estado, permaneceu tradicionalmente ligada à Bíblia, a Maçonaria Francesa numa
liberalidade total, aceitou e adotou uma amálgama de doutrinas de concepções heterogêneas, o que
acabou sendo o substrato para o aparecimento dos Altos Graus do Escocesismo ou Escocismo e por
4 - "a história da criação do grau 33..." Ir Hercule Spoladore
10
continuidade ao Rito Escocês Antigo e Aceito e outros ritos escoceses que já não são mais praticados.
Com relação à história do Rito, no início os franceses acompanharam os Modernos das Lojas inglesas,
mas começaram a acrescentar progressivamente os Altos Graus. Há quem atribua aos franceses a criação
do terceiro grau, ou seja, o Grau de Mestre, mas em realidade ele nasceu na Inglaterra.
Alguns autores atribuem um desenvolvimento cronológico na criação dos Altos Graus que
seria assim: seis graus até 1737, sete graus até 1747, nove graus até 1754, dez graus até 1758, vinte e
cinco graus, até 1801 quando foram criados mais oito graus, perfazendo trinta e três graus. Entretanto
esta cronologia é rejeitada por outros. Mas a história está aí para comprovar, pois como todos sabem os
franceses foram acrescentando graus e mais graus na Maçonaria no decorrer do século XVIII.
A causa da criação dos graus acima dos três primeiros é ainda um tanto obscura e
divergente entre os autores. Poderia ser de fundo político, ou por interesses pessoais ou a colação de
títulos cavalheirescos e pomposos, os quais alimentariam a vaidade dos nobres, ou ainda razões
espirituais ou até jesuíticas, já que o jesuitismo era ligado aos Stuarts caracterizando assim uma causa
política.
Porem com relação às origens do Rito Escocês Antigo e Aceito existe três possibilidades,
a saber:
a) O famoso discurso do Cavaleiro Ramsay
b) O Capítulo de Clermont
c) O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente
Conforme alguns autores ainda considerando as origens do Rito referem-se a sete
categorias, a saber:
l) Graus simbólicos primitivos e universais.
2) Graus de desenvolvimento dos graus simbólicos e universais
3) Graus baseados no Iluminismo do Tribunal da Santa Vingança ou Santa Vehme
4) Graus judaicos e bíblicos
5) Graus Templários
6) Graus Alquímicos e Rosacrucianos
7) Graus Administrativos e Superiores
Entre as lendas do início das origens dos Altos Graus aparece o Cavaleiro de Ramsay
(André Michél - 1686-1743), homem erudito, nascido na Escócia, partidário dos Stuarts, protegido do
Bispo Hercule de Fenelon, com ligações em todas as cortes da Europa, ao qual se atribui ter sido o
inspirador da criação dos Graus Superiores.
O seu famoso discurso que foi escrito em 1737, mas que talvez nunca tenha sido lido em qualquer Loja,
ou apresentado em qualquer assembleia de maçons, podendo até ser apócrifo segundo alguns autores,
pois se acredita que haja pelo menos quatro versões do mesmo, material este que foi distribuído
fartamente em todas as lojas da França e países vizinhos. Neste documento Ramsay faz apologia que a
Maçonaria seria originária dos Templários, o que não é verdade, tece comentários pela primeira vez
enfatizando hierarquia na Ordem, proclama o ideal maçônico na Fraternidade e num mundo sem
fronteiras, tentando impingir uma falsa antiguidade e nobreza à Maçonaria.
Fez uma proposta às lojas inglesas para acrescentarem mais três graus aos já existentes
(Mestre Escocês, Noviço e Cavaleiro do Templo) A Maçonaria inglesa rejeitou. Estes três graus teriam
segundo Ragon criados por Ramsay.
11
Fez uma proposta às lojas francesas para que se acrescentassem mais sete graus
suplementares. Também não foi aceito. Mas de qualquer forma a partir daí começaram as introduções
templárias e rosacrucianas e os Altos Graus começaram a aparecer. Muitos autores não aceitam este fato,
rejeitam a participação de Ramsay. Entretanto, outros como Ragon a apoiam.
Segundo Paul Naudon, o fato mais importante acontecido após o polêmico discurso de
Ramsay, foi a criação do Capítulo de Clermont pelo Cavaleiro de Bonneville em 1754. Os Irmãos que
criaram este Corpo pretendiam continuar os mesmos princípios da Loja de Saint-Germain-en-Laye,
fundada muito tempo antes, ou seja, praticar os Altos Graus, criando sete graus e opondo-se à política da
Grande Loja da França, a qual seria posteriormente dissolvida em 24.12.1772.
O Capítulo de Clermont teve uma duração efêmera, sua existência foi muito curta, mas
valeu pelas consequências, pois uma das suas ramificações foi a fundadora em 1754 do Conselho dos
Imperadores do Oriente do Ocidente, Grande e Soberana Loja de Jerusalém, que organizou um rito de
vinte e cinco graus chamado Rito de Perfeição ou de Heredon. Seus membros, conhecedores de várias
tradições místicas e gnósticas antigas, trouxeram para este Corpo Maçônico as influências templárias,
rosacrucianas e egípcias, além de se dizerem herdeiros dos Ritos de Clermont e das correntes escocesas
de Kilwinning e Heredon. Estava assim consagrada a influência esotérica na Ordem. Em 1762 sob os
auspícios deste Conselho, foram publicados os Regulamentos e Constituição da Maçonaria de Perfeição,
elaborados por nove comissários sendo concluída assim como Constituição de Bordeaux em 21.09.1762,
talvez um dos poucos documentos do Escocesismo ou Escocismo que é verdadeiro.
A fundação destas potências mencionadas, não dão conta, nem ideia do processo político-
maçônico dos bastidores, das desavenças internas, das histórias e estórias relatadas, das perseguições
entre os Irmãos, chegando até a agressões físicas, dos interesses pessoais, das vaidades de tal forma que
quando se analisa os fatos chega-se à conclusão que muita coisa que acontece no presente já aconteceu
no passado. Os homens continuam os mesmos. A Maçonaria mudou, mas os homens não mudaram...
Em 1761 o Conselho de Imperadores teria fornecido através do Irmão Chaillon de
Joinville, substituto Geral da Ordem e mais oito Irmãos da alta hierarquia que também teriam assinado o
documento, uma patente constitucional de Grande Inspetor do Rito de Perfeição ao Irmão Etienne ou
Stephen Morin, autorizando-o a estabelecer e perpetuar a Sublime Maçonaria em todas as partes do
mundo e investindo-o de poderes de sagrar novos Inspetores. Chegando à Colônia francesa de São
Domingos (hoje Haiti), no mesmo ano pôs-se a trabalhar. Há fortes suspeitas de que este documento seja
fraudado. Também segundo muitos autores, Etienne teria comercializado estes altos graus. Na realidade o
Rito de Perfeição ficou muito mal trabalhado durante mais ou menos trinta anos. Foi esquecido o seu
conteúdo esotérico e sua ritualística muito mal usada. Mas de qualquer forma os americanos aceitaram
muito bem o Rito, e ainda acharam que os vinte e cinco graus eram insuficientes para abranger toda a
iniciática maçônica.
Morin teria entregado certificados ou carta patente a outros Irmãos e um deles foi um
Irmão de nome Henry A. Francken, também de origem judaica, que teria estabelecido o Rito em Nova
York. Outro grupo introduziu o Rito em Charleston em 1783.
Na mesma colônia francesa São Domingos (Haiti) alguns anos mais tarde apareceram os
maçons, o Conde Alexandre François Auguste de Grasse Tilly e o seu sogro Jean Baptiste Delahogue, os
quais posteriormente em 1793 mudaram-se para Charleston. Grasse Tilly já tinha pensado em fundar um
Supremo Conselho nesta cidade. Encontraram nos Estados Unidos, uma maçonaria bastante organizada
não havia rito francês e sim o rito de York dos americanos, que era parecido com rito inglês dos Antigos.
Lá encontraram mais dois maçons, Frederik Dalcho e John Mitchel. Existem
autores que afirmam que foi Dalcho quem teve a ideia de criar mais oito graus, e autores que sustentam
que o último grau foi Grasse Tilly quem criou.
O grupo era formado pelos aos seguintes Irmãos: Alexandre François de Grasse Tilly
(francês), Jean Baptiste Delahogue (francês) Frederich Dalcho (inglês), John Mitchel (irlandês), James
12
Moultrie (americano), Isac Auld (americano), Abrahan Alexander (inglês), Thomaz Bartolomew Bowen
(irlandês) , Moses Clava Levy (polonês) Emmanuel de LA Mota( Indias Ocidentais) e Israel Delieben
(checoslovaco)
Dos onze Irmãos apenas dois eram americanos.
Assim se iniciou um trabalho de poucos Irmãos sem serem conhecidos nos Estados Unidos
e especialmente no mundo maçônico da Europa, e que culminou com a criação de um Rito, calcado em
cima do Rito de Heredon. ou de Perfeição. Estes onze Irmãos fundaram o primeiro Supremo Conselho
do Mundo em 31.05.1801 na cidade de Charleston (EUA). Só que lançaram mão de uma das maiores
balelas a respeito da criação do Rito nascente que só se tornaria conhecida a partir de 04 de Dezembro de
1802 quando foi expedida uma circular comunicando o que havia acontecido e divulgando o sistema de
33 graus e atribuindo que a sua organização teria sido feita em 1786 por Frederico II da Prússia.
A versão posterior dada pelo Supremo Conselho da França para ajudar a enriquecer a
mentira, refere que Carlos Stuart, filho de Jaime III, o qual sendo considerado como chefe de toda a
Maçonaria, conferiu o título de Grão-Mestre a Frederico II, o Grande, rei da Prússia (1712-1786)
nomeando-o seu sucessor e como tal também chefe dos Altos Graus. Em 1782 ele teria confirmado as
Constituições e Regulamentos de Bordeaux. E, daí há quatro anos ele transferia seus poderes a um
Conselho de Inspetores Gerais e, ao mesmo tempo acrescentava mais oito graus, e em 1786 publicava
sua famosa Constituição. Pura invenção!
Entretanto esta versão não tem o menor reconhecimento entre os bons autores maçônicos e
entre eles Findel, Ragon, Lindsay Rebold, Thory Clavel e tantos outros. Um deles, Rebold afirma que
Frederico foi iniciado em 15.08.1738 em Brunswich e que em 1744, a Loja “Três Globos” de Berlin,
fundada por artistas franceses, foi por ele elevada a categoria de Grande Loja, da qual foi aclamado como
Grão-Mestre, exercendo mandato até 1747. Desta época para frente ele afastou-se da Ordem, e quando
apareceram os Altos Graus ele não só não os aprovou como os combateu. Eles foram introduzidos na
Alemanha pelo Marques de Bernez.
Então como aconteceu e porque esta grande mentira?
Simplesmente, porque o grupo de onze maçons que fundou um novo Rito não tinha o
respaldo histórico e credibilidade para se impor perante o mundo maçônico da época, então foi
estratégico e cômodo atribuir à fundação, do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 1786, que ainda não
levava este nome no inicio e sim Rito dos Maçons Antigos e Aceitos, atribuído a Frederico da Prússia, e
ainda imputando ao Rito uma origem anterior. Frederico gozava de boa reputação política, simpático à
causa da separação dos Estados Unidos da Inglaterra, inclusive enviando soldados a América para
combater as forças inglesas. Só que em 1801, Frederico já tinha falecido. O interessante é que até a
presente data, muitos Rituais dos Graus Superiores do Rito Escocês Antigo e Aceito mencionam o nome
de Frederico II.
Estava assim fundado no dia 31.05.1801 nos Estados Unidos, o Rito Escocês Antigo e
Aceito, que ainda não tinha este nome, e criado desta forma o Primeiro Supremo Conselho do Mundo
tendo como primeiro Soberano Comendador John Mitchel, e ainda calcado numa mentira histórica,
aceita ainda hoje em dia como se fora uma verdade intocável. Muitos rituais dos Graus Superiores citam
o nome do Imperador.
Frederico da Prússia jamais foi o criador do Rito Escocês Antigo e Aceito
Entretanto, apesar deste imbróglio todo, e tudo isso pode ser comprovado, o Rito Escocês
hoje é um Rito sério, bem praticado pelos seus adeptos que pautam pelos seus princípios e pela sua fé no
Rito, e não pela sua confusa história. É um Rito vencedor e maioritário no Brasil.
Dos ritos escoceses e que fizeram parte do Escocesismo atualmente são praticados no
mundo apenas dois, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Escocês Retificado.
13
DOCUMENTOS BÁSICOS DO ESCOCESISMO OU ESCOCISMO
a) O Discurso de Ramsay em 1738.
b) Constituição de 1762, organizada pelo Conselho de Imperadores do Oriente
do Ocidente
A Patente de Stefhen ou Etienne Morin emitida em 27.08.1761, assinada pelo Irmão
Chailon de Joinville e demais autoridades mandatárias dos Graus Eminentes.
Os novos Institutos Secretos e Fundamentais que foram atribuídos de forma
inverídica Frederico II e que, apesar de datarem de 1786, foram elaborados
posteriormente.
(e) Constituições, Estatutos e Regulamentos para o Governo do Supremo .
Conselho dos Inspetores Gerais também levando autoria de Frederico II .
indevidamente.
f) As resoluções do Congresso de Laussane em 1875.
REFERÊNCIAS
ASLAN, Nicola GRANDE DICIONARIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA
E SIMBOLOGIA - 04 volumes – 4º Vol.
Editora Artenova S.A
Rio de Janeiro, 1976
CASTELLANI, José RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO- História, Doutrina
e Prática
Editora Maçônica “A Trolha” Ltda.
Londrina, 1988
PORBER, Kurt HISTÓRIA DO SUPEMO CONSELHO DO GRAU 33 DO
BRASIL
Livraria Kosmos Editora
Rio de Janeiro, 1983
PROBER, Kurt FREDERICO II, O GRANDE, E A MAÇONARIA
Editora Maçônica “ A TROLHA” Ltda.
Londrina, 1994
Grandes Constituições Escocesas, 1966 - 2ª edição
Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito
Leis que Regem o Escocismo no Brasil, 1951 -
14
O DESAFIO DE TODO MAÇOM:
COMO SER BONDOSO NUM MUNDO EGOÍSTA
Ivo Reinaldo Christ
Cadeira 23
Alguns especialistas em análise da conduta humana acreditam que o egoísmo
nunca foi tão grande e tão espalhado e vivo como nos dias atuais. Entre os motivos que
apontam um surpreende, a tecnologia.
Há pessoas que são egoístas, hoje, por causa da tecnologia que se enraizou em sua
vivência diante do outro. Os pesquisadores incluem a influência exercida pela tecnologia
digital, incluindo celulares, câmaras, e-mails, ipods, e outros mais. Estes avanços
tecnológicos estão mudando a vida de muitas pessoas que aos poucos se esquecem de
serem entes humanos e tratar o outro como igual e não como concorrente acirrado.
A tecnologia oferece elementos que aumentam nossa cobiça por gratificações em
várias áreas da vida, impulsionam o nosso apetite de possuir o há de melhor e assim
deixar os outros na saudade.
No mundo atual criou-se uma nova cultura, a cultura da gratificação imediata.
Dizem os psicólogos que as pessoas esperam que as coisas aconteçam de imediato, sem
demora, sem erros e principalmente da maneira que elas desejam. Instalou-se a pressa.
Tudo tem de ser logo e pergunto: o que aconteceu com a paciência de ouvir, de escutar,
de aguardar a vez da gente e de não passar o outro para trás. Tudo isso, salvo engano,
é fruto do egoísmo que tomou conta e nos domina e com isso esquecemo-nos que
somos irmãos.
Desta forma de agir surge uma tendência de cada vez mais ficarmos frustrados e
irritáveis, o que nos leva a excluir o outro e a nos sobrepor de forma inaceitável sobre o
próximo, que diminuímos por possuirmos o acervo tecnológico melhor que adquirimos.
Esquecemos que somos iguais e todos possuímos os mesmos direitos e deveres.
As pessoas levadas pelo egoísmo não tem mais a paciência de ler textos com
atenção e de refletir sobre as mensagens que os mesmos trazem. O egoísmo as faz
querer tudo de uma vez só: falar, comer, gastar dinheiro, dirigir rápido, esquecer as leis
do trânsito, maltratar aos que se opõem em seu caminho. Fazem de tudo para atender
seus desejos indisciplinados. O egoísmo torna-as uma grande pedra no caminho dos
seus semelhantes e se esquecem de que tudo que enfeita a vida e orna a existência com
grandeza e beleza.
Afinal de contas o que é o egoísmo que os meios modernos de comunicação com
sua tecnologia em vez de nos aproximarem, nos afastam uns dos outros?
Egoísmo (ego + ismo) é o hábito, a atitude de uma pessoa colocar seus interesses,
opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento ou não do ambiente e
das demais pessoas com que se relacionam, neste sentido, é o antônimo de altruísmo.
Um sujeito egoísta acredita que o mundo, inclusive as pessoas a seu redor, foram
criadas para ele e somente para ele. Uma pessoa egoísta, e todos são em maior ou
menor medida, sofre porque as outras pessoas não correspondem às suas expectativas.
5 - " O desafio de todo maçom: como ser bondoso num mundo egoísta
" - Ir Ivo Reinaldo Christ
Ir
15
Há diferença entre egoísmo e egocentrismo. O egocentrismo caracteriza-se pela
fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência
para todas as relações e fatos.
Uma pessoa egoísta nem sempre é egocêntrica, uma vez que luta para fazer com
que os fatos se amoldem a seus interesses.
A pessoa egocêntrica é egoísta no sentido que não consegue imaginar que não seja
ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como
passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e
então aprender.
O egoísmo incentivado pela tecnologia de comunicação moderna varia de pessoa
para pessoa. Podemos de uma forma geral, considerar atos egoístas no mundo atual: o
consumismo, o totalitarismo, a doutrinação com o intuito de coagir, e aí vem a
agressividade, arrogância, confusão, ciúme, desapontamentos, depressão, fanatismo,
mau-humor, raiva...
Egoísmo não é viver a nossa maneira ou estilo, mas desejar que os outros vivam
como nós queremos. O Budismo ensina que o egoísmo leva o homem a fazer de sua vida
um verdadeiro naufrágio.
Encontramos no Livro da Lei ou no Livro Sagrado referências importantes sobre o
egoísmo. Citaremos duas:
“Pois de que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro e perder sua vida?
Ou que dará o homem em troca de sua vida?” (Marcos, 8:36,37), em outras palavras a
egoísmo destrói e nós Maçons somos convidados a construir.
“Pedis e não recebeis; e isto porque pedis mal, para satisfazerdes as vossas
paixões”. (Tiago, 4:3). O egoísmo é causador de problemas.
O egoísmo faz parte da vida atual e instalou-se em todas as camadas sociais. Os
egoístas sabem manipular a arte de ouvir apenas o que lhes convém, de evitar qualquer
conversa que os leva a sair de si e a partilhar sentimentos alheios.
Uma das maneias para nos defender do egoísmo é partilhar, mesmo o pouco que
temos, com aqueles que nada têm, sob pena de um dia não termos nada feito a favor
dos excluídos.
Na literatura maçônica encontramos inúmeros textos que nos levam a refletir sobre
os males do egoísmo e a combatê-lo, com os de Oswald Wirth:
“... a Franco Maçonaria é chamada a refazer o mundo. A tarefa não está acima de
nossas forças, desde que ela se torne aquilo que ela deve ser”.
“Iniciados em seus mistérios, a Franco Maçonaria convida-nos a tornar-nos homens
de elite, sábios ou pensadores elevados acima da massa dos seres que não pensam. Não
pensar é consentir em ser dominado, conduzido, dirigido e tratado muitas vezes como
um animal de carga”.
“Tudo conspira para poupar aos nossos conterrâneos o trabalho de pensar. É
indispensável que uma instituição poderosa reanime a tocha das tradições esquecidas”.
Como Maçons temos a obrigação de pensar, refletir e não podemos deixar-nos
envolver em fórmulas egoístas que dominam os nossos meios de comunicação. Não
temos a posse da verdade, mas esforcemo-nos a nos resguardar do erro.
Somos exortados a procurar o Verdadeiro, o Justo e o Belo.
O importante para nós Maçons é refletir, afim de que nos apliquemos a
compreender não só os males do egoísmo, mas também e principalmente os bens que
podemos conquistar com o pensamento livre e longe do egoísmo, estes são os
16
ensinamentos que nos são transmitidos de uma forma velada sob os nossos símbolos e
alegorias.
Termino com um poema que traduz de uma forma brilhante o sentimento do
egoísmo.
EGOÍSMO
Fui sozinho à minha entrevista,
Quem é esse que me segue
Na escuridão calada?
Afasto-me para ele passar,
Mas não passa.
Seu andar soberbo
Levanta poeira,
Sua voz forte
duplica a minha palavra.
Senhor,
É o meu pobre eu!
Ele não se importa com nada.
Mas como sinto vergonha
Por ter de vir com ele
À tua porta”
Rabindranath Tagore, in “O Coração da Primavera”
Tradução de Manuel Simões
17
Avental Maçônico Significado e Poderes
Ir. Antonio Carlos de Souza Godoi
O primeiro contato do Maçom com essa insígnia, que expressa sua condição é na
Iniciação. Ao entregar o Avental ao Iniciando, o Venerável Mestre lhe diz: “Recebei este
Avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o emblema do Trabalho, a indicar
que devemos sempre ser ativos e laboriosos. Sem ele, não podereis comparecer às
nossas reuniões. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque ele jamais vos desonrará”.
Diante dessas palavras cerimoniais, poderia um Irmão menos avisado concluir que o
Avental teria como único propósito simbolizar o Trabalho e isso está longe de ser a
verdade. Existem outras aplicações para essa importantíssima peça de indumentária
maçônica, ligadas às forças que circulam na Natureza e nos afetam diretamente,
estejamos ou não em Loja. Talvez por essa razão, ou seja, por requererem tais forças
muito estudo para serem devidamente compreendidas é que na Iniciação não se
mencionem as outras relações que existem no uso do Avental. O Aprendiz, recém
iniciado, ainda tem muito o que aprender antes de palmilhar os caminhos onde se
encontram as devidas explicações. Colocá-lo, portanto, diante desses assuntos já em
sua aurora iniciática seria grande imprudência.
De acordo com o Ir:. C.W. Leadbeater existem em nosso corpo sete centros de força
através dos quais a energia flui, ou seja, na base da coluna vertebral, no baço, no
umbigo ou plexo solar, no coração, na garganta, no espaço entre os cílios, ou seja,
diretamente sobre o ponto da glândula pineal onde, segundo a sabedoria hindu, estaria
localizado o centro da terceira visão (nesse sentido, é bastante interessante a obra do
monge tibetano Lobsang Rampa) e sobre a cabeça (daí o nome de Coronário atribuído a
esse centro particular).
Ora, esses centros de força, ou Chakras, estão divididos em três campos bem definidos:
Inferior, Médio e Superior que correspondem, respectivamente, aos planos fisiológico,
pessoal e espiritual. No plano inferior estão localizados os Chakras da coluna e do baço;
no plano médio os do umbigo, coração e laringe; restam, no plano superior, o frontal e o
coronário.
Sendo centros de energia de uma ordem que transcende a capacidade do Homem
profano ou espiritualmente pouco desenvolvido, os Chakras reclamam muita cautela, e
isso é particularmente delicado no que diz respeito aos centros inferiores, pois as
energias que os acionam são de caráter negativo e se ligam à parte densa do Homem,
ao seu lado mais animal e primitivo.
Tais forças, assim como as positivas, encontram-se livres no Universo e podem ser
captadas voluntária ou acidentalmente, já que o corpo humano é uma verdadeira antena
e que funciona não apenas para emitir como – e principalmente – para receber energia.
E essa energia pode ser de qualquer ordem, quer positiva ou negativa, fluida ou densa,
pois estamos imersos em energia e com ela interagimos o tempo todo.
O Avental, cujo uso se liga a costumes antiqüíssimos relatados não apenas na Bíblia,
quando Moisés instruiu os hebreus para que tivessem os rins cingidos na noite da
libertação do jugo egípcio, por exemplo, mas nos mistérios persas, na Grécia cerca de
40 séculos antes de Cristo, no Hindustão ou nas Américas, tem a finalidade de isolar e
6 - "avental Maçônico significado de poderes "
Ir Antonio Carlos de Souza Godoi
18
filtrar as vibrações primitivas que atuam no corpo do Homem evitando que seu
pensamento seja desviado dos planos superiores para o plano das forças mais densas.
Quando isso ocorre, o que não é raro acontecer, cria-se uma fluidez magnética
intensamente negativa e, como é óbvio, altamente prejudicial aos trabalhos em Loja.
É mistér, portanto, impedir que isso ocorra e o Avental tem a propriedade de fazê-lo
desde que devidamente magnetizado e usado corretamente, pois ele possui uma
espécie de tela etérea que atravessa seu cinto. Essa tela funciona como uma barreira
contra as forças negativas e contra a comunicação prematura entre os planos astral e
físico, o que é muito importante para o Aprendiz, embora também para os Companheiros
e Mestres, já que ele detém pouco ou nenhum conhecimento sobre este assunto.
O Chakra umbilical ou solar é particularmente sensível às forças negativas por estar
diretamente ligado ao corpo astral e pode ser facilmente atingido por essas forças se
estiver desprotegido. E é exatamente sobre essa região que o cinto atravessa, criando a
barreira de isolamento e proteção.
Vemos, portanto, que nosso Avental, não importa o grau que detenhamos, merece que
lhe dediquemos um especial cuidado. Primeiramente porque temos que honrá-lo como
símbolo do Trabalho que eleva e dignifica o Homem em sua trajetória terrena; e em
segundo lugar, porque se o tratarmos como merece e deve ser tratado ele será nossa
proteção permanente contra as forças maléficas que pululam ao nosso redor e podem
ser fácil e rapidamente atraídas por nossos corpos.
Se desleixarmos dele, seremos falsos para com o juramento sagrado que fizemos e ele
tornar-se-á um frágil barco em um oceano tormentoso, de nada nos valendo.
19
O presente bloco
é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR
tempo de estudos e loja em família
O Respeitável Irmão Claudio Rodrigues, Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Oriente de
Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais solicita comentário sobre texto publicado denominado
“Pílula Maçônica” abordando o Tempo de Estudos e Loja em Família.
voclarodrix@yahoo.com.br
Loja “em família” no Tempo de Estudos. No R.:E.:A.:A.: está
virando tradição, no Tempo de Estudos, quando se faz a apresentação das
peças de arquitetura, os Obreiros da Loja se reunirem no Ocidente. Ali, o
palestrante apresenta seu Trabalho, ao fim do qual, perguntas e comentários são
feitos a respeito do tema apresentado. Desse modo, de maneira mais racional e
com melhor aproveitamento de tempo, o Venerável Mestre bate o Malhete e
declara estar a Loja “em família” a partir daquele momento. Nessa situação, os
Obreiros podem pedir a palavra diretamente ao Venerável Mestre para comentar
o Trabalho, sem ter que cumprimentar as Autoridades Maçônicas e os
Vigilantes. Permite também, que a palavra volte ao mesmo Obreiro, quantas
vezes o Venerável Mestre desejar. O debate torna-se fecundo e todos aproveitam
muito mais, pois não há perda de tempo com os cumprimentos. Considerando
que, para determinados assuntos, 30 a 45 minutos é muito pouco para um bom
aproveitamento, nessa alternativa tem-se um melhor rendimento. Findo o
debate, o Venerável bate o Malhete, dizendo estar “em Loja”, novamente.
Devemos deixar claro que é diferente de colocar a Loja “em recreação”, típico do
Rito de York, onde os Obreiros saem da Loja e há uma “ritualística” controlando
todo o acontecimento. Inclusive, as finalidades são diferentes. (a) MI Alfério
Di Giaimo Neto.
7 - Perguntas & Respostas
20
CONSIDERAÇÕES:
Esse termo “em família” é inexistente e enxertado para tentar justificar um
desrespeito àquilo que exara um ritual regularmente aprovado. Mesmo na tradição
do Rito Escocês Antigo e Aceito o tal termo não é regular. O engraçado mesmo da
designação “em família” é a justificativa para um ato como se os Irmãos reunidos
em Loja aberta e procedendo com as práticas litúrgicas e ritualísticas não fossem
considerados como uma família maçônica. Uma Loja Maçônica somente seria uma
família quando fosse declarada em família? Ou estar em família significa não
cumprir o ritual?
Regra e costume de um Rito devem ser implacavelmente cumpridos. Mesmo no
debate, se ele exige o giro da palavra, esta tem o objetivo de disciplinar as ações
em Loja.
Ninguém ao solicitar a palavra precisa necessariamente “cumprimentar” as Luzes
e autoridades presentes, até porque esse procedimento costumeiro não é
cumprimento, senão a menção clássica de alguns cargos ocupados. Nesse
particular o usuário da palavra não precisa mencionar uma infinidade de nomes e
cargos antes do seu pronunciamento. Para tal bastaria a seguinte menção: “Luzes,
autoridades presentes, meus Irmãos”. Em assim se procedendo, certamente
haveria uma ampla restrição na tal “grande perda de tempo” - não devemos
entortar a boca pelo mau hábito do uso do cachimbo.
Penso que assuntos e peças de arquitetura que mereçam debate deveriam ser
previamente agendados e se possível com precedentes em reuniões sem abrir a
Loja. Poder-se-ia decorrer ao debate em uma Sessão Administrativa, ou de
Instrução. Se as instruções e os debates venham porventura merecer votação,
então que o resultado destes seja apresentado na Ordem do Dia de uma sessão
em Loja aberta para a competente aprovação. Agora, descumprir ritual para
melhor aproveitamento tempo é o mesmo que dar mais valor ao molho do que à
carne.
Outro aspecto interessante na “pílula” é o termo “está virando tradição”. Esse é
um pensamento equivocado no meu entendimento, até porque não é de boa
geometria considerar descumprimento de ritual com virar tradição.
Se no rito existe o giro da palavra, certamente nele há um conteúdo doutrinário.
Para não se ferir esse princípio em nome da “perda de tempo”, basta que a
instrução, ou dela outros afins, seja minuciosamente programada.
Existem as instruções do grau que em merecendo explicações que as completem
podem ser perfeitamente divididas e programadas por tópico para o debate em
várias sessões, porém obedecendo sempre a forma de costume.
Ainda na questão de “perda de tempo” o que tem contribuído, e muito, para esse
acontecimento são os intermináveis assuntos mal conduzidos e mal colocados
nas Ordens do Dia das nossas sessões. Palavreados inócuos e repetitivos, isso
quando o assunto nem mesmo é peculiar ao período. Geralmente o resultado
dessa sim “perda de tempo” é aquele monstrinho – pelo adiantado da hora vamos
suspender o período de instrução.
No que diz respeito à abordagem do Rito de York, cujo nome correto seria o
Trabalho de Emulação, este de fato possui outro procedimento. Aliás, não só esse
Trabalho, porém todo o “working” do Craft inglês (na Inglaterra não se
reconhecem “ritos”, senão “trabalhos”), pois o costume é completamente
21
diferente sendo que lá não existe o giro da palavra e as sessões somente são
abertas por finalidade. Os assuntos são apresentados nos respectivos
“levantamentos”. Quando há uma instrução sobre a “tracing board” (Tábua de
Delinear), por exemplo, a Loja é colocada “em descanso” pelo Mestre da Loja,
ilustrando-se que o Esquadro e o Compasso colocados sobre o Livro da Lei
Sagrada ficam posicionados sobre a página da direita, não no centro do Livro.
Nessa oportunidade, sem desfazer a composição desses instrumentos, o Mestre
da Loja fecha o Livro para o período de descanso. Terminada a explanação o Livro
é aberto novamente para a continuidade dos trabalhos. Nesse caso tudo ocorre
dentro da Sala da Loja. Já para a “recreação” existe outra forma de procedimento,
quando os Irmãos se retiram temporariamente da Sala por um tempo pré-
determinado para diversos afins, inclusive debates instrutivos acompanhados por
uma refeição.
Ratificando:
1 - Os ritos que demandam nos seus costumes do giro da palavra, devem
rigorosamente cumpri-lo, inclusive nos períodos de instrução, de tal modo que se
houver necessidade da volta da mesma, o Venerável tem essa prerrogativa, desde
que o seu retorno obedeça novamente ao giro completo (sul, norte e oriente).
2 – O termo “em família” é inexistente no Rito Escocês Antigo e Aceito. É prática
ilegal e deve ser coibida pelo Orador.
3 – Práticas equivocadas não devem ser observadas sob a alegação de “está se
tornando tradição”. O erro sem reparo acaba sim por se tornar consuetudinário,
todavia quando dele se exige uma explicação na “tradição, uso e costume do Rito”
a resposta é muito pouco satisfatória - “para melhor aproveitamento de tempo”.
4 – O melhor aproveitamento de uma instrução está na forma de como organiza-la
e, maçonicamente, seja desprovida de opiniões pessoais.
5 – No mérito, há que se considerar se a instrução é verdadeiramente maçônica,
ou mesmo se o assunto é de interesse da Sublime Instituição.
Finalizando: a regra principal é cumprir aquilo que está legalmente aprovado. Se
porventura existirem rituais em vigência que preveem “Loja em família”, mesmo
não mudando as minhas convicções, reitero a sua irrestrita observação.
Infelizmente, dentre tantos, equívoco como esse tem contribuído ao longo dos
tempos para que o belíssimo Rito Escocês Antigo e Aceito tenha sido
figuradamente denominado como uma colcha de retalhos.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
JULHO/2013.
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br )
que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
22
Loja Professor Otávio Rosa
Foi realizada ontem (sábado), Sessão Magna de Iniciação na Loja Professor
Otávio Rosa (Rito Adonhiramita). A cerimônia foi realizada no Templo
localizado na Fazenda Paraíso da Serra, São Pedro de Alcântara.
Foram iniciados os irmãos André Luiz Scharf (Carlos Campos); André Orlandi
Bento (Pilates); Djeison Vargas (Eloi Vargas e Luiz Fernando da Silva Filho
(Raul).
Ao final da Sessão a Loja prestou homenagem aos aniversariantes do mês e
homenageou o JB News pela sua milésima edição, com descerramento de uma placa
alusiva em sua galeria, na Sala dos Passos Perdidos.
Confira as fotos:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaProfOtavioRos
aSessaoMagnaDeIniciacao13Julho2013?authkey=Gv1sRgCL2Jn-
7ijMq7mwE#
8 - destaques jb
23
Ninguém resistiu quando os dois pais colocaram os aventais nos filhos André e Luiz Fernando.
24
Rádio Sintonia 33 & JB News-
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
Acesse o site abaixo e fique com a boa música 24 horas no ar.
www.radiosintonia33.com.br
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
1 - Não Esqueça De Respirar....!!!
http://www.youtube.com/watch_popup?v=5hIc2ODfRxQ
2 - Acesse O Youtube Abaixo:
http://www.youtube.com/embed/Kmy5kW3rWJU
3 - Para quem sabe apreciar:
http://youtu.be/XfRruFmVRr0
25
O Ir Sinval Santos da Silveira,
Grande Orador da GLSC
escreve aos domingos neste espaço
Conto poético:
CAMPO GRANDE
A terra traz o cheiro do amor, a efervescência
da amizade, e o calor de um povo trabalhador !
Beleza morena, orgulho deste País.
A felicidade reside naquele pedaço de lugar.
O abraço caloroso da sua gente, o sorriso franco
fechando a cortina
26
e inocente, semeiam o mais puro amor.
Naquela tarde ensolarada, quase ontem, olhava
admirado o sol, preguiçoso, procurando o seu berço
para se recolher.
Indescritível, meu Deus !
É uma cena para ser guardada no coração, mas
Jamais descrita, por melhor que seja o aventureiro
poeta.
De repente, a natureza se cala, e a Cidade silencia...
O cenário muda de cor.
O vento fala de amor, em todas as direções, e o
perfume das flores, é passageiro do infinito.
Uma carinhosa gargalhada, vinda de um céu vestido
de azul, não me deixa, sequer, respirar.
Meu coração, acelerado pela emoção, não consegue
acreditar no que os olhos estão a lhe mostrar.
Um lindo casal de araras passa sobre mim, num voo
gracioso, e generoso, dando-me as boas vindas.
Não precisava de mais nada, para entender que me
encontrava no paraíso, às portas do sagrado.
Ah, Campo Grande, a felicidade mora por aí, mas
uma doce saudade, já me persegue por aqui !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.
Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC
27

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Jb news informativo nr. 1.063
Jb news   informativo nr. 1.063Jb news   informativo nr. 1.063
Jb news informativo nr. 1.063Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.024
Jb news   informativo nr. 1.024Jb news   informativo nr. 1.024
Jb news informativo nr. 1.024Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 0066
Jb news   informativo nr. 0066Jb news   informativo nr. 0066
Jb news informativo nr. 0066JB News
 
Jb news informativo nr. 1090
Jb news   informativo nr. 1090Jb news   informativo nr. 1090
Jb news informativo nr. 1090JBNews
 
Jb news informativo nr. 2281
Jb news   informativo nr. 2281Jb news   informativo nr. 2281
Jb news informativo nr. 2281JB News
 
Jb news informativo nr. 2011
Jb news   informativo nr. 2011Jb news   informativo nr. 2011
Jb news informativo nr. 2011JB News
 
Jb news informativo nr. 0106
Jb news   informativo nr. 0106Jb news   informativo nr. 0106
Jb news informativo nr. 0106JB News
 
Jb news informativo nr. 2299
Jb news   informativo nr. 2299Jb news   informativo nr. 2299
Jb news informativo nr. 2299JB News
 
Jb news informativo nr. 0072
Jb news   informativo nr. 0072Jb news   informativo nr. 0072
Jb news informativo nr. 0072JB News
 
Jb news informativo nr. 1185
Jb news   informativo nr. 1185Jb news   informativo nr. 1185
Jb news informativo nr. 1185JBNews
 
Jb news informativo nr. 1983
Jb news   informativo nr. 1983Jb news   informativo nr. 1983
Jb news informativo nr. 1983JB News
 
Jb news informativo nr. 2074
Jb news   informativo nr. 2074Jb news   informativo nr. 2074
Jb news informativo nr. 2074JB News
 
Jb news informativo nr. 1.023
Jb news   informativo nr. 1.023Jb news   informativo nr. 1.023
Jb news informativo nr. 1.023Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 2099
Jb news   informativo nr. 2099Jb news   informativo nr. 2099
Jb news informativo nr. 2099JB News
 
Jb news informativo nr. 0100
Jb news   informativo nr. 0100Jb news   informativo nr. 0100
Jb news informativo nr. 0100JB News
 
Jb news informativo nr. 2165
Jb news   informativo nr. 2165Jb news   informativo nr. 2165
Jb news informativo nr. 2165JB News
 

Was ist angesagt? (16)

Jb news informativo nr. 1.063
Jb news   informativo nr. 1.063Jb news   informativo nr. 1.063
Jb news informativo nr. 1.063
 
Jb news informativo nr. 1.024
Jb news   informativo nr. 1.024Jb news   informativo nr. 1.024
Jb news informativo nr. 1.024
 
Jb news informativo nr. 0066
Jb news   informativo nr. 0066Jb news   informativo nr. 0066
Jb news informativo nr. 0066
 
Jb news informativo nr. 1090
Jb news   informativo nr. 1090Jb news   informativo nr. 1090
Jb news informativo nr. 1090
 
Jb news informativo nr. 2281
Jb news   informativo nr. 2281Jb news   informativo nr. 2281
Jb news informativo nr. 2281
 
Jb news informativo nr. 2011
Jb news   informativo nr. 2011Jb news   informativo nr. 2011
Jb news informativo nr. 2011
 
Jb news informativo nr. 0106
Jb news   informativo nr. 0106Jb news   informativo nr. 0106
Jb news informativo nr. 0106
 
Jb news informativo nr. 2299
Jb news   informativo nr. 2299Jb news   informativo nr. 2299
Jb news informativo nr. 2299
 
Jb news informativo nr. 0072
Jb news   informativo nr. 0072Jb news   informativo nr. 0072
Jb news informativo nr. 0072
 
Jb news informativo nr. 1185
Jb news   informativo nr. 1185Jb news   informativo nr. 1185
Jb news informativo nr. 1185
 
Jb news informativo nr. 1983
Jb news   informativo nr. 1983Jb news   informativo nr. 1983
Jb news informativo nr. 1983
 
Jb news informativo nr. 2074
Jb news   informativo nr. 2074Jb news   informativo nr. 2074
Jb news informativo nr. 2074
 
Jb news informativo nr. 1.023
Jb news   informativo nr. 1.023Jb news   informativo nr. 1.023
Jb news informativo nr. 1.023
 
Jb news informativo nr. 2099
Jb news   informativo nr. 2099Jb news   informativo nr. 2099
Jb news informativo nr. 2099
 
Jb news informativo nr. 0100
Jb news   informativo nr. 0100Jb news   informativo nr. 0100
Jb news informativo nr. 0100
 
Jb news informativo nr. 2165
Jb news   informativo nr. 2165Jb news   informativo nr. 2165
Jb news informativo nr. 2165
 

Ähnlich wie Jb news informativo nr. 1.045

Jb news informativo nr. 1173
Jb news   informativo nr. 1173Jb news   informativo nr. 1173
Jb news informativo nr. 1173JBNews
 
Jb news informativo nr. 2216
Jb news   informativo nr. 2216Jb news   informativo nr. 2216
Jb news informativo nr. 2216JB News
 
Jb news informativo nr. 1046
Jb news   informativo nr. 1046Jb news   informativo nr. 1046
Jb news informativo nr. 1046JBNews
 
Jb news informativo nr. 1.046
Jb news   informativo nr. 1.046Jb news   informativo nr. 1.046
Jb news informativo nr. 1.046Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 2124
Jb news   informativo nr. 2124Jb news   informativo nr. 2124
Jb news informativo nr. 2124JB News
 
Jb news informativo nr. 2096
Jb news   informativo nr. 2096Jb news   informativo nr. 2096
Jb news informativo nr. 2096JB News
 
Jb news informativo nr. 2040
Jb news   informativo nr. 2040Jb news   informativo nr. 2040
Jb news informativo nr. 2040JB News
 
Jb news informativo nr. 1172
Jb news   informativo nr. 1172Jb news   informativo nr. 1172
Jb news informativo nr. 1172JBNews
 
Jb news informativo nr. 2232
Jb news   informativo nr. 2232Jb news   informativo nr. 2232
Jb news informativo nr. 2232JB News
 
Jb news informativo nr. 1997
Jb news   informativo nr. 1997Jb news   informativo nr. 1997
Jb news informativo nr. 1997JB News
 
Jb news informativo nr. 1107
Jb news   informativo nr. 1107Jb news   informativo nr. 1107
Jb news informativo nr. 1107JBNews
 
Jb news informativo nr. 1987
Jb news   informativo nr. 1987Jb news   informativo nr. 1987
Jb news informativo nr. 1987JB News
 
Jb news informativo nr. 2010
Jb news   informativo nr. 2010Jb news   informativo nr. 2010
Jb news informativo nr. 2010JB News
 
Jb news informativo nr. 2127
Jb news   informativo nr. 2127Jb news   informativo nr. 2127
Jb news informativo nr. 2127JB News
 
Jb news informativo nr. 1113
Jb news   informativo nr. 1113Jb news   informativo nr. 1113
Jb news informativo nr. 1113JBNews
 
Jb news informativo nr. 0395
Jb news   informativo nr. 0395Jb news   informativo nr. 0395
Jb news informativo nr. 0395JB News
 
Jb news informativo nr. 1.070
Jb news   informativo nr. 1.070Jb news   informativo nr. 1.070
Jb news informativo nr. 1.070Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.070
Jb news   informativo nr. 1.070Jb news   informativo nr. 1.070
Jb news informativo nr. 1.070Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1231
Jb news   informativo nr. 1231Jb news   informativo nr. 1231
Jb news informativo nr. 1231JBNews
 
Jb news informativo nr. 1.033
Jb news   informativo nr. 1.033Jb news   informativo nr. 1.033
Jb news informativo nr. 1.033Informativojbnews
 

Ähnlich wie Jb news informativo nr. 1.045 (20)

Jb news informativo nr. 1173
Jb news   informativo nr. 1173Jb news   informativo nr. 1173
Jb news informativo nr. 1173
 
Jb news informativo nr. 2216
Jb news   informativo nr. 2216Jb news   informativo nr. 2216
Jb news informativo nr. 2216
 
Jb news informativo nr. 1046
Jb news   informativo nr. 1046Jb news   informativo nr. 1046
Jb news informativo nr. 1046
 
Jb news informativo nr. 1.046
Jb news   informativo nr. 1.046Jb news   informativo nr. 1.046
Jb news informativo nr. 1.046
 
Jb news informativo nr. 2124
Jb news   informativo nr. 2124Jb news   informativo nr. 2124
Jb news informativo nr. 2124
 
Jb news informativo nr. 2096
Jb news   informativo nr. 2096Jb news   informativo nr. 2096
Jb news informativo nr. 2096
 
Jb news informativo nr. 2040
Jb news   informativo nr. 2040Jb news   informativo nr. 2040
Jb news informativo nr. 2040
 
Jb news informativo nr. 1172
Jb news   informativo nr. 1172Jb news   informativo nr. 1172
Jb news informativo nr. 1172
 
Jb news informativo nr. 2232
Jb news   informativo nr. 2232Jb news   informativo nr. 2232
Jb news informativo nr. 2232
 
Jb news informativo nr. 1997
Jb news   informativo nr. 1997Jb news   informativo nr. 1997
Jb news informativo nr. 1997
 
Jb news informativo nr. 1107
Jb news   informativo nr. 1107Jb news   informativo nr. 1107
Jb news informativo nr. 1107
 
Jb news informativo nr. 1987
Jb news   informativo nr. 1987Jb news   informativo nr. 1987
Jb news informativo nr. 1987
 
Jb news informativo nr. 2010
Jb news   informativo nr. 2010Jb news   informativo nr. 2010
Jb news informativo nr. 2010
 
Jb news informativo nr. 2127
Jb news   informativo nr. 2127Jb news   informativo nr. 2127
Jb news informativo nr. 2127
 
Jb news informativo nr. 1113
Jb news   informativo nr. 1113Jb news   informativo nr. 1113
Jb news informativo nr. 1113
 
Jb news informativo nr. 0395
Jb news   informativo nr. 0395Jb news   informativo nr. 0395
Jb news informativo nr. 0395
 
Jb news informativo nr. 1.070
Jb news   informativo nr. 1.070Jb news   informativo nr. 1.070
Jb news informativo nr. 1.070
 
Jb news informativo nr. 1.070
Jb news   informativo nr. 1.070Jb news   informativo nr. 1.070
Jb news informativo nr. 1.070
 
Jb news informativo nr. 1231
Jb news   informativo nr. 1231Jb news   informativo nr. 1231
Jb news informativo nr. 1231
 
Jb news informativo nr. 1.033
Jb news   informativo nr. 1.033Jb news   informativo nr. 1.033
Jb news informativo nr. 1.033
 

Mehr von Informativojbnews

Jb news informativo nr. 1167
Jb news   informativo nr. 1167Jb news   informativo nr. 1167
Jb news informativo nr. 1167Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.076
Jb news   informativo nr. 1.076Jb news   informativo nr. 1.076
Jb news informativo nr. 1.076Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.069
Jb news   informativo nr. 1.069Jb news   informativo nr. 1.069
Jb news informativo nr. 1.069Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.067
Jb news   informativo nr. 1.067Jb news   informativo nr. 1.067
Jb news informativo nr. 1.067Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.066
Jb news   informativo nr. 1.066Jb news   informativo nr. 1.066
Jb news informativo nr. 1.066Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.065
Jb news   informativo nr. 1.065Jb news   informativo nr. 1.065
Jb news informativo nr. 1.065Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.064
Jb news   informativo nr. 1.064Jb news   informativo nr. 1.064
Jb news informativo nr. 1.064Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.063
Jb news   informativo nr. 1.063Jb news   informativo nr. 1.063
Jb news informativo nr. 1.063Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.062
Jb news   informativo nr. 1.062Jb news   informativo nr. 1.062
Jb news informativo nr. 1.062Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.061
Jb news   informativo nr. 1.061Jb news   informativo nr. 1.061
Jb news informativo nr. 1.061Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.060
Jb news   informativo nr. 1.060Jb news   informativo nr. 1.060
Jb news informativo nr. 1.060Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.059
Jb news   informativo nr. 1.059Jb news   informativo nr. 1.059
Jb news informativo nr. 1.059Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.058
Jb news   informativo nr. 1.058Jb news   informativo nr. 1.058
Jb news informativo nr. 1.058Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.057
Jb news   informativo nr. 1.057Jb news   informativo nr. 1.057
Jb news informativo nr. 1.057Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.056
Jb news   informativo nr. 1.056Jb news   informativo nr. 1.056
Jb news informativo nr. 1.056Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.055
Jb news   informativo nr. 1.055Jb news   informativo nr. 1.055
Jb news informativo nr. 1.055Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.068
Jb news   informativo nr. 1.068Jb news   informativo nr. 1.068
Jb news informativo nr. 1.068Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.049
Jb news   informativo nr. 1.049Jb news   informativo nr. 1.049
Jb news informativo nr. 1.049Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.048
Jb news   informativo nr. 1.048Jb news   informativo nr. 1.048
Jb news informativo nr. 1.048Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.047
Jb news   informativo nr. 1.047Jb news   informativo nr. 1.047
Jb news informativo nr. 1.047Informativojbnews
 

Mehr von Informativojbnews (20)

Jb news informativo nr. 1167
Jb news   informativo nr. 1167Jb news   informativo nr. 1167
Jb news informativo nr. 1167
 
Jb news informativo nr. 1.076
Jb news   informativo nr. 1.076Jb news   informativo nr. 1.076
Jb news informativo nr. 1.076
 
Jb news informativo nr. 1.069
Jb news   informativo nr. 1.069Jb news   informativo nr. 1.069
Jb news informativo nr. 1.069
 
Jb news informativo nr. 1.067
Jb news   informativo nr. 1.067Jb news   informativo nr. 1.067
Jb news informativo nr. 1.067
 
Jb news informativo nr. 1.066
Jb news   informativo nr. 1.066Jb news   informativo nr. 1.066
Jb news informativo nr. 1.066
 
Jb news informativo nr. 1.065
Jb news   informativo nr. 1.065Jb news   informativo nr. 1.065
Jb news informativo nr. 1.065
 
Jb news informativo nr. 1.064
Jb news   informativo nr. 1.064Jb news   informativo nr. 1.064
Jb news informativo nr. 1.064
 
Jb news informativo nr. 1.063
Jb news   informativo nr. 1.063Jb news   informativo nr. 1.063
Jb news informativo nr. 1.063
 
Jb news informativo nr. 1.062
Jb news   informativo nr. 1.062Jb news   informativo nr. 1.062
Jb news informativo nr. 1.062
 
Jb news informativo nr. 1.061
Jb news   informativo nr. 1.061Jb news   informativo nr. 1.061
Jb news informativo nr. 1.061
 
Jb news informativo nr. 1.060
Jb news   informativo nr. 1.060Jb news   informativo nr. 1.060
Jb news informativo nr. 1.060
 
Jb news informativo nr. 1.059
Jb news   informativo nr. 1.059Jb news   informativo nr. 1.059
Jb news informativo nr. 1.059
 
Jb news informativo nr. 1.058
Jb news   informativo nr. 1.058Jb news   informativo nr. 1.058
Jb news informativo nr. 1.058
 
Jb news informativo nr. 1.057
Jb news   informativo nr. 1.057Jb news   informativo nr. 1.057
Jb news informativo nr. 1.057
 
Jb news informativo nr. 1.056
Jb news   informativo nr. 1.056Jb news   informativo nr. 1.056
Jb news informativo nr. 1.056
 
Jb news informativo nr. 1.055
Jb news   informativo nr. 1.055Jb news   informativo nr. 1.055
Jb news informativo nr. 1.055
 
Jb news informativo nr. 1.068
Jb news   informativo nr. 1.068Jb news   informativo nr. 1.068
Jb news informativo nr. 1.068
 
Jb news informativo nr. 1.049
Jb news   informativo nr. 1.049Jb news   informativo nr. 1.049
Jb news informativo nr. 1.049
 
Jb news informativo nr. 1.048
Jb news   informativo nr. 1.048Jb news   informativo nr. 1.048
Jb news informativo nr. 1.048
 
Jb news informativo nr. 1.047
Jb news   informativo nr. 1.047Jb news   informativo nr. 1.047
Jb news informativo nr. 1.047
 

Jb news informativo nr. 1.045

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.045 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - domingo, 14 de julho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa Bloco 3 - Ir João Ivo Girardi - Verbete da Semana - " Lei Moral " (Do Meio-Dia à Meia-Noite ) Bloco 4 - IrHercule Spoladore - "A História do Grau 33.... " Bloco 5 - Ir Ivo Reinaldo Christ - "O desafio de todo Maçom: como ser bondoso num mundo egoísta" Bloco 6 - IrAntonio de Carlos de Souza Godoi - " O Avental Maçônico significado de poderes " Bloco 7 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Tempo de Estudos e Loja em Família " Bloco 8 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 14 de julho de 2013, 195º dia do calendário gregoriano. Faltam 170 para acabar o ano. Dia da Bastilha (França); Dia da Liberdade de Pensamento Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos 1 - almanaque
  • 2. 2  939 - É eleito o Papa Estêvão IX.  1099 - Os exércitos cristãos tomam Jerusalém, durante a Primeira Cruzada.  1570 - O papa São Pio V publica o Missal Romano do Concilio de Trento (a Missa tridentina) com a bula pontifícia Quo Primum Tempore  1774 - Fundação do município de Campinas  1789 - Início da Revolução Francesa: Parisienses tomam a Bastilha, prisão do regime monárquico, e libertam sete prisioneiros políticos.  1867 - O químico sueco Alfred Nobel faz a primeira demonstração da dinamite.  1881 - Billy the kid é morto por Pat Garrett em Fort Sumner.  1899 - Luiz Galvez declara a criação do Estado Independente do Acre  1909 - Inauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro  1915 - É fundado o América Futebol Clube na cidade de Natal (RN).  1933 - O partido nazista da Alemanha fecha as agremiações de oposição e começa a perseguição aos comunistas.  1951 - A CBS, rede americana de TV, transmite o primeiro programa esportivo em cores: uma corrida de cavalos.  1958 - O rei Faisal II, do Iraque, e sua família são executados por militares em Bagdá, cinco meses depois de assumir o trono do país.  1965 - O satélite americano Mariner 4 é o primeiro a mandar para a Terra fotografias do planeta Marte.  1979 - Primeiro concerto ao vivo de Jean Michel Jarre e o primeiro a entrar para o Guiness Book por maior platéia sendo realizado em Place de la Concorde em Paris onde interpretou temas de Oxygene e Equinoxe, seus primeiros álbuns de sucesso mundial.  Aniversário da cidade de Campinas.  Festa nacional francesa, comemorando a queda da Bastilha.  Dia Mundial da Liberdade.  Dia do Doente.  Dia do Enfermeiro.  Dia da Floresta (em homenagem à Aloysio Rauber)  Último dia das Festas de São Firmino (Sanfermines) em Pamplona, Espanha (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1789 Revolução Francesa - A Revolução é considerada como o acontecimento que deu Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas. feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia
  • 3. 3 início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios. 1797 Fundada na povoação da Barra, na Bahia, a Loja Cavaleiros da Luz, a primeira Loja do Brasil, embora sem filiação regular. A primeira Loja regular foi a Loja Reunião (ou União) em Niterói, com patente do GO de Île-de-France, em 1801. Muitos historiadores acharam que o nome referia a um suposto GO da Ilha Maurício, colônia francesa no Oceano Índico, mas refere-se à ilha que deu origem a Paris, portanto à França. 1815 Morre no cárcere Francisco Miranda, patriota venezuelano, conhecido como o Precursor, luto por mais de uma década pela independência das colônias espanholas da América. Chegou a chefiar o governo após a proclamação da independência da Venezuela, em 5 de julho de 1811. As rivalidades regionais e à lealdade à coroa espanhola de ainda boa parte da população, associaram-se as conseqüências do terrível terremoto de 1812, quase que limitado às regiões insurgentes, que foi apresentado pelo clero como castigo divino aos rebeldes. Miranda acabou preso e deportado para Espanha, vindo a morrer em uma prisão de Cadiz. 1927 Lançada a Pedra Fundamental do atual Freemasons’Hall de Londres, erigido em honra aos Maçons mortos na I Guerra Mundial. 1965 No encerrmento de uma Sessão Magna de Iniciação que presidia, falece vítima de colpaso cardíaco o Ir. Manoel de Luna Filho, Grão-Mestre da Grande Loja de Pernambuco. 1981 Fundado o Grande Oriente Estadual Sul-Riograndense, federado ao GOB 1984 Fundação da Loja Estrela do Tucumã nr. 55, Tucumã, Grande Loja do Estado do Pará 1992 Fundação da Loja Grão-Mestre Sebastião Elias Campos nr. 136, de Jaraguá da Grande Loja do Estado de Goiás. Chapecó nos espera! http://www.diadomacom2013.com.br
  • 4. 4 ] Mario Gentil Costa- Florianópolis) magenco@terra.com.br http://magenco.blog.uol.com.br " A REDENÇÃO DA MULHER " Não sei se todos têm notado o contínuo e crescente progresso da mulher rumo ao domínio das mais diversas áreas em que, até recentemente, predominou a macharia. Isso, além de significar a prova de sua competência sufocada, é sinal de que a hegemonia machista vaticano-judaico- muçulmana está começando a ter seus dias contados. Se olharmos para trás, é fato recente essa mudança de costumes. Mas é seu brado de liberdade. E, ao longo da história, uma guinada desse porte nunca ocorreu de repente. Leva décadas, quando não, séculos. Não tenho dúvidas em afirmar que os tempos vindouros confirmarão a indiscutível ascensão do sexo feminino. Nós estamos vivendo uma fase de mudanças profundas - o novo milênio - que entrará para a história como o ponto de partida da redenção da mulher em termos de autodeterminação. Seu acesso às diversas profissões - incluído o direito e a justiça, isso para não lembrar a medicina, a odontologia, a arquitetura, a pesquisa científica, a carreira aero-astronáutica, a própria literatura e o exercício do magistério religioso (que as crenças chauvinistas sempre lhe negarão) - é prova sobeja da presente tese. É uma constatação sociológica insofismável. Talento, elas têm na mesma dose; apenas ainda não despertaram para a exploração maciça de seu potencial. Até a geração de nossos pais, o destino da mulher era o casamento para garantir a própria sobrevivência, a procriação imaculada, a estabilidade financeira, a submissão ao macho provedor, a vida do lar e os humildes afazeres domésticos. Em resumo, era sua escravidão social. Mas a grata conquista do divórcio e a perspectiva de engravidar sem a dependência exclusiva do espermatozóide autorizado pela sociedade machista, a mudança e o visível enfraquecimento dos códigos falso-moralistas do clero organizado, a dependência econômica inescapável estão propiciando ao sexo feminino a certeza de sua auto-suficiência. A mulher não depende mais do marido, a menos que queira. Isso é determinante. Nem mais precisa casar-se para ser mãe sem perder sua suposta dignidade. O resto irá aflorando à medida que ela passar a crer em si mesma. Não estaremos nós aqui quando tudo isso se tornar rotina, mas não tenho dúvidas em prognosticar essa perspectiva cuja tendência é óbvia e cristalina. Ninguém segura mais a mulher, meus caros. E mesmo que ela não conquiste a prerrogativa de ser aceita plenamente pelas religiões castradoras do Velho Testamento, nada perderá com isso, já que, de todas as atividades a que se dedicar, essa é a menos importante para o bem-estar da humanidade. Mesmo assim, sem querer profetizar, creio firmemente que, se o Vaticano sobreviver aos próximos séculos, o mundo ainda verá uma papisa entronizada oficialmente no trono do Francisco. E eu gostaria de estar aqui pra rir... Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013) 2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa
  • 5. 5 O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia- Noite", cujo artigo de hoje foi extraído. LEI MORAL “Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiverem neutros em tempos de crise moral”. (Dante Alighieri, in A Divina Comédia). 1. O que é a Maçonaria? A Maçonaria é uma associação intima de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, como regra, a Lei Natural; por causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; por princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos, a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos povos que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero humano. (3ª Instrução de Aprendiz Maçom - REAA - GLSC). 2. O que a entende a Maçonaria por moral? - Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo de nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça. 3. A Lei Moral Universal: Uma premissa básica sustentada pelos cristãos é que todo indivíduo simplesmente sabe o que é certo e o que é errado, devido a uma lei moral que sempre existiu em todas as culturas. Eu poderia achar que é certo roubar um homem ou fazer sexo com a sua esposa. - Se ele tiver muito dinheiro e se a esposa dele consentir, que mal há nisso? E se você discorda de mim, quem tem razão? Se não temos um ponto de referência moral, o que você pensa não é mais certo nem mais errado do que o que eu penso. O relativismo moral, que prevalece na nossa cultura atual, traz uma questão importante, que já foi matéria de reflexão dos grandes pensadores da humanidade. Haverá uma Lei Moral Universal? Conduzimos nossas vidas de acordo com o nosso senso de certo e errado. De alguma maneira, possuímos a consciência do que nós devemos fazer. Quando falhamos em fazer o que deveríamos, uma parte da nossa mente que chamamos de consciência evoca um sentimento desagradável que chamamos de culpa. Será que esse sentimento - presente em praticamente todos os indivíduos - é uma indicação para uma Lei Moral dada por Deus? Ou isso simplesmente reflete o que nos foi ensinado pelos nossos pais? Nossa consciência influencia as decisões que tomamos ao longo de todo o dia. Se descobríssemos, numa estação rodoviária ou aeroporto, uma maleta cheia de dinheiro, com o endereço e o telefone do dono, decidiremos devolver a pasta ou guardá-la, dependendo do nosso código moral. A maioria das religiões diria que a atitude certa seria devolver a maleta, mas mesmo uma 3 - Verbete da Semana do váde-mecum maçônico "Do Meio-Dia à Meia-Noite" - Ir João Ivo Girardi
  • 6. 6 pessoa que não tem religião experimentaria um ímpeto, um impulso para devolver o dinheiro. E mesmo quem resolvesse não devolver, trataria de arranjar alguma desculpa para si mesmo para poder ficar com o dinheiro. Essa pessoa poderia pensar: quem perdeu isso tem muito mais do que eu, ou eu estou precisando muito desse dinheiro, vou fazer um bom uso dele... E mesmo assim, certamente experimentaria algum peso na consciência. De onde vem esse código moral natural e universal? Ele não influencia apenas o nosso comportamento, mas influencia também a maneira como nos sentimos ao agirmos de determinada maneira. Os Dez Mandamentos e os Dois grandes Mandamentos de Jesus Cristo (amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo) representam o ápice e o resumo perfeito de tudo aquilo que a humanidade já conseguiu desenvolver, até hoje, como regra de conduta social. O método científico simplesmente não pode responder à questão da Lei Moral Universal, assim como jamais poderia ser a fonte de todo o conhecimento do Universo. A Lei Moral Universal encontra expressão não apenas nos textos sagrados, mas também no mais profundo de nossas consciências. Essa Lei, para muitos grandes pensadores, é um dos sinalizadores que apontam para a existência de um Criador, de uma Força Inteligente por trás do Universo físico. C. S. Lewis disse que temos duas fontes de evidências para a existência de Deus Criador: Uma é o universo que Ele criou... a outra é a Lei Moral que Ele pôs nas nossas mentes. Também o filósofo alemão Immanuel Kant apontou para a Lei Moral dentro de nós como um testemunho poderoso da grandeza de Deus. Ambos parecem corroborar o que disse Deus pela boca do Profeta: Na mente lhes imprimirei as minhas Leis, assim como no coração lhas escreverei. (Jer 31,22). * Sir Clive Staples Lewis (1898-1963), mais conhecido como C. S. Lewis, foi um professor universitário, teólogo anglicano, poeta e escritor britânico. Destacou-se pelo seu trabalho acadêmico sobre literatura medieval e pela apologética cristã que desenvolveu através de várias obras e palestras. É igualmente conhecido por ser o autor da famosa série de livros infanto-juvenis de nome As Crônicas de Nárnia, em sete volumes, pela qual lhe foi conferida inúmeros prêmios. (Fonte: iconoblog.com.br). 4. Texto Maçônico para ser lido e meditado! Um dos lugares comuns muito frequentes nos escritos maçônicos é atribuir a nossa Ordem a característica de ser uma escola de moral, e a maioria dos Irmãos que escrevem ou apresentam trabalhos em Loja se orgulham muito disso. A sua repetição é tão insistente que quase todos nós já nos conscientizamos de que estamos diante de uma verdade inconteste. Mas será mesmo a Maçonaria uma escola de moral? Se por princípio todos os candidatos a iniciação devem ser homens livres e de bons costumes, então todos os maçons também por princípio são homens de vida eticamente irreprochável (diz-se daquele que não merece reproches, censura, castigo; perfeito; sem efeitos). Então como seria a Maçonaria uma escola de moral, se a moral não é aprendida dentro de nossas Lojas onde concentramos nossas atividades? Os nossos Irmãos não aprendem princípios de moral dentro de nossas Lojas simplesmente porque já os tem, ou pelo menos seria desejável que os tivessem ou que todos fossem homens de moral ilibada. Seria antes um farol de irradiação de princípios éticos sadios através do exemplo dos seus membros. A Constituição de 1723 confirma o que dissemos logo no início. O artigo primeiro „De Deus e da Religião‟, diz que o Maçom por sua condição deve obedecer à lei moral, isto é, supõe-se que todo o Maçom é um homem de bons costumes por sua própria natureza de Maçom. Certamente será o caso de mudarmos essa expressão uma escola de moral e dizer que a Maçonaria é uma fonte de irradiação de bons costumes, o que é diferente de ser uma escola de moral. Acontece que todos os Irmãos partilham da ideia que a Maçonaria não deve agir diretamente junto à sociedade, mas sim exercer sua influência através dos Irmãos individualmente. Dessa forma, se todos os Irmãos já entram para a Ordem como cidadãos livres e de bons costumes, não será a Maçonaria uma escola de moral, mas muito mais proficuamente um centro de irradiação de moral através de seus membros. Seria necessário antes de tudo orgulhar-nos de sermos uma sociedade cuja maioria absoluta é composta de homens livres e de bons costumes. Também nos orgulhamos de ser nossa Ordem uma escola de fraternidade, o que obedece ao mesmo raciocínio antes analisado. Se todos somos homens bons isso implica em que sejamos todos fraternos. Na realidade muitas vezes não o somos, não que não o pretendamos, mas porque pouco nos exercitamos na pratica os nossos princípios de fraternidade maçônica. Deixa-se de incentivar a convivência familiar, que é quase o único caminho para despertá-lo dos sentimentos fraternais, pois que estabelecem uma ligação sentimental mais profunda entre os homens. Mas nossa convivência está
  • 7. 7 muitas vezes infelizmente restrita ao recinto de nossas Lojas. Exaltamos, outrossim, a Maçonaria como uma sociedade universalista, isto é, que abrigamos homens de todas as religiões e de todos os credos, e de todas as cores políticas e de todos os princípios filosóficos. Será mesmo verdade que somos assim tão tolerantes? Nem sempre o parecemos ser. Para que o fossemos jamais deveríamos falar em Deus, em religião, em esoterismo, ou qualquer coisa que se assemelhe a isso. Dizemos que somos uma escola de livre pensamento, e então perguntamos: quantas de nossas Lojas se dedicam verdadeiramente a pesquisar a verdade, ao desenvolvimento do livre pensamento? Os livres pensadores não passam em número de mero um por cento de toda a humanidade. Dentro da Maçonaria talvez esse percentual possa chegar a dez por cento dos membros ativos. Já é uma situação melhor do que a regra geral. Mas nossa meta deveria ser muito maior já que somos todos homens livres de pensamento por definição. Devemos concluir que há evidentemente muito mais Irmãos capazes de contribuir para a elevação de nosso nível cultural. A Maçonaria está esperando por isto! Mantenhamo-nos dentre da realidade do que verdadeiramente somos. (Ambrósio Peters). 5. Lei Moral: Complemento à 3ª Instrução de Aprendiz Maçom - GLSC: (...) Em primeiro plano, é conveniente - e útil - que se tenha uma noção a respeito do que é ordem. São diversos sentidos que se emprega nessa palavra. Assim, por exemplo, fala-se de ordem espacial para referir-se à colocação das coisas nos seus repectivos lugares; ordem temporal, para indicar-se que cada ação deverá ser praticada no momento oportuno ou preciso; ordem estática ou ordem de composição, para designar o conjunto e boa disposição das coisas entre si; ordem dinâmica ou ordem teleológica ou ordem de finalidade, para indicar a adaptação de cada coisa à sua destinação, ao seu fim; ordem física, relacionada ao conjunto de relações que mantêm os seres com sujeição a um princípio (lei física) que as determina; ordem social, ao conjunto de relações que devem existir entre os homens para alcançar a realização da Sociedade e de acordo com os supremos primados da Justiça; ordem jurídica, ao conjunto de relações estabelecidas entre os homens, mas subordinadas ao império da lei positiva, que as regula e disciplina; Ordem Moral, ao conjunto de relações que devem manter os homens, mas com sujeição a um princípio superior, isto é, à Lei Natural. A ideia de ordem é encontrada fundamentalmente na Filosofia, já que a sua própria divisão se funda exatamente no próprio conceito de ordem. Assim, a Metafísica é uma divisão onde estão objetivamente ordenadas as coisas e independentemente do homem; a Lógica, como ordem dos nossos conceitos; e a Moral, como ordem das nossas ações livres e encaminhadas a uma finalidade. O fundamento imediato da ordem é a Verdade, isto porque a ordem em si mesma é a Verdade numa forma peculiar de sua existência, ou seja, a Verdade aplicada às operações humanas, que dão movimento e impulsão à Vontade do homem. Mas o fundamento remoto da ordem é o Grande Arquiteto do Universo, pois é a Fonte originária de toda a Verdade. Relacionada à ordem moral, que é a que mais de perto condiz com a Lei Moral, examina-se os seus elementos essenciais: 1º) Pluralidade de seres humanos; 2º) Conjunto e sucessão de relações humanas; 3º) Princípio superior, norma reguladora ou lei fundamental. A pluralidade é consequência da notas essenciais e características da ordem: a) proporção e adequação; b) distinção dos sujeitos que relaciona e suas comunicações com o todo; c) desigualdade entre os sujeitos. A proporção e adequação ao fim, como consequencia da exigência do fim devido (que são os dois requisitos essenciais de qualquer ordem), põe de manifesto a alteridade (de alter, outro - conceito de cada indivíduo segundo o qual os outros sers são distintos dele próprio), ou relação entre um e outro, como primeiro grau da pluralidade. As relações se estabelecem entre os sujeitos em nível de anterioridade e posteridade e de inferioridade a superioridade, formando um conjunto harmônico que elimina toda confusão, guardando a correspondente sucessão no modo de que produzir-se para alcançar seu respectivo fim. O princípio superior que determina o conjunto de relações é a Lei Moral, ou Lei Moral Natural, cuja expressão suprema está lastreada nesta sentença resumida: Faz o Bem e evita o Mal. (São Tomás de Aquino - Summa Theológica). A existência da Ordem Moral - por conseguinte da própria Lei Moral - pode ser provada: a) experimentalmente; b) historicamente; c) diretamente; e d) ex absurdo. Experimentalmente e por intropecção, os homens sabem o que devem fazer e o que devem omitir; e, além disso, pela crítica das ações humanas censura-se quando eles não cumprem o que deviam cumprir. Historicamente, observa-se que todas as Escolas Filosóficas formularam os seus sistemas de Moral, criando até o paradoxo de que, quando uma negou os princípios éticos tradicionais, não mais fizeram senão estabelecer outros princípios morais verdadeiros antíteses substitutivas dos que
  • 8. 8 haviam sido negados. Diretamente pelas simples afirmações costumeiras, como existe o ser moral; esse ser tem um fim; o ser moral e seu fim são os termos reais e objetivos da ordem moral; a proporção entre esses dois termos reais e objetivos é no que se constitui a ordem moral; logo a relação em que consiste a ordem moral é também real e objetiva. Com efeito, assim como entre dois pontos no espaço não se pode traçar mais do que uma reta, do mesmo modo entre esses termos objetivos da ordem moral não se pode sinalizar senão uma relação direta. Ex absurdo, a ordem moral fica patenteada na medida em que ela não poderá deixar de existir porque é na sua esfera que se desenvolvem os atos livres do homem. Não se pode compreender esses atos livres se não viessem balizados por uma lei, uma Lei Moral. Sem ela, os atos livres seriam havidos como aqueles que interessam unilateral e exclusivamente a que os pratica, com total ausência em relação aos interesses de quem viria a ser o destinatário deles. (...) A Lei Moral tem o seu nascedouro na Lei Natural, assim como esta na Lei Eterna. Em derradeira análise, está ante os olhos humanos, tanto os da alma como os da carne, que há uma Inteligência ordenadora e criadora da infinita grandeza do Universo, precisamente porque o homem julga imprescindível a existência de uma Causa originária da Ordem, cuja especial disposição e disciplina ele pode contemplar na pequenez de seu lar ou na imensidão do Universo. E nessa Ordem sempre estará presente, ostensiva ou velada, a Lei Moral no relacionamento com outros homens ou a Lei Moral Natural decorrente da Lei Eterna. (CII3ºIA). Nota: Aos Irmãos de outras Potências que praticam o REAA ou outros ritos: A Grande Loja de Santa Catarina fornece a seus obreiros fascículos que complementam as Instruções chamadas Clássicas, cuja finalidade é a de aguçar e incentivar os Irmãos a se lançarem no estudo mais profundo das Instruções dos Graus Simbólicos e consequentemente da Maçonaria. É o caso do texto acima sobre a Lei Moral. 6. Rituais: (...) Ao ruído do Maço, símbolo da força impulsionante das atividades humanas, percebestes pouco a pouco, que tudo entre nós representa trabalho moral, cujos utensílios são simbólicos e cuja aplicação se faz em nós mesmos. Como dignos filhos da Maçonaria, vos entregareis ao estudo e ao trabalho e empregareis vossas horas de ócio em nutrir o vosso coração com esse espírito de solidariedade que Deus inspirou ao homem virtuoso. Dessa forma chegareis à perfeição moral e cumprireis a missão que vos compete como construtor social. 7. Máximas sobre Falso Moralismo: - Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo… Esqueça-me! Se você sabe conviver... com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me. (Clarice Lispector). - Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante! (Mario Quintana). - A diferença entre Moralismo e Cristianismo é que Moralismo mostra como deveríamos ser, Cristianismo é como nunca conseguiremos. (Raquel Rodriguez). - Há muita diferença entre moral e moralismo. O último não passa de falácia hipócrita, mas o primeiro é um pilar preponderante na estrutura social! (Reinaldo Ribeiro). - Moralismo é uma hipocrisia típica dos imorais. (Marcelo Soriano). - O moralismo é a moralidade massificada como propaganda pessoal, e neste campo, se há propaganda é porque a virtude virou mercadoria... Logo, moralidade mercadológica não é nada confiável. (Demétrio Sena). - Nada é mais falso do que uma verdade estabelecida. (Millôr Fernandes). - É muito difícil fazer compatíveis a política e a moral. (Francis Bacon, em 1600).
  • 9. 9 A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO GRAU 33 PRIMEIRO SUPREMO CONSELHO DO MUNDO. Autor: Hercule Spoladore Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” A Maçonaria Operativa tinha somente dois graus: Aprendiz e Companheiro. Mestre não era grau e sim uma função que competia ao responsável pela construção. Não tinha quaisquer influências da Alquimia, Cabala, Astrologia, Rosacrucianismo, Ocultismo enfim, de qualquer segmento esotérico como tal hoje é conhecida. Não tinha templos, as reuniões como todos sabem, eram realizadas em tabernas. Durante uma reunião de maçons não se abria qualquer livro da Lei. Os símbolos eram desenhados no chão com giz ou carvão. Dois símbolos que já existiam e constam dos Old Charges eram as duas Colunas, mas que naquela época, não portavam no meio de seu corpo as referidas e polêmicas letras J e B que geram tanta discussão e que também apresentavam outros significados simbólicos, um tanto quanto diferentes dos que hoje estão estabelecidos. O Escocesismo ou Escocismo é caracterizado por uma série de ritos que nasceram na França a partir do ano 1649 e que tiveram um desenvolvimento bastante peculiar e sincrético, recebendo as mais variadas denominações e influências, quer filosóficas, morais, bíblico-judaicas, herméticas, rosacrucianas, templárias, políticas, religiosas e sociais, além dos modismos das épocas dos cavalheiros e gentis-homens das monarquias e reinados e também da História da Humanidade, tudo isto acontecendo um período bastante transformador de costumes. Em 1725 foi criado o grau de Mestre e em 1738 ele foi acrescentado oficialmente aos dois primeiros graus e incorporado definitivamente à Ordem. Criaram a lenda de Hiran, a qual se sabe de sobejo não ter compromisso com a realidade histórica ou religiosa e que por sinal ninguém sabe quem foram em realidade os seus inventores, mas sabe-se que ela levou mais ou menos uns sessenta anos para tomar a redação que hoje se conhece, bem como suas mensagens ficarem definitivamente consagradas, uma delas “morrer para renascer”. Se o grau de Mestre já foi um acréscimo dentro da própria Maçonaria simbólica, achar que os maçons franceses ficariam satisfeitos com ele sendo o último, seria muita ingenuidade. Enquanto a Maçonaria Inglesa através do seu relacionamento direto coma Igreja Anglicana e com o Estado, permaneceu tradicionalmente ligada à Bíblia, a Maçonaria Francesa numa liberalidade total, aceitou e adotou uma amálgama de doutrinas de concepções heterogêneas, o que acabou sendo o substrato para o aparecimento dos Altos Graus do Escocesismo ou Escocismo e por 4 - "a história da criação do grau 33..." Ir Hercule Spoladore
  • 10. 10 continuidade ao Rito Escocês Antigo e Aceito e outros ritos escoceses que já não são mais praticados. Com relação à história do Rito, no início os franceses acompanharam os Modernos das Lojas inglesas, mas começaram a acrescentar progressivamente os Altos Graus. Há quem atribua aos franceses a criação do terceiro grau, ou seja, o Grau de Mestre, mas em realidade ele nasceu na Inglaterra. Alguns autores atribuem um desenvolvimento cronológico na criação dos Altos Graus que seria assim: seis graus até 1737, sete graus até 1747, nove graus até 1754, dez graus até 1758, vinte e cinco graus, até 1801 quando foram criados mais oito graus, perfazendo trinta e três graus. Entretanto esta cronologia é rejeitada por outros. Mas a história está aí para comprovar, pois como todos sabem os franceses foram acrescentando graus e mais graus na Maçonaria no decorrer do século XVIII. A causa da criação dos graus acima dos três primeiros é ainda um tanto obscura e divergente entre os autores. Poderia ser de fundo político, ou por interesses pessoais ou a colação de títulos cavalheirescos e pomposos, os quais alimentariam a vaidade dos nobres, ou ainda razões espirituais ou até jesuíticas, já que o jesuitismo era ligado aos Stuarts caracterizando assim uma causa política. Porem com relação às origens do Rito Escocês Antigo e Aceito existe três possibilidades, a saber: a) O famoso discurso do Cavaleiro Ramsay b) O Capítulo de Clermont c) O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente Conforme alguns autores ainda considerando as origens do Rito referem-se a sete categorias, a saber: l) Graus simbólicos primitivos e universais. 2) Graus de desenvolvimento dos graus simbólicos e universais 3) Graus baseados no Iluminismo do Tribunal da Santa Vingança ou Santa Vehme 4) Graus judaicos e bíblicos 5) Graus Templários 6) Graus Alquímicos e Rosacrucianos 7) Graus Administrativos e Superiores Entre as lendas do início das origens dos Altos Graus aparece o Cavaleiro de Ramsay (André Michél - 1686-1743), homem erudito, nascido na Escócia, partidário dos Stuarts, protegido do Bispo Hercule de Fenelon, com ligações em todas as cortes da Europa, ao qual se atribui ter sido o inspirador da criação dos Graus Superiores. O seu famoso discurso que foi escrito em 1737, mas que talvez nunca tenha sido lido em qualquer Loja, ou apresentado em qualquer assembleia de maçons, podendo até ser apócrifo segundo alguns autores, pois se acredita que haja pelo menos quatro versões do mesmo, material este que foi distribuído fartamente em todas as lojas da França e países vizinhos. Neste documento Ramsay faz apologia que a Maçonaria seria originária dos Templários, o que não é verdade, tece comentários pela primeira vez enfatizando hierarquia na Ordem, proclama o ideal maçônico na Fraternidade e num mundo sem fronteiras, tentando impingir uma falsa antiguidade e nobreza à Maçonaria. Fez uma proposta às lojas inglesas para acrescentarem mais três graus aos já existentes (Mestre Escocês, Noviço e Cavaleiro do Templo) A Maçonaria inglesa rejeitou. Estes três graus teriam segundo Ragon criados por Ramsay.
  • 11. 11 Fez uma proposta às lojas francesas para que se acrescentassem mais sete graus suplementares. Também não foi aceito. Mas de qualquer forma a partir daí começaram as introduções templárias e rosacrucianas e os Altos Graus começaram a aparecer. Muitos autores não aceitam este fato, rejeitam a participação de Ramsay. Entretanto, outros como Ragon a apoiam. Segundo Paul Naudon, o fato mais importante acontecido após o polêmico discurso de Ramsay, foi a criação do Capítulo de Clermont pelo Cavaleiro de Bonneville em 1754. Os Irmãos que criaram este Corpo pretendiam continuar os mesmos princípios da Loja de Saint-Germain-en-Laye, fundada muito tempo antes, ou seja, praticar os Altos Graus, criando sete graus e opondo-se à política da Grande Loja da França, a qual seria posteriormente dissolvida em 24.12.1772. O Capítulo de Clermont teve uma duração efêmera, sua existência foi muito curta, mas valeu pelas consequências, pois uma das suas ramificações foi a fundadora em 1754 do Conselho dos Imperadores do Oriente do Ocidente, Grande e Soberana Loja de Jerusalém, que organizou um rito de vinte e cinco graus chamado Rito de Perfeição ou de Heredon. Seus membros, conhecedores de várias tradições místicas e gnósticas antigas, trouxeram para este Corpo Maçônico as influências templárias, rosacrucianas e egípcias, além de se dizerem herdeiros dos Ritos de Clermont e das correntes escocesas de Kilwinning e Heredon. Estava assim consagrada a influência esotérica na Ordem. Em 1762 sob os auspícios deste Conselho, foram publicados os Regulamentos e Constituição da Maçonaria de Perfeição, elaborados por nove comissários sendo concluída assim como Constituição de Bordeaux em 21.09.1762, talvez um dos poucos documentos do Escocesismo ou Escocismo que é verdadeiro. A fundação destas potências mencionadas, não dão conta, nem ideia do processo político- maçônico dos bastidores, das desavenças internas, das histórias e estórias relatadas, das perseguições entre os Irmãos, chegando até a agressões físicas, dos interesses pessoais, das vaidades de tal forma que quando se analisa os fatos chega-se à conclusão que muita coisa que acontece no presente já aconteceu no passado. Os homens continuam os mesmos. A Maçonaria mudou, mas os homens não mudaram... Em 1761 o Conselho de Imperadores teria fornecido através do Irmão Chaillon de Joinville, substituto Geral da Ordem e mais oito Irmãos da alta hierarquia que também teriam assinado o documento, uma patente constitucional de Grande Inspetor do Rito de Perfeição ao Irmão Etienne ou Stephen Morin, autorizando-o a estabelecer e perpetuar a Sublime Maçonaria em todas as partes do mundo e investindo-o de poderes de sagrar novos Inspetores. Chegando à Colônia francesa de São Domingos (hoje Haiti), no mesmo ano pôs-se a trabalhar. Há fortes suspeitas de que este documento seja fraudado. Também segundo muitos autores, Etienne teria comercializado estes altos graus. Na realidade o Rito de Perfeição ficou muito mal trabalhado durante mais ou menos trinta anos. Foi esquecido o seu conteúdo esotérico e sua ritualística muito mal usada. Mas de qualquer forma os americanos aceitaram muito bem o Rito, e ainda acharam que os vinte e cinco graus eram insuficientes para abranger toda a iniciática maçônica. Morin teria entregado certificados ou carta patente a outros Irmãos e um deles foi um Irmão de nome Henry A. Francken, também de origem judaica, que teria estabelecido o Rito em Nova York. Outro grupo introduziu o Rito em Charleston em 1783. Na mesma colônia francesa São Domingos (Haiti) alguns anos mais tarde apareceram os maçons, o Conde Alexandre François Auguste de Grasse Tilly e o seu sogro Jean Baptiste Delahogue, os quais posteriormente em 1793 mudaram-se para Charleston. Grasse Tilly já tinha pensado em fundar um Supremo Conselho nesta cidade. Encontraram nos Estados Unidos, uma maçonaria bastante organizada não havia rito francês e sim o rito de York dos americanos, que era parecido com rito inglês dos Antigos. Lá encontraram mais dois maçons, Frederik Dalcho e John Mitchel. Existem autores que afirmam que foi Dalcho quem teve a ideia de criar mais oito graus, e autores que sustentam que o último grau foi Grasse Tilly quem criou. O grupo era formado pelos aos seguintes Irmãos: Alexandre François de Grasse Tilly (francês), Jean Baptiste Delahogue (francês) Frederich Dalcho (inglês), John Mitchel (irlandês), James
  • 12. 12 Moultrie (americano), Isac Auld (americano), Abrahan Alexander (inglês), Thomaz Bartolomew Bowen (irlandês) , Moses Clava Levy (polonês) Emmanuel de LA Mota( Indias Ocidentais) e Israel Delieben (checoslovaco) Dos onze Irmãos apenas dois eram americanos. Assim se iniciou um trabalho de poucos Irmãos sem serem conhecidos nos Estados Unidos e especialmente no mundo maçônico da Europa, e que culminou com a criação de um Rito, calcado em cima do Rito de Heredon. ou de Perfeição. Estes onze Irmãos fundaram o primeiro Supremo Conselho do Mundo em 31.05.1801 na cidade de Charleston (EUA). Só que lançaram mão de uma das maiores balelas a respeito da criação do Rito nascente que só se tornaria conhecida a partir de 04 de Dezembro de 1802 quando foi expedida uma circular comunicando o que havia acontecido e divulgando o sistema de 33 graus e atribuindo que a sua organização teria sido feita em 1786 por Frederico II da Prússia. A versão posterior dada pelo Supremo Conselho da França para ajudar a enriquecer a mentira, refere que Carlos Stuart, filho de Jaime III, o qual sendo considerado como chefe de toda a Maçonaria, conferiu o título de Grão-Mestre a Frederico II, o Grande, rei da Prússia (1712-1786) nomeando-o seu sucessor e como tal também chefe dos Altos Graus. Em 1782 ele teria confirmado as Constituições e Regulamentos de Bordeaux. E, daí há quatro anos ele transferia seus poderes a um Conselho de Inspetores Gerais e, ao mesmo tempo acrescentava mais oito graus, e em 1786 publicava sua famosa Constituição. Pura invenção! Entretanto esta versão não tem o menor reconhecimento entre os bons autores maçônicos e entre eles Findel, Ragon, Lindsay Rebold, Thory Clavel e tantos outros. Um deles, Rebold afirma que Frederico foi iniciado em 15.08.1738 em Brunswich e que em 1744, a Loja “Três Globos” de Berlin, fundada por artistas franceses, foi por ele elevada a categoria de Grande Loja, da qual foi aclamado como Grão-Mestre, exercendo mandato até 1747. Desta época para frente ele afastou-se da Ordem, e quando apareceram os Altos Graus ele não só não os aprovou como os combateu. Eles foram introduzidos na Alemanha pelo Marques de Bernez. Então como aconteceu e porque esta grande mentira? Simplesmente, porque o grupo de onze maçons que fundou um novo Rito não tinha o respaldo histórico e credibilidade para se impor perante o mundo maçônico da época, então foi estratégico e cômodo atribuir à fundação, do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 1786, que ainda não levava este nome no inicio e sim Rito dos Maçons Antigos e Aceitos, atribuído a Frederico da Prússia, e ainda imputando ao Rito uma origem anterior. Frederico gozava de boa reputação política, simpático à causa da separação dos Estados Unidos da Inglaterra, inclusive enviando soldados a América para combater as forças inglesas. Só que em 1801, Frederico já tinha falecido. O interessante é que até a presente data, muitos Rituais dos Graus Superiores do Rito Escocês Antigo e Aceito mencionam o nome de Frederico II. Estava assim fundado no dia 31.05.1801 nos Estados Unidos, o Rito Escocês Antigo e Aceito, que ainda não tinha este nome, e criado desta forma o Primeiro Supremo Conselho do Mundo tendo como primeiro Soberano Comendador John Mitchel, e ainda calcado numa mentira histórica, aceita ainda hoje em dia como se fora uma verdade intocável. Muitos rituais dos Graus Superiores citam o nome do Imperador. Frederico da Prússia jamais foi o criador do Rito Escocês Antigo e Aceito Entretanto, apesar deste imbróglio todo, e tudo isso pode ser comprovado, o Rito Escocês hoje é um Rito sério, bem praticado pelos seus adeptos que pautam pelos seus princípios e pela sua fé no Rito, e não pela sua confusa história. É um Rito vencedor e maioritário no Brasil. Dos ritos escoceses e que fizeram parte do Escocesismo atualmente são praticados no mundo apenas dois, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Escocês Retificado.
  • 13. 13 DOCUMENTOS BÁSICOS DO ESCOCESISMO OU ESCOCISMO a) O Discurso de Ramsay em 1738. b) Constituição de 1762, organizada pelo Conselho de Imperadores do Oriente do Ocidente A Patente de Stefhen ou Etienne Morin emitida em 27.08.1761, assinada pelo Irmão Chailon de Joinville e demais autoridades mandatárias dos Graus Eminentes. Os novos Institutos Secretos e Fundamentais que foram atribuídos de forma inverídica Frederico II e que, apesar de datarem de 1786, foram elaborados posteriormente. (e) Constituições, Estatutos e Regulamentos para o Governo do Supremo . Conselho dos Inspetores Gerais também levando autoria de Frederico II . indevidamente. f) As resoluções do Congresso de Laussane em 1875. REFERÊNCIAS ASLAN, Nicola GRANDE DICIONARIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA E SIMBOLOGIA - 04 volumes – 4º Vol. Editora Artenova S.A Rio de Janeiro, 1976 CASTELLANI, José RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO- História, Doutrina e Prática Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. Londrina, 1988 PORBER, Kurt HISTÓRIA DO SUPEMO CONSELHO DO GRAU 33 DO BRASIL Livraria Kosmos Editora Rio de Janeiro, 1983 PROBER, Kurt FREDERICO II, O GRANDE, E A MAÇONARIA Editora Maçônica “ A TROLHA” Ltda. Londrina, 1994 Grandes Constituições Escocesas, 1966 - 2ª edição Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito Leis que Regem o Escocismo no Brasil, 1951 -
  • 14. 14 O DESAFIO DE TODO MAÇOM: COMO SER BONDOSO NUM MUNDO EGOÍSTA Ivo Reinaldo Christ Cadeira 23 Alguns especialistas em análise da conduta humana acreditam que o egoísmo nunca foi tão grande e tão espalhado e vivo como nos dias atuais. Entre os motivos que apontam um surpreende, a tecnologia. Há pessoas que são egoístas, hoje, por causa da tecnologia que se enraizou em sua vivência diante do outro. Os pesquisadores incluem a influência exercida pela tecnologia digital, incluindo celulares, câmaras, e-mails, ipods, e outros mais. Estes avanços tecnológicos estão mudando a vida de muitas pessoas que aos poucos se esquecem de serem entes humanos e tratar o outro como igual e não como concorrente acirrado. A tecnologia oferece elementos que aumentam nossa cobiça por gratificações em várias áreas da vida, impulsionam o nosso apetite de possuir o há de melhor e assim deixar os outros na saudade. No mundo atual criou-se uma nova cultura, a cultura da gratificação imediata. Dizem os psicólogos que as pessoas esperam que as coisas aconteçam de imediato, sem demora, sem erros e principalmente da maneira que elas desejam. Instalou-se a pressa. Tudo tem de ser logo e pergunto: o que aconteceu com a paciência de ouvir, de escutar, de aguardar a vez da gente e de não passar o outro para trás. Tudo isso, salvo engano, é fruto do egoísmo que tomou conta e nos domina e com isso esquecemo-nos que somos irmãos. Desta forma de agir surge uma tendência de cada vez mais ficarmos frustrados e irritáveis, o que nos leva a excluir o outro e a nos sobrepor de forma inaceitável sobre o próximo, que diminuímos por possuirmos o acervo tecnológico melhor que adquirimos. Esquecemos que somos iguais e todos possuímos os mesmos direitos e deveres. As pessoas levadas pelo egoísmo não tem mais a paciência de ler textos com atenção e de refletir sobre as mensagens que os mesmos trazem. O egoísmo as faz querer tudo de uma vez só: falar, comer, gastar dinheiro, dirigir rápido, esquecer as leis do trânsito, maltratar aos que se opõem em seu caminho. Fazem de tudo para atender seus desejos indisciplinados. O egoísmo torna-as uma grande pedra no caminho dos seus semelhantes e se esquecem de que tudo que enfeita a vida e orna a existência com grandeza e beleza. Afinal de contas o que é o egoísmo que os meios modernos de comunicação com sua tecnologia em vez de nos aproximarem, nos afastam uns dos outros? Egoísmo (ego + ismo) é o hábito, a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento ou não do ambiente e das demais pessoas com que se relacionam, neste sentido, é o antônimo de altruísmo. Um sujeito egoísta acredita que o mundo, inclusive as pessoas a seu redor, foram criadas para ele e somente para ele. Uma pessoa egoísta, e todos são em maior ou menor medida, sofre porque as outras pessoas não correspondem às suas expectativas. 5 - " O desafio de todo maçom: como ser bondoso num mundo egoísta " - Ir Ivo Reinaldo Christ Ir
  • 15. 15 Há diferença entre egoísmo e egocentrismo. O egocentrismo caracteriza-se pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e fatos. Uma pessoa egoísta nem sempre é egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta no sentido que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e então aprender. O egoísmo incentivado pela tecnologia de comunicação moderna varia de pessoa para pessoa. Podemos de uma forma geral, considerar atos egoístas no mundo atual: o consumismo, o totalitarismo, a doutrinação com o intuito de coagir, e aí vem a agressividade, arrogância, confusão, ciúme, desapontamentos, depressão, fanatismo, mau-humor, raiva... Egoísmo não é viver a nossa maneira ou estilo, mas desejar que os outros vivam como nós queremos. O Budismo ensina que o egoísmo leva o homem a fazer de sua vida um verdadeiro naufrágio. Encontramos no Livro da Lei ou no Livro Sagrado referências importantes sobre o egoísmo. Citaremos duas: “Pois de que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro e perder sua vida? Ou que dará o homem em troca de sua vida?” (Marcos, 8:36,37), em outras palavras a egoísmo destrói e nós Maçons somos convidados a construir. “Pedis e não recebeis; e isto porque pedis mal, para satisfazerdes as vossas paixões”. (Tiago, 4:3). O egoísmo é causador de problemas. O egoísmo faz parte da vida atual e instalou-se em todas as camadas sociais. Os egoístas sabem manipular a arte de ouvir apenas o que lhes convém, de evitar qualquer conversa que os leva a sair de si e a partilhar sentimentos alheios. Uma das maneias para nos defender do egoísmo é partilhar, mesmo o pouco que temos, com aqueles que nada têm, sob pena de um dia não termos nada feito a favor dos excluídos. Na literatura maçônica encontramos inúmeros textos que nos levam a refletir sobre os males do egoísmo e a combatê-lo, com os de Oswald Wirth: “... a Franco Maçonaria é chamada a refazer o mundo. A tarefa não está acima de nossas forças, desde que ela se torne aquilo que ela deve ser”. “Iniciados em seus mistérios, a Franco Maçonaria convida-nos a tornar-nos homens de elite, sábios ou pensadores elevados acima da massa dos seres que não pensam. Não pensar é consentir em ser dominado, conduzido, dirigido e tratado muitas vezes como um animal de carga”. “Tudo conspira para poupar aos nossos conterrâneos o trabalho de pensar. É indispensável que uma instituição poderosa reanime a tocha das tradições esquecidas”. Como Maçons temos a obrigação de pensar, refletir e não podemos deixar-nos envolver em fórmulas egoístas que dominam os nossos meios de comunicação. Não temos a posse da verdade, mas esforcemo-nos a nos resguardar do erro. Somos exortados a procurar o Verdadeiro, o Justo e o Belo. O importante para nós Maçons é refletir, afim de que nos apliquemos a compreender não só os males do egoísmo, mas também e principalmente os bens que podemos conquistar com o pensamento livre e longe do egoísmo, estes são os
  • 16. 16 ensinamentos que nos são transmitidos de uma forma velada sob os nossos símbolos e alegorias. Termino com um poema que traduz de uma forma brilhante o sentimento do egoísmo. EGOÍSMO Fui sozinho à minha entrevista, Quem é esse que me segue Na escuridão calada? Afasto-me para ele passar, Mas não passa. Seu andar soberbo Levanta poeira, Sua voz forte duplica a minha palavra. Senhor, É o meu pobre eu! Ele não se importa com nada. Mas como sinto vergonha Por ter de vir com ele À tua porta” Rabindranath Tagore, in “O Coração da Primavera” Tradução de Manuel Simões
  • 17. 17 Avental Maçônico Significado e Poderes Ir. Antonio Carlos de Souza Godoi O primeiro contato do Maçom com essa insígnia, que expressa sua condição é na Iniciação. Ao entregar o Avental ao Iniciando, o Venerável Mestre lhe diz: “Recebei este Avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o emblema do Trabalho, a indicar que devemos sempre ser ativos e laboriosos. Sem ele, não podereis comparecer às nossas reuniões. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque ele jamais vos desonrará”. Diante dessas palavras cerimoniais, poderia um Irmão menos avisado concluir que o Avental teria como único propósito simbolizar o Trabalho e isso está longe de ser a verdade. Existem outras aplicações para essa importantíssima peça de indumentária maçônica, ligadas às forças que circulam na Natureza e nos afetam diretamente, estejamos ou não em Loja. Talvez por essa razão, ou seja, por requererem tais forças muito estudo para serem devidamente compreendidas é que na Iniciação não se mencionem as outras relações que existem no uso do Avental. O Aprendiz, recém iniciado, ainda tem muito o que aprender antes de palmilhar os caminhos onde se encontram as devidas explicações. Colocá-lo, portanto, diante desses assuntos já em sua aurora iniciática seria grande imprudência. De acordo com o Ir:. C.W. Leadbeater existem em nosso corpo sete centros de força através dos quais a energia flui, ou seja, na base da coluna vertebral, no baço, no umbigo ou plexo solar, no coração, na garganta, no espaço entre os cílios, ou seja, diretamente sobre o ponto da glândula pineal onde, segundo a sabedoria hindu, estaria localizado o centro da terceira visão (nesse sentido, é bastante interessante a obra do monge tibetano Lobsang Rampa) e sobre a cabeça (daí o nome de Coronário atribuído a esse centro particular). Ora, esses centros de força, ou Chakras, estão divididos em três campos bem definidos: Inferior, Médio e Superior que correspondem, respectivamente, aos planos fisiológico, pessoal e espiritual. No plano inferior estão localizados os Chakras da coluna e do baço; no plano médio os do umbigo, coração e laringe; restam, no plano superior, o frontal e o coronário. Sendo centros de energia de uma ordem que transcende a capacidade do Homem profano ou espiritualmente pouco desenvolvido, os Chakras reclamam muita cautela, e isso é particularmente delicado no que diz respeito aos centros inferiores, pois as energias que os acionam são de caráter negativo e se ligam à parte densa do Homem, ao seu lado mais animal e primitivo. Tais forças, assim como as positivas, encontram-se livres no Universo e podem ser captadas voluntária ou acidentalmente, já que o corpo humano é uma verdadeira antena e que funciona não apenas para emitir como – e principalmente – para receber energia. E essa energia pode ser de qualquer ordem, quer positiva ou negativa, fluida ou densa, pois estamos imersos em energia e com ela interagimos o tempo todo. O Avental, cujo uso se liga a costumes antiqüíssimos relatados não apenas na Bíblia, quando Moisés instruiu os hebreus para que tivessem os rins cingidos na noite da libertação do jugo egípcio, por exemplo, mas nos mistérios persas, na Grécia cerca de 40 séculos antes de Cristo, no Hindustão ou nas Américas, tem a finalidade de isolar e 6 - "avental Maçônico significado de poderes " Ir Antonio Carlos de Souza Godoi
  • 18. 18 filtrar as vibrações primitivas que atuam no corpo do Homem evitando que seu pensamento seja desviado dos planos superiores para o plano das forças mais densas. Quando isso ocorre, o que não é raro acontecer, cria-se uma fluidez magnética intensamente negativa e, como é óbvio, altamente prejudicial aos trabalhos em Loja. É mistér, portanto, impedir que isso ocorra e o Avental tem a propriedade de fazê-lo desde que devidamente magnetizado e usado corretamente, pois ele possui uma espécie de tela etérea que atravessa seu cinto. Essa tela funciona como uma barreira contra as forças negativas e contra a comunicação prematura entre os planos astral e físico, o que é muito importante para o Aprendiz, embora também para os Companheiros e Mestres, já que ele detém pouco ou nenhum conhecimento sobre este assunto. O Chakra umbilical ou solar é particularmente sensível às forças negativas por estar diretamente ligado ao corpo astral e pode ser facilmente atingido por essas forças se estiver desprotegido. E é exatamente sobre essa região que o cinto atravessa, criando a barreira de isolamento e proteção. Vemos, portanto, que nosso Avental, não importa o grau que detenhamos, merece que lhe dediquemos um especial cuidado. Primeiramente porque temos que honrá-lo como símbolo do Trabalho que eleva e dignifica o Homem em sua trajetória terrena; e em segundo lugar, porque se o tratarmos como merece e deve ser tratado ele será nossa proteção permanente contra as forças maléficas que pululam ao nosso redor e podem ser fácil e rapidamente atraídas por nossos corpos. Se desleixarmos dele, seremos falsos para com o juramento sagrado que fizemos e ele tornar-se-á um frágil barco em um oceano tormentoso, de nada nos valendo.
  • 19. 19 O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk. Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR tempo de estudos e loja em família O Respeitável Irmão Claudio Rodrigues, Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Oriente de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais solicita comentário sobre texto publicado denominado “Pílula Maçônica” abordando o Tempo de Estudos e Loja em Família. voclarodrix@yahoo.com.br Loja “em família” no Tempo de Estudos. No R.:E.:A.:A.: está virando tradição, no Tempo de Estudos, quando se faz a apresentação das peças de arquitetura, os Obreiros da Loja se reunirem no Ocidente. Ali, o palestrante apresenta seu Trabalho, ao fim do qual, perguntas e comentários são feitos a respeito do tema apresentado. Desse modo, de maneira mais racional e com melhor aproveitamento de tempo, o Venerável Mestre bate o Malhete e declara estar a Loja “em família” a partir daquele momento. Nessa situação, os Obreiros podem pedir a palavra diretamente ao Venerável Mestre para comentar o Trabalho, sem ter que cumprimentar as Autoridades Maçônicas e os Vigilantes. Permite também, que a palavra volte ao mesmo Obreiro, quantas vezes o Venerável Mestre desejar. O debate torna-se fecundo e todos aproveitam muito mais, pois não há perda de tempo com os cumprimentos. Considerando que, para determinados assuntos, 30 a 45 minutos é muito pouco para um bom aproveitamento, nessa alternativa tem-se um melhor rendimento. Findo o debate, o Venerável bate o Malhete, dizendo estar “em Loja”, novamente. Devemos deixar claro que é diferente de colocar a Loja “em recreação”, típico do Rito de York, onde os Obreiros saem da Loja e há uma “ritualística” controlando todo o acontecimento. Inclusive, as finalidades são diferentes. (a) MI Alfério Di Giaimo Neto. 7 - Perguntas & Respostas
  • 20. 20 CONSIDERAÇÕES: Esse termo “em família” é inexistente e enxertado para tentar justificar um desrespeito àquilo que exara um ritual regularmente aprovado. Mesmo na tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito o tal termo não é regular. O engraçado mesmo da designação “em família” é a justificativa para um ato como se os Irmãos reunidos em Loja aberta e procedendo com as práticas litúrgicas e ritualísticas não fossem considerados como uma família maçônica. Uma Loja Maçônica somente seria uma família quando fosse declarada em família? Ou estar em família significa não cumprir o ritual? Regra e costume de um Rito devem ser implacavelmente cumpridos. Mesmo no debate, se ele exige o giro da palavra, esta tem o objetivo de disciplinar as ações em Loja. Ninguém ao solicitar a palavra precisa necessariamente “cumprimentar” as Luzes e autoridades presentes, até porque esse procedimento costumeiro não é cumprimento, senão a menção clássica de alguns cargos ocupados. Nesse particular o usuário da palavra não precisa mencionar uma infinidade de nomes e cargos antes do seu pronunciamento. Para tal bastaria a seguinte menção: “Luzes, autoridades presentes, meus Irmãos”. Em assim se procedendo, certamente haveria uma ampla restrição na tal “grande perda de tempo” - não devemos entortar a boca pelo mau hábito do uso do cachimbo. Penso que assuntos e peças de arquitetura que mereçam debate deveriam ser previamente agendados e se possível com precedentes em reuniões sem abrir a Loja. Poder-se-ia decorrer ao debate em uma Sessão Administrativa, ou de Instrução. Se as instruções e os debates venham porventura merecer votação, então que o resultado destes seja apresentado na Ordem do Dia de uma sessão em Loja aberta para a competente aprovação. Agora, descumprir ritual para melhor aproveitamento tempo é o mesmo que dar mais valor ao molho do que à carne. Outro aspecto interessante na “pílula” é o termo “está virando tradição”. Esse é um pensamento equivocado no meu entendimento, até porque não é de boa geometria considerar descumprimento de ritual com virar tradição. Se no rito existe o giro da palavra, certamente nele há um conteúdo doutrinário. Para não se ferir esse princípio em nome da “perda de tempo”, basta que a instrução, ou dela outros afins, seja minuciosamente programada. Existem as instruções do grau que em merecendo explicações que as completem podem ser perfeitamente divididas e programadas por tópico para o debate em várias sessões, porém obedecendo sempre a forma de costume. Ainda na questão de “perda de tempo” o que tem contribuído, e muito, para esse acontecimento são os intermináveis assuntos mal conduzidos e mal colocados nas Ordens do Dia das nossas sessões. Palavreados inócuos e repetitivos, isso quando o assunto nem mesmo é peculiar ao período. Geralmente o resultado dessa sim “perda de tempo” é aquele monstrinho – pelo adiantado da hora vamos suspender o período de instrução. No que diz respeito à abordagem do Rito de York, cujo nome correto seria o Trabalho de Emulação, este de fato possui outro procedimento. Aliás, não só esse Trabalho, porém todo o “working” do Craft inglês (na Inglaterra não se reconhecem “ritos”, senão “trabalhos”), pois o costume é completamente
  • 21. 21 diferente sendo que lá não existe o giro da palavra e as sessões somente são abertas por finalidade. Os assuntos são apresentados nos respectivos “levantamentos”. Quando há uma instrução sobre a “tracing board” (Tábua de Delinear), por exemplo, a Loja é colocada “em descanso” pelo Mestre da Loja, ilustrando-se que o Esquadro e o Compasso colocados sobre o Livro da Lei Sagrada ficam posicionados sobre a página da direita, não no centro do Livro. Nessa oportunidade, sem desfazer a composição desses instrumentos, o Mestre da Loja fecha o Livro para o período de descanso. Terminada a explanação o Livro é aberto novamente para a continuidade dos trabalhos. Nesse caso tudo ocorre dentro da Sala da Loja. Já para a “recreação” existe outra forma de procedimento, quando os Irmãos se retiram temporariamente da Sala por um tempo pré- determinado para diversos afins, inclusive debates instrutivos acompanhados por uma refeição. Ratificando: 1 - Os ritos que demandam nos seus costumes do giro da palavra, devem rigorosamente cumpri-lo, inclusive nos períodos de instrução, de tal modo que se houver necessidade da volta da mesma, o Venerável tem essa prerrogativa, desde que o seu retorno obedeça novamente ao giro completo (sul, norte e oriente). 2 – O termo “em família” é inexistente no Rito Escocês Antigo e Aceito. É prática ilegal e deve ser coibida pelo Orador. 3 – Práticas equivocadas não devem ser observadas sob a alegação de “está se tornando tradição”. O erro sem reparo acaba sim por se tornar consuetudinário, todavia quando dele se exige uma explicação na “tradição, uso e costume do Rito” a resposta é muito pouco satisfatória - “para melhor aproveitamento de tempo”. 4 – O melhor aproveitamento de uma instrução está na forma de como organiza-la e, maçonicamente, seja desprovida de opiniões pessoais. 5 – No mérito, há que se considerar se a instrução é verdadeiramente maçônica, ou mesmo se o assunto é de interesse da Sublime Instituição. Finalizando: a regra principal é cumprir aquilo que está legalmente aprovado. Se porventura existirem rituais em vigência que preveem “Loja em família”, mesmo não mudando as minhas convicções, reitero a sua irrestrita observação. Infelizmente, dentre tantos, equívoco como esse tem contribuído ao longo dos tempos para que o belíssimo Rito Escocês Antigo e Aceito tenha sido figuradamente denominado como uma colcha de retalhos. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com JULHO/2013. Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com ) Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 22. 22 Loja Professor Otávio Rosa Foi realizada ontem (sábado), Sessão Magna de Iniciação na Loja Professor Otávio Rosa (Rito Adonhiramita). A cerimônia foi realizada no Templo localizado na Fazenda Paraíso da Serra, São Pedro de Alcântara. Foram iniciados os irmãos André Luiz Scharf (Carlos Campos); André Orlandi Bento (Pilates); Djeison Vargas (Eloi Vargas e Luiz Fernando da Silva Filho (Raul). Ao final da Sessão a Loja prestou homenagem aos aniversariantes do mês e homenageou o JB News pela sua milésima edição, com descerramento de uma placa alusiva em sua galeria, na Sala dos Passos Perdidos. Confira as fotos: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaProfOtavioRos aSessaoMagnaDeIniciacao13Julho2013?authkey=Gv1sRgCL2Jn- 7ijMq7mwE# 8 - destaques jb
  • 23. 23 Ninguém resistiu quando os dois pais colocaram os aventais nos filhos André e Luiz Fernando.
  • 24. 24 Rádio Sintonia 33 & JB News- Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal Acesse o site abaixo e fique com a boa música 24 horas no ar. www.radiosintonia33.com.br Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal 1 - Não Esqueça De Respirar....!!! http://www.youtube.com/watch_popup?v=5hIc2ODfRxQ 2 - Acesse O Youtube Abaixo: http://www.youtube.com/embed/Kmy5kW3rWJU 3 - Para quem sabe apreciar: http://youtu.be/XfRruFmVRr0
  • 25. 25 O Ir Sinval Santos da Silveira, Grande Orador da GLSC escreve aos domingos neste espaço Conto poético: CAMPO GRANDE A terra traz o cheiro do amor, a efervescência da amizade, e o calor de um povo trabalhador ! Beleza morena, orgulho deste País. A felicidade reside naquele pedaço de lugar. O abraço caloroso da sua gente, o sorriso franco fechando a cortina
  • 26. 26 e inocente, semeiam o mais puro amor. Naquela tarde ensolarada, quase ontem, olhava admirado o sol, preguiçoso, procurando o seu berço para se recolher. Indescritível, meu Deus ! É uma cena para ser guardada no coração, mas Jamais descrita, por melhor que seja o aventureiro poeta. De repente, a natureza se cala, e a Cidade silencia... O cenário muda de cor. O vento fala de amor, em todas as direções, e o perfume das flores, é passageiro do infinito. Uma carinhosa gargalhada, vinda de um céu vestido de azul, não me deixa, sequer, respirar. Meu coração, acelerado pela emoção, não consegue acreditar no que os olhos estão a lhe mostrar. Um lindo casal de araras passa sobre mim, num voo gracioso, e generoso, dando-me as boas vindas. Não precisava de mais nada, para entender que me encontrava no paraíso, às portas do sagrado. Ah, Campo Grande, a felicidade mora por aí, mas uma doce saudade, já me persegue por aqui ! Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC
  • 27. 27