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Avaliar o plano de investimento na
agricultura de Moçambique:
Segunda ronda
James Thurlow
Instituto Internacional de Pesquisa em Política Alimentar, Washington DC
Coautores:
Rui Benfica e Benedito Cunguara
Universidade do Estado do Michigan, Maputo
PNISA
• Plano de investimentos
ambicioso para 2013-2017
• Duplica a quota da despesa
na agricultura no orçamento
• Diversifica os investimentos
em relação ao histórico da
despesa
Avaliar o PNISA
• Perguntas de avaliação:
– O que significa o PNISA para o crescimento agrícola e para a redução da
pobreza?
– Podemos melhorar os resultados fazendo a repriorização das áreas de
investimento?
– Qual é a importância relativa do aumento da despesa em relação à
eficiência?
• Abordagem com métodos mistos:
– Estimativas econométricas dos impactos ao nível das explorações
agrícolas, utilizando dados históricos
– De seguida, um modelo geral de economia analisa os resultados
relativos ao crescimento e à pobreza
Resultados do ano anterior
• Utilizámos estimativas de outros países sobre o impacto ao
nível das explorações agrícolas
– Programa de irrigação em pequena escala no Mali (Dillon 2011)
– Sistema de pesquisa e extensão no Uganda (Benim et al. 2011)
– Subsídios aos insumos agrícolas do Maláui (Ricker-Gilbert et al. 2011)
• Principais conclusões:
– O PNISA excede o crescimento agrícola pretendido (8,5% vs. 6% do
CAADP)
– Reduz a taxa de pobreza (35% até 2017 versus 42% sem o PNISA)
– É possível reduzir a escala do PNISA e, ainda assim, alcançar os
objetivos
• Principal preocupação:
– Moçambique poderá não conseguir alcançar os resultados que outros
países obtiveram
Nova abordagem
• Utilizar dados de inquérito (TIA2008) para fazer uma
estimativa dos aumentos de produtividade gerados pelos
investimentos
• Calcular as alterações nas receitas dos agricultores ao nível das
colheitas quando...
– Usam irrigação
– Recebem visitas de extensão
– Usam fertilizantes químicos/sementes melhoradas
• Os novos resultados são totalmente baseados em dados de
Moçambique
– Abordagem muito mais robusta
Passo 1: Impactos na produtividade
Calcular coeficientes de impacto
• Abordagem de emparelhamento por nota de propensão
(Cunguara et al. xxx; xxx)
– Comparar dois agricultores que são semelhantes em quase todos os
aspetos, com a exceção de um usar irrigação e o outro não
• Fazer uma estimativa da alteração no valor de produção
quando os agricultores usam irrigação, fertilizante e extensão
– Estimativas regionais individuais (norte, centro e sul)
– Cinco grupos de culturas:
• Cereais (milho e arroz)
• Leguminosas (feijão, feijão-nhemba, feijão mungo, guandu, ervilhas)
• Raízes (mandioca, batata-doce)
• Culturas de rendimento (tabaco, algodão, sésamo, soja)
• Culturas hortícolas (utilizar o número de vendas em vez do valor de
produção)
Resultados: visitas de extensão
Norte Centro Sul Nacional
Cereais 0,282*** 0,152* 0,402** 0,089
Raízes 0,271*** 0,594*** 0,232 0,163***
Leguminosas 0,245** 0,371** 0,062 0,150***
Horticultura 0,646*
Culturas de
rendimento 0,627** 0,479** 0,684*
Relatórios de variação nos rendimentos de colheitas dos agricultores que
recebem uma visita de extensão
Níveis de significância: *** 5%; ** 10%; * 20%
Quando o coeficiente não é indicado significa que as observações feitas não foram
suficientes
Exemplo: Receber uma visita de extensão faz com que as
receitas na colheita de cereais aumentem em 28,2% para
os agricultores do norte
Resultados: Fertilizantes
Norte Centro Sul Nacional
Cereais 0,443*** 0,493***
Raízes
Leguminosas 1,345*** 1,123***
Horticultura 0,470 1,271***
Culturas de
rendimento 1,349*** 0,770*** 1,086***
Relatórios de variação nos rendimentos de colheitas dos agricultores que
utilizam fertilizantes químicos
Níveis de significância: *** 5%; ** 10%; * 20%
Quando o coeficiente não é indicado significa que as observações feitas não foram
suficientes
Resultados: Irrigação
Norte Centro Sul Nacional
Cereais
Raízes
Leguminosas
Horticultura 0,419* 1,034*** 0,281
Culturas de
rendimento 0,435*** 1,288***
Relatórios de variação nos rendimentos de colheitas dos agricultores que
usam irrigação
Níveis de significância: *** 5%; ** 10%; * 20%
Quando o coeficiente não é indicado significa que as observações feitas não foram
suficientes
Passo 1: Estimativas dos parâmetros
Intervenção Valor nacional Fonte
Taxas de
cobertura
inicial
Irrigação 8,3% de terrenos
agrícolas
TIA 2008
Pesquisa e
extensão (P&E)
8,4% de agricultores TIA 2008
Insumos 5,2% de terrenos
agrícolas
TIA 2008
Custos
unitários
Irrigação 2287$ por hectare You et al. (2010)
P&E 231$ por agricultor PNISA & Ext. Master
Plan
Insumos 121$ por hectare Dorwood et al. (vários)
Intervenção Antigos Novos
Aumentos na
produtividade
Irrigação 72,8% 34,3%
P&E 67,0% 38,4%
Insumos 54,7% 26,5%
Fase 2: Modelo geral de economia
• Estrutura económica detalhada (de uma MCS de 2007)
– 56 setores (22 na agricultura) em 3 regiões (norte, centro e sul)
– 10 grupos regionais de agregados familiares (rurais/urbanos; quintis de
despesa)
• Mercados de fatores
– Os terrenos podem ser distribuídos entre diferentes culturas, com base em
preços relativos
– A mão de obra pode movimentar-se entre setores agrícolas e não-agrícolas,
mas não se pode movimentar entre regiões
– O novo capital é móvel, mas a partir do momento em que é investido torna-
se fixo (método "putty-clay")
• A despesa do Governo pode desencorajar o investimento privado
• Dinâmica recursiva
– Investimento do período anterior determina o novo capital disponível
– Realizado entre 2007 e 2017, mas concentra-se apenas no período entre
2012 e 2017
Cenários de investimento
Base de referência
• Continuar tendências históricas (como em Arndt et al. 2012)
– 2,5% de crescimento populacional e de oferta de trabalho
– 1% de expansão anual de território
– Crescimento da PTF favorece contextos não-agrícolas
• Resultados do investimento:
– Irrigação (8% a 11%)
– Extensão (8% a 17%)
– Insumos (5% a 6%)
• Resultados do desenvolvimento:
– PIB nacional cresce em 6,9%
– Agricultura cresce em 4,4%
Impactos do PNISA
PNISA
Base de
referência
Despesa pública anual por
agregado familiar rural
153,4$ 72,8$
Taxa de crescimento do PIB 7,0% 6,9%
Taxa de crescimento da
agricultura
5,6% 4,4%
Taxa de pobreza em 2017 39,5% 40,4%
Aumento total do PIB por
cada dólar gasto
1,3$
Pessoas promovidas acima
da linha de pobreza por
cada 1000$ gastos
0,5
Duplicação da despesa pública na
agricultura
Aumenta o crescimento agrícola
Retorno sobre o investimento positivo
(Razão benefício/custo)
Não tem os pobres como alvo, mas reduz
a pobreza
Alteração da carteira de despesas do PNISA
PNISA Irrigação Extensão Subsídios
Despesa pública anual por
agregado familiar rural
153,4$ 153,4$ 153,4$ 153,4$
Taxa de crescimento da
agricultura
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cada dólar gasto
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Pessoas promovidas
acima da linha de pobreza
por cada 1000$ gastos
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Realocação de fundos para...
Alteração da eficiência da despesa
PNISA Irrigação Extensão Subsídios
Taxa média de
crescimento anual da
agricultura (%)
5,6 5,2 6,0 5,5
Custos 20% mais baixos 6,4 5,9 7,0 6,3
+ impactos 20% maiores 7,0 6,4 7,9 6,9
Aumento total do PIB por
cada dólar gasto
1,3$ 1,1$ 1,6$ 1,3$
Custos 20% mais baixos 1,6$ 1,3$ 2,0$ 1,6$
+ impactos 20% maiores 1,9$ 1,5$ 2,4$ 1,8$
Conclusões
• Os investimentos na agricultura têm menos efeitos na
produtividade dos agricultores do que em outros países
• O PNISA aumenta o crescimento agrícola e reduz a pobreza
– Mas fica aquém em alguns dos objetivos (por exemplo: 6% de
crescimento agrícola do CAADP)
• O PNISA já é um programa de grande escala (153 $ por
agricultor)
– Existe pouca margem para continuar a aumentar a despesa
• Alterar a carteira de despesas melhora os resultados do
programa
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• É absolutamente fulcral melhorar a eficiência do investimento

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Avaliar o plano de investimento na agricultura de Moçambique: Segunda ronda

  • 1. Avaliar o plano de investimento na agricultura de Moçambique: Segunda ronda James Thurlow Instituto Internacional de Pesquisa em Política Alimentar, Washington DC Coautores: Rui Benfica e Benedito Cunguara Universidade do Estado do Michigan, Maputo
  • 2. PNISA • Plano de investimentos ambicioso para 2013-2017 • Duplica a quota da despesa na agricultura no orçamento • Diversifica os investimentos em relação ao histórico da despesa
  • 3. Avaliar o PNISA • Perguntas de avaliação: – O que significa o PNISA para o crescimento agrícola e para a redução da pobreza? – Podemos melhorar os resultados fazendo a repriorização das áreas de investimento? – Qual é a importância relativa do aumento da despesa em relação à eficiência? • Abordagem com métodos mistos: – Estimativas econométricas dos impactos ao nível das explorações agrícolas, utilizando dados históricos – De seguida, um modelo geral de economia analisa os resultados relativos ao crescimento e à pobreza
  • 4. Resultados do ano anterior • Utilizámos estimativas de outros países sobre o impacto ao nível das explorações agrícolas – Programa de irrigação em pequena escala no Mali (Dillon 2011) – Sistema de pesquisa e extensão no Uganda (Benim et al. 2011) – Subsídios aos insumos agrícolas do Maláui (Ricker-Gilbert et al. 2011) • Principais conclusões: – O PNISA excede o crescimento agrícola pretendido (8,5% vs. 6% do CAADP) – Reduz a taxa de pobreza (35% até 2017 versus 42% sem o PNISA) – É possível reduzir a escala do PNISA e, ainda assim, alcançar os objetivos • Principal preocupação: – Moçambique poderá não conseguir alcançar os resultados que outros países obtiveram
  • 5. Nova abordagem • Utilizar dados de inquérito (TIA2008) para fazer uma estimativa dos aumentos de produtividade gerados pelos investimentos • Calcular as alterações nas receitas dos agricultores ao nível das colheitas quando... – Usam irrigação – Recebem visitas de extensão – Usam fertilizantes químicos/sementes melhoradas • Os novos resultados são totalmente baseados em dados de Moçambique – Abordagem muito mais robusta
  • 6. Passo 1: Impactos na produtividade
  • 7. Calcular coeficientes de impacto • Abordagem de emparelhamento por nota de propensão (Cunguara et al. xxx; xxx) – Comparar dois agricultores que são semelhantes em quase todos os aspetos, com a exceção de um usar irrigação e o outro não • Fazer uma estimativa da alteração no valor de produção quando os agricultores usam irrigação, fertilizante e extensão – Estimativas regionais individuais (norte, centro e sul) – Cinco grupos de culturas: • Cereais (milho e arroz) • Leguminosas (feijão, feijão-nhemba, feijão mungo, guandu, ervilhas) • Raízes (mandioca, batata-doce) • Culturas de rendimento (tabaco, algodão, sésamo, soja) • Culturas hortícolas (utilizar o número de vendas em vez do valor de produção)
  • 8. Resultados: visitas de extensão Norte Centro Sul Nacional Cereais 0,282*** 0,152* 0,402** 0,089 Raízes 0,271*** 0,594*** 0,232 0,163*** Leguminosas 0,245** 0,371** 0,062 0,150*** Horticultura 0,646* Culturas de rendimento 0,627** 0,479** 0,684* Relatórios de variação nos rendimentos de colheitas dos agricultores que recebem uma visita de extensão Níveis de significância: *** 5%; ** 10%; * 20% Quando o coeficiente não é indicado significa que as observações feitas não foram suficientes Exemplo: Receber uma visita de extensão faz com que as receitas na colheita de cereais aumentem em 28,2% para os agricultores do norte
  • 9. Resultados: Fertilizantes Norte Centro Sul Nacional Cereais 0,443*** 0,493*** Raízes Leguminosas 1,345*** 1,123*** Horticultura 0,470 1,271*** Culturas de rendimento 1,349*** 0,770*** 1,086*** Relatórios de variação nos rendimentos de colheitas dos agricultores que utilizam fertilizantes químicos Níveis de significância: *** 5%; ** 10%; * 20% Quando o coeficiente não é indicado significa que as observações feitas não foram suficientes
  • 10. Resultados: Irrigação Norte Centro Sul Nacional Cereais Raízes Leguminosas Horticultura 0,419* 1,034*** 0,281 Culturas de rendimento 0,435*** 1,288*** Relatórios de variação nos rendimentos de colheitas dos agricultores que usam irrigação Níveis de significância: *** 5%; ** 10%; * 20% Quando o coeficiente não é indicado significa que as observações feitas não foram suficientes
  • 11. Passo 1: Estimativas dos parâmetros Intervenção Valor nacional Fonte Taxas de cobertura inicial Irrigação 8,3% de terrenos agrícolas TIA 2008 Pesquisa e extensão (P&E) 8,4% de agricultores TIA 2008 Insumos 5,2% de terrenos agrícolas TIA 2008 Custos unitários Irrigação 2287$ por hectare You et al. (2010) P&E 231$ por agricultor PNISA & Ext. Master Plan Insumos 121$ por hectare Dorwood et al. (vários) Intervenção Antigos Novos Aumentos na produtividade Irrigação 72,8% 34,3% P&E 67,0% 38,4% Insumos 54,7% 26,5%
  • 12. Fase 2: Modelo geral de economia • Estrutura económica detalhada (de uma MCS de 2007) – 56 setores (22 na agricultura) em 3 regiões (norte, centro e sul) – 10 grupos regionais de agregados familiares (rurais/urbanos; quintis de despesa) • Mercados de fatores – Os terrenos podem ser distribuídos entre diferentes culturas, com base em preços relativos – A mão de obra pode movimentar-se entre setores agrícolas e não-agrícolas, mas não se pode movimentar entre regiões – O novo capital é móvel, mas a partir do momento em que é investido torna- se fixo (método "putty-clay") • A despesa do Governo pode desencorajar o investimento privado • Dinâmica recursiva – Investimento do período anterior determina o novo capital disponível – Realizado entre 2007 e 2017, mas concentra-se apenas no período entre 2012 e 2017
  • 14. Base de referência • Continuar tendências históricas (como em Arndt et al. 2012) – 2,5% de crescimento populacional e de oferta de trabalho – 1% de expansão anual de território – Crescimento da PTF favorece contextos não-agrícolas • Resultados do investimento: – Irrigação (8% a 11%) – Extensão (8% a 17%) – Insumos (5% a 6%) • Resultados do desenvolvimento: – PIB nacional cresce em 6,9% – Agricultura cresce em 4,4%
  • 15. Impactos do PNISA PNISA Base de referência Despesa pública anual por agregado familiar rural 153,4$ 72,8$ Taxa de crescimento do PIB 7,0% 6,9% Taxa de crescimento da agricultura 5,6% 4,4% Taxa de pobreza em 2017 39,5% 40,4% Aumento total do PIB por cada dólar gasto 1,3$ Pessoas promovidas acima da linha de pobreza por cada 1000$ gastos 0,5 Duplicação da despesa pública na agricultura Aumenta o crescimento agrícola Retorno sobre o investimento positivo (Razão benefício/custo) Não tem os pobres como alvo, mas reduz a pobreza
  • 16. Alteração da carteira de despesas do PNISA PNISA Irrigação Extensão Subsídios Despesa pública anual por agregado familiar rural 153,4$ 153,4$ 153,4$ 153,4$ Taxa de crescimento da agricultura 5,6% 5,2% 6,0% 5,5% Taxa de pobreza em 2017 39,5% 40,1% 38,7% 39,5% Aumento total do PIB por cada dólar gasto 1,3$ 1,1$ 1,6$ 1,3$ Pessoas promovidas acima da linha de pobreza por cada 1000$ gastos 0,5 0,1 1,0 0,5 Realocação de fundos para...
  • 17. Alteração da eficiência da despesa PNISA Irrigação Extensão Subsídios Taxa média de crescimento anual da agricultura (%) 5,6 5,2 6,0 5,5 Custos 20% mais baixos 6,4 5,9 7,0 6,3 + impactos 20% maiores 7,0 6,4 7,9 6,9 Aumento total do PIB por cada dólar gasto 1,3$ 1,1$ 1,6$ 1,3$ Custos 20% mais baixos 1,6$ 1,3$ 2,0$ 1,6$ + impactos 20% maiores 1,9$ 1,5$ 2,4$ 1,8$
  • 18. Conclusões • Os investimentos na agricultura têm menos efeitos na produtividade dos agricultores do que em outros países • O PNISA aumenta o crescimento agrícola e reduz a pobreza – Mas fica aquém em alguns dos objetivos (por exemplo: 6% de crescimento agrícola do CAADP) • O PNISA já é um programa de grande escala (153 $ por agricultor) – Existe pouca margem para continuar a aumentar a despesa • Alterar a carteira de despesas melhora os resultados do programa – Reduzir a ênfase na irrigação origina melhores retornos – Ainda assim, não atinge o objetivo de crescimento • É absolutamente fulcral melhorar a eficiência do investimento