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Aula 9 - Delimitação das Áreas de Proteção das Fontes
de Abastecimento de Água Subterrânea
Definição
As áreas de proteção das fontes de abastecimento de
água devem ser delimitadas a fim de proporcionar
especial vigilância contra a contaminação das fontes de
água destinadas ao abastecimento público. A mesma
recomendação é válida no caso de fontes desenvolvidas
para outros usos potencialmente suscetíveis,
especialmente no caso de envase de águas minerais,
que não recebem nenhum tipo de desinfecção.
Bases para Definir o Perímetro das Áreas
Um fator importante que influencia o perigo representado
por uma atividade antrópica é sua proximidade de uma
fonte de abastecimento subterrânea (poço ou nascente). A
ameaça de contaminação depende especificamente dos
seguintes fatores:
● se a atividade está localizada dentro da zona de captura (no
subsolo) dessa fonte de abastecimento, ou seja, de sua
recarga ou zona de contribuição
● o tempo de trânsito horizontal da água subterrânea no
aqüífero, desde o local da atividade, até o ponto de extração
da fonte de abastecimento.
Distinção entre zona de captura e zona de
influência de um poço de produção
Área de Proteção Máxima
Distinção entre zona de captura e zona de
influência de umÁrea de Proteção Máxima
poço de produção
Áreas de Proteção das Fontes de
Abastecimento - APFs
As áreas de proteção das fontes de abastecimento (APFs)
– também conhecidas como perímetros de proteção
– devem ser protegidas contra:
● contaminantes que se degradam com o tempo, caso em
que o tempo de residência no subsolo é a melhor
medida de proteção
● contaminantes não degradáveis, caso em que se deve
providenciar uma diluição associada ao fluxo
principal.
Áreas de Proteção das Fontes de
Abastecimento - APFs
A

fim de eliminar completamente o risco de
contaminação inaceitável de uma fonte de
abastecimento, todas as atividades potencialmente
contaminantes teriam de ser proibidas (ou totalmente
controladas) dentro de toda a sua zona de captura. No
entanto, isso com freqüência é impraticável ou
economicamente inviável, em virtude das pressões
socioeconômicas para o desenvolvimento. Assim, fazse necessária alguma divisão da zona de captura, de
modo que as restrições mais rigorosas ao uso do solo
sejam aplicadas somente nas áreas mais próximas da
fonte.
Áreas de Proteção das Fontes de
Abastecimento - APFs
A subdivisão poderia basear-se em vários critérios,
incluindo distância horizontal, tempo de trânsito
horizontal, proporção da área de recarga, diluição na
zona saturada e/ou capacidade de atenuação. Mas,
para a aplicação geral, considera-se que o mais
adequado é uma combinação dos critérios tempo de
trânsito (horizontal) e distância até a fonte. A proteção
especial de uma parcela da zona de captura seria (sob
certas circunstâncias) a solução mais recomendada
para reduzir a contaminação agrícola difusa, mas
mesmo nesse caso há dúvidas sobre qual parte seria
melhor proteger.
Áreas de Proteção das Fontes de
Abastecimento - APFs
Por meio de dados (e hipóteses) sobre as condições
hidrogeológicas locais e as características da própria
fonte de abastecimento de água subterrânea, pode-se
definir uma série de zonas geralmente concêntricas na
superfície do terreno ao redor da fonte. Tendo em vista
a proteção do abastecimento, as atividades de uso do
solo mais próximas das captações terão de ser
submetidas a níveis cada vez maiores de controle, o
que tende a variar de acordo com as condições e
necessidades locais.
Área de Proteção Máxima

Zona de Captura Total da Fonte

A área de proteção mais externa que se pode definir para
uma fonte individual é sua zona de captura ou de
recarga. Esse é o perímetro dentro do qual toda a
recarga do aqüífero (derivada quer de precipitação,
quer de cursos d’água superficiais) será captada na
fonte de abastecimento em questão. As zonas de
captura são significativas não apenas para a proteção
da qualidade, mas também em termos da gestão de
recursos, uma vez que, em situações de intensa
exploração da água subterrânea, podem também ser
usadas como áreas de conservação dos recursos (ou
reserva) para o suprimento de água potável.
Perímetro de Alerta

Zona de Proteção Microbiólogica
Esta Zona tem o objetivo de prevenir a ingestão de água
subterrânea contaminada com bactérias, vírus e
parasitas patogênicos é de suprema importância. Esses
patógenos entram nos aqüíferos rasos provenientes de
fossas sépticas, valas de drenagem, latrinas, esgotos ou
cursos de água superficiais contaminados, entre
outros. Poços mal construídos são particularmente
propensos a apresentar esse tipo de contaminação.
Perímetro de Alerta

Zona de Proteção Microbiólogica
No entanto, exceto nos aqüíferos mais vulneráveis, a
zona vadosa (não saturada) ou as camadas
semiconfinantes têm capacidade de atenuar esses
contaminantes biológicos.
A experiência mostra que, nos aqüíferos fissurados (com
freqüência
muito
heterogêneos
quanto
às
propriedades hidráulicas), é prudente estabelecer um
critério limite de 50 metros de raio a partir da fonte de
abastecimento.
Esquema das zonas de captura de água subterrânea e dos
perímetros do tempo de trânsito ao redor de um poço e
uma nascente
Esquema das zonas de captura de água subterrânea e
dos perímetros do tempo de trânsito ao redor de um
poço e uma nascente
Esquema das zonas de captura de água subterrânea e
dos perímetros do tempo de trânsito ao redor de um
poço e uma nascente
Proteção Imediata

Zona Operacional de Captação
A zona operacional da captação de água é a mais interna
para a sua proteção, que compreende uma pequena
área em superfície ao redor da fonte de abastecimento
propriamente dita. É preferível que essa área seja de
propriedade e controle do extrator de água
subterrânea. Não se deve permitir nessa zona
nenhuma atividade que não esteja relacionada com a
própria extração da água, e mesmo essas atividades
precisam ser cuidadosamente avaliadas e controladas
para evitar a possibilidade de que os contaminantes
atinjam a fonte, seja diretamente, seja por meio de
perturbações no terreno adjacente.
Proteção Imediata

Zona Operacional de Captação
Todas as atividades de manutenção do poço nessa zona
devem ter piso de concreto para prevenir a infiltração
de óleos e produtos químicos. A instalação de cercas é
também uma prática comum para prevenir a invasão
por animais e atos de vandalismo.
Fatores que Controlam o Formato das Zonas
FATORES QUE DETERMINAM O FORMATO E A EXTENSÃO DAS ÁREAS
DE PROTEÇÃO DAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
ÁREA DE PROTEÇÃO

Localização
Gerais

e

FATORES DE CONTROLE

Formato recarga e regime de fluxo do aqüífero (área/limite de
recarga, áreas naturais de descarga, condição
hidráulica das nascentes, limites do aqüífero,
confinamento do aqüífero, gradientes hidráulicos do
aqüífero) presença de outros poços/obras em
bombeamento

Área da Zona de Captura taxa
de
extração
anual
legalmente
da Fonte
licenciada/protegida taxa anual de recarga da água
subterrânea
Perímetro das Zonas distribuição da transmissividade do aqüífero
Internas Baseadas no espessura do fluxo dinâmico do aqüífero, porosidade
Tempo de Trânsito (mapa efetiva do aqüífero
com isócronas de 50 e 500
dias)
Fatores que Controlam o Formato das Zonas
Os principais fatores que determinam a geometria das zonas
de captura da fonte em geral são o regime de recarga e as
condições de contorno do aqüífero. Seu formato pode
variar desde muito simples a altamente complexo. Os
formatos mais complexos podem ser resultado das
interações variáveis entre a água subterrânea e os rios, dos
efeitos da interferência de outras extrações de água
subterrânea e/ou das variações nas propriedades
hidráulicas do aqüífero. Nos casos em que a fonte de
abastecimento está localizada a grande distância dos
limites do aqüífero e/ou onde a taxa de extração é pequena,
o gradiente hidráulico é íngreme e a transmissividade do
aqüífero é alta, serão delimitadas áreas de proteção longas e
estreitas.
a) zona operacional bem projetada, com
boas condições de drenagem e manutenção,
em área rural arborizada

Exemplos reais de áreas de proteção
em poços de abastecimento público
b) zona operacional mal dimensionada e
com proteção inadequada, ameaçada por
irrigação agrícola com águas residuais
urbanas

Exemplos reais de áreas de proteção
em poços de abastecimento público
Limitações do Conceito de Área de
Proteção das Fontes
O conceito de área de proteção das fontes (APF) é
simples e robusto, como facilmente percebem as
pessoas encarregadas de planejar os usos do solo e de
tomar as difíceis decisões públicas geradas pelas
políticas de proteção da água subterrânea. No entanto,
muitos desafios técnicos podem surgir na disputa entre
os que exigem um grau maior de proteção e os que
desejam menos restrições, e o teste de qualquer
conceito é sua capacidade de conciliar antagonismos
no contexto das circunstâncias presentes.
Limitações do Conceito de Área de
Proteção das Fontes
É fácil definir e implementar as APFs quando se trata de
poços e campos de poços municipais importantes,
localizados em aqüíferos relativamente uniformes que
não sofrem exploração excessiva, mas tentar defini-las
a despeito das condições e restrições locais é um
exercício valioso e instrutivo.
Limitações do Conceito de Área de
Proteção das Fontes
Problemas Comuns e Soluções
Há uma série de situações hidrogeológicas que representam
consideráveis complicações para a aplicação do conceito:
● a limitação mais séria surge quando os aqüíferos estão
sujeitos a bombeamento intenso, sazonalmente variável,
para irrigação agrícola ou resfriamento industrial, visto que
a interferência entre os poços de bombeamento produz
áreas de proteção excessivamente complexas e instáveis;
recorrer à proteção total do recurso pelos critérios da
vulnerabilidade do aqüífero pode ser então o único método
factível
Limitações do Conceito de Área de Proteção
das Fontes
● em aqüíferos nos quais a extração é prolongada e excede
consideravelmente sua recarga de longo prazo, tem origem
uma condição em que os níveis de água subterrânea
registram contínuo declínio e as APFs são inerentemente
instáveis
● a presença de cursos de água superficiais alimentados
intermitente ou irregularmente pela descarga natural do
aqüífero pode ocasionar complicações semelhantes
● quando há presença de cursos de água superficiais
influentes dentro da zona de captura de uma fonte,
qualquer atividade potencialmente poluente localizada na
área da bacia hidrográfica do rio pode afetar a qualidade da
água subterrânea, embora geralmente não seja prático
incluir essa área adicional na área de proteção da fonte
Limitações do Conceito de Área de
Proteção das Fontes
● nas situações em que o divisor de águas subterrâneas está a
grande distância e/ou o gradiente hidráulico é muito baixo,
surgem problemas especiais, particularmente com a
definição de zonas de captura total da recarga, e com
freqüência é necessário adotar uma isócrona de corte (de 10
anos)
● a presença de aqüíferos com múltiplas camadas, onde o
gradiente hidráulico vertical pode drenar verticalmente a
água entre as unidades do aqüífero; cada situação do
aqüífero estratificado precisa ser examinada local a local e
requer algumas hipóteses simplificadas sobre o
comportamento hidráulico
Limitações do Conceito de Área de
Proteção das Fontes
● nos locais em que há grande variação anual do
tamanho e do formato da zona de captura da fonte
(como nos aqüíferos de baixo armazenamento), a área
máxima (em vez da média) talvez seja mais adequada,
e nesse caso podem ser necessárias algumas
modificações locais
● as fontes de abastecimento pequenas, porque em
algumas situações suas zonas de captura são muito
estreitas e de lócus instável.
Nascentes e Galerias
As nascentes apresentam problemas especiais para a
delimitação da área proteção, uma vez que a extração é
governada pelo fluxo natural da água subterrânea induzido
pela gravidade. O tamanho da zona de captura depende,
portanto, do fluxo total até a nascente, mais do que da
proporção do fluxo efetivamente extraído. O fluxo da
nascente
pode
ser
intermitente,
reduzindo-se
drasticamente, a ponto até de secar, durante a estação de
seca, quando há relaxamento do lençol freático.
As nascentes geralmente ocorrem na junção de
descontinuidades geológicas, como mudanças da litologia,
falhas ou barreiras, cuja natureza e extensão, na melhor das
hipóteses, só em parte podem ser caracterizadas.
Nascentes e Galerias
Além disso, a localização real das nascentes pode ser
extremamente incerta, devido à presença de galerias
de infiltração e sistemas de tubulação. Em todos esses
casos, inevitavelmente, a delimitação das áreas de
proteção terá que se basear em hipóteses aproximadas,
de caráter essencialmente empírico e até certo ponto
conservador.
Implementação em Ambientes
Urbanos
Os conceitos de zonas de captura das fontes de
abastecimento e de tempo de trânsito da água no aqüífero
aplicam-se igualmente a todos os ambientes, mas sua
delimitação por meio exclusivamente hidrogeológico e sua
implementação como área de proteção em meio urbano
freqüentemente apresentam consideráveis problemas. Isso
decorre da complexidade dos processos de recarga do
aqüífero nesse ambiente, do número geralmente alto de
poços de extração com usos da água muito diferentes, e do
fato de que a maioria das APFs definidas já estarão
ocupadas para desenvolvimento residencial e/ou industrial.
Implementação em Ambientes
Urbanos
Contudo, as zonas delimitadas servirão para priorizar o
monitoramento da qualidade da água subterrânea, a
inspeção das instalações industriais e a adoção de
medidas para mitigar a poluição da água subterrânea
tais como mudanças no manejo do efluente industrial
ou no armazenamento de produtos químicos e a
introdução de rede de esgoto em áreas em que o
aqüífero registra um alto índice de vulnerabilidade à
contaminação.
Métodos para Definir as Zonas de Captura
Avaliação dos métodos de delimitação das zonas de captura das fontes de
abastecimento de água subterrânea
É importante lembrar que a delimitação das diversas
zonas, assim como o regime da água subterrânea em
que ela ocorre, é um sistema dinâmico. Nenhuma zona
é imutável, já que as condições da água subterrânea
podem sofrer alterações físicas, ou novos dados
hidrogeológicos podem surgir e permitir uma
representação mais exata do aqüífero. Do mesmo
modo, embora se admita que muitos sistemas de fluxo
da água subterrânea demonstram um comportamento
complexo no detalhe (especialmente na proximidade
de poços), essas complexidades locais não são tão
críticas na escala da delimitação da área de proteção
Modelagens
Endereços úteis na internet sobre modelagem numérica
da água subterrânea para proteção das fontes
Considerações Práticas
O procedimento de delimitação da área de proteção envolve
alguns passos distintos. O estágio mais importante em todo
o processo é provavelmente a aquisição dos dados. É
necessário obter informações não somente das
propriedades do aqüífero, mas também sobre a construção
do poço, o regime operacional da fonte, os níveis
hidráulicos da água subterrânea, os processos e taxas de
recarga e a interação do aqüífero com os cursos de água
superficiais. Nenhuma área de proteção pode ser
delimitada isoladamente, e para cada uma é preciso
considerar a unidade aqüífera em questão num raio de, no
mínimo, 5 km (e, em geral, 10 km).
Considerações Práticas
Compilados os dados básicos, todas as informações
disponíveis devem ser sintetizadas num modelo conceitual
com o objetivo de fornecer uma clara descrição das
condições da água subterrânea.
A escolha da técnica de delimitação dependerá:
● do grau de conhecimento das condições hidráulicas da água
subterrânea
● da importância operacional da fonte de água subterrânea
● dos recursos humanos e financeiros disponíveis.
O SIG integrado e os bancos de dados constituem um meio
útil de organizar os dados dentro de um sistema único e
permitem que, na visualização, se verifiquem as
incoerências e se modelem os dados geograficamente.
Lidando com a Incerteza Científica
A qualidade de um modelo numérico de aqüífero
depende dos dados de entrada e do conhecimento
conceitual do regime de fluxo da água subterrânea. O
tamanho, o formato e a localização das zonas de
captura das fontes são controlados em grande parte
pelos parâmetros hidrogeológicos, que, em geral, são
mal quantificados. Decorre daí que a confiança nas
zonas previstas será limitada pela incerteza quanto aos
parâmetros associados.
DECRETO nº 32.955, de 7 de fevereiro
de 1991
Regulamenta a Lei nº 6.134, de 2 de junho de 1988. (*) Com retificação feita no Diário Oficial de
09/02/1991
CAPÍTULO III
Das Áreas de Proteção
SEÇÃO II
Da Classificação das Áreas de Proteção

Art. 20 - Para os fins deste Decreto, as áreas de proteção classificamse em:
I - Área de Proteção Máxima: compreendendo, no todo ou em parte,
zonas de recarga de aqüíferos altamente vulneráveis à poluição e que se
constituam em depósitos de águas essenciais para abastecimento
público;
II - Área de Restrição e Controle: caracterizada pela necessidade de
disciplina das extrações, controle máximo das fontes poluidoras já
implantadas e restrição a novas atividades potencialmente poluidoras;
e
III - Área de Proteção de Poços e Outras Captações: incluindo a distância
mínima entre poços e outras captações e o respectivo perímetro de
proteção.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL
PORTARIA Nº 231,de 31 DE JULHO DE 1998
Na definição de áreas ou perímetros de proteção deverão ser conceituadas
três diferentes zonas segundo suas características hidráulicas: a ZI ou
zona de influência; a ZC ou zona de contribuição e a ZT, zona de
transporte.
A zona de influência (ZI) é aquela associada ao cone de depressão
(rebaixamento da superfície potenciométrica) de um poço em
bombeamento ou de uma fonte ou nascente natural, considerado aqui
como um afloramento da superfície piezométrica ou freática,
equivalente a um dreno.
A zona de contribuição (ZC) é a área de recarga associada ao ponto de
captação (fonte ou poço), delimitada pelas linhas de fluxo que
convergem a este ponto.
A zona de transporte (ZT) ou de captura é aquela entre a área de recarga e
o ponto de captação. É esta zona que determina o tempo de trânsito
que um contaminante leva para atingir um ponto de captação, desde a
área de recarga. Em geral, este tempo depende da distância do percurso
ou fluxo subterrâneo, das características hidráulicas do meio aqüífero e
dos gradientes hidráulicos.
Comparação entre as zonas de proteção propostas neste estudo e
existentes nas legislações brasileira e alemã e em Foster et al
(2002)

Zonas de proteção
Projetos

Perímetro
Imediato de
Proteção
Sanitária (PIPS)

Perímetro de Alerta
(PA)

Zona Proximal de
Restrição e
Controle (ZPRC)

Zona Distal de
Restrição e
Controle (ZDRC)

Estado da Baviera

Zona I

Zona II

Zona III A

Zona IIIB

Decreto Estadual
nº
32.955 de
07/02/91

Perímetro
imediato

Perímetro de Alerta

Área de Restrição e
Controle

Área de Proteção
Máxima

Zona de Transporte

Zona de
Contribuição

Zona de 500 dias

Zona de Captura
Total (TOT 10 anos

Portaria Federal
DNPM nº 231 de
31/07/98
Foster et al (2002 )

Zona de Influência
Zona Operacional

Zona de Proteção
Microbiológica
Proposta de diretrizes para implantação de empreendimentos
em área de proteção de poços de acordo com o potencial
poluidor da atividade.

N – não permitido em quase todos os casos;
PN – provavelmente não permitido, exceto em alguns casos autorizados pelo órgão
ambiental;
PP – provavelmente permitido, desde que obedeça as exigências específicas do órgão
ambiental;
P – permitido se atender exigências do órgão ambiental, caso seja solicitado.
Instruções Para Implementação
Das Áreas De Proteção De Poços
A implementação das Áreas de Proteção de Poços é uma
ação que envolve forte articulação dos órgãos
municipais e a necessária conscientização por parte do
nível político da Prefeitura e da Câmara de Vereadores,
quanto a sua co-responsabilidade pela qualidade da
água que serve aos seus munícipes. As etapas e
responsabilidades para a implantação das áreas de
proteção são:
Instruções Para Implementação
Das Áreas De Proteção De Poços
1) A Empresa de abastecimento público (autarquia ou
concessionária) desenvolve do Estudo Técnico para a
definição dos limites da área de proteção que pode ser
feita para um poço ou conjunto de poços.
2) A Equipe Técnica da Prefeitura Municipal, com o
apoio da CETESB, cadastra e classifica as fontes
potenciais de poluição instaladas nas Áreas de
Proteção dos Poços existentes, implantando um
programa de controle e monitoramento dos
empreendimentos existentes e restrições a novas
instalações.
Instruções Para Implementação
Das Áreas De Proteção De Poços
A Equipe Técnica da Prefeitura Municipal incorpora as Áreas
de Proteção de Poços e Outras Captações no Plano Diretor
e estabelece um Catálogo Orientativo de diretrizes e
restrições de uso do solo (urbano e rural) a ser aplicado nas
áreas de proteção dos novos poços que eventualmente
forem construídos.
Os órgãos licenciadores municipais que atuam sobre o
parcelamento do uso do solo e estaduais de licenciamento
ambiental (CETESB – Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo) e de saúde (CVS – Centro de Vigilância
Sanitária) levam em consideração as diretrizes
estabelecidas no Catálogo Orientativo de Diretrizes e
Restrições em cada zona delimitada.
Instruções Para Implementação
Das Áreas De Proteção De Poços
O órgão de outorga de uso dos recursos hídricos (DAEE
– Departamento de Águas e Energia Elétrica) exige e
avalia a delimitação da Área de Proteção de Poços
conforme consta no artigo 25 do Decreto Estadual nº
32.955/91 no ato da outorga de novos poços destinados
ao sistema público de abastecimento humano.
4) Esta delimitação é encaminhada pela Prefeitura aos
órgãos gestores de recursos hídricos e ao Comitê de
Bacia para conhecimento.
Exemplo de planilha para cadastro das fontes potenciais
de poluição no perímetro de proteção de poços
Estudo de caso
Este estudo de caso revela os benefícios de introduzir
logo as áreas de proteção das fontes de abastecimento
de água subterrânea, mesmo em situações nas quais
ainda não se tem total compreensão da natureza do
regime de fluxo do aqüífero e dos perigos de
contaminação. Ações suplementares sempre podem ser
consideradas para reforçar, mais tarde, as disposições
existentes.
Estudo de caso
A ilha caribenha de Barbados depende muito da água
subterrânea para seu abastecimento público, extraindo
cerca de 115 mil l/d de 17 poços de produção num
aqüífero cárstico de calcário altamente permeável e
vulnerável à contaminação.
Estudo de caso
● O impacto potencial do desenvolvimento urbano e a
grande importância estratégica dos suprimentos de
água subterrânea levaram o governo de Barbados a
Estabelecer, trinta anos atrás, áreas de proteção
especiais ao redor de todos os poços de abastecimento
público. Os perímetros dessas áreas de proteção são
definidos com base nos tempos médios de percurso da
água subterrânea até os poços, e o conjunto de
restrições impostas encontra-se resumido na tabela.
Essas restrições, em sua maior parte, têm sido bemsucedidas na conservação da qualidade da água de
abastecimento.
Estudo de caso
● Na época em que as medidas foram introduzidas, os
principais perigos de contaminação que se avistavam
era a extensão da urbanização com saneamento in situ
ao redor da capital, Bridgetown, e o vazamento das
instalações
comerciais
e
domésticas
para
armazenamento de combustível.
Estudo de caso
No entanto, outras ameaças surgiram posteriormente,
como:
- a substituição da tradicional lavoura extensiva de canade-açúcar por uma horticultura intensiva que exigia
muito mais aplicações de fertilizantes e pesticidas
- despejo ilegal de resíduos sólidos industriais em
pequenas pedreiras de calcário abandonadas e
lançamentos de efluentes em poços não mais usados.
Foram então implantadas medidas para controlar e
monitorar essas atividades.
Principais características das zonas de
controle do desenvolvimento
Zona Definição
do Limite
Externo

Profundidade Controles Domésticos
Máxima das
Fossas Sépticas

Controles
Industriais

1

Tempo de Nenhuma
percurso de permitida
300 dias

Nenhuma residência nova; Nenhum novo
nenhuma mudança no despejo desenvolviment
de águas residuais existentes
o industrial

2

Tempo de 6,5 m
percurso de
600 dias

tanque séptico com fossas
separadas
para
efluentes
sanitários e outras águas
residuais domésticas; nenhum
sistema para escoamento da
água de chuva na rede de
esgoto; nenhum tanque de
combustível novo
Principais características das zonas de
controle do desenvolvimento
Zona Definição
do Limite
Externo

Profundidade Controles Domésticos
Máxima das
Fossas Sépticas

3

tempo
de 13 m
percurso 5-6
anos

4

Outras áreas Sem limites

o mesmo que o anterior
para as águas residuais
domésticas; tanques de
combustível submetidos
a
ensaio
de
estanqueidade

Controles Industriais

todos
os
resíduos
industriais líquidos
Especificados
pelo
órgão de recursos
hídricos
serão
despejados em fossas
profundidade
despejo
de
águas com
residuais
domésticas; máxima igual à dos
tanques de combustível resíduos Domésticos
submetidos a ensaio de
estanqueidade
Referências Bibliográficas
 Mara akie iritani, sibele ezaki. s63p roteiro orientativo para

delimitação de área de proteção de poço / Mara akie iritani,
sibele ezaki. – são Paulo: instituto Geológico, 2010.
 Sistema De Informação Para O Gerenciamento Ambiental
Dos Recursos Hídricos Subterrâneos Na Área De
Afloramento Do Aquífero Guarani No Estado De São Paulo
Cooperação Técnica Secretaria Do Meio Ambiente Do Estado De
São Paulo (Brasil). Secretaria De Meio Ambiente, Saúde Pública
E Proteção Ao Consumidor Do Estado Da Baviera (Alemanha).
APOIO: PROCOP FAPESP Abril 2004
 “Proteção Da Qualidade Da Água Subterrânea: Um Guia
Para Empresas De Abastecimento De Água, Órgãos
Municipais E Agências Ambientais” 2002 Banco Internacional
De Reconstrução E Desenvolvimento/Banco Mundial Edição
Brasileira: Servmar – Serviços Técnicos Ambientais
Atividade
 Baseado na proposta do “SISTEMA DE INFORMAÇÃO

PARA O GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO
RECURSO
HÍDRICO
SUBTERRÂNEO
NO
AFLORAMENTO DO AQÜÍFERO GUARANI NO
ESTADO DE SÃO PAULO”
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  • 1. Aula 9 - Delimitação das Áreas de Proteção das Fontes de Abastecimento de Água Subterrânea
  • 2. Definição As áreas de proteção das fontes de abastecimento de água devem ser delimitadas a fim de proporcionar especial vigilância contra a contaminação das fontes de água destinadas ao abastecimento público. A mesma recomendação é válida no caso de fontes desenvolvidas para outros usos potencialmente suscetíveis, especialmente no caso de envase de águas minerais, que não recebem nenhum tipo de desinfecção.
  • 3. Bases para Definir o Perímetro das Áreas Um fator importante que influencia o perigo representado por uma atividade antrópica é sua proximidade de uma fonte de abastecimento subterrânea (poço ou nascente). A ameaça de contaminação depende especificamente dos seguintes fatores: ● se a atividade está localizada dentro da zona de captura (no subsolo) dessa fonte de abastecimento, ou seja, de sua recarga ou zona de contribuição ● o tempo de trânsito horizontal da água subterrânea no aqüífero, desde o local da atividade, até o ponto de extração da fonte de abastecimento.
  • 4. Distinção entre zona de captura e zona de influência de um poço de produção Área de Proteção Máxima
  • 5. Distinção entre zona de captura e zona de influência de umÁrea de Proteção Máxima poço de produção
  • 6. Áreas de Proteção das Fontes de Abastecimento - APFs As áreas de proteção das fontes de abastecimento (APFs) – também conhecidas como perímetros de proteção – devem ser protegidas contra: ● contaminantes que se degradam com o tempo, caso em que o tempo de residência no subsolo é a melhor medida de proteção ● contaminantes não degradáveis, caso em que se deve providenciar uma diluição associada ao fluxo principal.
  • 7. Áreas de Proteção das Fontes de Abastecimento - APFs A fim de eliminar completamente o risco de contaminação inaceitável de uma fonte de abastecimento, todas as atividades potencialmente contaminantes teriam de ser proibidas (ou totalmente controladas) dentro de toda a sua zona de captura. No entanto, isso com freqüência é impraticável ou economicamente inviável, em virtude das pressões socioeconômicas para o desenvolvimento. Assim, fazse necessária alguma divisão da zona de captura, de modo que as restrições mais rigorosas ao uso do solo sejam aplicadas somente nas áreas mais próximas da fonte.
  • 8. Áreas de Proteção das Fontes de Abastecimento - APFs A subdivisão poderia basear-se em vários critérios, incluindo distância horizontal, tempo de trânsito horizontal, proporção da área de recarga, diluição na zona saturada e/ou capacidade de atenuação. Mas, para a aplicação geral, considera-se que o mais adequado é uma combinação dos critérios tempo de trânsito (horizontal) e distância até a fonte. A proteção especial de uma parcela da zona de captura seria (sob certas circunstâncias) a solução mais recomendada para reduzir a contaminação agrícola difusa, mas mesmo nesse caso há dúvidas sobre qual parte seria melhor proteger.
  • 9. Áreas de Proteção das Fontes de Abastecimento - APFs Por meio de dados (e hipóteses) sobre as condições hidrogeológicas locais e as características da própria fonte de abastecimento de água subterrânea, pode-se definir uma série de zonas geralmente concêntricas na superfície do terreno ao redor da fonte. Tendo em vista a proteção do abastecimento, as atividades de uso do solo mais próximas das captações terão de ser submetidas a níveis cada vez maiores de controle, o que tende a variar de acordo com as condições e necessidades locais.
  • 10. Área de Proteção Máxima Zona de Captura Total da Fonte A área de proteção mais externa que se pode definir para uma fonte individual é sua zona de captura ou de recarga. Esse é o perímetro dentro do qual toda a recarga do aqüífero (derivada quer de precipitação, quer de cursos d’água superficiais) será captada na fonte de abastecimento em questão. As zonas de captura são significativas não apenas para a proteção da qualidade, mas também em termos da gestão de recursos, uma vez que, em situações de intensa exploração da água subterrânea, podem também ser usadas como áreas de conservação dos recursos (ou reserva) para o suprimento de água potável.
  • 11. Perímetro de Alerta Zona de Proteção Microbiólogica Esta Zona tem o objetivo de prevenir a ingestão de água subterrânea contaminada com bactérias, vírus e parasitas patogênicos é de suprema importância. Esses patógenos entram nos aqüíferos rasos provenientes de fossas sépticas, valas de drenagem, latrinas, esgotos ou cursos de água superficiais contaminados, entre outros. Poços mal construídos são particularmente propensos a apresentar esse tipo de contaminação.
  • 12. Perímetro de Alerta Zona de Proteção Microbiólogica No entanto, exceto nos aqüíferos mais vulneráveis, a zona vadosa (não saturada) ou as camadas semiconfinantes têm capacidade de atenuar esses contaminantes biológicos. A experiência mostra que, nos aqüíferos fissurados (com freqüência muito heterogêneos quanto às propriedades hidráulicas), é prudente estabelecer um critério limite de 50 metros de raio a partir da fonte de abastecimento.
  • 13. Esquema das zonas de captura de água subterrânea e dos perímetros do tempo de trânsito ao redor de um poço e uma nascente
  • 14. Esquema das zonas de captura de água subterrânea e dos perímetros do tempo de trânsito ao redor de um poço e uma nascente
  • 15. Esquema das zonas de captura de água subterrânea e dos perímetros do tempo de trânsito ao redor de um poço e uma nascente
  • 16. Proteção Imediata Zona Operacional de Captação A zona operacional da captação de água é a mais interna para a sua proteção, que compreende uma pequena área em superfície ao redor da fonte de abastecimento propriamente dita. É preferível que essa área seja de propriedade e controle do extrator de água subterrânea. Não se deve permitir nessa zona nenhuma atividade que não esteja relacionada com a própria extração da água, e mesmo essas atividades precisam ser cuidadosamente avaliadas e controladas para evitar a possibilidade de que os contaminantes atinjam a fonte, seja diretamente, seja por meio de perturbações no terreno adjacente.
  • 17. Proteção Imediata Zona Operacional de Captação Todas as atividades de manutenção do poço nessa zona devem ter piso de concreto para prevenir a infiltração de óleos e produtos químicos. A instalação de cercas é também uma prática comum para prevenir a invasão por animais e atos de vandalismo.
  • 18. Fatores que Controlam o Formato das Zonas FATORES QUE DETERMINAM O FORMATO E A EXTENSÃO DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO DAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ÁREA DE PROTEÇÃO Localização Gerais e FATORES DE CONTROLE Formato recarga e regime de fluxo do aqüífero (área/limite de recarga, áreas naturais de descarga, condição hidráulica das nascentes, limites do aqüífero, confinamento do aqüífero, gradientes hidráulicos do aqüífero) presença de outros poços/obras em bombeamento Área da Zona de Captura taxa de extração anual legalmente da Fonte licenciada/protegida taxa anual de recarga da água subterrânea Perímetro das Zonas distribuição da transmissividade do aqüífero Internas Baseadas no espessura do fluxo dinâmico do aqüífero, porosidade Tempo de Trânsito (mapa efetiva do aqüífero com isócronas de 50 e 500 dias)
  • 19. Fatores que Controlam o Formato das Zonas Os principais fatores que determinam a geometria das zonas de captura da fonte em geral são o regime de recarga e as condições de contorno do aqüífero. Seu formato pode variar desde muito simples a altamente complexo. Os formatos mais complexos podem ser resultado das interações variáveis entre a água subterrânea e os rios, dos efeitos da interferência de outras extrações de água subterrânea e/ou das variações nas propriedades hidráulicas do aqüífero. Nos casos em que a fonte de abastecimento está localizada a grande distância dos limites do aqüífero e/ou onde a taxa de extração é pequena, o gradiente hidráulico é íngreme e a transmissividade do aqüífero é alta, serão delimitadas áreas de proteção longas e estreitas.
  • 20. a) zona operacional bem projetada, com boas condições de drenagem e manutenção, em área rural arborizada Exemplos reais de áreas de proteção em poços de abastecimento público
  • 21. b) zona operacional mal dimensionada e com proteção inadequada, ameaçada por irrigação agrícola com águas residuais urbanas Exemplos reais de áreas de proteção em poços de abastecimento público
  • 22. Limitações do Conceito de Área de Proteção das Fontes O conceito de área de proteção das fontes (APF) é simples e robusto, como facilmente percebem as pessoas encarregadas de planejar os usos do solo e de tomar as difíceis decisões públicas geradas pelas políticas de proteção da água subterrânea. No entanto, muitos desafios técnicos podem surgir na disputa entre os que exigem um grau maior de proteção e os que desejam menos restrições, e o teste de qualquer conceito é sua capacidade de conciliar antagonismos no contexto das circunstâncias presentes.
  • 23. Limitações do Conceito de Área de Proteção das Fontes É fácil definir e implementar as APFs quando se trata de poços e campos de poços municipais importantes, localizados em aqüíferos relativamente uniformes que não sofrem exploração excessiva, mas tentar defini-las a despeito das condições e restrições locais é um exercício valioso e instrutivo.
  • 24. Limitações do Conceito de Área de Proteção das Fontes Problemas Comuns e Soluções Há uma série de situações hidrogeológicas que representam consideráveis complicações para a aplicação do conceito: ● a limitação mais séria surge quando os aqüíferos estão sujeitos a bombeamento intenso, sazonalmente variável, para irrigação agrícola ou resfriamento industrial, visto que a interferência entre os poços de bombeamento produz áreas de proteção excessivamente complexas e instáveis; recorrer à proteção total do recurso pelos critérios da vulnerabilidade do aqüífero pode ser então o único método factível
  • 25. Limitações do Conceito de Área de Proteção das Fontes ● em aqüíferos nos quais a extração é prolongada e excede consideravelmente sua recarga de longo prazo, tem origem uma condição em que os níveis de água subterrânea registram contínuo declínio e as APFs são inerentemente instáveis ● a presença de cursos de água superficiais alimentados intermitente ou irregularmente pela descarga natural do aqüífero pode ocasionar complicações semelhantes ● quando há presença de cursos de água superficiais influentes dentro da zona de captura de uma fonte, qualquer atividade potencialmente poluente localizada na área da bacia hidrográfica do rio pode afetar a qualidade da água subterrânea, embora geralmente não seja prático incluir essa área adicional na área de proteção da fonte
  • 26. Limitações do Conceito de Área de Proteção das Fontes ● nas situações em que o divisor de águas subterrâneas está a grande distância e/ou o gradiente hidráulico é muito baixo, surgem problemas especiais, particularmente com a definição de zonas de captura total da recarga, e com freqüência é necessário adotar uma isócrona de corte (de 10 anos) ● a presença de aqüíferos com múltiplas camadas, onde o gradiente hidráulico vertical pode drenar verticalmente a água entre as unidades do aqüífero; cada situação do aqüífero estratificado precisa ser examinada local a local e requer algumas hipóteses simplificadas sobre o comportamento hidráulico
  • 27. Limitações do Conceito de Área de Proteção das Fontes ● nos locais em que há grande variação anual do tamanho e do formato da zona de captura da fonte (como nos aqüíferos de baixo armazenamento), a área máxima (em vez da média) talvez seja mais adequada, e nesse caso podem ser necessárias algumas modificações locais ● as fontes de abastecimento pequenas, porque em algumas situações suas zonas de captura são muito estreitas e de lócus instável.
  • 28. Nascentes e Galerias As nascentes apresentam problemas especiais para a delimitação da área proteção, uma vez que a extração é governada pelo fluxo natural da água subterrânea induzido pela gravidade. O tamanho da zona de captura depende, portanto, do fluxo total até a nascente, mais do que da proporção do fluxo efetivamente extraído. O fluxo da nascente pode ser intermitente, reduzindo-se drasticamente, a ponto até de secar, durante a estação de seca, quando há relaxamento do lençol freático. As nascentes geralmente ocorrem na junção de descontinuidades geológicas, como mudanças da litologia, falhas ou barreiras, cuja natureza e extensão, na melhor das hipóteses, só em parte podem ser caracterizadas.
  • 29. Nascentes e Galerias Além disso, a localização real das nascentes pode ser extremamente incerta, devido à presença de galerias de infiltração e sistemas de tubulação. Em todos esses casos, inevitavelmente, a delimitação das áreas de proteção terá que se basear em hipóteses aproximadas, de caráter essencialmente empírico e até certo ponto conservador.
  • 30. Implementação em Ambientes Urbanos Os conceitos de zonas de captura das fontes de abastecimento e de tempo de trânsito da água no aqüífero aplicam-se igualmente a todos os ambientes, mas sua delimitação por meio exclusivamente hidrogeológico e sua implementação como área de proteção em meio urbano freqüentemente apresentam consideráveis problemas. Isso decorre da complexidade dos processos de recarga do aqüífero nesse ambiente, do número geralmente alto de poços de extração com usos da água muito diferentes, e do fato de que a maioria das APFs definidas já estarão ocupadas para desenvolvimento residencial e/ou industrial.
  • 31. Implementação em Ambientes Urbanos Contudo, as zonas delimitadas servirão para priorizar o monitoramento da qualidade da água subterrânea, a inspeção das instalações industriais e a adoção de medidas para mitigar a poluição da água subterrânea tais como mudanças no manejo do efluente industrial ou no armazenamento de produtos químicos e a introdução de rede de esgoto em áreas em que o aqüífero registra um alto índice de vulnerabilidade à contaminação.
  • 32. Métodos para Definir as Zonas de Captura Avaliação dos métodos de delimitação das zonas de captura das fontes de abastecimento de água subterrânea
  • 33. É importante lembrar que a delimitação das diversas zonas, assim como o regime da água subterrânea em que ela ocorre, é um sistema dinâmico. Nenhuma zona é imutável, já que as condições da água subterrânea podem sofrer alterações físicas, ou novos dados hidrogeológicos podem surgir e permitir uma representação mais exata do aqüífero. Do mesmo modo, embora se admita que muitos sistemas de fluxo da água subterrânea demonstram um comportamento complexo no detalhe (especialmente na proximidade de poços), essas complexidades locais não são tão críticas na escala da delimitação da área de proteção
  • 34. Modelagens Endereços úteis na internet sobre modelagem numérica da água subterrânea para proteção das fontes
  • 35. Considerações Práticas O procedimento de delimitação da área de proteção envolve alguns passos distintos. O estágio mais importante em todo o processo é provavelmente a aquisição dos dados. É necessário obter informações não somente das propriedades do aqüífero, mas também sobre a construção do poço, o regime operacional da fonte, os níveis hidráulicos da água subterrânea, os processos e taxas de recarga e a interação do aqüífero com os cursos de água superficiais. Nenhuma área de proteção pode ser delimitada isoladamente, e para cada uma é preciso considerar a unidade aqüífera em questão num raio de, no mínimo, 5 km (e, em geral, 10 km).
  • 36. Considerações Práticas Compilados os dados básicos, todas as informações disponíveis devem ser sintetizadas num modelo conceitual com o objetivo de fornecer uma clara descrição das condições da água subterrânea. A escolha da técnica de delimitação dependerá: ● do grau de conhecimento das condições hidráulicas da água subterrânea ● da importância operacional da fonte de água subterrânea ● dos recursos humanos e financeiros disponíveis. O SIG integrado e os bancos de dados constituem um meio útil de organizar os dados dentro de um sistema único e permitem que, na visualização, se verifiquem as incoerências e se modelem os dados geograficamente.
  • 37. Lidando com a Incerteza Científica A qualidade de um modelo numérico de aqüífero depende dos dados de entrada e do conhecimento conceitual do regime de fluxo da água subterrânea. O tamanho, o formato e a localização das zonas de captura das fontes são controlados em grande parte pelos parâmetros hidrogeológicos, que, em geral, são mal quantificados. Decorre daí que a confiança nas zonas previstas será limitada pela incerteza quanto aos parâmetros associados.
  • 38. DECRETO nº 32.955, de 7 de fevereiro de 1991 Regulamenta a Lei nº 6.134, de 2 de junho de 1988. (*) Com retificação feita no Diário Oficial de 09/02/1991 CAPÍTULO III Das Áreas de Proteção SEÇÃO II Da Classificação das Áreas de Proteção Art. 20 - Para os fins deste Decreto, as áreas de proteção classificamse em: I - Área de Proteção Máxima: compreendendo, no todo ou em parte, zonas de recarga de aqüíferos altamente vulneráveis à poluição e que se constituam em depósitos de águas essenciais para abastecimento público; II - Área de Restrição e Controle: caracterizada pela necessidade de disciplina das extrações, controle máximo das fontes poluidoras já implantadas e restrição a novas atividades potencialmente poluidoras; e III - Área de Proteção de Poços e Outras Captações: incluindo a distância mínima entre poços e outras captações e o respectivo perímetro de proteção.
  • 39. DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL PORTARIA Nº 231,de 31 DE JULHO DE 1998 Na definição de áreas ou perímetros de proteção deverão ser conceituadas três diferentes zonas segundo suas características hidráulicas: a ZI ou zona de influência; a ZC ou zona de contribuição e a ZT, zona de transporte. A zona de influência (ZI) é aquela associada ao cone de depressão (rebaixamento da superfície potenciométrica) de um poço em bombeamento ou de uma fonte ou nascente natural, considerado aqui como um afloramento da superfície piezométrica ou freática, equivalente a um dreno. A zona de contribuição (ZC) é a área de recarga associada ao ponto de captação (fonte ou poço), delimitada pelas linhas de fluxo que convergem a este ponto. A zona de transporte (ZT) ou de captura é aquela entre a área de recarga e o ponto de captação. É esta zona que determina o tempo de trânsito que um contaminante leva para atingir um ponto de captação, desde a área de recarga. Em geral, este tempo depende da distância do percurso ou fluxo subterrâneo, das características hidráulicas do meio aqüífero e dos gradientes hidráulicos.
  • 40. Comparação entre as zonas de proteção propostas neste estudo e existentes nas legislações brasileira e alemã e em Foster et al (2002) Zonas de proteção Projetos Perímetro Imediato de Proteção Sanitária (PIPS) Perímetro de Alerta (PA) Zona Proximal de Restrição e Controle (ZPRC) Zona Distal de Restrição e Controle (ZDRC) Estado da Baviera Zona I Zona II Zona III A Zona IIIB Decreto Estadual nº 32.955 de 07/02/91 Perímetro imediato Perímetro de Alerta Área de Restrição e Controle Área de Proteção Máxima Zona de Transporte Zona de Contribuição Zona de 500 dias Zona de Captura Total (TOT 10 anos Portaria Federal DNPM nº 231 de 31/07/98 Foster et al (2002 ) Zona de Influência Zona Operacional Zona de Proteção Microbiológica
  • 41. Proposta de diretrizes para implantação de empreendimentos em área de proteção de poços de acordo com o potencial poluidor da atividade. N – não permitido em quase todos os casos; PN – provavelmente não permitido, exceto em alguns casos autorizados pelo órgão ambiental; PP – provavelmente permitido, desde que obedeça as exigências específicas do órgão ambiental; P – permitido se atender exigências do órgão ambiental, caso seja solicitado.
  • 42. Instruções Para Implementação Das Áreas De Proteção De Poços A implementação das Áreas de Proteção de Poços é uma ação que envolve forte articulação dos órgãos municipais e a necessária conscientização por parte do nível político da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, quanto a sua co-responsabilidade pela qualidade da água que serve aos seus munícipes. As etapas e responsabilidades para a implantação das áreas de proteção são:
  • 43. Instruções Para Implementação Das Áreas De Proteção De Poços 1) A Empresa de abastecimento público (autarquia ou concessionária) desenvolve do Estudo Técnico para a definição dos limites da área de proteção que pode ser feita para um poço ou conjunto de poços. 2) A Equipe Técnica da Prefeitura Municipal, com o apoio da CETESB, cadastra e classifica as fontes potenciais de poluição instaladas nas Áreas de Proteção dos Poços existentes, implantando um programa de controle e monitoramento dos empreendimentos existentes e restrições a novas instalações.
  • 44. Instruções Para Implementação Das Áreas De Proteção De Poços A Equipe Técnica da Prefeitura Municipal incorpora as Áreas de Proteção de Poços e Outras Captações no Plano Diretor e estabelece um Catálogo Orientativo de diretrizes e restrições de uso do solo (urbano e rural) a ser aplicado nas áreas de proteção dos novos poços que eventualmente forem construídos. Os órgãos licenciadores municipais que atuam sobre o parcelamento do uso do solo e estaduais de licenciamento ambiental (CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e de saúde (CVS – Centro de Vigilância Sanitária) levam em consideração as diretrizes estabelecidas no Catálogo Orientativo de Diretrizes e Restrições em cada zona delimitada.
  • 45. Instruções Para Implementação Das Áreas De Proteção De Poços O órgão de outorga de uso dos recursos hídricos (DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica) exige e avalia a delimitação da Área de Proteção de Poços conforme consta no artigo 25 do Decreto Estadual nº 32.955/91 no ato da outorga de novos poços destinados ao sistema público de abastecimento humano. 4) Esta delimitação é encaminhada pela Prefeitura aos órgãos gestores de recursos hídricos e ao Comitê de Bacia para conhecimento.
  • 46. Exemplo de planilha para cadastro das fontes potenciais de poluição no perímetro de proteção de poços
  • 47. Estudo de caso Este estudo de caso revela os benefícios de introduzir logo as áreas de proteção das fontes de abastecimento de água subterrânea, mesmo em situações nas quais ainda não se tem total compreensão da natureza do regime de fluxo do aqüífero e dos perigos de contaminação. Ações suplementares sempre podem ser consideradas para reforçar, mais tarde, as disposições existentes.
  • 48. Estudo de caso A ilha caribenha de Barbados depende muito da água subterrânea para seu abastecimento público, extraindo cerca de 115 mil l/d de 17 poços de produção num aqüífero cárstico de calcário altamente permeável e vulnerável à contaminação.
  • 49. Estudo de caso ● O impacto potencial do desenvolvimento urbano e a grande importância estratégica dos suprimentos de água subterrânea levaram o governo de Barbados a Estabelecer, trinta anos atrás, áreas de proteção especiais ao redor de todos os poços de abastecimento público. Os perímetros dessas áreas de proteção são definidos com base nos tempos médios de percurso da água subterrânea até os poços, e o conjunto de restrições impostas encontra-se resumido na tabela. Essas restrições, em sua maior parte, têm sido bemsucedidas na conservação da qualidade da água de abastecimento.
  • 50. Estudo de caso ● Na época em que as medidas foram introduzidas, os principais perigos de contaminação que se avistavam era a extensão da urbanização com saneamento in situ ao redor da capital, Bridgetown, e o vazamento das instalações comerciais e domésticas para armazenamento de combustível.
  • 51. Estudo de caso No entanto, outras ameaças surgiram posteriormente, como: - a substituição da tradicional lavoura extensiva de canade-açúcar por uma horticultura intensiva que exigia muito mais aplicações de fertilizantes e pesticidas - despejo ilegal de resíduos sólidos industriais em pequenas pedreiras de calcário abandonadas e lançamentos de efluentes em poços não mais usados. Foram então implantadas medidas para controlar e monitorar essas atividades.
  • 52. Principais características das zonas de controle do desenvolvimento Zona Definição do Limite Externo Profundidade Controles Domésticos Máxima das Fossas Sépticas Controles Industriais 1 Tempo de Nenhuma percurso de permitida 300 dias Nenhuma residência nova; Nenhum novo nenhuma mudança no despejo desenvolviment de águas residuais existentes o industrial 2 Tempo de 6,5 m percurso de 600 dias tanque séptico com fossas separadas para efluentes sanitários e outras águas residuais domésticas; nenhum sistema para escoamento da água de chuva na rede de esgoto; nenhum tanque de combustível novo
  • 53. Principais características das zonas de controle do desenvolvimento Zona Definição do Limite Externo Profundidade Controles Domésticos Máxima das Fossas Sépticas 3 tempo de 13 m percurso 5-6 anos 4 Outras áreas Sem limites o mesmo que o anterior para as águas residuais domésticas; tanques de combustível submetidos a ensaio de estanqueidade Controles Industriais todos os resíduos industriais líquidos Especificados pelo órgão de recursos hídricos serão despejados em fossas profundidade despejo de águas com residuais domésticas; máxima igual à dos tanques de combustível resíduos Domésticos submetidos a ensaio de estanqueidade
  • 54. Referências Bibliográficas  Mara akie iritani, sibele ezaki. s63p roteiro orientativo para delimitação de área de proteção de poço / Mara akie iritani, sibele ezaki. – são Paulo: instituto Geológico, 2010.  Sistema De Informação Para O Gerenciamento Ambiental Dos Recursos Hídricos Subterrâneos Na Área De Afloramento Do Aquífero Guarani No Estado De São Paulo Cooperação Técnica Secretaria Do Meio Ambiente Do Estado De São Paulo (Brasil). Secretaria De Meio Ambiente, Saúde Pública E Proteção Ao Consumidor Do Estado Da Baviera (Alemanha). APOIO: PROCOP FAPESP Abril 2004  “Proteção Da Qualidade Da Água Subterrânea: Um Guia Para Empresas De Abastecimento De Água, Órgãos Municipais E Agências Ambientais” 2002 Banco Internacional De Reconstrução E Desenvolvimento/Banco Mundial Edição Brasileira: Servmar – Serviços Técnicos Ambientais
  • 55. Atividade  Baseado na proposta do “SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA O GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO RECURSO HÍDRICO SUBTERRÂNEO NO AFLORAMENTO DO AQÜÍFERO GUARANI NO ESTADO DE SÃO PAULO” Em anexo