Este documento resume a 12a aula sobre o capítulo 6 do Apocalipse. Ele discute os quatro primeiros selos que representam os efeitos da depravação humana: ambição, guerra, fome e morte. Também analisa a oração dos santos pedindo vingança e justiça divina diante dos martírios sofridos, preparando para a abertura do quinto selo.
2. Pois bem, quem poderia nos ajudar
fazendo um breve resumo de nossas
aulas sobre os capítulos 4 e 5?
3. Finalmente o Cordeiro – Àquele que é
digno - está com o livro e começa
então a abrir seus selos.
Mas, o que significam estes selos?
4. Sobre estes selos precisamos saber:
1.A abertura dos selos está
intimamente ligada à seção central do
Livro de apocalipse, quero dizer, os
três grandes juízos de Deus: os selos,
as trombetas e as taças.
5. Sobre estes selos precisamos saber:
2. São juízos preliminares sobre a terra
que preparam o leitor para as
trombetas e as taças.
3. Estão divididos em duas partes: os
quatro primeiros selos (juízos sobre a
terra); os três últimos (juízos cósmicos)
6. 4. O rolo só é aberto depois de todos
os setes selos terem sido rompidos.
Assim devemos entender que o
conteúdo do livro está mais relacionado
com as trombetas, as taças e aos
eventos seguintes descritos
nos capítulos 17-20.
7. Assim, devemos refletir nestes juízos
como um todo, pois, apesar de
distintos entre si o propósito
se completa. Mas, o que iremos
encontrar nestes juízos?
Osborne propõe sete temas principais.
São eles:
8. 1. Eles são, de fato, Juízos de Deus
derramados sobre os habitantes da
terra. Os santos, como sabemos a
partir de 3. 10 / 7. 1 a 8 / 9.4 e 16.2,
são protegidos e estão salvo desses
juízos.
Ouçamos o que nos diz a palavra:
9. Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te
guardarei da hora da tentação que
há de vir sobre todo o mundo, para
tentar os que habitam na terra.
10. E foi-lhes dito que não fizessem dano
à erva da terra, nem a verdura alguma,
nem a árvore alguma, mas somente
aos homens que não têm nas suas
testas o sinal de Deus.
E foi o primeiro, e derramou a sua taça
sobre a terra, e fez-se uma chaga má e
maligna nos homens que tinham o sinal
da besta e que adoravam a sua
imagem.
11. O principio é a ‘lex talionis’ ( a lei da
retribuição), que regeu não somente a
lei romana, como também a lei do AT.
Como Paulo muito bem enfatizou
quando disse: "Não erreis: Deus não se
deixa escarnecer; porque tudo o que o
homem semear, isso também ceifará."
(Gálatas 6 : 7)
12. 2. Esses juízos são a resposta de Deus
às orações imprecatórias dos santos
que clamas por justiça e vingança.
Como está relatado no vers. 10.
E clamavam com grande voz, dizendo:
Até quando, ó verdadeiro e Santo
dominador, não julgas e vingas o nosso
sangue dos que habitam
sobre a terra?
13. 3. A soberania de Deus é enfatizada
todo tempo para mostrar que nem
mesmo as forças demoníacas
podem fazer coisa alguma
sem sua permissão.
E vi outro anjo subir do lado do sol
nascente, e que tinha o selo do Deus
vivo; e clamou com grande voz aos
quatro anjos, a quem fora dado o poder
de danificar a terra e o mar...
14. 4. De igual modo, em todo tempo
percebemos que Deus não precisa
ordenar que o mal faça sua vontade,
mas simplesmente o deixa operar.
E foi-lhes permitido, não que os
matassem, mas que por cinco meses
os atormentassem; e o seu tormento
era semelhante ao tormento do
escorpião, quando fere o homem
15. Na verdade, o juízo de Deus começa
com ele permitindo que a depravação
humana complete seu ciclo, quando a
ganância por conquista leva à guerra
civil e, então, à morte de um quarto da
humanidade. Vamos também ver no
cap. 9 que Deus permite que os
demônios torturem e matem seus
próprios seguidores.
Colhe-se o que se semeia!
16. 5. A resposta dos habitantes da terra
prova sua depravação total, pois eles
(com a única exceção em 11.13) se
recusam a se arrepender e preferem
adorar seus próprios
poderes demoníacos que se
voltaram contra eles.
17. 6. No entanto, percebemos também
que seus juízos são um ato de
misericórdia pois eles expõe a
fragilidade dos deuses terrenos e
conclamam a humanidade pecadora:
“temei a Deus e dai-lhe glória; porque a
hora do seu juízo chegou”
18. 7. Há uma demolição progressiva da
criação à medida que a ordem criada é
abalado com o episódio dos selos. Isso
prepara para a consumação final,
quando este mundo será destruído.
19. Pois bem, diz-nos o texto:
Primeiro selo:
1 E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos
selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais,
que dizia como em voz de trovão: Vem, e
vê. 2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o
que estava assentado sobre ele tinha um
arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu
vitorioso, e para vencer.
20. Não há um consenso sobre quem se
assenta sobre este cavalo. A proposta
mais plausível é também a mais
abrangente possível e defende que
este cavaleiro representa toda
humanidade colocando a si mesma em
uma posição de superioridade acima
do próprio Deus...
21. ...Visto que os cavaleiros estão
alegoricamente estão relacionados aos
desejos ou à ganância humana, às
guerras e suas consequências. Deste
modo, nestes quatro selos
interconectados – repito – o juízo de
Deus é permitir que a depravação
humana siga seu curso. Não são forças
demoníacas, e sim humanas.
22. Segundo selo:
E, havendo aberto o segundo selo, ouvi
o segundo animal, dizendo: Vem, e vê.
4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao
que estava assentado sobre ele foi
dado que tirasse a paz da terra, e que
se matassem uns aos outros; e foi-lhe
dada uma grande espada.
23. Antes de qualquer coisa, precisamos
notar que há uma clara progressão:
cada cavalo representa um aspecto da
depravação e cada um deles leva ao
seguinte. Neste segundo cavalo – o
vermelho – a ambição pela conquista
se converte em guerra à medida que a
depravação humana se volta contra si
mesma e se torna autodestrutiva...
24. Lembro aos irmãos que o cavaleiro
recebe permissão para três ações:
Tirar a paz da terra.
Levar as pessoas a matarem ou
massacrarem umas às outras.
Utilizar a espada para seu
propósito sangrento.
25. Terceiro selo:
5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi
dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei,
e eis um cavalo preto e o que sobre ele
estava assentado tinha uma balança na
mão. 6 E ouvi uma voz no meio dos quatro
animais, que dizia: Uma medida de trigo por
um dinheiro, e três medidas de cevada por
um dinheiro; e não danifiques o azeite
e o vinho.
26. Tendo os dois primeiros selos total
ligação com as coisas que geram as
guerras e com as próprias guerras em
si, o segundo e o terceiro selo estão
ligados às consequências
destas guerras. Neste caso, em
particular, estão a fome e os preços
exorbitantes identificados pelos termos:
‘balança na mão’
‘medida de trigo’
27. Ainda há uma expressão curiosa no fim
do versículo 6 e vale refletir sobre ela:
e não danifiques o azeite
e o vinho.
28. Roma passou por várias situações de
escassez severa de grãos. Numa
delas, o Imperador Domiciano decretou
que metade da vinhas fosses
destruídas para plantação de grãos, a
revolta foi tão grande que ele cancelou
o decreto. Mas o que isso tem a ver
com o texto?
29. Quando Deus diz: não danifiqueis o
azeite e o vinho. Ele está dizendo que
qualquer tentativa de proteger o povo
será inútil diante do juízo divino, pois
certamente colherá o que plantou em
sua vida de pecado.
30. Quarto Cavaleiro
7 E, havendo aberto o quarto selo,
ouvi a voz do quarto animal, que dizia:
Vem, e vê.8 E olhei, e eis um cavalo
amarelo, e o que estava assentado
sobre ele tinha por nome Morte; e o
inferno o seguia; e foi-lhes dado poder
para matar a quarta parte da terra, com
espada, e com fome, e com peste, e
com as feras da terra.
31. Esse é o selo culminante. Seu
cavaleiro é chamado de morte. O
Hades ou Inferno, é o companheiro
maligno da morte e o retrata andando
atrás da morte recolhendo
os seus cadáveres.
32. Em fim, estes quatro selos resumem os
efeitos da depravação humana à
medida que os cavaleiros tiram as
amarras dos pecados mais horrendos
da humanidade:
ambição pela conquista,
guerras, fome, praga/morte.
33. Repito: Os juízos de Deus começarão
com sua permissão para que os
pecados cumpram seus ciclos. A
humanidade colherá de modo totalitário
todo fruto de suas
escolhas pecaminosas.
34. Isso, hoje, deve nos alarmar sobre
estes terríveis efeitos que o pecado
tem sobre aquele que o pratica. Pois o
pecado, na verdade, traz morte e
destruição. Aliás, não somente no juízo
final, mas também traz morte e
destruição na vida presente. O pecado
mata famílias, sonhos, ideais,
relacionamentos, etc.
35. Deste modo, acredito que a forma mais
coerente de se terminar essa aula deve
ser perguntando:
Como eu lido com o pecado?
Qual é sua força na minha vida?
Até que ponto ele determina
meus passos?
37. Como lemos, finalmente chegamos à
abertura dos selos e em nossa primeira
aula sobre o tema aprendemos um
pouco sobre o significado
desses selos.
Como por exemplo:
38. 1.A abertura dos selos está
intimamente ligada à seção central do
Livro de apocalipse, quero dizer, os
três grandes juízos de Deus: os selos,
as trombetas e as taças.
39. 2. Os selos são juízos preliminares
sobre a terra que preparam o leitor
para as trombetas e as taças.
3. Estão divididos em duas partes:
Os quatro primeiros selos:
(juízos sobre a terra)
Os três últimos:
(juízos cósmicos)
40. 4. O rolo – o livro - só será aberto
depois que todos os setes
selos forem rompidos.
Assim, devemos entender que o
conteúdo do livro está mais relacionado
com as trombetas, as taças e com os
eventos seguintes descritos
nos capítulos 17-20.
41. Deste modo, caminhamos até o quarto
selo e, repito, aprendemos que o juízo
de Deus é seu tema central.
Do juízo experimentado pelos
habitantes da terra, a cena agora muda
para o céu com uma atenção especial
para aquilo que os habitantes da terra
fizeram, têm feito e farão aos santos; e,
novamente, aborda a justiça divina.
42. E o que determina, já num segundo
momento, esse caminho está ligado
não somente ao que João vê, mas,
principalmente, ao que ele, neste
momento, ouve.
E o que ele ouve?
43. João ouve a oração dos santos:
E clamavam com grande voz,
dizendo: Até quando, ó verdadeiro
e Santo Dominador, não julgas e
vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?
44. Do que trata essa oração?
O que os santos querem
com esta oração?
49. Que também é um tema muito
importante em apocalipse e que ecoa
as palavras de Jesus em seus
evangelhos quando este alertou seus
discípulos para contarem com
perseguições terríveis, além da traição
de familiares, o que resultariam em
mortes. Como lemos em Marcos 13.
...
50. 9 Mas olhai por vós mesmos, porque
vos entregarão aos concílios e às
sinagogas; e sereis açoitados, e sereis
apresentados perante presidentes e
reis, por amor de mim, para lhes servir
de testemunho.10 Mas importa que o
evangelho seja primeiramente pregado
entre todas as nações.
51. 11 Quando, pois, vos conduzirem e
vos entregarem, não estejais
solícitos de antemão pelo que
haveis de dizer, nem premediteis;
mas, o que vos for dado naquela
hora, isso falai, porque não sois vós
os que falais, mas o Espírito Santo.
52. 12 E o irmão entregará à morte o
irmão, e o pai ao filho; e levantar-
se-ão os filhos contra os pais, e os
farão morrer.13 E sereis odiados
por todos por amor do meu nome;
mas quem perseverar até ao fim,
esse será salvo.
53. Como vimos, o próprio Jesus alertou
seus discípulos e nos alerta sobre
terríveis perseguições seguidas por
martírios. O texto de apocalipse aqui
reflete essa mensagem. Deste modo,
devemos compreender que a ligação
entre ‘martírio e juízo’ é sim possível e
apropriada, pois uma das ênfases
principais do livro é a ‘lex talionis’ ou a
lei da retribuição...
54. ...que, neste caso, defende o motivo
pelo qual Deus precisa julgar a
humanidade ímpia e rebelde.
O que se encontra em 6. 15 a 17 é o
detalhamento da resposta de Deus às
orações de imprecação feitas pelos
santos martirizados.
55. Voltando ao texto, já a partir do
versículo 9 que é o texto base de
nossa aula, pergunto:
O que João viu após a abertura
do quinto selo?
56. “...vi debaixo do altar as almas
daqueles que tinham sido
mortos por causa da palavra
de Deus e por causa do
testemunho que mantinham.”
Apocalipse 6:9
57. Essa é uma visão totalmente
influenciada pela prática
veterotestamentária (aquilo que diz
respeito ao Antigo Testamento), mais
especificadamente a
Êxodo 29. 10 - 12
Levítico 4: 1 - 7.
Ouçamos ao menos o texto de Êxodo
58. Farás chegar o novilho diante da tenda
da revelação; e Arão e seus filhos porão
as mãos sobre a cabeça do novilho.
Matarás o novilho perante Jeová à
entrada da tenda da revelação. Depois
tomarás do sangue do novilho, e com o
teu dedo o porás sobre os chifres do
altar; todo o resto do sangue derramá-lo-
ás ao pé do altar.
Êxodo 29:10-12
59. O que nos diz quando traça esse
paralelo é que, para Ele, os seus filhos
que foram martirizados por causa do
nome de Jesus Cristo são, claramente,
retratados como aqueles que foram
recebidos como sacrificados ofertas
sem eu altar.
60. É nosso dever ainda ressaltar os
motivos que os levaram ao cabo da
vida. São eles:
Obediência à Palavra
Testemunho por amor a
Jesus Cristo.
61. Fato é que não somente aqui, mas em
apocalipse em todo sofrimento e em
toda perseguição a igreja é
apresentada como uma igreja que
testemunha. Quer dizer, os crentes não
fugiram covardemente para salvar suas
vidas e, muito menos, fizeram
concessões a fim de evitar a
perseguição. Pelo contrário,
mantiveram firmes seu testemunho.
62. Osborne diz que este sim é um
sacrifício celestial, e o clamor por
vingança é feito literalmente na
presença Daquele que se assenta
sobre o trono e, de modo algum,
denota uma ética inferior já que
existem os que defendem a tese de
que eles deveriam clamar por
arrependimento e salvação
de seus algozes...
63. Seria uma ‘ética inferior’ se a vingança
esperada fosse uma vingança pessoal,
o que não é o caso, pois o contexto
que remonta o passado, presente e
futuro, trata de uma justiça pública. São
os santos diante do justo Juiz
apresentando suas queixas para que
seus perseguidores sejam julgados. O
que ressalta a justiça divina e a
centralidade de sua soberania na vida
e na morte de seus filhos.
64. Assim eles oram e Deus responde. A
resposta divina se dá de duas formas:
Primeiro Ele dá a cada um dos mártires
(repito: ‘Ele dá”, o que indica sua
soberana vontade); enfim, Ele dá
‘túnicas brancas’ que se assemelham:
...
65. À ‘túnica longa’ de Cristo – 1.13
Às ‘vestimentas brancas’ prometidas
aos fiéis e dignos de Sardes – 3. 4,5
Às ‘roupas brancas’ dos vinte e quatro
anciãos – 4.4
Tais roupas significam vitória, posição
elevada, pureza, assim como
também um sinal da glória da
recompensa celestial.
66. O fiel à Deus será definitivamente:
Vitorioso
Elevado
Purificado
Glorificado
Recompensado
Essa foi a resposta de Deus parte 1.
67. Já num segundo momento de sua
resposta Deus chama os mártires a
terem a mesma paciência que
caracterizou sua vida de perseverança
na terra. Diz-nos os textos:
1.9 Eu, João, que também sou vosso
irmão, e companheiro na aflição, e no
reino, e paciência de Jesus Cristo...
68. 2. 2, 3 e 19: Conheço as tuas obras, e
o teu trabalho, e a tua paciência,...
E sofreste, e tens paciência; e
trabalhaste pelo meu nome, e não te
cansaste... Eu conheço as tuas obras,
e o teu amor, e o teu serviço, e a tua
fé, e a tua paciência, e que as tuas
últimas obras são mais do que as
primeiras.
69. 3. 10 Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te
guardarei da hora da tentação que há
de vir sobre todo o mundo, para tentar
os que habitam na terra.
13.10... Aqui está a paciência e a
fé dos santos.
14. 12 Aqui está a paciência dos
santos; aqui estão os que guardam os
mandamentos de Deus
e a fé em Jesus.
70. Paciência, esta foi parte da segunda
parte de sua resposta.
Paciência... “e foi-lhes dito que
esperassem um pouco mais, até que
se completasse o número dos seus
conservos e irmãos, que deveriam ser
mortos como eles.”
Apocalipse 6:11
71. Pergunto:
Qual expressão, nesta resposta divina,
deveriam os mártires se firmarem e se
alegrarem?
Qual expressão denota a certeza divina
de que eles seriam vindicados?
72. ‘por um pouco mais’
Ou
‘ainda um pouco de tempo’
Ou
‘ainda um pouco’
O que Deus quis dizer com
essas palavras?
73. Deus, com estas palavras, mais uma
vez, garante aos seus filhos que o
escaton (fim do mundo)
é certo e está próximo e que Ele
juntamente com seu filho está no
controle desse processo – esperem
um pouco mais de tempo.
...
74. E mais, apocalipse 12.12 nos revela
que até mesmo satanás sabe dessa
verdade. Ouçamos:
12.12 Por isso alegrai-vos, ó
céus, e vós que neles habitais. Ai
dos que habitam na terra e no
mar; porque o diabo desceu a
vós, e tem grande ira, sabendo
que já tem pouco tempo.
75. Para finalizar nossa aula, cito mais
uma vez, Osborne quando disse:
“Há, provavelmente, um significado
duplo em ‘esperar’, que significa não
apenas esperar, mas também
‘descansar’. Esse versículo forma
paralelo com 14.13, em que os santos
martirizados são informados de que
“descansarão de seus trabalhos”
no céu...
76. ...com a túnica branca de glória. Essa é
a promessa de que eles descansarão
na glória do céu, enquanto “aguardam”
a consumação da vitória de
Deus em seu favor.
Na verdade, são dois conselhos divinos
que se revelam extremamente
desafiadores, sobretudo
para os nossos dias:
esperar e descansar em Deus.
77. Pois, na verdade, um completa o outro
e ambos denunciam o quanto cremos e
confiamos Nele. Pois para Deus,
espera sem descanso não é espera.
Assim termino nossa aula, como uma
pergunta para nossa reflexão final.
Diante de tais palavras: “espere ainda
por um pouco mais de tempo.”
Qual tem sido sua reação?
79. Na aula passada refletimos muito sobre
a oração dos mártires contida neste
capítulo. Assim nos diz o texto: Até
quando, ó Verdadeiro e
Santo Dominador, não julgas e
vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?
80. Fato é que a resposta de Deus à essa
“oração-pergunta” dos mártires é
tanto IMEDIATA quanto
DEFINITIVA E FINAL. Deste modo,
o fim iminente da história é
representado, como lemos, primeiro
no tradicional ABALO DO CÉU.
81. A abertura do sexto selo é vista como
um arauto cósmico de eventos futuros
e iminentes que anunciam a volta de
Jesus Cristo, visto que esses abalos se
repetem na sétima trombeta e na
sétima taça, como veremos, e, em
ambos a ênfase está na vinda
de Deus em Juízo.
82. Quero, nesta aula, e mais do que em
qualquer outra tentar trabalhar o texto
paulatinamente ou seja, momento a
momento, episódio pós episódio.
Assim, lemos que novamente é Cristo
que abre o selo. Imediatamente após
sua abertura dá-se o abalo.
83. Abalo que encontra paralelo
em vários textos do VT ( Isaías, Ezequiel e
Joel). Como podemos ver a seguir:
Isaías 13: 10 Porque as estrelas dos céus
e as suas constelações não darão a sua
luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua
não resplandecerá com a sua luz. 11 E
visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre
os ímpios a sua iniquidade; e farei cessar a
arrogância dos atrevidos, e abaterei a
soberba dos tiranos.
84. 12 Farei que o homem seja mais
precioso do que o ouro puro, e mais
raro do que o ouro fino de Ofir.
13 Por isso farei estremecer os
céus; e a terra se moverá do seu
lugar, por causa do furor do
SENHOR dos Exércitos, e por
causa do dia da sua ardente ira.
85. Sendo que Isaías 34:4 predomina em
sua identificação e similaridade:
E todo o exército dos céus se
dissolverá, e os céus se enrolarão
como um livro; e todo o seu
exército cairá, como cai a folha da
vide e como cai o figo da figueira.
86. Na verdade, tanto os abalos do AT
quanto os apocalípticos, tinham e
têm a mesma função: anunciar o
juízo eminente de Deus
contra seus inimigos.
1.O selo é aberto
2.A terra treme.
3.O sol torna-se negro.
87. “e o sol tornou-se negro
como saco de cilício”
Trata-se de um saco grosso feito de
pelo preto de cabra e era vestido
geralmente em tempos de luto. O
que deve ser entendido como uma
preparação para o quadro de terror
mortal nos versículos 15-17...
88. É o dia da ira do Senhor e o mundo
pranteará sua derrota. Lembro os
irmãos, é só o começo. A cena segue
com a ‘lua tornando-se como sangue’.
Mais uma imagem para o terrível juízo
que virá e que foi profetizado
por Joel e citado por Pedro no
seu sermão de Atos 2.
Ouçamos:
89. Joel 2:31 O sol se converterá em
trevas, e a lua em sangue, antes
que venha o grande e terrível dia
do SENHOR.
90. Depois disse, “as estrelas do céu”
caem sobre a terra. Aqui temos mais
uma imagem apocalíptica fundamental
para o fim da história. É mais uma
imagem aterrorizante e também faz
alusão a Is. 34.4, mas não somente
alude ao profeta, visto que no discurso
escatológico de Jesus (Marcos 13), Ele
também cita o terremoto como sinal de
sua segunda vinda.
91. Tais evidências, reafirmam a unicidade
bíblica e o quanto a própria
bíblia se explica.
Segue-se a revelação e lemos:
“E o céu retirou-se como um
livro que se enrola”
92. Para Osborne, não poderia haver
imagem melhor para o fim do mundo. A
ideia do céu recolhendo-se “como um
rolo” representa o universo como um
imenso pergaminho desenrolado;
assim, nos últimos tempos, a força que
mantém o rolo aberto será retirada e
ele tornará a se enrolar.
93. Digno de nota, é lembrar que no
batismo de Jesus o céu se abriu.
Aqui, o céu é fechado. Devemos
entender que a primeira vinda de
Jesus inaugurou tanto:
A vinda do seu reino eterno
Quanto
O fim dos tempos.
94. Em sua primeira vinda o céu é
aberto, já em sua segunda vinda
o céu é fechado como um rolo,
o que culminará na
finalização desta era.
95. O evento apocalíptico final é a
“remoção das montanhas e ilhas”. Tal
imagem deve ter tido um impacto
enorme devido à importância que as
montanhas tinham na vida e na religião
das pessoas da época. Como
anunciado por Pedro...
96. 3.10 Mas o dia do Senhor virá
como o ladrão de noite; no qual os
céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, ardendo,
se desfarão, e a terra, e as obras
que nela há, se queimarão.
97. Como preparação para destruição do
mundo, o abalo do céu começara com
o desaparecimento de montanhas e
ilhas. Tais fenômenos pertencem ao
fim da história, quando o Juiz celestial
aparecerá em ira,e é exatamente esse
o tema dos versículos seguintes.
99. Só em imaginar:
Terremoto
Sol enegrecido
Lua em sangue
Estrelas caindo
Céu recolhido
Montanhas e ilhas desaparecendo
Certamente que sim.
Há motivos para o terror!
100. Terror, sobretudo pelo que estes eventos
prenunciam, ou seja, o juízo de Deus
chegou. Aqui, repito, temos as respostas
de Deus para as orações dos mártires. É
Deus pronto para julgar seus inimigos,
então os habitantes da terra tremem
compreensivelmente de pavor.
E quem são essas pessoas?
101. Sim! João apresenta uma lista que,
movidos por um profundo medo do
juízo e da ira divina, resolveram se
esconder como se isso adiantasse.
Vejamos:
“E os reis da terra, e os grandes,
e os ricos, e os tribunos, e os
poderosos, e todo o servo, e
todo o livre”
103. “os reis da terra”
A expressão indica os reis vassalos
que serviam ao imperador. Como em
salmos 2.2, são os governantes
terrenos que se posicionam contra
Deus e contra o seu povo,e que, em
Apoc. 17. 12,13, sujeitam seu poder e
autoridade à besta.
Para estes, ira e juízo de Deus!
104. ‘os nobres’
Faz referência aos oficiais da corte real
que realizam as tarefas do rei e cuidam
da administração pública.
Para estes, de igual modo, juízo
e ira de Deus.
105. ‘os chefes militares’
Representando, é claro, toda guarda
ou os que recebem autoridade para a
manutenção da ordem pública e que
não o fazem com justiça, temor e
equidade.
Sobre estes, ira e juízo de Deus.
106. ‘os ricos’
Estes formam o quarto grupo e
compõe-se das famílias ricas que, mais
do que César, ditavam os rumos do
império e assim determinavam os
rumos da nação.
Para estes, ira e juízo de Deus.
107. ‘os poderosos’
Osborne acredita não se tratar de uma
categoria separada, e sim, um resumo
dos quatro primeiros grupos. Eram os
pequenos grupos de pessoas
influentes e poderosas que ditavam o
rumo do império e diziam o que o povo
devia fazer.
Ira e juízo de Deus!
108. ‘todo escravo e todo homem livre’
São os dois últimos grupos e
representam a camada predominante
da sociedade. Essas pessoas, como
veremos nos capítulos 16 e 19,
formarão o exército da besta. Se
levantarão em rebelião para cair diante
do onipotente Deus.
Também sobre estes, ira e juízo.
109. Apesar das diferenças entre si, todos
esses grupos estarão reunidos em seu
medo. O terror é o grande nivelador e
todas as distinções sociais acabarão
diante do abalo do céu e da chegada
do terrível juízo de Deus.
E, quais os elementos
que denunciam tanto terror?
110. Primeiro:
“esconderam-se nas cavernas e nas
rochas das montanhas”
Talvez numa lembrança desesperada
do passado quando homens e
mulheres se esconderam em cavernas
e sobreviveram.
(Ló e suas filhas; Cinco reis amorreus;
Davi; o exército de Israel)
111. Por outro lado, isso é irônico, pois o
vers. 14 nos revela que as montanhas
sumirão durante o grande terremoto; os
montes serão removidos de seus
lugares. Assim, essas pessoas estão
se escondendo naquilo que logo
desaparecerá, deixando-as
face a face com Deus.
112. Segundo:
João revela que eles estão com tanto
medo que clamam às montanhas e aos
rochedos no qual estão escondidos
que caiam sobre eles. Clamam por
uma avalanche, o que revela um alto
grau de desespero e irracionalidade.
113. O que, de igual forma, também revela
certa ironia. Vejam que os inimigos de
Deus desejam perecer a fim de
escapar da ira divina. Não sabem eles
que a morte não poderá livrá-los do
trono do julgamento de Deus?
O fato é que o terror é tão grande que
tentarão qualquer coisa para escapar.
114. Que fique claro que um dos propósitos
dos selos, trombetas e taças é mostrar
a ira do Deus justo contra um mundo
pecaminoso que o rejeitou e quando
Deus aparecer em juízo, nenhum de
seus opositores poderá resistir, pois
sua onipotência prevalecerá e os
habitantes da terra ficarão impotentes.
...
115. Deste modo, o sexto selo inaugura
tanto o juízo contra os habitantes da
terra, quanto o cumprimento da
promessa de Deus de
‘vingar o sangue de seus mártires’.
A mensagem é clara!
Mas, as perguntas permanecem:
116. Estamos dispostos a perseverar e a
sermos fiéis a Deus e ao Cordeiro
ainda que em meio a terrível oposição?
Será o nosso sangue contado dentre
estes que serão vindicados por Deus?
Em fim, estamos preparados para este
grande e derradeiro dia?