1. História de Egipto
Mapa de Egipto
O território do Egipto fica no Nordeste de África, ocupando o vale do Nilo,
entre os desertos da Arábia e da Líbia. É o rio Nilo, com as suas cheias
periódicas e constantes, que alagam as margens numa vasta extensão, que
fertiliza esta zona, além de servir de via de comunicação. Para melhor
aproveitar o dom do Nilo, os Egípcios construíram diques e canais. Estas
condições favoráveis à agricultura propiciaram que aqui surgisse, por 3500 a.
C., uma nova civilização agrária, em que se cultiva o trigo, a cevada, o
milho-miúdo, o linho, a vinha, os legumes, a oliveira, o papiro, além de
também se dedicarem à criação de gado. Com o desenvolvimento da
agricultura foram crescendo os excedentes, o que veio fomentar o comércio
com os vizinhos. A madeira e os metais eram os principais objectos de troca.
O rio Nilo era a principal via de comunicação com o exterior. Politicamente,
por 3500 a. C., o Egipto estava dividido em vários pequenos reinos, os
nomos. Dá-se então a tomada dos mais pequenos pelos maiores, vindo a
culminar na formação de dois reinos: o do Alto Egipto, a sul, e o do Baixo
Egipto, na região do Delta. Por 3100 a. C., Menés, rei do Alto Egipto,
conquista o Baixo Egipto, dá-se a unificação do Egipto e surge o Império,
sob o governo do faraó, que passa a ser a única autoridade. Transforma o
Egipto numa monarquia teocrática, pois o faraó é considerado um deus. O
faraó tem um poder sagrado e um poder absoluto, pois é o chefe político,
militar e religioso. O Império manter-se-á até à conquista do Egipto por
Alexandre Magno, em 323 a. C., sucedendo-se cerca de 30 dinastias. O
Império Antigo mantém-se até 2130 a. C., em que se dá a estabilização do
poder. Fixa-se a escrita, constroem-se as famosas pirâmides de Quépis,
Quéfren e Miquerinos. Segue-se o Império Médio, até cerca de 1580 a.
C., uma época de esplendor e luxo. A capital fixa-se em Mênfis. Na parte
final há a invasão dos Hicsos, começando a sua decadência. Por 1580 a. C.
Começa o Império Novo, após a expulsão dos Hicsos. Nova fase de
esplendor, construindo-se inúmeros túmulos, templos e outras obras de arte.
2. A capital é Tebas. É deste período o famoso faraó Ramsés II. Após várias
invasões, é com Alexandre, por 323 a. C., que o Egipto é anexo ao
Império Helénico. Politicamente, por 3500 a. C., o Egipto estava dividido
em vários pequenos reinos, os nomos. Dá-se então a tomada dos mais
pequenos pelos maiores, vindo a culminar na formação de dois reinos: o do
Alto Egipto, a sul, e o do Baixo Egipto, na região do Delta. Por 3100 a.
C., Menés, rei do Alto Egipto, conquista o Baixo Egipto, dá-se a unificação
do Egipto e surge o Império, sob o governo do faraó, que passa a ser a única
autoridade. Transforma o Egipto numa monarquia teocrática, pois o faraó é
considerado um deus. O faraó tem um poder sagrado e um poder absoluto,
pois é o chefe político, militar e religioso.
Geografia do Egipto
O Egipto cobre uma superfície de 997.739 km ². Menos de 10 p. 100 do
território é habitado e cultivado. Trata-se do vale e o delta Nilo, ao qual
acrescentam-se oásis ocidental. O resto do país é constituído de zonas
desérticas. Ao oeste estende-se, pelos dois terços do país, o deserto
Libyque, prolongando o Sara. Formado de bandejas de fraca altitude e talher
de dunas de areia elevadas de 300 à 400 m, seria totalmente inospitaleiro
se não for escavado de depressões o profundo cujo - a de Kattara, ao norte
- situa-se à 133 m abaixo do nível do mar e cobre 18.000 km ². Do norte
ao Sul sucedem-se as de Ouadi Natroum, o Fayoum, Baharieh, de Farafreh,
de Sioua, Dakhleh e Khargeh. Sobre a margem oriental Nilo, o deserto
Arábico descansa sobre um fragmento da placa continental africana
aumentado em cercadura do mar Vermelho e o golfo de Suez pelo jogo da
tectónica das placas. Cria-se desde o vale Nilo até à uma altitude de 610 m
3. ao leste e hérisse, ao longo da costa do mar Vermelho, PIC abrupto e
déchiquetés culminante à 2.000 m de altitude. Extremo ao Sul, ao longo da
fronteira com o Sudão, o deserto Nubie é uma vasta região de dunas e
planícies de areia. Sinai, enquadrado pelos fossos tectónicos de Suez e de
Aqaba e estado unido ao deserto Arábico pelo istmo de Suez, é constituído,
na sua parte setentrional, de uma extensão arenosa, que se prolonga por uma
bandeja central (1 000 m). A ponta da península é dominada por
montanhas rochosas (monte Sinai) que culminam mais de 2.000 m (monte
Moïse, 2.637 m e Jabal Katharina, 2.642 m).
Os rios de Egipto
Nilo, cujas cheias regulares fertilizados as terras egípcias desde milénios e
permitiram o povoamento desta região desértica, penetra no Egipto pelo
Sudão e sobe para o norte dos 1.280 km para lançar-se no Mar
Mediterrâneo. Sobre qualquer seu comprimento, desde a fronteira do sul até
a Cairo, escavou um estreito vale, bordado de penhascos. O lago Nascer,
imenso tanque de retenção da elevada barragem Assoam, estende-se para
além da primeira catarata, dos cerca de 480 km de longo e 16 km no seu
ponto mais largo. Ao Sul da cidade de Edfou, o vale Nilo excede raramente
3.000 m de largo. De Edfou subindo para Cairo, a sua amplitude média é
de 23 km, e as terras aráveis situam-se essencialmente sobre a margem
ocidental. O rio ramifie seguidamente para formar um vasto delta (24 000
km2), cimenta na forma de leque, dos 250 km até costa à mediterrânica.
Limou, depositado Nilo Rosetas (Rashid em árabe), Nilo de Damiette
(Dumyat em árabe) e os outros braços do rio, fez desta região, chamada
Baixo Egipto, mais fértil do país. Contudo, a barragem Assoam reduziu o
4. débito Nilo, provocando a erosão das terras costeiras pelas águas salgadas do
Mar Mediterrâneo e um sal insistiu dos solos. Quatro lagos de água salobra
pouco profundos limitam a costa do delta. Outro lago mais importante, o
Birket el-Keroun, é situado dentro das terras.
O clima de Egipto
O clima é desértico quente na maior parte do país. As precipitações são
muito escassas e as temperaturas são moderadas no Inverno e bastante
elevadas no Verão. Com excepção da cercadura litoral que se inscreve na
zona climática mediterrânica, o Egipto é apresentado ao clima tropical árido,
caracterizado por uma estação quente, Maio de ta em Setembro, e uma
estação fresca, Novembro de ta em maro. Na região costeira, as
temperaturas variam um máximo de 37,2 ° um mínimo de 13,9 °. O
contraste térmico entre o dia e a noite particularmente é marcado nas
regiões desérticas (máximo diurna de 45,6 °, mínimo nocturno de 5,6 °; o
inverno, a temperatura diurna pode cair à 0°). Região mais húmida
encontra-se ao longo da costa mediterrânica, onde as precipitações anuais
médias atingem 200 Srs. Este número diminui rapidamente para o Sul dado
que Cairo recebe apenas 25 mm por ano enquanto, em certas partes
desérticas, pode não chover cada cinco ou dez anos.
A economia de Egipto
5. Grande parte das riquezas do país encontra-se nas reservas minerais de
ferro, petróleo, gás natural, fosfatos, sal e argila. Cerca de 70% da
indústria está nacionalizada, sendo dominante a actividade associada ao
petróleo e ao gás natural. O investimento estrangeiro tem permitido a
realização de vários projectos económicos. A agricultura ocupa 40% da
população e representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB), englobando
a cana-de-açúcar, o milho, o tomate, o trigo, a laranja, o sorgo e o algodão.
Mas, como a taxa de natalidade é muito alta, o país tem necessidade de
importar vários bens alimentares. Os principais parceiros comerciais do Egipto
são
os
EUA,
a
Itália
e
Alemanha.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, pear capita,
(toneladas métricas, 1999) é de 2,0.
A população do Egipto
população é de 78 887 007 habitantes (2006), o que corresponde a
uma densidade populacional de 77,39 hab. /Km2. As taxas de natalidade e
de mortalidade são, respectivamente, de 22,94%o e 5,23%o. A esperança
média de vida é de 71,29 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento
Humano (IDH) é de 0,648 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado
ao Género (IDG) é de 0,634 (2001). Os habitantes do país reflectem um
conjunto de características físicas homogéneas que são o resultado da mistura
dos Camitas (egípcios, etíopes e líbios) com os Semitas. A nível religioso, os
muçulmanos sunitas destacam-se, constituindo 90% da população, enquanto
A
6. os cristãos se encontram representados na sociedade com apenas 10%. Há
quase treze séculos que a língua falada no país é o árabe. Em 2005,42 p.
100 dos Egípcios eram citadinos. A população do Cairo era de 10,8 milhões
de habitantes em 2003. A capital egípcia, no seu crescimento, absorveu a
cidade Gizeh, centro industrial e sítio arqueológico prestigioso. Todas as
outras cidades de importância situam-se sobre as costas: Alexandria, o
grande porto egípcio, e Port-Saïd, à entrada do canal de Suez, são banhados
pelo Mar Mediterrâneo. Suez encomenda a extremidade do sul do canal.
A vegetação do Egipto
O delta, no vale Nilo e oásis, palma é árvore mais larga. Sycomores,
tamarindeiros, acácias e cargueiros fazem igualmente parte das espécies
endémicas. O cipreste, o olmo, o eucalipto, o mimoso, bem como diversas
árvores fruidores foram introduzidos pelo homem. Nas regiões áridas, único
epigeus opõem-se à ausência de precipitações. O papiro, anteriormente muito
largo sobre as margens Nilo, limita-se agora extrema ao Sul do país. A fauna
egípcia é variada pouco. Gazelles, feneces, hyènes e chacal povoam os
desertos. Burros selvagens, sangues e mangastes encontram-se nas
montanhas que limitam o mar Vermelho. O crocodilo e hipopótamo,
anteriormente largos em todo o vale Nilo, doravante são acantonados elevado
no vale Nilo. O país conta cerca de três cem espécies de pássaros. Uma
centena de espécies de peixes pesca-se em Nilo e os lagos do delta.
A cidade de Alexandria
7. Cidade do Egipto, fundada em 332 a. C. Por Alexandre Magno. Localizase 22 quilómetros a oeste do delta do rio Nilo, numa língua de terra que
separa o lago Mareais do Mar Mediterrâneo. Foi a seu tempo uma das mais
conhecidas e importantes cidades egípcias, tendo sido erguido nas suas
proximidades, precisamente no extremo noroeste da ilha de Faros e por
iniciativa de Ptolomeu II, o primeiro farol conhecido. Em conjunto com Roma
e Antioquia, formou uma tríade das mais grandiosas cidades da Antiguidade,
sobretudo fruto do estímulo e do contributo de Alexandre e do Ptolomeu,
representando igualmente a cultura e literatura gregas, manifestas de forma
efectiva na Biblioteca e Escola de Alexandria. A sua biblioteca foi, aliás, a
mais célebre da Antiguidade mas acabou por ser destruída pelos árabes em
868. A sua importância como ponto comercial foi significativa, sobretudo com
a exportação de cereais, tendo inclusive dinamizado a produção industrial,
através dos tecidos, papel e cristais, conseguindo, assim, um destaque
significativo durante a dominação romana. É actualmente um grande porto e o
centro industrial da região. Alexandria é a segunda maior cidade do Egipto,
com uma população de cerca de 3.300.000 habitantes(1996).
Em 2002, após várias destruições ao longo dos séculos, foi inaugurada a
Biblioteca de Alexandria, importante complexo cultural que inclui, para além
de várias bibliotecas, áreas museológicas, centros internacionais de
exposições, de investigação, de conferências e um planetário.
Cairo Capital de Egipto
8. Capital do Egipto, junto ao delta do rio Nilo, a 160 km do Mediterrâneo. O
Cairo é a maior cidade de África e do Médio Oriente, tem cerca de 7500
habitantes (em 2006) e a sua área metropolitana atinge os 8250
habitantes (em 2006), que inclui árabes, cristãos coptas, europeus, turcos
e africanos. As indústrias de manufactura de têxteis, cimento, ferro, aço,
óleos vegetais e cerveja, são as principais actividades económicas. Em
Outubro de 1992, um abalo sísmico provocou 500 mortos num subúrbio do
Cairo. Actualmente o Cairo é uma cidade vanguardista, que possui um jornal
semi-oficial al. Abram, muito influente no mundo árabe. No seu património
destaca-se: a mesquita de Ar (643); a mesquita da Universidade de Ele
Azar (972); a mesquita de Muhammad Ali, (século XIX) que situa na
cidadela do século XII; o antigo centra egípcio Mênfis, a 32 km do Cairo; a
Esfinge e as grandes pirâmides, junto a Ele Gusa; a Universidade do Cairo
(1908) e a Universidade de Ein Shams (1950). A cidade foi fundada em
642 d.C., com o nome de Ele Custam. O dirigente Fatimida Gomar, em
1000,
rebaptizou
a
cidade
de
Ala
Caíra.
O Cairo foi a capital da dinastia ayyubid e, em 1100, a sua actual cidadela
foi construída sob a direcção do sultão Paladino. A cidade foi ocupada pelos
mamelucos, entre 1250 e 1517, registando um significativo crescimento
económico, que decaiu após a invasão turca do século XVI. Em 1805, foi
elevada a capital do reino autónomo do Egipto, de Mente Ali. O Cairo inclui
o quartel-general das forças aliadas no Norte de África, durante a II Guerra
Mundial. Inflectia.
O Egipto antigo
9. O território do Egipto fica no Nordeste de África, ocupando o vale do Nilo,
entre os desertos da Arábia e da Líbia. É o rio Nilo, com as suas cheias
periódicas e constantes, que alagam as margens numa vasta extensão, que
fertiliza esta zona, além de servir de via de comunicação. Para melhor
aproveitar o dom do Nilo, os Egípcios construíram diques e canais. Estas
condições favoráveis à agricultura propiciaram que aqui surgisse, por 3500 a.
C., uma nova civilização agrária, em que se cultiva o trigo, a cevada, o
milho-miúdo, o linho, a vinha, os legumes, a oliveira, o papiro, além de
também se dedicarem à criação de gado. Com o desenvolvimento da
agricultura foram crescendo os excedentes, o que veio fomentar o comércio
com os vizinhos. A madeira e os metais eram os principais objectos de troca.
O rio Nilo era a principal via de comunicação com o exterior. Politicamente,
por 3500 a. C., o Egipto estava dividido em vários pequenos reinos, os
nomos. Dá-se então a tomada dos mais pequenos pelos maiores, vindo a
culminar na formação de dois reinos: o do Alto Egipto, a sul, e o do Baixo
Egipto, na região do Delta. Por 3100 a. C., Menés, rei do Alto Egipto,
conquista o Baixo Egipto, dá-se a unificação do Egipto e surge o Império,
sob o governo do faraó, que passa a ser a única autoridade. Transforma o
Egipto numa monarquia teocrática, pois o faraó é considerado um deus. O
faraó tem um poder sagrado e um poder absoluto, pois é o chefe político,
militar e religioso. O Império manter-se-á até à conquista do Egipto por
Alexandre Magno, em 323 a. C., sucedendo-se cerca de 30 dinastias. O
Império Antigo mantém-se até 2130 a. C., em que se dá a estabilização do
poder. Fixa-se a escrita, constroem-se as famosas pirâmides de Quépis,
Quéfren e Miquerinos. Segue-se o Império Médio, até cerca de 1580 a.
C., uma época de esplendor e luxo. A capital fixa-se em Mênfis. Na parte
final há a invasão dos Hicsos, começando a sua decadência. Por 1580 a. C.
Começa o Império Novo, após a expulsão dos Hicsos. Nova fase de
esplendor, construindo-se inúmeros túmulos, templos e outras obras de arte.
10. A capital é Tebas. É deste período o famoso faraó Ramsés II. Após várias
invasões, é com Alexandre, por 323 a. C., que o Egipto é anexo ao
Império Helénico. Politicamente, por 3500 a. C., o Egipto estava dividido
em vários pequenos reinos, os nomos. Dá-se então a tomada dos mais
pequenos pelos maiores, vindo a culminar na formação de dois reinos: o do
Alto Egipto, a sul, e o do Baixo Egipto, na região do Delta. Por 3100 a.
C., Menés, rei do Alto Egipto, conquista o Baixo Egipto, dá-se a unificação
do Egipto e surge o Império, sob o governo do faraó, que passa a ser a única
autoridade. Transforma o Egipto numa monarquia teocrática, pois o faraó é
considerado um deus. O faraó tem um poder sagrado e um poder absoluto,
pois é o chefe político, militar e religioso.
Império Novo
O Império Novo é considerado hoje como uma continuidade, em certa
medida, do Império Médio. Decorreu entre c. 1560 e 1070 a. C.,
correspondendo ao período entre a XVIII e a XX dinastia. Também irradiou
de Tebas, iniciando-se sob o signo da recuperação da identidade egípcia
perdida durante o Segundo Período Intermédio (ou Período dos Hicsos, povo
que invadiu o Delta). É também conhecido como Segundo Império Tebano (o
primeiro foi o Império Médio). O Império Novo celebrou também o Egipto
como, talvez, a maior potência política, militar e económica da segunda
metade do II Milénio a. C. O domínio egípcio estendeu-se a leste até ao
Eufrates, com avanços e recuos, e a sul até à quinta catarata do Nilo, no
reinado de Tunes I, com uma forte presença na região Síria, na Palestina e
na Mesopotâmia ocidental, criando uma situação de alguma prosperidade e
riqueza proveniente do exterior, sendo visível inclusive a presença de
influências estrangeiras nas tradições culturais, na língua e na religião. Os
territórios dominados eram administrados pelo exército egípcio e sobretudo
por funcionários civis, nomeadamente governadores provinciais, os rabisu,
permanecendo muitos centros de população nas mãos de príncipes locais. O
11. panorama de conquista cultural e militar egípcia era visível nas cidades
amuralhadas e nos postos comerciais existentes por quase toda a Núbia. Do
Império Novo chegam-nos nomes como Tunes III e sua rainha e regente,
Hatchepsut, que conduziram o Egipto ao domínio territorial de vastas regiões
até ao Eufrates, além da manutenção das expedições à Síria. Depois, veio a
prosperidade com Amen-hotep (Amenófis) III, pai do polémico e
revolucionário Amen-hotep IV, o faraó que elegeu Aton como deus único e
mudou o seu nome para Akhenaton e também a capital egípcia para
Akhetaton (Amarna), iniciando o período mais peculiar do Império Novo, do
monoteísmo e das reformulações estético-artísticas subjacentes. Do Império
Novo chegam-nos nomes como Tunes III e sua rainha e regente,
Hatchepsut, que conduziram o Egipto ao domínio territorial de vastas regiões
até ao Eufrates, além da manutenção das expedições à Síria. Depois, veio a
prosperidade com Amen-hotep (Amenófis) III, pai do polémico e
revolucionário Amen-hotep IV, o faraó que elegeu Aton como deus único e
mudou o seu nome para Akhenaton e também a capital egípcia para
Akhetaton (Amarna), iniciando o período mais peculiar do Império Novo, do
monoteísmo e das reformulações estético-artísticas subjacentes. A imposição
de Aton como deus único e a supressão dos restantes cultos no seio de uma
sociedade profundamente politeísta provocaram uma crescente hostilidade,
que após a sua morte levou à destruição de monumentos e legados
relacionados com a figura do faraó e do seu deus. Com o jovem Tutankhamon
(suposto filho do herético Akhenaton), repõe-se a antiga ordem egípcia,
abandonando-se Akhetaton e aniquilando-se toda e qualquer memória do
faraó monoteísta. A XIX dinastia começará com Ramsés I, sucedido por Seti
I, que encetou várias campanhas contra a Líbia e a Palestina. Depois veio o
mais longo reinado (67 anos) do Império Novo, com Ramsés II, que faz a
paz com os Atitas, iniciando um período de crescendo económico e alterações
sociais. O seu sucessor, Merenptah, verá o Egipto ser atacado pelos obscuros
Povos do Mar, os quais vence mas não afasta, além dos Líbios. Com a XX
dinastia, surgem novas vagas de Povos do Mar no Egipto, rechaçadas pelo
provavelmente último grande faraó da história do Egipto, Ramsés III, que
não conseguiu, todavia, impedir o enfraquecimento ulterior do mundo egípcio,
fruto do poder crescente do clero, autonomizado cada vez mais, da corrupção
12. e enriquecimento dos funcionários provinciais e do poder militar dos caros
mercenários, que exauriam os cofres dos reis da XX dinastia (e se
insubordinaram), que teve depois de Ramsés III reinados curtos e cheios de
problemas e crises. No fim, com os ricos e poderosos clérigos de Amos,
estalou a guerra civil em Tebas, entre o sumo-sacerdote daquele deus e o
vice-rei da Núbia (uma colónia egípcia). Era a agonia do Império Novo, já
sem os tributos da Síria, da Palestina, da Fenícia, com uma administração
corrupta e vândala, que até pilhava túmulos reais, greves, fomes e tumultos.
E para piorar, até o Nilo, teve caprichos como nunca, com cheias
desreguladas no calendário e caudais incertos, o que significava a fome e a
crise... Mas o Império Novo foi o berço de grandes realizações humanas do
Egipto Antigo e montra da sua civilização. Desde o Vale dos Reis, sepultura
dos faraós deste período, aos templos de Lucsor e Karnak ou Abu Simbel,
não faltam referências artísticas a esta época, muito conhecida pelo pobre e
secundário túmulo de Tutankhamon, hoje mais considerado que outros
similares desaparecidos mas de maior valor e brilho artísticos. A pintura, a
escultura e o relevo, as artes menores e a literatura foram também
soberbamente desenvolvidas e difundidas nesta época. O longo reinado de
Ramsés II foi o mais fecundo período artístico do Império Novo, época de
intercâmbios não apenas económicos mas também culturais, de afirmação do
poder egípcio (protectorados de Cancã, Síria e Fenícia, paz e diplomacia mas
também de animação cultural e religiosa. Depois do Império Novo, nunca mais
o Antigo Egipto se reencontrou aos níveis de civilização que conhecera até à
XX dinastia.
O governo egípcio
13. A constituição da República Árabe do Egipto, de 1971, prevê a existência
de uma Assembleia Popular de uma só câmara, composta por 454 membros
10 nomeados pelo Presidente e 444 eleitos por um mandato de cinco anos,
por intermédio de 222 círculos eleitorais. O Presidente é nomeado pela
Assembleia e depois eleito através de um referendo popular por um mandato
de seis anos, renovável. O Conselho de Ministros e, no mínimo, um vicepresidente são nomeados pelo Presidente. Existe também um Conselho
Consultivo de 210 membros (shura) com os poderes inerentes à sua função.