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CURSOTÉCNICOEM
MECÂNICAINDUSTRIAL
Tornearia
© SENAI - PR, 2002
CÓDIGO DE CATÁLOGO : 0202
Trabalho elaborado pela Diretoria de Educação e Tecnologia
do Departamento Regional do SENAI - PR , através do
LABTEC - Laboratório de Tecnologia Educacional.
Coordenação geral Marco Antonio Areias Secco
Elaboração técnica Cláudio Alves Camargo
Equipe de editoração
Coordenação Lucio Suckow
Diagramação José Maria Gorosito
Ilustração José Maria Gorosito
Revisão técnica Cláudio Alves Camargo
Capa Ricardo Mueller de Oliveira
Referência Bibliográfica.
NIT - Núcleo de Informação Tecnológica
SENAI - DET - DR/PR
S474t SENAI - PR. DET
Tornearia
Curitiba, 2002, 147 p
CDU - 674.77
Direitos reservados ao
SENAI — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional do Paraná
Avenida Cândido de Abreu, 200 - Centro Cívico
Telefone: (41) 350-7000
Telefax: (41) 350-7101
E-mail: senaidr@pr.senai.br
CEP 80530-902 — Curitiba - PR
SUMÁRIO
Principais partes de um torno paralelo horizontal ....................................................................... 05
Facear ....................................................................................................................................... 07
Tornear com luneta fixa .............................................................................................................. 10
Tornear superfície cilíndrica externa na placa universal ............................................................... 13
Fazer furo de centro ( no torno ) ................................................................................................. 17
Tornear superfície cilíndrica na placa e ponta.............................................................................. 20
Sangrar e cortar no torno............................................................................................................ 23
Tornear superfícies cônicas usando o carro superior................................................................... 27
Cálculo de inclinação da espera do torno ................................................................................... 32
Recartilhar no torno .................................................................................................................... 34
Tornear superfícies côncavas e convexas ................................................................................... 38
Perfilar com ferramenta de forma ................................................................................................ 42
Abrir rosca triangular externa por penetração perpendicular........................................................ 44
Cálculo de 4 engrenagens para se abrir rosca métrica - fuso em polegada ................................. 46
Diâmetro menor do parafuso - rosca triangular métrica ............................................................... 52
Altura do filete do parafuso - rosca triangular métrica ................................................................. 53
Abrir rosca triangular externa por penetração oblíqua ................................................................. 54
Abrir rosca múltipla ( interna e externa ) ..................................................................................... 57
Abrir rosca quadrada externa ..................................................................................................... 64
Rosca quadrada ......................................................................................................................... 68
Abrir rosca quadrada interna ...................................................................................................... 70
Altura e largura do filete - rosca quadrada .................................................................................. 72
Diâmetro do furo da porca-rosca quadrada ................................................................................. 73
Abrir rosca trapezoidal ( externa e interna ) ................................................................................ 75
Roscas trapezoidais - Características e tabelas ......................................................................... 78
Largura da ferramenta - Rosca trapezoidalAcme ....................................................................... 80
Largura da ferramenta - Rosca trapezoidal Métrica ..................................................................... 81
Desenho - peça 01 ..................................................................................................................... 84
Furar usando o cabeçote móvel.................................................................................................. 85
Roscar com machos no torno .................................................................................................... 89
Centrar na placa de quatro castanhas independentes ................................................................ 93
Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas ....................................................................... 96
Placa arrastadora e arrastador ................................................................................................... 99
Desenho - peça 02 e 03 ........................................................................................................... 103
Tornear superfície cônica desalinhando a contraponta .............................................................. 104
Cálculo do desalinhamento da contraponta para se tornear superfície cônica ........................... 106
Desenho - peça 04 e 05 ............................................................................................................ 111
Tornear superfície cilíndrica externa ( passante ) .......................................................................112
Tornear peças em mandril .........................................................................................................116
Desenho - peça 06 e 07 ........................................................................................................... 121
Desenho - peça 08 e 09 ........................................................................................................... 122
Abrir rosca triangular direita interna .......................................................................................... 123
Diâmetro menor da porca-rosca triangular métrica.................................................................... 126
Desenho - peça 10 e 11 ........................................................................................................... 127
Desenho - peça 12 e 13 ........................................................................................................... 128
Desenho - peça 14 ................................................................................................................... 129
Tabelas .................................................................................................................................... 130
Bibliografia ............................................................................................................................... 147
5
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
A - Cabeçote fixo
B - Cabeçote móvel
C - Avental
D - Barramento
E - Caixa de mudança (câmbio) das velocidades de avanço
F - Fuso
G - Vara
H - Placa
I - Carro transversal
Cabeçote fixo
É onde está montada a árvore principal ou eixo da árvore,
por meio do qual, a peça recebe o movimento de rotação
necessário à sua usinagem.
PRINCIPAIS PARTES DE UM TORNO PARALELO HORIZONTAL
6
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
Facear é fazer no material uma superfície plana
perpendicular ao eixo do torno, mediante a ação de uma
ferramenta de corte que se desloca por meio do carro
transversal.
Esta operação é realizada na maioria das peças que se
executam no torno, tais como: eixos, parafusos, porcas e
FACEAR
buchas.
O faceamento serve para se obter face de referência ou,
ainda, como passo prévio à furação.
Processo de execução
1. Prenda o material na placa universal.
Observações
w Deve-se deixar para fora da placa um comprimento L,
inferior ou igual ao diâmetro do material.
w O material deverá estar centrado; caso contrário mude
sua posição, fazendo-o girar um pouco sobre si
mesmo.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
2. Prenda a ferramenta.
wwwww Coloque a ferramenta no suporte.
Observação
w AdistânciaAda ferramenta deverá ser a menor possível
Observações
w A ponta da ferramenta deve situar-se na altura do
centro do torno. Para isso, usa-se a contraponta como
referência.
• A aresta de corte da ferramenta deve ficar em ângulo
com a face do material.
2.2 Prenda o suporte de modo que ele tenha o máximo
de apoio sobre o carro.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
3. Aproxime a ferramenta da peça, deslocando o carro
principal, e fixe-o.
4. Ligue o torno.
Observação
w Consultar tabela de rotações.
5. Faceie.
wwwww Faça a ferramenta tocar na parte mais saliente da face
do material e tome referência no anel graduado do carro
superior.
w Avance a ferramenta até o centro do material.
w Facapenetraraferramentaaproximadamente0,2mm.
w Desloque lentamente a ferramenta até a periferia.
Observação
wwwww No caso de ser necessário retirar muito material na
face, o faceamento se realiza da periferia para o
centro da peça, com a ferramenta indicada na figura.
w Repita as indicações b, c e d, até completar o
faceamento.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
É tornear um material com extremo preso na placa, apoi-
ado na luneta fixada no barramento do torno.
Aplica-se no torneamento interno ou externo de peças
compridas, sujeitas a flexões.
Processo de execução
1. Monte a luneta.
w Fixe a luneta sobre o barramento.
Observações
a) Situe de modo que o material se apóie o mais próxi-
mo do extremo a tornear.
b) Limpe abase da luneta e o barramento, a fim de obter
bom apoio e centragem.
TORNEAR COM LUNETA FIXA
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
2. Monte o material.
w Apóie o material sobre as pontas da luneta e coloque
o outro extremo na placa, ajustando levemente as
castanhas.
Observação
Verifique se a superfície de apoio do material sobre a
luneta está bem cilíndrica e lisa.
w Centre o material, deslocando as pontas da luneta, e
verifique a centragem com um graminho ou relógio
comparador.
Observação
Se a peça tiver furo de centro, utilize a contraponta, para
facilitar a centragem.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
3. Torneie a peça.
Observações
a) Trabalhe com baixa velocidade de corte e mantenha
os contatos bem lubrificados.
b) Aluneta fixa pode também ser empregada como apoio
intermediário, no caso de torneamento em peças
muito longas.
w Lubrifique a superfície na placa, verificando a
centragem do material.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
É uma operação que consiste em dar forma cilíndrica a
um material em rotação, submetido a ação de uma ferramenta
de corte.
É uma das operações mais executadas no torno, com o
fim de obter formas cilíndricas definitivas (eixos e buchas) ou
também para preparar o material para outras operações.
Processo de execução
1. Prenda o material.
Observações
w Deixe para fora das castanhas um comprimento maior
que a parte que será cilíndrica , que não supere em três vezes
o diâmetro.
TORNEAR SUPERFÍCIE CILÍNDRICA EXTERNA
NA PLACA UNIVERSAL
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w O material deve estar centrado; caso contrário, mude
a posição girando-o um pouco sobre si mesmo, até conseguir,
melhor centragem.
Precaução
w Certifique-se de que o material está bem preso nas
castanhas.
2. Monte a ferramenta.
wwwww Deixe a ponta da ferramenta para fora o suficiente para
que o porta-ferramentas não toque na castanha.
3. Fixe o porta-ferramentas de modo que ele tenha o
máximo de apoio possível sobre o carro.
Observação
• A ponta da ferramenta devera estar à altura do eixo do
torno. Para isso, usa-se a contraponta do cabeçote
móvel como referência.
4. Marque o comprimento a tornear, sobre o material.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
••••• Desloque a ferramenta até o comprimento desejado,
medindo com régua graduada ou paquímetro.
w Ligue o torno e faça um risco de referência.
5. Determine a profundidade do corte.
w Ligue o torno e aproxime a ferramenta, até colocá-la
em contato com o material.
5.2 Desloque a ferramenta para a direita, para que ala
fique fora do material.
Acerte o traço zero do anel graduado pela linha de
referência e faça penetrar a ferramenta em uma determinada
profundidade.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Torneie no diâmetro.
w Com avanço manual, faça um rebaixo de
aproximadamente 3 mm.
w Recue a ferramenta.
w Desligue a máquina.
w Verifique, com o paquímetro obtido no rebaixo.
Precaução
Faça a medição com o torno parado.
w Torneie, completando o passe até a marca que
determina o comprimento.
Observação
Usar fluido de corte, se necessário.
w Repita a indicação (e) tantas vezes quantas forem
necessárias para atingir o diâmetro desejado.
Vocabulário técnico
Régua graduada: escala
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
Fazer furo de centro é abrir um orifício de forma e
dimensões determinadas, com uma ferramenta
denominadabroca de centrar.
Esta operação é feita geralmente em materiais que
necessitam ser trabalhados entrepontas ou na placa e na
ponta. As vezes, faz-se furo de centro como passo prévio para
se furar com broca comum.
Processo do execução
1. Centre e prenda o material.
2. Faceie.
3. Prenda a broca.
FAZER FURO DE CENTRO (NO TORNO)
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Coloque o mandril porta-brocas no mangote.
Observação
w Os cones devem estar limpos.
Prenda a broca no mandril.
Observação
• A broca é selecionada em tabelas, de acordo com o
diâmetro do material.
Aproxime a broca do material, deslocando o cabeçote
.
Fixe o cabeçote.
4. Ligue o torno.
Observação
w A velocidade de corte é selecionada em tabelas.
5. Faça o furo de centro.
w Acione, com movimento lento e uniforme, o volante
do cabeçote, fazendo penetrar parte da broca.
Observações
wwwww A broca deve estar alinhada com o eixo do material.
Caso contrário, corrija o alinhamento por melo dos
parafusos de regulagem do cabeçote.
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1 9
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Usar fluido de corte conforme a tabela
Afaste a broca, para permitir a saída dos cavacos e para
limpá-la.
Observação
w A limpeza da broca se faz com pincel.
Repita os subpassos a e b, até obter a medida .
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2 0
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
É uma operação que consiste em tornear o material,
estando um dos seus extremos preso na placa universal e o
outro apoiado na contraponta.
Aplica-se quando o material a tornear é longo, pois este,
somente preso na placa universal, se flexionaria sob a ação
da ferramenta.
Processo do execução
1. Faceie e faça o furo de centro numa extremidade do
material.
2. Coloque a contraponta no mangote.
Observação
w Os cones devem estar limpos.
3. Prenda o material.
wwwww Aperte suavemente o material na placa universal.
wwwww Aproxime a contraponta, deslocando o cabeçote
móvel, e fixe-o.
TORNEAR SUPERFÍCIE CILÍNDRICA NA PLACA E
PONTA
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2 1
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Observações
w Verificar o alinhamento da contraponta pela referência
A e corrigir, se necessário.
w O mangote deve ficar fora do cabeçote duas vezes o
seu diâmetro, no máximo.
wwwww Introduza a contraponta no furo de centro, girando o
volante do cabeçote móvel.
Observação
• Lubrificar o furo de centro.
wwwww Verifique a centricidade do material e fixe
definitivarnente na placa universal.
wwwww Ajuste a contraponta e fixe o mangote através do
manípulo.
4. Prenda a ferramenta.
5. Verifique o paralelismo
w Ligue o torno.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
Observação
w Determine a rotação em tabela:
wwwww Faça um rebaixo no extremo do material e tome
referência da profundidade do corte no anel graduado.
w Retire a ferramenta e desloque-a, para realizar o outro
rebaixo, com a mesma profundidade de corte anterior.
w Recue a ferramenta e meça os diâmetros dos rebaixos
com o paquírnetro.
Observação
Se o diâmetro do rebaixo próximo à contraponta for maior
desloca-se o cabeçote móvel no sentido X; se for menor, no
sentido Y.
6. Torneie na medida.
Observações
• A peça somente deve ser retirada da placa depois de
terminada, para se evitar nova centragem.
• Verificar freqüentemente o ajuste da contraponta e a
lubrificação.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
É aplicado principalmente na confecção de arruelas
especiais, polias e eixos roscados.
Processo de execução
1. Prenda o material.
Observação
w Fixe o material de modo que o canal a fazer fique o
mais próximo possível da placa, para evitar flexão
da peca.
2. Marque a largura do canal.
É uma operação que consiste em abrir canais através
da ação de uma ferramenta especial que penetra no material
perpendicularmente ao eixo do torno, podendo chegar a separar
o material, caso em que se obtém o corte.
SANGRAR E CORTAR NO TORNO
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Observação
wwwww A marcação pode também ser feita diretamente com
a ferramenta.
3. Prenda a ferramenta.
Observações
O balanço B deve ser o menor possível.
w O corte da ferramenta deve estar na altura do eixo do
torno.
w O eixo da ferramenta deve ficar perpendicular ao eixo
do torno.
4. Prepare o torno.
w Localize a ferramenta entre as marcas do canal e fixe
o carro principal.
w Determine a rotação adequada
5. Faca o canal.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Avance a ferramenta, até tocar de leve no material, e
tome referência no anel graduado do carro
transversal, para controlar a profundidade.
w Avance a ferramenta cuidadosamente, próximo à mar-
ca llimite deixando material para o acabamento.
w Afaste a ferramenta, desloque-a para o outro lado do
canal e repita a indicação anterior.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
w Termine o canal, faceando os flancos primeiramente
e depois o fundo.
Observação
w Verifique o corte da ferramenta e afie, se necessário
antes de terminar
6. Corte (se a operação é cortar)
Observação
w Para cortar, repita os subpassos a e b do 5o
passo,
até que a peça se desprenda do material.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
É dar forma cônica ao material em rotação, deslocandose
a ferramenta obliquamente ao eixo do torno, conforme a
inclinação dada ao carro superior.
Sua principal aplicação é na confecção de pontas de
tornos, buchas e redução, sedes de válvulas e pinos cônicos.
Processo de execução
Exemplo 1 - Tornear cônico externo.
1.Torneie cilindricamente o material, deixando-o no
diâmetro maior do cone.
Observação
w Usar fluido de corte.
2. Incline o carro superior.
w Solte os parafussos (A) da base.
w Gire o carro no ângulo desejado, observando a
graduação angular.
TORNEAR SUPERFÍCIE CÔNICAS USANDO O
CARRO SUPERIOR
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
2. Aperte os parafusos da base.
3. Corrija a posição da ferramenta.
Observação
w A ferramenta tem que estar rigorosamente na altura
do centro a perpendicular a geratriz do cone.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
4. Coloque o carro principal em posição de tornear o
cone.
w Gire a manivela do carro superior, deslocando-a
totalmente para frente.
w Desloque o carro principal para a esquerda, até que a
ponta da ferramenta ultrapasse em 5 mm
aproximadamente, o comprimento do cone.
w Fixe o carro principal, apertando o parafuso B.
5. Ligue o torno.
6. Inicie o torneamento pelo extremo B do material, com
passes finos, girando a manivela do carro lentamente.
7. Verifique o ângulo do cone, quando ele estiver mais
ou menos na metade do torneado, e corrija, se necessário.
Observações
w Trocar de mão, na manivela, de modo que não se
interrompa o corte.
w Usar fluido de corte.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
Observação
w Quando a verificação se faz com calibrador, deve-se
afastar a ferramenta transversalmente e limpar o
material e o calibrador.
Precaução
w Para evitar ferir-se, afaste a ferramenta e cubra sua
ponta com protetor de chumbo, couro ou madeira.
8. Repita as indicações das figuras acima, até terminar
a operação.
Exemplo 2 - Tornear cônico interno
1. Torneie cilíndrico interno no diâmetro menor do cone.
Observação
w Leve em conta o comprimento do cone.
2. Fixe o carro superior no ângulo de inclinação do cone.
3. Prenda a ferramenta de alisar interno.
Observação
w Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das
flechas, para acertá-la na altura, utilizando, para isso,
o verificador.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
4. Situe o carro principal em posição de tornear o cone
e fixe-o.
Observação
w Sendo o comprimento do cone igual ao comprimento
da peça, a ferramenta deverá sair do lado da placa
aproximadamente 5 mm.
5. Determine a rpm, considerando o diâmetro maior do
cone.
6. Torneie o cone.
Observações
w As demais fases de execução são iguais as do
torneamento cônico externo com o carro superior.
w Para alisar, dê os passes no sentido de B para A e
repasse de A para B, sem dar profundidade de corte.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
Vocabulário técnico
Carro superior - Espera, carro orientável.
Goniômetro - Transferidor.
Cálculo
Determinar o ângulo de inclinação da espera, para se
tornear o cônico indicado abaixo:
Convenções
I = Ângulo de inclinação da espera
(ângulo de inclinação do cone)
C = Comprimento do cone
D = Diâmetro maior do cone
d = Diâmetro menor do cone
tang. i = Tangente do ângulo i
Fórmula: tang. i = D - d
2 x C
Dados
C = 110 mm
D = 80 mm
d = 74 mm
Pedido: i
CÁLCULO DE INCLINAÇÃO DA ESPERA DO TORNO
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Solução
Substituindo, na fórmula, os valores literais pelos valores
numéricos dados, teremos:
Tang i = 80 -74
2 x 110
Tang i =
6
3
=
3
2
1
X 110 110
3,0000 110
0800 0,027 2
0300
080
tang.i = 0,0272
Resposta: i = 1º 30´
Consultar a tabela de tangentes, onde encontrará tang.
1º 30' (um grau e trinta minutos)
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0202 - TORNEARIA - CTMI
RECARTILHAR NO TORNO
Operação
É produzir sulcos paralelos ou cruzados, sob
compressão dos dentes de uma ferramenta chamada
recartilha, sobre um material em movimento.
Executa-se o recartilhado para evitar que a mão deslize,
quando se manipula uma peça, em certos casos, para melhorar
seu aspecto. As figuras mostram exemplos de peças recar-
tilhadas.
Processo de execução
1. Torneie a parte que será recartilhada, deixando-a lisa,
limpa e com um diâmetro ligeiramente menor que a medida
final, dependendo do material da peça, do passo e do ângulo
das estrias dos roletes.
Observação
w Consultar a tabela de recartilhados.
2. Monte a recartilha.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Observação
w A altura da recartilha deverá ficar na altura do eixo da
peça..
O alinhamento (a recartilha deverá ficar perpendicular à
superfície que será recartilhada).
3. Recartilhe
w Desloque a recartilha até próximo ao extremo da parte
que será recartilhada
w Ligue o torno.
Observação
w Consultar a tabela e determinar o avanço e a rotação.
w Avance a recartilha transversalmente, até marcar o
material, e desloque-a, um pouco no sentido
longitudinal.
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0202 - TORNEARIA - CTMI
w Desligue o torno e examine a zona recartilhada.
Observação
w Caso o recartilhado fique irregular, corrija, repetindo
os itens a, b, c e d desta fase, até ele ficar uniforme.
w Ligue o torno a engate o carro longitudinal.
w Recartilhe toda a superfície desejada
Observação
w Usar querosene, para remover todas as partículas de
material.
w Faça avançar o carro em sentido contrário e repasse
a recartilha.
Precaução
w A peça deve ficar bem fixada, a fim de evitar o perigo
dela escapar.
Observação
w Os recartilhados cruzados devem formar pirâmides
pontiagudas.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Os recartilhados paralelos formam estrias perfeitas.
Os recartilhados cruzados podem ser de diferentes
ângulos, conforme sua finalidade. Os paralelos, em
alguns casos, podem ser inclinados.
4. Afaste a recartilha e limpe o recartilhado com uma
escova de aço, movimentando-a no sentido das estrias.
5. Chanfre os cantos, a fim de eliminar as rebarbas.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
TORNEAR SUPERFÍCIES CÔNCAVAS E CONVEXAS
Operação
É obter superfícies côncavas e convexas sobre o
material, através de uma ferramenta que se desloca,
simultaneamente, com movimentos de avanço e penetração.
Realiza-se para obter a forma definitiva de peças sem
muita precisão, como manípulos e volantes ou como passo
prévio para se perfilar com ferramenta de forma.
Processo de execução
1. Desbaste e alise a peça.
2. Marque, com riscos de ferramenta, os limites da
superfície desejada.
3. Monte a ferramenta para o torneamento da superfície
côncava ou convexa, conforme o caso.
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SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Observação
w A ponta da ferramenta deve ser arredondada, pois as
agudas dificultam a obtenção de bom acabamento.
4. Torneie a superfície
Exemplo I - Superfícies côncavas
w Penetre a ferramenta na parte mais profunda
da superfície.
w Desloque a espera até A, com os movimentos
simultaneamente de deslocamento (a1
) e
profundidade (P1), e realize o primeiro passe.
w Desloque a espera até B e, os movimentos (a2) e (p2),
simultaneamente, realice o segundo passe.
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4 0
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Controle com o gabarito.
w Realize tantas vezes quantas forem necessárias,
corn os mesmos procedimentos do 1. e 2., até chegar
ao perfil desejado.
Exemplo II - Superfícies convexas
w Coloque a ferramenta em frente à parte mais saliente
da superfície A.
w Com os movimentos de avanço (a1) e profundidade
(P1) Simultâneos, realize o primeiro passe.
w Volte ao pontoAe, corn o avanço (a2) e a profundidade
(p2) simultâneos, realize o segundo passe.
w Controle corn gabarito.
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4 1
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Realize tantos passes quantos forem necessários,
corn o mesmo procedimento, até che gar ao perfil
desejado.
.
w Verifique com o gabarito
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4 2
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
Operação
Consiste em obter sobre o material uma superfície com
o perfil da ferramenta.
Realiza-se freqüentemente para arredondar arestas e
facilitar a construção de peças com perfis especiais.
Processo de execução
1. Prepare o material.
Observação
w Em caso de perfis grandes, é conveniente realizar urn
desbaste de aproximação do perfil.
2. Monte a ferramenta de forma.
w Coloque a aresta cortante da ferrarnenta na altura do
centro do material.
Cantos redondos Canais cõncavos Canais para saída de ferramentas de roscar
PERFILAR COM FERRAMENTA DE FORMA
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4 3
SENAI-PR
0202 - TORNEARIA - CTMI
w Posicione a ferramenta com a ajuda de um gabarito e
fixe-a.
w Fixe o carro.
3. Perfile.
w Inicie o perfilado, fazendo a penetração da ferramenta
lentamente.
Observação
w Em casos de superfície de corte muito grande,
movimente lateralmente a ferramenta, ao mesmo
tempo que avança.
w Controle a execução com um gabarito da forma
desejada.
w Termine o perfilado, continuando lentamente a
penetração.
Observação
w Preste a atenção à concordância das curvas, quando
se aproxirnar da forma desejada (ponto A).
4. Verifique a forma final, com o gabarito.
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