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Jornais escolares e a promoção
   da literacia cívica e mediática

Congresso "Literacia, Media e Cidadania | 25 e 26 de Março de 2011
                    | Universidade do Minho




                                    MARIA JOSÉ BRITES
                                      CIMJ, FCT E ULP
Enquadramento teórico

“Um jornal escolar não está, não pode estar, não deve estar ao
serviço de uma pedagogia escolástica que lhe diminua o alcance.
Deve estar, sim, à medida de uma educação que, pela vida, prepara
para a vida.” (Freinet, 1974: 78).

Vantagens da utilização da imprensa na escola: pedagógico-
didáctico (trabalho na sala de aula); sócio-pessoal (cooperação
entre os alunos e sequente reflexão em torno de causas); macro
(relação da escola com o exterior). Compreensão do mundo e
procura de formas de intervenção (Pinto, 1995: 40).

O jornalismo como fonte primária de acesso ao debate político no
espaço público (Buckingham, 2006: 218). Assuntos sobre educação
poderem constituir ligações entre a micropolítica do dia-a-dia e a
macropolítica institucional (Buckingham , 2006: 34).
Contexto português

“Animados pelos ventos da liberdade, alunos, professores
e escolas avançaram, podemos mesmo dizer, em força
para o jornalismo escolar, com o aparecimento de
variados títulos, mesmo mais do que um na mesma
escola, defendendo sectores e ideias diferentes, entre os
quais destacamos diversos títulos da responsabilidade
exclusiva de alunos” (Gonçalves, 2007: 1956).

Projecto Público na Escola (1990);
Projecto de Educação para os Media (Castelo Branco,
2007-2011);
N@escolas Projecto Educativo, do Diário de Notícias;
MEDIALAB (Jornal de Notícias e Diário de Notícias).
Considerações metodológicas

13 entrevistas semi-estruturadas com jovens que participam em
jornais escolares, realizadas no âmbito de um projecto de
doutoramento.
34 artigos de opinião (de alunos) publicados em 14 jornais que
participaram no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido
pelo Público (2008/2009) intitulado: “Por que é que a política
também é para nós?”

Questões de fundo:
  Como é que esta inter-relação com os media em espaço escolar pode contribuir
  para a construção de uma relação entre os alunos e a cultura cívica?
  Em que contextos, nomeadamente entre pares e na família, os jovens se
  habituam a falar de notícias?
  A participação nos media noticiosos implica uma forte relação com o digital?
A actualidade
            como fonte de preocupação cívica

“A crise económica vem influenciar tudo, monopoliza praticamente todas as
decisões do governo. A forma como o governo está a lidar com ela… é uma opção,
eu pessoalmente não tenho uma decisão formada, mas pelo que tenho visto é uma
boa opção.” (rapaz, 18 anos)
“Talvez o desemprego. Não só por parte dos adultos mas também por parte dos
jovens, até por uma perspectiva de futuro. Também por causa da minha mãe… e
também me preocupa ter um curso e não ter como trabalhar nele.” (rapariga, 16
anos).
“Eu acho que o tema social que me chamou a atenção – porque apesar de já
ocorrer há muitos anos só agora está a ser aprofundado – é o Bullying nas
escolas. Acho que isso é importante porque é uma realidade que já existe há
muitos anos. Mas só agora é que se descobriram casos que foram à televisão.”
(rapariga, 16 anos)

                       “Desinteresse dos jovens pela política” (título, rapaz)
    “Tantas reformas educativas, tanta preocupação com a educação sexual,
tanta valorização do conceito da palavra Cidadania, […] mas de educação política
       nada. Será que os actuais políticos têm medo de nos abrir os olhos?” (rapaz)
   “Que legitimidade tem alguém que critica sentado no sofá ao ver as notícias, se
  realmente não sabe o que se passa na realidade e nem actua?” (rapaz e rapariga)
Qual a importância do jornal escolar
                para os próprios alunos?


“O jornal é como um treino para a profissão que quero ter. Isso é uma boa
maneira a nível prático para treinar a escrita, que tem de ser treinada, pois há
erros fatais. Mais uma vez reforça a minha participação no grupo escolar, pois
tenho de ir aos acontecimentos, escrever e publicar. Também orienta a minha
opinião pública, porque também faço artigos de opinião.” (rapariga, 16 anos)

“Eu tenho muito jeito para a crítica, faço as crónicas do jornal.” (rapaz, 16
anos)

“… nós agora, na escola, já quase não temos tempo nem vontade para
debater as nossas ideias. O jornal deu para cada um dizer o que achava sobre
cada coisa. Por exemplo, eu escrevia um tema e se alguém não estivesse de
acordo… dava a sua opinião e escrevia. Assim, deu para nos conhecermos
também.” (rapariga, 14 anos)

“…em contextos de sala de aula, tinha de ter cuidado com o sentido do
texto, é sempre preciso um cuidado especial por estarmos numa escola. Não se
pode abrir demasiado os horizontes.” (rapariga, 15 anos)
Quando se fala de notícias

“Ao pequeno-almoço o meu pai chama-me à
atenção para um tema e eu: ‘A sério?!’ E depois
vou à internet e assim tenho mais bases para
discutir com ele.” (rapariga, 15 anos)

“Sinto que muitos colegas não estão a par [das notícias],
principalmente por causa dos pais. Os pais e a família
influencia muito. Quando uma família já não
acredita no sistema político, os jovens
apreendem isso tudo e acabam por, eles mesmo,
terem essa atitude perante a vida política.”
(rapariga, 15 anos)
A participação nos media
                         e a relação com o digital

“Como pró-actividade colocar uma notícia no Facebook. No outro dia fiz isso (a
propósito do casamento homossexual) e estive três a horas a responder a
comentários. Fiz um comentário simples de duas ou três linhas, entraram logo dois
comentários, eu fui respondendo, e a entrar num debate online, com pessoas que
eram minhas amigas no Facebook. Viram o comentário e responderam. Até
chegámos a combinar um café para discutirmos aquilo.” (rapaz, 18 anos)

“Não é blogue pessoal [é de uma juventude partidária], é um blogue vocacionado
para os jovens do ensino secundário e é um blogue onde expomos os nossos pontos
de vista, o que mais nos preocupa. É um sítio com ligação aos ideais da juventude,
mas não é condicionado.” (rapariga, 15 anos)

                                            http://digital_inclusion.up.pt/index_files/Page420.htm
(Projecto Inclusão e participação digital. Comparação de trajectórias de uso de meios digitais por diferentes
  grupos sociais em Portugal e nos Estados Unidos decorre do Programa UTAustin|Portugal, através de uma
parceria entre as Universidades de Austin, Nova de Lisboa e do Porto (refª UTAustin|Portugal/CD/016/2008.
          É coordenado por Cristina Ponte (FCSH-UNL), José Azevedo (FL-UP) e Joseph Straubhaar (UTA)).
Notas conclusivas

A possibilidade de fazer parte de um jornal escolar é tida como uma oportunidade
de se prepararem para serem jornalistas e também de terem uma voz na
comunidade escolar, e mesmo de serem reconhecidos nessa comunidade.
Jornais com actuação mais forte dos professores – alunos sentem que expressam
menos livremente as suas opiniões.
Participação em outros projectos jornalísticos fora da comunidade escolar: jovens
que também têm compromissos políticos vincados.

                                       ↓

É importante promover jornais escolares principalmente feitos por alunos.

Pontes entre projectos em papel e online.

Favorecimento das ligações a media noticiosos fora da comunidade escolar.

Promoção da notícia no espaço familiar.
Obrigada!



                                      Maria José Brites
                                      CIMJ, FCT e ULP
                            britesmariajose@gmail.com
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Jornais escolares promovem literacia cívica e mediática

  • 1. Jornais escolares e a promoção da literacia cívica e mediática Congresso "Literacia, Media e Cidadania | 25 e 26 de Março de 2011 | Universidade do Minho MARIA JOSÉ BRITES CIMJ, FCT E ULP
  • 2. Enquadramento teórico “Um jornal escolar não está, não pode estar, não deve estar ao serviço de uma pedagogia escolástica que lhe diminua o alcance. Deve estar, sim, à medida de uma educação que, pela vida, prepara para a vida.” (Freinet, 1974: 78). Vantagens da utilização da imprensa na escola: pedagógico- didáctico (trabalho na sala de aula); sócio-pessoal (cooperação entre os alunos e sequente reflexão em torno de causas); macro (relação da escola com o exterior). Compreensão do mundo e procura de formas de intervenção (Pinto, 1995: 40). O jornalismo como fonte primária de acesso ao debate político no espaço público (Buckingham, 2006: 218). Assuntos sobre educação poderem constituir ligações entre a micropolítica do dia-a-dia e a macropolítica institucional (Buckingham , 2006: 34).
  • 3. Contexto português “Animados pelos ventos da liberdade, alunos, professores e escolas avançaram, podemos mesmo dizer, em força para o jornalismo escolar, com o aparecimento de variados títulos, mesmo mais do que um na mesma escola, defendendo sectores e ideias diferentes, entre os quais destacamos diversos títulos da responsabilidade exclusiva de alunos” (Gonçalves, 2007: 1956). Projecto Público na Escola (1990); Projecto de Educação para os Media (Castelo Branco, 2007-2011); N@escolas Projecto Educativo, do Diário de Notícias; MEDIALAB (Jornal de Notícias e Diário de Notícias).
  • 4. Considerações metodológicas 13 entrevistas semi-estruturadas com jovens que participam em jornais escolares, realizadas no âmbito de um projecto de doutoramento. 34 artigos de opinião (de alunos) publicados em 14 jornais que participaram no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo Público (2008/2009) intitulado: “Por que é que a política também é para nós?” Questões de fundo: Como é que esta inter-relação com os media em espaço escolar pode contribuir para a construção de uma relação entre os alunos e a cultura cívica? Em que contextos, nomeadamente entre pares e na família, os jovens se habituam a falar de notícias? A participação nos media noticiosos implica uma forte relação com o digital?
  • 5. A actualidade como fonte de preocupação cívica “A crise económica vem influenciar tudo, monopoliza praticamente todas as decisões do governo. A forma como o governo está a lidar com ela… é uma opção, eu pessoalmente não tenho uma decisão formada, mas pelo que tenho visto é uma boa opção.” (rapaz, 18 anos) “Talvez o desemprego. Não só por parte dos adultos mas também por parte dos jovens, até por uma perspectiva de futuro. Também por causa da minha mãe… e também me preocupa ter um curso e não ter como trabalhar nele.” (rapariga, 16 anos). “Eu acho que o tema social que me chamou a atenção – porque apesar de já ocorrer há muitos anos só agora está a ser aprofundado – é o Bullying nas escolas. Acho que isso é importante porque é uma realidade que já existe há muitos anos. Mas só agora é que se descobriram casos que foram à televisão.” (rapariga, 16 anos) “Desinteresse dos jovens pela política” (título, rapaz) “Tantas reformas educativas, tanta preocupação com a educação sexual, tanta valorização do conceito da palavra Cidadania, […] mas de educação política nada. Será que os actuais políticos têm medo de nos abrir os olhos?” (rapaz) “Que legitimidade tem alguém que critica sentado no sofá ao ver as notícias, se realmente não sabe o que se passa na realidade e nem actua?” (rapaz e rapariga)
  • 6. Qual a importância do jornal escolar para os próprios alunos? “O jornal é como um treino para a profissão que quero ter. Isso é uma boa maneira a nível prático para treinar a escrita, que tem de ser treinada, pois há erros fatais. Mais uma vez reforça a minha participação no grupo escolar, pois tenho de ir aos acontecimentos, escrever e publicar. Também orienta a minha opinião pública, porque também faço artigos de opinião.” (rapariga, 16 anos) “Eu tenho muito jeito para a crítica, faço as crónicas do jornal.” (rapaz, 16 anos) “… nós agora, na escola, já quase não temos tempo nem vontade para debater as nossas ideias. O jornal deu para cada um dizer o que achava sobre cada coisa. Por exemplo, eu escrevia um tema e se alguém não estivesse de acordo… dava a sua opinião e escrevia. Assim, deu para nos conhecermos também.” (rapariga, 14 anos) “…em contextos de sala de aula, tinha de ter cuidado com o sentido do texto, é sempre preciso um cuidado especial por estarmos numa escola. Não se pode abrir demasiado os horizontes.” (rapariga, 15 anos)
  • 7. Quando se fala de notícias “Ao pequeno-almoço o meu pai chama-me à atenção para um tema e eu: ‘A sério?!’ E depois vou à internet e assim tenho mais bases para discutir com ele.” (rapariga, 15 anos) “Sinto que muitos colegas não estão a par [das notícias], principalmente por causa dos pais. Os pais e a família influencia muito. Quando uma família já não acredita no sistema político, os jovens apreendem isso tudo e acabam por, eles mesmo, terem essa atitude perante a vida política.” (rapariga, 15 anos)
  • 8. A participação nos media e a relação com o digital “Como pró-actividade colocar uma notícia no Facebook. No outro dia fiz isso (a propósito do casamento homossexual) e estive três a horas a responder a comentários. Fiz um comentário simples de duas ou três linhas, entraram logo dois comentários, eu fui respondendo, e a entrar num debate online, com pessoas que eram minhas amigas no Facebook. Viram o comentário e responderam. Até chegámos a combinar um café para discutirmos aquilo.” (rapaz, 18 anos) “Não é blogue pessoal [é de uma juventude partidária], é um blogue vocacionado para os jovens do ensino secundário e é um blogue onde expomos os nossos pontos de vista, o que mais nos preocupa. É um sítio com ligação aos ideais da juventude, mas não é condicionado.” (rapariga, 15 anos) http://digital_inclusion.up.pt/index_files/Page420.htm (Projecto Inclusão e participação digital. Comparação de trajectórias de uso de meios digitais por diferentes grupos sociais em Portugal e nos Estados Unidos decorre do Programa UTAustin|Portugal, através de uma parceria entre as Universidades de Austin, Nova de Lisboa e do Porto (refª UTAustin|Portugal/CD/016/2008. É coordenado por Cristina Ponte (FCSH-UNL), José Azevedo (FL-UP) e Joseph Straubhaar (UTA)).
  • 9. Notas conclusivas A possibilidade de fazer parte de um jornal escolar é tida como uma oportunidade de se prepararem para serem jornalistas e também de terem uma voz na comunidade escolar, e mesmo de serem reconhecidos nessa comunidade. Jornais com actuação mais forte dos professores – alunos sentem que expressam menos livremente as suas opiniões. Participação em outros projectos jornalísticos fora da comunidade escolar: jovens que também têm compromissos políticos vincados. ↓ É importante promover jornais escolares principalmente feitos por alunos. Pontes entre projectos em papel e online. Favorecimento das ligações a media noticiosos fora da comunidade escolar. Promoção da notícia no espaço familiar.
  • 10. Obrigada! Maria José Brites CIMJ, FCT e ULP britesmariajose@gmail.com http://digital_inclusion.up.pt/index_files/Page420.htm