SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 20
Downloaden Sie, um offline zu lesen
II FORO ANDINO AMAZÓNICO
DE DESARROLLO RURAL
18-20 DE SEPTIEMBRE
BANCO CENTRAL DE BOLIVIA
LA PAZ – BOLIVIA
TERRITÓRIOS EM DISPUTA
OS GRANDES PROJETOS DE
INFRAESTRUTURA E SEUS IMPACTOS
SOCIOTERRITORIAIS
OS GRANDES PROJETOS DE
INFRAESTRUTURA NA AMAZÔNIA
• Demonstram grande capacidade de reconfigurar os territórios.
Ou seja, de impor novos usos e de promover o completo
reordenamento dos mesmos:
– Objetivam garantir o acesso, uso e controle dos territórios para
grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros
– Conectam parcelas dos territórios ao mercado internacional
(globalização)
– Promovem mudanças na base produtiva
– Promovem o deslocamento populacional
– Alteram significativamente as bases do poder local
– Buscam consolidar a integração econômica sul-americana
• A infraestrutura que está sendo implantada na Amazônia brasileira precisa
conectar-se com a dos países vizinhos
• Grande capacidade de disseminar conflitos na região
• O modelo hegemônico de desenvolvimento se expande
violando direitos
O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES
DO TERRITÓRIO - HIDRELÉTRICAS
O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES
DO TERRITÓRIO - MINERAÇÃO
O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES
DO TERRITÓRIO - MONOCULTIVOS
O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES
DO TERRITÓRIO - MONOCULTIVOS
O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES DO
TERRITÓRIO – EXPLORAÇÃO MADEIREIRA
A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
* Amazônia
Corredores
Eixos fluviais
Yacimientos
Campos de Petróleo
Campos de Gás
Áreas de mineração
Esmeraldas
Guayaquil
Callao
Pisco
Buenaventura
Cartagena
Santa Marta
Barranquilla
Pto. Bolívar
Caracas
Belen
Sao Luis
Fortaleza
Recife
Salvador
Vitoria
Rio de Janeiro
Santos
Porto Alegre
Rio Grande
Bahía Blanca
Buenos Aires
Sepetiba
Talcaguano
Concepción
S. Antonio
Valparaiso
Antofagasta
Iquique
San Juan
Matarani
Ilo
Portos
AS PRESSÕES EXTERNAS QUE VIABILIZAM ESSE
PROCESSO NA AMAZÔNIA
• Aumento do consumo mundial de proteínas
animal e vegetal
• Aumento da demanda por minérios,
produtos florestais e combustíveis
• Ampliação da produção de agrocombustíveis
• Existência de grande quantidade de terras
férteis
• Grande disponibilidade de água
• Declínio da indústria madeireira na Ásia
AS PRESSÕES SOBRE AS TERRAS
CAMPONESAS
AS DISPUTAS TERRITORIAIS NA
AMAZÔNIA
• Cerca de 70 milhões de hectares de terras públicas estão sendo cobiçadas por grandes
grupos econômicos, em particular pelo agronegócio;
• O fato de os povos indígenas, remanescentes de quilombos, ribeirinhos e extrativistas
controlarem vastas extensões do território os colocam na mira dos segmentos com forte
vinculação no mercado internacional;
• O Estado brasileiro vem adotando uma série de medidas para garantir aos grandes
grupos econômicos nacionais e estrangeiros o acesso, uso e controle dos territórios dos
povos tradicionais:
 Aprovação do novo Código Florestal
 Debate do novo Código da Mineração no Congresso Nacional
 Flexibilização da legislação ambiental
 Criminalização dos movimentos sociais (uso da Força Nacional de Segurança)
 Estratégia dos setores conservadores de judicializar os conflitos sociais
 Impedir e/ou dificultar a demarcação de áreas coletivas
• No caso das terras dos(as) camponeses(as) as empresas envolvidas com a produção de
agrocombustíveis se utilizam de três meios para acessar as mesmas:
 Compra
 Uso da violência (expulsão)
 Estabelecimento de contratos
AS DISPUTAS TERRITORIAIS NA
AMAZÔNIA
• No caso dos contratos estabelecidos entre as grandes empresas
produtoras de agrocombustíveis e os camponeses:
– Prazo de 25 a 30 anos
– As empresas acabam exercendo o controle sobre a propriedade
camponesa → perda de autonomia por parte dos trabalhadores
– Mudança radical no modo de vida dos camponeses: tornam-se
funcionários das empresas
– As cláusulas de deveres dos camponeses supera em muito as de direitos
– O governo cria constrangimentos para que os camponeses se insiram na
produção de monocultivos:
• Créditos e financiamentos especiais
• Perda da assistência técnica para quem quer produzir alimentos, por exemplo
• Nova fase de concentração fundiária
• As empresas pretendem utilizar as áreas de preservação ambiental
dos camponeses para especular no mercado de carbono
CONTRA QUEM LUTAMOS?
• Lutamos contra um bloco de poder que controla o
aparelho do Estado e os principais setores da economia e
que está muito bem articulado nas diferentes escalas:
desde o plano local até o internacional.
– Mídia corporativa (Globo, Estado de São Paulo, Folha de São
Paulo, Revista Veja e outros)
– Parcela significativa do judiciário
– A quase totalidade dos partidos com representação nas
diferentes instâncias do legislativo
– Grandes empresas nacionais e transnacionais
– Instituições financeiras multilaterais (Banco Mundial, Banco
Interamericano de Desenvolvimento, FMI e outros)
– Instituições financeiras públicas e privadas financiadoras do
atual modelo hegemônico de desenvolvimento (BNDES,
Santander, Itaú, Bradesco, Banco da Amazônia e outros)
– Parcela dos movimentos sociais e ONGs (Fundos de Pensão de
trabalhadores)
ALGUNS DESAFIOS QUE SE COLOCAM
AOS QUE PROMOVEM A RESISTÊNCIA
• Inovar nossos instrumentos de análise a fim de
compreendermos melhor as novas dinâmicas
socioterritoriais que estão em andamento na
Amazônia;
• A democracia passa por um processo de
definhamento, materializado na crescente perda de
direitos por parte de indígenas, ribeirinhos,
remanescentes de quilombos e outros segmentos.
Portanto, a questão democrática é estratégica para os
movimentos sociais;
• Adquirir capacidade de intervir nas diferentes escalas:
do local ao internacional → A importância do
trabalho em rede;
• Incorporar o debate sobre o buen vivir.
Guilherme Carvalho
gcarvalho67@gmail.com

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (12)

Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileira
 
Estrutura fundiaria no Brasil
Estrutura fundiaria no BrasilEstrutura fundiaria no Brasil
Estrutura fundiaria no Brasil
 
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
A Amazônia a partir da Década de 60 e 70
 
Slide terceiro ano geral
Slide terceiro ano geralSlide terceiro ano geral
Slide terceiro ano geral
 
Crise do café e industrialização do brasil
Crise do café e industrialização do brasilCrise do café e industrialização do brasil
Crise do café e industrialização do brasil
 
Continente asiático: China
Continente asiático: ChinaContinente asiático: China
Continente asiático: China
 
Imperialismo
ImperialismoImperialismo
Imperialismo
 
Estrutura fundiária brasileira
Estrutura fundiária brasileiraEstrutura fundiária brasileira
Estrutura fundiária brasileira
 
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaAgricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
 
Desconcentração industrial no brasil
Desconcentração industrial no brasilDesconcentração industrial no brasil
Desconcentração industrial no brasil
 
China – o dragão asiático3
China – o dragão asiático3China – o dragão asiático3
China – o dragão asiático3
 
China dragao asiatico
China   dragao asiaticoChina   dragao asiatico
China dragao asiatico
 

Andere mochten auch

Normativas para la calidad de la educacion en entornos virtuales
Normativas para la calidad de la educacion en entornos virtualesNormativas para la calidad de la educacion en entornos virtuales
Normativas para la calidad de la educacion en entornos virtuales
lsusana1
 
Panorama actual de la educación básica en méxico
Panorama actual de la educación básica en méxicoPanorama actual de la educación básica en méxico
Panorama actual de la educación básica en méxico
Estrellita Dl Cielo
 
Trabajo de filosofia!
Trabajo de filosofia!Trabajo de filosofia!
Trabajo de filosofia!
Carlos Velez
 
Hades plutón. infierno
Hades plutón. infiernoHades plutón. infierno
Hades plutón. infierno
bibliofloriani
 
Silvita y plata nativa 2
Silvita y plata nativa 2Silvita y plata nativa 2
Silvita y plata nativa 2
bboyzout
 
Presentacion microempresa
Presentacion microempresaPresentacion microempresa
Presentacion microempresa
caro-carolita
 

Andere mochten auch (20)

Presentación3
Presentación3Presentación3
Presentación3
 
Turismo Automatica
Turismo AutomaticaTurismo Automatica
Turismo Automatica
 
Normativas para la calidad de la educacion en entornos virtuales
Normativas para la calidad de la educacion en entornos virtualesNormativas para la calidad de la educacion en entornos virtuales
Normativas para la calidad de la educacion en entornos virtuales
 
Top fives
Top fivesTop fives
Top fives
 
Analisis del documento constitutivo por sector
Analisis del documento constitutivo por sectorAnalisis del documento constitutivo por sector
Analisis del documento constitutivo por sector
 
Base de datos
Base de datosBase de datos
Base de datos
 
Pasos para actualizar perfil en la plataforma
Pasos para actualizar perfil en la plataformaPasos para actualizar perfil en la plataforma
Pasos para actualizar perfil en la plataforma
 
Curriculum
CurriculumCurriculum
Curriculum
 
Contactar
ContactarContactar
Contactar
 
Postitulo trabajo final lucrecia corts
Postitulo trabajo final lucrecia cortsPostitulo trabajo final lucrecia corts
Postitulo trabajo final lucrecia corts
 
Comparativo
ComparativoComparativo
Comparativo
 
Panorama actual de la educación básica en méxico
Panorama actual de la educación básica en méxicoPanorama actual de la educación básica en méxico
Panorama actual de la educación básica en méxico
 
Alexandra cedeño
Alexandra cedeñoAlexandra cedeño
Alexandra cedeño
 
Trabajo de filosofia!
Trabajo de filosofia!Trabajo de filosofia!
Trabajo de filosofia!
 
Hades plutón. infierno
Hades plutón. infiernoHades plutón. infierno
Hades plutón. infierno
 
Silvita y plata nativa 2
Silvita y plata nativa 2Silvita y plata nativa 2
Silvita y plata nativa 2
 
Presentacion microempresa
Presentacion microempresaPresentacion microempresa
Presentacion microempresa
 
Matriz tpack para el diseño de actividades
Matriz tpack para el diseño de actividadesMatriz tpack para el diseño de actividades
Matriz tpack para el diseño de actividades
 
Sesión 7
Sesión 7Sesión 7
Sesión 7
 
The photography timeline97
The photography timeline97The photography timeline97
The photography timeline97
 

Ähnlich wie Territórios em Disputa

Aula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesa
Aula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesaAula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesa
Aula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesa
Larissa Santos
 
Ambiente de marketing - Prof. Alexandre Siqueira
Ambiente de marketing - Prof. Alexandre SiqueiraAmbiente de marketing - Prof. Alexandre Siqueira
Ambiente de marketing - Prof. Alexandre Siqueira
Alexandre Siqueira
 
Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc 6.12.12
Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc   6.12.12Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc   6.12.12
Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc 6.12.12
Sintese Sergipe
 

Ähnlich wie Territórios em Disputa (20)

Slides segundo. brasil
Slides  segundo. brasilSlides  segundo. brasil
Slides segundo. brasil
 
Aula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesa
Aula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesaAula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesa
Aula 13 territorialização do capital, monopólio, produção camponesa
 
Trabalho de geo 19/10/2015
Trabalho de geo 19/10/2015Trabalho de geo 19/10/2015
Trabalho de geo 19/10/2015
 
O campo e as cidades do brasil
O campo e as cidades do brasilO campo e as cidades do brasil
O campo e as cidades do brasil
 
America latina
America latina America latina
America latina
 
histórico do agronegócio
histórico do agronegóciohistórico do agronegócio
histórico do agronegócio
 
americalatina-160516184120.pptx
americalatina-160516184120.pptxamericalatina-160516184120.pptx
americalatina-160516184120.pptx
 
UE7 - O Espaço Agropecuário Brasileiro
UE7 - O Espaço Agropecuário Brasileiro UE7 - O Espaço Agropecuário Brasileiro
UE7 - O Espaço Agropecuário Brasileiro
 
Ambiente de marketing - Prof. Alexandre Siqueira
Ambiente de marketing - Prof. Alexandre SiqueiraAmbiente de marketing - Prof. Alexandre Siqueira
Ambiente de marketing - Prof. Alexandre Siqueira
 
Agricultura
AgriculturaAgricultura
Agricultura
 
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensivaTipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
 
Territorialidades no campo
Territorialidades no campoTerritorialidades no campo
Territorialidades no campo
 
Geografia agricultura mundial e brasileira
Geografia agricultura mundial e brasileiraGeografia agricultura mundial e brasileira
Geografia agricultura mundial e brasileira
 
A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL EM QUESTÃO: UM DEBATE FORA DAS PAUTAS?
A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL EM QUESTÃO:  UM DEBATE FORA DAS PAUTAS?A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL EM QUESTÃO:  UM DEBATE FORA DAS PAUTAS?
A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL EM QUESTÃO: UM DEBATE FORA DAS PAUTAS?
 
Estudos CACD Missão Diplomática - Geografia Aula 04 - Geografia Agrária
Estudos CACD Missão Diplomática - Geografia Aula 04 - Geografia AgráriaEstudos CACD Missão Diplomática - Geografia Aula 04 - Geografia Agrária
Estudos CACD Missão Diplomática - Geografia Aula 04 - Geografia Agrária
 
Produção de alimentos x fome
Produção de alimentos x fomeProdução de alimentos x fome
Produção de alimentos x fome
 
Estudos regionais
Estudos regionaisEstudos regionais
Estudos regionais
 
Simulado de geografia e hstra unicaldas
Simulado de geografia e hstra  unicaldasSimulado de geografia e hstra  unicaldas
Simulado de geografia e hstra unicaldas
 
Palestra Politicas Publicas no Meio Rural
Palestra Politicas Publicas no Meio RuralPalestra Politicas Publicas no Meio Rural
Palestra Politicas Publicas no Meio Rural
 
Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc 6.12.12
Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc   6.12.12Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc   6.12.12
Apresentação conjuntura 4º congresso do fetrafesc 6.12.12
 

Mehr von Instituto Para el Desarrollo Rural de Sudamerica - IPDRS

Mehr von Instituto Para el Desarrollo Rural de Sudamerica - IPDRS (20)

La disputa por la tierra en Paraguay
La disputa por la tierra en ParaguayLa disputa por la tierra en Paraguay
La disputa por la tierra en Paraguay
 
Estructura de tenencia de la tierra ecuador
Estructura de tenencia de la tierra ecuadorEstructura de tenencia de la tierra ecuador
Estructura de tenencia de la tierra ecuador
 
Presentación Movimiento Regional por la Tierra MRT
Presentación Movimiento Regional por la Tierra MRTPresentación Movimiento Regional por la Tierra MRT
Presentación Movimiento Regional por la Tierra MRT
 
ICCO Colombia
ICCO ColombiaICCO Colombia
ICCO Colombia
 
Coorporación de Estudios Rurales de Concepción, Chile
Coorporación de Estudios Rurales de Concepción, ChileCoorporación de Estudios Rurales de Concepción, Chile
Coorporación de Estudios Rurales de Concepción, Chile
 
Comisión Pro Indio Brasil
Comisión Pro Indio BrasilComisión Pro Indio Brasil
Comisión Pro Indio Brasil
 
Movimiento por la tierra Uruguay
Movimiento por la tierra UruguayMovimiento por la tierra Uruguay
Movimiento por la tierra Uruguay
 
Programa II Foro Andino Amazonico de Desarrollo Rural 2013
Programa II Foro Andino Amazonico de Desarrollo Rural 2013Programa II Foro Andino Amazonico de Desarrollo Rural 2013
Programa II Foro Andino Amazonico de Desarrollo Rural 2013
 
Indigenas en el Estado Plurinacional de Bolivia
Indigenas en el Estado Plurinacional de BoliviaIndigenas en el Estado Plurinacional de Bolivia
Indigenas en el Estado Plurinacional de Bolivia
 
Avances en la implementacion del modelo autonómico boliviano
Avances en la implementacion del modelo autonómico bolivianoAvances en la implementacion del modelo autonómico boliviano
Avances en la implementacion del modelo autonómico boliviano
 
Hambrientos o productivos: los pequeños agricultores frente al G-8 y la globa...
Hambrientos o productivos: los pequeños agricultores frente al G-8 y la globa...Hambrientos o productivos: los pequeños agricultores frente al G-8 y la globa...
Hambrientos o productivos: los pequeños agricultores frente al G-8 y la globa...
 
Economía verde y agronegocio en la Amazonía: sinergias económicas y contradic...
Economía verde y agronegocio en la Amazonía: sinergias económicas y contradic...Economía verde y agronegocio en la Amazonía: sinergias económicas y contradic...
Economía verde y agronegocio en la Amazonía: sinergias económicas y contradic...
 
TIERRA, TERRITORIO y RECURSOS NATURALES: El agronegocio soyero en Bolivia, en...
TIERRA, TERRITORIO y RECURSOS NATURALES: El agronegocio soyero en Bolivia, en...TIERRA, TERRITORIO y RECURSOS NATURALES: El agronegocio soyero en Bolivia, en...
TIERRA, TERRITORIO y RECURSOS NATURALES: El agronegocio soyero en Bolivia, en...
 
El agronegocio de la soya en Bolivia: una aproximación a sus impactos e impli...
El agronegocio de la soya en Bolivia: una aproximación a sus impactos e impli...El agronegocio de la soya en Bolivia: una aproximación a sus impactos e impli...
El agronegocio de la soya en Bolivia: una aproximación a sus impactos e impli...
 
Presencia brasilera en la cadena productiva de la soya en Bolivia
Presencia brasilera en la cadena productiva de la soya en BoliviaPresencia brasilera en la cadena productiva de la soya en Bolivia
Presencia brasilera en la cadena productiva de la soya en Bolivia
 
Los TLC y la agricultura
Los TLC y la agriculturaLos TLC y la agricultura
Los TLC y la agricultura
 
Extractivismo en los Andes: Impactos de la minería sobre los derechos de los ...
Extractivismo en los Andes:Impactos de la minería sobre los derechos de los ...Extractivismo en los Andes:Impactos de la minería sobre los derechos de los ...
Extractivismo en los Andes: Impactos de la minería sobre los derechos de los ...
 
El modelo de economía plural en Bolivia: una evaluación de su implementación
El modelo de economía plural en Bolivia: una evaluación de su implementaciónEl modelo de economía plural en Bolivia: una evaluación de su implementación
El modelo de economía plural en Bolivia: una evaluación de su implementación
 
Igualdad, diversidad productiva e innovación: elementos para la discusión de...
Igualdad, diversidad productiva  e innovación: elementos para la discusión de...Igualdad, diversidad productiva  e innovación: elementos para la discusión de...
Igualdad, diversidad productiva e innovación: elementos para la discusión de...
 
Desafíos del desarrollo sostenible en la Amazonía
Desafíos del desarrollo sostenible en la AmazoníaDesafíos del desarrollo sostenible en la Amazonía
Desafíos del desarrollo sostenible en la Amazonía
 

Kürzlich hochgeladen

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 

Territórios em Disputa

  • 1. II FORO ANDINO AMAZÓNICO DE DESARROLLO RURAL 18-20 DE SEPTIEMBRE BANCO CENTRAL DE BOLIVIA LA PAZ – BOLIVIA
  • 2. TERRITÓRIOS EM DISPUTA OS GRANDES PROJETOS DE INFRAESTRUTURA E SEUS IMPACTOS SOCIOTERRITORIAIS
  • 3. OS GRANDES PROJETOS DE INFRAESTRUTURA NA AMAZÔNIA • Demonstram grande capacidade de reconfigurar os territórios. Ou seja, de impor novos usos e de promover o completo reordenamento dos mesmos: – Objetivam garantir o acesso, uso e controle dos territórios para grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros – Conectam parcelas dos territórios ao mercado internacional (globalização) – Promovem mudanças na base produtiva – Promovem o deslocamento populacional – Alteram significativamente as bases do poder local – Buscam consolidar a integração econômica sul-americana • A infraestrutura que está sendo implantada na Amazônia brasileira precisa conectar-se com a dos países vizinhos • Grande capacidade de disseminar conflitos na região • O modelo hegemônico de desenvolvimento se expande violando direitos
  • 4. O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES DO TERRITÓRIO - HIDRELÉTRICAS
  • 5. O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES DO TERRITÓRIO - MINERAÇÃO
  • 6. O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES DO TERRITÓRIO - MONOCULTIVOS
  • 7. O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES DO TERRITÓRIO - MONOCULTIVOS
  • 8. O CONTROLE DE VASTAS EXTENSÕES DO TERRITÓRIO – EXPLORAÇÃO MADEIREIRA
  • 9. A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
  • 10. A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
  • 11. A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
  • 12. A PROPOSTA DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO BRASIL
  • 13. * Amazônia Corredores Eixos fluviais Yacimientos Campos de Petróleo Campos de Gás Áreas de mineração Esmeraldas Guayaquil Callao Pisco Buenaventura Cartagena Santa Marta Barranquilla Pto. Bolívar Caracas Belen Sao Luis Fortaleza Recife Salvador Vitoria Rio de Janeiro Santos Porto Alegre Rio Grande Bahía Blanca Buenos Aires Sepetiba Talcaguano Concepción S. Antonio Valparaiso Antofagasta Iquique San Juan Matarani Ilo Portos
  • 14. AS PRESSÕES EXTERNAS QUE VIABILIZAM ESSE PROCESSO NA AMAZÔNIA • Aumento do consumo mundial de proteínas animal e vegetal • Aumento da demanda por minérios, produtos florestais e combustíveis • Ampliação da produção de agrocombustíveis • Existência de grande quantidade de terras férteis • Grande disponibilidade de água • Declínio da indústria madeireira na Ásia
  • 15. AS PRESSÕES SOBRE AS TERRAS CAMPONESAS
  • 16. AS DISPUTAS TERRITORIAIS NA AMAZÔNIA • Cerca de 70 milhões de hectares de terras públicas estão sendo cobiçadas por grandes grupos econômicos, em particular pelo agronegócio; • O fato de os povos indígenas, remanescentes de quilombos, ribeirinhos e extrativistas controlarem vastas extensões do território os colocam na mira dos segmentos com forte vinculação no mercado internacional; • O Estado brasileiro vem adotando uma série de medidas para garantir aos grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros o acesso, uso e controle dos territórios dos povos tradicionais:  Aprovação do novo Código Florestal  Debate do novo Código da Mineração no Congresso Nacional  Flexibilização da legislação ambiental  Criminalização dos movimentos sociais (uso da Força Nacional de Segurança)  Estratégia dos setores conservadores de judicializar os conflitos sociais  Impedir e/ou dificultar a demarcação de áreas coletivas • No caso das terras dos(as) camponeses(as) as empresas envolvidas com a produção de agrocombustíveis se utilizam de três meios para acessar as mesmas:  Compra  Uso da violência (expulsão)  Estabelecimento de contratos
  • 17. AS DISPUTAS TERRITORIAIS NA AMAZÔNIA • No caso dos contratos estabelecidos entre as grandes empresas produtoras de agrocombustíveis e os camponeses: – Prazo de 25 a 30 anos – As empresas acabam exercendo o controle sobre a propriedade camponesa → perda de autonomia por parte dos trabalhadores – Mudança radical no modo de vida dos camponeses: tornam-se funcionários das empresas – As cláusulas de deveres dos camponeses supera em muito as de direitos – O governo cria constrangimentos para que os camponeses se insiram na produção de monocultivos: • Créditos e financiamentos especiais • Perda da assistência técnica para quem quer produzir alimentos, por exemplo • Nova fase de concentração fundiária • As empresas pretendem utilizar as áreas de preservação ambiental dos camponeses para especular no mercado de carbono
  • 18. CONTRA QUEM LUTAMOS? • Lutamos contra um bloco de poder que controla o aparelho do Estado e os principais setores da economia e que está muito bem articulado nas diferentes escalas: desde o plano local até o internacional. – Mídia corporativa (Globo, Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Revista Veja e outros) – Parcela significativa do judiciário – A quase totalidade dos partidos com representação nas diferentes instâncias do legislativo – Grandes empresas nacionais e transnacionais – Instituições financeiras multilaterais (Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, FMI e outros) – Instituições financeiras públicas e privadas financiadoras do atual modelo hegemônico de desenvolvimento (BNDES, Santander, Itaú, Bradesco, Banco da Amazônia e outros) – Parcela dos movimentos sociais e ONGs (Fundos de Pensão de trabalhadores)
  • 19. ALGUNS DESAFIOS QUE SE COLOCAM AOS QUE PROMOVEM A RESISTÊNCIA • Inovar nossos instrumentos de análise a fim de compreendermos melhor as novas dinâmicas socioterritoriais que estão em andamento na Amazônia; • A democracia passa por um processo de definhamento, materializado na crescente perda de direitos por parte de indígenas, ribeirinhos, remanescentes de quilombos e outros segmentos. Portanto, a questão democrática é estratégica para os movimentos sociais; • Adquirir capacidade de intervir nas diferentes escalas: do local ao internacional → A importância do trabalho em rede; • Incorporar o debate sobre o buen vivir.