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Novo Acordo Ortográfico: Emprego do
hífen
02/12/2011
Micro-ondas ou microondas? O que mudou, o que aglutinou, o que separou, o que ficou
igual. Confira a explicação a seguir:
(Crédito: marekuliasz / Shutterstock.com)
Emprega-se o hífen no Novo Acordo Ortográfico quando:
1. O 2º elemento começar por h. Exemplos: anti-higiênico, pan-helenismo. Com exceção
das palavras que já são pronunciadas sem considerar o h, como: desumano, desumidificar,
inábil, inumano;
2. O 2º elemento começar pela mesma vogal com que termina o prefixo ou pseudo prefixo.
Exemplos: supra-articular, arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda,
semi-interno;
3. O 1º elemento terminar em r e o segundo começar com a mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado, super-religioso;
4. Com prefixos como: ex, sota, soto, vice, vizo, além, aquém, recém, sem. Exemplos: ex-
diretor, sota-piloto, além-mar, recém-nascido;
5. No caso do prefixo sub, quando vem seguida por palavra iniciada em b, h ou r.
Exemplos: sub-base, sub-reino, sub-humano;
6. Palavras indígenas sempre levam hífen, como: amoré-graçu, anajá-mirim, andá-açu,
capim-açu, Ceará-Mirim;
7. No caso dos prefixos pan e circum, quando vem seguida por palavra iniciada em vogal,
h, m ou n. Exemplos: circum-murado, pan-negritude, pan-americano;
8. Em palavras compostas por justaposição (ou seja, colocadas uma do lado da outra, sem
mudar nenhuma das duas palavras) que não contêm formas de ligação, cujos elementos
formam unidade de sentido diferente quando juntas e que mantêm acento próprio. Por
exemplo, ano significa uma coisa; luz significa outra. Quando justapostos, anos e luz têm
um terceiro significado: ano-luz (e, portanto, emprega-se hífen). Exemplos: ano-luz, arco-
íris, decreto-lei, tio-avô, guarda-noturno, afro-asiático, azul-escuro, conta-gotas, guarda-
chuva;
9. Em palavras que designam espécies botânicas ou zoológicas. Exemplos: couve-flor,
erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, bem-me-quer, andorinha-do-mar,
cobra-d’água, bem-te-vi;
10. Em locuções consagradas pelo uso, como: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. (Não levam hífen palavras
como: fim de semana, dona de cada, fim de século).
Casos a parte:
1. Bem e mal. Os dois advérbios levam hífens quando seguidos de palavra que começa por
vogal h, com a qual formam unidade sintagmática e semântica (tomemos o caso de bem-
estar, bem sozinho é um advérbio e estar sozinho é um verbo. Porém, quando juntos, criam
um substantivo com significado próprio: bem-estar). Exemplos: bem-estar, bem-humorado,
mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado. Entretanto, frequentemente, mal aglutina-se (vai
sem hífen) com palavra iniciada por consoante: malcriado (porém, bem-criado), malditoso
(porém, bem-ditoso), malfalante (porém, bem-falante), malmandado (bem-mandado),
malnascido (bem-nascido), malsoante (bem-soante), malvisto (bem-visto). Bem também
aparece muitas vezes aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à
parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença;
2. Partícula co. Em geral, ela se aglutina com o 2º elemento, mesmo começando com o.
Exemplos: coobrigação, cooperação, coocupante, coordenar, coerdeiro.
Não se emprega o hífen quando:
1. As formações tenham prefixo ou prefixo falso terminados em vogal;
2. O 2º elemento da palavra começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se.
Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, infrassom, minissaia,
eletrossiderurgia, microssistema;
3. O 2º elemento da palavra começa por vogal diferente do 1º elemento. Exemplos:
antiaéreo, coeducação, extraescolar, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico,
plurianual;
4. Desaparece a consciência da composição (as palavras que, mesmo sendo formadas por
dois elementos diferentes, o uso foi tão consagrado que se perde a noção de que a unidade
de significado vem através de duas palavras distintas). Exemplos: girassol, pontapé,
madressilva, vaivém, mandachuva, paraquedas, paraquedista;
5. A unidade expressiva é uma locução. Exemplos: dia a dia, à toa, café com leite, pé de
atleta, pé de boi, pé de cabra, pé de chinelo, pé de galinha, pé de pato, pé de vento.
Exceção: pé-de-moleque;
6. Em formações onomatopeias (figura de linguagem na qual se reproduz um som através
de uma palavra). Exemplos: lengalenga, zunzum, cricri e respectivas formas derivadas,
lengalengar, zunzunar, cricrilar;
7. Não agressão, não fumante – deixam de ter hífen.

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  • 1. Novo Acordo Ortográfico: Emprego do hífen 02/12/2011 Micro-ondas ou microondas? O que mudou, o que aglutinou, o que separou, o que ficou igual. Confira a explicação a seguir: (Crédito: marekuliasz / Shutterstock.com) Emprega-se o hífen no Novo Acordo Ortográfico quando: 1. O 2º elemento começar por h. Exemplos: anti-higiênico, pan-helenismo. Com exceção das palavras que já são pronunciadas sem considerar o h, como: desumano, desumidificar, inábil, inumano; 2. O 2º elemento começar pela mesma vogal com que termina o prefixo ou pseudo prefixo. Exemplos: supra-articular, arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno; 3. O 1º elemento terminar em r e o segundo começar com a mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado, super-religioso; 4. Com prefixos como: ex, sota, soto, vice, vizo, além, aquém, recém, sem. Exemplos: ex- diretor, sota-piloto, além-mar, recém-nascido; 5. No caso do prefixo sub, quando vem seguida por palavra iniciada em b, h ou r. Exemplos: sub-base, sub-reino, sub-humano;
  • 2. 6. Palavras indígenas sempre levam hífen, como: amoré-graçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim; 7. No caso dos prefixos pan e circum, quando vem seguida por palavra iniciada em vogal, h, m ou n. Exemplos: circum-murado, pan-negritude, pan-americano; 8. Em palavras compostas por justaposição (ou seja, colocadas uma do lado da outra, sem mudar nenhuma das duas palavras) que não contêm formas de ligação, cujos elementos formam unidade de sentido diferente quando juntas e que mantêm acento próprio. Por exemplo, ano significa uma coisa; luz significa outra. Quando justapostos, anos e luz têm um terceiro significado: ano-luz (e, portanto, emprega-se hífen). Exemplos: ano-luz, arco- íris, decreto-lei, tio-avô, guarda-noturno, afro-asiático, azul-escuro, conta-gotas, guarda- chuva; 9. Em palavras que designam espécies botânicas ou zoológicas. Exemplos: couve-flor, erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, bem-me-quer, andorinha-do-mar, cobra-d’água, bem-te-vi; 10. Em locuções consagradas pelo uso, como: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. (Não levam hífen palavras como: fim de semana, dona de cada, fim de século). Casos a parte: 1. Bem e mal. Os dois advérbios levam hífens quando seguidos de palavra que começa por vogal h, com a qual formam unidade sintagmática e semântica (tomemos o caso de bem- estar, bem sozinho é um advérbio e estar sozinho é um verbo. Porém, quando juntos, criam um substantivo com significado próprio: bem-estar). Exemplos: bem-estar, bem-humorado, mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado. Entretanto, frequentemente, mal aglutina-se (vai sem hífen) com palavra iniciada por consoante: malcriado (porém, bem-criado), malditoso (porém, bem-ditoso), malfalante (porém, bem-falante), malmandado (bem-mandado), malnascido (bem-nascido), malsoante (bem-soante), malvisto (bem-visto). Bem também aparece muitas vezes aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença; 2. Partícula co. Em geral, ela se aglutina com o 2º elemento, mesmo começando com o. Exemplos: coobrigação, cooperação, coocupante, coordenar, coerdeiro. Não se emprega o hífen quando:
  • 3. 1. As formações tenham prefixo ou prefixo falso terminados em vogal; 2. O 2º elemento da palavra começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, infrassom, minissaia, eletrossiderurgia, microssistema; 3. O 2º elemento da palavra começa por vogal diferente do 1º elemento. Exemplos: antiaéreo, coeducação, extraescolar, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual; 4. Desaparece a consciência da composição (as palavras que, mesmo sendo formadas por dois elementos diferentes, o uso foi tão consagrado que se perde a noção de que a unidade de significado vem através de duas palavras distintas). Exemplos: girassol, pontapé, madressilva, vaivém, mandachuva, paraquedas, paraquedista; 5. A unidade expressiva é uma locução. Exemplos: dia a dia, à toa, café com leite, pé de atleta, pé de boi, pé de cabra, pé de chinelo, pé de galinha, pé de pato, pé de vento. Exceção: pé-de-moleque; 6. Em formações onomatopeias (figura de linguagem na qual se reproduz um som através de uma palavra). Exemplos: lengalenga, zunzum, cricri e respectivas formas derivadas, lengalengar, zunzunar, cricrilar; 7. Não agressão, não fumante – deixam de ter hífen.