SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 31
SERVIÇO DE GINECOLOGIA DO HUCFF
Ana Alice Marques Ferraz de Andrade (R2)
Orientador: Dr. Décio Alves
A TIREOIDE PARA O
GINECOLOGISTA
O que é tireoide?
• Maior glândula endócrina;
• Produz os hormônios tireoidianos (T3 e T4);
• Entre o ápice da cartilagem tireoide e a fúrcula esternal;
• Composta por 2 lobos piriformes e o istmo(10 -20g);
• Paratireóides (PTH);
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Tireoide - Histologia
•Unidade funcional é o folículo tireoidiano;
•Células foliculares tireoideas (cubóides);
•Células Parafoliculares (calcitonina);
•Colóide - depósito do hormônio tireoidiano;
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Tireoide - Fisiologia
1. Eixo hipotálamo – hipófise - tireoide;
2. Suprimento adequado de iodo na dieta ( ciclo do iodo):
 OMS - ingestão de 150 µg/dia (<50 µg/dia - hipotireoidismo)
 HT dependem do iodo 60 – 65% na composição
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Produção dos Hormônios Tireoidianos
Determina todo processo
Tireoide- Fisiologia
Tireoide - Fisiologia
 T4:T3 (20:1);
 T4 - produzido na tireoide
 T3 20% proveniente da tireoide / 80% pela conversão do T4 ( fígado e rim);
 30% de T4 é convertido em T3 - desiodase tipo 1 (maioria dos tecidos) e desiodase tipo 2 (cérebro,
hipófise, tecido adiposo);
 40% de T4 é convertido em T3r – inativo (desiodase tipo 3) ;
 T3 é 4x mais ativo que T4:
 os receptores celulares para HT tem cerca de 15 x mais afinidade por T3;
 as proteínas sanguíneas ligam a T4 mais fixamente que T3.  
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
 Tireoide - Transporte
 Proteínas plasmáticas;
 70% TBG (globulina ligadora de tiroxina);
 15% Albumina
 10% TBPA (pré – albumina)
 Estados hiperestrogênicos (gestação, estrogenioterapia continuada) elevam TBG e portanto, cursam com
T4 total e T4 livre normal;↑
 Com o aumento da TBG, a manutenção de um estado eutireoidiano depende do conceito de que a
tiroxina livre é mantida em limites normais.  
 Na gestação ocorre aumento de metabolismo da tiroxina, a dose necessária para tratar o hipotireoidismo
pode aumentar em ate 75% por conta da metabolização do hormônio pela placenta.( desiodase tipo 3 que
inativa).
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Tireoide - Laboratório
 HIPETIREOIDISMO – T4 livre, T3 total e TSH
 HIPOTIREOIDISMO – T 4 livre e TSH
Hipo/Hiper T3 / T4 TSH
Hiper Primário aumenta diminui
Hiper
Secundário
aumenta Normal ou
aumenta
Hipo primário diminui aumenta
Hipo
Secundário/
Terciário
diminui Normal ou
diminui
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Tireoide - Fisiologia
 Efeitos fisiológicos dos HT:
 Crescimento, desenvolvimento e maturação óssea ( feto);
 Aumenta consumo de O2 e produção de calor;
 Aumento dos receptores β adrenérgicos do coração (inotrópico e cronotópico positivo);
 Rapidez de raciocínio e capacidade de concentração;
 Capacidade de contração muscular e estímulo aos reflexos tendinosos;
 Aumenta motilidade da musculatura lisa do TGI
 Aumenta glicogenólise, gliconeogênese e lipólise ( catabólicos)
 Esteroidogênese
Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Inter-relações entre as funções do ovário e
da tireoide
 Estrogênio possui ação direta e indireta na tireóide;
 Assunto de interesse para o ginecologista;
 Aspectos epidemiológicosAspectos epidemiológicos:
 Prevalência na população geral:
 4 – 10% hipotireoidismo clínico ou subclínico*
 1- 1,3% hipertireoidismo
 Mulheres > que homens
 Prevalência aumenta na pós- menopausa ( 20%).
Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
Inter-relações entre as funções do
ovário e da tireoide
 Estudos ClínicosEstudos Clínicos:
 Pós- menopausa com hipotireoidismo em estrogenioterapia:
 Estrogênio eleva TBG elevam frações totais→ →
 Estrogênio aumenta metabolização de T4 livre ( reduz T4 livre)
 Diminui T4 livre e aumenta T4 total, TSH e TBG
 Influência hormonalInfluência hormonal
 Hipotireoidismo : diminui SHBG
 Hipertireoidismo: aumenta SHBG
O EFEITO DO ESTROGÊNIO NA FUNÇÃO TIREOIDEA PODE INTERFERIR
NO TRATAMENTO DE HIPOTIREOIDISMO
Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
Inter-relações entre as funções do
ovário e da tireoide
 Alteração menstrualAlteração menstrual
 Não há relação direta de especificidade entre a característica do fluxo e a alteração da
tireoide.
 Hipotireoidismo pode também cursar com galactorréia + amenorréia devido
hiperprolactinemia.
Hipertireoidismo Hiportireoidismo
Hipomenorréia 52% Oligomenorréia 42,5 %
Polimenorréia 32,5% Hipermenorréia 30%
Oligomenorréia 11% Hipomenorréia 15%
Hipermenorréia 4,5% Amenorréia 12,5%
Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
Inter-relações entre as funções do
ovário e da tireoide
 Considerações FinaisConsiderações Finais
 Avaliar função tireoidea em paciente com alteração menstrual após descartar lesões nos
órgãos genitais;
 Segundo a Associação Norte-Americana de Tireoide (American Thyroid Society), todas as
mulheres acima de 35 anos devem ser avaliadas a cada 5 anos quanto a função
tireoidiana;
 Paciente em TH deve ser avaliada 12 semanas após o início, pois pode aumentar a
necessidade de tiroxina nas mulheres com hipotireoidismo ( eleva TBG e diminui a
fração livre).
Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
Hipertireoidismo e Hipotireoidismo
HIPOTIREOIDISMO
Hipotireoidismo
 Distúrbio funcional mais comum da tireóide;
 Síndrome clínica resultante da produção ou ação deficiente dos hormônios tireoidianos ->
lentificação dos metabolismo.
 Sem causa específica, autoimune;
 Principal causa no mundo: Deficiência de iodo;
 Brasil: Tireoidite de Hashimoto e iatrogênica;
 mais frequente em mulheres e aumenta com a idade;
 Screening após 35 anos;
Hipotireoidismo
Obesidade
Hipotensão
Hipotermia
Hiporreflexia
Letargia
Incapacidade de
concentração
Depressão
Edema periorbitário
Derrames cavitários
Constipação
Cefaléia
Ressecamento da pele
Queda de cabelos
Voz grossa
Ansiedade
Insônia
Síndrome doTúnel do carpo
Alteração menstrual
Hipotireoidismo - Diagnóstico
Hipotireoidismo - laboratório
• TSH
• T4 livre
• Anticorpo anti-TPO
• Anticorpo anti-tireoglobulina
• T3 livre / T3 reverso *
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo subclínico;
 20 % mulheres com > 60 anos, brancos
 2 a 5 % ao ano - > clínico
 Maior coronariopatia
 Atenção : gestantes
David S Cooper, Bernadette Biondi Subclinical thyroid disease www.thelancet.com Published online January 23, 2012
Hipotireoidismo Congênito – cretinismo;
Hipotireoidismo na infância – retardo do crescimento;
Hipotireoidismo tipo II
 Resistência periférica aos hormônios tireoidianos nas células ( não converte
T4 em T3);
 Sintomas semelhantes aos hipotireoidismo clássico;
 Subdiagnosticada por exames laboratoriais normais;
John Burgstiner, Hypothyroidism Type II - A Modern Epidemic , EzineArticles, Publicação: 02
de outubro de 2009
REDUZEM produção de T4
 Deficiência de:
• Selênio
• Zinco
• Cobre
• Iodo
• Vitamina A
• Vitamina C
• Vitaminas B2, B3, B6
AUMENTAM metabolismo de T4
• Gravidez
• Drogas :
• beta bloqueadores
• Contraceptivos orais
• Carbonato de Lítio
• Fenitoína
• Quimioterapia
 Síndrome Nefrótica
INIBEM DESIODASE TIPO 1 ( ↓T3 e↑T3 r)
 Hipotireoidismo
 Drogas
Propranolol
Amiodarona
Corticoide ( inibe TRH, inibe TSH e conversão periférica T4 – T3)
 Stress
 Intoxicação por metais pesados
 Comprometimento da função renal e hepática ( local da conversão)
 DIETA
• Deficiências nutricionais ( jejum) reduz a conversão
• Bebida alcoólica
• Alimentos a base de soja
Reposição do hormônio tireoidiano
1. Selênio quelado 50-200 mcg
2. T3 2-5 mcg
3. T4 8-20 mcg
30 doses. Tomar uma dose em jejum pela manhã
Reposição do iodo
1. Iodo metalóide ............................................ 5mg
2. Iodeto de potássio ......................................... 7,5 mg
Composição para 2 gotas.
Fazer 10 ml. Usar X gotas pela manhã em jejum
1- Dose preventiva = 25 mg de Iodo / dia = 4 gotas pela manhã, antes do café
2- TSH > 2 e < 2,8 = 50 mg de Iodo / dia = 4 gotas antes do café, 4 gotas antes
do jantar
3- Cistos / Nódulos Tireóide = 50 mg de Iodo / dia 4 gotas antes do café, 4
gotas antes do jantar
1. Iodo 5 DH - 30 ml – tomar 10 gotas via sublingual em jejum
Bibliografias
 BEREK, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
 Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
 John Burgstiner, Hipotireoidismo Tipo II - uma epidemia moderna, EzineArticles,
Publicação: 02 de outubro de 2009
 SPEROFF L. S., FRITZ M. A. Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertility.Lippincott
Williams & Wilkins, 2005
 Current Obstetrícia e Ginecologia, Mc Graw-Hill, 9ª Edição, 2005
Obrigada

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula 07 sistema endócrino - anatomia e fisiologia
Aula 07   sistema endócrino - anatomia e fisiologiaAula 07   sistema endócrino - anatomia e fisiologia
Aula 07 sistema endócrino - anatomia e fisiologiaHamilton Nobrega
 
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
Hipotireoidismo e hipertireoidismoHipotireoidismo e hipertireoidismo
Hipotireoidismo e hipertireoidismoAna Paula Lima
 
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoHipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoTaillany Caroline
 
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...Fernanda Marinho
 
Sistema endócrino - Anatomia humana
Sistema endócrino - Anatomia humanaSistema endócrino - Anatomia humana
Sistema endócrino - Anatomia humanaMarília Gomes
 
Seminario sobre Tireóide
Seminario sobre TireóideSeminario sobre Tireóide
Seminario sobre TireóideSú Carreiro
 
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalFisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalHerbert Santana
 
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)Bio
 
Hipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismoHipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismoWalquer Sobrinho
 
Desequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticosDesequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticosAroldo Gavioli
 
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizadoAula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizadoHamilton Nobrega
 
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoFisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoHerbert Santana
 
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaDistúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaJosé Alexandre Pires de Almeida
 
Cópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxCópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxJucie Vasconcelos
 

Was ist angesagt? (20)

Aula 07 sistema endócrino - anatomia e fisiologia
Aula 07   sistema endócrino - anatomia e fisiologiaAula 07   sistema endócrino - anatomia e fisiologia
Aula 07 sistema endócrino - anatomia e fisiologia
 
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
Hipotireoidismo e hipertireoidismoHipotireoidismo e hipertireoidismo
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
 
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoHipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
 
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
 
Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites   Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites
 
Sistema endócrino - Anatomia humana
Sistema endócrino - Anatomia humanaSistema endócrino - Anatomia humana
Sistema endócrino - Anatomia humana
 
Seminario sobre Tireóide
Seminario sobre TireóideSeminario sobre Tireóide
Seminario sobre Tireóide
 
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalFisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
 
Hipertireoidismo
HipertireoidismoHipertireoidismo
Hipertireoidismo
 
Aula hipófise
Aula hipófiseAula hipófise
Aula hipófise
 
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
Aula: Sistema Endócrino (Power Point)
 
Sistema endócrino
Sistema endócrino Sistema endócrino
Sistema endócrino
 
Hipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismoHipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismo
 
Desequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticosDesequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticos
 
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizadoAula 06   fisiologia do sistema endócrino - atualizado
Aula 06 fisiologia do sistema endócrino - atualizado
 
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoFisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
 
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaDistúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
 
Hipotireoidismo
HipotireoidismoHipotireoidismo
Hipotireoidismo
 
Cópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxCópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tórax
 
Hormônios
HormôniosHormônios
Hormônios
 

Andere mochten auch

Manual de ginecologia natural - Rina Nissim
Manual de ginecologia natural - Rina NissimManual de ginecologia natural - Rina Nissim
Manual de ginecologia natural - Rina NissimN SinApellido
 
Sist. endo.med i ok.
Sist. endo.med i ok.Sist. endo.med i ok.
Sist. endo.med i ok.fsilvaf
 
ParatireóIdes
ParatireóIdesParatireóIdes
ParatireóIdesOlavo
 

Andere mochten auch (20)

Highlights xvii congresso brasileiro de mastologia
Highlights xvii congresso brasileiro de mastologiaHighlights xvii congresso brasileiro de mastologia
Highlights xvii congresso brasileiro de mastologia
 
Manual de ginecologia natural - Rina Nissim
Manual de ginecologia natural - Rina NissimManual de ginecologia natural - Rina Nissim
Manual de ginecologia natural - Rina Nissim
 
Histologia 2
Histologia 2Histologia 2
Histologia 2
 
Aula sistema endocrino
Aula sistema endocrinoAula sistema endocrino
Aula sistema endocrino
 
Sist. endo.med i ok.
Sist. endo.med i ok.Sist. endo.med i ok.
Sist. endo.med i ok.
 
Quimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovário
Quimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovárioQuimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovário
Quimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovário
 
Avaliação laboratorial pré_trh_revisado
Avaliação laboratorial pré_trh_revisadoAvaliação laboratorial pré_trh_revisado
Avaliação laboratorial pré_trh_revisado
 
Tratamento clínico da síndrome pré-menstrual
Tratamento clínico da síndrome pré-menstrualTratamento clínico da síndrome pré-menstrual
Tratamento clínico da síndrome pré-menstrual
 
Pronto !! distúrbios urinários do climatér ioooo
Pronto !!   distúrbios urinários do climatér iooooPronto !!   distúrbios urinários do climatér ioooo
Pronto !! distúrbios urinários do climatér ioooo
 
ParatireóIdes
ParatireóIdesParatireóIdes
ParatireóIdes
 
Rastreamento mamográfico seminario 20.09
Rastreamento mamográfico seminario 20.09Rastreamento mamográfico seminario 20.09
Rastreamento mamográfico seminario 20.09
 
Assistência à vítima de abuso sexual lpjn
Assistência à vítima de abuso sexual   lpjnAssistência à vítima de abuso sexual   lpjn
Assistência à vítima de abuso sexual lpjn
 
Falencia ovariana precoce - diagnostico - FIV - drogas
Falencia ovariana precoce - diagnostico - FIV - drogas Falencia ovariana precoce - diagnostico - FIV - drogas
Falencia ovariana precoce - diagnostico - FIV - drogas
 
O valor ..compatibilidade
O valor ..compatibilidadeO valor ..compatibilidade
O valor ..compatibilidade
 
NIV
NIVNIV
NIV
 
Abordagem terapeutica no_leiomioma_uterino
Abordagem terapeutica no_leiomioma_uterinoAbordagem terapeutica no_leiomioma_uterino
Abordagem terapeutica no_leiomioma_uterino
 
Otimização dos métodos de imagem
Otimização dos métodos de imagemOtimização dos métodos de imagem
Otimização dos métodos de imagem
 
Hormonioterapia neoadjuvante do_câncer_de_mama
Hormonioterapia neoadjuvante do_câncer_de_mamaHormonioterapia neoadjuvante do_câncer_de_mama
Hormonioterapia neoadjuvante do_câncer_de_mama
 
Sistema linfático
Sistema linfáticoSistema linfático
Sistema linfático
 
Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013
Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013
Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013
 

Ähnlich wie Tireoide para 22_março

Os 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoide
Os 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoideOs 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoide
Os 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoideTookmed
 
Hipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismoHipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismoJCesar Peix
 
16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf
16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf
16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdfRodrigoDalia1
 
Função da Tireóide Veterinária
Função da Tireóide VeterináriaFunção da Tireóide Veterinária
Função da Tireóide VeterináriaFábio Baía
 
Farmacoterapia da Tireóide.pptx
Farmacoterapia da Tireóide.pptxFarmacoterapia da Tireóide.pptx
Farmacoterapia da Tireóide.pptxRobertTibrcio
 
Principais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animaisPrincipais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animaisReginaReiniger
 
Aula 12 hipertireoidismo
Aula 12   hipertireoidismo Aula 12   hipertireoidismo
Aula 12 hipertireoidismo fe53
 
tireoide e dislipidemias.pptx
tireoide e dislipidemias.pptxtireoide e dislipidemias.pptx
tireoide e dislipidemias.pptxEllemKarita
 
Porque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,Juvenil
Porque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,JuvenilPorque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,Juvenil
Porque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,JuvenilVan Der Häägen Brazil
 
Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4
Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4
Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4Dallianesoares1
 
Diagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primário
Diagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primárioDiagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primário
Diagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primárioadrianomedico
 
Ao redor da tireoide existem estruturas importantes
Ao redor da tireoide existem  estruturas importantesAo redor da tireoide existem  estruturas importantes
Ao redor da tireoide existem estruturas importantesDr.Marcelinho Correia
 

Ähnlich wie Tireoide para 22_março (20)

Os 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoide
Os 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoideOs 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoide
Os 10 principais fatores surpreendentes que reduzem os hormônios da tireoide
 
Hipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismoHipertireoidismo e hipotireoidismo
Hipertireoidismo e hipotireoidismo
 
16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf
16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf
16.20-Hipotireoidismo-e-Hipertireoidismo-Dra-Lireda.pdf
 
Função da Tireóide Veterinária
Função da Tireóide VeterináriaFunção da Tireóide Veterinária
Função da Tireóide Veterinária
 
Farmacoterapia da Tireóide.pptx
Farmacoterapia da Tireóide.pptxFarmacoterapia da Tireóide.pptx
Farmacoterapia da Tireóide.pptx
 
Hormonas Tiroideias
Hormonas TiroideiasHormonas Tiroideias
Hormonas Tiroideias
 
Principais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animaisPrincipais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animais
 
Tireóide da mamãe 1
Tireóide da mamãe 1Tireóide da mamãe 1
Tireóide da mamãe 1
 
Aula 12 hipertireoidismo
Aula 12   hipertireoidismo Aula 12   hipertireoidismo
Aula 12 hipertireoidismo
 
Patologias da tireóide
Patologias da tireóidePatologias da tireóide
Patologias da tireóide
 
Glândulas endócrinas
Glândulas endócrinasGlândulas endócrinas
Glândulas endócrinas
 
ENDOCRINO.pdf
ENDOCRINO.pdfENDOCRINO.pdf
ENDOCRINO.pdf
 
tireoide e dislipidemias.pptx
tireoide e dislipidemias.pptxtireoide e dislipidemias.pptx
tireoide e dislipidemias.pptx
 
Porque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,Juvenil
Porque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,JuvenilPorque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,Juvenil
Porque a Tireóide Compromete o Crescimento Congênito,Neonatal,Criança,Juvenil
 
Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4
Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4
Metabolismo Tireoide - Produção de T3 e T4
 
Função Tireoidiana
Função TireoidianaFunção Tireoidiana
Função Tireoidiana
 
Diagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primário
Diagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primárioDiagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primário
Diagnostico de hipertireoidismo após hipotireoidismo primário
 
Ao redor da tireoide existem estruturas importantes
Ao redor da tireoide existem  estruturas importantesAo redor da tireoide existem  estruturas importantes
Ao redor da tireoide existem estruturas importantes
 
download.pdf
download.pdfdownload.pdf
download.pdf
 
Hipertiroidismo
HipertiroidismoHipertiroidismo
Hipertiroidismo
 

Mehr von Hospital Universitário - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mehr von Hospital Universitário - Universidade Federal do Rio de Janeiro (16)

Seminario canadian recovered
Seminario canadian recoveredSeminario canadian recovered
Seminario canadian recovered
 
Cirurgia oncoplástica da_mama
Cirurgia oncoplástica da_mamaCirurgia oncoplástica da_mama
Cirurgia oncoplástica da_mama
 
Radioterapia adjuvante no_câncer_de_mama
Radioterapia adjuvante no_câncer_de_mamaRadioterapia adjuvante no_câncer_de_mama
Radioterapia adjuvante no_câncer_de_mama
 
Trabalho colposcopia final
Trabalho colposcopia finalTrabalho colposcopia final
Trabalho colposcopia final
 
Abordagem Atual no Diagnostico dos Tumores Ovarianos
Abordagem Atual no Diagnostico dos Tumores OvarianosAbordagem Atual no Diagnostico dos Tumores Ovarianos
Abordagem Atual no Diagnostico dos Tumores Ovarianos
 
Dor Pelvica Cronica
Dor Pelvica CronicaDor Pelvica Cronica
Dor Pelvica Cronica
 
Malformações genitais
Malformações genitaisMalformações genitais
Malformações genitais
 
Cirurgia radioguiada no câncer de mama
Cirurgia radioguiada no câncer de mamaCirurgia radioguiada no câncer de mama
Cirurgia radioguiada no câncer de mama
 
Carcinoma ductal in situ apresentação
Carcinoma ductal in situ   apresentaçãoCarcinoma ductal in situ   apresentação
Carcinoma ductal in situ apresentação
 
Aplicabilidade clínica dos testes genéticos nos câncer de mama
Aplicabilidade clínica dos testes genéticos nos câncer de mamaAplicabilidade clínica dos testes genéticos nos câncer de mama
Aplicabilidade clínica dos testes genéticos nos câncer de mama
 
Puberdade Precoce: como conduzir
Puberdade Precoce: como conduzirPuberdade Precoce: como conduzir
Puberdade Precoce: como conduzir
 
Métodos de biópsia no cancer de mama
Métodos de biópsia no cancer de mamaMétodos de biópsia no cancer de mama
Métodos de biópsia no cancer de mama
 
Atualizações gonococo e clamidia
Atualizações gonococo e clamidiaAtualizações gonococo e clamidia
Atualizações gonococo e clamidia
 
Conduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino lpjn
Conduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino   lpjnConduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino   lpjn
Conduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino lpjn
 
Lesões mamárias benignas - aspecto histopatológico
Lesões mamárias benignas - aspecto histopatológicoLesões mamárias benignas - aspecto histopatológico
Lesões mamárias benignas - aspecto histopatológico
 
Indicações de laparoscopia no manejo de massas anexiais
Indicações de laparoscopia no manejo de massas anexiaisIndicações de laparoscopia no manejo de massas anexiais
Indicações de laparoscopia no manejo de massas anexiais
 

Tireoide para 22_março

  • 1. SERVIÇO DE GINECOLOGIA DO HUCFF Ana Alice Marques Ferraz de Andrade (R2) Orientador: Dr. Décio Alves A TIREOIDE PARA O GINECOLOGISTA
  • 2. O que é tireoide? • Maior glândula endócrina; • Produz os hormônios tireoidianos (T3 e T4); • Entre o ápice da cartilagem tireoide e a fúrcula esternal; • Composta por 2 lobos piriformes e o istmo(10 -20g); • Paratireóides (PTH); Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 3. Tireoide - Histologia •Unidade funcional é o folículo tireoidiano; •Células foliculares tireoideas (cubóides); •Células Parafoliculares (calcitonina); •Colóide - depósito do hormônio tireoidiano; Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 4. Tireoide - Fisiologia 1. Eixo hipotálamo – hipófise - tireoide; 2. Suprimento adequado de iodo na dieta ( ciclo do iodo):  OMS - ingestão de 150 µg/dia (<50 µg/dia - hipotireoidismo)  HT dependem do iodo 60 – 65% na composição Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 5. Produção dos Hormônios Tireoidianos Determina todo processo
  • 7. Tireoide - Fisiologia  T4:T3 (20:1);  T4 - produzido na tireoide  T3 20% proveniente da tireoide / 80% pela conversão do T4 ( fígado e rim);  30% de T4 é convertido em T3 - desiodase tipo 1 (maioria dos tecidos) e desiodase tipo 2 (cérebro, hipófise, tecido adiposo);  40% de T4 é convertido em T3r – inativo (desiodase tipo 3) ;  T3 é 4x mais ativo que T4:  os receptores celulares para HT tem cerca de 15 x mais afinidade por T3;  as proteínas sanguíneas ligam a T4 mais fixamente que T3.   Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 8.  Tireoide - Transporte  Proteínas plasmáticas;  70% TBG (globulina ligadora de tiroxina);  15% Albumina  10% TBPA (pré – albumina)  Estados hiperestrogênicos (gestação, estrogenioterapia continuada) elevam TBG e portanto, cursam com T4 total e T4 livre normal;↑  Com o aumento da TBG, a manutenção de um estado eutireoidiano depende do conceito de que a tiroxina livre é mantida em limites normais.    Na gestação ocorre aumento de metabolismo da tiroxina, a dose necessária para tratar o hipotireoidismo pode aumentar em ate 75% por conta da metabolização do hormônio pela placenta.( desiodase tipo 3 que inativa). Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 9.
  • 10. Tireoide - Laboratório  HIPETIREOIDISMO – T4 livre, T3 total e TSH  HIPOTIREOIDISMO – T 4 livre e TSH Hipo/Hiper T3 / T4 TSH Hiper Primário aumenta diminui Hiper Secundário aumenta Normal ou aumenta Hipo primário diminui aumenta Hipo Secundário/ Terciário diminui Normal ou diminui Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 11. Tireoide - Fisiologia  Efeitos fisiológicos dos HT:  Crescimento, desenvolvimento e maturação óssea ( feto);  Aumenta consumo de O2 e produção de calor;  Aumento dos receptores β adrenérgicos do coração (inotrópico e cronotópico positivo);  Rapidez de raciocínio e capacidade de concentração;  Capacidade de contração muscular e estímulo aos reflexos tendinosos;  Aumenta motilidade da musculatura lisa do TGI  Aumenta glicogenólise, gliconeogênese e lipólise ( catabólicos)  Esteroidogênese Berek, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
  • 12.
  • 13. Inter-relações entre as funções do ovário e da tireoide  Estrogênio possui ação direta e indireta na tireóide;  Assunto de interesse para o ginecologista;  Aspectos epidemiológicosAspectos epidemiológicos:  Prevalência na população geral:  4 – 10% hipotireoidismo clínico ou subclínico*  1- 1,3% hipertireoidismo  Mulheres > que homens  Prevalência aumenta na pós- menopausa ( 20%). Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
  • 14. Inter-relações entre as funções do ovário e da tireoide  Estudos ClínicosEstudos Clínicos:  Pós- menopausa com hipotireoidismo em estrogenioterapia:  Estrogênio eleva TBG elevam frações totais→ →  Estrogênio aumenta metabolização de T4 livre ( reduz T4 livre)  Diminui T4 livre e aumenta T4 total, TSH e TBG  Influência hormonalInfluência hormonal  Hipotireoidismo : diminui SHBG  Hipertireoidismo: aumenta SHBG O EFEITO DO ESTROGÊNIO NA FUNÇÃO TIREOIDEA PODE INTERFERIR NO TRATAMENTO DE HIPOTIREOIDISMO Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
  • 15. Inter-relações entre as funções do ovário e da tireoide  Alteração menstrualAlteração menstrual  Não há relação direta de especificidade entre a característica do fluxo e a alteração da tireoide.  Hipotireoidismo pode também cursar com galactorréia + amenorréia devido hiperprolactinemia. Hipertireoidismo Hiportireoidismo Hipomenorréia 52% Oligomenorréia 42,5 % Polimenorréia 32,5% Hipermenorréia 30% Oligomenorréia 11% Hipomenorréia 15% Hipermenorréia 4,5% Amenorréia 12,5% Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
  • 16. Inter-relações entre as funções do ovário e da tireoide  Considerações FinaisConsiderações Finais  Avaliar função tireoidea em paciente com alteração menstrual após descartar lesões nos órgãos genitais;  Segundo a Associação Norte-Americana de Tireoide (American Thyroid Society), todas as mulheres acima de 35 anos devem ser avaliadas a cada 5 anos quanto a função tireoidiana;  Paciente em TH deve ser avaliada 12 semanas após o início, pois pode aumentar a necessidade de tiroxina nas mulheres com hipotireoidismo ( eleva TBG e diminui a fração livre). Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)
  • 19. Hipotireoidismo  Distúrbio funcional mais comum da tireóide;  Síndrome clínica resultante da produção ou ação deficiente dos hormônios tireoidianos -> lentificação dos metabolismo.  Sem causa específica, autoimune;  Principal causa no mundo: Deficiência de iodo;  Brasil: Tireoidite de Hashimoto e iatrogênica;  mais frequente em mulheres e aumenta com a idade;  Screening após 35 anos;
  • 20. Hipotireoidismo Obesidade Hipotensão Hipotermia Hiporreflexia Letargia Incapacidade de concentração Depressão Edema periorbitário Derrames cavitários Constipação Cefaléia Ressecamento da pele Queda de cabelos Voz grossa Ansiedade Insônia Síndrome doTúnel do carpo Alteração menstrual
  • 22. Hipotireoidismo - laboratório • TSH • T4 livre • Anticorpo anti-TPO • Anticorpo anti-tireoglobulina • T3 livre / T3 reverso *
  • 23. Hipotireoidismo Hipotireoidismo subclínico;  20 % mulheres com > 60 anos, brancos  2 a 5 % ao ano - > clínico  Maior coronariopatia  Atenção : gestantes David S Cooper, Bernadette Biondi Subclinical thyroid disease www.thelancet.com Published online January 23, 2012 Hipotireoidismo Congênito – cretinismo; Hipotireoidismo na infância – retardo do crescimento;
  • 24. Hipotireoidismo tipo II  Resistência periférica aos hormônios tireoidianos nas células ( não converte T4 em T3);  Sintomas semelhantes aos hipotireoidismo clássico;  Subdiagnosticada por exames laboratoriais normais; John Burgstiner, Hypothyroidism Type II - A Modern Epidemic , EzineArticles, Publicação: 02 de outubro de 2009
  • 25. REDUZEM produção de T4  Deficiência de: • Selênio • Zinco • Cobre • Iodo • Vitamina A • Vitamina C • Vitaminas B2, B3, B6
  • 26. AUMENTAM metabolismo de T4 • Gravidez • Drogas : • beta bloqueadores • Contraceptivos orais • Carbonato de Lítio • Fenitoína • Quimioterapia  Síndrome Nefrótica
  • 27. INIBEM DESIODASE TIPO 1 ( ↓T3 e↑T3 r)  Hipotireoidismo  Drogas Propranolol Amiodarona Corticoide ( inibe TRH, inibe TSH e conversão periférica T4 – T3)  Stress  Intoxicação por metais pesados  Comprometimento da função renal e hepática ( local da conversão)  DIETA • Deficiências nutricionais ( jejum) reduz a conversão • Bebida alcoólica • Alimentos a base de soja
  • 28. Reposição do hormônio tireoidiano 1. Selênio quelado 50-200 mcg 2. T3 2-5 mcg 3. T4 8-20 mcg 30 doses. Tomar uma dose em jejum pela manhã
  • 29. Reposição do iodo 1. Iodo metalóide ............................................ 5mg 2. Iodeto de potássio ......................................... 7,5 mg Composição para 2 gotas. Fazer 10 ml. Usar X gotas pela manhã em jejum 1- Dose preventiva = 25 mg de Iodo / dia = 4 gotas pela manhã, antes do café 2- TSH > 2 e < 2,8 = 50 mg de Iodo / dia = 4 gotas antes do café, 4 gotas antes do jantar 3- Cistos / Nódulos Tireóide = 50 mg de Iodo / dia 4 gotas antes do café, 4 gotas antes do jantar 1. Iodo 5 DH - 30 ml – tomar 10 gotas via sublingual em jejum
  • 30. Bibliografias  BEREK, Jonathan S. Berek & Novak Tratado de ginecologia. 14. ed .Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.  Araujo LFB, Grozovisky R., Carvalho DP, Valsman M, FEMINA 2009 vol 37 nº 3 (143-148)  John Burgstiner, Hipotireoidismo Tipo II - uma epidemia moderna, EzineArticles, Publicação: 02 de outubro de 2009  SPEROFF L. S., FRITZ M. A. Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertility.Lippincott Williams & Wilkins, 2005  Current Obstetrícia e Ginecologia, Mc Graw-Hill, 9ª Edição, 2005