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TESTE DE 6 MINUTOS. POSSÍVEIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
                              CAMINHADA PARA IDOSOS

Tiago Antunes da Luz Neto, Frank Shiguemitsu Suzuki, Gyselle Renata Geromin do Nascimento
Trindade, Ataíde Oliveira Filho, Bruno de Oliveira Trindade.

                                                 RESUMO

O objetivo deste artigo foi comparar as distâncias previstas pelas equações de Enright & Sherrill com as
distâncias percorridas por idosos no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), por se tratar de uma
avaliação simples, de fácil aceitação, baixo custo e pela possibilidade de ser realizada a qualquer hora do
dia. Métodos: participaram do estudo 29 (vinte e nove) sujeitos, os quais foram submetidos à coleta de
informações realizada em um centro de convivência. O TC6M avalia a partir da máxima distância
percorrida pelo sujeito durante o período de 6 (seis) minutos, mostrando a padronização clássica de
McGavin (1978). E define como o indivíduo corresponde às demandas físicas do cotidiano, que
compreende desde as atividades básicas para uma vida ativa até as ações mais complexas da rotina
diária. Resultados: Segundo a equação de Enright & Sherrill (1988), os idosos (6 homens) atingiram a
média de 107,63% da distância prevista para cada um, as idosas (23 mulheres) atingiram a média de
104,38% da distância prevista para cada uma. Conclusão: Concluímos que o TC6M para idosos
apontam possíveis parâmetros para elaboração de um programa de caminhada, através de um
acompanhamento continuado para cada indivíduo; com isso, os resultados poderão ser melhorados.

Palavras-chave: teste de caminhada, idosos e atividade física.


                                               ABSTRACT

The aim of this paper was to compare the estimated distances by the equations of Enright & Sherrill to the
distance traveled by the elderly in the “6-minute walk test (6MWT)”, for being a simple, easily acceptable,
low cost evaluation, besides the possibility of being performed at any time of the day. Methods: The study
featured 29 (twenty nine) individuals, so they should provide several info for a research which was held in
a daycare center. The 6MWT evaluates from the maximum distance traveled by the individual within 6
(six) minutes, showing the McGavin´s classic standard (1978). It defines how the individual matches to the
physical demands of everyday life, which ranges from basic activities for an active life to the more
complex actions of a daily routine. Results: According to the Enright & Sherrill´s equation (1988), elderly
(6 men) reached an average of 107.63% of the estimated distance for each one, the elderly (23 women)
reached an average of 104.38% of the estimated distance for each one. Conclusion: We conclude that
6MWT for the elderly indicates possible parameters for developing a walking program, through a
continuous monitoring for each individual; being so, the results could be improved.

Key words: walk test, the elderly and physical activity


                                              INTRODUÇÃO


         O teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) é a forma mais simples de avaliar idosos, pois utiliza-
se movimentos do cotidiano (o caminhar), para verificação do desempenho físico (BARATA et al., 2005).
Esse teste pode ser realizado a qualquer hora do dia, não necessitando de materiais sofisticados e tem
fácil aceitação por parte dos idosos. Para grande parte dos sujeitos o TC6M é um teste submáximo da
capacidade cardiovascular, uma vez que a pessoa tem autonomia para ditar seu ritmo, sendo permitida a
parada (descanso) durante a execução do mesmo (RODRIGUES, 2002)
         O TC6M tem sido comumente usado para a verificação da capacidade cardiovascular ao
exercício e a sua utilização nesta pesquisa tem por objetivo verificar a capacidade dos sujeitos em
realizá-la, mensurar a distância alcançada e as alterações de pressão arterial e frequência cardíaca.
Também observamos que as respostas são de âmbito global e integrada aos sistemas envolvidos
durante o exercício, incluindo o sistema cardiovascular e respiratório, as circulações sistêmica e
periférica. Para avaliação específica do sistema envolvido deverá ser realizado teste de desempenho
máximo.
         O TC6M é uma adaptação do teste de corrida de 12 (doze) minutos de Cooper. Burtland (1982)
demonstrou que o teste de 6 (seis) minutos seria o suficiente para demonstrar o mesmo resultado que o
teste de 12 (doze) minutos. O exame é limitado por tempo e pode ser utilizado / realizado a qualquer hora
do dia. Os sujeitos são posicionados em corredores, ou em pistas, com superfície lisa. É uma avaliação
da capacidade funcional de componentes específicos como de equilíbrio em pé, força muscular e
marcha.
         Surgiu com o objetivo de avaliar a funcionabilidade dos portadores de doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC). E definir como o indivíduo corresponde às demandas físicas do cotidiano, que
compreende desde as atividades básicas para uma vida independente até as ações mais complexas da
rotina diária. O teste foi realizado por Barata (2005), Rodrigues (2002), Marino (2007) e Rodrigues (2004)
como uma das principais formas de avaliar a capacidade de exercícios em diversas condições clínicas.
         Apesar de ser um teste de fácil aplicação, não se encontram relatos a respeito da eficácia do
TC6M para verificação de capacidade física de pessoas que não possuem doenças respiratórias.
         Enright e Sherrill (1988) ressaltam que a distância máxima percorrida no TC6M realizada em
pessoas saudáveis gira em torno de 400 a 700 metros e acrescentam que a distância máxima percorrida
ao final do TC6M provou eficácia na avaliação da morbidade e mortalidade em pacientes portadores de
doenças pulmonares e/ou cardiovasculares, principalmente aqueles que percorreram uma distância
inferior a 300 metros.
         Sendo assim surgiu-nos um questionamento : Como o teste de caminhada de 6 (seis) minutos
pode servir de parâmetro para elaboração de um programa de caminhada para idosos?


                                       DESCRIÇÃO METODOLÓGIA

          Participaram da nossa amostra 29 idosos sem restrições médicas, sendo 6 homens e 23
mulheres, não institucionalizados e com idade entre 62 a 83 anos (Tabela 1). Os participantes foram
selecionados por busca ativa em um centro de convivência. Todos os participantes assinaram o Termo
de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).
          Este estudo é parte integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Atividade Física no
Envelhecimento (GREPAFE-NOVE), já aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Humanos da
Universidade Nove de Julho. Os critérios de inclusão: idosos de ambos os sexos com idade igual ou
superior a 60 anos, sem qualquer restrição médica. Os critérios de exclusão: ter idade inferior a 60 anos,
possuir alguma restrição médica e não estar em dia com o atestado médico, ou não querer participar do
teste por questões pessoais.

Tabela 1. Caracterização da amostra.
                          TOTAL                         HOMENS                  MULHERES
 NÚMERO                              29                         6                       23
 Idade (anos)                        71                         70                      73
 Distância (metros)               438,75                      489,75                  437,97
Dados referentes à idade e distância expressos como média.
AMOSTRAS

** Modelo de Enright & Sherrill
Sujeito Sexo Idade      Altura Peso       Distancia prevista   Distancia percorrida %
A      M     66         173       67,4    550,67               445,5                  80,9
B      M     62         160       71,3    465,47               610,53                 131,16
C      M     64         161       59,7    483,42               511,4                  105,79
D      M     77         160       66,5    398,62               412,27                 103,48
E      M     80         168       76,5    426,52               478,53                 112,19
F      M     71         163       85      418,89               470,25                 112,26
G      F     74         159       92,8    362,26               313,58                 86,54
H      F     79         157       64,2    394,63               429                    108,71
I      F     64         157       84,1    435,76               453,75                 104,13
J      F     66         149       72,4    434,11               511,5                  117,83
K      F     74         155       81,2    380,38               134,47                 134,47
L      F     78         146       37,2    439,03               379,56                 86,44
M      F     72         148       57,5    431,45               297                    68,84
N      F     69         144       57,4    440,57               577,59                 131,08
O      F     66         146       49,9    479,31               610,5                  127,37
P      F     67         162       77,2    444,77               478,52                 107,58
Q      F     64         154       69,7    462,41               660                    142,73
R      F     70         148       70      414,38               627                    151,31
S      F     65         153       80      430,93               363                    84,24
T      F     75         157       65,3    415,23               313,5                  75,50
U      F     75         157       65,3    415,23               313,5                  75,50
V      F     77         149       63,8    390,23               561                    143,76
W      F     77         145       67,5    373,32               330                    88,40
X      F     72         139       40,5    451,39               429                    95,04
Y      F     76         148       46,7    433,06               396                    91,44
Z      F     66         149       72,4    434,11               511,5                  117,83
AA     F     72         145       74,1    387,10               412,5                  106,56
BA     F     69         145       72,1    409,02               445,5                  108,92
CA     F     75         152       69,9    394,15               247,5                  62,79

                                     PROTOCOLOS UTILIZADOS

       Foi utilizado o teste de caminhada proposto por Bultland (1982) com a equação para verificação
dos resultados de Enright & Sherrill (1988).
       HOMEM
                 Distância prevista = (7,57 x altura cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso kg) – 309m
       MULHER
                 Distância prevista = (2,11 x altura cm) – (2,29 x peso kg) – (5,78 x idade) + 667m

         Foi solicitado aos sujeitos analisados neste estudo que comparecessem ao local do teste
utilizando seu calçado e roupas habituais. O TC6M foi realizado no período da tarde, com 3 (horas) de
duração, em pista retangular de 5,5m (cinco metros e cinquenta centímetros) de comprimento e 2,75m
(dois metros e setenta e cinco centímetros) de largura, perfazendo um total de 16,5 (dezesseis metros e
cinquenta centímetros) de distância, em local fechado, com pouco barulho, bem iluminado e arejado.
         Os materiais utilizados para a realização do teste foram: fita de segurança zebrada, fita dupla
face, balança Toledo modelo 2096 PP (antro pedométrica) capacidade 150 Kg divisões de 100 gramas,
cronômetros, fita métrica, pranchetas, aparelho de pressão arterial digital automático de pulso,
esfigmomanômetro, estetoscópio.
         Antes de iniciarmos o TC6M, verificamos a vestimenta dos sujeitos e foi instruído sobre como o
seria realizado o teste de caminhada de 6 (seis) minutos (TC6M) e se estavam com roupas e calçados
confortáveis / habituais para a avaliação e que, caso apresentassem algum desconforto respiratório, dor
no peito ou dor muscular forte, poderia diminuir a velocidade e até mesmo parar. Caso isso acontecesse,
o cronômetro permaneceria ativado. Instruímos aos sujeitos analisados que andassem o mais rápido
possível.
         Em seguida, posicionamos o mesmo em uma pista retangular e o orientamos a percorrer a maior
distância possível durante 6 (seis) minutos, sendo permitidas pausas para descanso ou atendimento caso
sinta fadiga extrema, mal estar, ou qualquer outro fator que limite a continuidade do teste. Mesmo
durante as pausas, o cronômetro deverá marcar o tempo total do exercício. O ritmo da caminhada será
determinado pelo próprio idoso.
         Ao final dos 6 (seis) minutos a distância foi registrada e analisada na equação de Enright &
Sherrill (1988). Ao início e término de cada TC6M foram monitoradas as pressões arteriais e as
frequências cardíacas.


                                  DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

         O teste de caminhada foi bem aceito pelos sujeitos analisados. Não houve alterações
significativas dos parâmetros monitorados após o teste ou ocorrências de eventos inesperados durante
sua realização. Segundo a equação de Enright & Sherrill (1988), os idosos (6 homens) atingiram a média
de 107,63% (cento e sete virgula sessenta e três por cento) da distância prevista para cada um; as
idosas (23 mulheres) atingiram a média de 104,38% (cento e quatro virgula trinta e oito por cento) da
distância prevista para cada uma. Comparado com o teste de Barata (2005) os idosos avaliados tiveram
desempenho médio superior.
         Segundo os testes de Marino (2007), a distância média alcançada foi 415,75m (quatrocentos e
quinze metros e setenta e cinco centímetros) utilizando a equação de Enright & Sherrill (1988) em
homens somente, comparado com os idosos analisados, também tiveram desempenho superior médio
maior de 489,75m (quatrocentos e oitenta e nove metros e setenta e cinco centímetros). O teste de
caminhada de 6 (seis) minutos demonstrou um bom indicador da avaliação para os idosos.
         Quando aplicamos a equação de Enright & Sherrill (1988), constatamos que a distância mínima
para os 6 (seis) idosos foi de 412,5m (quatrocentos e doze metros e cinquenta centímetros) e a distância
máxima foi de 610,5m (seiscentos e dez metros e cinquenta centímetros), já para as 23 (vinte e três)
idosas foi constatado a distância mínima de 231m (duzentos e trinta e um metros) e a distância máxima
foi de 660m (seiscentos e sessenta metros).
         A análise de correlação entre as distâncias percorridas e as previstas foi coletada e analisada
separadamente. Segundo Enright & Sherrill (1988), a distância média prevista para os idosos seria de
457,26m (quatrocentos e cinquenta e sete metros e vinte e seis centímetros) e o realizado foi 488,08m
(quatrocentos e oitenta e oito metros e oito centímetros), demonstrando que a distância percorrida pelos
idosos foi superior a distância prevista. Para as idosas, a distância média prevista foi de 419,68m
(quatrocentos e dezenove metros e sessenta e oito centímetros) e a percorrida foi de 425,89
(quatrocentos e vinte e cinco metros e oitenta e nove centímetros). A comparação mostrou que a
distância percorrida pelas idosas foi superior a distância prevista, assim como, as dos idosos.
         Em relação à distância percorrida, nossos resultados concordam com os valores de referência
para indivíduos saudáveis sugeridos por Enright & Sherrill (1988); mesmo sem encorajamento verbal
durante o TC6M, houve melhora na distância percorrida com relação à distância prevista tanto para os
idosos como para as idosas. Os resultados dos testes mostraram que os idosos brasileiros ultrapassaram
os idosos analisados por Enrigth & Sherrill com relação à distância prevista e percorrida.
No que se refere às variáveis frequência cardíaca e percepção do esforço muscular (escala de
Borg), não observamos diferenças relevantes em cada teste analisado. Isto sugere que o grau de esforço
desenvolvido pelos sujeitos foi plausível e corrobora a hipótese de que o fator determinante para o
aumento significativo seja a questão saudável de cada sujeito.


                                            CONCLUSÃO

         Concluímos que os sujeitos avaliados no TC6M mostraram grande relevância para possíveis
parâmetros para elaboração de um programa de caminhada para os idosos. No que se refere à relação
distância percorrida “X” e distância prevista, o teste demonstrou que indivíduos saudáveis conseguem
ultrapassar as distâncias previstas por Enritgh & Sherrill (1988); no caso de pessoas pneumopatas, o
teste também demonstra que é necessário acompanhamento dos indivíduos. Segundo Enritgh & Sherril,
caso o sujeito alcance uma distância inferior a 400 (quatrocentos) metros, o mesmo não é considerado
saudável.
         Dos dados coletados, cerca de 30% (trinta por cento) do total de participantes percorreram
distância inferior a 400 (quatrocentos) metros, sendo todas mulheres. A equação de referência de Enright
& Sherrill apresenta, em alguns casos, distâncias previstas para as mulheres maiores que para os
homens.
         Com o acompanhamento continuado e a prescrição de um programa de caminhada adequado
para cada indivíduo, os resultados poderão ser melhorados. Isso demonstra que o TC6M pode ser
utilizado como parâmetro de análise não somente de idosos com DPOC, como também em idosos
considerados saudáveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BARATA, V. F.; GASTALDI, A. C.; MAYER, A. F. Avaliação Das Equações De Referência Para Predição
Da Distância Percorrida No Teste De Caminhada De Seis Minutos Em Idosos Saudáveis Brasileiros.
Revista Brasileira de Fisioterapia, vol. 9, n. 2, p. 165 - 171, 2005.

CÂMARA, F. M.; GEREZ A. G.; MIRANDA M. L. J.; VELARDI, M. Capacidade funcional do idoso: formas
de avaliação e tendências. Acta Fisiátrica. 15(4): p. 249 – 256, 2008.

MARINO, D. M.; MARRACA, K. T.; LORENZO, V. A. P.; JAMAMI, M. Teste de caminhada de seis
minutos na doença pulmonar obstrutiva crônica com diferentes graus de obstrução. Revista Brasileira
de Medicina do Esporte. vol. 13, n.2 – Mar /Abr, 2007.

PEDROSA, R. H. G. Correlação entre os testes da caminhada, marcha estacionária e tug em hipertensas
idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2009.

RODRIGUES, S. L. Estudo de correlação entre provas funcionais respiratórias e o teste de caminhada de
seis minutos em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de
Pneumologia. vol.28 n.6 - Nov./Dec, 2002.

RODRIGUES, S. L.; MENDES, Helder Fonseca e; VIEGAS Carlos Alberto de Assis. Teste de caminhada
de seis minutos: estudo do efeito do aprendizado em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.
Jornal Brasileiro de Pneumologia. 30(2). p. 121 - 125, 2004.

Tiago Antunes da Luz Neto (Uninove)
Frank Shiguemitsu Suzuki (Uninove, Unicastelo e USJT)
Gyselle Renata Geromin do Nascimento Trindade (Uninove)
Ataíde Oliveira Filho (Uninove)
Bruno de Oliveira Trindade (Uninove).
Órgão de fomento a pesquisa PIBIC/FAPIC.

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TC6M. POSSÍVEIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CAMINHADA PARA IDOSOS

  • 1. TESTE DE 6 MINUTOS. POSSÍVEIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CAMINHADA PARA IDOSOS Tiago Antunes da Luz Neto, Frank Shiguemitsu Suzuki, Gyselle Renata Geromin do Nascimento Trindade, Ataíde Oliveira Filho, Bruno de Oliveira Trindade. RESUMO O objetivo deste artigo foi comparar as distâncias previstas pelas equações de Enright & Sherrill com as distâncias percorridas por idosos no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), por se tratar de uma avaliação simples, de fácil aceitação, baixo custo e pela possibilidade de ser realizada a qualquer hora do dia. Métodos: participaram do estudo 29 (vinte e nove) sujeitos, os quais foram submetidos à coleta de informações realizada em um centro de convivência. O TC6M avalia a partir da máxima distância percorrida pelo sujeito durante o período de 6 (seis) minutos, mostrando a padronização clássica de McGavin (1978). E define como o indivíduo corresponde às demandas físicas do cotidiano, que compreende desde as atividades básicas para uma vida ativa até as ações mais complexas da rotina diária. Resultados: Segundo a equação de Enright & Sherrill (1988), os idosos (6 homens) atingiram a média de 107,63% da distância prevista para cada um, as idosas (23 mulheres) atingiram a média de 104,38% da distância prevista para cada uma. Conclusão: Concluímos que o TC6M para idosos apontam possíveis parâmetros para elaboração de um programa de caminhada, através de um acompanhamento continuado para cada indivíduo; com isso, os resultados poderão ser melhorados. Palavras-chave: teste de caminhada, idosos e atividade física. ABSTRACT The aim of this paper was to compare the estimated distances by the equations of Enright & Sherrill to the distance traveled by the elderly in the “6-minute walk test (6MWT)”, for being a simple, easily acceptable, low cost evaluation, besides the possibility of being performed at any time of the day. Methods: The study featured 29 (twenty nine) individuals, so they should provide several info for a research which was held in a daycare center. The 6MWT evaluates from the maximum distance traveled by the individual within 6 (six) minutes, showing the McGavin´s classic standard (1978). It defines how the individual matches to the physical demands of everyday life, which ranges from basic activities for an active life to the more complex actions of a daily routine. Results: According to the Enright & Sherrill´s equation (1988), elderly (6 men) reached an average of 107.63% of the estimated distance for each one, the elderly (23 women) reached an average of 104.38% of the estimated distance for each one. Conclusion: We conclude that 6MWT for the elderly indicates possible parameters for developing a walking program, through a continuous monitoring for each individual; being so, the results could be improved. Key words: walk test, the elderly and physical activity INTRODUÇÃO O teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) é a forma mais simples de avaliar idosos, pois utiliza- se movimentos do cotidiano (o caminhar), para verificação do desempenho físico (BARATA et al., 2005). Esse teste pode ser realizado a qualquer hora do dia, não necessitando de materiais sofisticados e tem fácil aceitação por parte dos idosos. Para grande parte dos sujeitos o TC6M é um teste submáximo da capacidade cardiovascular, uma vez que a pessoa tem autonomia para ditar seu ritmo, sendo permitida a parada (descanso) durante a execução do mesmo (RODRIGUES, 2002) O TC6M tem sido comumente usado para a verificação da capacidade cardiovascular ao exercício e a sua utilização nesta pesquisa tem por objetivo verificar a capacidade dos sujeitos em realizá-la, mensurar a distância alcançada e as alterações de pressão arterial e frequência cardíaca.
  • 2. Também observamos que as respostas são de âmbito global e integrada aos sistemas envolvidos durante o exercício, incluindo o sistema cardiovascular e respiratório, as circulações sistêmica e periférica. Para avaliação específica do sistema envolvido deverá ser realizado teste de desempenho máximo. O TC6M é uma adaptação do teste de corrida de 12 (doze) minutos de Cooper. Burtland (1982) demonstrou que o teste de 6 (seis) minutos seria o suficiente para demonstrar o mesmo resultado que o teste de 12 (doze) minutos. O exame é limitado por tempo e pode ser utilizado / realizado a qualquer hora do dia. Os sujeitos são posicionados em corredores, ou em pistas, com superfície lisa. É uma avaliação da capacidade funcional de componentes específicos como de equilíbrio em pé, força muscular e marcha. Surgiu com o objetivo de avaliar a funcionabilidade dos portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). E definir como o indivíduo corresponde às demandas físicas do cotidiano, que compreende desde as atividades básicas para uma vida independente até as ações mais complexas da rotina diária. O teste foi realizado por Barata (2005), Rodrigues (2002), Marino (2007) e Rodrigues (2004) como uma das principais formas de avaliar a capacidade de exercícios em diversas condições clínicas. Apesar de ser um teste de fácil aplicação, não se encontram relatos a respeito da eficácia do TC6M para verificação de capacidade física de pessoas que não possuem doenças respiratórias. Enright e Sherrill (1988) ressaltam que a distância máxima percorrida no TC6M realizada em pessoas saudáveis gira em torno de 400 a 700 metros e acrescentam que a distância máxima percorrida ao final do TC6M provou eficácia na avaliação da morbidade e mortalidade em pacientes portadores de doenças pulmonares e/ou cardiovasculares, principalmente aqueles que percorreram uma distância inferior a 300 metros. Sendo assim surgiu-nos um questionamento : Como o teste de caminhada de 6 (seis) minutos pode servir de parâmetro para elaboração de um programa de caminhada para idosos? DESCRIÇÃO METODOLÓGIA Participaram da nossa amostra 29 idosos sem restrições médicas, sendo 6 homens e 23 mulheres, não institucionalizados e com idade entre 62 a 83 anos (Tabela 1). Os participantes foram selecionados por busca ativa em um centro de convivência. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Este estudo é parte integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Atividade Física no Envelhecimento (GREPAFE-NOVE), já aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Humanos da Universidade Nove de Julho. Os critérios de inclusão: idosos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, sem qualquer restrição médica. Os critérios de exclusão: ter idade inferior a 60 anos, possuir alguma restrição médica e não estar em dia com o atestado médico, ou não querer participar do teste por questões pessoais. Tabela 1. Caracterização da amostra. TOTAL HOMENS MULHERES NÚMERO 29 6 23 Idade (anos) 71 70 73 Distância (metros) 438,75 489,75 437,97 Dados referentes à idade e distância expressos como média.
  • 3. AMOSTRAS ** Modelo de Enright & Sherrill Sujeito Sexo Idade Altura Peso Distancia prevista Distancia percorrida % A M 66 173 67,4 550,67 445,5 80,9 B M 62 160 71,3 465,47 610,53 131,16 C M 64 161 59,7 483,42 511,4 105,79 D M 77 160 66,5 398,62 412,27 103,48 E M 80 168 76,5 426,52 478,53 112,19 F M 71 163 85 418,89 470,25 112,26 G F 74 159 92,8 362,26 313,58 86,54 H F 79 157 64,2 394,63 429 108,71 I F 64 157 84,1 435,76 453,75 104,13 J F 66 149 72,4 434,11 511,5 117,83 K F 74 155 81,2 380,38 134,47 134,47 L F 78 146 37,2 439,03 379,56 86,44 M F 72 148 57,5 431,45 297 68,84 N F 69 144 57,4 440,57 577,59 131,08 O F 66 146 49,9 479,31 610,5 127,37 P F 67 162 77,2 444,77 478,52 107,58 Q F 64 154 69,7 462,41 660 142,73 R F 70 148 70 414,38 627 151,31 S F 65 153 80 430,93 363 84,24 T F 75 157 65,3 415,23 313,5 75,50 U F 75 157 65,3 415,23 313,5 75,50 V F 77 149 63,8 390,23 561 143,76 W F 77 145 67,5 373,32 330 88,40 X F 72 139 40,5 451,39 429 95,04 Y F 76 148 46,7 433,06 396 91,44 Z F 66 149 72,4 434,11 511,5 117,83 AA F 72 145 74,1 387,10 412,5 106,56 BA F 69 145 72,1 409,02 445,5 108,92 CA F 75 152 69,9 394,15 247,5 62,79 PROTOCOLOS UTILIZADOS Foi utilizado o teste de caminhada proposto por Bultland (1982) com a equação para verificação dos resultados de Enright & Sherrill (1988). HOMEM Distância prevista = (7,57 x altura cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso kg) – 309m MULHER Distância prevista = (2,11 x altura cm) – (2,29 x peso kg) – (5,78 x idade) + 667m Foi solicitado aos sujeitos analisados neste estudo que comparecessem ao local do teste utilizando seu calçado e roupas habituais. O TC6M foi realizado no período da tarde, com 3 (horas) de
  • 4. duração, em pista retangular de 5,5m (cinco metros e cinquenta centímetros) de comprimento e 2,75m (dois metros e setenta e cinco centímetros) de largura, perfazendo um total de 16,5 (dezesseis metros e cinquenta centímetros) de distância, em local fechado, com pouco barulho, bem iluminado e arejado. Os materiais utilizados para a realização do teste foram: fita de segurança zebrada, fita dupla face, balança Toledo modelo 2096 PP (antro pedométrica) capacidade 150 Kg divisões de 100 gramas, cronômetros, fita métrica, pranchetas, aparelho de pressão arterial digital automático de pulso, esfigmomanômetro, estetoscópio. Antes de iniciarmos o TC6M, verificamos a vestimenta dos sujeitos e foi instruído sobre como o seria realizado o teste de caminhada de 6 (seis) minutos (TC6M) e se estavam com roupas e calçados confortáveis / habituais para a avaliação e que, caso apresentassem algum desconforto respiratório, dor no peito ou dor muscular forte, poderia diminuir a velocidade e até mesmo parar. Caso isso acontecesse, o cronômetro permaneceria ativado. Instruímos aos sujeitos analisados que andassem o mais rápido possível. Em seguida, posicionamos o mesmo em uma pista retangular e o orientamos a percorrer a maior distância possível durante 6 (seis) minutos, sendo permitidas pausas para descanso ou atendimento caso sinta fadiga extrema, mal estar, ou qualquer outro fator que limite a continuidade do teste. Mesmo durante as pausas, o cronômetro deverá marcar o tempo total do exercício. O ritmo da caminhada será determinado pelo próprio idoso. Ao final dos 6 (seis) minutos a distância foi registrada e analisada na equação de Enright & Sherrill (1988). Ao início e término de cada TC6M foram monitoradas as pressões arteriais e as frequências cardíacas. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS O teste de caminhada foi bem aceito pelos sujeitos analisados. Não houve alterações significativas dos parâmetros monitorados após o teste ou ocorrências de eventos inesperados durante sua realização. Segundo a equação de Enright & Sherrill (1988), os idosos (6 homens) atingiram a média de 107,63% (cento e sete virgula sessenta e três por cento) da distância prevista para cada um; as idosas (23 mulheres) atingiram a média de 104,38% (cento e quatro virgula trinta e oito por cento) da distância prevista para cada uma. Comparado com o teste de Barata (2005) os idosos avaliados tiveram desempenho médio superior. Segundo os testes de Marino (2007), a distância média alcançada foi 415,75m (quatrocentos e quinze metros e setenta e cinco centímetros) utilizando a equação de Enright & Sherrill (1988) em homens somente, comparado com os idosos analisados, também tiveram desempenho superior médio maior de 489,75m (quatrocentos e oitenta e nove metros e setenta e cinco centímetros). O teste de caminhada de 6 (seis) minutos demonstrou um bom indicador da avaliação para os idosos. Quando aplicamos a equação de Enright & Sherrill (1988), constatamos que a distância mínima para os 6 (seis) idosos foi de 412,5m (quatrocentos e doze metros e cinquenta centímetros) e a distância máxima foi de 610,5m (seiscentos e dez metros e cinquenta centímetros), já para as 23 (vinte e três) idosas foi constatado a distância mínima de 231m (duzentos e trinta e um metros) e a distância máxima foi de 660m (seiscentos e sessenta metros). A análise de correlação entre as distâncias percorridas e as previstas foi coletada e analisada separadamente. Segundo Enright & Sherrill (1988), a distância média prevista para os idosos seria de 457,26m (quatrocentos e cinquenta e sete metros e vinte e seis centímetros) e o realizado foi 488,08m (quatrocentos e oitenta e oito metros e oito centímetros), demonstrando que a distância percorrida pelos idosos foi superior a distância prevista. Para as idosas, a distância média prevista foi de 419,68m (quatrocentos e dezenove metros e sessenta e oito centímetros) e a percorrida foi de 425,89 (quatrocentos e vinte e cinco metros e oitenta e nove centímetros). A comparação mostrou que a distância percorrida pelas idosas foi superior a distância prevista, assim como, as dos idosos. Em relação à distância percorrida, nossos resultados concordam com os valores de referência para indivíduos saudáveis sugeridos por Enright & Sherrill (1988); mesmo sem encorajamento verbal durante o TC6M, houve melhora na distância percorrida com relação à distância prevista tanto para os idosos como para as idosas. Os resultados dos testes mostraram que os idosos brasileiros ultrapassaram os idosos analisados por Enrigth & Sherrill com relação à distância prevista e percorrida.
  • 5. No que se refere às variáveis frequência cardíaca e percepção do esforço muscular (escala de Borg), não observamos diferenças relevantes em cada teste analisado. Isto sugere que o grau de esforço desenvolvido pelos sujeitos foi plausível e corrobora a hipótese de que o fator determinante para o aumento significativo seja a questão saudável de cada sujeito. CONCLUSÃO Concluímos que os sujeitos avaliados no TC6M mostraram grande relevância para possíveis parâmetros para elaboração de um programa de caminhada para os idosos. No que se refere à relação distância percorrida “X” e distância prevista, o teste demonstrou que indivíduos saudáveis conseguem ultrapassar as distâncias previstas por Enritgh & Sherrill (1988); no caso de pessoas pneumopatas, o teste também demonstra que é necessário acompanhamento dos indivíduos. Segundo Enritgh & Sherril, caso o sujeito alcance uma distância inferior a 400 (quatrocentos) metros, o mesmo não é considerado saudável. Dos dados coletados, cerca de 30% (trinta por cento) do total de participantes percorreram distância inferior a 400 (quatrocentos) metros, sendo todas mulheres. A equação de referência de Enright & Sherrill apresenta, em alguns casos, distâncias previstas para as mulheres maiores que para os homens. Com o acompanhamento continuado e a prescrição de um programa de caminhada adequado para cada indivíduo, os resultados poderão ser melhorados. Isso demonstra que o TC6M pode ser utilizado como parâmetro de análise não somente de idosos com DPOC, como também em idosos considerados saudáveis.
  • 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BARATA, V. F.; GASTALDI, A. C.; MAYER, A. F. Avaliação Das Equações De Referência Para Predição Da Distância Percorrida No Teste De Caminhada De Seis Minutos Em Idosos Saudáveis Brasileiros. Revista Brasileira de Fisioterapia, vol. 9, n. 2, p. 165 - 171, 2005. CÂMARA, F. M.; GEREZ A. G.; MIRANDA M. L. J.; VELARDI, M. Capacidade funcional do idoso: formas de avaliação e tendências. Acta Fisiátrica. 15(4): p. 249 – 256, 2008. MARINO, D. M.; MARRACA, K. T.; LORENZO, V. A. P.; JAMAMI, M. Teste de caminhada de seis minutos na doença pulmonar obstrutiva crônica com diferentes graus de obstrução. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. vol. 13, n.2 – Mar /Abr, 2007. PEDROSA, R. H. G. Correlação entre os testes da caminhada, marcha estacionária e tug em hipertensas idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2009. RODRIGUES, S. L. Estudo de correlação entre provas funcionais respiratórias e o teste de caminhada de seis minutos em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia. vol.28 n.6 - Nov./Dec, 2002. RODRIGUES, S. L.; MENDES, Helder Fonseca e; VIEGAS Carlos Alberto de Assis. Teste de caminhada de seis minutos: estudo do efeito do aprendizado em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 30(2). p. 121 - 125, 2004. Tiago Antunes da Luz Neto (Uninove) Frank Shiguemitsu Suzuki (Uninove, Unicastelo e USJT) Gyselle Renata Geromin do Nascimento Trindade (Uninove) Ataíde Oliveira Filho (Uninove) Bruno de Oliveira Trindade (Uninove). Órgão de fomento a pesquisa PIBIC/FAPIC.