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QUINCAS
BORBA
PROF. PATRÍCIA FERNANDES
Tempo e espaço
 A história inicia-se em 1867, em Barbacena, MG,
estendendo-se para o Rio de Janeiro, a partir de
1870.
 O desfecho dramático de Rubião é, também,
em Barbacena, alguns anos depois.
NARRADOR
 O principal elemento da estrutura da narrativa
de Machado de Assis é o narrador.
 No livro, também é um personagem dúplice,
narrando em primeira ou terceira pessoa, ele
está fora da narrativa, mas às vezes, assume o
“eu narrado. Ex.: “Este Quincas Borba, se acaso
me fizeste o favor de ler as...”.
 É onisciente, e interfere na história, fazendo
comentários e dirigindo-se ao leitor.
PERSONAGENS
 Quincas Borba – filósofo, amigo de Brás Cubas ( aparece no livro
anterior)
 Quincas Borba – Cão, reprodução de seu dono.
 Rubião – Ingênuo professor que será explorado pelo casal Sofia e
Cristiano
 Sofia – mulher manipuladora, que gosta de ser admirada, possui
“olhos de convite”.
 Cristiano palha – Marido de Sofia, gosta de expor a mulher aos
olhos dos outros.
 Major Siqueira – representa com a filha o desejo por conseguir
ascensão social, que não atingem.
 Tonica – filha major Siqueira, solteirona, interessada em Rubião.
 D. Fernanda- mulher muito conceituada, da alta sociedade,
parente de D. Carlos Maria
 Carlos Maria – jovem da sociedade, casa-se com Maria
Benedita.
 Maria Benedita - prima de Sofia, do interior, sente ciúmes da
prima com Carlos Maria.
 Camacho – jornalista inescrupuloso, sócio de Rubião no jornal
Ataiala.
ENREDO
 É a história de um professor mineiro, Rubião, para
quem o filósofo Quincas Borba deixa todos os
seus bens, com a condição de que o herdeiro
cuide de seu cachorro, também chamado
Quincas Borba.
 Quincas Borba é bajulado por Rubião, que quase
se havia tornado cunhado.
 Já louco, Quincas morre enquanto estava no Rio
de Janeiro.
 Trocando a pacata vida provinciana pela agitação da corte,
Rubião muda-se para o Rio de Janeiro, após a morte de seu
amigo.
 Leva consigo o cão, também chamado de Quincas Borba.
 Durante a viagem de trem para o Rio de Janeiro, Rubião
conhece o casal Sofia e Palha, que logo percebem estar diante
de um rico e ingênuo provinciano.
 Atraído pela amabilidade do casal e, sobretudo, pela beleza de
Sofia, Rubião passa freqüentar a casa deles, confiando
cegamente no novo amigo.
 Palha, este novo amigo, se destaca como um
esperto comerciante e administra a fortuna de
Rubião, tirando parte de seus lucros.
 Com o tempo, Rubião sente-se cada vez mais
atraído por Sofia, com seus “olhos de convite”,
que mantém com ele atitude esquiva,
encorajando-o e ao mesmo tempo impondo
uma certa distância.
 Por outro lado, a ingenuidade de Rubião torna-o presa fácil de
várias outras pessoas interessadas e oportunistas, que se
aproximam dele para explorá-lo financeiramente.
 Aos poucos, acompanhando a trajetória de Rubião, percebe-se
como funciona a engrenagem social da época, como ocorre a
disputa entre as pessoas, as lutas pelo poder político e pela
ascensão econômica da época.
 O romance projeta um quadro também bastante crítico das
relações sociais da época.
 Manipulado por Sofia, depois de algum tempo,
Rubião começa a manifestar sintomas de
loucura, a mesma loucura de que fora vítima o
seu amigo, o filósofo Quincas Borba, de quem
herda a fortuna.
 Acaba sendo internado em um asilo por D.
Fernanda, mas foge e volta para Barbacena.
 Chega na cidade delirando e achando que era Napoleão
Bonaparte, na rua, pega chuva e contrai a tuberculose e morre.
 O cão Quincas Borba, é encontrado morto três dias depois.
 Louco e explorado até ficar reduzido à miséria, o destino trágico
de Rubião exemplifica a tese do Humanitismo.
 “Ao vencedor as batatas”
HUMANITISMO
 Esse Principio de Quincas Borba: nunca há morte,
há encontro de duas expansões, ou expansão de
duas formas.
  
Explicando de uma melhor maneira, criou a
frase: "Ao vencedor às Batatas!", principio este,
que marcou e é o enfoque principal do enredo.
 - "Supõe-se em um campo e duas tribos famintas. As batatas
apenas chegam para alimentam somente uma das tribos, que
assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra
vertente, onde há batatas em abundância; mas se as duas tribos
dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutri-se
suficientemente e morrerão de inanição. A paz, neste caso, é a
destruição; a guerra, é a esperança. Uma das tribos extermina a
outra recolhe os despojos. 
Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações. Se a guerra não
fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se. Ao
vencido, o ódio ou compaixão... Ao vencedor, as batatas !"
 Seguindo a trajetória do Humanitismo, a filosofia
inventada por Quincas Borba, de que a vida é
um campo de batalha onde só os mais fortes
sobrevivem.
 Os fracos e ingênuos, como Rubião, são
manipulados e aniquilados pelos mais fortes e
mais espertos, como Palha e Sofia, que no final,
estão vivos e ricos, tal como dizia a teoria do
Humanitismo.
Cão quincas borba
 O cachorro é um elemento curioso na obra.
Pode-se dizer que o título refere-se a ele, num
mecanismo que engana o leitor – o livro não é,
na verdade, sobre o homem Quincas Borba.
 Pode-se, também, ver no animal uma extensão,
dentro dos próprios ditames do Humanistas, do
princípio do antigo dono. Tanto que algumas
vezes o Rubião tinha preocupações com suas
ações imaginando que o mestre havia
sobrevivido na criatura.

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  • 2. Tempo e espaço  A história inicia-se em 1867, em Barbacena, MG, estendendo-se para o Rio de Janeiro, a partir de 1870.  O desfecho dramático de Rubião é, também, em Barbacena, alguns anos depois.
  • 3. NARRADOR  O principal elemento da estrutura da narrativa de Machado de Assis é o narrador.  No livro, também é um personagem dúplice, narrando em primeira ou terceira pessoa, ele está fora da narrativa, mas às vezes, assume o “eu narrado. Ex.: “Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as...”.  É onisciente, e interfere na história, fazendo comentários e dirigindo-se ao leitor.
  • 4. PERSONAGENS  Quincas Borba – filósofo, amigo de Brás Cubas ( aparece no livro anterior)  Quincas Borba – Cão, reprodução de seu dono.  Rubião – Ingênuo professor que será explorado pelo casal Sofia e Cristiano  Sofia – mulher manipuladora, que gosta de ser admirada, possui “olhos de convite”.  Cristiano palha – Marido de Sofia, gosta de expor a mulher aos olhos dos outros.
  • 5.  Major Siqueira – representa com a filha o desejo por conseguir ascensão social, que não atingem.  Tonica – filha major Siqueira, solteirona, interessada em Rubião.  D. Fernanda- mulher muito conceituada, da alta sociedade, parente de D. Carlos Maria  Carlos Maria – jovem da sociedade, casa-se com Maria Benedita.  Maria Benedita - prima de Sofia, do interior, sente ciúmes da prima com Carlos Maria.  Camacho – jornalista inescrupuloso, sócio de Rubião no jornal Ataiala.
  • 6. ENREDO  É a história de um professor mineiro, Rubião, para quem o filósofo Quincas Borba deixa todos os seus bens, com a condição de que o herdeiro cuide de seu cachorro, também chamado Quincas Borba.  Quincas Borba é bajulado por Rubião, que quase se havia tornado cunhado.  Já louco, Quincas morre enquanto estava no Rio de Janeiro.
  • 7.  Trocando a pacata vida provinciana pela agitação da corte, Rubião muda-se para o Rio de Janeiro, após a morte de seu amigo.  Leva consigo o cão, também chamado de Quincas Borba.  Durante a viagem de trem para o Rio de Janeiro, Rubião conhece o casal Sofia e Palha, que logo percebem estar diante de um rico e ingênuo provinciano.  Atraído pela amabilidade do casal e, sobretudo, pela beleza de Sofia, Rubião passa freqüentar a casa deles, confiando cegamente no novo amigo.
  • 8.  Palha, este novo amigo, se destaca como um esperto comerciante e administra a fortuna de Rubião, tirando parte de seus lucros.  Com o tempo, Rubião sente-se cada vez mais atraído por Sofia, com seus “olhos de convite”, que mantém com ele atitude esquiva, encorajando-o e ao mesmo tempo impondo uma certa distância.
  • 9.  Por outro lado, a ingenuidade de Rubião torna-o presa fácil de várias outras pessoas interessadas e oportunistas, que se aproximam dele para explorá-lo financeiramente.  Aos poucos, acompanhando a trajetória de Rubião, percebe-se como funciona a engrenagem social da época, como ocorre a disputa entre as pessoas, as lutas pelo poder político e pela ascensão econômica da época.  O romance projeta um quadro também bastante crítico das relações sociais da época.
  • 10.  Manipulado por Sofia, depois de algum tempo, Rubião começa a manifestar sintomas de loucura, a mesma loucura de que fora vítima o seu amigo, o filósofo Quincas Borba, de quem herda a fortuna.  Acaba sendo internado em um asilo por D. Fernanda, mas foge e volta para Barbacena.
  • 11.  Chega na cidade delirando e achando que era Napoleão Bonaparte, na rua, pega chuva e contrai a tuberculose e morre.  O cão Quincas Borba, é encontrado morto três dias depois.  Louco e explorado até ficar reduzido à miséria, o destino trágico de Rubião exemplifica a tese do Humanitismo.  “Ao vencedor as batatas”
  • 12. HUMANITISMO  Esse Principio de Quincas Borba: nunca há morte, há encontro de duas expansões, ou expansão de duas formas.    Explicando de uma melhor maneira, criou a frase: "Ao vencedor às Batatas!", principio este, que marcou e é o enfoque principal do enredo.
  • 13.  - "Supõe-se em um campo e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentam somente uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutri-se suficientemente e morrerão de inanição. A paz, neste caso, é a destruição; a guerra, é a esperança. Uma das tribos extermina a outra recolhe os despojos.  Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se. Ao vencido, o ódio ou compaixão... Ao vencedor, as batatas !"
  • 14.  Seguindo a trajetória do Humanitismo, a filosofia inventada por Quincas Borba, de que a vida é um campo de batalha onde só os mais fortes sobrevivem.  Os fracos e ingênuos, como Rubião, são manipulados e aniquilados pelos mais fortes e mais espertos, como Palha e Sofia, que no final, estão vivos e ricos, tal como dizia a teoria do Humanitismo.
  • 15. Cão quincas borba  O cachorro é um elemento curioso na obra. Pode-se dizer que o título refere-se a ele, num mecanismo que engana o leitor – o livro não é, na verdade, sobre o homem Quincas Borba.  Pode-se, também, ver no animal uma extensão, dentro dos próprios ditames do Humanistas, do princípio do antigo dono. Tanto que algumas vezes o Rubião tinha preocupações com suas ações imaginando que o mestre havia sobrevivido na criatura.