O documento analisa o quadro "Las Meninas", de Velázquez, segundo a perspectiva de Michel Foucault. Resume-se que Foucault argumenta que o espectador, não representado no quadro, é o centro da representação. Além disso, o projeto "Cinema Comentado" é apresentado, com o objetivo de produzir reflexão por meio de "quadros" em diferentes áreas do conhecimento.
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Gilbert cardoso bouyer 23-06-2012-v25
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Quadro: Las Meninas, de Diego Velázquez (1656).
“[...] um vazio essencial é imperiosamente indicado: o desaparecimento necessário daquilo que
funda a representação” (Michel FOUCAULT, 1966 [Les mots et les choses, cap. 1, Las Meninas]).
2. Função... Dispositivo... Diagrama ... Organização... Forma... Relação...
O QUADRO
Instituição... Visibilidade... Enunciado... Não-Estratificado... Estratégia... Tática...
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3. Em “Les Mots et Les Choses” (1966) Fct analisa o quadro de Velázquez (1656).
“O ser mesmo
do que é “A imagem
representado deve sair da
vai agora cair moldura”
fora da própria (Fct, 1966,
sobre “Las
representação” Meninas ”)
(Fct, 1966, sobre
“Las Meninas ”...)
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4. O quadro é a única representação
visível; mas ele não é o principal,
e sim para onde se olha:
“É que nesse quadro [...] a essência manifestada, a
invisibilidade profunda do que se vê é solidária
com a invisibilidade daquele que vê” (Fct, 1966,
sobre “Las Meninas...”).
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5. Ou seja:
Em Las Meninas, o espectador - não representado no quadro - é o
centro mesmo do que o quadro não representa (não pode
representar).
O espectador é visado. O movimento de visibilidade da obra se volta
para o espectador : não representado no quadro.
• P o r t a n t o ...
Sejam todos bem vindos, espectadores-agentes desta obra !!
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6. O projeto Cinema Comentado :
Uma ação de ...
suscitar / incitar / afetar / produzir...
(Categorias do poder, segundo Deleuze (1986) ref. Fct).
Aquilo que escapa ao quadro...
Reflexão / Compreensão / Saber (es)
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7. O projeto Cinema Comentado :
-Propõe “quadros”
- Oferece o “quadro” de acordo com a demanda:
- Saúde?
- Educação?
- Cultura?
- Ciência?
.
- Trabalho?
- Arte?
- Terapia? Prof. Gilbert Cardoso Bouyer
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8. Novamente...
O QUADRO
Função... Dispositivo... Diagrama ... Organização... Forma... Relação...
Instituição... Visibilidade... Enunciado... Não-Estratificado... Estratégia... Tática...
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9. Veja o Q U A D R O: categorias do poder...
-A m p l i a r -Estruturar
-Organizar
-Incitar - Articular
- Disciplinar:
-Suscitar Processo Disciplinado de
Pensamento de “Ruptura”
-P r o d u z i r (Bachelard) - Concepção
Científica x Repertório do
Senso Comum
Reflexão Saberes Locais (sujeitados)
Conhecimento engajado
Compreensão (incorporado) – embodiment:
As VIVÊNCIAS dos que possuem
Nova Percepção
know how “no quadro” em questão
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10. O Quadro: AFETAR e SER AFETADO .
“O poder de ser afetado é como uma matéria da
força, e o poder de afetar é como uma função da
força” (Gilles Deleuze, ref. Fct, p. 79)
“Só que se trata de uma pura função, isto é, uma
função não-formalizada, tomada
independentemente das formas concretas em que
ela se encarna, dos objetivos que satisfaz e dos
meios que emprega” (Deleuze, ref. Fct, p. 80).
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Vejamos:
11. Cinema: “Poder de Afetar – Função da força”
(p.79): estética afetar (poder) & razão
Poder do cinema, o lado de fora, Complexo PODER-SABER :
o não estratificado, o quadro, o une o diagrama ao arquivo
não dito, o não representado, o
não enunciado, não-formalizado. Incita /
suscita/produz
“um afeto como estado de (função da força)
poder sempre local e instável” Diálogo / Reflexão
(Dlz, p. 81)
SABERES LOCAIS Substâncias
SABERES SUJEITADOS formadas: visível,
Embodiment/Vivência dos
enunciável, dito.
Profissionais da área / local
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12. FORMADOR É AQUELE QUE PÕE O QUADRO...
DO PODER... DE AFETAR...
A dimensão política do poder nunca deixou de ser também afetiva
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13. Multiplicidade de olhares possíveis...
Vários mundos são possíveis pelo quadro – ele
tem a função de incitar, suscitar, produzir:
- Reflexão
- Compreensão
- Pensamento Crítico / disciplinado (dif. do senso
comum, de acordo com Bachelard)
- Espírito Científico de Apreensão da Realidade
- “Ontologias Constitutivas...” (sob amparo da vivência
dos profissionais experientes: “embodiment” de quem
vive na carne o problema debatido
Abstração disciplinada (de acordo com Bachelard)
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14. - Ampliar os possíveis
- Potencializar a capacidade de percepção e
compreensão da realidade
- Fomentar o espírito crítico / reflexivo
- Suscitar o debate, o diálogo, as trocas, a
participação de todos (de forma estruturada / organizada)
- Gerar uma compreensão que possibilite:
Visibilidade do Problema / questão
Tornar mais claro AÇÃO
Mais nítido SOCIAL
Mais translúcido / Cristalino (Crystal...)
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15. Se experiência ótica e sonora da
{crystal-image deleuziana} instiga
reflexão e compreensão...
a vivência, a atuação concreta, o
“embodiment” dos profissionais
da região...
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16. Com sua experiência vivenciada no trabalho,
seu mundo vivido,
seus saberes incorporados...
Sua história de atuação / incorporação...
Rompem com a representação de um mundo
que está “lá fora”...
Para mostrar que o mundo somos nós, (aqui
dentro)...
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17. Que vivemos na carne, no cotidiano,
o dia a dia do trabalho,
Com suas lutas, suas resistências,
sua facticidade,
Com o revés do real...
O saber está na vivência, na
atuação, na incorporação, no
“embodiment”... dos nossos
trabalhadores.Prof. Gilbert Cardoso Bouyer
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18. Espaço VIVIDO X Espaço virtual
(representação
inexistente
cf. realismo
representativo)
A TELA
Experiência Ótica (Cf. G. Deleuze)
Ver (cinema)
Experiência Sonora (Cf. G. Deleuze)
Ouvir (cinema)
Ainda o não dito / Imagem cristal
Falar (debate)
Dito Não-dito (indizível?)
Compreensão Pensado Não – pensado (impensado?)
Reflexão Não – refletido (irrefletido?)
Imaginado Prof. Gilbert Cardoso BouyerNão- imaginado
Refletido www.gilbertufop.com
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19. MUNDO VIVIDO NO TRABALHO (Bouyer, 2008)
E m b o d i m e n t (atuação / engajamento / experiência)
Vivência dos Trabalhadores (Bouyer, 2011)
Compreensão
(cf. Gadamer,
Ricoeur) Partilha Social no Debate /
Reflexão Democratização do Diálogo /
Compreensão
Fala e Escuta Autênticas / (cf. Gadamer, Ricoeur)
Espaço Público de Deliberação / Reflexão
Socialização do Conhecimento
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20. Compreensão / Reflexão :
Fenomenologia Hermenêutica (Bouyer, 2008, 2011) de Heidegger
segundo Gadamer e Ricoeur
Mundo vivido no Trabalho / Embodiment (Bouyer, 2008)
Vivência dos Trabalhadores (Bouyer, 2011)
FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA
Fenomenologia Hermenêutica (Bouyer, 2008, 2011)
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21. O PRÓXIMO QUADRO...
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23. DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho...
A Ana Maura Cardoso (in memoriam)
Que lutou até a morte
contra o sofrimento no trabalho,
Sem nunca ter sido compreendida
em sua vivência de trabalhadora,
E a Moisés Tadeu Cardoso (1982- ),
Seu filho,
Que segue no caminho da mãe.
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24. Referências Úteis: Husserl, Heidegger, Gadamer e Ricoeur
Dreyfus, H. L., & Rabinow, P. (1995). Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além
do estruturalismo e da hermenêutica (V. P. Carrero, Trad.) (Coleção Campo Teórico). Rio
de Janeiro: Forense Universitária. (Original publicado em 1983).
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Bouyer, Gilbert Cardoso. Entre o Número e a Vivência: Qual Ergonomia Praticar? In:
Sznelwar, L.I. Saúde dos Bancários. São Paulo: Publisher Brasil, 2011. pp. 187-205.
http://www.fundacentro.gov.br/sistemas/EventoPortal/AnexoPalestraEvento/SaudeDos
Bancarios_Miolo_bx.pdf
Bouyer, Gilbert Cardoso. Ergonomia Cognitiva e Mente Incorporada. São Paulo: Edgard
Blucher, 2008. (Tese de Doutorado pela Escola Politécnica da USP).
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-26092008-095830/pt-br.php
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