Este documento fornece dados sobre a frota brasileira de embarcações de esporte e lazer acima de 16 pés. A frota total é estimada em aproximadamente 70.000 embarcações abrigadas em 388 estruturas náuticas regulares visitadas em todo o Brasil, além de cerca de 14.000 embarcações em estruturas informais como postos de combustível e restaurantes à beira-mar.
3. Indústria
Náutica
Brasileira
FATOS E NÚMEROS 2012
4. ÍNDICE
6
APRESENTAÇÃO
10
INTRODUÇÃO
12
A FROTA BRASILEIRA
20
ESTRUTURAS DE APOIO NÁUTICO
36
ESTALEIROS E FABRICANTES
DE EQUIPAMENTOS
50
COMÉRCIO
54
REGIÕES NÁUTICAS
62
ANÁLISE CONJUNTURAL
74
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
80
A VISÃO DOS LÍDERES
84
METODOLOGIA
86
REFERÊNCIAS
4
5.
6. C
riado em 2011 e coordenado pela Secre-
taria Estadual de Desenvolvimento Eco-
nômico, Energia, Indústria e Serviços, o
Fórum Náutico Fluminense demonstrou ser ex-
celente ambiente gerador de reflexão estratégi-
ca a favor do Rio de Janeiro.
APRESENTAÇÃO Desde o decreto estadual que reduziu para 7%
o ICMS sobre a fabricação de embarcações de
lazer no Estado, a indústria náutica tem mantido
ritmo forte de crescimento, a taxas de 15% ao
ano, mesmo no período pós-crise global, capaz
de gerar cerca de 30 mil empregos.
O
Estado do Rio de Janeiro concentra 24,2% Endossando a recomendação das demais insti-
da infraestrutura náutica nacional. É in- tuições que compõem o Fórum, o Governo do
questionável o potencial do setor na ge- Estado apoia a concepção de um sistema de in-
ração de emprego, distribuição de renda e de- formações capaz de retratar o status econômi-
senvolvimento social. Também são evidentes as co e tecnológico dos principais estaleiros, fabri-
inúmeras possibilidades de negócios oferecidas às cantes de equipamentos e acessórios náuticos,
micro e pequenas empresas. Diante desse cenário, prestadores de serviço, marinas e importadores
o Sebrae/RJ, em parceria com o Governo do Esta- do mercado náutico local e nacional.
do do Rio de Janeiro, representantes empresariais
e instituições de apoio, ajuda na inserção competi- Temos no Governo do Rio de Janeiro a certeza
tiva de micro e pequenas empresas na cadeia pro- de que um novo referencial estatístico do setor
dutiva náutica fluminense. náutico virá a robustecer ainda mais o nosso ex-
pediente regular de formulação e execução de
A instituição atua, ainda, no estabelecimento de uma política estadual de desenvolvimento para
uma agenda positiva, capaz de conter as grandes este importante setor na economia local.
metas transformadoras a serem estabelecidas e
perseguidas em favor de micro e pequenos pro- É nesse contexto que a Secretaria de Estado de
dutores de embarcações de recreio e proprietá- Desenvolvimento Econômico, Energia, Indús-
rios de marinas e garagens náuticas. Um dos te- tria e Serviços do Governo do Estado do Rio de
mas prioritários a serem cobertos pela agenda, por Janeiro apresenta a Pesquisa Indústria Náutica
exemplo, diz respeito ao gargalo estrutural de in- Brasileira – Fatos & Números 2012, com a con-
formações desse setor. A Pesquisa Fatos & Núme- vicção de que este instrumento de informação
ros da Indústria Náutica Brasileira 2012 foi elabora- estratégica irá orientar, não apenas no Rio de
da em sintonia com os membros permanentes do Janeiro mas em todo o território nacional, uma
Fórum Náutico Fluminense justamente para criar correta e adequada tomada de decisão por par-
instrumentos sólidos de informações socioeconô- te dos agentes públicos e privados, com reflexos
micas. Assim, poderá direcionar a priorização de significativos no fortalecimento da competitivi-
projetos e ações do Sebrae/RJ e parceiros que ga- dade da base produtiva náutica e na elevação
rantam resultados relevantes e mensuráveis. dos níveis de emprego e renda oriundos dessa
indústria em escala regional e nacional.
Com isso, o Sebrae/RJ espera contribuir para
elevar a competitividade das empresas do setor
náutico e torná-lo uma alavanca de crescimento
econômico, de modo a tornar o Rio de Janeiro o
melhor lugar do Brasil para abrir e desenvolver Julio Cesar Bueno
Secretário de Estado de Desenvolvimento
micro e pequenos negócios da cadeia náutica. Econômico, Energia, Indústria e Serviços do
Governo do Estado do Rio de Janeiro e Presidente
do Conselho do Fórum Náutico Fluminense.
Cezar Vasquez
Diretor-superintendente do Sebrae/RJ
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
6
7.
8. A
ssociação Brasileira dos Construtores de Barcos - ACOBAR, e seus Imple-
mentos acredita que o caminho para o desenvolvimento profissional do
mercado náutico brasileiro passa pela formulação de políticas públicas e
associativas que, essencialmente, depende da coleta, organização e divulgação
de informações completas, atuais e fidedignas sobre o mercado náutico, que ser-
virão de referência para o processo de tomada de decisões empresariais incenti-
vando e apoiando nossas cadeias produtivas.
Somente a transparência nos dados e a coerência na atuação da náutica enquan-
to setor organizado fará com que sejam superados os entraves históricos que se
interpõem à realização plena do potencial náutico do Brasil.
Nosso potencial é imenso e internacionalmente reconhecido, como evidencia o
recente interesse de grandes empresas multinacionais do setor náutico em estabele-
cer conexões no Brasil. A indústria nacional está diante de desafios e oportunidades
igualmente inéditos, e para fazer frente a eles deve demonstrar sua capacidade de
utilizar as ferramentas que o mercado exige: informação consistente, raciocínio es-
tratégico e talento humano.
O primeiro passo está dado.
Por esta razão, nos congratulamos e expressamos nosso mais sincero agradeci-
mento ao SEBRAE-RJ, ao Banco Santander e ao Fórum Náutico Fluminense que
se engajaram na viabilização deste estudo que atende às necessidades e anseios
de um setor que luta para se desenvolver e oferecer a um número cada vez maior
de brasileiros a oportunidade de conviver com as maravilhas naturais deste país.
Eduardo Colunna
Presidente da ACOBAR
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
8
9.
10. Cada vez mais, o setor passa a ser França, Itália, Austrália e Nova Ze-
percebido como um elo importan- lândia, para citar os exemplos mais
te da cadeia produtiva da indústria evidentes, onde a cadeia produtiva
do turismo, na qual as embarcações náutica é reconhecida como uma
INTRODUÇÃO são bens de capital, não mais bens poderosa ferramenta de geração
de consumo de luxo. de emprego e renda, divisas inter-
nacionais, inovação tecnológica e
A expansão e a crescente formali- preservação do meio ambiente.
zação das atividades do setor origi-
D
esde 2005, quando a primei- naram um grande número de novas O primeiro passo dessa caminhada
ra edição deste estudo foi empresas, várias delas de micro e é apresentar ao Brasil o tamanho, a
realizada, o mercado náuti- pequeno porte, gerando empregos importância e o potencial desse se-
co brasileiro passou por grandes e renda, o que criou condições para tor. Esse é o propósito deste estudo.
mudanças, impulsionado por um uma racionalização na carga tributá-
movimento de expansão sem para- ria, com redução da alíquota de IPI O relatório Indústria Náutica Brasi-
lelo na sua história. e das alíquotas de ICMS em estados leira – Fatos & Números 2012 é uma
importantes como São Paulo, Rio de iniciativa da Associação Brasileira
Alavancadas por um crescimen- Janeiro, Santa Catarina e Bahia. dos Construtores de Barcos e seus
to da renda disponível no mercado Implementos – Acobar, patrocinada
interno, as vendas de embarcações No entanto, mesmo diante de um pelo Sebrae-RJ e pelo Banco San-
novas atingiram patamares inéditos quadro tão auspicioso e um poten- tander, e apoiada pelo Fórum Náu-
nos anos de 2008, 2009 e 2010. Nes- cial sem paralelo no mundo, o setor tico Fluminense. Tem o objetivo de
se cenário, a demanda se espalhou náutico brasileiro ainda tem gran- oferecer uma base de conhecimento
como uma onda: novos usuários des desafios e gargalos a superar sobre o status do mercado náutico
ingressaram na base da pirâmide, em todos os pontos da sua cadeia brasileiro, seus principais agentes e
adquirindo suas primeiras embar- produtiva inbound (produção e os problemas, as ameaças e as opor-
cações, enquanto os consumidores venda de embarcações) e outbou- tunidades que se apresentam para o
que já possuíam lanchas e veleiros nd (utilização das embarcações e desenvolvimento do setor.
investiram em upgrades, adquirindo serviços correlatos).
embarcações novas e usadas mais A coleta de dados foi feita por con-
sofisticadas e de maior porte. O Brasil, por seu clima e suas carac- tato direto com as mais importantes
terísticas geográficas, encerra um empresas do mercado náutico brasi-
No mercado de embarcações de dos maiores potenciais náuticos do leiro – inclusive as estruturas de apoio
luxo e grande porte, topo dessa pirâ- mundo. Para realizá-lo, é fundamen- –, entre elas marinas, garagens náuti-
mide de consumo, em que os prazos tal que se criem condições de segu- cas, iates clubes, estaleiros, fabrican-
e o custo de capital para se adap- rança institucional e de infraestrutura tes de equipamentos e acessórios,
tar ao crescimento da demanda são para suportar o crescimento do setor. varejistas, prestadoras de serviços e
muito maiores, abriram-se as portas importadoras em atividade no Brasil.
para um grande número de marcas A continuidade do ciclo de expan-
internacionais, que passaram a per- são observado nos últimos anos está Para complementar o estudo, fo-
ceber o Brasil como um mercado de condicionada à modernização das ram realizadas entrevistas pessoais
alto potencial, principalmente dian- estruturas de apoio náutico, com a com lideranças do setor e persona-
te da crise econômica que afeta os criação de novas marinas, garagens lidades ligadas ao mundo náutico,
países centrais, com destaque para náuticas e iates clubes, como tam- às quais agradecemos imensamen-
a comunidade do Euro. bém de núcleos de formação e qua- te a colaboração.
lificação de mão de obra em todos
Esse ciclo de expansão alavancou os níveis; investimentos na estrutura
não só a demanda por embarca- de fiscalização e apoio à navegação
ções e acessórios, mas também por de esporte e recreio; e redução da
estruturas e serviços de apoio náu- carga tributária incidente sobre a fa-
tico, com reflexos em todo o Brasil. bricação e a venda de embarcações.
Centros náuticos surgiram e se mo-
Marcio Malmegrin
dernizaram no litoral e, principal- Observadas essas condições, o Bra-
Independente Consultores
mente, no interior do País, onde um sil conquistará o lugar a que tem Outubro de 2012, Florianópolis,
enorme potencial náutico começa direito entre os grandes centros Ilha de Santa Catarina
a ser explorado de forma cada vez náuticos do mundo, ao lado de pa- 27°39’40” S; 48°32’42” W
mais organizada e profissional. íses como Estados Unidos, Espanha,
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
10
12. A
frota brasileira de embarca- Estudos realizados pelo Instituto de
ções de esporte e recreio Marinas do Brasil apontam que es-
acima de 16 pés compreende truturas informais de apoio náutico
A um conjunto de aproximadamente abrigam uma quantidade equiva-
70.000 embarcações, entre lanchas lente a 20% das embarcações regis-
FROTA e veleiros. tradas nas marinas regulares. Essas
estruturas informais compreendem
BRASILEIRA Para a elaboração deste estudo fo- um conjunto de aproximadamente
ram visitadas 388 estruturas regu- uma centena de pontos que incluem
lares de apoio náutico em todas as pátios de postos de combustível,
regiões do Brasil, incluindo o litoral restaurantes à beira-mar ou próxi-
dos estados das regiões Nordeste, mos de cursos d´água, hotéis e lotes
Sudeste e Sul, interior de São Pau- vazios espalhados por todo o País.
lo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Nestes locais pode-se encontrar
Grosso, Rio Grande do Sul e as ca- uma parcela expressiva das embar-
pitais dos estados de São Paulo, cações a motor com comprimento
Amazonas e Pará. Essas estruturas igual ou abaixo de 23 pés.
representam 80% do universo de
estruturas formais de apoio náutico Existem, ainda, os proprietários que
em operação no Brasil, que totaliza mantêm suas embarcações em suas
cerca de 480 pontos. próprias casas ou em poitas funde-
adas em baías, rios, lagoas e ense-
Na coleta de dados em campo, jun- adas abrigadas, sem qualquer custo
to a estas estruturas foram conta- de locação de espaço ou guarda da
bilizadas 29.996 embarcações a embarcação. Esse tipo de alocação
motor e 5.145 embarcações a vela responde por uma parcela equiva-
maiores de 16 pés. lente a 20% da frota e contém uma
parcela expressiva das pequenas
A partir destes valores foram proje- lanchas e veleiros de quilha.
tados os totais de embarcações a
motor e a vela abrigadas nas estru-
turas formais de apoio náutico, que
somam 40.574 e 6.430 unidades,
respectivamente.
12
13. FATOS E NÚMEROS 2012
13
Abaixo, a distribuição das embarcações por estrutura:
lanchas veleiros
embarcações em
estruturas regulares 40574 6431
embarcações em
estruturas IRregulares 8115 1286
embarcações ABRIGADAS
EM CASA OU POITAS 9738 1543
TOTAL 58427 9261 67687
14. A exemplo do que foi registrado na edição de 2005 da pesquisa Indústria Náutica Brasilei-
ra – Fatos & Números, predominam no mercado brasileiro as embarcações a motor, com
quase 84% do total da frota, enquanto que a participação dos barcos a vela chega a 16,3%.
16,36%
VELEIROS
83,64%
LANCHAS
A distribuição da frota de embarcações de esporte e recreio no Brasil obedece
à seguinte proporção:
DISTRIBUIÇÃO DA
FROTA POR REGIÃO
DISTRIBUIÇÃO DAS ESTRUTURAS POR REGIÃO
DISTRIBUIÇÃO DAS ESTRUTURAS POR REGIÃO (%)
120
100
80
48%
60
40 25% 53%
14% 12%
20 19% 1%
15% 8% 5%
0
SU SE NE CO N0
VELA MOTOR
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
14
15. FATOS E NÚMEROS 2012
15
Embarcações a Motor
Cerca de 60% das embarcações a motor têm até 26 pés, sendo que a categoria mais en-
contrada nas estruturas de apoio náutico pesquisadas inclui as lanchas entre 20 e 26 pés.
Essa categoria de embarcação oferece conforto para até oito pessoas, condição boa de
navegabilidade e segurança para utilização em águas costeiras e abrigadas, como baías,
enseadas e lagoas, bem como em rios e lagos. Atualmente, o valor unitário (com motor)
desse tipo de embarcação varia entre R$ 60.000,00 e R$120.000,00, dependendo do
nível de sofisticação do modelo e da potência do motor.
DISTRIBUIÇÃO DE
LANCHAS POR TAMANHO (%)
DISTRIBUIÇÃO LANCHAS POR TAMANHO
5,1 17,8
1,9 37 A 41 PÉS 27 A 32 PÉS
29,5
1,6 PÉS
51 A 60 PÉS
9,2 16 A 19 PÉS
0,6 47 A 50 33 A 36 PÉS
3126 PÉS
61 A 70 PÉS
3A 46 PÉS 20 A
0,3
42
ACIMA DE 75 PÉS
A distribuição da frota por tamanho não é homogênea nas estruturas de apoio náutico nas
diferentes regiões brasileiras.
Nas estruturas de apoio náutico pesquisadas na região Sul observa-se um perfil de frota mui-
to semelhante entre os estados de Santa Catarina e Paraná, que compartilham condições de
navegação e padrões de poder aquisitivo similar.
No caso do Rio Grande do Sul, a distribuição do tamanho da frota é influenciada pelo am-
biente náutico do Estado, que inibe a utilização de embarcações de maior porte nas águas
interiores e no litoral.
SUL
60 16 A 19 PÉS
20 A 26 PÉS
50
27 A 32 PÉS
40 32 A 36 PÉS
37 A 41 PÉS
30
42 A 46 PÉS
20 47 A 50 PÉS
51 A 60 PÉS
10
61 A 75 PÉS
0 ACIMA DE 75 PÉS
RS SC PR
16. Nos dados da região Sudeste nota-se um perfil semelhante de distribuição do tamanho das
embarcações na frota nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. A expressiva partici-
pação dos tamanhos menores no perfil de São Paulo representa a frota de embarcações de
esporte e recreio baseadas nas águas interiores do Estado.
Já o perfil da frota do Espírito Santo é composto por embarcações de menor porte e alcan-
ce, enquanto que em Minas Gerais a frota apresenta um perfil mais elitizado, apesar de ser
numericamente menor que as frotas dos estados vizinhos.
SUDESTE
60 16 A 19 PÉS
20 A 26 PÉS
50
27 A 32 PÉS
40 32 A 36 PÉS
37 A 41 PÉS
30
42 A 46 PÉS
20 47 A 50 PÉS
51 A 60 PÉS
10
61 A 75 PÉS
0 ACIMA DE 75 PÉS
SP RJ ES MG
Nas estruturas de apoio náutico da região Nordeste há uma frota com predominância
das embarcações a motor entre 20 e 26 pés, com destaque para a alta diversificação de
tamanhos, com participação de embarcações maiores nos estados onde a náutica conta
com estruturas de apoio mais sofisticadas, como a Bahia e Pernambuco.
NORDESTE
80
70 16 A 19 PÉS
20 A 26 PÉS
60
27 A 32 PÉS
50 32 A 36 PÉS
37 A 41 PÉS
40
42 A 46 PÉS
30 47 A 50 PÉS
51 A 60 PÉS
20 61 A 75 PÉS
ACIMA DE 75 PÉS
10
0
AL BA CE PB PE RN SE
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
16
17. FATOS E NÚMEROS 2012
Entre as estruturas pesquisadas na região Centro Oeste observa-se maior variedade de 17
tamanhos de embarcações em Brasília. No entanto, a pujança do mercado emergente
da região se faz notar com a participação de embarcações acima de 27 pés nas frotas
de Goiás e do Mato Grosso.
CENTRO-OESTE
90
80 16 A 19 PÉS
70 20 A 26 PÉS
60 27 A 32 PÉS
32 A 36 PÉS
50
37 A 41 PÉS
40
42 A 46 PÉS
30
47 A 50 PÉS
20 51 A 60 PÉS
10 61 A 75 PÉS
0 ACIMA DE 75 PÉS
DF GO MT
Já na região Norte percebe-se a presença crescente das embarcações entre 20 e 26 pés,
a exemplo do que acontece nas demais regiões. O ambiente náutico também favorece a
participação de embarcações maiores, até 32 pés, no Amazonas e no Pará.
NORTE
70 16 A 19 PÉS
20 A 26 PÉS
60
27 A 32 PÉS
50 32 A 36 PÉS
40 37 A 41 PÉS
42 A 46 PÉS
30
47 A 50 PÉS
20
51 A 60 PÉS
10 61 A 75 PÉS
0 ACIMA DE 75 PÉS
AM PA
19. FATOS E NÚMEROS 2012
19
Veleiros
Mais de 50% dos veleiros encontrados na pesquisa de campo têm tamanho igual ou
inferior a 26 pés, o que os torna adequados para navegação costeira e em águas abri-
gadas como lagoas, rios, baías e enseadas.
DISTRIBUIÇÃO DE
VELEIROS POR TAMANHO (%)
DISTRIBUIÇÃO VELEIROS POR TAMANHO (%)
0,9 10,4
37 A 41 PÉS
14,1 35,6
51 A 60 PÉS
2,3 PÉS 10,7
27 A 32 PÉS 16 A 19 PÉS
0,2 21,5
47 A 50 33 A 36 PÉS
61 A 70 PÉS 4,1 PÉS
42 A 46
20 A 26 PÉS
0,2
ACIMA DE 75 PÉS
As estruturas de apoio náutico pesquisadas nos estados das regiões Sudeste e Sul
abrigam as maiores flotilhas de veleiros do País e sediam grande parte dos eventos
esportivos do iatismo nacional. Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande
do Sul, Bahia, Santa Catarina e Brasília – DF reúnem 90% dos veleiros abrigados nas
estruturas de apoio náutico pesquisadas.
CO / 12,06%
NE/ 14,13%
SE / 48,70%
NO/ 1,75%
SU / 25,11%
21. FATOS E NÚMEROS 2012
21
E
stas estruturas são mantidas como parte de operações hotelei-
por empresas, em sua maioria ras ou ainda de incorporações imo-
de pequeno porte, cujo objeto biliárias de alto padrão. Localizam-
social inclui a prestação de serviços se nos pontos do litoral, onde se
e a guarda de embarcações. Além concentram os clientes com maior
de competirem entre si, estruturas poder aquisitivo, e disponibilizam
ESTRUTURAS de apoio mais simples e focadas no
mercado de embarcações de me-
infraestrutura para receber, abri-
gar ou reparar embarcações de
DE APOIO nor porte concorrem com agentes
informais que também disponibili-
esporte e recreio de grande porte.
Também oferecem uma série de
NÁUTICO zam espaços para a guarda de em-
barcações e acessos à água, como
negócios complementares com
produtos e serviço para este grupo
restaurantes, pousadas, postos de de consumidores, agregando recei-
gasolina, hotéis, loteamentos e até tas significativas à operação como
O MERCADO BRASILEIRO lotes vazios. um todo.
CONTA COM CERCA
DE 480 ESTRUTURAS No outro extremo da segmentação Neste cenário, merecem destaque
do mercado há um grupo de gran- as marinas da região da Costa Ver-
DE APOIO NÁUTICO des marinas altamente organizadas de do Rio de Janeiro (Angra dos
REGULARES QUE e estruturadas, oferecendo serviços Reis, Parati e Mangaratiba), da Bai-
ESTÃO ESPALHADAS e instalações de classe internacional. xada Santista, em São Paulo, e as
operações de alto nível mantidas
PELAS CINCO REGIÕES Estas marinas funcionam como em Salvador – BA e no litoral de
DO PAÍS. DESTAS, empreendimentos autônomos ou Santa Catarina.
APROXIMADAMENTE
13% SURGIRAM NOS
ÚLTIMOS SETE ANOS
E RESPONDEM POR DISTRIBUIÇÃO DAS
10% DAS VAGAS PARA ESTRUTURAS POR REGIÃO (%)
DISTRIBUIÇÃO DAS ESTRUTURAS POR REGIÃO (%)
BARCOS DISPONÍVEIS
NO MERCADO. 24,7 52,6 5,4 14,4 1,5
60
A REGIÃO SUDESTE 50
CONCENTRA MAIS 40
DE 50% DESTAS 30
ESTRUTURAS, EM 20
SEGUIDA APARECEM 10
AS REGIÕES SUL E 0
NORDESTE, CONFORME
SU SE CO NE N0
O GRÁFICO AO LADO.
SERIES 1
22. Vagas disponíveis
Nas estruturas de apoio náutico regulares em todo o Brasil estão disponíveis aproxi-
madamente 46.000 vagas para embarcações de esporte e recreio. Deste total, são
oferecidas pouco menos de 39.000 vagas secas e cerca de 7.000 vagas molhadas.
A distribuição de vagas por região pode ser observada nos gráficos abaixo:
DISTRIBUIÇÃO VAGAS
SECAS POR REGIÃO (%)
DISTRIBUIÇÃO VAGAS SECAS POR REGIÃO (%)
NO / 4,1
NE / 11,6
SU / 21,7
CO / 7,8
SE / 54,8
SERIES 1
DISTRIBUIÇÃO VAGAS
MOLHADAS POR REGIÃO (%) VAGAS MOLHADAS POR REGIÃO (%)
DISTRIBUIÇÃO
NO / 0,8
NE / 22,2
SU / 21,6
CO / 1,3
SE / 54,1
SERIES 1
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
22
23. FATOS E NÚMEROS 2012
A disponibilidade de vagas molhadas é maior nos estados onde há a maior concentração 23
de embarcações de maior porte: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Santa Catarina,
conforme o gráfico abaixo.
DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS MOLHADAS POR ESTADO
DISTRIBUIÇÃO VAGAS
40 MOLHADAS POR ESTADO (%)
35,7
35
30
25
20
17,1 16
15
11,4
10
5,2 5,4
5 1 1,1 2,1 2,6
0,3 0 0,1 0,1 0,7 0,2 0 0,7 0,1
0
RS SC PR SP RJ ES MG DF GO MT AL BA CE PB PE RN SE AM PA
TOTAL VAGA MOLHADA
Valores
O valor mensal cobrado para a locação de vagas nas estruturas de apoio náutico é,
via de regra, proporcional ao tamanho das embarcações e calculado em Reais por pé
(unidade de comprimento equivalente a 30,48cm) por mês.
Em média, os brasileiros gastam R$28,60/pé/mês para a guarda de embarcações em
vagas secas e R$26,50/pé/mês para a guarda de embarcações em vagas molhadas.
Estes valores, respectivamente equivalentes a US$14,10 e US$13,07 (pelo câmbio oficial
de 24/09/12), são próximos da média praticada por estruturas de apoio náutico dos
Estados Unidos e da Austrália (US$15,95), segundo levantamento do Instituto de
Marinas do Brasil e do ICOMIA.
Os valores cobrados nas estruturas de apoio náutico variam de acordo com a demanda
por vagas na região, a localização e a facilidade de acesso, além do nível de sofisticação
da infraestrutura e dos serviços disponibilizados, conforme os gráficos abaixo:
VALOR MÉDIO POR PÉ
VALOR MÉDIO POR PÉ - VAGAS SECAS POR REGIÃO (R$)
VAGAS SECAS POR REGIÃO (R$)
35
30
25
20
15
10
5
0
BRASIL / 28,6 SU / 20,1 SE / 32,6 CO / 33,5 NE / 25,7 N0 / 22,9
SERIES 1
24. VALOR MÉDIO POR PÉ
VAGAS MOLHADAS POR REGIÃO (R$) MOLHADAS POR REGIÃO (R$)
VALOR MÉDIO POR PÉ - VAGAS
35
30
25
20
15
10
5
0
BRASIL / 26,5 SU / 17,8 SE / 30,2 CO / 31,4 NE / 24,5 N0 / 23,9
SERIES 1
Empregos
As estruturas de apoio náutico no Brasil empregam aproximadamente 7.000 trabalha-
dores diretos e cerca de 5.000 trabalhadores temporários que são contratados duran-
te os períodos de maior movimento. As marinas são, ainda, a base de trabalho de cerca
de 9.000 marinheiros particulares e seus auxiliares: funcionários contratados e pagos
pelos proprietários de embarcações de médio e grande porte.
A maior parte destes trabalhadores encontra-se na região Sudeste, que concentra o
maior número de estruturas de apoio náutico e as maiores estruturas do mercado, ofe-
recendo um extenso mix de serviços para os seus usuários.
PARTICIPAÇÃO TOTAL
PARTICIPAÇÃO TOTAL DE TRABALHADORES DO SETOR
DE TRABALHADORES DO SETOR
NE / 10,4% NO/ 2,4%
CO / 4,7% SU / 16,7%
SE / 65,9%
SERIES 1
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
24
25. FATOS E NÚMEROS 2012
Salário 25
O salário médio oferecido pelas estruturas de apoio náutico no Brasil é de R$927,90.
Porém, no Rio de Janeiro, que é o mercado mais sofisticado do Brasil em termos de
serviços e estruturas de apoio náutico, o salário médio é 53% superior à média nacional.
SALÁRIO MÉDIO POR ESTADO
SALÁRIO MÉDIO
1600
POR ESTADO
1419,2
1400 1315,5 1312,5
1282,3 1263
1200
963 1036,9 1098,3 1075 1000 1048,8 1052
1000
863 859,5
800 776,9 805,2
693,8 691,2 665
600
400
200
0
RS SC PR SP RJ ES MG DF GO MT AL BA CE PB PE RN SE AM PA
SERIES 1
26. Abastecimento e segurança
O alcance das embarcações, a segurança e a qualidade da experiência náutica em uma
determinada região estão diretamente relacionados à existência de uma rede de estru-
turas de apoio náutico que ofereça abastecimento de combustível e água doce, além
de suporte em caso de emergência.
Em todas as regiões estudadas são poucas as estruturas de apoio náutico que ofere-
cem postos de abastecimento de combustível, como pode ser observado nos gráficos
abaixo. Esta escassez é explicada, na maioria dos casos, pela dificuldade em obter
licenciamento ambiental para a implantação de estruturas de abastecimento de deri-
vados de petróleo em áreas próximos à costa ou a cursos d´água.
Paradoxalmente, a inexistência de postos oficiais e controlados pelas autoridades com-
petentes aumenta o risco de contaminação durante a realização de operações impro-
visadas de abastecimento.
ESTRUTURAS QUE OFERECEM SERVIÇO
ABASTECIMENTO DE GASOLINA (% POR REGIÃO)
ESTRUTURAS QUE OFERECEM SERVIÇO ABASTECIMENTO DE GASOLINA (%POR REGIÃO)
100
9,7 9,4 7,1
90
11,8
28,6
80 19,6
24 50
29,2 21,6
70
60
50
71,4 73,2
40
66,3 61,5 66,7
30
50
20
10
0
BRASIL SU SE CO NE NO
TERCERIZADO 9,7 9,4 11,8 0 7,1 0
PRÓPRIO 24 29,2 21,6 28,6 19,6 50
NÃO POSSUI 66,3 61,5 66,7 71,4 73,2 50
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
26
27. FATOS E NÚMEROS 2012
ESTRUTURAS QUE OFERECEM SERVIÇO
ESTRUTURAS QUE OFERECEM SERVIÇO ABASTECIMENTO DE DIESEL (%POR REGIÃO)
ABASTECIMENTO DE DIESEL (%POR REGIÃO) 27
100
9,9 8,3 5,4
90 13,2 16,7
19
80 19,6
20,1 21,9 19,6
70
60
50
83,3
81 75
40
70 69,8 67,2
30
20
10
0
BRASIL SU SE CO NE NO
TERCERIZADO 9,9 8,3 13,2 0 5,4 0
PRÓPRIO 20,1 21,9 19,6 19 19,6 16,7
NÃO POSSUI 70 69,8 67,2 81 75 83,3
No que se refere às estações de rádio-base e estruturas de salvatagem, observa-se uma
disponibilidade muito maior nas estruturas de apoio náutico em todas as regiões do Brasil.
Este componente contribui para o aumento da segurança da navegação costeira. No
entanto, a concentração geográfica das estruturas de apoio náutico em torno das ca-
pitais (no caso dos estados do Nordeste) e em pontos isolados do litoral (no caso da
região Sul), limita a eficiência desta rede de apoio aos navegantes.
ESTRUTURAS QUE OFERECEM SERVIÇO ABASTECIMENTO DE DIESEL (%POR REGIÃO)
DISPONIBILIDADE DE SERVIÇO RESGATE
SALVATAGEM POR REGIÃO
0,3 0,5
100
4,4 5,2 4,4 5,4
90
80
70
66,7
60 74,7 76
75 71,4 83,3
50
40
30
20
33,3
20,6 19,8 23,2
10 19,1 16,7
0
BRASIL SU SE CO NE NO
AMBOS 0,3 0 0,5 0 0 0
TERCERIZADO 4,4 5,2 4,4 0 5,4 0
PRÓPRIO 74,7 75 76 66,7 71,4 83,3
NÃO POSSUI 20,6 19,8 19,1 33,3 23,2 16,7
28. Características das bases
de apoio náutico no Brasil
P
equenas garagens náuticas são estru-
turas que oferecem vagas cobertas e
descobertas (galpão fechado ou aberto)
para barcos com carretas próprias, rebocadas
por trator. Estas garagens incluem rampa de
descida ou subida dos barcos, mas em muitos
lugares a própria praia serve de rampa.
As instalações se resumem a um pequeno A maioria das marinas no Brasil são privadas
escritório, com depósito, lanchonete e sani- e se constituem num negócio similar a um ho-
tários. Algumas apresentam área social, com tel, no qual o hóspede é o barco. Geralmente,
churrasqueira e área sombreada. Em geral a principal receita de uma marina brasileira é
não possuem posto de combustível próprio. originada pelo aluguel de vagas, que chega a
Muitas dessas garagens náuticas são apenas representar 85% do faturamento bruto anual.
guarda-barcos e algumas estão localizadas
em áreas com forte influência de maré, con- No entanto, algumas marinas – por suas carac-
dicionando as saídas e retornos dos barcos a terísticas de localização (marina urbana, por
esse fenômeno físico. exemplo) – atendem às demandas de público
externo, que pode acessar o estabelecimento
Pelo pequeno número de barcos guardados, náutico para consumir em bares, restaurantes,
essas estruturas raramente alcançam uma re- lojas náuticas, aluguel de barcos, exposições
ceita financeira suficiente para investir em apri- de barcos, eventos sociais etc. Nesses casos,
moramentos compatíveis com as exigências a receita anual agregada pode representar até
dos proprietários de embarcações de médio e 30% do faturamento da marina, diminuindo a
grande porte. O diferencial que costumam ofe- dependência da receita do aluguel de vagas.
recer é o atendimento ao cliente.
Atualmente, a demora e a dificuldade para apro-
Marinas em geral são as estruturas que con- var a construção de uma nova marina fazem
tam com vagas secas cobertas em um nível com que o mercado brasileiro conviva com uma
ou verticalizadas, até quatro níveis (empilha- enorme demanda reprimida de vagas para bar-
mento de barcos com drystack); vagas molha- cos, o que se torna um gargalo para a produção
das, doca de combustível, rampa, equipamen- de embarcações de recreio. Isso também leva a
tos mais sofisticados para rápido lançamento tarifas muito altas de aluguel de vagas nas ma-
ou recolhimento de barcos da água (travelift, rinas e nas garagens náuticas mais procuradas,
forklift, carreta universal); estaleiro de serviços, acima inclusive do que é cobrado em outros pa-
lojas, restaurantes, bares, lavanderia, escola de íses do hemisfério norte e da Oceania.
vela, base de charter, estacionamentos para veí-
culos, hotelaria, residencial, alojamento e refeitó- A falta de marinas influencia e estimula o mer-
rio para marinheiros, centro de eventos etc. cado periférico, representado por milhares de
velejadores em todo o País que deixam seus
barcos em poitas, trapiches particulares, em
milhares de residências, em especial nas águas
interiores brasileiras; pelos píeres turísticos e/
ou de pesca, nas baías e enseadas abrigadas,
rios estuarinos etc.
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
28
29. FATOS E NÚMEROS 2012
29
Iates Clubes geralmente mantêm vagas secas
e/ou molhadas, doca de combustível, rampa,
veleria, escola de vela, restaurante, salas de jo-
gos, bares, lojas, área social, e estacionamento
para veículos. Os focos de investimento na melhoria da
estrutura física e dos serviços
A maioria destes clubes se desenvolveu sem
planejamento e ocupou o espaço físico de ter- O foco mais recente de investimento nas es-
reno e do espelho d´água conforme as neces- truturas de apoio náutico organizadas tem
sidades e condições financeiras dos sócios. sido na verticalização de vagas, substituindo
o sistema convencional de garagens cobertas
Muitos expandiram suas instalações além do para barcos. Essa alternativa permite ocupar
limite físico, gerando problemas de fluxo na terrenos com menor espaço, multiplicando o
operação náutica e no setor social. Uma mino- número de vagas.
ria, como o Iate Clube de Santos, aumentou sua
atuação instalando sub-sedes em outros muni- Da mesma forma, há crescente investimento
cípios, como Ilhabela, Parati e Angra dos Reis. em substituição de sistemas e equipamentos
convencionais por outros mais avançados, tipo
Entretanto, esses iates clubes – vários funda- drystack, travelift, trailers hidráulicos, forklifts,
dos na década de 40 – sobreviveram graças pump-out, câmeras de segurança, automati-
às atividades náuticas e à carência de vagas zação, informatização, energia solar, captação
disponíveis, enquanto dezenas de clubes con- de águas, estações de tratamento, pisos com
vencionais nas cidades vêm mostrando pouco drenagem, sinalização e comunicação.
fôlego para se manterem.
Há uma melhoria de serviços em razão de pla-
nejamento, investimentos em qualificação de
mão de obra, treinamentos, cursos e conscien-
tização ambiental, inclusive nos aspectos de
segurança nas marinas, que estimulam – posi-
tivamente – o comportamento dos usuários na
condução de seus barcos.
30. Polos de maior crescimento no
litoral e no interior do Brasil
E
m todo o País percebe-se uma expansão gradativa e
espontânea das atividades náuticas naquelas regiões
nas quais se possam aprovar marinas. Neste cenário,
predominam as estruturas de pequeno porte: as garagens
náuticas. Sua instalação é simples e rápida quando já existe
um terreno em frente às águas calmas, com abrigo natural e
protegido das ondas. Neste local constrói-se uma rampa ou
usa-se a própria praia como acesso dos barcos à água.
Assim surgem núcleos embrionários com poucos barcos,
que se desenvolve até atingir uma quantidade maior. Em lu-
gares onde nunca se viu uma embarcação de recreio, esses
núcleos atraem a curiosidade dos moradores e até de públi-
co mais distante, que encontra “a solução” para guardar seu
barco, ou então comprar um, pois terá onde deixar.
Na região Sudeste, que concentra a maioria das estruturas
de apoio náutico, não houve lançamentos de marinas de
maior porte nos últimos anos. As estruturas existentes estão
sendo continuamente ampliadas no limite de suas capacida-
des, para atender a demanda.
Em determinadas regiões do Sudeste, nota-se tendência de
diminuição no número de barcos no mesmo espaço físico,
pois os barcos maiores ocupam o lugar dos menores, às ve-
zes tomando o espaço de duas vagas pequenas para acomo-
dar um iate maior. Continua firme a preferência das marinas
por clientes com barcos maiores.
Nas demais regiões do País há vários projetos em gestação,
mas poucas realizações, com exceção da proliferação das
garagens náuticas.
Alguns poucos planos contratados pelos governos estadu-
ais e/ou municipais têm estimulado o empreendedorismo
náutico, mesmo com o esforço para a formação de associa-
ções regionais de marinas, buscando a conscientização dos
governantes e dos órgãos que influenciam no licenciamento
dessas estruturas.
Os Planos de Ordenamento Náutico são o início: estudos de
planejamento do waterfront que resultam num diagnóstico
para indicar os locais potenciais, os tipos de estruturas de
apoio náutico e o que se deve fazer para viabilizá-las numa
determinada região marítima ou em águas interiores.
Estes planos representam a referência básica para os entes
públicos e a iniciativa privada entrarem em sintonia positiva
na avaliação técnica, econômica, ambiental e social envol-
vendo várias atividades além da navegação de recreio, tais
como o transporte aquaviário, o turismo náutico, a pesca, a
aquicultura, as reservas ambientais, as praias, os esportes náu-
ticos, entre outros fatores que dividem o espaço nas águas.
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
30
32. Mercados e espaços ameaçados Marinas nas águas interiores brasilei-
ras, tendência irreversível que pode
A
s regiões que estão sofrendo degrada-
ção ambiental afastam o usuário de barco ajudar a definir um cenário melhor
de recreio, assim como turistas embarca-
dos. Por exemplo, hoje a represa de Guarapiran- A atividade náutica registra um tímido avanço para
ga, que já foi o berço de grandes velejadores e de aproveitar o potencial de milhares de quilômetros
vários iates clubes, está cercada por ocupações navegáveis nas bacias hidrográficas do País.
irregulares, que contaminam as águas e colocam
em risco a saúde dos usuários náuticos. Hidrovias, rios, lagos e represas formam um
imenso “mar interior” com longas extensões na-
A ocupação irregular das margens das represas vegáveis ultrapassando as fronteiras estaduais e
e a falta de saneamento básico colocam em xe- até nacionais, aproximando culturas e interesses
que a atividade náutica, obrigando os donos de econômicos. Nestes locais o turismo náutico se
barcos de recreio a migrar para outras regiões. insere como uma alternativa saudável, pacífica,
não poluidora, geradora de riqueza e milhares de
Em regiões onde os entraves para a aprovação postos de trabalho, diretos e indiretos.
de marinas são endêmicos, como Florianópolis
- SC, a atividade náutica se manifesta muito ti- A hidrovia Tietê-Paraná é um dos mais notáveis
midamente devido à falta de novas estruturas de cursos d´água, por sua extensão e em especial,
apoio náutico. por sua preservação ambiental em grande parte
de seus limites. Atribui-se esta situação à exis-
Especificamente neste caso, a Lagoa da Con- tência de grandes latifúndios produtivos e ao
ceição – que tem limitações de espaço físico monitoramento da operadora do sistema, em
e baixa profundidade para a navegação de re- sintonia com os órgãos ambientais dos estados
creio – está repleta de barcos grandes guar- de São Paulo e do Paraná.
dados em simples garagens náuticas ou em
trapiches particulares. Entretanto, a ocupação e o uso irregular das águas
em alguns pontos às margens da hidrovia e dos
Outro exemplo é a região do Saco da Ribei- rios a ela conectados é uma questão a ser evitada.
ra, em Ubatuba - SP, que teve uma ocupação Assim como ocorreu em grande parte do litoral
contínua e muito densa de vários tipos de brasileiro, a ameaça se dá na forma das constru-
estruturas na água, como o píer público de ções irregulares e usos antrópicos indevidos. Es-
pesca, que concentra grande movimento náu- sas irregularidades são incompatíveis com a vida
tico em seu entorno, em especial uma grande marinha, impactam e agridem a natureza, em es-
quantidade de poitas ao largo. pecial nas regiões portuárias e praias urbanas, es-
tressando o meio ambiente e afastando as opor-
A falta de um planejamento inicial e a dificulda- tunidades de receber investimentos turísticos.
de de aprovação de marinas no litoral paulista
resultaram nessa concentração de píeres, mari- No ranking dos países com maior potencial de
nas, iates clubes e barcos em poitas, disputan- explorar “waterway” (espaço de águas interio-
do o espelho d´água de maneira desordenada res navegáveis) a China lidera. A Rússia vem em
e impactante. segundo, o Brasil em terceiro e os Estados Uni-
dos ficam em quarto lugar.
No Pontal do Paraná, dezenas de garagens
náuticas surgiram ao longo de um canal artifi- Os norte-americanos adotaram um programa na-
cial construído pelo governo para fins de dre- cional de proteção de seu litoral e de suas águas
nagem e que deságua na baía de Paranaguá. interiores (“Sea Grant Program”), que abrange os
A navegação dos barcos de recreio está con- Grandes Lagos e mais de 11.000 lagos interiores
dicionada a variação das marés, devido à bai- acima de cinco hectares cada um.
xa profundidade nesse estreito canal, onde se
observam pontos de deterioração ambiental e No interior dos Estados Unidos existe um mi-
intensa ocupação habitacional e náutica. lhão de barcos de recreio. A maioria deles está
engajada voluntariamente nos programas para
A superfície das águas da baía de Guanabara ajudar as autoridades a fiscalizar aspectos am-
é afetada pelo descarte de lixo não degradável bientais relacionados com as águas, como a in-
em vários pontos. Esses locais são evitados pe- vasão de espécies exóticas de moluscos e plan-
los barcos de recreio, o que desvaloriza o patri- tas, além da denúncia de ocorrências de usos e
mônio náutico e a própria região. ocupações irregulares nas margens e nas águas.
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
32
33. FATOS E NÚMEROS 2012
33
Prevalece a consciência de preservação do Esse case de sucesso pode ser adotado no
meio ambiente onde esses velejadores e seus Brasil, justamente através das marinas que
familiares passam seus melhores momentos estão surgindo nas águas interiores como
de lazer. As marinas estão igualmente enga- grande novidade de opção de lazer e es-
jadas nesse programa, pois elas representam porte náutico. Afinal, as águas interiores não
o local onde se “confinam” os usuários dos são salgadas nem têm a dinâmica marinha,
barcos, podendo lhes transmitir consciência portanto são passiveis de sofrer deterioração
ambiental e de prevenção a acidentes, manu- em médio prazo, conforme os impactos e as
tenção de suas embarcações etc. características da região.
NOME DO PAÍS VIAS DE NAVEGAÇÃO (KM) ANO DE ESTIMATIVA
CHINA 110.000 2010
RÚSSIA 102.000 2009
BRASIL 50.000 2010
ESTADOS UNIDOS 41.009 2008
INDONÉSIA 21.579 2011
COLÔMBIA 18.000 2010
VIETNAM 17.702 2011
CONGO 15.OOO 2009
ÍNDIA 14.500 2008
BURMA 12.800 2008
ARGENTINA 11.000 2007
Fonte: Worldby Map
34. A necessidade do
marco regulatório
O
GT Náutico – coordenado pelo
Ministério do Turismo – reúne
vários ministérios, agências, au-
tarquias e secretarias, juntamente com Outras barreiras
representantes da iniciativa privada, que
defendem os interesses do setor náuti- dificultam a viabilização
co, no qual as marinas estão Incluídas. de marinas:
Vários esforços são desenvolvidos para A tributação excessiva sobre a impor-
remover barreiras ao desenvolvimento tação de equipamentos essenciais para
do mercado náutico no País, incluindo a a operação de estruturas modernas tais
reformulação dos critérios de aprovação como forklifts, travelift, trailers hidráulicos,
das marinas, que não foram planejados pump-outs, ainda sem similares no País
no passado, quando elas não existiam. que possam garantir a mesma segurança,
durabilidade e qualidade alcançada pelos
Nos primórdios da atividade náutica, fabricantes estrangeiros, dado à expertise
apenas iates clubes eram aprovados por e décadas de estudo e investimentos de
uma autorização especial do Presidente pesquisa nesse tipo de tecnologia.
da República. As marinas foram surgin-
do e cada aprovação era uma surpresa A inexistência de um programa de desas-
para o próprio governo, pela falta de um soreamento e fixação de barras de rios
marco regulatório. estuarinos, que perderam profundidade
original para atender o acesso ou a saída
Nas últimas três décadas, o processo de de embarcações miúdas e médias, tanto
regularização de uma estrutura de apoio de recreio quanto de pesca.
náutico exigia reunir técnicos e adaptar
estruturas de diferentes ministérios para
avaliar a aprovação ou rejeição de uma NESSA IMERSÃO PARA
marina, numa iniciativa dos órgãos de li- IDENTIFICAR AS DIFICULDADES
cenciamento ambiental. E EXPECTATIVAS DO SETOR
NÁUTICO HÁ CONSENSO NO GT
Até os dias de hoje, os empreendedo-
NÁUTICO E REPERCUSSÃO NO
res e investidores de marinas empregam
recursos e tempo consideráveis para MERCADO E NA SOCIEDADE DE
desenvolver estudos e relatórios de im- QUE O BRASIL DEVE SOLTAR
pacto ambiental, sem parâmetros defi- AS AMARRAS DA BUROCRACIA
nitivos estabelecidos para este fim. E APROVEITAR MELHOR SEUS
RECURSOS NATURAIS PARA O
TURISMO DA NAVEGAÇÃO DE
RECREIO, QUE É UMA ATIVIDADE
CONSAGRADA NA MAIORIA DOS
PAÍSES DESENVOLVIDOS.
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
34
36. ESTALEIROS
E FABRICANTES
DE EQUIPAMENTOS
Estaleiros
O
s estaleiros brasileiros especiali-
zados na fabricação de embarca-
ções de esporte e recreio ofere-
cem ao mercado uma gama completa de
produtos que inclui desde caiaques, pran-
chas a vela e motos aquáticas até iates
de alto luxo, trawlers e veleiros de longo
curso, capazes de dar a volta ao mundo.
Apesar de a atividade de construção na-
val destinada ao esporte e recreio datar
do início do século XX, somente na déca-
da de 1960 surgiram as primeiras opera-
ções industriais especializadas no setor,
trabalhando a partir de encomendas e,
posteriormente, formando os primeiros
estoques de produtos acabados.
As iniciativas pioneiras tiveram origem
nos estados do Rio de Janeiro e São
Paulo, não por acaso os dois principais
polos de geração de demanda no mer-
cado nacional. Ali, as primeiras opera-
ções se consolidaram e viabilizaram a
expansão da náutica por diversos pon-
tos do litoral e do interior do Brasil.
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
36
38. A partir da década de 1980, com o aumento da visibilidade da náutica no cenário
brasileiro, houve um crescimento no número de estaleiros e o mercado pôde ob-
servar o surgimento de novas operações industriais e novas marcas focadas na
demanda crescente das regiões Sul e Nordeste do Brasil. Esse movimento foi refor-
çado pelo crescimento e pela estabilidade econômica que tiveram lugar a partir de
meados da década de 1990, com o advento do Real.
Nesse período começaram a se desenvolver os embriões dos novos centros de produção
náutica, que se consolidaram nos últimos vinte anos e se mantêm pujantes até o presente,
entre os quais merecem destaque as regiões da Grande São Paulo, Baixada Fluminense e os
estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas e Pernambuco.
As regiões Sudeste e Sul concentram mais de 85% dos estaleiros, com destaque
para os estados de São Paulo (35% do total de estaleiros), Santa Catarina (21% do
total) e Rio de Janeiro (14%).
PARTICIPAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
SE / 52%
NE/ 11%
CO / 1%
SU / 36%
Em que pese a qualidade dos produtos desenvolvidos e construídos pelos estaleiros
nacionais e a existência de movimentos incipientes dirigidos ao mercado externo, o
principal foco dessas empresas é, sem dúvida, o mercado brasileiro, que se encontra
em expansão e com perspectivas de continuidade para os próximos anos.
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
38
39. FATOS E NÚMEROS 2012
39
No passado recente, merece destaque o início Logicamente, a construção e a comerciali-
das operações no Brasil de estaleiros de origem eu- zação de embarcações maiores demandam
ropeia e norte-americana, que, confrontados com a expertise mais elevada e uma estrutura de
crise econômica nos mercados de origem, vieram capital mais robusta, que suporte o ciclo de
disputar uma fatia do crescente mercado brasileiro. produção, o que limita o número de competi-
dores nessa faixa de mercado. Por essa razão,
Atualmente, o mercado conta com cerca de 120 observa-se que a concorrência no mercado
estaleiros formais em operação e que produzem náutico é mais acirrada entre os fabricantes
embarcações de 16 pés ou mais, foco principal de embarcações menores, que oferecem mix
desta pesquisa. Nesse universo, 70% dos estalei- de produtos semelhantes entre si.
ros produzem apenas lanchas e 15% deles oferecem
modelos de 50 pés ou mais. Os estaleiros dedicados Entre os estaleiros pesquisados que produ-
apenas à produção de veleiros representam 13% do zem lanchas movidas a motor de popa, temos
total, e o restante dos fabricantes oferece um mix a seguinte distribuição de modelos oferecidos
de produtos variados que inclui infláveis, monotipos ao mercado:
com tamanho inferior a 16 pés e até trawlers de lon-
go curso, fabricados por encomenda.
OS TAMANHOS DE BARCOS A MOTOR DE POPA MAIS PRODUZIDOS
QUAIS SÃO OS TAMANHOS DE BARCOS A MOTOR DE POPA PROZUIDOS PELO ESTALEIRO?
PELO ESTALEIROS RESPONDENTES SÃO 24, 16, 19 E 21 PÉS
6%
33 A 36 PÉS
2%
42 A 46 PÉS
11%
27 A 32 PÉS
54%
20 A 26 PÉS
27%
16 A 19 PÉS
Entre os estaleiros que produzem lanchas movidas a motor de centro ou centro-rabeta, temos a seguinte
distribuição de modelos oferecidos ao mercado:
OS TAMANHOS DE BARCOS A MOTOR DE CENTRO OU CENTRO-RABETA
QUAIS SÃO OS TAMANHOS DE BARCO COM MOTOR DE SÃO 30, 35 E 26 PÉS. ESTALEIRO?
MAIS PRODUZIDOS PELOS RESPONDENTES CENTRO PROZUIDOS PELO
5%
ACIMA DE 75 PÉS
6%
51 A 60 PÉS
10%
42 A 46 PÉS
10%
33 A 36 PÉS
30%
27 A 32 PÉS
2%
16 A 19 PÉS
6%
61 A 70 PÉS
3%
47 A 50 PÉS
10%
37 A 41 PÉS
18%
20 A 26 PÉS
40. Entre os estaleiros pesquisados que produzem veleiros, temos a
seguinte distribuição de modelos oferecidos ao mercado:
OS TAMANHOS DE VELEIROS MAIS OFERTADOS
PELOS ESTALEIROS SÃO 16, 28, 33 e 43 PÉS
QUAIS SÃO OS TAMANHOS DE VELEIROS PROZUIDOS PELO ESTALEIRO?
5%
ACIMA DE 75 PÉS
9%
47 A 50 PÉS
14%
33 A 36 PÉS
14%
27 A 32 PÉS
27%
16 A 19 PÉS
5%
61 A 75 PÉS
14%
42 A 46 PÉS
5%
37 A 41 PÉS
9%
20 A 26 PÉS
É importante destacar que as característi- com produtos semelhantes fabricados por
cas semiartesanais e altamente especiali- empresas de maior porte a preferência dos
zadas do processo de fabricação de uma consumidores.
embarcação de esporte e recreio viabilizam
a coexistência de estruturas produtivas de A alocação da força de trabalho nos estalei-
diferentes tamanhos dentro do mercado, ros pesquisados se concentra, pela ordem, na
sem prejuízo para a qualidade e competiti- produção, seguida pela área administrativa,
vidade do produto final. Isso significa que vendas, desenvolvimento de produto e pós-
pequenos estaleiros, que operam com pa- vendas, conforme pode ser observado nos
drões de qualidade de processo e produto, gráficos abaixo.
mantêm-se ativos no mercado e disputam
FUNCIONÁRIOS PRODUÇÃO
FUNCIONÁRIOS PRODUÇÃO
11,5% / ACIMA DE 100 23,1% / ATÉ 10
FUNCIONÁRIOS
3,8% / ENTRE 71 e 80
11,5% / ENTRE 51 e 60
3,8% / ENTRE 41 e 50
26,9% / ENTRE
3,8% / ENTRE 31 e 40 11 E 20
15,9% / ENTRE 21 E 30
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
40
41. FATOS E NÚMEROS 2012
41
FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS
FUNCIONÁRIOS BACKOFFICE FUNCIONÁRIOS PÓSPÓS VENDAS
FUNCIONÁRIOS VENDAS
7,7% / ENTRE
21 E 30 20% /
7,7% /
ZERO
ENTRE
11 E 20
80% / ATÉ 10
FUNCIONÁRIOS
84,6% / ATÉ 10
FUNCIONÁRIOS
FUNCIONÁRIOS VENDAS VENDAS
FUNCIONÁRIOS
8% / ENTRE
12% / ZERO
21 E 30
8% / ENTRE
11 E 20
72% / ATÉ 10
FUNCIONÁRIOS
FUNCIONÁRIOS DES. PRODUTO
FUNCIONÁRIOS DES. PRODUTO
3,8% / ENTRE
11,5% / ZERO
21 E 30
3,8% / ENTRE
11 E 20
80,8% / ATÉ 10
FUNCIONÁRIOS
42. Com relação ao nível de escolaridade dos funcionários, temos
a seguinte distribuição nas empresas respondentes:
ESCOLARIDADE MÉDIA FUNCIONÁRIOS DIRETOS DOS ESTALEIROS
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO VENDASVENDAS
4% 4% 9%
NÃO RESPONDEU NÃO RESPONDEU
22% 13% FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO
INCOMPLETO 9% 13%
COMPLETO
ENSINO MÉDIO SUPERIOR
COMPLETO INCOMPLETO
13%
SUPERIOR SUPERIOR
INCOMPLETO COMPLETO
SUPERIOR PÓS-GRADUAÇÃO /
9% COMPLETO MESTRADO
39% 48% 17%
PÓS-GRADUAÇÃO / DOUTORADO
MESTRADO
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO ADMINISTRATIVO
ADIMINISTRATIVO
16% FUNDAMENTAL
12% 19% ENSINO MÉDIO
INCOMPLETO COMPLETO
FUNDAMENTAL SUPERIOR
COMPLETO COMPLETO
19% 46% 38% 31%
ENSINO MÉDIO SUPERIOR
INCOMPLETO INCOMPLETO
ENSINO MÉDIO PÓS-GRADUAÇÃO /
19% COMPLETO MESTRADO
PÓS VENDAVENDA
PÓS
NÃO RESPONDEU
FUNDAMENTAL
INCOMPLETO
45% 14%
FUNDAMENTAL
COMPLETO
ENSINO MÉDIO
4% INCOMPLETO
ENSINO MÉDIO
COMPLETO
5% 14% SUPERIOR
INCOMPLETO
SUPERIOR
9% 9% COMPLETO
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
42
44. O que se reflete na remuneração média dos profissionais de cada setor:
SALÁRIO MÉDIO FUNCIONÁRIOS DIRETOS DOS ESTALEIROS
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO PRODUÇÃO PRODUÇÃO
17% 4%
NÃO RESPONDEU
4% 18% ENTRE 2 E 3*
ENTRE 3 E 5*
ENTRE 1 E 2*
4% ENTRE 5 E 7*O
ENTRE 2 E 3*
ENTRE 7 E 10* 19% 66%
9% ENTRE 3 E 5*
ENTRE 10 E 15*
*SALÁRIOS MÍNIMOS
44% ENTRE 15 E 20*
15%
*SALÁRIOS MÍNIMOS
VENDAS
VENDAS ADMINISTRATIVO
ADIMINISTATIVO
9% 4% 12%
4% NÃO RESPONDEU
4% 4% ENTRE 1 E 2* 8% 19% ENTRE 1 E 2*
ENTRE 2 E 3* ENTRE 2 E 3*
ENTRE 3 E 5* ENTRE 3 E 5*
18% 4%
31% ENTRE 5 E 7* ENTRE 5 E 7*
ENTRE 7 E 10* ENTRE 7 E 10*
ENTRE 15 E 20* 42% ENTRE 10 E 15*
26% 15%
ACIMA DE 20* *SALÁRIOS MÍNIMOS
*SALÁRIOS MÍNIMOS
PÓS VENDA
PÓS VENDA
5% 14%
4% NÃO RESPONDEU
4% 9% ENTRE 1 E 2*
ENTRE 2 E 3*
ENTRE 3 E 5*
ENTRE 5 E 7*
ENTRE 10 E 15*
32% ENTRE 15 E 20*
32%
*SALÁRIOS MÍNIMOS
INDÚSTRIA
NÁUTICA
BRASILEIRA
44