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SUCO DE ROMÃ CULTIVADA EM ESPANHA
Punicalagina antioxidante do sumo de romã e o extrato
de romã, na alimentação funcional do futuro.
Eng.º Ángel Calín Sánchez
Dr. Ángel A. Carbonell Barrachina
UNIVERSIDADE MIGUEL HERNÁNDEZ, Departamento Tecnologia Agroalimentar
Há muitos mundos
dentro de mim,
conhecê-los depende de ti
1.	Introdução										
1.1.	A origem da romãzeira									
1.2.	Importância económica em Espanha							
1.3.	A romã Mollar de Elche									
2.	 Produtos funcionais derivados da romã e o seu aproveitamento integral			
2.1.	Composição química da romã								
2.2.	Compostos fenólicos									
2.2.1.	 Compostos fenólicos de baixo peso molecular						
12.2.2.	 Compostos fenólicos de alto peso molecular						
2.3.	A romã como alimento funcional							
2.4.	 Oxidação vs Antioxidação 	 	 	 	 	 	 	 	
3.	Romã e saúde										
3.1.	 Propriedades anticancerígenas e antitumorais	 	 	 	 	 	
3.2.	Prevenção de doenças cardiovasculares							
3.3.	 Propriedades anti inflamatórias		 	 	 	 	 	 	
3.4.	 A romã e as suas propriedades contra a diabetes					
3.5.	 Prevenção do dano oxidativo	 	 	 	 	 	 	 	
3.6.	Prevenção dos danos na pele								
3.7.	 Propriedades antimicrobianas da romã e dos seus produtos derivados	 	 	
3.8.	 Efeitos da romã na saúde bucodentária							
3.9.	 Outras propriedades da romã para a saúde						
3.9.1.	 A romã e os seus efeitos contra a diarreia						
3.9.2.	 A romã e os seus efeitos na qualidade do esperma e na disfunção erétil	 	 	
3.9.3.	Efeito da romã na obesidade								
4.	 Bibliografia
Um dos projetos de investigação abordados foi financiado pela empresa Antioxidantes Natu-
rales del Mediterráneo S.L. e o foco da pesquisa foi comparar as propriedades funcionais e a
recetividade junto dos consumidores espanhóis de sumos comerciais de romã disponíveis no
mercado nacional. Para além disso, o grupo de investigação da CSA, juntamente com a Uni-
versidade Estadual do Kansas (Estados Unidos da América, EUA), realizou um estudo sobre a
aceitação de diferentes tipos de sumo de romã em escala mundial. No âmbito deste estudo,
o sumo Granatum Plus foi selecionado como modelo de sumo 100 % natural.
O grupo da Qualidade e Segurança Alimentar e a romã
O grupo de investigação “Qualidade e Segurança Alimentar, CSA” do Departamento de Tec-
nologia Agroalimentar da Universidade Miguel Hernández, de Elche, realizou diversos es-
tudos sobre a qualidade organolética e as propriedades funcionais do sumo de romã, bem
como de produtos derivados da romã (extrato da pele, romã desidratada, etc.).
Conclusões dos estudos realizados
Os resultados obtidos após a análise de sumos de romã comercializados em Espanha em
2010 demonstram que os produtos da marca Granatum Plus contêm o maior teor de poli-
fenóis, antioxidantes naturais da romã, comparativamente aos demais produtos analisados.
Uma análise realizada sobre os preços dos diferentes produtos de romã do mercado esta-
belece também que os produtos Granatum Plus apresentam a melhor relação “qualidade/
preço” do grupo de produtos analisados.
Os sumos da Granatum Plus obtiveram as pontuações mais baixas nos atributos indesejáveis
e valores elevados em atributos, tais como doçura, aroma a romã e cor.
Este mesmo estudo demonstrou que as cápsulas “Granatum Plus” contêm perto de 30 % de
punicalaginas e uma percentagem total de polifenóis na casa dos 50 %.
O produto contém, para além disso, cerca de 84 % de extrato de romã. A ingestão de uma
cápsula “Granatum Plus” equivaleria a tomar uns 250 ml de sumo espremido a partir de ari-
los desta mesma variedade. Esta pesquisa, unida a outras já realizadas nos últimos anos por
prestigiosas universidades do mundo inteiro, deixa patente que a capacidade antioxidante da
pele da romã é 10 vezes superior à da sua parte comestível.
Considera se muito recomendável a indicação, no rótulo dos pro-
dutos, da origem geográfica das romãs e da variedade utilizada. De
referir que na lista dos produtos nacionais analisados, a Granatum
Plus é a única marca comercial que informa os seus consumidores
da origem geográfica do cultivo da romã: “Espanha”, e da varieda-
de utilizada: “Mollar Elche”.
Cultivado
em
Espanha
1. Introdução
Na grande maioria das vezes, para que possamos avançar para o futuro é preciso, primeiro,
olhar para o nosso passado.
Exemplo claro disso é a romã, um dos primeiros cultivos domesticados pelo homem,   cuja  
presença na cultura e história espanholas torna-se patente até mesmo  em brasões heráldi-
cos como o do Reino de Granada na época dos reis católicos. Outro exemplo que evidencia a
relação entre a romã, a Espanha e a investigação é o escudo do Conselho Superior de Inves-
tigações Científicas (CSIC), do qual uma romãzeira é parte integrante (Figura 1).
Através do presente dossier, pretende-se dar a conhecer a grande importância deste cultivo
em Espanha devido à sua importante produção, para além dos benefícios que este fruto e os
seus produtos derivados proporcionam à nutrição humana.
Figura 1. Romãzeira em produção e escudo do Centro Superior de Investigações Científicas.
1.1. A origem da Romãzeira
A romãzeira (Punica granatum L.) é uma árvore de fruto cuja cultura remonta à Antiguidade.
Trata se de uma das árvores de fruto bíblicas, como a videira, a oliveira ou a palmeira. Se-
gundo Nikolai Vavilov, a romãzeira pertence ao Centro IV: Centro do Próximo Oriente (Ásia
Menor, a Transcaucásia, Irão e as terras altas de Tuquemenistão).
		
A romãzeira (Punica granatum L.) é uma árvore caduca de pequenas dimensões que pode
atingir no máximo 8 metros de altura em estado selvagem. Trata-se de uma árvore de fruto
muito interessante para muitas zonas do mundo, nomeadamente as áridas e semiáridas, já
que, apesar de ser menos relevante do que outras árvores de fruto, é capaz de se adaptar a
diferentes áreas nas quais muitas delas, atualmente mais importantes, seriam incapazes de
gerar uma produção rentável (Melgarejo e Salazar, 2003).
A sua classificação sistemática é a seguinte:
Divisão: Fanerógamas.
Classe: Dicotiledóneas.
Subclasse: Arquiclamídeas.
Ordem: Myrtales.
Família: Punicaceae.
Género: Punica.
Espécie: Granatum.
1.2. Importância Económica da Romãzeira
Atualmente o seu cultivo estende-se por países como Espanha, Estados Unidos, Irão, Turquia,
Índia, Israel, China e países da costa norte da África, entre outros. A Espanha vem sendo o
produtor mais importante da Europa, cuja produção está centrada na Comunidade Valencia-
na, Andaluzia e Região de Múrcia (Gráfico 1).
A produção espanhola, 22 311 t (MMARM, 2010) concentra-se, fundamentalmente, na pro-
víncia de Alicante (90 %). Em Alicante, por sua vez, este cultivo concentra-se designadamente
em três municípios, Elche, Albatera e Crevillente, por ordem de importância. Esta elevada
concentração evidencia claramente a enorme importância socioeconómica da romã para es-
tes três municípios e o seu ambiente.
Gráfico 1. Comunidades espanholas produtoras de romãs.
1.3. A romã Mollar de Elche
A romã foi tradicionalmente um fruto apreciado e admirado em numerosas civilizações. As
romãzeiras, juntamente com as palmeiras, são as árvores mais características do Campo de
Elche. Além disso, são conhecidas desde tempos imemoriais. Em Espanha, a romã Mollar de
Elche (Figura 2) é a mais popular, destacando-se sobejamente em relação às demais varieda-
des e sendo, sem sombra de dúvida, a mais cultivada em Espanha.
	 - Frutos de tamanho grande ou muito grande.
	 - Árvore muito vigorosa, de rápido desenvolvimento.
	 - Fruto de tamanho grande.
	 - Bago grosso, vermelho escuro e semente bem pequena e branda.
	 - Madura entre outubro e novembro.
	 - É de maior qualidade, de maior calibre e mais produtiva do que as do
	   grupo das Valencianas, que ocupam o segundo lugar na produção espanhola.
As características mais importantes das romãs Mollar de Elche são as seguintes:
O estudo das componentes bioativas da romã e dos seus efeitos sobre a melhoria da saúde humana
é um campo de investigação de grande atualidade e de máximo interesse. Foi comprovado mediante
numerosos estudos científicos que tanto a romã como os seus produtos derivados contêm nume-
rosos componentes que podem servir para a prevenção de doenças e para a manutenção da saúde
(Larrosa et al., 2006; Sartippour et al., 2008; Koyama et al., 2010).
A romã é consumida, geralmente, em fresco. No entanto, há uma grande parte da colheita que não
possui suficiente qualidade visual para ser destinada ao consumo em fresco, já que a sua aceitação
por parte do consumidor seria muito baixa. Contudo, a qualidade da parte comestível ou arilos é
similar à dos exemplares com boa aceitação para o consumo em fresco. Para esta porção da colheita
que não é aproveitável para o consumo em fresco, é preciso encontrar uma alternativa comercial
sob forma de uso industrial.
				Os produtos industrializados da romã de maior relevância são:
- Sumos de romã: amplamente comercializados nos EUA e com
grande potencial em Espanha.
- Arilos em IV gama.
- Geleias.
- Vinhos, vinagres e licores.
- Arilos desidratados.
- Produtos nutracêuticos elaborados a partir de extrato da casca.
- Condimento alimentar.
- Cosméticos: cremes, óleos, geles,…
2. Produtos funcionais derivados da romã e o seu aproveitamento integral
A romã contém numerosos compostos químicos de alto valor biológico nas suas diferentes
partes: casca, membranas carpelares, arilos e sementes (Figura 3). O produto mais impor-
tante derivado da romã é o sumo, de longe o produto mais estudado, com uma infinidade de
referências na literatura científica tanto espanhola como internacional.
Cerca de 50 % do peso total da romã corresponde à casca e às membranas carpelares, que
são uma fonte importantíssima de compostos bioativos como polifenóis, flavonoides, elagi-
taninos, proantocianidinas e minerais, nomeadamente, potássio, azoto, cálcio, fósforo, mag-
nésio e sódio. Assim sendo, os produtos nutracêuticos e condimentos alimentares elabora-
dos a partir de extratos de casca e membranas carpelares podem ser uma fonte importante
de todos estes compostos, desde que tenham sido processados corretamente.
Figura 3. A romã e as suas diferentes partes.
2.1. Composição Química da Romã
Para além disso, os bagos da romã são uma importante fonte de lípidos, já que as sementes
contêm uma quantidade de ácidos gordos que oscila entre 12 e 20 % do seu peso total (peso
seco).
O perfil dos ácidos gordos caracteriza-se por um elevado teor de ácidos gordos insaturados,
tais como ácido linolénico, linoleico, púnico, oleico, esteárico e palmítico.
A parte comestível da romã representa perto de 50 % do peso
total da fruta e, por sua vez, consiste em 80 % de arilo (parte
carnuda) e 20 % de semente (parte lenhosa).
A composição dos bagos da romã é a seguinte: água (85 %);
açúcares (10 %), nomeadamente frutose e glicose; ácidos or-
gânicos (1,5 %), designadamente, ácido ascórbico, cítrico e
málico; compostos bioativos, tais como polifenóis e flavonoi-
des (principalmente antocianinas).
Tabela 1. Composição nutricional da parte comestível (USDA, 2007).
Tabela 2. Teor de elementos minerais da parte comestível (USDA, 2007) e no sumo de romã
com polpa (Andreu Sevilla et al., 2008).
Hoje é amplamente aceite o efeito benéfico das frutas e verduras devido ao seu elevado teor
de compostos bioativos. A presença dos compostos acima discriminados (Tabela 2) garante
o importante valor nutricional da romã.
2.2.1.	 Compostos fenólicos de baixo peso molecular
Os compostos fenólicos podem ser divididos em moléculas simples e polímeros destas de
maior peso molecular. Entre os primeiros, cabe referir os flavonoides como os compostos
mais importantes deste subgrupo; sendo os antocianos os compostos mais representativos e
responsáveis pela cor característica da romã. Dentro dos compostos fenólicos de baixo peso
molecular, destacam-se os ácidos fenólicos e, dentre eles, o ácido gálico e o ácido elágico
(Figura 4).
Figura 4. Compostos fenólicos de baixo peso molecular
2.2.	 Compostos Fenólicos
2.2.2. Compostos fenólicos de alto peso molecular
Os taninos são os polifenós mais característicos de alto peso molecular. A pele da romã é rica
em taninos hidrolisáveis, principalmente punicalina, pedunculagina e punicalagina (Figura 5).
Figura 5. Estrutura molecular da punicalagina
Entre os alimentos funcionais destacam-se: (i) os que contêm determinados minerais, vitami-
nas, ácidos gordos ou fibra alimentar, (ii) os alimentos a que foram acrescentadas substâncias
biologicamente ativas, como fitoquímicos ou outros antioxidantes, e (iii) os probióticos que
contêm cultivos vivos de microrganismos benéficos.
Consoante o exposto e à luz dos diversos estudos realizados sobre a composição química da
romã, e mais recentemente acerca dos seus efeitos na saúde, podemos considerar a romã
um alimento funcional (Melgarejo, 2010).
Os antocianos são os compostos considerados responsáveis pela cor vermelha das romãs; a
importância destes compostos fenólicos radica na sua ação antioxidante que protege contra
os radicais livres e retarda o processo de envelhecimento das células. A atividade captadora
de radicais livres destes flavonoides foi demonstrada em diferentes estudos, por exemplo,
o de Espín et al. (2000). Estima-se que 10 % da capacidade antioxidante do sumo de romã
deve-se à presença destes polifenóis, os antocianos (Gil et al., 2000).
O conceito de alimento funcional é complexo e pode referir se
tanto a se as suas componentes são ou não nutrientes, como
se afetam ou não positivamente o organismo, ou se promovem
um efeito fisiológico ou psicológico para além do meramente
nutricional (Viuda Martos et al., 2011a).
2.3. A Romã como Alimento Funcional
É de suma importância a composição em ácidos
gordos essenciais (linoleico, linolénico e araqui-
dónico) e designadamente o seu teor de ácidos
gordos polinsaturados. Os ácidos gordos polinsa-
turados desempenham um papel muito impor-
tante como compostos preventivos de doenças
cardiovasculares e de alguns outros problemas
cardíacos, devido a que este tipo de ácidos redu-
zem consideravelmente os níveis de HDL C (o mau
colesterol).
O ácido púnico tem efeitos antiaterogénicos. Os elagitaninos podem ser transformados em
urolitinas; a urolitina A poderia ser o composto anti inflamatório mais ativo relativamente à
ingestão de romã. No cólon, os processos anti inflamatórios poderiam dever se à fração não
metabolizada dos elagitaninos (Larrosa et al., 2010). A punicalagina é o polifenol de maior
peso molecular conhecido que se hidrolisa em ácido elágico e se metaboliza no trato intesti-
nal gerando urolitinas. As punicalaginas são os compostos que apresentam maior capacidade
antioxidante ou captadora de radicais livres e são responsáveis por  aproximadamente  50 %
desta atividade no sumo de romã, seguida de outros taninos hidrolisáveis (33 % da ativida-
de total), e em menor medida, do ácido elágico (3 %) (Gil et al., 2000; García Viguera et al.,
2004).
A capacidade antioxidante do sumo de romã é três vezes
superior à do vinho tinto e à do chá verde (Gil et al., 2000).
- Poderoso efeito antioxidante.
	 - Atividade anticancerígena.
	 - Efeito protetor do sistema cardiovascular.
As principais propriedades funcionais das punicalaginas são (Sánchez, 2009):
2.4.	 Oxidação vs Antioxidação
Os organismos vivos necessitam de energia e obtêm-na dos
princípios imediatos (hidratos de carbono, lípidos e proteí-
nas). Esta energia pode ser conseguida com reações quími-
cas que envolvam, ou não, oxigénio. Distinguimos, pois, o
metabolismo anaeróbio do aeróbio.
É certo que a obtenção de energia por parte da célula será
maior se a base do seu metabolismo for o oxigénio. Com o
oxigénio, a célula pode conseguir mais ATP dos princípios
nutritivos (hidratos de carbono, lípidos e proteínas). Sem o
oxigénio consegue-se 20 % menos de ATP (energia).
C6H12O6 + 6 O2 ====> 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP
Estas reações oxidativas têm lugar nas mitocôndrias, estruturas presentes no citoplasma das
células onde a molécula de glicose (6 átomos de carbono), já partida em dois de ácido pirúvi-
co (3 de átomos de carbono), vai-se oxidando e liberando eletrões e protões que o oxigénio
finalmente aceitara, convertendo-se em água, dióxido de carbono e armazenando energia
em forma de ligações trifosfato (ATP).
O2 + 4 H+ 4 e- ====> 2 H2O
As moléculas provenientes da oxidação da
glicose continuam a oxidar-se e o oxigé-
nio vai-se reduzindo pois vai absorvendo
os eletrões e protões; cada molécula de
oxigénio aceita quatro eletrões e quatro
protões, formando, assim, 2 moléculas
de água. É o que se chama uma redução
tetravalente de oxigénio.
Mas nem sempre acontece de forma tão
exata assim e calcula-se que cinco por cen-
to das vezes ocorrem reduções mono e bi-
valentes, gerando não água e CO2, facilmente elimináveis pelas vias naturais dos emuntórios
(rim, pulmão, pele), e sim espécies reativas nocivas derivadas do oxigénio (ERO ou ROS), que
são prejudiciais para a saúde pois perpetuam a oxidação dos nossos tecidos sãos causando
patologia.
Digamos que este 5 % é  a “fuligem” da “chaminé metabólica”, e que se não a eliminamos, ou
neutralizamos, com o tempo adoeceremos ou envelheceremos mais depressa. Os sistemas
mais atingidos são o aparelho circulatório, o sistema nervoso ou o sistema imunitário ou de
defesa do organismo.
As espécies reativas derivadas do oxigénio que se produzem nas células incluem o peróxido
de hidrogénio (H2O2), o radical oxidrilo ( OH) e o radical superóxido (O2•−).
Com o surgimento do oxigénio na terra desapareceram espécies que não estavam prepara-
das para a oxidação. As que suportaram o impacto do oxigénio sobreviveram, pois consegui-
ram desenvolver um sistema que as protegesse: o sistema antioxidante.
Define-se oxidação como o “roubo” de eletrões das últimas camadas eletrónicas de átomos
ou moléculas convertendo-as em iões com carga. As substâncias que subtraem estes eletrões
chamam-se oxidantes e, ao oxidarem, reduzem-se. Estes iões “oxidados” convertidos nos
chamados radicais livres, se não forem neutralizados por outro elemento (redutor) que lhes
ofereça os seus próprios eletrões ou protões (H+), continuarão a vagar pelo organismo até
conseguirem roubá-lo de outros substratos que oxidaram; os mais afetados são as membra-
nas que conformam as células. A oxidação “descontrolada” ocorrida nos tecidos do nosso
organismo implica envelhecimento, degeneração e, como não, doença. Deve-se lutar contra
ela se quisermos sobreviver.
O controlo do excesso de RL ou EROS gerados pelo nosso próprio organismo corresponde ao
funcionamento normal do nosso sistema enzimático antioxidante celular:
	 - Superóxido dismutase (SOD)
	 - Catalase (CAT)
	 - Glutatião peroxidase (GPx)… e outros
CO2+ NH3+ luz ====> Carboidratos
Estas três enzimas formam a maior defesa antirradical nas células. Devemos ter em conta
que um excesso de radicais livres (oxidantes) ou uma falha na nossa defesa enzimática, inca-
paz de se opor ao excesso de RL, traz como consequência o desenvolvimento de múltiplos
processos patológicos, fundamentalmente as doenças de carácter degenerativo: Alzheimer,
Parkinson, artrose, etc. O envelhecimento não é senão um desequilíbrio a favor dos meca-
nismos de oxidação devido a que os sistemas antioxidantes de defesa estão debilitados ou
são ineficazes.
Mas, pelo ritmo de vida que levamos atualmente, devemos associar muitos mais ataques
“oxidativos” provenientes do meio ambiente em que vivemos, que sobressaturam a defesa
antioxidativa inata anteriormente citada (enzimática). Estamos a falar da poluição, do fumo
do tabaco, das radiações, dos inumeráveis conservantes da nossa alimentação etc.
No entanto, podemo-nos munir de substâncias que podem apoiar a luta antioxidativa. A
saber, certas vitaminas hidrossolúveis (vitaminas B1, B6, B12, C,) e lipossolúveis (vitamina E,
A), biocarotenóides, polifenóis.
Nas plantas, as espécies reativas do oxigénio também são produzidas durante a fotossíntese
(obtenção de energia a partir da luz solar).
Digamos que também as plantas devem se defender, como nós, para poderem suportar as
condições de alta intensidade lumínica que provoca oxidações. Para tal função existem os
carotenóides, bioflavonóides e outras substâncias que protegem os vegetais das oxidações
geradas. Todo mundo sabe que se o tomate, os brócolos, a laranja ou a maçã não conti-
vessem substâncias antioxidantes, não se manteriam, simplesmente se desnaturariam. Pois
bem, se esses nutrientes forem incorporados à nossa dieta, potencializarão o nosso sistema
antioxidante reduzindo o chamado stress oxidativo.
A ajuda antioxidativa é sempre necessária, especialmente quando o nosso organismo está
a atravessar uma fase comprometida com o metabolismo como, por exemplo, um esforço
físico excessivo (gravidez, crescimento, competições etc.) ou deva superar uma infeção, um
pós-operatório ou simplesmente estiver a entrar numa certa “fase” involutiva (menopausa
ou andropausa).
Talvez por isso a procura de nutrientes antioxidativos oriundos das frutas e hortaliças mais
resistentes ao impacto da energia lumínica proveniente do sol seja a que mais nos interessa.
Quanta maior concentração de antioxidantes uma fruta ou hortaliça oferecer na sua madu-
rez, melhor será a altura para a consumir. As cores atraentes são o grande referente da alta
concentração de substâncias com poder antioxidante, tais como os carotenos, polifenóis,
resveratróis etc.
Menção especial merece a romã, pois contém mais antioxidantes do que outras frutas que se
gabam de ser muito antioxidantes como, por exemplo, os cítricos, os mirtilos, inclusive mais
do que o chá verde ou o vinho tinto.
Dr. José Faus Vitoria (N.º Ordem: 9582 Valência)
Especialista em Ozonoterapia, Homeopatia e Medicina Manual
República Argentina, 52, 2º, 3ª. 46700 Gandia
Telefone: 96 2870827
http://www.doctorfaus.com
A romã (Punica granatum L.), fruto an-
tigo, místico e distintivo, foi louvado na
Antiguidade em diferentes textos, tais
como a Bíblia, a Torá judaica e o Tal-
mude da Babilónia, como uma fruta sa-
grada com poderes sobre a fertilidade,
a abundância e a boa sorte. Também
destaca-se em certas cerimónias, arte e
mitologia dos egípcios e dos gregos e foi
o emblema pessoal do imperador roma-
no Máximo.
Para além destes usos históricos, a romã é usada no tra-
tamento de uma grande variedade de doenças em dife-
rentes tipos de medicina. A medicina Ayurveda (medicina
hindu) considera a romã um fármaco adequado para o
tratamento de parasitos, diarreia, úlceras e considera que
tem carácter depurativo. A romã serve também como re-
médio para a diabetes na medicina Unani que é praticada
na Índia.
O enorme interesse que existe atualmente sobre os bene-
fícios medicinais e nutricionais da romã começou no ano
2000 e, desde então, tem gerado mais de 200 referências
que descrevem os efeitos benéficos da romã e dos seus
produtos derivados na saúde. No entanto, no período de
1950 a 1999 registaram-se apenas umas 25 publicações
científicas sobre esta temática.
3. Romã e saúde
As propriedades potencialmente terapêuticas da
romã são muito vastas e incluem tratamentos e pre-
venção contra o cancro, doenças cardiovasculares,
Alzheimer, doenças inflamatórias, doenças bucais e
da pele, obesidade, disfunção erétil ou diarreia.
De seguida, apresentamos em pormenor os princi-
pais resultados de uma revisão bibliográfica da lite-
ratura científica existente até 2011 na qual se des-
crevem as diversas aplicações terapêuticas da romã
enumeradas previamente.
São numerosos os estudos levados a cabo para avaliar a eficácia da romã e dos seus produtos
derivados, dotados de grande atividade antioxidante, como agente antiproliferativo, anti-
-invasivo e pró-apoptótico em células doentes e modelos animais (Lansky e Newman 2007;
Syed et al., 2007; Hong et al., 2008; Hamade e Al Momene 2009).
Hong et al. (2008) demonstraram que o sumo e os extratos procedentes da romã são po-
tentes inibidores do crescimento celular, sendo inclusivamente mais potentes do que alguns
polifenóis considerados de modo isolado; sugerindo um efeito sinérgico com os fitoquímicos
presentes na romã e nos seus extratos.
Um extrato de romã aplicado como pré tratamento tópico reduziu a incidência de um tumor
em camundongos de 100 % a 30 %, incrementando além disso a latência no desenvolvimento
do tumor de 9 a 14 semanas (Afaq et al., 2005).
3.1. Propriedades anticancerígenas e antitumorais
Albretch et al. (2004) estudaram o efeito do óleo de romã,
dos polifenóis da casca e das membranas e dos polifenóis
do sumo fermentado, no cancro de próstata. Todos estes
agentes por separado inibiram a proliferação in vitro de
células cancerígenas em células humanas de LNCaP, PC 3
e DU 145; demonstrando, deste modo, uma evidente ativi-
dade antitumoral dos produtos derivados da romã sobre o
cancro de próstata.
Kohno et al. (2004) demonstraram que a administração de
óleo procedente da semente da romã na dieta inibiu a inci-
dência e a multiplicação dos adenocarcinomas de cólon em
ratos. A inibição de tumores de cólon através do óleo da se-
mente está associada ao incremento de ácidos linolénicos
conjugados na mucosa do cólon e no fígado. Há evidências
científicas que demonstram que o sumo de romã suprime
a expressão COX 2 induzida por TNF     a via NF κB e a ativação de Akt. É provável que certas
componentes bioativas presentes no sumo de romã, tais como antocianinas e flavonolas,
possam ser as responsáveis pelo aumento da atividade antiproliferativa das células cancerí-
genas (Adams et al., 2006). Seeram et al. (2005b) descreveram a grande atividade antiproli-
ferativa do sumo de romã sobre diversas linhas celulares tumorais com uma grande inibição
da ordem de 30 a 100 %.
O sumo de romã, o ácido elágico e a punicalagina induziram a apoptose (forma de morte
celular que está  geneticamente regulada) das células HT 29 do cólon; no entanto, nas células
HCT116 do cólon só contribuíram para a apoptose o ácido elágico e as punicalaginas e não o
sumo de romã (Seeram et al., 2005b).
Por isso, os extratos da pele de romã ricos nestes compostos (ácido elágico e punicalaginas)
parecem constituir um tratamento futuro para do cancro de cólon. Lansky et al. (2005b)
afirmaram que certas componentes presentes na romã inibiram de maneira significativa a
invasão de células cancerígenas da próstata in vitro (células PC 3).
Fjaeraa e Nanberg (2009) demonstraram que o ácido elágico induziu a apoptose através da
medida da rotura e alteração do ADN no ciclo celular. González Sarrías et al. (2009) sugeriram
que o ácido elágico e os seus metabolitos como as urolitinas A e B podem contribuir para a
prevenção do cancro de cólon.
Hong et al. (2008) mostraram que o sumo e os extratos de romã têm uma grande capaci-
dade para deter a proliferação e estimular a apoptose em células cancerígenas da próstata.
Mais recentemente, Koyama et al. (2010) demonstraram que um tratamento sobre as células
LAPC4 da próstata com extratos de romã estabilizados no teor de elagitaninos (punicalagina)
em 37 % inibiram a proliferação e conduziram à apoptose.
Pelo exposto acima, pode se concluir que a romã e os seus produtos derivados têm um efeito
benéfico nas doenças cancerígenas e tumorais devido ao seu elevado teor em compostos,
tais como as antocianinas, o ácido elágico e as punicalaginas. Para além disso, a partir de
cada um dos casos estudados, ficou demonstrada a diferente capacidade dos produtos deri-
vados da romã e dos seus extratos, bem como da administração dos compostos responsáveis
de maneira individual ou isolados. Por isso, o uso da romã e dos seus produtos derivados
dependem, em grande medida, do tipo de afeção.
Fonte: Dr. Gilberto E. Chéchile Toniolo (2011). II Simpósio Internacional sobre a Romãzeira,
Madrid, Espanha.
Tabela 4. Principais efeitos antitumorais da romã.
	 - Antiproliferativo: Detenção crescimento tumoral.
	 - Induz apoptose: morte celular induzida (suicídio).
	 -InibefatornuclearkB(NFkB):Regulaexpressãodemaisde200genes	
	 (sistemaimune,proliferaçãocelular,invasãotumoral,metástase).
	 - Antiangiogénese: Formação novos vasos sanguíneos.
	 - Inibe invasão tumoral (metaloproteinasas).
É importante assinalar que em todos os casos estudados fala-se de prevenção e tratamento;
em momento algum fala-se de cura do cancro ou dos tumores. A romã e os seus produtos
derivados, devido à sua composição fitoquímica, são produtos muito recomendáveis para a
prevenção e o tratamento do cancro.
Por último, e à guisa de síntese, passamos a descrever as principais ações ou efeitos anti-
tumorais da romã e dos seus produtos em diferentes doenças cancerígenas (mama, cólon,
próstata, etc.).
3.2.	 Prevenção de doenças cardiovasculares
Um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de
doenças coronárias é a dislipidemia, que se caracteriza por
elevados níveis do colesterol de baixa densidade (LDL) e/ou
baixos níveis do colesterol de alta densidade (HDL) (Esmaillza-
deh e Azadbakht 2008). O colesterol divide-se em dois tipos:
o colesterol de baixa densidade (LDL, ou mau colesterol) e as
lipoproteínas de alta densidade (HDL, ou bom colesterol). O
bom colesterol (HDL) é assim chamado porque acredita-se
que ajuda a reduzir o nível de colesterol no sangue; o coleste-
rol de alta densidade é produzido de forma natural pelo pró-
prio organismo e elimina o colesterol das paredes das artérias
e o devolve para o fígado. O mau colesterol vai-se acumulando
nas paredes das artérias, formando uma placa que dificulta a
circulação do sangue que chega ao coração. Por isso, quando o índice do colesterol LDL está
demasiado elevado, o risco de padecer doenças cardiovasculares aumenta. Acredita-se que a
oxidação do LDL contribui para a aterosclerose e doenças cardiovasculares (Heinecke 2006).
Diversos estudos in vitro, com animais e com humanos, têm sido realizados com vários pro-
dutos relacionados com a romã e a sua composição sobre a prevenção e atenuação da ate-
rosclerose e a oxidação do LDL (Aviram et al., 2000; Sezer et al., 2007; Basu e Penugonda
2009; Davidson et al., 2009; Fuhrman et al., 2010). Aviram et al. (2000) analisaram o efeito
do consumo de sumo de romã em homens saudáveis no tocante à oxidação do LDL e deter-
minou que o LDL diminuiu e incrementou a atividade do HDL na ordem de 20 %. Seezer et al.
(2007) compararam o teor total de polifenóis e a atividade antioxidante de vinhos de romã
e vinho tinto.
Tanto o teor em polifenóis como a atividade antioxidante foram maiores nos vinhos de romã
do que nos vinhos tintos. Ambos os vinhos produziram uma diminuição do LDL; no entanto,
e atribuível à sua maior capacidade antioxidante, a redução produzida pelo vinho de romã foi
maior do que a causada pelo vinho tinto, concretamente da ordem de 24 % para o vinho de
romã e de 14 % para o vinho tinto.
Esmaillzadeh et al. (2006) administraram 40 g de sumo concentrado de romã a doentes dia-
béticos e hiperlipidémicos (colesterol e triglicéridos em níveis elevados) durante 8 semanas.
No final do estudo, os níveis de triglicéridos e HDL não mudaram. Contudo, o nível de coles-
terol total (5,43 %), o LDL (9,24 %), o quociente colesterol total/HDL (7,27 %) e o quociente
LDL/HDL (11,76 %) diminuíram.
Desse modo, existe um efeito favorável da ingestão de sumo de romã na progressão da ate-
rosclerose e, consequentemente, no desenvolvimento de doenças coronárias.
O doutor Aviram levou a cabo numerosas experiências com doentes saudáveis hipertensos
aos quais foi administrando sumo de romã durante diferentes períodos de tempo. Como re-
sultado destes estudos, chega-se à conclusão de que a pressão sanguínea viu-se reduzida em
até 36 % após duas semanas de tratamento com sumo de romã. Esta redução foi atribuída
ao elevado poder antioxidante dos polifenóis da romã (Aviram e Dornfeld, 2001; Aviram et
al., 2004).
- Incrementa a atividade antioxidante do soro sanguíneo, 	
reduzindo os lípidos do plasma e a peroxidação lipídica.
- Reduz a oxidação do LDL.
- Reduz as áreas com lesões de aterosclerose.
- Reduz a pressão sanguínea sistólica.
Basu y Penugonda (2009) sugirieron que el principal mecanismo del zumo de granada como
antiaterogénico queda resumido en las siguientes afirmaciones:
3.3.	 Propriedades anti-inflamatórias
A inflamação, a primeira defesa fisiológica no corpo
humano, pode-nos proteger de lesões causadas por
feridas e envenenamentos. Este sistema de defesa
pode acabar com microrganismos infeciosos, elimi-
nar irritações e manter as funções fisiológicas com
toda normalidade. No entanto, uma superexposição
a essas inflamações pode causar disfunções fisiológi-
cas, tais como asma e artrite (Lee et al., 2010). Exis-
tem numerosas evidências científicas que deixam pa-
tente o carácter anti-inflamatório da romã e dos seus
produtos derivados (Lansky e Newman, 2007; Shukla
et al., 2008; Larrosa et al., 2010; Lee et al., 2010).
Alguns extratos de romã, particularmente o das sementes prensadas a frio, inibem a ação
das enzimas cicloxigenase e lipoxigenase in vitro. A cicloxigenase é uma enzima muito impor-
tante na conversão de ácido araquidónico em prostaglandinas, uns importantes mediadores
da inflamação, que fica, portanto, inibida significativamente pela ingestão de extratos da
romã. A lipoxigenase intervém na transformação do araquidónico em leucotrienos, outros
mediadores da inflamação que também é inibida pelos extratos de sementes de romã (To-
más Barberán, 2010).
Boussetta et al. (2009) demonstraram que o ácido púnico, ácido gordo conjugado presente
no óleo de semente de romã, tem um efeito anti-inflamatório demonstrado in vivo e, por-
tanto, limita a peroxidação lipídica. Lee et al. (2010) analisaram quatro taninos hidrolisáveis,
entre os que se encontravam a punicalagina e a punicalina, todos eles isolados da romã.
Cada um destes compostos em diferentes doses produziu uma inibição significativa da produ-
ção de monóxido de azoto (NO) em estudos in vitro , o que teve um efeito anti-inflamátorio.
De Nigris et al. (2007) demonstraram que a administração de sumo de romã e extratos de
romã a ratos obesos reduziu de forma significativa a expressão de determinados marcadores
genéticos com influência sobre a inflamação cardiovascular. Posteriormente, Romier Crouzet
(2009) obtiveram resultados similares com sumo de romã e extratos de romã e observaram
uma prevenção inflamatória em decorrência do elevado teor de ácido elágico.
Por último, Larrosa et al. (2010) observaram que a administração de extratos de romã redu-
ziu os níveis de prostaglandinas na mucosa do cólon devido, uma vez mais, aos altos níveis
de ácido elágico da romã.
A diabetes é a doença metabólica mais co-
mum no mundo e afeta milhões de pessoas.
Segundo a Federação Internacional da Diabe-
tes, a projeção para o ano 2025 é que esta do-
ença vai afetar perto de 333 milhões de pes-
soas. Depois das doenças cardiovasculares e
oncológicas, a diabetes ocupa o terceiro lugar
em importância.
Aqui é onde a fruta da romãzeira e os seus
produtos derivados podem desempenhar um
papel fundamental já que são numerosas as
evidências científicas acerca das propriedades antidiabéticas desta fruta (Huang et al., 2005;
Li et al., 2005; Katz et al., 2007; Parmar e Kar, 2007; Li et al., 2008; Bagri et al., 2009).
Associa-se a diabetes a um elevado stress oxidativo e ao desenvolvimento da aterosclerose;
parece evidente que os compostos com capacidade antioxidante da romã podem exercer
uma influência significativa sobre a diabetes.
Por exemplo, Katz et al. (2007) demonstraram a atividade hipoglicémica de flores, sementes
e sumos de romã. Ainda se desconhecem os mecanismos pelos quais a romã e os seus pro-
dutos derivados exercem tal efeito. Contudo, e embora as hipóteses dos mecanismos sejam
numerosas, todas elas parecem sugerir a inibição de determinados marcadores genéticos e
certos compostos que induzem ao stress oxidativo. Por exemplo, Li et al. (2005), sugeriram a
inibição da enzima -glucosidase como mecanismo para a redução da diabetes por parte de
extratos de flores de romã.
3.4.	 A romã e as suas propriedades contra a diabetes
Pamar e Kar (2007) demonstraram que a admi-
nistração de extrato de pele de romã normalizou
os efeitos adversos de um composto que induz a
diabetes em camundongos.
Mcfarlin et al. (2009) estudaram o efeito do óleo
de semente de romã na acumulação de gordura
em camundongos e observaram uma melhoria
na sensibilidade à insulina.
Todas estas evidências, para além daquelas refe-
ridas às doenças cardiovasculares, sugerem um
efeito benéfico da romã e dos seus produtos de-
rivados na diabetes, bem como em numerosas
doenças cardiovasculares em doentes diabéticos
já que também foi comprovado o seu efeito em
doenças coronárias.
As principais componentes que apresentam propriedades antidiabéticas são os polifenóis;
estes compostos afetam a glicemia através de numerosos mecanismos, dentre os quais se
inclui a inibição da absorção da glicose através do intestino ou através dos tecidos periféri-
cos. Pelo visto, a inibição da enzima -glucosidase parece ser o mecanismo mais provável
na redução da diabetes. Outros mecanismos sugerem a inibição da glicemia devido a uma
absorção nos tecidos periféricos e não através do intestino (Scalbert et al., 2005).
3.5. Prevenção do dano oxidativo
O dano oxidativo é um tema de máxima atualidade e um claro exemplo desta afirmação é
que a ação das frutas e hortaliças no combate ao dano oxidativo (elevado teor de compostos
antioxidantes) é uma das propriedades ou características mais apreciadas pelos consumido-
res. Via de regra, pode-se definir um antioxidante como a substância natural ou artificial com
capacidade para neutralizar e proteger um sistema biológico contra os radicais livres, tais
como os radicais do oxigénio, os de azoto e os radicais lipídicos (Cano e Arnao, 2004).
Estas propriedades antioxidantes conferem às frutas e hortaliças propriedades benéficas
para a saúde, protegendo ou diminuindo o risco de vir a sofrer de certas doenças degenerati-
vas (Brandt et al., 2004; Chen et al., 2007). Por isso, nos últimos anos, o teor em antioxidantes
está a converter-se num parâmetro muito importante relativamente à qualidade de frutas e
hortaliças. Entre os compostos com propriedades antioxidantes destacam-se as antocianinas
e outros fenóis (Espín et al., 2007, Dorais et al., 2008), carotenóides (Perera e Yem, 2007) e as
vitaminas A, C e E (Hoursome et al., 2008).	
Os compostos responsáveis pelo grande poder antioxidante da romã e dos seus produtos
derivados foram estudados por numerosos autores tanto em modelos in vitro como em mo-
delos in vivo. A atividade antioxidante in vitro da romã e dos seus produtos derivados foi
avaliada por vários autores (Naveena et al., 2008; Cam et al., 2009; Mousavinejad et al.,
2009; Tezcan et al., 2009). Tzulker et al. (2007) determinaram que a elevada capacidade an-
tioxidante da romã e dos seus produtos derivados deve-se à presença das punicalaginas na
sua composição e não das antocianinas como se pensava anteriormente.
Os mecanismos da atividade antioxidante in vivo não estão claros, embora se saiba que estes
mecanismos agem sobre as matrizes biológicas de forma muito complexa. Madrigal Carballo
et al. (2009) sugeriram que os compostos fenólicos da romã experimentam uma reação re-
dox já que os grupos hidroxilos das moléculas fenólicas doam um átomo de hidrogénio aos
agentes redutores. Outros autores (Amarrowicz et al., 2004) descrevem que a atividade an-
tioxidante dos compostos fenólicos deve-se à sua habilidade para captar os radicais livre e os
catiões metálicos quelantes.
3.6. Prevenção dos danos na pele
O processo de fotoenvelhecimento inclui danos moleculares e estruturais na pele, como in-
flamação, diminuição na síntese de colagénio, espessamento ou proliferação da epiderme
(parte superficial da pele), degradação incompleta de fragmentos de colagénio e oxidação
de proteínas. Todas estas alterações traduzem-se clinicamente numa pele frágil, rugas, alte-
rações da coloração com um aspeto amarelado, em manchas brancas ovais ou redondas ou
manchas escuras irregulares e telangiectasias (vasos sanguíneos evidentes), entre outros.
Também se dá o aparecimento de lesões benignas como ceratoses seborreicas ou lentigem
(elevações ou manchas de cor café), hiperplasias sebáceas e lesões pré-malignas como cera-
toses actínicas.
O dano na pele acontece em decorrência do envelhecimento natural, no entanto, as ex-
posições da pele ao sol induzem ao aparecimento de danos maiores na pele. A exposição
prolongada aos raios ultravioletas pode causar numerosas adversidades com, por exemplo,
o cancro de pele.
Estudos levados a cabo com diferentes extratos de romã (Aslam et al., 2006) sugerem que os
extratos procedentes da pele da romã promovem a regeneração da derme, ao passo que os
extratos procedentes do óleo das sementes regeneram a epiderme.
Pacheco Palencia et al. (2008) descreveram as propriedades prote-
toras dos extratos de romã contra as radiações UVA e UVB devido à
redução da geração de espécies reativas de oxigénio (ROS).
Afaq et al. (2009) sugeriram que o dano induzido pelas radiações
UVB na pele pode ser reduzido mediante a ingestão de produtos
derivados da pele e da semente da romã.
Todas estas evidências científicas demonstram as excelentes pro-
priedades para a proteção da pele dos extratos obtidos a partir da
pele e das sementes das romãs.
Muitas tecnologias de conservação de alimentos, algumas em uso há muito tempo, prote-
gem os alimentos da alteração por microrganismos. Assim sendo, os microrganismos podem
ser inibidos por refrigeração, redução da atividade de água, acidificação, alteração da at-
mosfera da embalagem, por tratamentos não térmicos ou mesmo por adição de compostos
antimicrobianos.
Os produtos antimicrobianos de uso alimentar são compostos químicos acrescentados ou
presentes nos alimentos que retardam o crescimento ou causam a morte dos microrganis-
mos, aumentando, assim, a resistência à alteração da qualidade ou segurança.
3.7. Propriedades antimicrobianas da romã e dos seus produtos
derivados
Os principais alvos dos agentes antimicrobianos são os micror-
ganismos produtores de intoxicações alimentares (agentes in-
feciosos e produtores de toxinas) e os que alteram os alimen-
tos, cujos produtos metabólicos finais (catabolitos) ou enzimas
causam maus cheiros, sabores desagradáveis, problemas de
textura, alterações da coloração e/ou risco sanitário (Davidson
e Zivanovic, 2003).
O uso de agentes químicos e sintéticos com uma considerável
atividade antimicrobiológica, como inibidor do crescimento mi-
crobiano, é uma das técnicas mais antigas para o controlo do
crescimento microbiano e, por isso, uma técnica adequada de
conservação (Viuda Martos et al., 2008).
Atualmente existe uma tendência à substituição destes agentes químicos por possíveis tra-
tamentos naturais mediante a aplicação de agentes presentes em frutas, verduras e ervas
aromáticas. Os principais agentes naturais antimicrobianos são os óleos essenciais das ervas
aromáticas e especiarias. Os óleos essenciais derivados de plantas são conhecidos pela sua
elevada atividade antimicrobiana contra uma vasta gama de bactérias e fungos, para além
de potencializar a atividade antioxidante dos próprios produtos tratados (Ayala Zavala et al.,
2005).
A atividade antimicrobiana da romã e dos seus produtos derivados foi demonstrada em nu-
merosos estudos nos quais ficou comprovada a inibição da atividade de numerosos micror-
ganismos (Reddy et al., 2007; McCarrell, 2008; Al Zoreky 2009; Choi et al., 2009; Gould et al.,
2009).
Reddy et al. (2007) demonstraram que diferentes extratos de romã em diferentes solventes
(água, etanol, etc.) mostraram uma atividade antimicrobiana significativa contra E. coli, Pseu-
domonas aeruginosa, Candida albicans, Cryptococcus neoformans e S. aureus.
Al Zoreky (2009) demonstrou que os extratos da pele de romã são um potente inibidor do
crescimento de Listeria monocytogenes, S. aureus, E. coli e Yersinia enterocolitica.
Choi et al. (2009) investigaram o efeito in vivo e in vitro da aplicação de diferentes concen-
trações de extratos de pele de romã para inibir o crescimento de Salmonella, comprovando
que a dose mínima era de 62,5 mg/l.
Em geral, o elevado potencial inibidor da romã e dos seus produtos derivados é atribuído à
elevada concentração de compostos, tais como polifenóis, taninos e antocianinas. Estudos
muito recentes comprovaram que o uso de produtos derivados e subprodutos, como condi-
mento alimentar, para além de melhorar a sua capacidade antioxidante, assegura uma total
inocuidade devido à grande capacidade da romã e dos seus extratos na inibição da atividade
dos microrganismos que causam a deterioração dos alimentos (Navarro et al., 2011; Viuda
Martos et al., 2011b).
Manter uma saúde dentária ótima não é  importante apenas para preservar a aparência e
a função dos dentes, mas também para nos proteger contra doenças cardiovasculares. Hoje
em dia, a ciência reconhece que a doença periodontal inflamatória crónica está estreitamen-
te relacionada com a piora das doenças cardiovasculares (Dumitrescu, 2005).
3.8. Efeitos da romã na saúde bucodentária
Di Silvestro et al. (2009) demonstraram que um bochecho a base extratos de romã reduzia
de maneira efetiva a quantidade de microrganismos da placa dentária. Tal benesse é designa-
damente atribuída à clara influência que os compostos polifenólicos e flavonoides exercem
sobre o desenvolvimento da gengivite.
A gengivite é uma doença bucal bacteriana que provoca a inflamação e o sangramento das
gengivas, causados pelos restos de alimentos que ficam metidos entre os dentes.
Menezes et al. (2006) estudaram o efeito produzido por um extrato de romã nos micror-
ganismos da placa dentária. Esses autores determinaram uma elevada efetividade já que o
número de microrganismos sofreu uma redução de 84 %.
Sastravaha et al. (2005) demonstraram a efetividade de um gel que continha extratos de
romã como tratamento adicional para complementar as terapias periodontais habituais.
Badria e Zidan (2004) demonstraram que os flavonoides da romã possuem uma ação an-
tibacteriana in vitro contra os microrganismos responsáveis pela gengivite. As referências
sobre o efeito da romã e dos seus produtos derivados nas doenças bucodentárias são mais
escassas se comparadas com doenças como o cancro ou doenças cardiovasculares. Os casos
mostrados anteriormente são os exemplos mais recentes sobre a investigação realizada nes-
te sentido.
O consumo da romã, já seja como produto em fresco ou como alimento derivado, ou até
mesmo dos seus extratos, é, para além de agradável, devido ao seu delicioso sabor, um re-
médio ideal para uma adequada saúde bucodentária.
Tabela 5. Estudos in vivo realizados para avaliar os efeitos benéficos da romã na saúde de 	
	 animais de laboratório e humanos.
A Tabela 5 sintetiza alguns dos estudos mais relevantes.
3.9. Outras propriedades da romã para a saúde
3.9.1. A romã e os seus efeitos contra a diarreia
Há somente dois estudos recentes que deixam patente o efeito dos extratos da pele de romã
na prevenção da diarreia. Ambas as experiências foram realizadas em ratos de laboratório e
neles, após a aplicação de um extrato elaborado à base de pele/casca de romã, houve uma
redução tanto do número de defecações como da massa das mesmas. Os estudos foram le-
vados a cabo por Qnais et al. (2007) e por Olapour et al. (2009). A dose proposta por estes
últimos para o tratamento desta doença foi de 400 mg/kg de peso corporal.
3.9.2. A romã e os seus efeitos na qualidade do esperma e na disfunção erétil
O objetivo do sémen é basicamente a reprodução, pois age como um “veículo” para trans-
portar os espermatozoides ao aparelho reprodutor feminino. Embora a ejaculação do sémen
acompanhe o orgasmo e o prazer sexual, a ereção e o orgasmo são controlados por mecanis-
mos independentes, pelo que a emissão de sémen não é essencial para o gozo sexual. O con-
sumo do sumo de romã produziu um aumento da concentração de esperma no epidídimo,
maior mobilidade e maior densidade de células espermatogénicas; para além disso, houve
uma redução da quantidade de esperma de baixa qualidade em comparação com o grupo
referência ou de controlo (Türk et al., 2008).
Em um estudo mais recente, este mesmo grupo de investigadores sugeriu que o ácido elágico
tem um efeito protetor tanto para os testículos como para os espermatozoides. Este efeito
pode estar relacionado com a elevada ação do ácido elágico sobre o stress oxidativo (Türk et
al., 2010).
Respeitantemente à disfunção erétil ou impotentia erigendi, que é a incapacidade repetida
de atingir ou manter uma ereção suficientemente firme para ter uma relação sexual satisfa-
tória, um estudo realizado por Forest et al. (2007) determinou que após quatro semanas de
consumo de sumo de romã os pacientes mostravam uma melhor atividade erétil do que os
outros pacientes que só tinham tomado um placebo.
A obesidade é a doença crónica de origem multifatorial que se caracteriza pela  acumulação
excessiva de gordura ou hipertrofia geral do tecido adiposo no corpo. Ou seja, podemos falar
de obesidade quando a reserva natural de energia dos humanos e outros mamíferos, arma-
zenada sob forma de gordura corporal, aumenta a ponto de ficar associada a numerosas
complicações como certas condições de saúde ou doenças e um incremento da mortalidade.
Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), dá-se a obesidade quando o IMC ou índice de
massa corporal (cálculo entre a estatura e o peso do indivíduo) é igual ou superior a 30 kg/
m2. Também se considera indício de obesidade um perímetro abdominal igual ou superior a
102 cm nos homens e a 88 cm nas mulheres. A obesidade faz parte da síndrome metabólica,
sendo um fator de risco conhecido, ou seja, que predispõe para várias doenças, nomeada-
mente doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, apneia do sono, icto, osteoartrite,
assim como para algumas formas de cancro, doenças dermatológicas e gastrointestinais.
Embora a obesidade seja uma condição clínica individual, converteu-se num sério problema
de saúde pública que só faz aumentar e a OMS considera que “a obesidade atingiu propor-
ções epidémicas em escala mundial, e cada ano morrem, no mínimo, 2,6 milhões de pessoas
por causa da obesidade ou excesso de peso. Apesar de que tempos atrás tenha sido conside-
rada um problema confinado aos países com elevados rendimentos, atualmente a obesidade
também é prevalente nos países com rendimentos baixos e médios”.
3.9.3. Efeito da romã na obesidade
Tabela 6. Estudos para avaliar o efeito in vivo da romã ou dos seus extratos na obesidade.
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Suco de romã cultivada em Espanha

  • 1. SUCO DE ROMÃ CULTIVADA EM ESPANHA Punicalagina antioxidante do sumo de romã e o extrato de romã, na alimentação funcional do futuro. Eng.º Ángel Calín Sánchez Dr. Ángel A. Carbonell Barrachina UNIVERSIDADE MIGUEL HERNÁNDEZ, Departamento Tecnologia Agroalimentar
  • 2. Há muitos mundos dentro de mim, conhecê-los depende de ti
  • 3. 1. Introdução 1.1. A origem da romãzeira 1.2. Importância económica em Espanha 1.3. A romã Mollar de Elche 2. Produtos funcionais derivados da romã e o seu aproveitamento integral 2.1. Composição química da romã 2.2. Compostos fenólicos 2.2.1. Compostos fenólicos de baixo peso molecular 12.2.2. Compostos fenólicos de alto peso molecular 2.3. A romã como alimento funcional 2.4. Oxidação vs Antioxidação 3. Romã e saúde 3.1. Propriedades anticancerígenas e antitumorais 3.2. Prevenção de doenças cardiovasculares 3.3. Propriedades anti inflamatórias 3.4. A romã e as suas propriedades contra a diabetes 3.5. Prevenção do dano oxidativo 3.6. Prevenção dos danos na pele 3.7. Propriedades antimicrobianas da romã e dos seus produtos derivados 3.8. Efeitos da romã na saúde bucodentária 3.9. Outras propriedades da romã para a saúde 3.9.1. A romã e os seus efeitos contra a diarreia 3.9.2. A romã e os seus efeitos na qualidade do esperma e na disfunção erétil 3.9.3. Efeito da romã na obesidade 4. Bibliografia
  • 4. Um dos projetos de investigação abordados foi financiado pela empresa Antioxidantes Natu- rales del Mediterráneo S.L. e o foco da pesquisa foi comparar as propriedades funcionais e a recetividade junto dos consumidores espanhóis de sumos comerciais de romã disponíveis no mercado nacional. Para além disso, o grupo de investigação da CSA, juntamente com a Uni- versidade Estadual do Kansas (Estados Unidos da América, EUA), realizou um estudo sobre a aceitação de diferentes tipos de sumo de romã em escala mundial. No âmbito deste estudo, o sumo Granatum Plus foi selecionado como modelo de sumo 100 % natural. O grupo da Qualidade e Segurança Alimentar e a romã O grupo de investigação “Qualidade e Segurança Alimentar, CSA” do Departamento de Tec- nologia Agroalimentar da Universidade Miguel Hernández, de Elche, realizou diversos es- tudos sobre a qualidade organolética e as propriedades funcionais do sumo de romã, bem como de produtos derivados da romã (extrato da pele, romã desidratada, etc.). Conclusões dos estudos realizados Os resultados obtidos após a análise de sumos de romã comercializados em Espanha em 2010 demonstram que os produtos da marca Granatum Plus contêm o maior teor de poli- fenóis, antioxidantes naturais da romã, comparativamente aos demais produtos analisados. Uma análise realizada sobre os preços dos diferentes produtos de romã do mercado esta- belece também que os produtos Granatum Plus apresentam a melhor relação “qualidade/ preço” do grupo de produtos analisados.
  • 5. Os sumos da Granatum Plus obtiveram as pontuações mais baixas nos atributos indesejáveis e valores elevados em atributos, tais como doçura, aroma a romã e cor. Este mesmo estudo demonstrou que as cápsulas “Granatum Plus” contêm perto de 30 % de punicalaginas e uma percentagem total de polifenóis na casa dos 50 %. O produto contém, para além disso, cerca de 84 % de extrato de romã. A ingestão de uma cápsula “Granatum Plus” equivaleria a tomar uns 250 ml de sumo espremido a partir de ari- los desta mesma variedade. Esta pesquisa, unida a outras já realizadas nos últimos anos por prestigiosas universidades do mundo inteiro, deixa patente que a capacidade antioxidante da pele da romã é 10 vezes superior à da sua parte comestível. Considera se muito recomendável a indicação, no rótulo dos pro- dutos, da origem geográfica das romãs e da variedade utilizada. De referir que na lista dos produtos nacionais analisados, a Granatum Plus é a única marca comercial que informa os seus consumidores da origem geográfica do cultivo da romã: “Espanha”, e da varieda- de utilizada: “Mollar Elche”. Cultivado em Espanha
  • 6. 1. Introdução Na grande maioria das vezes, para que possamos avançar para o futuro é preciso, primeiro, olhar para o nosso passado. Exemplo claro disso é a romã, um dos primeiros cultivos domesticados pelo homem, cuja presença na cultura e história espanholas torna-se patente até mesmo em brasões heráldi- cos como o do Reino de Granada na época dos reis católicos. Outro exemplo que evidencia a relação entre a romã, a Espanha e a investigação é o escudo do Conselho Superior de Inves- tigações Científicas (CSIC), do qual uma romãzeira é parte integrante (Figura 1). Através do presente dossier, pretende-se dar a conhecer a grande importância deste cultivo em Espanha devido à sua importante produção, para além dos benefícios que este fruto e os seus produtos derivados proporcionam à nutrição humana. Figura 1. Romãzeira em produção e escudo do Centro Superior de Investigações Científicas.
  • 7. 1.1. A origem da Romãzeira A romãzeira (Punica granatum L.) é uma árvore de fruto cuja cultura remonta à Antiguidade. Trata se de uma das árvores de fruto bíblicas, como a videira, a oliveira ou a palmeira. Se- gundo Nikolai Vavilov, a romãzeira pertence ao Centro IV: Centro do Próximo Oriente (Ásia Menor, a Transcaucásia, Irão e as terras altas de Tuquemenistão). A romãzeira (Punica granatum L.) é uma árvore caduca de pequenas dimensões que pode atingir no máximo 8 metros de altura em estado selvagem. Trata-se de uma árvore de fruto muito interessante para muitas zonas do mundo, nomeadamente as áridas e semiáridas, já que, apesar de ser menos relevante do que outras árvores de fruto, é capaz de se adaptar a diferentes áreas nas quais muitas delas, atualmente mais importantes, seriam incapazes de gerar uma produção rentável (Melgarejo e Salazar, 2003). A sua classificação sistemática é a seguinte: Divisão: Fanerógamas. Classe: Dicotiledóneas. Subclasse: Arquiclamídeas. Ordem: Myrtales. Família: Punicaceae. Género: Punica. Espécie: Granatum.
  • 8. 1.2. Importância Económica da Romãzeira Atualmente o seu cultivo estende-se por países como Espanha, Estados Unidos, Irão, Turquia, Índia, Israel, China e países da costa norte da África, entre outros. A Espanha vem sendo o produtor mais importante da Europa, cuja produção está centrada na Comunidade Valencia- na, Andaluzia e Região de Múrcia (Gráfico 1). A produção espanhola, 22 311 t (MMARM, 2010) concentra-se, fundamentalmente, na pro- víncia de Alicante (90 %). Em Alicante, por sua vez, este cultivo concentra-se designadamente em três municípios, Elche, Albatera e Crevillente, por ordem de importância. Esta elevada concentração evidencia claramente a enorme importância socioeconómica da romã para es- tes três municípios e o seu ambiente. Gráfico 1. Comunidades espanholas produtoras de romãs.
  • 9. 1.3. A romã Mollar de Elche A romã foi tradicionalmente um fruto apreciado e admirado em numerosas civilizações. As romãzeiras, juntamente com as palmeiras, são as árvores mais características do Campo de Elche. Além disso, são conhecidas desde tempos imemoriais. Em Espanha, a romã Mollar de Elche (Figura 2) é a mais popular, destacando-se sobejamente em relação às demais varieda- des e sendo, sem sombra de dúvida, a mais cultivada em Espanha. - Frutos de tamanho grande ou muito grande. - Árvore muito vigorosa, de rápido desenvolvimento. - Fruto de tamanho grande. - Bago grosso, vermelho escuro e semente bem pequena e branda. - Madura entre outubro e novembro. - É de maior qualidade, de maior calibre e mais produtiva do que as do grupo das Valencianas, que ocupam o segundo lugar na produção espanhola. As características mais importantes das romãs Mollar de Elche são as seguintes:
  • 10. O estudo das componentes bioativas da romã e dos seus efeitos sobre a melhoria da saúde humana é um campo de investigação de grande atualidade e de máximo interesse. Foi comprovado mediante numerosos estudos científicos que tanto a romã como os seus produtos derivados contêm nume- rosos componentes que podem servir para a prevenção de doenças e para a manutenção da saúde (Larrosa et al., 2006; Sartippour et al., 2008; Koyama et al., 2010). A romã é consumida, geralmente, em fresco. No entanto, há uma grande parte da colheita que não possui suficiente qualidade visual para ser destinada ao consumo em fresco, já que a sua aceitação por parte do consumidor seria muito baixa. Contudo, a qualidade da parte comestível ou arilos é similar à dos exemplares com boa aceitação para o consumo em fresco. Para esta porção da colheita que não é aproveitável para o consumo em fresco, é preciso encontrar uma alternativa comercial sob forma de uso industrial. Os produtos industrializados da romã de maior relevância são: - Sumos de romã: amplamente comercializados nos EUA e com grande potencial em Espanha. - Arilos em IV gama. - Geleias. - Vinhos, vinagres e licores. - Arilos desidratados. - Produtos nutracêuticos elaborados a partir de extrato da casca. - Condimento alimentar. - Cosméticos: cremes, óleos, geles,… 2. Produtos funcionais derivados da romã e o seu aproveitamento integral
  • 11. A romã contém numerosos compostos químicos de alto valor biológico nas suas diferentes partes: casca, membranas carpelares, arilos e sementes (Figura 3). O produto mais impor- tante derivado da romã é o sumo, de longe o produto mais estudado, com uma infinidade de referências na literatura científica tanto espanhola como internacional. Cerca de 50 % do peso total da romã corresponde à casca e às membranas carpelares, que são uma fonte importantíssima de compostos bioativos como polifenóis, flavonoides, elagi- taninos, proantocianidinas e minerais, nomeadamente, potássio, azoto, cálcio, fósforo, mag- nésio e sódio. Assim sendo, os produtos nutracêuticos e condimentos alimentares elabora- dos a partir de extratos de casca e membranas carpelares podem ser uma fonte importante de todos estes compostos, desde que tenham sido processados corretamente. Figura 3. A romã e as suas diferentes partes. 2.1. Composição Química da Romã
  • 12. Para além disso, os bagos da romã são uma importante fonte de lípidos, já que as sementes contêm uma quantidade de ácidos gordos que oscila entre 12 e 20 % do seu peso total (peso seco). O perfil dos ácidos gordos caracteriza-se por um elevado teor de ácidos gordos insaturados, tais como ácido linolénico, linoleico, púnico, oleico, esteárico e palmítico. A parte comestível da romã representa perto de 50 % do peso total da fruta e, por sua vez, consiste em 80 % de arilo (parte carnuda) e 20 % de semente (parte lenhosa). A composição dos bagos da romã é a seguinte: água (85 %); açúcares (10 %), nomeadamente frutose e glicose; ácidos or- gânicos (1,5 %), designadamente, ácido ascórbico, cítrico e málico; compostos bioativos, tais como polifenóis e flavonoi- des (principalmente antocianinas).
  • 13. Tabela 1. Composição nutricional da parte comestível (USDA, 2007).
  • 14. Tabela 2. Teor de elementos minerais da parte comestível (USDA, 2007) e no sumo de romã com polpa (Andreu Sevilla et al., 2008). Hoje é amplamente aceite o efeito benéfico das frutas e verduras devido ao seu elevado teor de compostos bioativos. A presença dos compostos acima discriminados (Tabela 2) garante o importante valor nutricional da romã.
  • 15. 2.2.1. Compostos fenólicos de baixo peso molecular Os compostos fenólicos podem ser divididos em moléculas simples e polímeros destas de maior peso molecular. Entre os primeiros, cabe referir os flavonoides como os compostos mais importantes deste subgrupo; sendo os antocianos os compostos mais representativos e responsáveis pela cor característica da romã. Dentro dos compostos fenólicos de baixo peso molecular, destacam-se os ácidos fenólicos e, dentre eles, o ácido gálico e o ácido elágico (Figura 4). Figura 4. Compostos fenólicos de baixo peso molecular 2.2. Compostos Fenólicos
  • 16. 2.2.2. Compostos fenólicos de alto peso molecular Os taninos são os polifenós mais característicos de alto peso molecular. A pele da romã é rica em taninos hidrolisáveis, principalmente punicalina, pedunculagina e punicalagina (Figura 5). Figura 5. Estrutura molecular da punicalagina
  • 17. Entre os alimentos funcionais destacam-se: (i) os que contêm determinados minerais, vitami- nas, ácidos gordos ou fibra alimentar, (ii) os alimentos a que foram acrescentadas substâncias biologicamente ativas, como fitoquímicos ou outros antioxidantes, e (iii) os probióticos que contêm cultivos vivos de microrganismos benéficos. Consoante o exposto e à luz dos diversos estudos realizados sobre a composição química da romã, e mais recentemente acerca dos seus efeitos na saúde, podemos considerar a romã um alimento funcional (Melgarejo, 2010). Os antocianos são os compostos considerados responsáveis pela cor vermelha das romãs; a importância destes compostos fenólicos radica na sua ação antioxidante que protege contra os radicais livres e retarda o processo de envelhecimento das células. A atividade captadora de radicais livres destes flavonoides foi demonstrada em diferentes estudos, por exemplo, o de Espín et al. (2000). Estima-se que 10 % da capacidade antioxidante do sumo de romã deve-se à presença destes polifenóis, os antocianos (Gil et al., 2000). O conceito de alimento funcional é complexo e pode referir se tanto a se as suas componentes são ou não nutrientes, como se afetam ou não positivamente o organismo, ou se promovem um efeito fisiológico ou psicológico para além do meramente nutricional (Viuda Martos et al., 2011a). 2.3. A Romã como Alimento Funcional
  • 18. É de suma importância a composição em ácidos gordos essenciais (linoleico, linolénico e araqui- dónico) e designadamente o seu teor de ácidos gordos polinsaturados. Os ácidos gordos polinsa- turados desempenham um papel muito impor- tante como compostos preventivos de doenças cardiovasculares e de alguns outros problemas cardíacos, devido a que este tipo de ácidos redu- zem consideravelmente os níveis de HDL C (o mau colesterol). O ácido púnico tem efeitos antiaterogénicos. Os elagitaninos podem ser transformados em urolitinas; a urolitina A poderia ser o composto anti inflamatório mais ativo relativamente à ingestão de romã. No cólon, os processos anti inflamatórios poderiam dever se à fração não metabolizada dos elagitaninos (Larrosa et al., 2010). A punicalagina é o polifenol de maior peso molecular conhecido que se hidrolisa em ácido elágico e se metaboliza no trato intesti- nal gerando urolitinas. As punicalaginas são os compostos que apresentam maior capacidade antioxidante ou captadora de radicais livres e são responsáveis por aproximadamente 50 % desta atividade no sumo de romã, seguida de outros taninos hidrolisáveis (33 % da ativida- de total), e em menor medida, do ácido elágico (3 %) (Gil et al., 2000; García Viguera et al., 2004). A capacidade antioxidante do sumo de romã é três vezes superior à do vinho tinto e à do chá verde (Gil et al., 2000).
  • 19. - Poderoso efeito antioxidante. - Atividade anticancerígena. - Efeito protetor do sistema cardiovascular. As principais propriedades funcionais das punicalaginas são (Sánchez, 2009): 2.4. Oxidação vs Antioxidação Os organismos vivos necessitam de energia e obtêm-na dos princípios imediatos (hidratos de carbono, lípidos e proteí- nas). Esta energia pode ser conseguida com reações quími- cas que envolvam, ou não, oxigénio. Distinguimos, pois, o metabolismo anaeróbio do aeróbio. É certo que a obtenção de energia por parte da célula será maior se a base do seu metabolismo for o oxigénio. Com o oxigénio, a célula pode conseguir mais ATP dos princípios nutritivos (hidratos de carbono, lípidos e proteínas). Sem o oxigénio consegue-se 20 % menos de ATP (energia). C6H12O6 + 6 O2 ====> 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP
  • 20. Estas reações oxidativas têm lugar nas mitocôndrias, estruturas presentes no citoplasma das células onde a molécula de glicose (6 átomos de carbono), já partida em dois de ácido pirúvi- co (3 de átomos de carbono), vai-se oxidando e liberando eletrões e protões que o oxigénio finalmente aceitara, convertendo-se em água, dióxido de carbono e armazenando energia em forma de ligações trifosfato (ATP). O2 + 4 H+ 4 e- ====> 2 H2O As moléculas provenientes da oxidação da glicose continuam a oxidar-se e o oxigé- nio vai-se reduzindo pois vai absorvendo os eletrões e protões; cada molécula de oxigénio aceita quatro eletrões e quatro protões, formando, assim, 2 moléculas de água. É o que se chama uma redução tetravalente de oxigénio. Mas nem sempre acontece de forma tão exata assim e calcula-se que cinco por cen- to das vezes ocorrem reduções mono e bi- valentes, gerando não água e CO2, facilmente elimináveis pelas vias naturais dos emuntórios (rim, pulmão, pele), e sim espécies reativas nocivas derivadas do oxigénio (ERO ou ROS), que são prejudiciais para a saúde pois perpetuam a oxidação dos nossos tecidos sãos causando patologia.
  • 21. Digamos que este 5 % é a “fuligem” da “chaminé metabólica”, e que se não a eliminamos, ou neutralizamos, com o tempo adoeceremos ou envelheceremos mais depressa. Os sistemas mais atingidos são o aparelho circulatório, o sistema nervoso ou o sistema imunitário ou de defesa do organismo. As espécies reativas derivadas do oxigénio que se produzem nas células incluem o peróxido de hidrogénio (H2O2), o radical oxidrilo ( OH) e o radical superóxido (O2•−). Com o surgimento do oxigénio na terra desapareceram espécies que não estavam prepara- das para a oxidação. As que suportaram o impacto do oxigénio sobreviveram, pois consegui- ram desenvolver um sistema que as protegesse: o sistema antioxidante. Define-se oxidação como o “roubo” de eletrões das últimas camadas eletrónicas de átomos ou moléculas convertendo-as em iões com carga. As substâncias que subtraem estes eletrões chamam-se oxidantes e, ao oxidarem, reduzem-se. Estes iões “oxidados” convertidos nos chamados radicais livres, se não forem neutralizados por outro elemento (redutor) que lhes ofereça os seus próprios eletrões ou protões (H+), continuarão a vagar pelo organismo até conseguirem roubá-lo de outros substratos que oxidaram; os mais afetados são as membra- nas que conformam as células. A oxidação “descontrolada” ocorrida nos tecidos do nosso organismo implica envelhecimento, degeneração e, como não, doença. Deve-se lutar contra ela se quisermos sobreviver. O controlo do excesso de RL ou EROS gerados pelo nosso próprio organismo corresponde ao funcionamento normal do nosso sistema enzimático antioxidante celular: - Superóxido dismutase (SOD) - Catalase (CAT) - Glutatião peroxidase (GPx)… e outros
  • 22. CO2+ NH3+ luz ====> Carboidratos Estas três enzimas formam a maior defesa antirradical nas células. Devemos ter em conta que um excesso de radicais livres (oxidantes) ou uma falha na nossa defesa enzimática, inca- paz de se opor ao excesso de RL, traz como consequência o desenvolvimento de múltiplos processos patológicos, fundamentalmente as doenças de carácter degenerativo: Alzheimer, Parkinson, artrose, etc. O envelhecimento não é senão um desequilíbrio a favor dos meca- nismos de oxidação devido a que os sistemas antioxidantes de defesa estão debilitados ou são ineficazes. Mas, pelo ritmo de vida que levamos atualmente, devemos associar muitos mais ataques “oxidativos” provenientes do meio ambiente em que vivemos, que sobressaturam a defesa antioxidativa inata anteriormente citada (enzimática). Estamos a falar da poluição, do fumo do tabaco, das radiações, dos inumeráveis conservantes da nossa alimentação etc. No entanto, podemo-nos munir de substâncias que podem apoiar a luta antioxidativa. A saber, certas vitaminas hidrossolúveis (vitaminas B1, B6, B12, C,) e lipossolúveis (vitamina E, A), biocarotenóides, polifenóis. Nas plantas, as espécies reativas do oxigénio também são produzidas durante a fotossíntese (obtenção de energia a partir da luz solar). Digamos que também as plantas devem se defender, como nós, para poderem suportar as condições de alta intensidade lumínica que provoca oxidações. Para tal função existem os carotenóides, bioflavonóides e outras substâncias que protegem os vegetais das oxidações geradas. Todo mundo sabe que se o tomate, os brócolos, a laranja ou a maçã não conti- vessem substâncias antioxidantes, não se manteriam, simplesmente se desnaturariam. Pois bem, se esses nutrientes forem incorporados à nossa dieta, potencializarão o nosso sistema antioxidante reduzindo o chamado stress oxidativo.
  • 23. A ajuda antioxidativa é sempre necessária, especialmente quando o nosso organismo está a atravessar uma fase comprometida com o metabolismo como, por exemplo, um esforço físico excessivo (gravidez, crescimento, competições etc.) ou deva superar uma infeção, um pós-operatório ou simplesmente estiver a entrar numa certa “fase” involutiva (menopausa ou andropausa). Talvez por isso a procura de nutrientes antioxidativos oriundos das frutas e hortaliças mais resistentes ao impacto da energia lumínica proveniente do sol seja a que mais nos interessa. Quanta maior concentração de antioxidantes uma fruta ou hortaliça oferecer na sua madu- rez, melhor será a altura para a consumir. As cores atraentes são o grande referente da alta concentração de substâncias com poder antioxidante, tais como os carotenos, polifenóis, resveratróis etc. Menção especial merece a romã, pois contém mais antioxidantes do que outras frutas que se gabam de ser muito antioxidantes como, por exemplo, os cítricos, os mirtilos, inclusive mais do que o chá verde ou o vinho tinto. Dr. José Faus Vitoria (N.º Ordem: 9582 Valência) Especialista em Ozonoterapia, Homeopatia e Medicina Manual República Argentina, 52, 2º, 3ª. 46700 Gandia Telefone: 96 2870827 http://www.doctorfaus.com
  • 24. A romã (Punica granatum L.), fruto an- tigo, místico e distintivo, foi louvado na Antiguidade em diferentes textos, tais como a Bíblia, a Torá judaica e o Tal- mude da Babilónia, como uma fruta sa- grada com poderes sobre a fertilidade, a abundância e a boa sorte. Também destaca-se em certas cerimónias, arte e mitologia dos egípcios e dos gregos e foi o emblema pessoal do imperador roma- no Máximo. Para além destes usos históricos, a romã é usada no tra- tamento de uma grande variedade de doenças em dife- rentes tipos de medicina. A medicina Ayurveda (medicina hindu) considera a romã um fármaco adequado para o tratamento de parasitos, diarreia, úlceras e considera que tem carácter depurativo. A romã serve também como re- médio para a diabetes na medicina Unani que é praticada na Índia. O enorme interesse que existe atualmente sobre os bene- fícios medicinais e nutricionais da romã começou no ano 2000 e, desde então, tem gerado mais de 200 referências que descrevem os efeitos benéficos da romã e dos seus produtos derivados na saúde. No entanto, no período de 1950 a 1999 registaram-se apenas umas 25 publicações científicas sobre esta temática. 3. Romã e saúde
  • 25. As propriedades potencialmente terapêuticas da romã são muito vastas e incluem tratamentos e pre- venção contra o cancro, doenças cardiovasculares, Alzheimer, doenças inflamatórias, doenças bucais e da pele, obesidade, disfunção erétil ou diarreia. De seguida, apresentamos em pormenor os princi- pais resultados de uma revisão bibliográfica da lite- ratura científica existente até 2011 na qual se des- crevem as diversas aplicações terapêuticas da romã enumeradas previamente. São numerosos os estudos levados a cabo para avaliar a eficácia da romã e dos seus produtos derivados, dotados de grande atividade antioxidante, como agente antiproliferativo, anti- -invasivo e pró-apoptótico em células doentes e modelos animais (Lansky e Newman 2007; Syed et al., 2007; Hong et al., 2008; Hamade e Al Momene 2009). Hong et al. (2008) demonstraram que o sumo e os extratos procedentes da romã são po- tentes inibidores do crescimento celular, sendo inclusivamente mais potentes do que alguns polifenóis considerados de modo isolado; sugerindo um efeito sinérgico com os fitoquímicos presentes na romã e nos seus extratos. Um extrato de romã aplicado como pré tratamento tópico reduziu a incidência de um tumor em camundongos de 100 % a 30 %, incrementando além disso a latência no desenvolvimento do tumor de 9 a 14 semanas (Afaq et al., 2005). 3.1. Propriedades anticancerígenas e antitumorais
  • 26. Albretch et al. (2004) estudaram o efeito do óleo de romã, dos polifenóis da casca e das membranas e dos polifenóis do sumo fermentado, no cancro de próstata. Todos estes agentes por separado inibiram a proliferação in vitro de células cancerígenas em células humanas de LNCaP, PC 3 e DU 145; demonstrando, deste modo, uma evidente ativi- dade antitumoral dos produtos derivados da romã sobre o cancro de próstata. Kohno et al. (2004) demonstraram que a administração de óleo procedente da semente da romã na dieta inibiu a inci- dência e a multiplicação dos adenocarcinomas de cólon em ratos. A inibição de tumores de cólon através do óleo da se- mente está associada ao incremento de ácidos linolénicos conjugados na mucosa do cólon e no fígado. Há evidências científicas que demonstram que o sumo de romã suprime a expressão COX 2 induzida por TNF a via NF κB e a ativação de Akt. É provável que certas componentes bioativas presentes no sumo de romã, tais como antocianinas e flavonolas, possam ser as responsáveis pelo aumento da atividade antiproliferativa das células cancerí- genas (Adams et al., 2006). Seeram et al. (2005b) descreveram a grande atividade antiproli- ferativa do sumo de romã sobre diversas linhas celulares tumorais com uma grande inibição da ordem de 30 a 100 %. O sumo de romã, o ácido elágico e a punicalagina induziram a apoptose (forma de morte celular que está geneticamente regulada) das células HT 29 do cólon; no entanto, nas células HCT116 do cólon só contribuíram para a apoptose o ácido elágico e as punicalaginas e não o sumo de romã (Seeram et al., 2005b).
  • 27. Por isso, os extratos da pele de romã ricos nestes compostos (ácido elágico e punicalaginas) parecem constituir um tratamento futuro para do cancro de cólon. Lansky et al. (2005b) afirmaram que certas componentes presentes na romã inibiram de maneira significativa a invasão de células cancerígenas da próstata in vitro (células PC 3). Fjaeraa e Nanberg (2009) demonstraram que o ácido elágico induziu a apoptose através da medida da rotura e alteração do ADN no ciclo celular. González Sarrías et al. (2009) sugeriram que o ácido elágico e os seus metabolitos como as urolitinas A e B podem contribuir para a prevenção do cancro de cólon. Hong et al. (2008) mostraram que o sumo e os extratos de romã têm uma grande capaci- dade para deter a proliferação e estimular a apoptose em células cancerígenas da próstata. Mais recentemente, Koyama et al. (2010) demonstraram que um tratamento sobre as células LAPC4 da próstata com extratos de romã estabilizados no teor de elagitaninos (punicalagina) em 37 % inibiram a proliferação e conduziram à apoptose. Pelo exposto acima, pode se concluir que a romã e os seus produtos derivados têm um efeito benéfico nas doenças cancerígenas e tumorais devido ao seu elevado teor em compostos, tais como as antocianinas, o ácido elágico e as punicalaginas. Para além disso, a partir de cada um dos casos estudados, ficou demonstrada a diferente capacidade dos produtos deri- vados da romã e dos seus extratos, bem como da administração dos compostos responsáveis de maneira individual ou isolados. Por isso, o uso da romã e dos seus produtos derivados dependem, em grande medida, do tipo de afeção.
  • 28. Fonte: Dr. Gilberto E. Chéchile Toniolo (2011). II Simpósio Internacional sobre a Romãzeira, Madrid, Espanha. Tabela 4. Principais efeitos antitumorais da romã. - Antiproliferativo: Detenção crescimento tumoral. - Induz apoptose: morte celular induzida (suicídio). -InibefatornuclearkB(NFkB):Regulaexpressãodemaisde200genes (sistemaimune,proliferaçãocelular,invasãotumoral,metástase). - Antiangiogénese: Formação novos vasos sanguíneos. - Inibe invasão tumoral (metaloproteinasas). É importante assinalar que em todos os casos estudados fala-se de prevenção e tratamento; em momento algum fala-se de cura do cancro ou dos tumores. A romã e os seus produtos derivados, devido à sua composição fitoquímica, são produtos muito recomendáveis para a prevenção e o tratamento do cancro. Por último, e à guisa de síntese, passamos a descrever as principais ações ou efeitos anti- tumorais da romã e dos seus produtos em diferentes doenças cancerígenas (mama, cólon, próstata, etc.).
  • 29. 3.2. Prevenção de doenças cardiovasculares Um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de doenças coronárias é a dislipidemia, que se caracteriza por elevados níveis do colesterol de baixa densidade (LDL) e/ou baixos níveis do colesterol de alta densidade (HDL) (Esmaillza- deh e Azadbakht 2008). O colesterol divide-se em dois tipos: o colesterol de baixa densidade (LDL, ou mau colesterol) e as lipoproteínas de alta densidade (HDL, ou bom colesterol). O bom colesterol (HDL) é assim chamado porque acredita-se que ajuda a reduzir o nível de colesterol no sangue; o coleste- rol de alta densidade é produzido de forma natural pelo pró- prio organismo e elimina o colesterol das paredes das artérias e o devolve para o fígado. O mau colesterol vai-se acumulando nas paredes das artérias, formando uma placa que dificulta a circulação do sangue que chega ao coração. Por isso, quando o índice do colesterol LDL está demasiado elevado, o risco de padecer doenças cardiovasculares aumenta. Acredita-se que a oxidação do LDL contribui para a aterosclerose e doenças cardiovasculares (Heinecke 2006). Diversos estudos in vitro, com animais e com humanos, têm sido realizados com vários pro- dutos relacionados com a romã e a sua composição sobre a prevenção e atenuação da ate- rosclerose e a oxidação do LDL (Aviram et al., 2000; Sezer et al., 2007; Basu e Penugonda 2009; Davidson et al., 2009; Fuhrman et al., 2010). Aviram et al. (2000) analisaram o efeito do consumo de sumo de romã em homens saudáveis no tocante à oxidação do LDL e deter- minou que o LDL diminuiu e incrementou a atividade do HDL na ordem de 20 %. Seezer et al. (2007) compararam o teor total de polifenóis e a atividade antioxidante de vinhos de romã e vinho tinto.
  • 30. Tanto o teor em polifenóis como a atividade antioxidante foram maiores nos vinhos de romã do que nos vinhos tintos. Ambos os vinhos produziram uma diminuição do LDL; no entanto, e atribuível à sua maior capacidade antioxidante, a redução produzida pelo vinho de romã foi maior do que a causada pelo vinho tinto, concretamente da ordem de 24 % para o vinho de romã e de 14 % para o vinho tinto. Esmaillzadeh et al. (2006) administraram 40 g de sumo concentrado de romã a doentes dia- béticos e hiperlipidémicos (colesterol e triglicéridos em níveis elevados) durante 8 semanas. No final do estudo, os níveis de triglicéridos e HDL não mudaram. Contudo, o nível de coles- terol total (5,43 %), o LDL (9,24 %), o quociente colesterol total/HDL (7,27 %) e o quociente LDL/HDL (11,76 %) diminuíram. Desse modo, existe um efeito favorável da ingestão de sumo de romã na progressão da ate- rosclerose e, consequentemente, no desenvolvimento de doenças coronárias. O doutor Aviram levou a cabo numerosas experiências com doentes saudáveis hipertensos aos quais foi administrando sumo de romã durante diferentes períodos de tempo. Como re- sultado destes estudos, chega-se à conclusão de que a pressão sanguínea viu-se reduzida em até 36 % após duas semanas de tratamento com sumo de romã. Esta redução foi atribuída ao elevado poder antioxidante dos polifenóis da romã (Aviram e Dornfeld, 2001; Aviram et al., 2004). - Incrementa a atividade antioxidante do soro sanguíneo, reduzindo os lípidos do plasma e a peroxidação lipídica. - Reduz a oxidação do LDL. - Reduz as áreas com lesões de aterosclerose. - Reduz a pressão sanguínea sistólica. Basu y Penugonda (2009) sugirieron que el principal mecanismo del zumo de granada como antiaterogénico queda resumido en las siguientes afirmaciones:
  • 31. 3.3. Propriedades anti-inflamatórias A inflamação, a primeira defesa fisiológica no corpo humano, pode-nos proteger de lesões causadas por feridas e envenenamentos. Este sistema de defesa pode acabar com microrganismos infeciosos, elimi- nar irritações e manter as funções fisiológicas com toda normalidade. No entanto, uma superexposição a essas inflamações pode causar disfunções fisiológi- cas, tais como asma e artrite (Lee et al., 2010). Exis- tem numerosas evidências científicas que deixam pa- tente o carácter anti-inflamatório da romã e dos seus produtos derivados (Lansky e Newman, 2007; Shukla et al., 2008; Larrosa et al., 2010; Lee et al., 2010). Alguns extratos de romã, particularmente o das sementes prensadas a frio, inibem a ação das enzimas cicloxigenase e lipoxigenase in vitro. A cicloxigenase é uma enzima muito impor- tante na conversão de ácido araquidónico em prostaglandinas, uns importantes mediadores da inflamação, que fica, portanto, inibida significativamente pela ingestão de extratos da romã. A lipoxigenase intervém na transformação do araquidónico em leucotrienos, outros mediadores da inflamação que também é inibida pelos extratos de sementes de romã (To- más Barberán, 2010). Boussetta et al. (2009) demonstraram que o ácido púnico, ácido gordo conjugado presente no óleo de semente de romã, tem um efeito anti-inflamatório demonstrado in vivo e, por- tanto, limita a peroxidação lipídica. Lee et al. (2010) analisaram quatro taninos hidrolisáveis, entre os que se encontravam a punicalagina e a punicalina, todos eles isolados da romã.
  • 32. Cada um destes compostos em diferentes doses produziu uma inibição significativa da produ- ção de monóxido de azoto (NO) em estudos in vitro , o que teve um efeito anti-inflamátorio. De Nigris et al. (2007) demonstraram que a administração de sumo de romã e extratos de romã a ratos obesos reduziu de forma significativa a expressão de determinados marcadores genéticos com influência sobre a inflamação cardiovascular. Posteriormente, Romier Crouzet (2009) obtiveram resultados similares com sumo de romã e extratos de romã e observaram uma prevenção inflamatória em decorrência do elevado teor de ácido elágico. Por último, Larrosa et al. (2010) observaram que a administração de extratos de romã redu- ziu os níveis de prostaglandinas na mucosa do cólon devido, uma vez mais, aos altos níveis de ácido elágico da romã.
  • 33. A diabetes é a doença metabólica mais co- mum no mundo e afeta milhões de pessoas. Segundo a Federação Internacional da Diabe- tes, a projeção para o ano 2025 é que esta do- ença vai afetar perto de 333 milhões de pes- soas. Depois das doenças cardiovasculares e oncológicas, a diabetes ocupa o terceiro lugar em importância. Aqui é onde a fruta da romãzeira e os seus produtos derivados podem desempenhar um papel fundamental já que são numerosas as evidências científicas acerca das propriedades antidiabéticas desta fruta (Huang et al., 2005; Li et al., 2005; Katz et al., 2007; Parmar e Kar, 2007; Li et al., 2008; Bagri et al., 2009). Associa-se a diabetes a um elevado stress oxidativo e ao desenvolvimento da aterosclerose; parece evidente que os compostos com capacidade antioxidante da romã podem exercer uma influência significativa sobre a diabetes. Por exemplo, Katz et al. (2007) demonstraram a atividade hipoglicémica de flores, sementes e sumos de romã. Ainda se desconhecem os mecanismos pelos quais a romã e os seus pro- dutos derivados exercem tal efeito. Contudo, e embora as hipóteses dos mecanismos sejam numerosas, todas elas parecem sugerir a inibição de determinados marcadores genéticos e certos compostos que induzem ao stress oxidativo. Por exemplo, Li et al. (2005), sugeriram a inibição da enzima -glucosidase como mecanismo para a redução da diabetes por parte de extratos de flores de romã. 3.4. A romã e as suas propriedades contra a diabetes
  • 34. Pamar e Kar (2007) demonstraram que a admi- nistração de extrato de pele de romã normalizou os efeitos adversos de um composto que induz a diabetes em camundongos. Mcfarlin et al. (2009) estudaram o efeito do óleo de semente de romã na acumulação de gordura em camundongos e observaram uma melhoria na sensibilidade à insulina. Todas estas evidências, para além daquelas refe- ridas às doenças cardiovasculares, sugerem um efeito benéfico da romã e dos seus produtos de- rivados na diabetes, bem como em numerosas doenças cardiovasculares em doentes diabéticos já que também foi comprovado o seu efeito em doenças coronárias. As principais componentes que apresentam propriedades antidiabéticas são os polifenóis; estes compostos afetam a glicemia através de numerosos mecanismos, dentre os quais se inclui a inibição da absorção da glicose através do intestino ou através dos tecidos periféri- cos. Pelo visto, a inibição da enzima -glucosidase parece ser o mecanismo mais provável na redução da diabetes. Outros mecanismos sugerem a inibição da glicemia devido a uma absorção nos tecidos periféricos e não através do intestino (Scalbert et al., 2005).
  • 35. 3.5. Prevenção do dano oxidativo O dano oxidativo é um tema de máxima atualidade e um claro exemplo desta afirmação é que a ação das frutas e hortaliças no combate ao dano oxidativo (elevado teor de compostos antioxidantes) é uma das propriedades ou características mais apreciadas pelos consumido- res. Via de regra, pode-se definir um antioxidante como a substância natural ou artificial com capacidade para neutralizar e proteger um sistema biológico contra os radicais livres, tais como os radicais do oxigénio, os de azoto e os radicais lipídicos (Cano e Arnao, 2004). Estas propriedades antioxidantes conferem às frutas e hortaliças propriedades benéficas para a saúde, protegendo ou diminuindo o risco de vir a sofrer de certas doenças degenerati- vas (Brandt et al., 2004; Chen et al., 2007). Por isso, nos últimos anos, o teor em antioxidantes está a converter-se num parâmetro muito importante relativamente à qualidade de frutas e hortaliças. Entre os compostos com propriedades antioxidantes destacam-se as antocianinas e outros fenóis (Espín et al., 2007, Dorais et al., 2008), carotenóides (Perera e Yem, 2007) e as vitaminas A, C e E (Hoursome et al., 2008). Os compostos responsáveis pelo grande poder antioxidante da romã e dos seus produtos derivados foram estudados por numerosos autores tanto em modelos in vitro como em mo- delos in vivo. A atividade antioxidante in vitro da romã e dos seus produtos derivados foi avaliada por vários autores (Naveena et al., 2008; Cam et al., 2009; Mousavinejad et al., 2009; Tezcan et al., 2009). Tzulker et al. (2007) determinaram que a elevada capacidade an- tioxidante da romã e dos seus produtos derivados deve-se à presença das punicalaginas na sua composição e não das antocianinas como se pensava anteriormente.
  • 36. Os mecanismos da atividade antioxidante in vivo não estão claros, embora se saiba que estes mecanismos agem sobre as matrizes biológicas de forma muito complexa. Madrigal Carballo et al. (2009) sugeriram que os compostos fenólicos da romã experimentam uma reação re- dox já que os grupos hidroxilos das moléculas fenólicas doam um átomo de hidrogénio aos agentes redutores. Outros autores (Amarrowicz et al., 2004) descrevem que a atividade an- tioxidante dos compostos fenólicos deve-se à sua habilidade para captar os radicais livre e os catiões metálicos quelantes. 3.6. Prevenção dos danos na pele O processo de fotoenvelhecimento inclui danos moleculares e estruturais na pele, como in- flamação, diminuição na síntese de colagénio, espessamento ou proliferação da epiderme (parte superficial da pele), degradação incompleta de fragmentos de colagénio e oxidação de proteínas. Todas estas alterações traduzem-se clinicamente numa pele frágil, rugas, alte- rações da coloração com um aspeto amarelado, em manchas brancas ovais ou redondas ou manchas escuras irregulares e telangiectasias (vasos sanguíneos evidentes), entre outros. Também se dá o aparecimento de lesões benignas como ceratoses seborreicas ou lentigem (elevações ou manchas de cor café), hiperplasias sebáceas e lesões pré-malignas como cera- toses actínicas. O dano na pele acontece em decorrência do envelhecimento natural, no entanto, as ex- posições da pele ao sol induzem ao aparecimento de danos maiores na pele. A exposição prolongada aos raios ultravioletas pode causar numerosas adversidades com, por exemplo, o cancro de pele. Estudos levados a cabo com diferentes extratos de romã (Aslam et al., 2006) sugerem que os extratos procedentes da pele da romã promovem a regeneração da derme, ao passo que os extratos procedentes do óleo das sementes regeneram a epiderme.
  • 37. Pacheco Palencia et al. (2008) descreveram as propriedades prote- toras dos extratos de romã contra as radiações UVA e UVB devido à redução da geração de espécies reativas de oxigénio (ROS). Afaq et al. (2009) sugeriram que o dano induzido pelas radiações UVB na pele pode ser reduzido mediante a ingestão de produtos derivados da pele e da semente da romã. Todas estas evidências científicas demonstram as excelentes pro- priedades para a proteção da pele dos extratos obtidos a partir da pele e das sementes das romãs. Muitas tecnologias de conservação de alimentos, algumas em uso há muito tempo, prote- gem os alimentos da alteração por microrganismos. Assim sendo, os microrganismos podem ser inibidos por refrigeração, redução da atividade de água, acidificação, alteração da at- mosfera da embalagem, por tratamentos não térmicos ou mesmo por adição de compostos antimicrobianos. Os produtos antimicrobianos de uso alimentar são compostos químicos acrescentados ou presentes nos alimentos que retardam o crescimento ou causam a morte dos microrganis- mos, aumentando, assim, a resistência à alteração da qualidade ou segurança. 3.7. Propriedades antimicrobianas da romã e dos seus produtos derivados
  • 38. Os principais alvos dos agentes antimicrobianos são os micror- ganismos produtores de intoxicações alimentares (agentes in- feciosos e produtores de toxinas) e os que alteram os alimen- tos, cujos produtos metabólicos finais (catabolitos) ou enzimas causam maus cheiros, sabores desagradáveis, problemas de textura, alterações da coloração e/ou risco sanitário (Davidson e Zivanovic, 2003). O uso de agentes químicos e sintéticos com uma considerável atividade antimicrobiológica, como inibidor do crescimento mi- crobiano, é uma das técnicas mais antigas para o controlo do crescimento microbiano e, por isso, uma técnica adequada de conservação (Viuda Martos et al., 2008). Atualmente existe uma tendência à substituição destes agentes químicos por possíveis tra- tamentos naturais mediante a aplicação de agentes presentes em frutas, verduras e ervas aromáticas. Os principais agentes naturais antimicrobianos são os óleos essenciais das ervas aromáticas e especiarias. Os óleos essenciais derivados de plantas são conhecidos pela sua elevada atividade antimicrobiana contra uma vasta gama de bactérias e fungos, para além de potencializar a atividade antioxidante dos próprios produtos tratados (Ayala Zavala et al., 2005). A atividade antimicrobiana da romã e dos seus produtos derivados foi demonstrada em nu- merosos estudos nos quais ficou comprovada a inibição da atividade de numerosos micror- ganismos (Reddy et al., 2007; McCarrell, 2008; Al Zoreky 2009; Choi et al., 2009; Gould et al., 2009).
  • 39. Reddy et al. (2007) demonstraram que diferentes extratos de romã em diferentes solventes (água, etanol, etc.) mostraram uma atividade antimicrobiana significativa contra E. coli, Pseu- domonas aeruginosa, Candida albicans, Cryptococcus neoformans e S. aureus. Al Zoreky (2009) demonstrou que os extratos da pele de romã são um potente inibidor do crescimento de Listeria monocytogenes, S. aureus, E. coli e Yersinia enterocolitica. Choi et al. (2009) investigaram o efeito in vivo e in vitro da aplicação de diferentes concen- trações de extratos de pele de romã para inibir o crescimento de Salmonella, comprovando que a dose mínima era de 62,5 mg/l. Em geral, o elevado potencial inibidor da romã e dos seus produtos derivados é atribuído à elevada concentração de compostos, tais como polifenóis, taninos e antocianinas. Estudos muito recentes comprovaram que o uso de produtos derivados e subprodutos, como condi- mento alimentar, para além de melhorar a sua capacidade antioxidante, assegura uma total inocuidade devido à grande capacidade da romã e dos seus extratos na inibição da atividade dos microrganismos que causam a deterioração dos alimentos (Navarro et al., 2011; Viuda Martos et al., 2011b). Manter uma saúde dentária ótima não é importante apenas para preservar a aparência e a função dos dentes, mas também para nos proteger contra doenças cardiovasculares. Hoje em dia, a ciência reconhece que a doença periodontal inflamatória crónica está estreitamen- te relacionada com a piora das doenças cardiovasculares (Dumitrescu, 2005). 3.8. Efeitos da romã na saúde bucodentária
  • 40. Di Silvestro et al. (2009) demonstraram que um bochecho a base extratos de romã reduzia de maneira efetiva a quantidade de microrganismos da placa dentária. Tal benesse é designa- damente atribuída à clara influência que os compostos polifenólicos e flavonoides exercem sobre o desenvolvimento da gengivite. A gengivite é uma doença bucal bacteriana que provoca a inflamação e o sangramento das gengivas, causados pelos restos de alimentos que ficam metidos entre os dentes. Menezes et al. (2006) estudaram o efeito produzido por um extrato de romã nos micror- ganismos da placa dentária. Esses autores determinaram uma elevada efetividade já que o número de microrganismos sofreu uma redução de 84 %. Sastravaha et al. (2005) demonstraram a efetividade de um gel que continha extratos de romã como tratamento adicional para complementar as terapias periodontais habituais. Badria e Zidan (2004) demonstraram que os flavonoides da romã possuem uma ação an- tibacteriana in vitro contra os microrganismos responsáveis pela gengivite. As referências sobre o efeito da romã e dos seus produtos derivados nas doenças bucodentárias são mais escassas se comparadas com doenças como o cancro ou doenças cardiovasculares. Os casos mostrados anteriormente são os exemplos mais recentes sobre a investigação realizada nes- te sentido. O consumo da romã, já seja como produto em fresco ou como alimento derivado, ou até mesmo dos seus extratos, é, para além de agradável, devido ao seu delicioso sabor, um re- médio ideal para uma adequada saúde bucodentária.
  • 41. Tabela 5. Estudos in vivo realizados para avaliar os efeitos benéficos da romã na saúde de animais de laboratório e humanos. A Tabela 5 sintetiza alguns dos estudos mais relevantes.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
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  • 46.
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  • 48. 3.9. Outras propriedades da romã para a saúde 3.9.1. A romã e os seus efeitos contra a diarreia Há somente dois estudos recentes que deixam patente o efeito dos extratos da pele de romã na prevenção da diarreia. Ambas as experiências foram realizadas em ratos de laboratório e neles, após a aplicação de um extrato elaborado à base de pele/casca de romã, houve uma redução tanto do número de defecações como da massa das mesmas. Os estudos foram le- vados a cabo por Qnais et al. (2007) e por Olapour et al. (2009). A dose proposta por estes últimos para o tratamento desta doença foi de 400 mg/kg de peso corporal. 3.9.2. A romã e os seus efeitos na qualidade do esperma e na disfunção erétil O objetivo do sémen é basicamente a reprodução, pois age como um “veículo” para trans- portar os espermatozoides ao aparelho reprodutor feminino. Embora a ejaculação do sémen acompanhe o orgasmo e o prazer sexual, a ereção e o orgasmo são controlados por mecanis- mos independentes, pelo que a emissão de sémen não é essencial para o gozo sexual. O con- sumo do sumo de romã produziu um aumento da concentração de esperma no epidídimo, maior mobilidade e maior densidade de células espermatogénicas; para além disso, houve uma redução da quantidade de esperma de baixa qualidade em comparação com o grupo referência ou de controlo (Türk et al., 2008). Em um estudo mais recente, este mesmo grupo de investigadores sugeriu que o ácido elágico tem um efeito protetor tanto para os testículos como para os espermatozoides. Este efeito pode estar relacionado com a elevada ação do ácido elágico sobre o stress oxidativo (Türk et al., 2010).
  • 49. Respeitantemente à disfunção erétil ou impotentia erigendi, que é a incapacidade repetida de atingir ou manter uma ereção suficientemente firme para ter uma relação sexual satisfa- tória, um estudo realizado por Forest et al. (2007) determinou que após quatro semanas de consumo de sumo de romã os pacientes mostravam uma melhor atividade erétil do que os outros pacientes que só tinham tomado um placebo. A obesidade é a doença crónica de origem multifatorial que se caracteriza pela acumulação excessiva de gordura ou hipertrofia geral do tecido adiposo no corpo. Ou seja, podemos falar de obesidade quando a reserva natural de energia dos humanos e outros mamíferos, arma- zenada sob forma de gordura corporal, aumenta a ponto de ficar associada a numerosas complicações como certas condições de saúde ou doenças e um incremento da mortalidade. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), dá-se a obesidade quando o IMC ou índice de massa corporal (cálculo entre a estatura e o peso do indivíduo) é igual ou superior a 30 kg/ m2. Também se considera indício de obesidade um perímetro abdominal igual ou superior a 102 cm nos homens e a 88 cm nas mulheres. A obesidade faz parte da síndrome metabólica, sendo um fator de risco conhecido, ou seja, que predispõe para várias doenças, nomeada- mente doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, apneia do sono, icto, osteoartrite, assim como para algumas formas de cancro, doenças dermatológicas e gastrointestinais. Embora a obesidade seja uma condição clínica individual, converteu-se num sério problema de saúde pública que só faz aumentar e a OMS considera que “a obesidade atingiu propor- ções epidémicas em escala mundial, e cada ano morrem, no mínimo, 2,6 milhões de pessoas por causa da obesidade ou excesso de peso. Apesar de que tempos atrás tenha sido conside- rada um problema confinado aos países com elevados rendimentos, atualmente a obesidade também é prevalente nos países com rendimentos baixos e médios”. 3.9.3. Efeito da romã na obesidade
  • 50. Tabela 6. Estudos para avaliar o efeito in vivo da romã ou dos seus extratos na obesidade.
  • 51. Adams LS, Seeram NP, Aggarwal BB, Takada Y, Sand D y Heber D. 2006. Pomegranate juice, to- tal pomegranate ellagitannins and punicalagin suppress inflammatory cell signalling in colon cancer cells. J Agric Food Chem 54: 980–985. Adiga S, Tomar P y Rajput RR. 2010. Effect of punica granatum peel aqueous extract on nor- mal and dexamethasone suppressed wound healing in wistar rats. Int J Pharma Sci Rev Res 5(2): 34-37. Afaq F, Saleem M, Krueger CG, Reed JD y Mukhtar H. 2005. Anthocyanin and hydrolyzable tannin-rich pomegranate fruit extract modulates MAPK and NF-kappa B pathways and inhi- bits skin tumorigenesis in CD-1 mice. Int J Cancer 113: 423–433. Afaq F, Zaid MA, Khan N, Dreher M y Mukhtar H. 2009. Protective effect of pomegranate-de- rived products on UVB-mediated damage in human reconstituted skin. Exp Dermatol 18(6): 553–561. Albrecht M, Jiang W, Kumi-Diaka J, Lansky EP, Gommersall LM, Patel A, Mansel RE, Neeman I, Geldof AA y Campbell MJ. 2004. Pomegranate extracts potently suppress proliferation, xeno- graft growth, and invasion of human prostate cancer cells. J Med Food 7(3): 274–283. 4. Bibliografía
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