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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
       FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




             DAYADRIA CYPRIANO RABELO
                FELIPE VANSAN MUNIZ
               GUSTAVO DURAN PORTO
              JULIANE FONTES SEVERINO




LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR:
    pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP




                FERNANDÓPOLIS - SP
                      2011
DAYADRIA CYPRIANO RABELO
                FELIPE VANSAN MUNIZ
               GUSTAVO DURAN PORTO
              JULIANE FONTES SEVERINO




LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR:
    pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP




                    Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca
                    Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia
                    da Fundação Educacional de Fernandópolis como
                    exigência parcial para obtenção do título de bacharel
                    em farmácia.

                               Orientador: Prof.Esp. Valéria Cristina José
                               Èredia Fancio




                FERNANDÓPOLIS - SP
                      2011
FOLHA DE APROVAÇÃO




                DAYADRIA CYPRIANO RABELO
                   FELIPE VANSAN MUNIZ
                  GUSTAVO DURAN PORTO
                 JULIANE FONTE SEVERINO



 LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR:
     pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP

                         Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca
                         Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia
                         da Fundação Educacional de Fernandópolis como
                         exigência parcial para obtenção do título de bacharel
                         em farmácia.

                                    Orientador: Prof.Esp. Valéria Cristina José
                                    Èredia Fancio




                                                     Aprovado em: __/__/2011



Examinadores:




_______________________________________
Prof: Luciana Estevam Simonato
Curso: Farmácia




_______________________________________
Farmacêutica: Rúbia Carla da Cunha
Curso: Farmácia
Dedicamos primeiramente a
Deus, pela oportunidade de
estar concluindo este trabalho.
Aos nossos pais pelo esforço,
amor e confiança que sempre
dedicaram         a        nós.
Aos nossos irmãos pela
paciência e companheirismo
Agradecemos       primeiramente   a
Deus, pois sem ele nada seria
possível, aos nossos pais pelo
esforço em realizar nossos sonhos,
a Professora Esp. Valéria C. J.
Erédia pela dedicação      em nos
orientar, a Farmacêutica Rúbia pela
disponibilidade   em    ajudar    na
pesquisa. Aos amigos e aos amores
pela paciência nos momentos de
tensão ao longo da realização deste
trabalho.
Apesar dos nossos defeitos, precisamos
enxergar que somos pérolas únicas no
teatro da vida e entender que não
existem pessoas de sucesso e pessoas
fracassadas. O que existem são pessoas
que lutam pelos seus sonhos ou
desistem deles. (Augusto Cury)
RESUMO



 LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR:
     pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP




O câncer de pele é o mais comum e freqüente das últimas décadas, sua
incidência vem aumentando e o tumor maligno cutâneo mais comum é o
Carcinoma Basocelular (CBC), que apesar de seu maior número de casos é o
que possui maiores chances de cura. As áreas mais afetadas por essa neoplasia
cutânea são as áreas mais expostas ao sol, como a região da face, geralmente
ocorre em pessoas de pele e olhos claros. A prevenção do CBC inicia-se com o
uso de protetor solar, evitar exposição ao sol das 10 horas às 16 horas, uso de
óculos e chapéus para proteção e com surgimento de qualquer alteração na pele
procurar rapidamente orientação médica, pois quando mais cedo diagnosticado
maiores chances de cura. O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência de casos
de CBC e as principais áreas do corpo afetadas por ele, feita a partir de um
levantamento de dados com 100 pacientes, onde 41 pacientes foram
diagnosticados com CBC.




Palavras chave: Câncer de pele. Carcinoma Basocelular. Áreas afetadas.
Prevenção.
ABSTRACT



    SURVEY OF CASES bassal cell carcinoma:patients treated
               In the AVCC Fernandópolis-SP



Skin cancer is the most common and widespread in recent decades, its incidence
is increasing and the most common cutaneous malignancy is basal cell
carcinoma,which despite its greater number of cases is that he has a better
chance of healing. The areas most affected by this skin cancer are the areas most
exposed to the sun,as the region of the face,usually occurs in people with skin
and eyes. The prevention of CBC starts with the use of sunscreen, avoiding sun
exposure from 10 hours to 16 hours wearing glasses and hats for protection and
appearence of any change in the skin quickily find medical help, because when
diagnosed early better chance of heling.The objective of this study was ti evaluate
the incidence of basal cell carcinoma and the main areas of the body affected by
it, made from a survey date of 100 patients where 41 patients were diagnosed
with CBC.



Keywords: Skin câncer. Bassal cell carcinoma. The body              regions most
affected.Prevention.
LISTA DE ABREVIATURAS

AVCC - Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer
CBC - Carcinoma Basocelular
CEC – Carcinoma Espinocelular
CMM - Cirurgia Micrografia de Mohs
DNA - Acido Desoxirribonucléico
INCA - Instituto Nacional do Câncer
UV- Ultravioleta
UVA - Ultravioleta A
UVB - Ultravioleta B
LISTA DE FIGURAS


Figura 1 -     Camadas da pele..............................................................................14

Figura 2 -     Célula Normal, Célula Cancerosa.....................................................17

Figura 3 -     Célula Cancerosa,Tecido alterado(tumor),Invadem tecido vizinho,
               Metástase(despreendem-se) ............................................................18

Figura 4 -     CBC da orelha externa.Indicação eletiva para o nitrogênio líquido..29

Figura 5 -     Resultado pós tratamento.Cicatriz excelente....................................29

Figura 6 -     Procedimento de eletrocoaculação e curetagem de tumor...............30

Figura 7 -     Carcinoma Basocelular......................................................................30

Figura 8 -     Demarcação de Retalho....................................................................30

Figura 9 -     Retalho em ilha..................................................................................31

Figura 10- Retalho em ilha, após 6 meses..........................................................31

Figura 11- Incidência de casos de câncer de pele..............................................35

Figura 12- Áreas do corpo mais afetadas pelo CBC...........................................36
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................13
 1.1. Pele...............................................................................................14
    1.1.1 Derme.......................................................................................14
    1.1.2 Hipoderme................................................................................15
    1.1.3 Epiderme..................................................................................15
        1.1.3.1Camada Córnea.................................................................16
        1.1.3.2 Camada Lúcida ................................................................16
        1.1.3.3 Camada Granulosa...........................................................16
        1.1.3.4 Camada Espinhosa...........................................................16
        1.1.3.5 Camada Basal...................................................................16
  1.2 Câncer...........................................................................................17
    1.2.1 Oncogênese..............................................................................17
    1.2. 2 Câncer benigno e maligno.......................................................19
    1.2.3. Fatores predisponentes o câncer.............................................20
  1.3 Câncer de Pele............................................................................22
    1.3.1 Prevenção.................................................................................23
    1.3.2 Diagnóstico...............................................................................24
    1.3.3 Tratamento...............................................................................24
         1.3.3.1 Quimioterapia...................................................................25
         1.3.3.2 Cirurgia.............................................................................25
         1.3.3.3 Radioterapia.....................................................................26
    1.4 Carcinomas Basocelular...........................................................26
      1.4.1Etiologia...................................................................................27
      1.4.2 Histopatologia.........................................................................27
      1.4.3 Classificação ..........................................................................27
      1.4.4Tratamentos ............................................................................28
      1.4.5 Prevenção...............................................................................32
OBJETIVO..............................................................................................33
   Objetivo geral....................................................................................33
Objetivos específicos..........................................................................33
MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................34
RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................37
REFERÊNCIAS.......................................................................................38
INTRODUÇÃO


   A pele é o maior órgão de revestimento do corpo que o protege contra agentes
externos. Ela está sujeita a fenômenos patológicos que podem causar lesões, sendo
estas benignas ou malignas (SAMPAIO; RIVITTI, 2008).
      Dentre as lesões malignas temos o câncer de pele que representa 25% de
todas as neoplasias confirmadas no Brasil, que quando diagnosticado em sua fase
inicial tem grande chances de cura (BRASIL, 2011a).
                                 A neoplasia na pele é um paradigma importante para a
                          compreensão de câncer em geral, particularmente porque se sabe
                          que o principal agente carcinogênico importante na maioria dos
                          cânceres cutâneos é a luz ultravioleta. As lesões da neoplasia
                          cutânea encontram-se na superfície do corpo, podendo-se observar
                          prontamente seu desenvolvimento das neoplasias especificas da pele
                          (RUBIN; FARBER, 2002).

      O câncer de pele mais incidente, (cerca de 70%), é o Carcinoma Basocelular
(CBC), que apesar de ser o mais freqüente é o menos invasivo. Atinge a população
de pele clara, pouco comum em indivíduos de pele negra, mais acometido em
mulheres e adultos acima dos 40 anos de idade, pois se trata de um processo
gradativo, onde os danos as células vão se acumulando ao longo da vida, sendo
assim raro em crianças (BRASIL, 2011a).
      Os fatores que desencadeiam o aparecimento do CBC compreendem
exposição excessiva aos raios solares Ultravioleta A (UVA) e Ultravioleta B (UVB),
contato prolongado com arsênico e alcatrão e ainda históricos familiares (AZULAY;
AZULAY-ABULAFFIA, 2004).
A prevenção do CBC deve ser feita através do uso de protetor solar, não se expor ao
sol das 10h às 16h, devido à maior incidência dos raios UVB e UVA, usar chapéus e
óculos, evitar o contato com agentes químicos e ficar atento a qualquer alteração
irregular na pele, incluindo manchas e pintas (BRASIL, 2011a).
      Contudo, o trabalho visa informar sobre o que venha a ser CBC, a prevenção,
a importância do diagnóstico precoce em aumentar as possibilidades de cura e as
diversas formas de tratamento.




                                                                                         13
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO


1. 1. Pele


      A pele e um órgão complexo constituída por diversos tecidos, células, e
estruturas específicas. Representa a ligação do corpo com o meio externo, com
funções essenciais para a vida, como proteção imunológica, térmica, contra agentes
externos, também é responsável pela reserva de água, vitamina D e gordura
(JUNQUEIRA: CARNEIRO, 2004).
      A pele é dividida em 03 (três) camadas: epiderme, derme e hipoderme




                                Figura 1 Camadas da pele
                                  FONTE: BEAR, 2002.




1.1.1 Derme


     A derme é um tecido conjuntivo intermediário a epiderme, constituída por
células fibrosas, colágeno para resistência, elastina para elasticidade e os
proteoglicanos que constitui a substância amorfa em torno das fibras colágenas e
elásticas. As principais células da derme são os fibroblastos responsáveis pela
produção de fibras e de uma substância gelatinosa amorfa (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).




                                                                                14
1.1.2 Hipoderme


     A hipoderme formada por tecido conjuntivo frouxo atua como reserva
energético, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico, contendo fibras e
células que armazenam gorduras chamadas de células adipócitas (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).


1.1.3 Epiderme


       A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, composta por 04 (quatro) tipos principais de células: queratinócitos,
melanócitos, células de Langerhans e as de Merkel. Aproximadamente 90% são os
queratinócitos organizados em 04 (quatro) camadas que se renovam continuamente,
que é responsável pela produção de queratina, uma proteína resistente e fibrosa que
ajuda a proteger a pele. Os melanócitos são responsáveis pela produção de
melanina, pigmento que contribui para cor da pele e absorve luz ultravioleta (UV)
protegendo o DNA da radiação, podendo ser encontrada na junção da derme com a
epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme. As células de
Langerhans, são muito ramificadas, localizam-se em toda a epiderme entre os
queratinócitos, sendo mais freqüente na camada espinhosa, participando da
resposta imune contra agentes microbianos e são facilmente danificadas por luz
ultravioleta. Células de Merkel existem em maior quantidade na pele espessa da
palma das mãos e na planta dos pés, principalmente nas pontas dos dedos pois são
de origem neuroendócrina e estão em contato com as fibras nervosas da derme
constituindo os discos de Merkel (TORTORA; GRABOWSKI, 2002).
      De acordo com Junqueira e Carneiro (2004), a espessura da pele é variável
de acordo com o local estudado, sendo mais espessa e complexa na palma das
mãos e na planta dos pés chamada de pele espessa, em outros locais a pele é mais
fina sendo dominada como pele delgada. Na pele espessa, podem ser encontradas
05 (cinco) camadas na epiderme: camada córnea, camada lúcida, camada
granulosa, camada espinhosa e camada basal.




                                                                                 15
1.1.3.1 Camada córnea


     Consiste em queratinócitos preenchidos com queratina achatados e mortos que
estão em continuo processo de descamação sendo renovados por células de
camadas mais profundas. Ela funciona como proteção contra agentes externos e
barreira que repele a água (TORTORA; GRABOWSKI, 2002).


1.1.3.2 Camada Lúcida


     Fica localizada nos dedos e palmas das mãos e na sola dos pés. Constituída
por camadas de queratinócitos contendo filamentos de queratina (TORTORA;
GRABOWSKI, 2002).




1.1.3.3 Camada Granulosa


     Formada por queratinócitos que se degeneram, diferenciando-se das outras
camadas por possuir a proteína querato-hialina que dispõe em filamentos
intermediários, feixes espessos e grânulos lamelares que soltam secreção rica em
lipídios que ocupam os espaços entre as células dessa camada servindo como
vedação da água, diminuindo a perda de líquidos corporais e agentes externos
(TORTORA; GRABOWSKI, 2002).


1.1.3.4 Camada Espinhosa


     Contém células achatadas com expansões citoplasmáticas que se unem por
desmossomas, o que dá um aspecto espinhoso (TORTORA; GRABOWSKI, 2002).


1.1.3.5 Camada Basal


     Camada mais profunda da epiderme composta por apenas uma fileira de
queratinócitos, também chamada de extrato germinativo devido atuar na formação
de novas células (TORTORA; GRABOWSKI, 2002).

                                                                              16
Contém filamentos de queratina que aumentam de quantidade conforme se
aproximam da superfície, impedindo contra lesões nas camadas mais profundas
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).


1.2 Câncer


1.2.1 Oncogênese


      As células normais são constituídas por três partes: a parte mais externa que
é a membrana celular, o corpo da célula que é o citoplasma e o núcleo onde se
encontram os cromossomos que são compostos por genes, onde estes são
responsáveis por guardar instruções e organizar as estruturas, auxiliam na
proliferação. É através do ácido desoxirribonucléico (DNA) que os cromossomos
repassam as informações para que as células funcionem adequadamente. Quando
ocorre a mutação genética, ou seja, quando ocorre uma alteração no DNA dos
genes de uma célula normal, com essa alteração as células começam a receber
instruções erradas não exercendo suas atividades de forma correta, estas alterações
são chamadas proto-oncogene que no começo é inativo em células normais, mais
quando são ativados fazem com que as células se tornem cancerosas. De acordo
com o termo usado oncogene que significa do grego Onko = massa, tumor; se
origina de um proto-oncogene alterado que quando ativado estimulam a proliferação
celular (VIDEIRA, et al., 2002).




                            Figura 2: Célula Normal, Célula Cancerosa.
                                      Fonte: BRASIL, 2011b.


                                                                                17
Câncer é assim chamado por ter uma união de várias doenças que promovem
o aumento desregulado de células que podem possuir uma capacidade de se
desprender e migrar para outros tecidos e órgãos, pois invadem inicialmente os
tecidos   vizinhos     podendo    chegar     aos   vasos   sanguíneos   e   linfáticos,   e
conseqüentemente se espalhar para órgãos distantes de onde começou o tumor,
formando metástases, ou seja, o crescimento neoplásico à distância, sem
continuidade e sem dependência do órgão primário. A carcinogênese é um processo
de   alterações      celulares   distintas   que   resultam   em   processos     celulares
progressivamente mais autônomas. Algumas células depois de se dividirem
rapidamente podem ser muito agressivas e incontroláveis, ocorrendo à formação de
tumores e neoplasias malignas, ou seja, células que cresce e se dividem
descontroladamente podendo invadir e até destruir tecidos e ainda pode se espalhar
por todo o corpo, porém por outro lado, um tumor benigno é simplesmente uma
massa localizada de células que se multiplicam lentamente e são semelhantes ao
tecido original, sendo raramente um causador de risco de vida (FAUCI et al, 1998).




            Célula Cancerosa                           Tecido Alterado (Tumor)
                                     Fonte: BRASIL 2011, c.




          Invadem Tecido Vizinho                      Metástase (desprendem-se)
                                     Fonte: BRASIL 2011, c.


     O câncer, na maioria das vezes apresenta uma proliferação descontrolada de
células que expressam fidelidade aos órgãos danificados.           Em alguns casos de
câncer pode ocorrer uma modificação drástica nas células neoplásicas, e com isso a
morte celular programada (apoptose) das células normais, onde estas alterações
podem ocorrer em qualquer lugar do corpo (RUBIN; FARBER, 2002).


                                                                                          18
A célula cancerosa apresenta dificuldade em manter a função especializada
do seu tecido de origem como também agride a si mesma, onde a mesma compete
pela sua sobrevivência usando a mutabilidade e a seleção natural para tirar
vantagem das células normais. De acordo com que as células normais vão sendo
substituídas pelas células cancerosas, os tecidos vão sendo invadidos e
conseqüentemente perdendo suas funções, como por exemplo, as invasões dos
pulmões gera alterações respiratórias. Uma consequência do comportamento
traiçoeiro das células cancerosa é que o paciente sente-se traído por seu próprio
corpo. O paciente com câncer sente-se doente como um todo, não apenas na parte
do seu corpo que aparece o tumor, pois quando recebem o diagnóstico de câncer
como um evento traumático e perturbadores de suas vidas, pois estes não sofrem
apenas com alterações fisiológicas, mas também afeta o paciente em seu estado
psicoemocional, trazendo consigo conseqüências para o seu cotidiano (FAUCI et al.,
1998).
     Atualmente,     ficou   claro   que   as   células   tumorais   não   proliferam
necessariamente em velocidade mais rápida do que as células normais
correspondentes, sendo destinadas a sofrerem alterações no controle normal sobre
a divisão, o crescimento e a diferenciação das células. O crescimento do tumor
depende de outros fatores, como a fração de crescimento (proporção das células no
ciclo celular) e a taxa de morte celular. Nos tecidos proliferantes normais, como o
intestino e a medula óssea, um notável equilíbrio é estritamente mantido entre
renovação e morte celular. Em contrapartida, o principal determinante do
crescimento tumoral consiste claramente no maior número de células que morrem
em determinado tempo, sendo totalmente assintomático até um grau avançado da
doença (RUBIN; FARBER, 2002).


1.2.2 Câncer benigno e maligno


     Quando ocorre um estímulo neoplásico em um tecido, algumas de suas células
adquirem caráter autônomo e proliferam-se indefinidamente. Eventualmente, esse
crescimento pode evoluir de duas formas, visto que, o primeiro é caracterizado pela
proliferação celular não regulada por sinais externos, que tendem a ficar localizado,
ou seja, não é expansivo chamado de tumor benigno e o segundo possui a

                                                                                  19
capacidade    de   invadir   tecidos   e   metastatizar   para   locais   distantes,
consequentemente colonizando-os, estes são chamados de tumores malignos, o
mesmo ainda é caracterizado pelo crescimento rápido e agressivo, decorrentes de
causar modificações nas funções dos genes que regulam a proliferação,
diferenciação e morte celular (MICHALANY, 2000).


1.2.3 Fatores predisponentes ao câncer


     A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada a fatores ambientais.
Quanto, a probabilidade de cânceres hereditários são raros os casos que se devem
exclusivamente a esse fator, é importante esclarecer que é referente a predisposição
de ter a doença, isto não significa que a pessoa vai ter a doença, sendo assim,
quando há casos de muitos tumores pode ocorre uma estimativa de que outros
membros da família de um paciente possa apresentar um aumento no risco de
desenvolver o mesmo câncer, podemos citar como exemplo o câncer de mama e
câncer de intestino, podendo ainda não deixar a hipótese de exposição dos
membros da família à alguma causa comum (RUBIN; FARBER, 2002).
     A relação entre a hereditariedade e o ambiente pode ser exemplificada no
caso do câncer de pulmão, pois os fumantes que apresentam casos na família,
apresentam também um maior risco em desenvolver câncer de pulmão do que os
fumantes sem essa tendência familiar. Embora a relação citada acima, o uso é uma
causa ambiental de câncer, apenas uma minoria de fumantes desenvolve câncer
associado ao tabagismo, pois a associação entre a causa - efeito entre o tabagismo
e o câncer de pulmão é a dose – resposta, ou seja, quanto maior a carga tabágica,
maior a probabilidade do aparecimento do câncer. As pessoas que começaram a
fumar na adolescência apresentam um maior risco de desenvolver câncer do pulmão
do que aqueles que começaram com 25 ou mais anos. Os fumantes que tragam
profundamente a fumaça do cigarro têm probabilidade de duas vezes maior de
adquirir o câncer do pulmão. Além do câncer, o fumo é responsável por outras
doenças como: enfisema, bronquite crônica obstrutiva, cardiopatias, problemas
vasculares, dentre outras (ZAMBONI, 2011).
     Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), alguns alimentos consumidos
durante vários anos podem ocasionar um ambiente em que uma célula cancerosa

                                                                                 20
precisa para crescer, se multiplicar e disseminar. Existem também alimentos que
apresentem agentes carcinógenos como, por exemplo, no uso de nitrato e nitrito
para a conservação de alguns alimentos enlatados e embutidos, que se transformam
em nitrosaminas no estômago, onde estas nitrosaminas apresentam uma potente
ação carcinogênica onde são responsáveis pela maioria dos cânceres de estômago.
Outros fatores alimentares como método de preparo, pois no caso de carnes com
métodos que utilizam altas temperaturas para fritar ou fazer churrasco, produz
substâncias químicas chamadas aminas heterocíclicas, onde esta pode danificar o
DNA e aumentar o risco de câncer (BRASIL, 2011d).
     Outro fator de risco relevante associado ao câncer é a idade. Pessoas acima
de 65 anos podem desenvolvê-lo com mais facilidade devido a problemas
relacionados ao envelhecimento das células do corpo. De acordo com o histórico
patológico deve haver uma atenção maior por parte do medico, pois o tratamento
escolhido pode levar o paciente apresentar vários efeitos colaterais podendo
atrapalhar o processo de tratamento. Diferente dos jovens, para alguns idosos o
câncer significará apenas mais um problema, pelo simples fato dessa população
apresentar doenças diagnosticadas (FAUCI et al., 1998).
     Segundo o INCA, a bebida alcoólica que é legalizada no Brasil e o seu
consumo bem aceito pelas pessoas, que as mesmas não imaginam o quão potentes
estas drogas são. Pois já foram realizadas pesquisas onde relataram uma
associação entre os cânceres da cavidade bucal e do esôfago com o álcool. A
combinação do álcool com o tabaco aumenta o risco de câncer em outros lugares
também como a faringe e a laringe supraglótica. O álcool atinge rapidamente não só
a corrente sangüínea, mais todas as partes do corpo rapidamente, mesmo quando
ingerido em doses pequenas podendo causar diminuição na coordenação motora e
dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição. Vale ressaltar ainda, que o álcool
pode causar não apenas doenças (mentais, hepáticas dentre outras) mais também
problemas devido ao uso abusivo como: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios
etc. Os efeitos do álcool no organismo humano vão agir de acordo com a rapidez e a
freqüência da ingestão, com o peso da pessoa, dentre outros (BRASIL, 2011e)
     De acordo com o INCA, exposição à radiação ultravioleta (UV), que provem do
sol é a principal causa de câncer de pele, mesmo sem causar queimaduras. Os raios
UV são uma forma de energia emitida pelo sol, onde apenas a UVA (400 – 315 nm)

                                                                                  21
e UVB (280 – 100 nm) que afetam a pele, onde estes vão penetrar na pele e
encontrar-se relacionado ao envelhecimento celular, contribuindo assim com o
câncer de pele. Quando os raios UVB penetram na epiderme eles vão causar danos
ao DNA, e conseqüentemente o crescimento celular é afetado, podendo causar o
câncer de pele.   De acordo com que as pessoas de pele clara estejam mais
propensas a serem afetadas devido a facilidade de sofrerem queimaduras do sol, as
pessoas de pele escura também podem ser afetadas, visto que, o câncer só será
detectado quando estiver em um estágio mais avançado(BRASIL, 2011f).
     Vários fatores têm sido sugeridos para explicar o aparecimento dos tumores,
em especial o do câncer. A maioria deles baseia-se nos tumores obtidos em animais
de laboratório que nem sempre pode ser comparados aos humanos. Ainda à outra
dificuldade em questão sobre a etiologia dos tumores, porque ao contrário das
doenças infecciosas onde os agentes são específicos, visto que, várias causas
podem vir acarretar um mesmo tumor (MICHALANY, 1916).


1.3 Câncer de Pele


     O câncer na pele ocorre devido a alterações no controle da multiplicação
celular, levando a um aparecimento de células atípicas e hiperplásicas. Isso pode
ocorrer devido a exposição excessiva aos raios UV, derivados de cicatrizes, ou de
infecções na pele (GOMES,1997).
     A pele por ser um órgão de revestimento, pode apresentar neoplasias de
diversas espécies. Dentre elas as mais incidentes são: CBC é responsável por 70%
dos casos, Carcinoma Espinocelular (CEC) 25% dos casos, e Melanoma 4% dos
casos. Por sorte, o CBC por ser o mais freqüente, é um tumor maligno de melhor
prognóstico. Esses carcinomas podem ser chamados de câncer não melanoma, pois
não se originam dos melanócitos (BRASIL, 2011).
     Carcinoma Basocelular é o tumor menos agressivo e de melhor prognóstico,
inicia-se nas células basais também chamadas queratinócitos que se organizam em
uma fileira de células cubóides que vão diferenciando-se ao longo das camadas da
pele, impossibilitado de espalhar para demais áreas do corpo. A lesão aparenta
formato arredondado, aspecto avermelhado. Aparece nos locais de incidência de
raios solares, adultos acima dos 40 anos de pele clara. As principais formas de

                                                                              22
tratamento são curetagem e eletrocoagulação, criocirurgia e outras dependendo da
profundidade da lesão (SAMPAIO; RIVITTI, 2008).
     Carcinoma espinocelular é uma neoplasia maligna, ocorrem por aumento
anormal de células espinhosas, células poliédricas achatadas em direção a
superfície, atinge as camadas mais profundas podendo espalhar para outras áreas
do corpo. Ocorre nas áreas mais expostas ao sol, e sobre ceratoses. Possíveis
tratamentos são a eletrocoagulação e curetagem em lesões menores, e criocirugia
em lesões maiores (SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
     Melanoma è a neoplasia de maior gravidade por sua rápida capacidade de
espalhar para outras regiões do corpo. Origina-se de alterações dos melanócitos,
células produtoras de melanina (pigmento de coloração da pele), pode ocorrer em
áreas de pequena exposição solar. Apresentam características que permitem
identificá-los facilmente como assimetria, bordas, cor e diâmetro. São indicados
como tratamento cirurgia e quimioterapia (GOMES, 1997).


1.3.1 Prevenção


     A redução da exposição ao sol é fundamental na prevenção de câncer de pele,
onde é muito comum no caso dos trabalhadores agrícolas, ou seja, em pessoas que
tenha exposição excessiva à radiação solar por muitas horas pode aumentar o risco
de desenvolver o câncer de pele. Algumas formas simples podem diminuir os danos
causados pela exposição aos raios UVA e UVB como: evitar a exposição ao sol das
10 às 16 horas; procurar sempre sombras; usar camisa, chapéu ou boné, para que
haja proteção no rosto, olhos e pescoço; usar óculos; usar filtro solar com fator de
proteção; evitar lâmpadas de bronzeamento; não deixar as crianças em exposição
excessiva ao sol por muito tempo; auto-exame das características de pigmentação
da pele associadas a melanoma, como surgimento de sardas, pode ser útil no
sentido de ajudar indivíduos de alto risco identificá-las (FAUCI et al., 1998).
     Os danos na pele são gradativos e aumentam com o tempo de exposição ao
sol e a idade, após os efeitos causados não é possível reverte-los, por isso é
necessário o apelo à prevenção (FAUCI et al.,1998).
     A publicidade ajuda na divulgação dos sintomas, métodos de diagnóstico,
prevenção e tratamentos, dessa forma aumentaram-se as chances de diagnóstico

                                                                                  23
na fase inicial onde o tratamento é mais rápido e menos agressivo. Geralmente
quando os pacientes procuram orientação médica são por outros motivos, pois as
neoplasias na pele raramente apresentam sinais evidentes (BRASIL, 2011a).


1.3.2 Diagnóstico


     O mais indicado para diagnóstico de uma neoplasia na pele seria uma exame
clinico visual, feito por um médico capacitado que faça uma investigação para
diferenciar uma afecção cutânea de uma possível neoplasia, e conseguir identificá-la
(SAMPAIO; RIVITI, 2008).
     Por apresentarem uma fase pré-clínica a observação de algumas pintas na
pele pode ajudar no diagnóstico de uma neoplasia maligna na pele, e essa
verificação pode ser baseada na regra do ABCD, onde são levadas em
consideração as diferenças básicas entre as lesões benignas e malignas (GOMES,
1997).
     A diferenciação pela regra ABCD, leva em consideração assimetria , bordas,
cor e diamêtro. As lesões benignas são : simétricas, regulares, uniformes e diamêtro
abaixo de 6 mm. As lesões malignas são: assimétricas, irregulares, apresentam
coloração arroxeada ou esbranquiçada e Diamêtro superior a 6 mm (GOMES,1997).




1.3.3 Tratamento


     Para que se diminuam os problemas com o tratamento, o médico deve oferecer
ao paciente uma dedicação em especial, pois o paciente que apresenta esta doença
necessita de um uma atenção médico-paciente, para que ele possa sentir um
conforto em saber que não está sozinho, proporcionando a ele uma maior segurança
e confiança para enfrentar o tratamento. Eventualmente, as terapias destinadas ao
câncer são tóxicas, e durante a terapia o estado do paciente pode agravar-se. Os
efeitos colaterais se tornam muito comum neste tratamento, pois há chances de
ocorrer toxicidade medicamentosa, causando náuseas e vômitos, neutropenia febril
dentre outros, mais para que não ocorra isso, utilizam-se recursos terapêuticos para



                                                                                 24
minimizar estes efeitos e conseqüentemente, a toxicidade durante o tratamento do
câncer (FAUCI et al., 1998).


1.3.3.1 Quimioterapia


      É o tratamento que consiste na utilização de medicamentos que tem como
função a destruição das células cancerígenas, com intenção de impedir o
crescimento e aliviar os sintomas causados pelo tumor. Este tipo de tratamento pode
ser aderido antecipadamente a uma cirurgia ou ainda realizado isoladamente, ainda
a casos que a quimioterapia é associada à radioterapia. Há alguns fatores que
influenciam diretamente na forma de tratamento a ser utilizado como: o tipo de
tumor; localização e estágio da doença. Para que possa ser iniciado o tratamento
precisa-se da aprovação do médico. A duração deste tratamento poderá depender
da resposta do tumor às drogas. O acompanhamento desta resposta deverá ser
realizado, pois a forma que o organismo for reagir será de suma importância na
duração do tratamento para interromper a progressão do tumor (CUFFA; TOZZO;
MATSUZAWA, 2011)


1.3.3.2 Cirurgia


     De acordo com o INCA, quando o tumor esta no estágio inicial, esta é a forma
de tratamento mais eficaz, pois apresenta condições propicias para ser retirado e
controlado, ressaltando que este tratamento é utilizado de acordo com a localização
e o tipo de tumor. Para que se realize este tipo de tratamento tem que haver todos
os cuidados de uma cirurgia normal desde o preparo do paciente e seus familiares,
sobre as possíveis consequências que poderá vir ocorrer. Este, portanto, é indicado
em casos que há presença de tumores sólidos. No caso do tratamento cirúrgico
paliativo tem como função reduzir as células tumorais e controlar os sintomas que
comprometem a vida do paciente. Podendo ser utilizado no tratamento de câncer de
pele, esôfago, boca dentre outros (GOMES, 1997).




                                                                                25
1.3.3.3 Radioterapia


     Este tratamento é indicado para os tumores radiosensíveis, onde são utilizadas
radiações ionizantes. Sua função é de eliminar as células tumorais do câncer sem
causar danos nos tecidos e órgãos normais, este ainda, é muito usado quando a
cirurgia não foi eficaz. O efeito desta forma de tratamento é muito rápido, pois
quando chega a célula, poderá ocorrer uma lesão por dias ou meses, de acordo com
a dose que foi utilizada no paciente. Quando a mesma célula é irradiada mais de
uma vez, deverá ser levado em consideração os efeitos observados na primeira
radiação, visto que, as radiações conseguem alterar as moléculas do meio que
penetram, produzindo cargas positivas ou negativas, podendo assim, causar lesões
e/ou a morte. As radiações poderão ser aplicadas por via externa ou por via interna
como, por exemplo: injeção de iodo-radioativo no carcinoma da tireóide (CUFFA;
TOZZO; MATSUZAWA, 2011)


1. 4 Carcinoma Basocelular


      Se trata da neoplasia mais comum da pele, sendo acometida em 50% das
pessoas quando comparado com outros tipos de câncer, e em relação aos tipos de
câncer de pele sua incidência é de 70%, sendo assim o mais acometido pela
população. Localizado em áreas expostas a radiação solar como a parte superior da
face, orelhas, dorso das mãos. Com menor incidência em outras partes da face, no
tronco e não encontrada em pele espessa e mucosa (AZULAY; AZULAY-
ABULAFFIA, 2004).
      Sua incidência se dá com mais freqüência em adultos maiores de 30(trinta)
anos de idade, atingindo em maior número o sexo feminino. Tem baixa incidência
em indivíduos de pele negra, tendo em vista que o pigmento protege a pele contra
os raios solares, e atingindo um numero maior de pessoas com pele clara, quanto
mais clara for à pele, maior a chance do surgimento do câncer (AZULAY; AZULAY-
ABULAFFIA, 2004).


      É definido como um tumor formado por células morfologicamente iguais as
basais da epiderme, tem crescimento lento, sendo invasiva em um determinado

                                                                                26
local, mas destrutiva, porém não causa metástase, se tratando então de um câncer
com maiores chances de cura (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004).




1.4.1 Etiologia


      Alguns fatores podem desencadear o surgimento do CBC, dentre eles os
raios solares se apresentam com maior índice de risco. Indivíduos que se expõe ao
sol com freqüência a probabilidade de ter um câncer de pele acima dos trinta anos
de idade, é alta (GOMES, 1997)


1.4.2 Histopatologia



      Tendo em vista que o quadro se assemelha com a reprodução das células
basais, isto é, as células se desenvolvem com os mesmos aspectos, podemos
reconhecê-las com facilidade, porém contém núcleos maiores que o normal, com
desenvolvimento alterado, mitoses escassas e com citoplasma reduzido, podendo
ser chamadas de basalióides (GOMES, 1997).
      Originado de células imaturas multipotentes que perderam seu poder de
diferenciação e queratinização normais pela interferência de vários fatores podendo
se classificar em diferenciadas e não diferenciadas. As não diferenciadas são
conhecidas como sólidas, já as diferenciadas são denominadas de adenóides,
semelhante a glândulas (GOMES, 1997).


1.4.3 Classificação


   O CBC apresenta formas clínicas variadas como: nodular, terebrante, plano-
cicatricial, esclerodermiforme, pigmentada, ulcus rodens, superficial ou pagetóide
(GOMES, 1997):

      Nodular: A forma clinica mais freqüente. No começo surgem pápulas que são
       lesões cutâneas evidentes, com superfície perlácea, que evolui para nódulo.
       Pode ocorrer ulceração no centro deste nódulo, sendo recoberto por uma

                                                                                27
crosta que se retirada causa sangramento. Esta lesão tem extremidades em
      forma de círculos, tranlúcidas e podem conter telangiectasias que são
      pequenos capilares muito finos e ramificados.
      Terebrante: Ocorre quando há evolução da forma ulcerada, sendo em
      superfície com cicatrização central ou em profundidade invadindo e
      destruindo os tecidos moles, músculos, cartilagens, nervos e ossos.
      Plano-cicatricial: O tumor se cicatriza no centro, progredindo de dentro para
      fora, com menores lesões perláceas e podem aparecer escoriações em sua
      superfície.
      Esclerodermiforme: Caracteriza-se por conter uma placa dura atrofiada, com
      coloração amarelada, onde é difícil avaliar seus limites.
      Pigmentada: Ganha essa denominação devido aos melanócitos que
      porduzem melanina, presentes no tumor que dá cor escura a ele.
      Ulcus rodens: Desenvolve aceleradamente comparado a todas as formas e
      sua ulceração é veloz em relação à forma nodular.
      Superficial ou pagetóide: Apresenta varias lesões, caracterizadas por bordas
      sem forma definidas, pouco exaltadas e sem cor aparente.



1.4.4 Tratamentos


   Os tratamentos utilizados para o CBC são a criocirurgia, eletrocoagulação e
curetagem, excisão, cirurgia micrográfica de Mohs, quimioterapia e radioterapia
(SAMPAIO; RIVITTI, 2008):

      A criocirurgia destrói tecidos usando a baixa temperatura. Feita com
      nitrogênio líquido, é indicada para lesões pouco profundas e regiões que
      contém cartilagem. Para carcinoma basocelular nodular ulcerado deve ser
      feita a curetagem para depois realizar a criocirurgia com o nitrogênio. Este
      processo necessita de aparelhos de circuito aberto como o spray que se
      aplica há um centímetro de distancia do local lesionado e de circuito fechado
      como as sondas de contato, onde o nitrogênio passa por canais fechados
      para que possa congelar sondas de metal que será colocada na lesão.


                                                                                28
Figura 4 CBC da orelha externa. Indicação eletiva para o nitrogênio líquido
                             Fonte: Sampaio; Rivitti, 2008




                 Figura 5.Resultado pós-tratamento.Cicatriz excelente
                             Fonte: Sampaio ;Rivitti, 2008


A eletrocoagulação e curetagem são os meios mais utilizados para tumores
primários menores de aproximadamente 1,5 cm e menos agressivos,
podendo ser comuns na volta do nariz e orelhas.




          Figura 6 Procedimento da eletrocoagulação e curetagem de tumor.
                             Fonte: Sampaio ;Rivitti, 2008


                                                                                     29
A excisão é feita em casos de tumores mais agressivos, em regiões como
nariz, prega nasolabial e na área ao redor dos olhos, sendo realizada devido
à estética destas regiões. As excisões podem ser fechadas com suturas,
retalhos e enxertos.




     Figura 7 Carcinoma Basocelular            Figura 9 Retalho em ilha
     Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008          Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008




     Figura 8 Demarcação do Retalho     Figura 10 Retalho em ilha, após 6 meses
     Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008          Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008




                                                                              30
Micrográfica de Mohs: Cirurgia Micrográfica de Mohs (CMM) é uma
      intervenção cirúrgica que protege tecidos que não participam da região
      acometida pelo câncer. A parte lesionada é retirada por meio de uma cirurgia
      e estudada através de microscópio. Se caso haja relatos de tumor na parte
      examinada será realizada nova cirurgia para retirar completamente o tecido
      acometido. Esta cirurgia é destinada para lesões recidivas e da forma
      esclerodermiforme. Também feita em tumores em localizados em fendas
      naturais, como exemplo, as pálpebras.
      A radioterapia é utilizada para tumores de alto risco. Não é recomendada para
      jovens, pois acarreta carcinogenese que é o desenvolvimento do câncer de
      forma lenta que pode levar anos para a formação do tumor e a radiodermatite
      que se trata de lesões na pele devido a demasiada exposição aos raios
      ionizantes providos da radioterapia. Não é tão empregada como as cirurgias,
      porém tem alto grau de cura em tumores com alto grau de risco. Empregada
      em casos que não é possível fazer nenhum método cirúrgico.
      A quimioterapia para esse tipo de câncer é feita com aplicação tópica diária
      de creme composto por 5-fluoruracil que tem ação citostática sobre a lesão,
      impedindo que as células se dividam, assim impedindo que o tecido cresça.
      Recomendada aplicar somente sobre o local acometido até sua ulceração. A
      região que limita a lesão pode ficar eritematosa, com erosões e ulcerações,
      tendo em vista que essas reações são normais do processo terapêutico.




1.4.5 Prevenção


      A mais recomendada forma de evitar o surgimento do CBC é o uso de
protetor solar, adequado para cada tipo de pele e evitar ao máximo, principalmente
pessoas de pele clara, a exposição excessiva ao sol; não ter contato com arsênico e
alcatrão (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004).
      Não deixar que crianças e adolescentes fiquem expostos ao sol por muito
tempo, pois o CBC é acumulativo, onde as células vão acumulando agressões feitas

                                                                                31
pelos raios UV com o passar dos anos podendo gerar células cancerosas que irão
formar tumores malignos (GOMES, 1997).
         Sempre estar atento quanto ao surgimento de manchas e pintas anormais na
pele, caso isso ocorra procure um especialista, pois o CBC quanto mais cedo for
diagnosticado maior será sua chance de cura (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA,
2004).
         Como este tipo de câncer pode ser recidivo, recomenda-se fazer visitas
medicas anualmente para reavaliar o caso (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004).




                                                                               32
OBJETIVO


                                   Objetivo geral
      Levantamento de dados sobre a incidência de casos de Carcinoma
Basocelular na Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer (AVCC) de
Fernandópolis-SP.


                               Objetivos específicos
- Avaliar a porcentagem de casos de Carcinoma Basocelular em 100 pacientes
atendidos na Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer (AVCC) de
Fernandópolis-SP no período de janeiro a junho de 2011.
- Identificar as principais áreas do corpo afetadas pelo Carcinoma Basocelular.




                                                                                  33
MATERIAIS E MÉTODOS


     Foi   realizado   levantamento   de   dados   dos   pacientes   da   AVCC   de
Fernandópolis-SP, a partir de uma lista de pacientes, do período de janeiro a junho
de 2011 em um total de 100 pacientes, para avaliar a incidência de casos de câncer
de pele. Onde foram levados em consideração os problemas de pele mais
recorrentes, e a área da pele mais afetada pelo carcinoma basocelular.




                                                                                 34
RESULTADOS E DISCUSSÃO




    Incidência dos principais problemas na pele




    Figura 11- Incidência de casos de câncer de pele


    Foram encontrados 41 pacientes com CBC, 33 pacientes com CEC e 26
pacientes com outras afecções cutâneas como verrugas, queratoses, ceratoses e
dermatoses




                                                                           35
Incidência das áreas da pele mais afetadas pelo Carcinoma Basocelular (CBC)




      Figura 12- Áreas do corpo mais afetadas pelo carcinoma basocelular (CBC).


     Dos 41 pacientes com CBC, as principais áreas da pele afetadas foram 14
casos no nariz, 7 casos na orelha, 10 casos em outras regiões da face, 6 casos na
cervical, 2 casos no braço e 2 casos nos punhos.




                                                                                  36
CONSIDERAÇÕES FINAIS




         Confirmou-se que a maior incidência de câncer de pele é formada por CBC,
sendo a neoplasia na pele de melhor prognóstico, pois não gera metástase e seu
tratamento e pouco invasivo.
         Foi possível também notar que maioria dos casos de CBC atinge as áreas
onde ocorre uma maior exposição ao sol como as regiões da face, principalmente o
nariz.
         Portanto, quanto mais cedo for feito o diagnóstico do CBC mais rápida poderá
ser a obtenção da cura tornando menos agressivo o tratamento.




                                                                                  37
REFERÊNCIAS


AZULAY; David R; AZULAY-ABULAFFIA, Luna. Dermatologia. 4. ed. Rio de
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Levantamento de CBC na AVCC de Fernandópolis

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS DAYADRIA CYPRIANO RABELO FELIPE VANSAN MUNIZ GUSTAVO DURAN PORTO JULIANE FONTES SEVERINO LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR: pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP FERNANDÓPOLIS - SP 2011
  • 2. DAYADRIA CYPRIANO RABELO FELIPE VANSAN MUNIZ GUSTAVO DURAN PORTO JULIANE FONTES SEVERINO LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR: pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientador: Prof.Esp. Valéria Cristina José Èredia Fancio FERNANDÓPOLIS - SP 2011
  • 3. FOLHA DE APROVAÇÃO DAYADRIA CYPRIANO RABELO FELIPE VANSAN MUNIZ GUSTAVO DURAN PORTO JULIANE FONTE SEVERINO LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR: pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientador: Prof.Esp. Valéria Cristina José Èredia Fancio Aprovado em: __/__/2011 Examinadores: _______________________________________ Prof: Luciana Estevam Simonato Curso: Farmácia _______________________________________ Farmacêutica: Rúbia Carla da Cunha Curso: Farmácia
  • 4. Dedicamos primeiramente a Deus, pela oportunidade de estar concluindo este trabalho. Aos nossos pais pelo esforço, amor e confiança que sempre dedicaram a nós. Aos nossos irmãos pela paciência e companheirismo
  • 5. Agradecemos primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível, aos nossos pais pelo esforço em realizar nossos sonhos, a Professora Esp. Valéria C. J. Erédia pela dedicação em nos orientar, a Farmacêutica Rúbia pela disponibilidade em ajudar na pesquisa. Aos amigos e aos amores pela paciência nos momentos de tensão ao longo da realização deste trabalho.
  • 6. Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles. (Augusto Cury)
  • 7. RESUMO LEVANTAMENTO DE CASOS DE CARCINOMA BASOCELULAR: pacientes atendidos na AVCC de Fernandópolis - SP O câncer de pele é o mais comum e freqüente das últimas décadas, sua incidência vem aumentando e o tumor maligno cutâneo mais comum é o Carcinoma Basocelular (CBC), que apesar de seu maior número de casos é o que possui maiores chances de cura. As áreas mais afetadas por essa neoplasia cutânea são as áreas mais expostas ao sol, como a região da face, geralmente ocorre em pessoas de pele e olhos claros. A prevenção do CBC inicia-se com o uso de protetor solar, evitar exposição ao sol das 10 horas às 16 horas, uso de óculos e chapéus para proteção e com surgimento de qualquer alteração na pele procurar rapidamente orientação médica, pois quando mais cedo diagnosticado maiores chances de cura. O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência de casos de CBC e as principais áreas do corpo afetadas por ele, feita a partir de um levantamento de dados com 100 pacientes, onde 41 pacientes foram diagnosticados com CBC. Palavras chave: Câncer de pele. Carcinoma Basocelular. Áreas afetadas. Prevenção.
  • 8. ABSTRACT SURVEY OF CASES bassal cell carcinoma:patients treated In the AVCC Fernandópolis-SP Skin cancer is the most common and widespread in recent decades, its incidence is increasing and the most common cutaneous malignancy is basal cell carcinoma,which despite its greater number of cases is that he has a better chance of healing. The areas most affected by this skin cancer are the areas most exposed to the sun,as the region of the face,usually occurs in people with skin and eyes. The prevention of CBC starts with the use of sunscreen, avoiding sun exposure from 10 hours to 16 hours wearing glasses and hats for protection and appearence of any change in the skin quickily find medical help, because when diagnosed early better chance of heling.The objective of this study was ti evaluate the incidence of basal cell carcinoma and the main areas of the body affected by it, made from a survey date of 100 patients where 41 patients were diagnosed with CBC. Keywords: Skin câncer. Bassal cell carcinoma. The body regions most affected.Prevention.
  • 9. LISTA DE ABREVIATURAS AVCC - Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer CBC - Carcinoma Basocelular CEC – Carcinoma Espinocelular CMM - Cirurgia Micrografia de Mohs DNA - Acido Desoxirribonucléico INCA - Instituto Nacional do Câncer UV- Ultravioleta UVA - Ultravioleta A UVB - Ultravioleta B
  • 10. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Camadas da pele..............................................................................14 Figura 2 - Célula Normal, Célula Cancerosa.....................................................17 Figura 3 - Célula Cancerosa,Tecido alterado(tumor),Invadem tecido vizinho, Metástase(despreendem-se) ............................................................18 Figura 4 - CBC da orelha externa.Indicação eletiva para o nitrogênio líquido..29 Figura 5 - Resultado pós tratamento.Cicatriz excelente....................................29 Figura 6 - Procedimento de eletrocoaculação e curetagem de tumor...............30 Figura 7 - Carcinoma Basocelular......................................................................30 Figura 8 - Demarcação de Retalho....................................................................30 Figura 9 - Retalho em ilha..................................................................................31 Figura 10- Retalho em ilha, após 6 meses..........................................................31 Figura 11- Incidência de casos de câncer de pele..............................................35 Figura 12- Áreas do corpo mais afetadas pelo CBC...........................................36
  • 11. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................13 1.1. Pele...............................................................................................14 1.1.1 Derme.......................................................................................14 1.1.2 Hipoderme................................................................................15 1.1.3 Epiderme..................................................................................15 1.1.3.1Camada Córnea.................................................................16 1.1.3.2 Camada Lúcida ................................................................16 1.1.3.3 Camada Granulosa...........................................................16 1.1.3.4 Camada Espinhosa...........................................................16 1.1.3.5 Camada Basal...................................................................16 1.2 Câncer...........................................................................................17 1.2.1 Oncogênese..............................................................................17 1.2. 2 Câncer benigno e maligno.......................................................19 1.2.3. Fatores predisponentes o câncer.............................................20 1.3 Câncer de Pele............................................................................22 1.3.1 Prevenção.................................................................................23 1.3.2 Diagnóstico...............................................................................24 1.3.3 Tratamento...............................................................................24 1.3.3.1 Quimioterapia...................................................................25 1.3.3.2 Cirurgia.............................................................................25 1.3.3.3 Radioterapia.....................................................................26 1.4 Carcinomas Basocelular...........................................................26 1.4.1Etiologia...................................................................................27 1.4.2 Histopatologia.........................................................................27 1.4.3 Classificação ..........................................................................27 1.4.4Tratamentos ............................................................................28 1.4.5 Prevenção...............................................................................32 OBJETIVO..............................................................................................33 Objetivo geral....................................................................................33 Objetivos específicos..........................................................................33 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................34
  • 12. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................35 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................37 REFERÊNCIAS.......................................................................................38
  • 13. INTRODUÇÃO A pele é o maior órgão de revestimento do corpo que o protege contra agentes externos. Ela está sujeita a fenômenos patológicos que podem causar lesões, sendo estas benignas ou malignas (SAMPAIO; RIVITTI, 2008). Dentre as lesões malignas temos o câncer de pele que representa 25% de todas as neoplasias confirmadas no Brasil, que quando diagnosticado em sua fase inicial tem grande chances de cura (BRASIL, 2011a). A neoplasia na pele é um paradigma importante para a compreensão de câncer em geral, particularmente porque se sabe que o principal agente carcinogênico importante na maioria dos cânceres cutâneos é a luz ultravioleta. As lesões da neoplasia cutânea encontram-se na superfície do corpo, podendo-se observar prontamente seu desenvolvimento das neoplasias especificas da pele (RUBIN; FARBER, 2002). O câncer de pele mais incidente, (cerca de 70%), é o Carcinoma Basocelular (CBC), que apesar de ser o mais freqüente é o menos invasivo. Atinge a população de pele clara, pouco comum em indivíduos de pele negra, mais acometido em mulheres e adultos acima dos 40 anos de idade, pois se trata de um processo gradativo, onde os danos as células vão se acumulando ao longo da vida, sendo assim raro em crianças (BRASIL, 2011a). Os fatores que desencadeiam o aparecimento do CBC compreendem exposição excessiva aos raios solares Ultravioleta A (UVA) e Ultravioleta B (UVB), contato prolongado com arsênico e alcatrão e ainda históricos familiares (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004). A prevenção do CBC deve ser feita através do uso de protetor solar, não se expor ao sol das 10h às 16h, devido à maior incidência dos raios UVB e UVA, usar chapéus e óculos, evitar o contato com agentes químicos e ficar atento a qualquer alteração irregular na pele, incluindo manchas e pintas (BRASIL, 2011a). Contudo, o trabalho visa informar sobre o que venha a ser CBC, a prevenção, a importância do diagnóstico precoce em aumentar as possibilidades de cura e as diversas formas de tratamento. 13
  • 14. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 1. 1. Pele A pele e um órgão complexo constituída por diversos tecidos, células, e estruturas específicas. Representa a ligação do corpo com o meio externo, com funções essenciais para a vida, como proteção imunológica, térmica, contra agentes externos, também é responsável pela reserva de água, vitamina D e gordura (JUNQUEIRA: CARNEIRO, 2004). A pele é dividida em 03 (três) camadas: epiderme, derme e hipoderme Figura 1 Camadas da pele FONTE: BEAR, 2002. 1.1.1 Derme A derme é um tecido conjuntivo intermediário a epiderme, constituída por células fibrosas, colágeno para resistência, elastina para elasticidade e os proteoglicanos que constitui a substância amorfa em torno das fibras colágenas e elásticas. As principais células da derme são os fibroblastos responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa amorfa (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 14
  • 15. 1.1.2 Hipoderme A hipoderme formada por tecido conjuntivo frouxo atua como reserva energético, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico, contendo fibras e células que armazenam gorduras chamadas de células adipócitas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 1.1.3 Epiderme A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, composta por 04 (quatro) tipos principais de células: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e as de Merkel. Aproximadamente 90% são os queratinócitos organizados em 04 (quatro) camadas que se renovam continuamente, que é responsável pela produção de queratina, uma proteína resistente e fibrosa que ajuda a proteger a pele. Os melanócitos são responsáveis pela produção de melanina, pigmento que contribui para cor da pele e absorve luz ultravioleta (UV) protegendo o DNA da radiação, podendo ser encontrada na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme. As células de Langerhans, são muito ramificadas, localizam-se em toda a epiderme entre os queratinócitos, sendo mais freqüente na camada espinhosa, participando da resposta imune contra agentes microbianos e são facilmente danificadas por luz ultravioleta. Células de Merkel existem em maior quantidade na pele espessa da palma das mãos e na planta dos pés, principalmente nas pontas dos dedos pois são de origem neuroendócrina e estão em contato com as fibras nervosas da derme constituindo os discos de Merkel (TORTORA; GRABOWSKI, 2002). De acordo com Junqueira e Carneiro (2004), a espessura da pele é variável de acordo com o local estudado, sendo mais espessa e complexa na palma das mãos e na planta dos pés chamada de pele espessa, em outros locais a pele é mais fina sendo dominada como pele delgada. Na pele espessa, podem ser encontradas 05 (cinco) camadas na epiderme: camada córnea, camada lúcida, camada granulosa, camada espinhosa e camada basal. 15
  • 16. 1.1.3.1 Camada córnea Consiste em queratinócitos preenchidos com queratina achatados e mortos que estão em continuo processo de descamação sendo renovados por células de camadas mais profundas. Ela funciona como proteção contra agentes externos e barreira que repele a água (TORTORA; GRABOWSKI, 2002). 1.1.3.2 Camada Lúcida Fica localizada nos dedos e palmas das mãos e na sola dos pés. Constituída por camadas de queratinócitos contendo filamentos de queratina (TORTORA; GRABOWSKI, 2002). 1.1.3.3 Camada Granulosa Formada por queratinócitos que se degeneram, diferenciando-se das outras camadas por possuir a proteína querato-hialina que dispõe em filamentos intermediários, feixes espessos e grânulos lamelares que soltam secreção rica em lipídios que ocupam os espaços entre as células dessa camada servindo como vedação da água, diminuindo a perda de líquidos corporais e agentes externos (TORTORA; GRABOWSKI, 2002). 1.1.3.4 Camada Espinhosa Contém células achatadas com expansões citoplasmáticas que se unem por desmossomas, o que dá um aspecto espinhoso (TORTORA; GRABOWSKI, 2002). 1.1.3.5 Camada Basal Camada mais profunda da epiderme composta por apenas uma fileira de queratinócitos, também chamada de extrato germinativo devido atuar na formação de novas células (TORTORA; GRABOWSKI, 2002). 16
  • 17. Contém filamentos de queratina que aumentam de quantidade conforme se aproximam da superfície, impedindo contra lesões nas camadas mais profundas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 1.2 Câncer 1.2.1 Oncogênese As células normais são constituídas por três partes: a parte mais externa que é a membrana celular, o corpo da célula que é o citoplasma e o núcleo onde se encontram os cromossomos que são compostos por genes, onde estes são responsáveis por guardar instruções e organizar as estruturas, auxiliam na proliferação. É através do ácido desoxirribonucléico (DNA) que os cromossomos repassam as informações para que as células funcionem adequadamente. Quando ocorre a mutação genética, ou seja, quando ocorre uma alteração no DNA dos genes de uma célula normal, com essa alteração as células começam a receber instruções erradas não exercendo suas atividades de forma correta, estas alterações são chamadas proto-oncogene que no começo é inativo em células normais, mais quando são ativados fazem com que as células se tornem cancerosas. De acordo com o termo usado oncogene que significa do grego Onko = massa, tumor; se origina de um proto-oncogene alterado que quando ativado estimulam a proliferação celular (VIDEIRA, et al., 2002). Figura 2: Célula Normal, Célula Cancerosa. Fonte: BRASIL, 2011b. 17
  • 18. Câncer é assim chamado por ter uma união de várias doenças que promovem o aumento desregulado de células que podem possuir uma capacidade de se desprender e migrar para outros tecidos e órgãos, pois invadem inicialmente os tecidos vizinhos podendo chegar aos vasos sanguíneos e linfáticos, e conseqüentemente se espalhar para órgãos distantes de onde começou o tumor, formando metástases, ou seja, o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do órgão primário. A carcinogênese é um processo de alterações celulares distintas que resultam em processos celulares progressivamente mais autônomas. Algumas células depois de se dividirem rapidamente podem ser muito agressivas e incontroláveis, ocorrendo à formação de tumores e neoplasias malignas, ou seja, células que cresce e se dividem descontroladamente podendo invadir e até destruir tecidos e ainda pode se espalhar por todo o corpo, porém por outro lado, um tumor benigno é simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam lentamente e são semelhantes ao tecido original, sendo raramente um causador de risco de vida (FAUCI et al, 1998). Célula Cancerosa Tecido Alterado (Tumor) Fonte: BRASIL 2011, c. Invadem Tecido Vizinho Metástase (desprendem-se) Fonte: BRASIL 2011, c. O câncer, na maioria das vezes apresenta uma proliferação descontrolada de células que expressam fidelidade aos órgãos danificados. Em alguns casos de câncer pode ocorrer uma modificação drástica nas células neoplásicas, e com isso a morte celular programada (apoptose) das células normais, onde estas alterações podem ocorrer em qualquer lugar do corpo (RUBIN; FARBER, 2002). 18
  • 19. A célula cancerosa apresenta dificuldade em manter a função especializada do seu tecido de origem como também agride a si mesma, onde a mesma compete pela sua sobrevivência usando a mutabilidade e a seleção natural para tirar vantagem das células normais. De acordo com que as células normais vão sendo substituídas pelas células cancerosas, os tecidos vão sendo invadidos e conseqüentemente perdendo suas funções, como por exemplo, as invasões dos pulmões gera alterações respiratórias. Uma consequência do comportamento traiçoeiro das células cancerosa é que o paciente sente-se traído por seu próprio corpo. O paciente com câncer sente-se doente como um todo, não apenas na parte do seu corpo que aparece o tumor, pois quando recebem o diagnóstico de câncer como um evento traumático e perturbadores de suas vidas, pois estes não sofrem apenas com alterações fisiológicas, mas também afeta o paciente em seu estado psicoemocional, trazendo consigo conseqüências para o seu cotidiano (FAUCI et al., 1998). Atualmente, ficou claro que as células tumorais não proliferam necessariamente em velocidade mais rápida do que as células normais correspondentes, sendo destinadas a sofrerem alterações no controle normal sobre a divisão, o crescimento e a diferenciação das células. O crescimento do tumor depende de outros fatores, como a fração de crescimento (proporção das células no ciclo celular) e a taxa de morte celular. Nos tecidos proliferantes normais, como o intestino e a medula óssea, um notável equilíbrio é estritamente mantido entre renovação e morte celular. Em contrapartida, o principal determinante do crescimento tumoral consiste claramente no maior número de células que morrem em determinado tempo, sendo totalmente assintomático até um grau avançado da doença (RUBIN; FARBER, 2002). 1.2.2 Câncer benigno e maligno Quando ocorre um estímulo neoplásico em um tecido, algumas de suas células adquirem caráter autônomo e proliferam-se indefinidamente. Eventualmente, esse crescimento pode evoluir de duas formas, visto que, o primeiro é caracterizado pela proliferação celular não regulada por sinais externos, que tendem a ficar localizado, ou seja, não é expansivo chamado de tumor benigno e o segundo possui a 19
  • 20. capacidade de invadir tecidos e metastatizar para locais distantes, consequentemente colonizando-os, estes são chamados de tumores malignos, o mesmo ainda é caracterizado pelo crescimento rápido e agressivo, decorrentes de causar modificações nas funções dos genes que regulam a proliferação, diferenciação e morte celular (MICHALANY, 2000). 1.2.3 Fatores predisponentes ao câncer A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada a fatores ambientais. Quanto, a probabilidade de cânceres hereditários são raros os casos que se devem exclusivamente a esse fator, é importante esclarecer que é referente a predisposição de ter a doença, isto não significa que a pessoa vai ter a doença, sendo assim, quando há casos de muitos tumores pode ocorre uma estimativa de que outros membros da família de um paciente possa apresentar um aumento no risco de desenvolver o mesmo câncer, podemos citar como exemplo o câncer de mama e câncer de intestino, podendo ainda não deixar a hipótese de exposição dos membros da família à alguma causa comum (RUBIN; FARBER, 2002). A relação entre a hereditariedade e o ambiente pode ser exemplificada no caso do câncer de pulmão, pois os fumantes que apresentam casos na família, apresentam também um maior risco em desenvolver câncer de pulmão do que os fumantes sem essa tendência familiar. Embora a relação citada acima, o uso é uma causa ambiental de câncer, apenas uma minoria de fumantes desenvolve câncer associado ao tabagismo, pois a associação entre a causa - efeito entre o tabagismo e o câncer de pulmão é a dose – resposta, ou seja, quanto maior a carga tabágica, maior a probabilidade do aparecimento do câncer. As pessoas que começaram a fumar na adolescência apresentam um maior risco de desenvolver câncer do pulmão do que aqueles que começaram com 25 ou mais anos. Os fumantes que tragam profundamente a fumaça do cigarro têm probabilidade de duas vezes maior de adquirir o câncer do pulmão. Além do câncer, o fumo é responsável por outras doenças como: enfisema, bronquite crônica obstrutiva, cardiopatias, problemas vasculares, dentre outras (ZAMBONI, 2011). Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), alguns alimentos consumidos durante vários anos podem ocasionar um ambiente em que uma célula cancerosa 20
  • 21. precisa para crescer, se multiplicar e disseminar. Existem também alimentos que apresentem agentes carcinógenos como, por exemplo, no uso de nitrato e nitrito para a conservação de alguns alimentos enlatados e embutidos, que se transformam em nitrosaminas no estômago, onde estas nitrosaminas apresentam uma potente ação carcinogênica onde são responsáveis pela maioria dos cânceres de estômago. Outros fatores alimentares como método de preparo, pois no caso de carnes com métodos que utilizam altas temperaturas para fritar ou fazer churrasco, produz substâncias químicas chamadas aminas heterocíclicas, onde esta pode danificar o DNA e aumentar o risco de câncer (BRASIL, 2011d). Outro fator de risco relevante associado ao câncer é a idade. Pessoas acima de 65 anos podem desenvolvê-lo com mais facilidade devido a problemas relacionados ao envelhecimento das células do corpo. De acordo com o histórico patológico deve haver uma atenção maior por parte do medico, pois o tratamento escolhido pode levar o paciente apresentar vários efeitos colaterais podendo atrapalhar o processo de tratamento. Diferente dos jovens, para alguns idosos o câncer significará apenas mais um problema, pelo simples fato dessa população apresentar doenças diagnosticadas (FAUCI et al., 1998). Segundo o INCA, a bebida alcoólica que é legalizada no Brasil e o seu consumo bem aceito pelas pessoas, que as mesmas não imaginam o quão potentes estas drogas são. Pois já foram realizadas pesquisas onde relataram uma associação entre os cânceres da cavidade bucal e do esôfago com o álcool. A combinação do álcool com o tabaco aumenta o risco de câncer em outros lugares também como a faringe e a laringe supraglótica. O álcool atinge rapidamente não só a corrente sangüínea, mais todas as partes do corpo rapidamente, mesmo quando ingerido em doses pequenas podendo causar diminuição na coordenação motora e dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição. Vale ressaltar ainda, que o álcool pode causar não apenas doenças (mentais, hepáticas dentre outras) mais também problemas devido ao uso abusivo como: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios etc. Os efeitos do álcool no organismo humano vão agir de acordo com a rapidez e a freqüência da ingestão, com o peso da pessoa, dentre outros (BRASIL, 2011e) De acordo com o INCA, exposição à radiação ultravioleta (UV), que provem do sol é a principal causa de câncer de pele, mesmo sem causar queimaduras. Os raios UV são uma forma de energia emitida pelo sol, onde apenas a UVA (400 – 315 nm) 21
  • 22. e UVB (280 – 100 nm) que afetam a pele, onde estes vão penetrar na pele e encontrar-se relacionado ao envelhecimento celular, contribuindo assim com o câncer de pele. Quando os raios UVB penetram na epiderme eles vão causar danos ao DNA, e conseqüentemente o crescimento celular é afetado, podendo causar o câncer de pele. De acordo com que as pessoas de pele clara estejam mais propensas a serem afetadas devido a facilidade de sofrerem queimaduras do sol, as pessoas de pele escura também podem ser afetadas, visto que, o câncer só será detectado quando estiver em um estágio mais avançado(BRASIL, 2011f). Vários fatores têm sido sugeridos para explicar o aparecimento dos tumores, em especial o do câncer. A maioria deles baseia-se nos tumores obtidos em animais de laboratório que nem sempre pode ser comparados aos humanos. Ainda à outra dificuldade em questão sobre a etiologia dos tumores, porque ao contrário das doenças infecciosas onde os agentes são específicos, visto que, várias causas podem vir acarretar um mesmo tumor (MICHALANY, 1916). 1.3 Câncer de Pele O câncer na pele ocorre devido a alterações no controle da multiplicação celular, levando a um aparecimento de células atípicas e hiperplásicas. Isso pode ocorrer devido a exposição excessiva aos raios UV, derivados de cicatrizes, ou de infecções na pele (GOMES,1997). A pele por ser um órgão de revestimento, pode apresentar neoplasias de diversas espécies. Dentre elas as mais incidentes são: CBC é responsável por 70% dos casos, Carcinoma Espinocelular (CEC) 25% dos casos, e Melanoma 4% dos casos. Por sorte, o CBC por ser o mais freqüente, é um tumor maligno de melhor prognóstico. Esses carcinomas podem ser chamados de câncer não melanoma, pois não se originam dos melanócitos (BRASIL, 2011). Carcinoma Basocelular é o tumor menos agressivo e de melhor prognóstico, inicia-se nas células basais também chamadas queratinócitos que se organizam em uma fileira de células cubóides que vão diferenciando-se ao longo das camadas da pele, impossibilitado de espalhar para demais áreas do corpo. A lesão aparenta formato arredondado, aspecto avermelhado. Aparece nos locais de incidência de raios solares, adultos acima dos 40 anos de pele clara. As principais formas de 22
  • 23. tratamento são curetagem e eletrocoagulação, criocirurgia e outras dependendo da profundidade da lesão (SAMPAIO; RIVITTI, 2008). Carcinoma espinocelular é uma neoplasia maligna, ocorrem por aumento anormal de células espinhosas, células poliédricas achatadas em direção a superfície, atinge as camadas mais profundas podendo espalhar para outras áreas do corpo. Ocorre nas áreas mais expostas ao sol, e sobre ceratoses. Possíveis tratamentos são a eletrocoagulação e curetagem em lesões menores, e criocirugia em lesões maiores (SAMPAIO; RIVITTI, 2007). Melanoma è a neoplasia de maior gravidade por sua rápida capacidade de espalhar para outras regiões do corpo. Origina-se de alterações dos melanócitos, células produtoras de melanina (pigmento de coloração da pele), pode ocorrer em áreas de pequena exposição solar. Apresentam características que permitem identificá-los facilmente como assimetria, bordas, cor e diâmetro. São indicados como tratamento cirurgia e quimioterapia (GOMES, 1997). 1.3.1 Prevenção A redução da exposição ao sol é fundamental na prevenção de câncer de pele, onde é muito comum no caso dos trabalhadores agrícolas, ou seja, em pessoas que tenha exposição excessiva à radiação solar por muitas horas pode aumentar o risco de desenvolver o câncer de pele. Algumas formas simples podem diminuir os danos causados pela exposição aos raios UVA e UVB como: evitar a exposição ao sol das 10 às 16 horas; procurar sempre sombras; usar camisa, chapéu ou boné, para que haja proteção no rosto, olhos e pescoço; usar óculos; usar filtro solar com fator de proteção; evitar lâmpadas de bronzeamento; não deixar as crianças em exposição excessiva ao sol por muito tempo; auto-exame das características de pigmentação da pele associadas a melanoma, como surgimento de sardas, pode ser útil no sentido de ajudar indivíduos de alto risco identificá-las (FAUCI et al., 1998). Os danos na pele são gradativos e aumentam com o tempo de exposição ao sol e a idade, após os efeitos causados não é possível reverte-los, por isso é necessário o apelo à prevenção (FAUCI et al.,1998). A publicidade ajuda na divulgação dos sintomas, métodos de diagnóstico, prevenção e tratamentos, dessa forma aumentaram-se as chances de diagnóstico 23
  • 24. na fase inicial onde o tratamento é mais rápido e menos agressivo. Geralmente quando os pacientes procuram orientação médica são por outros motivos, pois as neoplasias na pele raramente apresentam sinais evidentes (BRASIL, 2011a). 1.3.2 Diagnóstico O mais indicado para diagnóstico de uma neoplasia na pele seria uma exame clinico visual, feito por um médico capacitado que faça uma investigação para diferenciar uma afecção cutânea de uma possível neoplasia, e conseguir identificá-la (SAMPAIO; RIVITI, 2008). Por apresentarem uma fase pré-clínica a observação de algumas pintas na pele pode ajudar no diagnóstico de uma neoplasia maligna na pele, e essa verificação pode ser baseada na regra do ABCD, onde são levadas em consideração as diferenças básicas entre as lesões benignas e malignas (GOMES, 1997). A diferenciação pela regra ABCD, leva em consideração assimetria , bordas, cor e diamêtro. As lesões benignas são : simétricas, regulares, uniformes e diamêtro abaixo de 6 mm. As lesões malignas são: assimétricas, irregulares, apresentam coloração arroxeada ou esbranquiçada e Diamêtro superior a 6 mm (GOMES,1997). 1.3.3 Tratamento Para que se diminuam os problemas com o tratamento, o médico deve oferecer ao paciente uma dedicação em especial, pois o paciente que apresenta esta doença necessita de um uma atenção médico-paciente, para que ele possa sentir um conforto em saber que não está sozinho, proporcionando a ele uma maior segurança e confiança para enfrentar o tratamento. Eventualmente, as terapias destinadas ao câncer são tóxicas, e durante a terapia o estado do paciente pode agravar-se. Os efeitos colaterais se tornam muito comum neste tratamento, pois há chances de ocorrer toxicidade medicamentosa, causando náuseas e vômitos, neutropenia febril dentre outros, mais para que não ocorra isso, utilizam-se recursos terapêuticos para 24
  • 25. minimizar estes efeitos e conseqüentemente, a toxicidade durante o tratamento do câncer (FAUCI et al., 1998). 1.3.3.1 Quimioterapia É o tratamento que consiste na utilização de medicamentos que tem como função a destruição das células cancerígenas, com intenção de impedir o crescimento e aliviar os sintomas causados pelo tumor. Este tipo de tratamento pode ser aderido antecipadamente a uma cirurgia ou ainda realizado isoladamente, ainda a casos que a quimioterapia é associada à radioterapia. Há alguns fatores que influenciam diretamente na forma de tratamento a ser utilizado como: o tipo de tumor; localização e estágio da doença. Para que possa ser iniciado o tratamento precisa-se da aprovação do médico. A duração deste tratamento poderá depender da resposta do tumor às drogas. O acompanhamento desta resposta deverá ser realizado, pois a forma que o organismo for reagir será de suma importância na duração do tratamento para interromper a progressão do tumor (CUFFA; TOZZO; MATSUZAWA, 2011) 1.3.3.2 Cirurgia De acordo com o INCA, quando o tumor esta no estágio inicial, esta é a forma de tratamento mais eficaz, pois apresenta condições propicias para ser retirado e controlado, ressaltando que este tratamento é utilizado de acordo com a localização e o tipo de tumor. Para que se realize este tipo de tratamento tem que haver todos os cuidados de uma cirurgia normal desde o preparo do paciente e seus familiares, sobre as possíveis consequências que poderá vir ocorrer. Este, portanto, é indicado em casos que há presença de tumores sólidos. No caso do tratamento cirúrgico paliativo tem como função reduzir as células tumorais e controlar os sintomas que comprometem a vida do paciente. Podendo ser utilizado no tratamento de câncer de pele, esôfago, boca dentre outros (GOMES, 1997). 25
  • 26. 1.3.3.3 Radioterapia Este tratamento é indicado para os tumores radiosensíveis, onde são utilizadas radiações ionizantes. Sua função é de eliminar as células tumorais do câncer sem causar danos nos tecidos e órgãos normais, este ainda, é muito usado quando a cirurgia não foi eficaz. O efeito desta forma de tratamento é muito rápido, pois quando chega a célula, poderá ocorrer uma lesão por dias ou meses, de acordo com a dose que foi utilizada no paciente. Quando a mesma célula é irradiada mais de uma vez, deverá ser levado em consideração os efeitos observados na primeira radiação, visto que, as radiações conseguem alterar as moléculas do meio que penetram, produzindo cargas positivas ou negativas, podendo assim, causar lesões e/ou a morte. As radiações poderão ser aplicadas por via externa ou por via interna como, por exemplo: injeção de iodo-radioativo no carcinoma da tireóide (CUFFA; TOZZO; MATSUZAWA, 2011) 1. 4 Carcinoma Basocelular Se trata da neoplasia mais comum da pele, sendo acometida em 50% das pessoas quando comparado com outros tipos de câncer, e em relação aos tipos de câncer de pele sua incidência é de 70%, sendo assim o mais acometido pela população. Localizado em áreas expostas a radiação solar como a parte superior da face, orelhas, dorso das mãos. Com menor incidência em outras partes da face, no tronco e não encontrada em pele espessa e mucosa (AZULAY; AZULAY- ABULAFFIA, 2004). Sua incidência se dá com mais freqüência em adultos maiores de 30(trinta) anos de idade, atingindo em maior número o sexo feminino. Tem baixa incidência em indivíduos de pele negra, tendo em vista que o pigmento protege a pele contra os raios solares, e atingindo um numero maior de pessoas com pele clara, quanto mais clara for à pele, maior a chance do surgimento do câncer (AZULAY; AZULAY- ABULAFFIA, 2004). É definido como um tumor formado por células morfologicamente iguais as basais da epiderme, tem crescimento lento, sendo invasiva em um determinado 26
  • 27. local, mas destrutiva, porém não causa metástase, se tratando então de um câncer com maiores chances de cura (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004). 1.4.1 Etiologia Alguns fatores podem desencadear o surgimento do CBC, dentre eles os raios solares se apresentam com maior índice de risco. Indivíduos que se expõe ao sol com freqüência a probabilidade de ter um câncer de pele acima dos trinta anos de idade, é alta (GOMES, 1997) 1.4.2 Histopatologia Tendo em vista que o quadro se assemelha com a reprodução das células basais, isto é, as células se desenvolvem com os mesmos aspectos, podemos reconhecê-las com facilidade, porém contém núcleos maiores que o normal, com desenvolvimento alterado, mitoses escassas e com citoplasma reduzido, podendo ser chamadas de basalióides (GOMES, 1997). Originado de células imaturas multipotentes que perderam seu poder de diferenciação e queratinização normais pela interferência de vários fatores podendo se classificar em diferenciadas e não diferenciadas. As não diferenciadas são conhecidas como sólidas, já as diferenciadas são denominadas de adenóides, semelhante a glândulas (GOMES, 1997). 1.4.3 Classificação O CBC apresenta formas clínicas variadas como: nodular, terebrante, plano- cicatricial, esclerodermiforme, pigmentada, ulcus rodens, superficial ou pagetóide (GOMES, 1997): Nodular: A forma clinica mais freqüente. No começo surgem pápulas que são lesões cutâneas evidentes, com superfície perlácea, que evolui para nódulo. Pode ocorrer ulceração no centro deste nódulo, sendo recoberto por uma 27
  • 28. crosta que se retirada causa sangramento. Esta lesão tem extremidades em forma de círculos, tranlúcidas e podem conter telangiectasias que são pequenos capilares muito finos e ramificados. Terebrante: Ocorre quando há evolução da forma ulcerada, sendo em superfície com cicatrização central ou em profundidade invadindo e destruindo os tecidos moles, músculos, cartilagens, nervos e ossos. Plano-cicatricial: O tumor se cicatriza no centro, progredindo de dentro para fora, com menores lesões perláceas e podem aparecer escoriações em sua superfície. Esclerodermiforme: Caracteriza-se por conter uma placa dura atrofiada, com coloração amarelada, onde é difícil avaliar seus limites. Pigmentada: Ganha essa denominação devido aos melanócitos que porduzem melanina, presentes no tumor que dá cor escura a ele. Ulcus rodens: Desenvolve aceleradamente comparado a todas as formas e sua ulceração é veloz em relação à forma nodular. Superficial ou pagetóide: Apresenta varias lesões, caracterizadas por bordas sem forma definidas, pouco exaltadas e sem cor aparente. 1.4.4 Tratamentos Os tratamentos utilizados para o CBC são a criocirurgia, eletrocoagulação e curetagem, excisão, cirurgia micrográfica de Mohs, quimioterapia e radioterapia (SAMPAIO; RIVITTI, 2008): A criocirurgia destrói tecidos usando a baixa temperatura. Feita com nitrogênio líquido, é indicada para lesões pouco profundas e regiões que contém cartilagem. Para carcinoma basocelular nodular ulcerado deve ser feita a curetagem para depois realizar a criocirurgia com o nitrogênio. Este processo necessita de aparelhos de circuito aberto como o spray que se aplica há um centímetro de distancia do local lesionado e de circuito fechado como as sondas de contato, onde o nitrogênio passa por canais fechados para que possa congelar sondas de metal que será colocada na lesão. 28
  • 29. Figura 4 CBC da orelha externa. Indicação eletiva para o nitrogênio líquido Fonte: Sampaio; Rivitti, 2008 Figura 5.Resultado pós-tratamento.Cicatriz excelente Fonte: Sampaio ;Rivitti, 2008 A eletrocoagulação e curetagem são os meios mais utilizados para tumores primários menores de aproximadamente 1,5 cm e menos agressivos, podendo ser comuns na volta do nariz e orelhas. Figura 6 Procedimento da eletrocoagulação e curetagem de tumor. Fonte: Sampaio ;Rivitti, 2008 29
  • 30. A excisão é feita em casos de tumores mais agressivos, em regiões como nariz, prega nasolabial e na área ao redor dos olhos, sendo realizada devido à estética destas regiões. As excisões podem ser fechadas com suturas, retalhos e enxertos. Figura 7 Carcinoma Basocelular Figura 9 Retalho em ilha Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008 Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008 Figura 8 Demarcação do Retalho Figura 10 Retalho em ilha, após 6 meses Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008 Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, 2008 30
  • 31. Micrográfica de Mohs: Cirurgia Micrográfica de Mohs (CMM) é uma intervenção cirúrgica que protege tecidos que não participam da região acometida pelo câncer. A parte lesionada é retirada por meio de uma cirurgia e estudada através de microscópio. Se caso haja relatos de tumor na parte examinada será realizada nova cirurgia para retirar completamente o tecido acometido. Esta cirurgia é destinada para lesões recidivas e da forma esclerodermiforme. Também feita em tumores em localizados em fendas naturais, como exemplo, as pálpebras. A radioterapia é utilizada para tumores de alto risco. Não é recomendada para jovens, pois acarreta carcinogenese que é o desenvolvimento do câncer de forma lenta que pode levar anos para a formação do tumor e a radiodermatite que se trata de lesões na pele devido a demasiada exposição aos raios ionizantes providos da radioterapia. Não é tão empregada como as cirurgias, porém tem alto grau de cura em tumores com alto grau de risco. Empregada em casos que não é possível fazer nenhum método cirúrgico. A quimioterapia para esse tipo de câncer é feita com aplicação tópica diária de creme composto por 5-fluoruracil que tem ação citostática sobre a lesão, impedindo que as células se dividam, assim impedindo que o tecido cresça. Recomendada aplicar somente sobre o local acometido até sua ulceração. A região que limita a lesão pode ficar eritematosa, com erosões e ulcerações, tendo em vista que essas reações são normais do processo terapêutico. 1.4.5 Prevenção A mais recomendada forma de evitar o surgimento do CBC é o uso de protetor solar, adequado para cada tipo de pele e evitar ao máximo, principalmente pessoas de pele clara, a exposição excessiva ao sol; não ter contato com arsênico e alcatrão (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004). Não deixar que crianças e adolescentes fiquem expostos ao sol por muito tempo, pois o CBC é acumulativo, onde as células vão acumulando agressões feitas 31
  • 32. pelos raios UV com o passar dos anos podendo gerar células cancerosas que irão formar tumores malignos (GOMES, 1997). Sempre estar atento quanto ao surgimento de manchas e pintas anormais na pele, caso isso ocorra procure um especialista, pois o CBC quanto mais cedo for diagnosticado maior será sua chance de cura (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004). Como este tipo de câncer pode ser recidivo, recomenda-se fazer visitas medicas anualmente para reavaliar o caso (AZULAY; AZULAY-ABULAFFIA, 2004). 32
  • 33. OBJETIVO Objetivo geral Levantamento de dados sobre a incidência de casos de Carcinoma Basocelular na Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer (AVCC) de Fernandópolis-SP. Objetivos específicos - Avaliar a porcentagem de casos de Carcinoma Basocelular em 100 pacientes atendidos na Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer (AVCC) de Fernandópolis-SP no período de janeiro a junho de 2011. - Identificar as principais áreas do corpo afetadas pelo Carcinoma Basocelular. 33
  • 34. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado levantamento de dados dos pacientes da AVCC de Fernandópolis-SP, a partir de uma lista de pacientes, do período de janeiro a junho de 2011 em um total de 100 pacientes, para avaliar a incidência de casos de câncer de pele. Onde foram levados em consideração os problemas de pele mais recorrentes, e a área da pele mais afetada pelo carcinoma basocelular. 34
  • 35. RESULTADOS E DISCUSSÃO Incidência dos principais problemas na pele Figura 11- Incidência de casos de câncer de pele Foram encontrados 41 pacientes com CBC, 33 pacientes com CEC e 26 pacientes com outras afecções cutâneas como verrugas, queratoses, ceratoses e dermatoses 35
  • 36. Incidência das áreas da pele mais afetadas pelo Carcinoma Basocelular (CBC) Figura 12- Áreas do corpo mais afetadas pelo carcinoma basocelular (CBC). Dos 41 pacientes com CBC, as principais áreas da pele afetadas foram 14 casos no nariz, 7 casos na orelha, 10 casos em outras regiões da face, 6 casos na cervical, 2 casos no braço e 2 casos nos punhos. 36
  • 37. CONSIDERAÇÕES FINAIS Confirmou-se que a maior incidência de câncer de pele é formada por CBC, sendo a neoplasia na pele de melhor prognóstico, pois não gera metástase e seu tratamento e pouco invasivo. Foi possível também notar que maioria dos casos de CBC atinge as áreas onde ocorre uma maior exposição ao sol como as regiões da face, principalmente o nariz. Portanto, quanto mais cedo for feito o diagnóstico do CBC mais rápida poderá ser a obtenção da cura tornando menos agressivo o tratamento. 37
  • 38. REFERÊNCIAS AZULAY; David R; AZULAY-ABULAFFIA, Luna. Dermatologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2004. p. 517-518. BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W. ; PARADISO, Michael A. Neurociências, desvendando o Sistema Nervoso. 2. ed. Porto alegre: Artmed, 2002. 855 p. BRASIL, INCA: Instituto Nacional do Câncer - Ministério da Saúde. Pele não Melanoma. 2011 a. Disponível em<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pele_nao_m elanoma> Acesso em 02 de outubro de 2011. BRASIL, INCA: Instituto Nacional do Câncer. Célula Normal, Célula Cancerosa, 2011 b. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=317>. Acesso em 29 de setembro de 2011. BRASIL. INCA: Instituto Nacional do Câncer. Ministério da saúde. 2011 c. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=318>. Acesso em 29 de setembro de 2011. BRASIL, INCA: Instituto Nacional do Câncer. Hábitos Alimentares, 2011 d. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=18>. Acesso em 29 de setembro de 2011. BRASIL, INCA: Instituto Nacional do Câncer. Alcoolismo, 2011 e. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=14>. Acesso em 29 de setembro de 2011. BRASIL, INCA: Instituto Nacional do Câncer. Radiação Solar, 2011 f. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=21>. Acesso em 30 de setembro de 2011. 38
  • 39. CUFFA, Aline; TOZZO, Amanda D. ; MATSUZAWA, Fernando. Perspectivas e tratamentos para a cura do câncer em XXI. Disponível em: <http://www.dbi.uem.br/cancer.pdf>. Acesso em: 29 de setembro de 2011. FAUCI, Antony S.; BRAUNWALD, Eugene; ISSEIBACHER, Kurt J; WILSON, Jean D; MARTIN, Joseph B; KASPE, Denis L; HAUSER, Stephen; LONGO, Dan L. Medicina Interna. 14 ed. Rio de Janeiro. ed Mc Graw Hill.1998. parte seis, p.525 a 557. GOMES, Roberto. Oncologia Básica. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter Ltda., 1997. cap. 12, p. 115-118. JUNQUEIRA, Luís; CARNEIRO, José. Histologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan S.A., 2004. cap. 18, p. 359-370. MICHALANY, Jorge. Anatomia Patológica Geral: Na prática Médico-Cirúrgica. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas.,2000. cap. 44, 45 e 46. p. 291 – 310. RUBIN, Emanuel; FARBER, John L. Patologia. 3. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan S.A., 2002. cap. 5, p. 153-182. SAMPAIO, Sebastião A. P.; RIVITTI, Evandro A. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas Ltda., 2008. cap. 7. p. 1163-1166;1483;1516;1517;1537. TORTORA, Gerard; GRABOWSKI, Sandra. Principios da Anatomia e Fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002. cap. 5, p. 126-139. VIDEIRA, R. S.; DEBONI, M.C.Z.; ARAÚJO, C.A.S.; OKAMOTO, A.C.; MELHADO, R. M. Oncogenes and câncer development. Arq. Ciênci. Saúde Unipar, 6 (1): 71- 76, 2002. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/saude/article/viewFile/1155/1017>. Acesso em 30 de setembro de 2011. 39
  • 40. ZAMBONI, Mauro. Epidemiologia do câncer de pulmão. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/jpneu/v28n1/a08v28n1.pdf>. Acesso em 30 de setembro de 2011. 40