Aula 7 arte e arquitetura mesopotâmia [revisado em 121013]

Touro alado assírio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Human_headed_winged_bull_facing.jpg

CRESCENTE FÉRTIL
MESOPOTÂMIA
a arquitetura da Suméria à Babilônia e a dominação Persa
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professoras: Glauci Coelho e Isabela Bacellar

INTRODUÇÃO
Na pequena área definida pelo Tigre e
Eufrates desenvolveu a partir do início
do III milênio a.C., a construção de
tijolos (adobe) de um nível
tecnológico que pode ser descrito
como sofisticado. O largo uso do barro
é justificado tecnicamente pelo fato de

não existir na região abundancia de
pedra ou madeira. Contudo, veremos
que o enorme Zigurate de Assur,
conhecido como “a grande montanha
assíria de tijolos”, repousava sobre
várias linhas de pedra calcária.

PERÍODOS HISTÓRICOS DA CONSTRUÇÃO NA
MESOPOTÂMIA
SOCIEDADE E VISÃO DE MUNDO SUMÉRIA:
A estela de Ur-Namu feita de pedra calcária de

Estela de Ur-Namu (3,0 x1,5 m). III Milênio
a.C., Museu de Arquiologia e Antropologia
da Universidade da Pensilvânia.

3,0 m, nos mostra que o rei era o construtor.
Nesta, o rei aparece com um machado sobre o
ombro fazendo reverencias a divindade lunar
(Nannar) que lhe oferece a vara de medição e a
corda enrolada do arquiteto. Na passagem
seguinte o rei aparece com uma cesta de adobes.
Isto comprova a consolidação simbólica do tijolo

seco ao sol como material construtivo, que
resolvia tecnicamente o arco e a abóbada dos
dutos hidráulicos.

MESOPOTÂMIA
Em torno de 4.000 a.C. na região que mais
tarde os gregos chamariam de mesopotâmia
(entre rios), ocorreu um dos fatos mais
significativos da história humana: o
nascimento das civilizações.
Quando avançamos nos estudos sobre os
sumérios, percebemos que para eles a riqueza
relacionava-se diretamente as margens do rio,
a lama aluvial, e ao betume e a cana.
Ilustração de um assentamento sumério às margens do rio.
Fonte: http://www.historiazine.com/2012/04/os-sumerios.html

MESOPOTÂMIA

Procediam além das montanhas Zagros e ocuparam inicialmente algumas
ilhas da Baixa Mesopotâmia.

MESOPOTÂMIA
IDADE DOS METAIS
(BRONZE)

IDADE DOS METAIS
(FERRO)

IDADE ANTIGA
FLORESCIME
NTO
SUMÉRIO

PERÍODO
ACÁDIO

Revolução
neolítica:
Pré-escrita
suméria

Primeiras
escritas
suméria

Os semitas
originários
da Assíria se
assentam em
Kish e
Lagash

3.500 – 3.000
a.C.

3.000 – 2.340
a.C.

• Invenção
do tijolo
seco ao sol.
• Principais
centros:
Eridu E
Tepe
Gawra.

• Tijolo plano
convexo de
Ur.
• Entendime
nto de que
o
embasame
nto de
pedra
combatia a
umidade.

PERÍODO
ARCAICO

PERÍODO
NEOSSUMÉR
IO

PERÍODO BABILÔNICO
(SUL)

PERÍODO ASSÍRIO
(NORTE)

PERÍODO
PERSA

Terceira
Dinastia de
Ur

Reinado e
Casa
dinástica
Amorita

Período
Neobabilôni
co

Antigo
Período
Assírio

Período
Tardio
Assírio (até a
ocupação
Persa)

Império
Aquemênida
: Primeiro
império
Persa

3.000 – 2.160
a.C.

2.250 – 2.025
a.C.

2.100 – 1.000
a.C.

1.250 – 539 a.C.

1.650 – 1.000
a.C.

1.000 – 539 a.C.

539 – 331 a.C.

• Assumiram
o mesmo
processo
construtivo
dos
sumérios.

• Construção
do zigurate
de Ur.

• Zigurate de
Enlil (70
metros de
altura).
• Hamurabi
(1728 –
1686).

• Palácios
sóbrios.
• Nasciment
o de novas
cidades.

• Fundação
da cidade
de
Persépolis
(518 a.C.).
• Em 331
a.C.
Alexandre
o Grande
conquista a
Pérsia.

• Zigurate
d’Etemena
nki (Torre
de Babel).
• Vitrificação
do tijolo
(Portal de
Isthar).

• Aumento
da altura
dos
zigurates.
• Técnica de
entalhe de
grande
lajes de
pedra.


MESOPOTÂMIA
LEGADO SUMÉRIO:
Invenção da escrita.

Invenção da roda.


MESOPOTÂMIA
LEGADO SUMÉRIO:
Calendário anual de 12 meses (28 dias).
Sistema numérico sexagesimal.
(usada hoje para medir o tempo, ângulos e
coordenadas geográficas)

Sistema de Irrigação.
(criaram os primeiros jardins da história)

Complexificação da agricultura.
(criaram a técnica do arado na agricultura)


MESOPOTÂMIA
Com a complexificação da agricultura através do processo de irrigação e modificação da

forma de arado cria-se o sentido de território de domínio. Foram os Sumérios, com
acesso aos rios Tigre e Eufrates, que transformaram a irrigação em algo grandioso. O
resultado foi o surgimento do excedente agrícola que liberava a população para se

dedicarar a outras atividades.


MESOPOTÂMIA
Desenvolveram um sistema de administração pública,
assim como uma religião organizada, o que deu origem
às classes sociais. Com o tempo fundaram cidadesestados e nações. A religião suméria lançou a ideia

que os seres humanos foram moldados pelos deuses a

Alguns deuses sumérios.

partir do barro aluvial para servir como escravos, disso
resulta também, o simbolismo do barro na
construção.
A partir da noção de medo e subserviência aos deuses,
os sacerdotes sumérios organizaram um sistema de
doações ditas oferendas que gerou a sua riqueza e

consequente aumento de poder no sistema social, e
que propiciaria a construção de templos e palácios.

O combate entre Marduk e Tiamat (visão babilônica).


MESOPOTÂMIA

A HUMANIDADE
Relação entre os deuses sumérios. Os sumérios acreditavam que o céu e a terra eram dois discos separados por uma explosão.

Observar que o Zigurate era uma construção religiosa composta por 7 plataformas que configuravam simbolicamente os 7 estágios até o deus
supremo, exatamente como a hierarquia divina que separa os deuses (a verticalidade) dos homens peregrinação (horizontalidade dada pela a
escadaria).

AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
CONSTRUÇÃO NA MESOPOTÂMIA
OS MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO MESOPOTÂMICA:
Barro
O barro formado às margens dos rios Tigre e Eufrates se
constituiu na matéria prima principal da arquitetura da

Mesopotâmia. Este poderia dar origem ao tijolo seco ao
sol (adobe), ou cozido, que era mais raro devido a
escassez de madeira na região.
Simbolicamente o barro estava ligado ao poder de
construção que era uma propriedade dos deuses
concedida ao rei para edificar templos em seu favor. O
simbolismo do barro se deve também ao fato de o barro

ser o material, segundo a religião suméria, com o qual os
deuses moldaram os seres humanos.

Coluna do Templo de Warka revestidas por cones
de barro.
Fonte:http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/c
onstruccion/Fotos/fotos%20prerromano/Figura3
9.jpg


Barro
De qualquer maneira, ao trabalhar o barro, a

comunidade deveria fazer isso em equipe e em nome
dos deuses. Com o tempo esta tecnologia teve sua
composição e forma melhorada. Por isso

encontramos tijolos com base quadrangular,
retangular ou plano-convexa, em diversas
espessuras, em barro cru ou queimado,
esmaltados ou vitrificados.
Tijolo plano-convexo.
Fonte:http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Foto
s/fotos%20prerromano/Figura33b.jpg


Pedra
Embora a pedra não tenha sido amplamente usada, existiam algumas pedreiras
de calcário na região. Foram usados o diorito, o basalto, alabastro e granito. O

giz natural (sulfato de cálcio dihidrato) e o lápis-lazúli eram usados nas
decorações dos templos, esculturas e joias.

Madeira
A madeira mais abundante na região era pouco resistente, o tronco da palmeira

Afloramento do betume.
Fonte:
http://www.nereus.org/Francais/c
aribbean3.php

e algum salgueiro. Os sumérios buscavam o cedro nas longínquas florestas do
Líbano. Já o ébano era uma madeira nobre usada para esculpir estátuas.

Betume
O betume que jorra naturalmente da terra era recolhido e usado como
argamassa de impermeabilização dos tijolos.

O lápis-lazúli das minas do
Paquistão.
Fonte:
http://www.jeweltunnel.com/cutand-polished?page=1

A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO E DO ZIGURATE:
As crenças religiosas sumérias eram, desde o início,
vinculadas à montanha, de onde precediam o sol, a lua,

os ventos e a água. Por isso observamos uma civilização
de religião politeísta que ergueu vários templos e
cidades em honra de suas diversas divindades.
O templo é o primeiro edifício com uma estrutura

Croqui que reconstitui o templo de Warka.

sólida na suméria.
No período arcaico era pequeno, com uma única sala
retangular (5 x 4 m), uma entrada no lado maior, e no

lado menor um pequeno nicho para uma pequena
estátua, estela ou referência a divindade. Em frente, uma
placa de argila para depósito das oferendas (altar).

Croqui que evidencia a relação entre zigurate e templo.


Escavações arqueológicas deixam evidente que os

muros foram crescendo como TALUDES
INTERCALADOS POR CONTRAFORTES, e que mais tarde
isto se tornou uma razão compositiva da arquitetura
suméria, mais que uma resposta mecânica ao
equilíbrio dos corpos. Ainda que o templo de Anu em
Warka se justifique por razões estruturais.
As saliências e recuos conformados pelos contrafortes

proporcionava um jogo de luz e sombra que quebrava
a monotonia da parede contínua. Geralmente as
quinas do templo eram orientadas para coincidirem
com os pontos cardeais.

Templo da deusa Ishtar em Ishchali. Construído pelo rei de Eshnunna IpiqAbad II (c. 1840 a.C.), na cidade de Neribtum, hojeIschali.
Fonte:
http://artehistoriaestudios.blogspot.com.br/2011_09_25_archive.html


Em Khafaje, outro templo foi erguido, o

TEMPLO OVAL datado entre 2.700 – 2.400 a.C.,
a planta correspondia a um retângulo de 24 x
12 m fortemente contraventado com grandes
colunas que pareciam torres. O templo se
erguia sobre uma plataforma de 2 metros de
altura também retangular com 30 x 25 m, a qual
se acessava por uma escada monumental e

perpendicular ao lado maior. Talvez este
projeto tenha inspirado Ur-Namu na construção
do zigurate de Ur. Uma muralha dupla com
planta oval defendia os recintos sagrados.

Templo Oval.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerro
mano/Figura10.jpg



Luis Amorós e Miguel Orellana, reconstituição virtual de Templo Oval de Khafadye.
Fonte: http://estromatolitos.blogspot.com.br/2012/11/mesopotamia.html


Ruínas do Templo de Anu, Warka, Iraque.
Fonte: http://www.studyblue.com/notes/note/n/ancientmesopotamia/deck/2307204

A mudança mais dramática é introduzida no
TEMPLO DE ANU no Complexo de Anu, onde a
plataforma torna-se uma montanha artificial
com cerca de treze metros de altura.

Croqui do templo de Anu.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerroma
no/Figura08.jpg


O ZIGURATE DE ANU possui 14 fases de expansão e
chegou a alcançar 21 m de altura. Está coroado pelo
TEMPLO BRANCO (por ser coberto de gesso) e sua

função é elevar o templo mais próximo aos céus,
de forma que pudesse ser acessado desde o solo
até lá, por meio de um acesso monumental
(peregrinação). A estrutura teria a função,
portanto, de uma ponte entre os dois mundos. Por
isso acredita-se que o templo dos sumérios seria
um eixo cósmico, uma conexão vertical entre o céu

e a terra, e entre a terra o submundo; e uma

Zigurate de Anu.
Fonte: http://www.historiaantigua.es/articulos/uruk/uruk.html

conexão horizontal entre as terras (simbolismo da
peregrinação).

No período Neossumério, com a Terceira Dinastia de Ur, a
cidade de Ur manifestava-se como a maior do Delta. A cidade
era cercada por forte muralha de adobe, e possuía altura de 8
metros.
Por volta do ano 2.250 a.C. surge o príncipe Ur-Namu, o rei
construtor, que levantou o conhecido ZIGURATE.

O ZIGURATE é uma forma de templo, criada pelos sumérios, e
comuns para os babilônios e assírios. Construído na forma de
pirâmides terraplanadas aparentava vários andares construídos
um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir área
menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construído —

Vista esquemática do zigurate de Ur e sua muralha.

as plataformas poderiam ser retangulares, ovais ou quadradas,
e seu número variava de 2 a 7.

O centro do zigurate era feito de tijolos queimados, muito

mais resistentes, enquanto o exterior da construção
mostrava adornos de tijolos cozidos ao sol, mais fáceis de
serem produzidos (aconteceu o inverso também), porém
menos resistentes (geralmente eram revestidos por
betume).
Os adornos normalmente eram em cores diferentes,
possivelmente contendo significação cosmológica. O acesso

ao templo, situado no topo do zigurate, se fazia por uma
série de rampas construídas no flanco da construção ou
por uma rampa que contornava o zigurate desde a base até

Vista esquemática do zigurate de Khorsabad com sete
plataformas e colorido.

o cume do edifício.

Na Mesopotâmia acreditava-se que os zigurates eram a morada dos deuses. Através dos
zigurates as divindades chegariam perto da humanidade, razão pela qual cada cidade
adorava seu próprio deus ou deusa.

Ilustração comparativa entre as formas do zigurate, pirâmides pré-colombianas e a pirâmide escalonada egípcia.

O ZIGURATE DE UR se ergueu sobre uma construção mais

antiga e orienta suas quinas com os pontos cardeais. Foi
levantada uma primeira plataforma retangular de quase 65 x 43
m de base e com altura próximo de 20 m. Totalmente maciço e
construído por adobes de 24 x 10 x 5 cm no interior, é na face
exterior era em tijolo queimado de 32 x 22 x 6 cm.
Era costume laçar a pedra fundamental ao se assentar o
primeiro tijolo em um ângulo que olhava para o oriente

(nascimento do sol). A primeira plataforma era em forma de
talude (próximo de 8 graus em relação a zenital – eixo vertical),
e contraventada por pilares que distavam entre 4 e 5 m, e

Croqui de reconstituição do Zigurate de Ur.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/f
otos%20prerromano/Figura07.jpg

saltavam cerca de 30 cm do plano principal da fachada.


Localização do Zigurate de Ur na atualidade.


Modelo 3D de um zigurate.
Fonte: http://www.crystalinks.com/ziggurat.html

Em 1918 se iniciaram as escavações e restauração do Zigurate de Ur, em uma missão conjunta entre o Museu Britânico e a Universidade
Americana da Pensilvânia. Imagem do zigurate restaurado. Detalhe da escadaria tripla que proporciona equilíbrio com simetria, e dos
contrafortes. A escada central conduz ao topo, lugar do templo que era antecedido por uma estrutura em forma de propileus.
Fonte: http://fr.maieutapedia.org/wiki/Image:ziggourat2.JPG_1298004903.jpg

Um exemplo de ZIGURATE sólido e abrangente

simbolicamente é o DE ETEMENANKI ou TORRE
DE BABEL (dedicado ao deus supremo dos
babilônicos, Baal-Marduk ou Enlil para os antigos
sumérios). Construído no período neobabilônico,
e de acordo com achados arqueológicos e fontes
históricas, a torre colocava-se sobreposta a sete
camadas multicoloridas, em cujo topo achava-

se um templo de proporções singulares. É
sabido que havia três escadarias que levavam ao
templo, e diz-se que duas delas ascendiam
apenas até a metade da altura do zigurate.

Croqui de reconstituição da Torre de Babel segundo algumas interpretações.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerrom
ano/Figura13.jpg



O nome sumério para a estrutura era ETEMENANKI, palavra que significa "A FUNDAÇÃO DO CÉU E
DA TERRA“. Reprodução da tela “A construção da Torre de Babel”, pintura à óleo sobre tela (1563) de
Pieter Brueghel, O Velho. Dimensões: 114 x 155 cm; Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria.


O ZIGURATE DE KHORSABAD se constituía
por uma hélice contínua em sete planos
horizontais, “(...) representando cada um
deles os atributos de uns dos planetas e
pintado com uma das cores planetárias”
(PENNICK , 1980, p.52). A estrutura era

envolta por uma rampa que ascendia até o
templo no topo. A base tinha cerca de 43 m
por 41 m de altura.
Croqui do zigurate de Khorsabad .
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20
prerromano/Figura14.jpg

A CONSTRUÇÃO DA CASA, DO PALÁCIO E DA CIDADE:
A casa dos antigos sumérios do sul deve ter sido

construída com junco e não é muito diferente
das cabanas encontradas nos dias de hoje na
região pantanosa do delta dos rios Tigre e
Eufrates. Como pode ser visto no desenho, os
feixes de junco bem amarrados serviam para
construir os elementos portantes de uma
estrutura composta por um conjunto de arcos

presos a um involucro em fecho. A lama aluvial
servia para cobrir a estrutura.
Desenho de Hamilton (Oxford), elementos de suporte de uma estrutura composta de
suportes sólidos e um conjunto arcos em junco.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/Figura
18.jpg


Vista de um mudhif (casa comunal) nos Marshes, que nada mais são do que os pântanos
do delta do Tigre e do Eufrates, ao sul do Iraque, onde se situava, segundo a lenda, o
Jardim do Éden.

Fonte: http://www.abovetopsecret.com/forum/thread714018/pg2

Fonte: http://www.art.com/products/p612457910-sai4044494/theakston-victoria-mudhif-meeting-housechobaish-marshes-iraq-middle-east.htm


No norte, as casas eram de adobe e reproduziam em
menor escala a imagem do templo. As plantas das casas
eram geminadas, e as paredes distavam em média 2
metros uma das outras. A casa se desenvolvia em torno
de um pátio central retangular.
As fachadas tinham poucas janelas e na parte superior. As
casas usavam os princípios contemporâneos de exaustão

e conforto térmico (ar quente mais leve e frio mais
pesado), por isso as janelas estavam na parte superior das
habitações permitindo que o ar quente do deserto
escapasse do interior. Os terraços eram usados não
somente como cobertura, mas, com frequência dormiam

Casa suméria.
Fonte: http://historiantigua.obolog.com/los-sumerios164453

nas lajes devido à temperatura mais amena da noite.

As coberturas das casas
mesopotâmicas eram apoiadas nas

paredes conformadas por dintéis, e
podiam ser planas ou ligeiramente
curvadas. Usavam troncos de palmeiras
recobertos por folhas de palmeiras e
lama aluvial.
A cúpula se constituía na sobreposição
de anéis, dita falsa cúpula, da mesma

maneira que as abóbadas eram arcos
adintelados, visíveis principalmente
em construções funerárias.

Padrão de habitação dos povos ubaidianos ou pré-sumérios (primeiros habitantes da
Mesopotâmia de Tell al-Ubaid, um montículo de terra a 6Km de Ur).
Fonte:
http://www.mitologia.templodeapolo.net/imagens_mit.asp?mit=Civiliza%C3%A7%C3%
A3o%20Sum%C3%A9ria



Construção funerária suméria com falsa abóbada, e tolos (construção circular).
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/Figura23.jpg



PÁTIO
CENTRAL

A casa mesopotâmica evoluiu para a casa-pátio que conhecemos hoje.
Fonte:http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/Fig
ura21.jpg


Fonte:
http://fr.wikiarquitectura.com/index.php?title=Maison_S
ert_%C3%A0_Cambridge

Casa Pátio, arquiteto Josep Lluís Sert (1957), Boston – EUA.
Fonte:
http://irenedelsolrodproyectos2.files.wordpress.com/2012/09/2012091
6-montaje-casa-sert.jpg


Em 2.700 a.C. a CIDADE DE URUK abrangia 76 aldeias, e o

centro da cidade cobria 4 quilômetros quadrados que
abrigavam 50 mil habitantes. A cidade era circundada por
uma MURALHA feita com tijolos cozidos e com cerca de
10 km de extensão. Neste período surgem as guerras
motivadas por disputas territoriais de controle e acesso
as aguas usadas na irrigação.
O antigo povoado de Uruk (atualmente Warka)

compreendia dois centros importantes: Kuballa, onde se
encontrava o TEMPLO DE ANU (deus do céu) ou WARKA, e
Eanna, onde se adorava a deusa no TEMPLO DE EANNA
(depois deusa Istar).

Plano simplificado de localização dos principais santuários de
Uruk nos Períodos seculares.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Uruk_seleucide.png


O COMPLEXO DO TEMPLO DE EANNA possuía muralhas e

colunas construídas de tijolos pequenos de seção quadrada e
eram cobertos com uma grossa camada de adobe, onde se
colocavam pequenos cones de argila cozida e pintados de
vermelho, branco e preto.
A construção do TEMPLO DE PEDRA é feita tanto de adobe,
como de pedra. Possui uma frente que se abre para o pátio
dos cones que acontece em oito colunas de mais de 2 metros

de diâmetro.
No complexo existe também vários edifícios retangulares
tripartidos, alguns com uma sala central em forma de cruz e
outros com complexos arcos e contrafortes.

Exemplo do revestimento em cones.
Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Pergamonmuseum_
Inanna_01.jpg



ÁREA EM DESTAQUE.


Planta do Complexo de Eanna em Uruk.
Fonte: http://historiaantigua.es/imagenes/Distrito%20Eanna.jpg


ÁREA EM DESTAQUE NO
PRÓXIMO SLIDE.

SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO COMPLEXO DE EANNA EM URUK COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eanna5.svg



Edifício A
Templo de
pedra

Detalhe do Templo de Pedra e do Edifício A com o pátio dos cones.
Fonte: http://arsmusivaria.blogspot.com.br/2013/02/breve-historia-del-mosaico-las-primeras.html

O COMPLEXO DE ANU é
anterior ao de Inanna, está
configurado pelo grande

ZIGURATE DE ANU
construído em 4.000 a.C., e
coroado pelo TEMPLO
BRANCO de 3.000 a.C.. O
Templo de Pedra de 3.400
a.C. não faz parte do
zigurate e foi construído em

barro sobre uma plataforma
de adobe e betume.

Distrito de Anu, Warka, Iraque.
Fonte: http://historiaantigua.es/imagenes/Distrito%20Anu.jpg

A relação entre cidade e rio na conformação urbana
Encontro dos rios Tietê
e Pinheiros - cebolão –
SP.
Fonte:
http://arquivososriosd
obrasil.blogspot.com.b
r/2012/01/os-rios-desao-paulo-emfotos.html

As primeiras cidades surgem diretamente

relacionadas a presença do rio, que simbolicamente
expressava para esses povos uma das grandes forças
de renovação da vida. Tecnicamente isso se deve ao
fato de os terrenos ribeirinhos serem mais propícios ao

Rio Tâmisa – Londres.
Fonte: copyright
the White
Planes picture co. :
http://www.whitepla
nes.com/helicopters/
helicopters6.htm

desenvolvimento da agricultura, que foi primeiramente
uma atividade agregadora e de subsistência que
possibilitou os assentamentos humanos. O fato é que

os rios serviam tanto para irrigar a terra, fornecer
água, alimentos, como meio de transporte, o que
caracteriza as primeiras civilizações como fluviais.

A relação histórica sobre a presença dos rios e a
conformação urbana. Visão Contemporânea.


A complexificação urbana
Já a complexificação urbana se deve ao fato destes ambientes terem
incorporado a divisão social do trabalho e as classes sociais, em torno
de uma centralização político-religiosa. Esta dinâmica organizacional
propiciou que as primeiras civilizações estabelecessem relações de trocas
comerciais, e estruturasse em consequência disso “normas e contratos”,
além de “leis comunais”. A forma como tudo isso era divulgado, ou
propagado, era através da escrita como comunicação de massa.

Importante observar por isso que o advento urbano é transdisciplinar e
acontece exatamente na confluência de diversos saberes.
Torre de babel ou divisão social do trabalho? (Max Rocha em jul. 21, 2011)
Fonte: http://www.upira.com.br/butecodomax/2011/07/torre-de-babel-ou-divisao-social-do-trabalho/


O Código promovido por Hamurabi.
Hamurabi “(...) erigiu, no final do seu reinado, uma enorme "estela" em
diorito, na qual ele é retratado recebendo a insígnia do reinado e da justiça do
rei Marduk. Abaixo mandou escreverem 21 colunas, 282 cláusulas que ficaram
conhecidas como Código de Hamurabi (embora abrangesse também antigas
leis)”.

A sociedade de classes
“Muitas das provisões do código referem-se às três classes sociais: a do
"AWELUM" (filho do homem), ou seja, a classe mais alta, dos homens livres,
que era merecedora de maiores compensações por injúrias - retaliações - mas
que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas); no
estágio imediatamente inferior, a classe do "MUSHKENUM", cidadão livre,
mas de menor status e obrigações mais leves; por último, a classe do
"WARDUM", escravo marcado que, no entanto, podia ter propriedade. O
código referia-se também (...) à propriedade”, e aos direitos e deveres do
arquiteto.
“Quanto às leis criminais, vigorava a "lex talionis" ("uma vida por outra vida")”
(www.dhnet.org.br ).

Estela com as Leis
de
Hamurabi. Monó
lito talhado
em rocha de diori
to (2,25 m de
altura, 1,50
metro de
circunferência na
parte superior e
1,90 na base).
Museu do Louvre
Fonte:
http://clio.rediris.
es/fichas/hammu
rabi.htm

Passagens do CÓDIGO DE HAMURABI que tratam da ATUAÇÃO DO ARQUITETO.
•

228º - Se um arquiteto constrói uma casa para alguém e a leva a execução, deverá receber em
paga dois siclos, por cada sar de superfície edificada.

•

229º - Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu
cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto.

•

230º - Se fere de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto.

•

231º - Se mata um escravo do proprietário ele deverá dar ao proprietário da casa escravo por
escravo.

•

232º - Se destrói bens, deverá indenizar tudo que destruiu e porque não executou solidamente
a casa por ele construída, assim que essa é abatida, ele deverá refazer à sua custa a casa
abatida.

•

233º - Se um arquiteto constrói para alguém uma casa e não a leva ao fim, se as paredes são
viciosas, o arquiteto deverá à sua custa consolidar as paredes. (www.dhnet.org.br ).


Concepção artística da vista aérea sobre o portão de Ishtar, na babilônia.
Fonte:
http://www.historia.templodeapolo.net/governantes_ver.asp?cod_governant
e=16&value=Nabucodonosor%20II&civ=Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Babil%
C3%B4nica&sede=Babel
Reconstrução do mapa da Babilônia, na época de Nabucodonosor II e a relação
com o rio Eufrates.
Fonte:
http://www.historia.templodeapolo.net/governantes_ver.asp?cod_governante=
16&value=Nabucodonosor%20II&civ=Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Babil%C3%B4
nica&sede=Babel

A cidade da Babilônia atinge seu
esplendor no Período
Neobabilônico. O Eufrates, com
algumas mudanças em seu
curso, sempre dividiu a cidade
em diagonal. Seu traçado
urbano foi controlado por um

muro quadrado e duplo que, de
acordo com Heródoto, media
cerca de 80 km. A vasta
extensão de escombros ainda
pode ser vista.

Reconstrução do Portal
de Ishtar na Babilônia.
Fonte:
http://fr.advisor.travel/p
oi/4726

O PORTAL DE ISHTAR é uma das oito portas monumentais

da muralha da babilônia. Sua forma era em arco de meio
ponto (arco de volta perfeita, arco pleno ou arco romano).
O arco é flanqueado por torres e ameias, e toda sua
superfície era revestida com ladrilhos vitrificados (motivos
zoomorfos nas cores dourado e azul).
Ilustração do Portal da Deusa Ishtar na Babilônia.
Fonte: http://destinationterre2.wordpress.com/2011/10/29/4eme-partie-les-indo-europeenschapitre-26-babylone/

•

ARCOS PLENOS são os arcos que formam um
semicírculo inteiro, apoiados em duas extremidades e fechados
por uma única pedra em forma de cunha, que pressionava as

demais.
•

ABÓBADA DE BERÇO (abóbada de canudo, abóbada
cilíndrica ou abóbada de canhão) é um tipo
de abóbada construída como um contínuo arco pleno. É um
elemento arquitetônico característico da arquitetura romana,
retomado posteriormente pela arquitetura do Renascimento,

porém ilustrado na arquitetura da mesopotâmia.

•

A AMEIA (do latim "mina[s]"), em arquitetura militar,
é a abertura no parapeito das muralhas de
um castelo ou fortaleza, por onde os defensores
visavam o inimigo. Os elementos maciços, de

configuração variada, implantados sobre o parapeito,
que coroam a muralha da fortificação são os meriões
e estão destinados a proteger os defensores
colocados nos adarves (caminho de ronda). As ameias
são as aberturas e alternam com os meriões. Esta
configuração já aparecia na arquitetura
mesopotâmica com função militar.

Detalhe do arco pleno e das ameias e meriões do Portal de
Ishtar reconstruído no Museu de Berlim.
Fonte:
http://www.flickr.com/photos/11808794@N08/454421085
4/



Os ladrilhos vitrificados do portal de Ishtar e os motivos zoomorfos e fitomorfos. Ao lado,
detalhe.
Fonte: http://enkisatyaetcarolinebright.blogspot.com.br/2013/01/babylone-splendeur-dudieu-marduk-3eme.html
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerromano/Figura30b.
jpg


Ilustrações dos Jardins Suspensos da Babilônia.
Fonte: http://lemondeantique.org/index.php?option=com_content&view=article&id=66:les-jardins-suspendus-de-babylone&catid=35:slideshow

A construção dos JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA é atribuída a Nabucodonosor II (604-562
a.C.). Diz-se que eram construídos em forma de talude-tabuleiro (um zigurate recoberto por
vegetação), e que eram irrigados por um sistema de roldanas que captavam as águas do Eufrates. No
entanto, alguns cientistas especulam que este jardim existiu de fato à Nínive, cerca de 500 km ao
norte da Babilônia.



Babylone 3D
https://www.youtube.com/watch?v=_EPc6Gn9-zs


Antes do final do III milênio começou a
construção do PALÁCIO DE ZINRI-LIM na cidade
de Mari (Síria). Considerado um dos maiores
palácios da história antiga, é contemporâneo à
construção do Zigurate de Ur. Em matéria de
construção, introduziu algumas renovações ao
utilizar novos materiais. As paredes eram

cobertas com giz misturado com o solo
peneirado e pintado com motivos de caça e
desfiles cerimoniais.
Planta do Palácio de Mari (Síria). Observar a forma a partir dos pátios.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20prerr
omano/Figura24.jpg

A arquitetura e o urbanismo PERSA do período

Aquemênida é uma mistura de elementos compositivos
de toda a Mesopotâmia, Ásia Menor, e até o Egito que
termina por fundir estilos em um novo. Geralmente
usavam a alvenaria de tijolos esmaltados para compor
uma arquitetura monumental.
Observa-se a introdução do uso do capital duplo como
elemento estrutural e decorativo em motivos zoomorfos

(leões e touros). Parte dessas eram em madeira sobre
uma base de pedra, mas também eram feitas com pedra.
A base campaniforme é uma criação Aquemênida.
Coluna do Templo de Apadana, por Eugène Flandin, 1840.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Persepolis_Colonne_flandin.jpg

O plano da cidade Persa de Persépolis (518

a.C.) fundada por Ciro o Grande é exemplo de
um processo compositivo que adota a
racionalização e o equilíbrio como princípios,
mas com diversas influências. As colunatas
são perfeitamente arranjadas em quadrados
conformando salões hipostilo, a transposição
entre os espaços é feita através de grandes

pórticos que se assemelham aos portões dos
templos egípcios intercalados por pátios e
jardins internos.
Planta da cidade de Persépolis (Irã).
Fonte: http://samanam.persiangig.com/image/takhtejamshid/

SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE PERSÉPOLIS NO IRÃ COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte: http://carnet2route.waris.free.fr/index.php?lang=1&page=country_iran3_fr.htm

SALA DAS 100
COLUNAS

PORTÃO DE
XERXES

TEMPLO DE
APADANA



The Ancient Ira: Persia: Persepolis: Apadana.
https://www.youtube.com/watch?v=8L4E9m27aKY


VÍDEOS SUGERIDOS:
1.

BABYLONE 3D:
http://www.youtube.com/watch?v=_EPc6Gn9-zs

2.

OS MISTÉRIOS DO JARDIM DO EDEN:
http://www.youtube.com/watch?v=CIi8iXRcGxE

3.

CIVILIZAÇÕES SUMÉRIA O JARDIM DE BABEL:
http://www.youtube.com/watch?v=P7m8JBfJ2f8

4.

CIVILIZAÇÕES PERDIDAS - MESOPOTÂMIA:
http://www.youtube.com/watch?v=olJ7z-fw0X8

5.

UNE VILLE DE LA MESOPOTAMIE AMCIENNE:
http://www.youtube.com/watch?v=aORDt1PRwcA

6.

CIVILIZAÇÃO PERDIDA [HISTORY CHANNEL]:
http://www.youtube.com/watch?v=8WvOndEF3yk

7.

LA PRIMERA CIVILIZACIÓN:

http://www.youtube.com/watch?v=tKfSFJBKPE0
8.

A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA (DUB) - PARTE 1 DE 2:
https://www.youtube.com/watch?v=ZXLDJ13lCBg

9.

A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA (DUB) - PARTE 2 DE 2:
https://www.youtube.com/watch?v=Qg0JkytlEsw

REFERÊNCIAS:
1. ANDRADE , Don Francisco Ortega. Historia de la construcción: La Historia de la Construcción es
un conjunto de fichas donde se analiza la evolución histórica de los sistemas constructivos
arquitectónicos. Estas fichas han sido elaboradas por el Catedrático de Construcción
Arquitectónica de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Las Palmas de Gran Canaria,
Don Francisco Ortega Andrade.
http://editorial.dca.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/index.htm (Acessado em 26Mai-2013).
2. PENNICK, Nigel. Geometria sagrada: simbolismo e intenção nas estruturas religiosas. São Paulo:
Editora Pensamento, 1980.
3. WODEHOUSE, Lawrence; MOFFETT, Marian; FAZIO, Michael. A História da Arquitetura Mundial.
Ed. Bookman, 2010, pp. 34-53.


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