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Why do consumers buy
counterfeit luxury brands?
Autores:
Keith Wilcox, Hyeong Min Kim e Sankar Sen
Apresentação: Gustavo Viegas
Introdução
• Mercado de produtos falsificados
– US$ 600 bi
– 7% do mercado mundial
– Responsável pela perda de 750.000 empregos só nos
EUA
– Indústria de luxo perde US$ 12 bi / ano
Introdução
• Por que as pessoas compram bens de luxo
falsificados?
– Cumprir objetivos sociais (Bearden e Etzel, 1982; Grubb
and Grathwohl, 1967)
– Baseado nas teorias de atitudes funcionais ->
motivações sociais levariam as pessoas ao consumo de
bens falsificados
• Desejo em si
• Preferências pela marca original
Introdução – Produtos falsificados
• Falsificação x Pirataria
• Perspectivas do consumidor – enganosa x não
enganosa
• Melhora da qualidade da falsificação – outsourcing
• Fatores para compra de produtos falsificados – Eisend
e Schuchert-Guler (2006)
– Pessoas
– Produtos
– Sociais
– Culturais
Teoria – Atitudes funcionais
• Parte das funções são sociais
– A que permite a expressão pessoal – função Expressão de Valor
– As que facilitam a apresentação pessoal – função Ajuste Social
• Funções são a base para as reações do consumidor
– Avaliações de produto
– Processamento de mensagens publicitárias
– Intervalo de compras de bens duráveis
• Se um consumidor apresentar uma atitude funcional em relação
a um produto, ele se sente motivado a consumi-lo para atender
àquela necessidade social
– Mais do que uma questão de valência, são o link da relação
Atitude-Comportamento
Teoria – Funções de Atitudes
• A reação à imagem do produto é mais forte quando
prevalece no consumidor a função Ajuste Social
• Para a função Expressão de Valor, a reação é melhor
quando se fala da qualidade do produto e sua
confiabilidade
– Era esperado que esse efeito fosse transmitido a
produtos de luxo
• Autores propõem que a preferência por produtos
falsificados para os consumidores com motivações de
Expressão de Valor seria moderada por crenças
morais
Hipóteses – Funções de Atitudes
• H1 – maior probabilidade de compra de produtos
falsificados quando as atitudes em relação a marcas
de luxo cumprem uma função social de Ajuste Social
do que Expressão de Valor
• H2 – a probabilidade de compra de produtos
falsificados é mais sensível a crenças morais sobre
consumo de produtos falsificados quando as atitudes
em relação a marcas de luxo cumprem uma função
social de Expressão de Valor do que Ajuste Social
Teoria – Mudança de preferência pela marca original
• Pesquisas anteriores mostraram que a preferência
pela marca original pode mudar devido a falsificação
– Autores propõem que essa constatação variará de
acordo com a função social cumprida pelo produto
• Teoria de que produtos similares atendem a uma
mesma necessidade
– Para produtos que atendem às funções de Ajuste Social
a necessidade atendida é similar ao produto original e,
portanto, o produto original perderia preferência
• O mesmo não acontece para produtos que atendem a
Expressão de Valor – mas ainda influenciariam num menor
grau
Hipótese – Mudança de preferência pela marca original
• H3 – a exposição à produtos falsificados é mais
prejudicial à marca original quando as atitudes em
relação à marca cumprem função de Ajuste Social ao
invés de Expressão de Valor
Teoria – Influenciando funções sociais em compras de
produtos falsificados
• Características pessoais têm papel importante na
definição da função social da atitude
• Características situacionais também
– Categoria do produto, posicionamento da marca, dicas
promocionais
• Entre os aspectos da marca, estariam
– A evidência de marca – o logo ou emblema de marca
– Os anúncios publicitários
Hipóteses – Influenciando funções sociais em compras de
produtos falsificados – EVIDÊNCIA DE MARCA
• H4a – a diferença na probabilidade de compra de
acordo com a função social das atitudes em relação
às marcas de luxo é maior quando a marca é mais
evidente
• H4b – o efeito moderador das crenças morais é mais
forte quando a marca é mais evidente
• H4c – o efeito na mudança da preferência pela marca
original é maior quando a marca é mais evidente
Hipóteses – Influenciando funções sociais em compras de
produtos falsificados – ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
• H5a – a probabilidade de compra de produtos
falsificados é maior quando o anúncio do produto
original é voltado para o Ajuste Social do que quando
o anúncio possui tom de Expressão de Valor
• H5b – o efeito moderador das crenças morais na
probabilidade de compra de produtos falsificados é
mais forte quando os consumidores são expostos a
anúncios que enfatizam Expressão de Valor
• H5c – o efeito na mudança da preferência pela marca
original é mais negativo quando o anúncio privilegia
mensagens de Ajuste Social
Estudo 1
• 4 fases
– Entender as funções de atitudes em relação à marcas de luxo
– Definição da marca de luxo preferida (moda)
– Mensuração de quão dispostos os respondentes estavam a
comprar produtos falsificados dessa marca
– Medição de crenças morais sobre a compra de produtos
falsificados
• Regressão de intenção de compra em:
– Função Expressão de Valor
– Função Ajuste Social
– Crenças morais
– Produto Expressão de Valor x Crenças morais
– Produto Ajuste Sociais x Crenças morais
Estudo 1 - Resultados
• H1 confirmada!
– Ajuste Social foi um preditor da intenção de compra -> b = .42
• Discutível!
– Expressão de valor -> b = .09
• H2 confirmada!
– A interação entre crenças morais e Expressão de Valor foi
significante; com Ajuste Social não!
– Observando os “picos” da regressão, as crenças morais explicaram
a intenção de compra quando a Expressão de Valor era forte
(b=1.07), mas não quando era fraca (b = .36)
• Ou seja, a compra de produtos falsificados tende a receber
impacto diferente de acordo com as funções sociais cumpridas
pelas atitude existentes em relação às marcas de luxo
Estudo 2 - Design
• Participantes divididos entre 2 grupos: bolsa com logo e bolsa
sem logo
• Examinar as diferenças entre os auto-monitoradores – baixo e
alto graus
– Respondentes de baixa monitoração reagiriam à função de
Expressão de Valor, enquanto os de alta monitoração reagiriam à
função de Ajuste Social
• Também foram medidos:
– Intenção de compra
– Impacto na mudança de preferência em relação à marca original
– Crenças morais
Estudo 2 - Resultados
• Auto-monitoração e crenças morais não tiveram
diferenças entre os grupos
• Intenção de compra_Expressão de Valor = 2,48
• Intenção de compra_Ajuste Social = 3,31
• Intenção de compra variou de acordo com as crenças
morais
– Não-favoráveis = 1,83
– Favoráveis = 2,95
– Entre Ajuste Social, não houve variação (NF = 3,29, F =
3,42)
Estudo 2 - Resultados
• Intenção de compra no grupo LOGO foi maior para participantes
Ajuste Social (M = 4,14) do que Expressão de Valor (M = 2,54)
Estudo 2 - Resultados
• Não houve diferença na intenção de compra no grupo
SEM LOGO
Estudo 2 - Resultados
• Há interação entre função da atitude, crença moral e
evidência da marca
H4b confirmada
Estudo 2 - Resultados
• Outras conclusões:
– De acordo com o esperado na H3, a mudança de preferência
entre as respondentes com atitudes de Ajuste Social foi mais
negativa (M = -,27) do que as de Expressão de Valor (M =
,00)
– Em linha com a H4c, a preferência não teve mudança
significativa no grupo SEM LOGO entre as atitudes de
Expressão de Valor e Ajuste Social
– A preferência variou mais negativamente para as
respondentes com atitude de Ajuste Social (M = -,55) do que
para as respondentes Expressão de Valor (M = ,25)
– Ou seja, a evidência de marca mais forte ou menos forte
afetou a compra de produtos falsificados e originais
Estudo 3 – Design
• Anúncios impressos que simulavam o estímulo a
atitudes de Ajuste Social ou Expressão de Valor
– Com pré-teste para confirmar que os estímulos estavam
corretos
Estudo 3 – Resultados
• Intenção de compra maior quando o anúncio possuía
mensagem de apelo voltado ao Ajuste Social (M =
3,07 vs. Mev = 2,69)
• Entre os não-favoráveis à
produtos falsificados, a intenção
de compra foi significativamente
menor entre os de atitudes de
Expressão de Valor
• O anúncio com a mensagem de
Ajuste Social afetou mais
negativamente a marca original
(M = -,23) do que o anúncio de
Expressão de Valor (M = ,05)
Discussão e Conclusões
• A compra de produtos falsificados varia de acordo
com as atitudes de função social em relação à marca
• Pelo menos as evidências da marca e o anúncio
publicitário da marca original são capazes de
influenciar na compra de produtos falsificados
• As campanhas para desincentivar a compra de
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Por que consumidores compram marcas de luxo falsificadas

  • 1. Why do consumers buy counterfeit luxury brands? Autores: Keith Wilcox, Hyeong Min Kim e Sankar Sen Apresentação: Gustavo Viegas
  • 2. Introdução • Mercado de produtos falsificados – US$ 600 bi – 7% do mercado mundial – Responsável pela perda de 750.000 empregos só nos EUA – Indústria de luxo perde US$ 12 bi / ano
  • 3. Introdução • Por que as pessoas compram bens de luxo falsificados? – Cumprir objetivos sociais (Bearden e Etzel, 1982; Grubb and Grathwohl, 1967) – Baseado nas teorias de atitudes funcionais -> motivações sociais levariam as pessoas ao consumo de bens falsificados • Desejo em si • Preferências pela marca original
  • 4. Introdução – Produtos falsificados • Falsificação x Pirataria • Perspectivas do consumidor – enganosa x não enganosa • Melhora da qualidade da falsificação – outsourcing • Fatores para compra de produtos falsificados – Eisend e Schuchert-Guler (2006) – Pessoas – Produtos – Sociais – Culturais
  • 5. Teoria – Atitudes funcionais • Parte das funções são sociais – A que permite a expressão pessoal – função Expressão de Valor – As que facilitam a apresentação pessoal – função Ajuste Social • Funções são a base para as reações do consumidor – Avaliações de produto – Processamento de mensagens publicitárias – Intervalo de compras de bens duráveis • Se um consumidor apresentar uma atitude funcional em relação a um produto, ele se sente motivado a consumi-lo para atender àquela necessidade social – Mais do que uma questão de valência, são o link da relação Atitude-Comportamento
  • 6. Teoria – Funções de Atitudes • A reação à imagem do produto é mais forte quando prevalece no consumidor a função Ajuste Social • Para a função Expressão de Valor, a reação é melhor quando se fala da qualidade do produto e sua confiabilidade – Era esperado que esse efeito fosse transmitido a produtos de luxo • Autores propõem que a preferência por produtos falsificados para os consumidores com motivações de Expressão de Valor seria moderada por crenças morais
  • 7. Hipóteses – Funções de Atitudes • H1 – maior probabilidade de compra de produtos falsificados quando as atitudes em relação a marcas de luxo cumprem uma função social de Ajuste Social do que Expressão de Valor • H2 – a probabilidade de compra de produtos falsificados é mais sensível a crenças morais sobre consumo de produtos falsificados quando as atitudes em relação a marcas de luxo cumprem uma função social de Expressão de Valor do que Ajuste Social
  • 8. Teoria – Mudança de preferência pela marca original • Pesquisas anteriores mostraram que a preferência pela marca original pode mudar devido a falsificação – Autores propõem que essa constatação variará de acordo com a função social cumprida pelo produto • Teoria de que produtos similares atendem a uma mesma necessidade – Para produtos que atendem às funções de Ajuste Social a necessidade atendida é similar ao produto original e, portanto, o produto original perderia preferência • O mesmo não acontece para produtos que atendem a Expressão de Valor – mas ainda influenciariam num menor grau
  • 9. Hipótese – Mudança de preferência pela marca original • H3 – a exposição à produtos falsificados é mais prejudicial à marca original quando as atitudes em relação à marca cumprem função de Ajuste Social ao invés de Expressão de Valor
  • 10. Teoria – Influenciando funções sociais em compras de produtos falsificados • Características pessoais têm papel importante na definição da função social da atitude • Características situacionais também – Categoria do produto, posicionamento da marca, dicas promocionais • Entre os aspectos da marca, estariam – A evidência de marca – o logo ou emblema de marca – Os anúncios publicitários
  • 11. Hipóteses – Influenciando funções sociais em compras de produtos falsificados – EVIDÊNCIA DE MARCA • H4a – a diferença na probabilidade de compra de acordo com a função social das atitudes em relação às marcas de luxo é maior quando a marca é mais evidente • H4b – o efeito moderador das crenças morais é mais forte quando a marca é mais evidente • H4c – o efeito na mudança da preferência pela marca original é maior quando a marca é mais evidente
  • 12. Hipóteses – Influenciando funções sociais em compras de produtos falsificados – ANÚNCIO PUBLICITÁRIO • H5a – a probabilidade de compra de produtos falsificados é maior quando o anúncio do produto original é voltado para o Ajuste Social do que quando o anúncio possui tom de Expressão de Valor • H5b – o efeito moderador das crenças morais na probabilidade de compra de produtos falsificados é mais forte quando os consumidores são expostos a anúncios que enfatizam Expressão de Valor • H5c – o efeito na mudança da preferência pela marca original é mais negativo quando o anúncio privilegia mensagens de Ajuste Social
  • 13. Estudo 1 • 4 fases – Entender as funções de atitudes em relação à marcas de luxo – Definição da marca de luxo preferida (moda) – Mensuração de quão dispostos os respondentes estavam a comprar produtos falsificados dessa marca – Medição de crenças morais sobre a compra de produtos falsificados • Regressão de intenção de compra em: – Função Expressão de Valor – Função Ajuste Social – Crenças morais – Produto Expressão de Valor x Crenças morais – Produto Ajuste Sociais x Crenças morais
  • 14. Estudo 1 - Resultados • H1 confirmada! – Ajuste Social foi um preditor da intenção de compra -> b = .42 • Discutível! – Expressão de valor -> b = .09 • H2 confirmada! – A interação entre crenças morais e Expressão de Valor foi significante; com Ajuste Social não! – Observando os “picos” da regressão, as crenças morais explicaram a intenção de compra quando a Expressão de Valor era forte (b=1.07), mas não quando era fraca (b = .36) • Ou seja, a compra de produtos falsificados tende a receber impacto diferente de acordo com as funções sociais cumpridas pelas atitude existentes em relação às marcas de luxo
  • 15. Estudo 2 - Design • Participantes divididos entre 2 grupos: bolsa com logo e bolsa sem logo • Examinar as diferenças entre os auto-monitoradores – baixo e alto graus – Respondentes de baixa monitoração reagiriam à função de Expressão de Valor, enquanto os de alta monitoração reagiriam à função de Ajuste Social • Também foram medidos: – Intenção de compra – Impacto na mudança de preferência em relação à marca original – Crenças morais
  • 16. Estudo 2 - Resultados • Auto-monitoração e crenças morais não tiveram diferenças entre os grupos • Intenção de compra_Expressão de Valor = 2,48 • Intenção de compra_Ajuste Social = 3,31 • Intenção de compra variou de acordo com as crenças morais – Não-favoráveis = 1,83 – Favoráveis = 2,95 – Entre Ajuste Social, não houve variação (NF = 3,29, F = 3,42)
  • 17. Estudo 2 - Resultados • Intenção de compra no grupo LOGO foi maior para participantes Ajuste Social (M = 4,14) do que Expressão de Valor (M = 2,54)
  • 18. Estudo 2 - Resultados • Não houve diferença na intenção de compra no grupo SEM LOGO
  • 19. Estudo 2 - Resultados • Há interação entre função da atitude, crença moral e evidência da marca H4b confirmada
  • 20. Estudo 2 - Resultados • Outras conclusões: – De acordo com o esperado na H3, a mudança de preferência entre as respondentes com atitudes de Ajuste Social foi mais negativa (M = -,27) do que as de Expressão de Valor (M = ,00) – Em linha com a H4c, a preferência não teve mudança significativa no grupo SEM LOGO entre as atitudes de Expressão de Valor e Ajuste Social – A preferência variou mais negativamente para as respondentes com atitude de Ajuste Social (M = -,55) do que para as respondentes Expressão de Valor (M = ,25) – Ou seja, a evidência de marca mais forte ou menos forte afetou a compra de produtos falsificados e originais
  • 21. Estudo 3 – Design • Anúncios impressos que simulavam o estímulo a atitudes de Ajuste Social ou Expressão de Valor – Com pré-teste para confirmar que os estímulos estavam corretos
  • 22. Estudo 3 – Resultados • Intenção de compra maior quando o anúncio possuía mensagem de apelo voltado ao Ajuste Social (M = 3,07 vs. Mev = 2,69) • Entre os não-favoráveis à produtos falsificados, a intenção de compra foi significativamente menor entre os de atitudes de Expressão de Valor • O anúncio com a mensagem de Ajuste Social afetou mais negativamente a marca original (M = -,23) do que o anúncio de Expressão de Valor (M = ,05)
  • 23. Discussão e Conclusões • A compra de produtos falsificados varia de acordo com as atitudes de função social em relação à marca • Pelo menos as evidências da marca e o anúncio publicitário da marca original são capazes de influenciar na compra de produtos falsificados • As campanhas para desincentivar a compra de produtos falsificados pode ser segmentada de acordo com as atitudes em relação à marca original