1. O CRISTÃO E SUAS FINANÇAS (*)
1. Dízimos e Ofertas
Os pastores antigos costumavam dizer que o bolso é a última coisa que se converte na vida do
crente.
Infelizmente a compreensão de muitos crentes em relação aos dízimos e às ofertas tem sido
muito baixa ou quase inexistente.
1.1. O que são dízimos e ofertas
1.1.1. Os dízimos são a décima parte de nossas rendas líquidas de tributação, não de
nosso saldo.
1.1.2. Exemplos para entendimento dos dízimos (empregado, trabalhador autônomo,
empreendedor, bolsista, estagiário, recebimento extraordinário, venda de bens).
1.1.3. As ofertas devem ser voluntárias e generosas.
1.2. Motivos errados para dízimos e ofertas
1.2.1. Medo dos castigos divinos.
1.2.2. Imposição do pastor ou da igreja local.
1.2.3. Satisfação ao pastor ou à igreja local.
1.2.4. Barganha com Deus.
1.3. Princípios bíblicos para dízimos e ofertas
1.3.1. Os dízimos e as ofertas são um critério mínimo, pois tudo pertence a Deus (Sl
24.1).
1.3.2. Somos mordomos; portanto, o que sobra dos dízimos e das ofertas também não é
nosso.
1.3.3. Os dízimos e as ofertas devem ser entregues para adoração a Deus – isto mostra
que o crente serve a Deus e não ao dinheiro, pois a avareza é idolatria (Mt 6.19-24;
2 Co 8.5; Cl 3.5).
1.3.4. Os dízimos e as ofertas devem ser entregues para a promoção do Reino de Deus,
por meio da igreja local, mediante a disseminação do Evangelho (1 Co 9.11-14) e
ajuda aos necessitados (Pv 19.17).
1.3.5. Os dízimos e as ofertas devem ser propostos no coração e entregues com alegria (2
Co 9.7).
Seguindo estes princípios, o crente estará agradando a Deus – este é o principal objetivo.
Como se não bastasse, Deus ainda concede bênçãos aos que assim procedem.
O desajuste financeiro de muitos crentes pode ter origem na desobediência a estes princípios.
2. 2. O Que Excede aos Dízimos e Ofertas
Como visto na primeira parte, o que ultrapassa os dízimos e as ofertas também é de Deus –
somos apenas mordomos.
Por isso, devemos ser fiéis em relação ao cuidado desse restante de recursos.
2.1. Como utilizar
2.1.1. Com o necessário.
2.1.2. Priorizando o essencial.
2.1.3. Evitando desperdícios.
2.2. Como identificar o necessário e o essencial
2.2.1. O conceito de necessidade e de essencialidade é relativo e adaptável.
2.2.2. O necessário e o essencial têm de se ajustar ao orçamento.
2.2.3. O necessário e o essencial não podem ser avaliados pela urgência.
2.3. Como evitar desperdícios
2.3.1. Exercer domínio próprio.
2.3.2. Preferir e esforçar-se para comprar à vista.
2.3.3. Controlar os gastos.
Os servos de Deus precisam seguir esses princípios. Do contrário, por mais que ganhem,
nunca terão o suficiente e ainda desagradarão a Deus.
3. 3. Os Problemas Financeiros – Origens e Soluções
Como foi dito na primeira parte, o desajuste financeiro de muitos crentes pode ter origem na
desobediência aos princípios bíblicos dos dízimos e ofertas.
Também é verdade que nem todo desajuste financeiro decorre disto. É possível que o cristão
não esteja administrando o excedente dos dízimos e ofertas de acordo com as orientações do
Senhor, como visto na segunda parte, e, por isto, esteja desajustado financeiramente.
Isto ocorre por vários fatores. Dentre eles, podem-se destacar: (a) não observância ao
princípio bíblico de ter uma vida modesta; (b) seguir as atrações do secularismo; e (c)
simpatia pela teologia da prosperidade.
3.1.Problemas financeiros e suas origens
3.1.1. Falta de orçamento.
3.1.2. Indisciplina nas compras.
3.1.3. Desconhecimento de princípios básicos de administração financeira.
3.1.4. Descontentamento.
3.2.Problemas financeiros e suas soluções
3.2.1. Evite as dívidas:
3.2.1.1.Não faça empréstimos para coisas não básicas;
3.2.1.2.Pare de pedir dinheiro emprestado para coisas que se desvalorizam (aparelhos,
móveis, automóveis, etc);
3.2.1.3.Compreenda que dívidas afetam a vida pessoal, a família, o relacionamento
com Deus e a disposição física.
3.2.2. Prefira comprar à vista:
3.2.2.1.Pare de usar cartões de crédito;
3.2.2.2.Ganhe primeiro e depois defina suas prioridades;
3.2.2.3.Não viva correndo eternamente atrás das dívidas – isto é escravidão.
3.2.3. Tenha muita cautela em ser fiador de alguém:
3.2.3.1.Só faça isto com muito critério;
3.2.3.2.O fiador torna-se também devedor da obrigação.
3.2.4. Cultive a resistência às compras:
3.2.4.1.Planeje sua vida financeira;
3.2.4.2.Estabeleça orçamentos realistas;
3.2.4.3.Cumpra os orçamentos traçados.
3.2.5. Use suas aptidões pessoais para serviços de manutenção do lar.
3.2.6. Crie o hábito de ter reservas em dinheiro para situações contingenciais.
Deus sempre abençoa os Seus filhos com o suprimento de bens materiais.
Não podemos negligenciar o gerenciamento do que Deus nos confiou.
Não devemos esquecer que o viver cristão está diretamente relacionado com o gerenciamento
dos nossos rendimentos, negócios e bens que Deus nos confiou (Mt 25.16).
(*) Pr. José Graciano Dias