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Em memória de
Laís Vasthi Manhães Naka – Bitu
             13.12.1933 – 01.06.2010




Bitu no Grêmio Literário – Barretos - Dezembro 1960

                         1
Família Manhães




Dr. Geremaro e Dna. Lídia Manhães, Francisco, Claudia, Laís, Belkice e Eduardo

                              Visita à casa paterna
                    “Como a ave que volta ao ninho antigo,
                    Depois de um longo e tenebroso inverno,
                      Eu quis também rever o lar paterno,
                        O meu primeiro e virginal abrigo.
                     Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
                      O fantasma talvez do amor materno,
                  Tomou-me as mãos - olhou-me, grave e terno,
                      E, passo a passo, caminhou comigo.
                  Era esta sala...(Oh! se me lembro! e quanto!)
                       Em que da luz noturna à claridade
                    Minhas irmãs e minha mãe... O pranto
                  Jorrou-me em ondas... Resistir quem há de?
                       Uma ilusão gemia em cada canto,
                     Chorava em cada canto uma saudade”.
                     Rio / 1876 - Luís Guimarães Júnior

                                       2
Biografia
       Natural de Resplendor, MG, em 13/dezembro/1933, viveu e cresceu em
Barretos/SP. Formou-se professora pela Escola Normal, em 1952 e, com 20
anos de idade, ingressou no magistério do ensino fundamental, iniciando os
trabalhos na escola primária da cidade. Em 1955, decidiu-se pelo ensino primário
na zona rural, na região de Fernandópolis, dedicando-se a educação dos filhos de
trabalhadores rurais e, também, na promoção da saúde e bem estar da comunidade,
por cerca de 10 anos.
       Sua vida em Barretos, além da fase de formação, era dedicada aos
familiares, sob os olhares atentos e carinhosos de seu pai, médico, Dr. Gerêmaro
Manhães, sua mãe, enfermeira, Dna. Lidia Gonçalves Manhães e a relação
fraternal entre os irmãos mais jovens, Cláudia, Belkice, Francisco e Eduardo. Sua
preocupação com as questões sócio-culturais e políticas, da cidade e do país, já se
revelavam marcantes em suas relações com a escola e sociedade.
       Em 1960, ingressou na Faculdade de Ciências e Letras, sessão anglo-
germânica, da Universidade de São Paulo, em São José do Rio Preto e, sob a
orientação do Professor Buggenhagen, foi estimulada a desenvolver especialização
em língua alemã, em Munique, Alemanha, apoiada por bolsa do Instituto
Goethe, no período de 1965 a 1967.
       No retorno ao Brasil, em São Paulo, retomou sua formação em
germanística pela USP, concluída em 1970 e, no contexto do movimento estudantil
e social dos anos 60/70, emprestou vigorosa contribuição em favor do grande sonho
transformador pela liberdade, igualdade e socialização dos direitos universais básicos
de acesso a educação, saúde, moradia e vida digna a imensa parcela da nossa
população, historicamente marginalizada. Nesse contexto, conheceu e desenvolveu
                                          3
intensa amizade com o nissei Juaquim Naka, egresso da escola de economia da
PUC/SP. Casaram-se em novembro de 1970.
       Em Dezembro/70, Naka recebe comunicado do Consulado Alemão, dando
conta da aprovação de sua proposta de estágio e, dependendo ainda de uma última
etapa da seleção, a previsão de partida da viagem estava prevista para fevereiro/71.
       A decisão de cumprir o programa na Alemanha, apressou Bitu e Naka a
desmontar a casa recém organizada. Bitu teve, ainda, que acelerar os trabalhos de
geração dos textos do curso de língua alemã – “Guten Tag” da TV Cultura - e,
também, gravar os programas de apresentação do curso, realizados pela própria
Bitu. Assim, Bitu foi-se encontrar com Naka, em Munique, em maio/71, onde
ficaram até março/72. Cabe registrar que, em fevereiro/72, nasceu o primeiro filho
Luis Cláudio e, em março, ocorreu a viagem de retorno ao Brasil, pelo navio
Eugênio-C.
       Bitu continuou sua missão de educadora na rede estadual de ensino do
segundo grau e, também, ministrando cursos de língua alemã no Instituto Goethe
de São Paulo e, ainda, na Faculdade de Letras de Taubaté. Nesse ínterim, a
família cresceu com a vinda de Fabiana, Patrícia e Andrea. Em 1976, com as
crianças já em idade escolar, coincidiu de Bitu assumir a disciplina de língua alemã
na Escola Waldorf de São Paulo, onde, também, todos os filhos foram educados
pela pedagogia Waldorf de Rudolf Steiner. Assim, naturalmente, Bitu passou a
adotar os preceitos da Antroposofia, como sentido de vida própria, educação das
crianças e formação da família.
       Por mais de 20 anos de atividade na Escola Waldorf de São Paulo,
aposentou-se e, transferiu-se para Salvador, Bahia, onde, atendendo ao apelo da
filha Fabiana, decidiu reforçar os trabalhos de educação de crianças carentes da
Comunidade de São Lázaro. Com esforço e conhecimentos adquiridos da
Antroposofia, concebeu e implantou o Projeto SalvaDor, suportado por rede de
apoio de instituições da Antroposofia, do Brasil e da Alemanha, em reconhecimento
ao forte caráter empreendedor da Bitu. O resultado do projeto refletiu-se na
aquisição do terreno, construção do prédio da escola, recrutamento, organização e
capacitação dos educadores na pedagogia Waldorf, onde deixou uma comunidade de

                                         4
moradores do morro integrada ao Projeto, com atividades de apoio educacional as
crianças e inserção social dos familiares.
      A partir de 2008, prosseguiu os trabalhos de apoio ao Projeto SalvaDor,
como conselheira e orientadora e reestruturou sua vida, sob cuidados médicos.
       Devido a problemas renais e cardiovasculares, mudou-se em novembro de
2009 para Vinhedo-SP, passando a viver aos cuidados de sua filha Fabiana e
família e de Naka, em tratamento médico-hospitalar e hemodiálise.
       Deixa filhos, irmãos, parentes, amigos e densa história marcada por
obstinada crença na vida, no ser humano e inesgotável energia agregadora e
integradora de bondade, amor e inteligência, intensamente vivida, ao longo de sua
presença aqui, de 76 anos.
Naka
                            Saudades eternas...




                                       5
Bitu e Naka – Bulgária 2008




     Eu nasci lá do céu
      Eu vivi, convivi,
        Com você,
      Que me ensinou
         Amar...

          Naka




Naka e Bitu – Vinhedo 2007

             6
Bitu, Naka, Patricia, Andrea, Fabiana, Luis Claudio – São Paulo 2007




Fabiana, Patricia, Naka, Bitu, Luis Claudio e Andrea – Vinhedo 2007




                                 7
Promessa Cumprida
   Senti uma dor no coração, quando me lembrei
Pensei em você senti saudades e então chorei (Refrão)
           Ouvi um toque de Berimbau,
       um repique no atabaque e me consolei.
        Lembrei da promessa de esperança
  Que eu fiz no teu ouvido, antes do seu novo viver
                       - Refrão -
          Hoje eu cumpri minha promessa,
Minha mãe descanse em paz, que eu ainda te verei,
         Como nos tempos de criança,
    Numa roda no infinito, com você eu jogarei.
                 - Refrão –

                       Luis Naka




                   [




           Lú e Mãe – Munique 2008

                           8
Fabiana e Mãe- Niver 75 anos, Salvador 2008




Minha querida Mãe,
Amiga e Companheira de Sonhos e “Lutas”,
Agora você parte para um mundo melhor, de Luz e tranqüilidade, de onde agora,
com toda serenidade e calma de espírito estará seguindo nossos passos e guiando
nossos caminhos.
Sentirei falta das palavras de motivação e de todos os conselhos de mãe que nunca
faltaram, mas acima de tudo sentirei falta da companheira fiel que você foi,
da parceira forte e determinada que sempre me acompanhou em meus sonhos e me
amparou em minhas caminhadas, sem medir esforços.
Você agora é o mais puro Amor em forma de Luz e vai continuar brilhando para
todos nós...
Obrigada Mãe!


De sua filha Fafinha.

                                        9
Mãe e Patrícia, Carnaval– São Paulo 2009

Minha mãe foi a mulher mais bela que jamais conheci e jamais a esquecerei.
Sempre te amarei, você mora em meu coração.
Muito obrigada mãe, por tudo, e sempre, para sempre!


"Nas memórias me guardo.
Na poeira, figures antigas, antigas, no armário.


A Casa, a rua, os lugares, o tempo sem tempo não segura o Redondo o poder do
pensamento.
O amor, a casa, o sítio, a escola, o cheiro, a comida.
Risadas, alegria!


                                        10
Nas memórias aguardo o futuro.
Na calça um furo. No sapato, uma pedra.
No dedo, um corte. No sonho, a lembrança que pré-sente o mistério da morte.


No presente do quarto,
No presente do passado,
No presente dos aniversários,
O dia amanhece.


Me vejo na antiga, nova areia de pensamentos.
Nos meus passos vejo o rítmo da vida,
pegadas na areia,
da vida, da vida.


Nada more, nada fica.
Tudo é passageiro, tudo se move,
O que fica.
O que há:vida.”


Patricia Naka, 10 de Junho de 2010
(Inspirado nos poemas de Joana Satz. Do livro "Tempo Oportuno").
                                        11
Mile, Mãe e Andrea – Berlim 2009

Querida Mãe,
Sou muito grata por todos os momentos felizes que vivi com você. Sua presença
sempre foi e sempre será um grande exemplo de coragem, força, amor e sabedoria
para mim. Guardarei sempre comigo a sua habilidade única de viver os momentos
intensamente como uma criança, e de tocar as pessoas na essência do ser, no
coração, como um exemplo de vida.
Agradeço de coração toda sua dedicação e amor por nós.
Com amor, gratidão e saudades,


da filha Dedinha

                                       12
Vovó, Marko, Luka e Déia- Jardim Zoológico - Berlim 2009




Vovó, Anita Serena, Lira Flor- Niver da Vovó – Salvador 2008

                             13
Mica e Vovó - Aldeia Hippie de Arembepe, 2000




                     Vovó e Gabi Marko– Vinhedo 2006

Vovó, eu estou com saudades. Mas você deve estar muito feliz sabendo que tem
muita gente aqui chorando e rezando por você. Mesmo não estando aqui você esta
no nosso coração.
Beijos, Gabi

                                      14
Dado, Claudia, Bitu e Chico – São Paulo 2008



Querida irmã
Lais Vasti Manhães Naka
Cá estamos todos nós seus parentes e entes queridos irmanados neste momento de
profunda tristeza, pactuando a dor de um vazio profundo em nosso coração desde o
momento de sua partida.
Rogamos a Deus Pai todo poderoso que ilumine os seus caminhos, e a tenha em
bom lugar.
Que ele a cubra com sua unção e lhe dê a gloria da vida eterna.
Descanse em paz Bitú


Mestre Dado



                                        15
Bitu e Claudia - São Paulo 2007



Ah, minha irmã, minha amiga!

Quanto amor, quanta luta, quanta dor... você foi para nós um astro de suavíssima
luz, espalhando o bem em torno dos que a cercavam. Agora, só nos resta pedir ao
nosso Pai Celestial que continue a nortear seus passos, cujo rastro luminoso
tentaremos seguir. Seu exemplo de força, coragem e dedicação incondicional
permanecerá para sempre entre nós. Obrigada, muito obrigada, maninha, por tudo o
que você significou para todos nós!

Sua irmã Claudia




                                       16
Bitu e Chico- Itanhaém 2007



Querida Irmã


Sua existência ensinou-me o caminho de uma vida de dedicação amizade, otimismo,
ação, generosidade com nosso semelhante.
Fico imensamente satisfeito com tudo que aprendi com seu amor.
Ao lembrar de você torno me uma pessoa sempre melhor.


Mano Chico




                                       17
Fabio Nino eVovó – Berlim 2009




Beto, Aldo, Marcela,Helena, Marisa, Liam, Lu, Déia, Mile




              Niver 75 anos, Salvador 2008
                           18
„Com gratidão e reconhecimento à Lais Naka que, em 02 de Julho de 1999,
                   edificou esta obra com vigor e sabedoria.
Que seu exemplo de força realizadora possa se eternizar através do gesto de cada
            um que atua carregando a missão dessa instituição.“

                               Projeto Salvador




                                      19
Lais no Projeto Salvador – 2007




Bonecas confeccionadas pelas educadoras do Projeto Salva Dor para os bazares
                           natalinos da Alemanha.

                                    20
Mensagens da família


"Tia Bitu sempre chegava na hora do meu desenho animado favorito, A Mulher
Maravilha, a tv ainda era preto e branco! Quando ouvia o barulho do carro já
sabia... teria que me despedir da minha super heroína para dar lugar a presença da
verdadeira Mulher Maravilha! Mulher guerreira, bonita, independente, alegre e
determinada, com seus quatro filhos e suas mil e uma habilidades, uma verdadeira
Super Heroína! Fica esta como uma das minhas primeiras lembranças de minha
infância que me direcionou por toda a vida!"
Beijos, Marilídia



Perto está Deus dos que tem o coração quebrantado.
Sumiko Naka


Querida Tia Laís
Você será para mim a pessoa mais determinada, alegre e vaidosa.
Uma estrela luminosa!
Te amo muito!
Fique em paz... Saudades...
Grande beijo da sua sobrinha
Roseli




                                        21
Família Manhães Pfeiffer, reunida no casamento da sobrinha Mariza

Para toda comida saborosa existe um tempero especial: o carinho de quem a
prepara... E é esse tempero que minha tia Bitu usava não só em seus pratos, mas
em tudo o que fazia! Sua alegria era contagiante e com ela, mesmo os momentos
mais difíceis, tornavam-se hilariantes. Minha tia querida foi sem dúvida uma
pessoa singular: em sua casa, quando crianças, não podíamos beber durante as
refeiçoes; a televisao era abominável; quando cozinhava na casa de outra pessoa,
levava sua faquinha na bolsa... Hoje contenho o riso quando um coleguinha do
meu filho pergunta porque na minha casa nao se pode beber durante a refeição,
quando meu filho esperneia pedindo para ver tv e ao cozinhar na casa de amigos,
sempre lamento nao ter levado minha faquinha... Minha tia Bitu deixa muitas
saudades! Mas sou muito grata pelos momentos precisos que compartilhamos. Que
ela nos sirva de inspiração para seguirmos nosso.
Um beijo carinhoso,
Marisa



                                       22
Bitu
Agradeço por ter lhe conhecido, por tudo que vivemos juntos, por tudo que aprendi
com você, pelo amor que dedicou a nossa família.
Vai em paz, cuidarei sempre com amor de sua Fabiana e de seus netos.
Muito obrigado por tudo, Pedro Ivo.




Minha avó foi muito especial para mim, mas quando soube que ela morreu fiquei
muito sentida, você será uma super avó completa de amor e carinho.
Beijos Lira Flor


Sonho de beleza. Amor pureza. Faça uma pose e vá para o quarto.
Anita Serena

                                        23
Mensagens dos amigos


Laís Vasthi Manhaes Naka saudades eternas

L ivre como o leão na floresta,
A ltiva, atenta a tudo em sua volta,
I rmanada com todos os seus semelhantes,
S olução sempre buscava encontrar.

M ãezona de seus quatro rebentos,
A vó muito presente de seus seis netos,
N ão media esforços para atendê-los,
H avia o que houvesse ela os defendia sempre,
A mava a vida, amava Naka, amava viajar
E comer uma boa carne.
S eu sorriso sincero a todos encantava.

N um bom restaurante ou num buteco,
A tenta ouvia as histórias de vida com uma
K aiser bem gelada ou um bom vinho,
A dorava um bom pedaço de carne de carneiro.

S entia pelo olhar os problemas dos circundantes
A mavelmente os ouvia,
U ma solução ela buscava na hora,
D ando uma de mãe ou mestra,
A rriscava o seu palpite com segurança,
D eixando um caminho a seguir
E trilhar bem detalhado,
S olucionado o problema, vamos brindar!

E u sempre lhe dizia: Laís aqui tu não és professora,
T ire o pé do chão e dance o forró baiano,
                                        24
E u não consigo deixar de ensinar,
R espondia sempre a minha amiga,
N as festas que freqüentamos
A ndando pelos lugares da Bahia.
S iga em paz amiga e muito obrigada.

Delcina Hermalina dos santos Azevedo


" Certa vez ela olhou para mim sorrindo e me perguntou: Por que me chama de
"Dona"? E eu, lhe respondi, porque és uma MADONA!
 Dona Laís, tão forte mulher. Guerreira como sabia ser. Sábia como só ela
poderia ser. Incentivadora como deveria ser. Para mim, uma grande mulher, que
deixa sua semente... representando coragem, força, perseverança. Não consigo
lembrar de "algum" momento que não tivesse Dona Laís, sempre me estendendo a
mão.
Primeiro, para conhecer a Antroposofia. .. Conhecer!!?? Nas suas atitudes já
estava a antroposofia. .., depois me mostrar caminhos de como fazê-la... recebendo à
mim e a tantos outros em sua casa... estudando. Começando a falar de coisas
esquisitas, (para mim na época) Corpo Astral!... Corpo Etérico!... Corpo Físico!...
EU!... Temperamentos! ... E para acalentar a alma, belos versos que falavam
sobre nosso aprender e nosso trabalhar. O nosso sentir, o nosso pensar e a nossa
vontade.
Meu Deus!!!
Como me diverti ao lado dessa mulher, quando cantou com o Coral do Projeto :
...certa vez de montaria, eu desci o Paraná e o caboclo que remava, não parava de
falar..., e o rolete de cana, amendoim torradinho.. .
Quantas graças pude desfrutar, com essa Madona, que chamava de "mãezinha"...
brincando com ela, dizendo: - agora não tem jeito, tu és responsável por tudo aquilo
que cativas e terás que me adotar!!!! (rsrs) E ela soltava aquela gargalhada boa.
Dona Laís, que muitas vezes subiu duna e desceu duna na Aldeia Hippie pra
levar seu brilho e sua contribuição, deixando que todas as crianças lhe chamassem
carinhosamente de Vovò Bitu.

                                         25
Com certeza, ascenderá na graça Divina. Com certeza, merecerá luz e descansará
nos braços de Deus Pai, como uma boa menina.
A semente Dona Lais, está em meu coração. Sempre.
Que a dor seja transformada em alegria. Assim é.
Com muito amor
Bea



Lais, querida, você foi e é uma inspiradora.
Conversamos muito...
Agora você enxerga tudo de “cima”!
Ute Craemer



Bitú,
A sua alegria e energia nos vão fazer falta. Mas você merece descanso.
Com muitas saudades,
Maila e Hans



Queridos irmãos,
Estou com vocês, em pensamentos e em reza, emanando paz a nossa querida Laís
nesse momento de passagem.
Pedimos que ela possa estar envolta na bênção do perdão, da Luz, do entendimento
maior, em companhia de anjos de bondade que à conduzam aos planos
transformadores do Amor.
Para mim ela foi uma mulher de imensa coragem, de força, verdadeira, sempre
disposta, bem humorada, e também severa, muito batalhadora. Não só pelo que

                                         26
era dela, por ela e pelos seus, mas sim - e quem sabe ainda mais - por aqueles que
não tinham o caminho tão claro.
Acho que ela sempre tinha uma causa, uma batalha a ser vencido, um projeto a ser
executado que, com determinação, muitos amigos e grande família, sempre traçou.
Na minha vida Laís foi muito importante, como uma mãe por vezes. Sua casa
sempre foi minha casa e sua família a minha família.
Agradeço por isso...
Tenho a Laís e a' todos vocês, profundamente em meu coração, como um exemplo de
família que luta para ser feliz!
Continuem juntos e individualmente nesse caminho que sua mãe, amiga, esposa, tia,
professora, exemplo de mulher, com coragem e amor traçou.
Continuemos com a presença do Espírito, que em nos sempre ficara, de uma mulher
que viveu verdadeiramente sua vida!
A' nossa Laís com todo o Amor e carinho,
Clau



Querido Juaquim, Querido Luis Claudio, Querida Fabiana, Querida Patrícia
Querida Andrea,

Senti uma tristeza grande sabendo que Bitu faleceu.
Para mim ela sempre era uma amiga ótima.
Lembro-me dos dias alegres e felizes com ela, Seja aqui, ou seja, no Brasil,
durante os últimos 40 anos. E como uma mulher magnânima e de alegria da vida.
 Na minha lembrança ela vai continuar viver.
 Dando os meus pêsames sinceros. Desejo vocês muita virtude para o dia 12.06.
 Para cada um de vocês um abraço afetuoso,
Vindo do meu coração.
Seu amigo
Wolfhard Mauer




                                       27
Assustada corri para atender o celular, não cheguei a tempo... O aparelho acusava
msg de voz. Ouvi a msg... Pasma e estarrecida ouvi quatro vezes o recado da
Claudia.
Difícil acreditar, difícil aceitar no primeiro momento...
Como o ícone de nossas vidas, a fortaleza de espírito, a clareza de raciocínio...
Enfim... Ela se foi...
Se foi e deixa saudades mas ..mais do que a saudade um exemplo de vida a ser
seguido..uma história de vida que por muitos será contada e relembrada, como
exemplo de dignidade, de doação, de perdão, de recuperação.
Desempenhou, no palco da vida, seu papel na íntegra, sem titubear...
Ela leva consigo meu amor, meu carinho, minha admiração.
Infelizmente não poderei comparecer, pois estou em Fortaleza com minha filha (ela
está morando aqui com meu netinho de 8 meses).
A vocês só posso lamentar pela perda e dizer que cada vez que a dor da saudade
assombrar a alma lembre-se de fatos e de coisas que só ela fazia e digo por
experiência. a alegria dessas lembranças atenuam a dor da saudade.
Um beijo da todos no coração.
Angela e familia.




Nossos sentimentos pelo falecimento da nossa querida Bitu. E um momento triste,
o qual todos nos passamos.Quantos horas alegres passamos juntos; na escola , com
suas brincadeiras , churrasco de gato , como também na casa de vocês. A Bitu
sempre foi muito querida e será sempre lembrada por todos. A você Naka, Luis
Claudio, Fabiana, Patricia e Andrea só podem agradecer a Deus por tê-la em suas
vidas.Um grande abraço a todos vocês dos seus amigos
Ruth , Hermann, Renee, Ricardo e Laura Lorz.




                                       28
Soube hoje, pelo Roberto, que a Bitu morreu.
Que choque, que baque, que tristeza. Sei que vocês estão muito tristes
e de luto, estou muito triste também.
Ela foi uma grande pessoa, prestativa, confiável, trabalhadora, adorou
a família, a adorou a cultura alemã. Sim, foi uma importante agente e
mediadora entre as nossas línguas e culturas.
Estou muito triste, pois ela sempre foi uma grande amiga durante quase
42 anos, imagine, foi uma constante na minha vida, ainda que houvesse
longos anos sem muito contato. Mas eu sempre sabia que quando a
reencontrasse ela seria da mesma cordialidade profunda; foi uma amizade
simplesmente indestrutível, duradoura, permanente.
Me sinto perto de vocês. Desejo força a vocês, e uma continuação dos
estreitos laços familiares que sempre admirei em vocês.
Grande abraço para vocês todos,
Berthold Zilly


Laís
Foi uma honra, alegria e felicidade ter sido sua amiga.
Obrigada pelos momentos que me proporcionou
Um beijo com amor e respeito
Da amiga Kátia Primavera



Como nos últimos 15 anos devo tê-la visto só dois ou três vezes, muitos talvez não
imaginem o quanto sentia dona Laís como uma pessoa próxima.
Pensei em ir ao velório, à cremação, dar um abraço no filho e na filha que vi
quando adolescentes - extraordinariamente belos - e nunca mais... mas algo me disse
que estaria mais próximo reavivando a lembrança do nosso encontro que me
deslocando no espaço físico.

                                        29
Na verdade não lembro como foi nosso primeiro contato. Sei que foi pouco depois
de minha mudança para São Paulo em novembro de 1991, e em conexão com o
convite que lancei no meio antroposófico para conversarmos em profundidade sobre a
problemática de alguns discursos contraditórios que convivem nesse meio quanto a
questões raciais. O convite foi bem mal compreendido, porém me valeu a amizade de
dona Laís, que, para melhorar, em termos de São Paulo era quase vizinha.
Pois como esse assunto não seria de importância para ela? Negra, filha de um
médico negro - creio que baiano, não estou seguro -, há muitos anos professora de
alemão numa escola freqüentada majoritariamente por filhos de alemães, e entre
colegas professores quase todos alemães ou descendentes.
E, não bastasse, casada com um senhor japonês, ou descendente, donde o tipo físico
absolutamente extraordinário dos filhos -
... e uma outra coisa absolutamente extraordinária, daquelas que às vezes me
pergunto se realmente vi: tinha um papagaio que cantava musiquinhas em japonês e
em alemão!
Almocei várias vezes na casa da dona Laís, naqueles tempos. Chegamos a
participar juntos de mobilizações políticas em época eleitoral... Depois me mudei
para outro bairro, e a realidade de São Paulo é essa: como dizia o primeiro aluno
da Trópis, em sua forma de expressão tão peculiar: "um big bang pessoal".
Espalhamento.
Sei que as conversas da época chegaram a fazê-la tomar certa distância, por algum
tempo, das atividades antroposóficas de que participava, como que reavaliando a
relação. Algum tempo depois soube que estava fazendo algo que só posso entender
como a forma que encontrou de trabalhar em conjunto as diferentes correntes
culturais que confluíam em seu destino pessoal: trabalhando com crianças carentes
em Salvador, levando para isso recursos adquiridos em sua experiência como
professora Waldorf: o Projeto Salvador.
Sei pouquíssimos detalhes do que aconteceu depois. Conheci outos integrantes do
Projeto Salvador, mas não mantive contato continuado. Pensei que eu iria conhecer
a Bahia em dezembro de 2007, escrevi a ela e recebi convite para uma moqueca de
peixe com camarão no capricho... Mas a viagem acabou não acontecendo. Em
maio de 2008 recebi comunicação de que ela se afastava das atividades por
limitações de saúde. E agora... o comunicado de que (por que não entender assim?)
superou as limitações físicas de vez.
                                        30
Querida dona Laís!
Tenho certeza de que fez diferença na vida de muita gente neste mundo - pois até na
minha, com contato tão pouco - fez uma bela diferença, imagine-se com quem chegou
a conviver mais!
E mais palavras não digo: abandono aqui a linguagem verbal para apenas
mergulhar num clima de amizade, calor humano, inteligência com coração, gratidão,
sorriso e abraço. Que seja assim, dona Laís - para sempre!
Seu amigo, sinceramente,
Ralf


Amigos,
Trarei sempre ativa na memória e no coração a lembrança daquela personalidade
realizadora que me acolheu com carinho e grande incentivo em todos os momentos de
"meu batismo" no universo Waldorf.
Que a Luz divina, D. Laís, possa aquecer e ancorar sua alma nessa passagem.
E que essa mesma Luz possa iluminar e confortar a sua família.
Fabi, muita força, minha querida, a você e aos seus.
Dulciene


Lamentei muito não ter ido ao velório de minha querida dona Laís! Mas estive
em pensamentos lá com vocês! Meus alunos quiseram fazer um desenho em seus
cadernos de d. Laís ensinando-me alemão. Um aluno fez um coração e escreveu
"LIEBE"! Eles perceberam o amor que eu sinto por ela!
Gostaria de expressar meus sentimentos e dizer que sua mãe foi uma pessoa muito
marcante em minha vida!
Beijos Elisa Manzano




                                        31
Conheci Laís nos idos de 2002, na inauguração do Projeto Salva Dor. Estivemos
juntas em várias vivências... A despedida é sempre triste, mas, no meio dela, lembro
desse exemplo magnífico que Laís nos deu, de lutar com garra e leveza pelo cuidado
com as crianças, pela manutenção dos valores humanos, pela elevação espiritual das
pessoas. Que Deus console a toda a família e amigos.
De noite poderemos olhar pro céu e ver a estrelinha Laís brilhando lá, na
Via Láctea... Dando adeus prá gente.
Um abraço,
Dadau


Não conheci a Sra Laís, pessoalmente, mas foi um dos primeiros nomes que
conheci ao fazer contato com a Pedagogia Waldorf aqui, na Bahia.
Sei que muito do que chega até mim, como exemplo e experiência prática, têm a
sua participação.
Dessa forma, sou-lhe também grata, já que são os frutos do seu trabalho que
ajudam a enriquecer o meu conhecimento e prática nesta área.
Muita luz para ela...
Força aos seus familiares.
Cacilda


Querida Laís,
É impossível passar por você sem acordar para alguma realidade, sem aprender
algo, sem se admirar, enfim,
Descansa, você merece!
Obrigada por tudo.
Selma Crepaldi



                                         32
Dona Laís,
Só memórias boas guardo comigo em meu coração!
Te amo, vai em paz, Vai com Deus.
Gratidão!
Cris Boog


Gratidão e alegria pela missão cumprida por Lais
Com carinho à Família Naka
Andréa Mourão



Querida Laís
Que um caminho de luz te leve ao encontro do Senhor. Obrigado por tudo que
fizeste por meus filhos e pelo contato que tivemos tão gratificante. Descanse em paz
e colha os frutos que plantou nesta vida e que agora frutificaram depois do portal.
Lembranças de Sérgio e Raphael Gallo



Bateu uma saudade muito forte e senti que ela tinha partido, tenho a sua voz
grava em meus ouvidos , reclamando e pintando o sete comigo, .
depois riamos feito criança. Que mulher forte e inteigente! que cabeça! voces sao
uns privilegiados,exemplo de vida e firmeza. essa mulher
"Dona Lais" se despediu de mim com muito glamur, ofereceu-me um jantar em seu
apartamento comemos bememos e rimos muito da minha falta de jeito com os
palitinhos e ela sempre
elegante me ensinando. Salve, Salve, Querida Lais Naka quero guarda sua
imagem sempre assim, forte, guerreira.
 Um forte abraço a todos
                                         33
a voce Fabiana, Patricia, Luiz e Sr Juaquim.
 Ligia



                        “O calor que aquece a minha alma
                          A luz que ilumina o meu olhar
                          São forças para ver com calma
                      O caminho que devo trilhar”. (R.S)
Companheira, amiga; É assim que em poucas palavras descrevo D. Laís.
Hoje, fisicamente, não esta entre nós; Porém podemos vê-la em tudo que olhamos
aqui. Desde a maneira de falar, contar historia, nos retratarmos com as crianças,
as músicas, os poemas, a estrutura da sede enfim tudo é um pedaço de D. Laís
deixado para nós. Até a comida que às crianças é dada, a sardinha da panela de
pressão, as berinjelas, suco de cenoura com limão, olha ai, como podemos esquecê-
la? Eu a vejo em tudo. Só peço a Deus que seu Espírito tenha descansado em
paz.
Lutas, tristezas, decepções, alegrias, conquistas e vitórias fazem parte de uma
trajetória de vida. Nada foi em vão! Tudo que sou tudo que aprendi quando aqui
cheguei, devo tudo a esta batalhadora e incansável mulher que não se intimidava em
nada, sempre otimista.
Valeu D. Laís e saiba suas obras serão sempre lembradas.
Ana Rita



Na vida nós temos muitos encontros, para mim o encontro com sua mãe foi muito
significativo, foi um presente conhecer uma mulher tão forte, uma batalhadora que
                                        34
estava sempre incentivando as pessoas ao seu redor a ir além e a realizar sempre
mais. E foi o que ela fez também com os filhos e com você Fabiana no projeto
Salva - Dor.
Parabéns pelo trabalho que vocês realizaram juntas no Projeto Salva - Dor.
Eu me lembrei de um poema do Mario Quintana que diz assim:

"A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas
que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam cantemos a canção das chamas.
Cantemos a canção da vida, na própria luz consumida..."

Sua mãe foi sem dúvida foi uma chama bela e alta, que ela possa agora seguir seu
caminho evolutivo em paz.
Um grande e carinhoso abraço,
 Patrícia.


Bitu, a verdadeira Paz você encontrou agora, ao lado do nosso Criador,
Desfrute, pois esta Felicidade é Eterna!
Com carinho da sua
"Branca", "Rose" ou "Rosa".




Estas são algumas de muitas mensagens e imagens que vivemos com
       nossa querida mãe, irmã, esposa, professora e amiga
                      Lais Vasthi Manhães Naka.

                                           35
“Óh Senhor dos mundos,
   deixa a sua meiga luz,
  em meus olhos repousar.
    Como as lindas flores
      abrem as corolas,
  para receber a luz do sol.
  Deixa a Deus seu calor
     sua luz e seu amor
    em mim penetrar”...

Missão cumprida Bitu!


             36

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Memorial Dona Lais

  • 1. Em memória de Laís Vasthi Manhães Naka – Bitu 13.12.1933 – 01.06.2010 Bitu no Grêmio Literário – Barretos - Dezembro 1960 1
  • 2. Família Manhães Dr. Geremaro e Dna. Lídia Manhães, Francisco, Claudia, Laís, Belkice e Eduardo Visita à casa paterna “Como a ave que volta ao ninho antigo, Depois de um longo e tenebroso inverno, Eu quis também rever o lar paterno, O meu primeiro e virginal abrigo. Entrei. Um gênio carinhoso e amigo, O fantasma talvez do amor materno, Tomou-me as mãos - olhou-me, grave e terno, E, passo a passo, caminhou comigo. Era esta sala...(Oh! se me lembro! e quanto!) Em que da luz noturna à claridade Minhas irmãs e minha mãe... O pranto Jorrou-me em ondas... Resistir quem há de? Uma ilusão gemia em cada canto, Chorava em cada canto uma saudade”. Rio / 1876 - Luís Guimarães Júnior 2
  • 3. Biografia Natural de Resplendor, MG, em 13/dezembro/1933, viveu e cresceu em Barretos/SP. Formou-se professora pela Escola Normal, em 1952 e, com 20 anos de idade, ingressou no magistério do ensino fundamental, iniciando os trabalhos na escola primária da cidade. Em 1955, decidiu-se pelo ensino primário na zona rural, na região de Fernandópolis, dedicando-se a educação dos filhos de trabalhadores rurais e, também, na promoção da saúde e bem estar da comunidade, por cerca de 10 anos. Sua vida em Barretos, além da fase de formação, era dedicada aos familiares, sob os olhares atentos e carinhosos de seu pai, médico, Dr. Gerêmaro Manhães, sua mãe, enfermeira, Dna. Lidia Gonçalves Manhães e a relação fraternal entre os irmãos mais jovens, Cláudia, Belkice, Francisco e Eduardo. Sua preocupação com as questões sócio-culturais e políticas, da cidade e do país, já se revelavam marcantes em suas relações com a escola e sociedade. Em 1960, ingressou na Faculdade de Ciências e Letras, sessão anglo- germânica, da Universidade de São Paulo, em São José do Rio Preto e, sob a orientação do Professor Buggenhagen, foi estimulada a desenvolver especialização em língua alemã, em Munique, Alemanha, apoiada por bolsa do Instituto Goethe, no período de 1965 a 1967. No retorno ao Brasil, em São Paulo, retomou sua formação em germanística pela USP, concluída em 1970 e, no contexto do movimento estudantil e social dos anos 60/70, emprestou vigorosa contribuição em favor do grande sonho transformador pela liberdade, igualdade e socialização dos direitos universais básicos de acesso a educação, saúde, moradia e vida digna a imensa parcela da nossa população, historicamente marginalizada. Nesse contexto, conheceu e desenvolveu 3
  • 4. intensa amizade com o nissei Juaquim Naka, egresso da escola de economia da PUC/SP. Casaram-se em novembro de 1970. Em Dezembro/70, Naka recebe comunicado do Consulado Alemão, dando conta da aprovação de sua proposta de estágio e, dependendo ainda de uma última etapa da seleção, a previsão de partida da viagem estava prevista para fevereiro/71. A decisão de cumprir o programa na Alemanha, apressou Bitu e Naka a desmontar a casa recém organizada. Bitu teve, ainda, que acelerar os trabalhos de geração dos textos do curso de língua alemã – “Guten Tag” da TV Cultura - e, também, gravar os programas de apresentação do curso, realizados pela própria Bitu. Assim, Bitu foi-se encontrar com Naka, em Munique, em maio/71, onde ficaram até março/72. Cabe registrar que, em fevereiro/72, nasceu o primeiro filho Luis Cláudio e, em março, ocorreu a viagem de retorno ao Brasil, pelo navio Eugênio-C. Bitu continuou sua missão de educadora na rede estadual de ensino do segundo grau e, também, ministrando cursos de língua alemã no Instituto Goethe de São Paulo e, ainda, na Faculdade de Letras de Taubaté. Nesse ínterim, a família cresceu com a vinda de Fabiana, Patrícia e Andrea. Em 1976, com as crianças já em idade escolar, coincidiu de Bitu assumir a disciplina de língua alemã na Escola Waldorf de São Paulo, onde, também, todos os filhos foram educados pela pedagogia Waldorf de Rudolf Steiner. Assim, naturalmente, Bitu passou a adotar os preceitos da Antroposofia, como sentido de vida própria, educação das crianças e formação da família. Por mais de 20 anos de atividade na Escola Waldorf de São Paulo, aposentou-se e, transferiu-se para Salvador, Bahia, onde, atendendo ao apelo da filha Fabiana, decidiu reforçar os trabalhos de educação de crianças carentes da Comunidade de São Lázaro. Com esforço e conhecimentos adquiridos da Antroposofia, concebeu e implantou o Projeto SalvaDor, suportado por rede de apoio de instituições da Antroposofia, do Brasil e da Alemanha, em reconhecimento ao forte caráter empreendedor da Bitu. O resultado do projeto refletiu-se na aquisição do terreno, construção do prédio da escola, recrutamento, organização e capacitação dos educadores na pedagogia Waldorf, onde deixou uma comunidade de 4
  • 5. moradores do morro integrada ao Projeto, com atividades de apoio educacional as crianças e inserção social dos familiares. A partir de 2008, prosseguiu os trabalhos de apoio ao Projeto SalvaDor, como conselheira e orientadora e reestruturou sua vida, sob cuidados médicos. Devido a problemas renais e cardiovasculares, mudou-se em novembro de 2009 para Vinhedo-SP, passando a viver aos cuidados de sua filha Fabiana e família e de Naka, em tratamento médico-hospitalar e hemodiálise. Deixa filhos, irmãos, parentes, amigos e densa história marcada por obstinada crença na vida, no ser humano e inesgotável energia agregadora e integradora de bondade, amor e inteligência, intensamente vivida, ao longo de sua presença aqui, de 76 anos. Naka Saudades eternas... 5
  • 6. Bitu e Naka – Bulgária 2008 Eu nasci lá do céu Eu vivi, convivi, Com você, Que me ensinou Amar... Naka Naka e Bitu – Vinhedo 2007 6
  • 7. Bitu, Naka, Patricia, Andrea, Fabiana, Luis Claudio – São Paulo 2007 Fabiana, Patricia, Naka, Bitu, Luis Claudio e Andrea – Vinhedo 2007 7
  • 8. Promessa Cumprida Senti uma dor no coração, quando me lembrei Pensei em você senti saudades e então chorei (Refrão) Ouvi um toque de Berimbau, um repique no atabaque e me consolei. Lembrei da promessa de esperança Que eu fiz no teu ouvido, antes do seu novo viver - Refrão - Hoje eu cumpri minha promessa, Minha mãe descanse em paz, que eu ainda te verei, Como nos tempos de criança, Numa roda no infinito, com você eu jogarei. - Refrão – Luis Naka [ Lú e Mãe – Munique 2008 8
  • 9. Fabiana e Mãe- Niver 75 anos, Salvador 2008 Minha querida Mãe, Amiga e Companheira de Sonhos e “Lutas”, Agora você parte para um mundo melhor, de Luz e tranqüilidade, de onde agora, com toda serenidade e calma de espírito estará seguindo nossos passos e guiando nossos caminhos. Sentirei falta das palavras de motivação e de todos os conselhos de mãe que nunca faltaram, mas acima de tudo sentirei falta da companheira fiel que você foi, da parceira forte e determinada que sempre me acompanhou em meus sonhos e me amparou em minhas caminhadas, sem medir esforços. Você agora é o mais puro Amor em forma de Luz e vai continuar brilhando para todos nós... Obrigada Mãe! De sua filha Fafinha. 9
  • 10. Mãe e Patrícia, Carnaval– São Paulo 2009 Minha mãe foi a mulher mais bela que jamais conheci e jamais a esquecerei. Sempre te amarei, você mora em meu coração. Muito obrigada mãe, por tudo, e sempre, para sempre! "Nas memórias me guardo. Na poeira, figures antigas, antigas, no armário. A Casa, a rua, os lugares, o tempo sem tempo não segura o Redondo o poder do pensamento. O amor, a casa, o sítio, a escola, o cheiro, a comida. Risadas, alegria! 10
  • 11. Nas memórias aguardo o futuro. Na calça um furo. No sapato, uma pedra. No dedo, um corte. No sonho, a lembrança que pré-sente o mistério da morte. No presente do quarto, No presente do passado, No presente dos aniversários, O dia amanhece. Me vejo na antiga, nova areia de pensamentos. Nos meus passos vejo o rítmo da vida, pegadas na areia, da vida, da vida. Nada more, nada fica. Tudo é passageiro, tudo se move, O que fica. O que há:vida.” Patricia Naka, 10 de Junho de 2010 (Inspirado nos poemas de Joana Satz. Do livro "Tempo Oportuno"). 11
  • 12. Mile, Mãe e Andrea – Berlim 2009 Querida Mãe, Sou muito grata por todos os momentos felizes que vivi com você. Sua presença sempre foi e sempre será um grande exemplo de coragem, força, amor e sabedoria para mim. Guardarei sempre comigo a sua habilidade única de viver os momentos intensamente como uma criança, e de tocar as pessoas na essência do ser, no coração, como um exemplo de vida. Agradeço de coração toda sua dedicação e amor por nós. Com amor, gratidão e saudades, da filha Dedinha 12
  • 13. Vovó, Marko, Luka e Déia- Jardim Zoológico - Berlim 2009 Vovó, Anita Serena, Lira Flor- Niver da Vovó – Salvador 2008 13
  • 14. Mica e Vovó - Aldeia Hippie de Arembepe, 2000 Vovó e Gabi Marko– Vinhedo 2006 Vovó, eu estou com saudades. Mas você deve estar muito feliz sabendo que tem muita gente aqui chorando e rezando por você. Mesmo não estando aqui você esta no nosso coração. Beijos, Gabi 14
  • 15. Dado, Claudia, Bitu e Chico – São Paulo 2008 Querida irmã Lais Vasti Manhães Naka Cá estamos todos nós seus parentes e entes queridos irmanados neste momento de profunda tristeza, pactuando a dor de um vazio profundo em nosso coração desde o momento de sua partida. Rogamos a Deus Pai todo poderoso que ilumine os seus caminhos, e a tenha em bom lugar. Que ele a cubra com sua unção e lhe dê a gloria da vida eterna. Descanse em paz Bitú Mestre Dado 15
  • 16. Bitu e Claudia - São Paulo 2007 Ah, minha irmã, minha amiga! Quanto amor, quanta luta, quanta dor... você foi para nós um astro de suavíssima luz, espalhando o bem em torno dos que a cercavam. Agora, só nos resta pedir ao nosso Pai Celestial que continue a nortear seus passos, cujo rastro luminoso tentaremos seguir. Seu exemplo de força, coragem e dedicação incondicional permanecerá para sempre entre nós. Obrigada, muito obrigada, maninha, por tudo o que você significou para todos nós! Sua irmã Claudia 16
  • 17. Bitu e Chico- Itanhaém 2007 Querida Irmã Sua existência ensinou-me o caminho de uma vida de dedicação amizade, otimismo, ação, generosidade com nosso semelhante. Fico imensamente satisfeito com tudo que aprendi com seu amor. Ao lembrar de você torno me uma pessoa sempre melhor. Mano Chico 17
  • 18. Fabio Nino eVovó – Berlim 2009 Beto, Aldo, Marcela,Helena, Marisa, Liam, Lu, Déia, Mile Niver 75 anos, Salvador 2008 18
  • 19. „Com gratidão e reconhecimento à Lais Naka que, em 02 de Julho de 1999, edificou esta obra com vigor e sabedoria. Que seu exemplo de força realizadora possa se eternizar através do gesto de cada um que atua carregando a missão dessa instituição.“ Projeto Salvador 19
  • 20. Lais no Projeto Salvador – 2007 Bonecas confeccionadas pelas educadoras do Projeto Salva Dor para os bazares natalinos da Alemanha. 20
  • 21. Mensagens da família "Tia Bitu sempre chegava na hora do meu desenho animado favorito, A Mulher Maravilha, a tv ainda era preto e branco! Quando ouvia o barulho do carro já sabia... teria que me despedir da minha super heroína para dar lugar a presença da verdadeira Mulher Maravilha! Mulher guerreira, bonita, independente, alegre e determinada, com seus quatro filhos e suas mil e uma habilidades, uma verdadeira Super Heroína! Fica esta como uma das minhas primeiras lembranças de minha infância que me direcionou por toda a vida!" Beijos, Marilídia Perto está Deus dos que tem o coração quebrantado. Sumiko Naka Querida Tia Laís Você será para mim a pessoa mais determinada, alegre e vaidosa. Uma estrela luminosa! Te amo muito! Fique em paz... Saudades... Grande beijo da sua sobrinha Roseli 21
  • 22. Família Manhães Pfeiffer, reunida no casamento da sobrinha Mariza Para toda comida saborosa existe um tempero especial: o carinho de quem a prepara... E é esse tempero que minha tia Bitu usava não só em seus pratos, mas em tudo o que fazia! Sua alegria era contagiante e com ela, mesmo os momentos mais difíceis, tornavam-se hilariantes. Minha tia querida foi sem dúvida uma pessoa singular: em sua casa, quando crianças, não podíamos beber durante as refeiçoes; a televisao era abominável; quando cozinhava na casa de outra pessoa, levava sua faquinha na bolsa... Hoje contenho o riso quando um coleguinha do meu filho pergunta porque na minha casa nao se pode beber durante a refeição, quando meu filho esperneia pedindo para ver tv e ao cozinhar na casa de amigos, sempre lamento nao ter levado minha faquinha... Minha tia Bitu deixa muitas saudades! Mas sou muito grata pelos momentos precisos que compartilhamos. Que ela nos sirva de inspiração para seguirmos nosso. Um beijo carinhoso, Marisa 22
  • 23. Bitu Agradeço por ter lhe conhecido, por tudo que vivemos juntos, por tudo que aprendi com você, pelo amor que dedicou a nossa família. Vai em paz, cuidarei sempre com amor de sua Fabiana e de seus netos. Muito obrigado por tudo, Pedro Ivo. Minha avó foi muito especial para mim, mas quando soube que ela morreu fiquei muito sentida, você será uma super avó completa de amor e carinho. Beijos Lira Flor Sonho de beleza. Amor pureza. Faça uma pose e vá para o quarto. Anita Serena 23
  • 24. Mensagens dos amigos Laís Vasthi Manhaes Naka saudades eternas L ivre como o leão na floresta, A ltiva, atenta a tudo em sua volta, I rmanada com todos os seus semelhantes, S olução sempre buscava encontrar. M ãezona de seus quatro rebentos, A vó muito presente de seus seis netos, N ão media esforços para atendê-los, H avia o que houvesse ela os defendia sempre, A mava a vida, amava Naka, amava viajar E comer uma boa carne. S eu sorriso sincero a todos encantava. N um bom restaurante ou num buteco, A tenta ouvia as histórias de vida com uma K aiser bem gelada ou um bom vinho, A dorava um bom pedaço de carne de carneiro. S entia pelo olhar os problemas dos circundantes A mavelmente os ouvia, U ma solução ela buscava na hora, D ando uma de mãe ou mestra, A rriscava o seu palpite com segurança, D eixando um caminho a seguir E trilhar bem detalhado, S olucionado o problema, vamos brindar! E u sempre lhe dizia: Laís aqui tu não és professora, T ire o pé do chão e dance o forró baiano, 24
  • 25. E u não consigo deixar de ensinar, R espondia sempre a minha amiga, N as festas que freqüentamos A ndando pelos lugares da Bahia. S iga em paz amiga e muito obrigada. Delcina Hermalina dos santos Azevedo " Certa vez ela olhou para mim sorrindo e me perguntou: Por que me chama de "Dona"? E eu, lhe respondi, porque és uma MADONA! Dona Laís, tão forte mulher. Guerreira como sabia ser. Sábia como só ela poderia ser. Incentivadora como deveria ser. Para mim, uma grande mulher, que deixa sua semente... representando coragem, força, perseverança. Não consigo lembrar de "algum" momento que não tivesse Dona Laís, sempre me estendendo a mão. Primeiro, para conhecer a Antroposofia. .. Conhecer!!?? Nas suas atitudes já estava a antroposofia. .., depois me mostrar caminhos de como fazê-la... recebendo à mim e a tantos outros em sua casa... estudando. Começando a falar de coisas esquisitas, (para mim na época) Corpo Astral!... Corpo Etérico!... Corpo Físico!... EU!... Temperamentos! ... E para acalentar a alma, belos versos que falavam sobre nosso aprender e nosso trabalhar. O nosso sentir, o nosso pensar e a nossa vontade. Meu Deus!!! Como me diverti ao lado dessa mulher, quando cantou com o Coral do Projeto : ...certa vez de montaria, eu desci o Paraná e o caboclo que remava, não parava de falar..., e o rolete de cana, amendoim torradinho.. . Quantas graças pude desfrutar, com essa Madona, que chamava de "mãezinha"... brincando com ela, dizendo: - agora não tem jeito, tu és responsável por tudo aquilo que cativas e terás que me adotar!!!! (rsrs) E ela soltava aquela gargalhada boa. Dona Laís, que muitas vezes subiu duna e desceu duna na Aldeia Hippie pra levar seu brilho e sua contribuição, deixando que todas as crianças lhe chamassem carinhosamente de Vovò Bitu. 25
  • 26. Com certeza, ascenderá na graça Divina. Com certeza, merecerá luz e descansará nos braços de Deus Pai, como uma boa menina. A semente Dona Lais, está em meu coração. Sempre. Que a dor seja transformada em alegria. Assim é. Com muito amor Bea Lais, querida, você foi e é uma inspiradora. Conversamos muito... Agora você enxerga tudo de “cima”! Ute Craemer Bitú, A sua alegria e energia nos vão fazer falta. Mas você merece descanso. Com muitas saudades, Maila e Hans Queridos irmãos, Estou com vocês, em pensamentos e em reza, emanando paz a nossa querida Laís nesse momento de passagem. Pedimos que ela possa estar envolta na bênção do perdão, da Luz, do entendimento maior, em companhia de anjos de bondade que à conduzam aos planos transformadores do Amor. Para mim ela foi uma mulher de imensa coragem, de força, verdadeira, sempre disposta, bem humorada, e também severa, muito batalhadora. Não só pelo que 26
  • 27. era dela, por ela e pelos seus, mas sim - e quem sabe ainda mais - por aqueles que não tinham o caminho tão claro. Acho que ela sempre tinha uma causa, uma batalha a ser vencido, um projeto a ser executado que, com determinação, muitos amigos e grande família, sempre traçou. Na minha vida Laís foi muito importante, como uma mãe por vezes. Sua casa sempre foi minha casa e sua família a minha família. Agradeço por isso... Tenho a Laís e a' todos vocês, profundamente em meu coração, como um exemplo de família que luta para ser feliz! Continuem juntos e individualmente nesse caminho que sua mãe, amiga, esposa, tia, professora, exemplo de mulher, com coragem e amor traçou. Continuemos com a presença do Espírito, que em nos sempre ficara, de uma mulher que viveu verdadeiramente sua vida! A' nossa Laís com todo o Amor e carinho, Clau Querido Juaquim, Querido Luis Claudio, Querida Fabiana, Querida Patrícia Querida Andrea, Senti uma tristeza grande sabendo que Bitu faleceu. Para mim ela sempre era uma amiga ótima. Lembro-me dos dias alegres e felizes com ela, Seja aqui, ou seja, no Brasil, durante os últimos 40 anos. E como uma mulher magnânima e de alegria da vida. Na minha lembrança ela vai continuar viver. Dando os meus pêsames sinceros. Desejo vocês muita virtude para o dia 12.06. Para cada um de vocês um abraço afetuoso, Vindo do meu coração. Seu amigo Wolfhard Mauer 27
  • 28. Assustada corri para atender o celular, não cheguei a tempo... O aparelho acusava msg de voz. Ouvi a msg... Pasma e estarrecida ouvi quatro vezes o recado da Claudia. Difícil acreditar, difícil aceitar no primeiro momento... Como o ícone de nossas vidas, a fortaleza de espírito, a clareza de raciocínio... Enfim... Ela se foi... Se foi e deixa saudades mas ..mais do que a saudade um exemplo de vida a ser seguido..uma história de vida que por muitos será contada e relembrada, como exemplo de dignidade, de doação, de perdão, de recuperação. Desempenhou, no palco da vida, seu papel na íntegra, sem titubear... Ela leva consigo meu amor, meu carinho, minha admiração. Infelizmente não poderei comparecer, pois estou em Fortaleza com minha filha (ela está morando aqui com meu netinho de 8 meses). A vocês só posso lamentar pela perda e dizer que cada vez que a dor da saudade assombrar a alma lembre-se de fatos e de coisas que só ela fazia e digo por experiência. a alegria dessas lembranças atenuam a dor da saudade. Um beijo da todos no coração. Angela e familia. Nossos sentimentos pelo falecimento da nossa querida Bitu. E um momento triste, o qual todos nos passamos.Quantos horas alegres passamos juntos; na escola , com suas brincadeiras , churrasco de gato , como também na casa de vocês. A Bitu sempre foi muito querida e será sempre lembrada por todos. A você Naka, Luis Claudio, Fabiana, Patricia e Andrea só podem agradecer a Deus por tê-la em suas vidas.Um grande abraço a todos vocês dos seus amigos Ruth , Hermann, Renee, Ricardo e Laura Lorz. 28
  • 29. Soube hoje, pelo Roberto, que a Bitu morreu. Que choque, que baque, que tristeza. Sei que vocês estão muito tristes e de luto, estou muito triste também. Ela foi uma grande pessoa, prestativa, confiável, trabalhadora, adorou a família, a adorou a cultura alemã. Sim, foi uma importante agente e mediadora entre as nossas línguas e culturas. Estou muito triste, pois ela sempre foi uma grande amiga durante quase 42 anos, imagine, foi uma constante na minha vida, ainda que houvesse longos anos sem muito contato. Mas eu sempre sabia que quando a reencontrasse ela seria da mesma cordialidade profunda; foi uma amizade simplesmente indestrutível, duradoura, permanente. Me sinto perto de vocês. Desejo força a vocês, e uma continuação dos estreitos laços familiares que sempre admirei em vocês. Grande abraço para vocês todos, Berthold Zilly Laís Foi uma honra, alegria e felicidade ter sido sua amiga. Obrigada pelos momentos que me proporcionou Um beijo com amor e respeito Da amiga Kátia Primavera Como nos últimos 15 anos devo tê-la visto só dois ou três vezes, muitos talvez não imaginem o quanto sentia dona Laís como uma pessoa próxima. Pensei em ir ao velório, à cremação, dar um abraço no filho e na filha que vi quando adolescentes - extraordinariamente belos - e nunca mais... mas algo me disse que estaria mais próximo reavivando a lembrança do nosso encontro que me deslocando no espaço físico. 29
  • 30. Na verdade não lembro como foi nosso primeiro contato. Sei que foi pouco depois de minha mudança para São Paulo em novembro de 1991, e em conexão com o convite que lancei no meio antroposófico para conversarmos em profundidade sobre a problemática de alguns discursos contraditórios que convivem nesse meio quanto a questões raciais. O convite foi bem mal compreendido, porém me valeu a amizade de dona Laís, que, para melhorar, em termos de São Paulo era quase vizinha. Pois como esse assunto não seria de importância para ela? Negra, filha de um médico negro - creio que baiano, não estou seguro -, há muitos anos professora de alemão numa escola freqüentada majoritariamente por filhos de alemães, e entre colegas professores quase todos alemães ou descendentes. E, não bastasse, casada com um senhor japonês, ou descendente, donde o tipo físico absolutamente extraordinário dos filhos - ... e uma outra coisa absolutamente extraordinária, daquelas que às vezes me pergunto se realmente vi: tinha um papagaio que cantava musiquinhas em japonês e em alemão! Almocei várias vezes na casa da dona Laís, naqueles tempos. Chegamos a participar juntos de mobilizações políticas em época eleitoral... Depois me mudei para outro bairro, e a realidade de São Paulo é essa: como dizia o primeiro aluno da Trópis, em sua forma de expressão tão peculiar: "um big bang pessoal". Espalhamento. Sei que as conversas da época chegaram a fazê-la tomar certa distância, por algum tempo, das atividades antroposóficas de que participava, como que reavaliando a relação. Algum tempo depois soube que estava fazendo algo que só posso entender como a forma que encontrou de trabalhar em conjunto as diferentes correntes culturais que confluíam em seu destino pessoal: trabalhando com crianças carentes em Salvador, levando para isso recursos adquiridos em sua experiência como professora Waldorf: o Projeto Salvador. Sei pouquíssimos detalhes do que aconteceu depois. Conheci outos integrantes do Projeto Salvador, mas não mantive contato continuado. Pensei que eu iria conhecer a Bahia em dezembro de 2007, escrevi a ela e recebi convite para uma moqueca de peixe com camarão no capricho... Mas a viagem acabou não acontecendo. Em maio de 2008 recebi comunicação de que ela se afastava das atividades por limitações de saúde. E agora... o comunicado de que (por que não entender assim?) superou as limitações físicas de vez. 30
  • 31. Querida dona Laís! Tenho certeza de que fez diferença na vida de muita gente neste mundo - pois até na minha, com contato tão pouco - fez uma bela diferença, imagine-se com quem chegou a conviver mais! E mais palavras não digo: abandono aqui a linguagem verbal para apenas mergulhar num clima de amizade, calor humano, inteligência com coração, gratidão, sorriso e abraço. Que seja assim, dona Laís - para sempre! Seu amigo, sinceramente, Ralf Amigos, Trarei sempre ativa na memória e no coração a lembrança daquela personalidade realizadora que me acolheu com carinho e grande incentivo em todos os momentos de "meu batismo" no universo Waldorf. Que a Luz divina, D. Laís, possa aquecer e ancorar sua alma nessa passagem. E que essa mesma Luz possa iluminar e confortar a sua família. Fabi, muita força, minha querida, a você e aos seus. Dulciene Lamentei muito não ter ido ao velório de minha querida dona Laís! Mas estive em pensamentos lá com vocês! Meus alunos quiseram fazer um desenho em seus cadernos de d. Laís ensinando-me alemão. Um aluno fez um coração e escreveu "LIEBE"! Eles perceberam o amor que eu sinto por ela! Gostaria de expressar meus sentimentos e dizer que sua mãe foi uma pessoa muito marcante em minha vida! Beijos Elisa Manzano 31
  • 32. Conheci Laís nos idos de 2002, na inauguração do Projeto Salva Dor. Estivemos juntas em várias vivências... A despedida é sempre triste, mas, no meio dela, lembro desse exemplo magnífico que Laís nos deu, de lutar com garra e leveza pelo cuidado com as crianças, pela manutenção dos valores humanos, pela elevação espiritual das pessoas. Que Deus console a toda a família e amigos. De noite poderemos olhar pro céu e ver a estrelinha Laís brilhando lá, na Via Láctea... Dando adeus prá gente. Um abraço, Dadau Não conheci a Sra Laís, pessoalmente, mas foi um dos primeiros nomes que conheci ao fazer contato com a Pedagogia Waldorf aqui, na Bahia. Sei que muito do que chega até mim, como exemplo e experiência prática, têm a sua participação. Dessa forma, sou-lhe também grata, já que são os frutos do seu trabalho que ajudam a enriquecer o meu conhecimento e prática nesta área. Muita luz para ela... Força aos seus familiares. Cacilda Querida Laís, É impossível passar por você sem acordar para alguma realidade, sem aprender algo, sem se admirar, enfim, Descansa, você merece! Obrigada por tudo. Selma Crepaldi 32
  • 33. Dona Laís, Só memórias boas guardo comigo em meu coração! Te amo, vai em paz, Vai com Deus. Gratidão! Cris Boog Gratidão e alegria pela missão cumprida por Lais Com carinho à Família Naka Andréa Mourão Querida Laís Que um caminho de luz te leve ao encontro do Senhor. Obrigado por tudo que fizeste por meus filhos e pelo contato que tivemos tão gratificante. Descanse em paz e colha os frutos que plantou nesta vida e que agora frutificaram depois do portal. Lembranças de Sérgio e Raphael Gallo Bateu uma saudade muito forte e senti que ela tinha partido, tenho a sua voz grava em meus ouvidos , reclamando e pintando o sete comigo, . depois riamos feito criança. Que mulher forte e inteigente! que cabeça! voces sao uns privilegiados,exemplo de vida e firmeza. essa mulher "Dona Lais" se despediu de mim com muito glamur, ofereceu-me um jantar em seu apartamento comemos bememos e rimos muito da minha falta de jeito com os palitinhos e ela sempre elegante me ensinando. Salve, Salve, Querida Lais Naka quero guarda sua imagem sempre assim, forte, guerreira. Um forte abraço a todos 33
  • 34. a voce Fabiana, Patricia, Luiz e Sr Juaquim. Ligia “O calor que aquece a minha alma A luz que ilumina o meu olhar São forças para ver com calma O caminho que devo trilhar”. (R.S) Companheira, amiga; É assim que em poucas palavras descrevo D. Laís. Hoje, fisicamente, não esta entre nós; Porém podemos vê-la em tudo que olhamos aqui. Desde a maneira de falar, contar historia, nos retratarmos com as crianças, as músicas, os poemas, a estrutura da sede enfim tudo é um pedaço de D. Laís deixado para nós. Até a comida que às crianças é dada, a sardinha da panela de pressão, as berinjelas, suco de cenoura com limão, olha ai, como podemos esquecê- la? Eu a vejo em tudo. Só peço a Deus que seu Espírito tenha descansado em paz. Lutas, tristezas, decepções, alegrias, conquistas e vitórias fazem parte de uma trajetória de vida. Nada foi em vão! Tudo que sou tudo que aprendi quando aqui cheguei, devo tudo a esta batalhadora e incansável mulher que não se intimidava em nada, sempre otimista. Valeu D. Laís e saiba suas obras serão sempre lembradas. Ana Rita Na vida nós temos muitos encontros, para mim o encontro com sua mãe foi muito significativo, foi um presente conhecer uma mulher tão forte, uma batalhadora que 34
  • 35. estava sempre incentivando as pessoas ao seu redor a ir além e a realizar sempre mais. E foi o que ela fez também com os filhos e com você Fabiana no projeto Salva - Dor. Parabéns pelo trabalho que vocês realizaram juntas no Projeto Salva - Dor. Eu me lembrei de um poema do Mario Quintana que diz assim: "A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta? Em meio aos toros que desabam cantemos a canção das chamas. Cantemos a canção da vida, na própria luz consumida..." Sua mãe foi sem dúvida foi uma chama bela e alta, que ela possa agora seguir seu caminho evolutivo em paz. Um grande e carinhoso abraço, Patrícia. Bitu, a verdadeira Paz você encontrou agora, ao lado do nosso Criador, Desfrute, pois esta Felicidade é Eterna! Com carinho da sua "Branca", "Rose" ou "Rosa". Estas são algumas de muitas mensagens e imagens que vivemos com nossa querida mãe, irmã, esposa, professora e amiga Lais Vasthi Manhães Naka. 35
  • 36. “Óh Senhor dos mundos, deixa a sua meiga luz, em meus olhos repousar. Como as lindas flores abrem as corolas, para receber a luz do sol. Deixa a Deus seu calor sua luz e seu amor em mim penetrar”... Missão cumprida Bitu! 36