1. Gestão de Transportes
A geografia brasileira
A infra-estrutura dos estados, municípios e suas vias de
transporte
Aula 02
ETEC Gino Rezaghi – Cajamar
ETEC Gino Rezaghi
Curso de Logística - 3°Módulo
Profº Rodrigo Peres Malentachi
Profº Rodrigo Peres Malentachi
2. Geografia Brasileira
País de vasta extensão territorial, o Brasil
detém uma ampla rede de sistemas de
transporte que, além de interligar cidades
e regiões e aproximar pessoas, contribui
para levar o desenvolvimento econômico
aos seus pontos mais longínquos.
3. Geografia Brasileira
Para cumprir o seu objetivo de integrar
todo o País, os modais de transporte
rodoviário, ferroviário, aéreo, dutoviário
e aquaviário se complementam,
permitindo o escoamento de produtos e
a locomoção de passageiros entre as
regiões do Brasil e também para o
exterior.
4. Geografia Brasileira
Os sistemas de transporte impulsionam
também o crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) ao movimentar as riquezas
nacionais, ligar áreas produtoras a mercados
consumidores e facilitar as exportações
brasileiras.
Esse círculo virtuoso se fecha com o próprio
incentivo que o desenvolvimento do PIB
oferece à expansão dos sistemas de
transporte do País, estimulando
investimentos públicos e privados nos
diferentes modais.
5. Geografia Brasileira
Com uma área de 8.514.877 Km2, o Brasil
configura-se como o maior País do Continente
Sul-americano e, no mundo, só é superado pela
Russia, Canadá e República Popular da China, se
consideradas apenas as terras contínuas, e pelos
Estados Unidos, levadas em conta as terras
descontínuas.
A costa brasileira se estende pelo Oceano
Atlântico, tendo uma linha total de 7.367 Km.
6. Rússia – 17.098.242 km²
Canadá – 9.984.670 km²
China – 9.640.011 km²
Estados Unidos – 9.629.091 km²
Brasil – 8.514.877 km²
Austrália – 7.692.024 km²
Índia – 3.287.263 km²
Argentina – 2.780.400 km²
Cazaquistão – 2.724.900 km²
Sudão – 2.505.813 km²
7.
8. Transporte Aquaviário
Órgão Regulador:
ANTAQ
Agência Nacional de Transporte Aquaviário
9. Aquaviário
Desde a Antigüidade, passando pela época das
grandes navegações marítimas, até os nossos dias,
este modal de transporte vem aproximando regiões e
civilizações. Em um País de grande território como o
Brasil, com extensa costa marítima e rico em bacias
hidrográficas, o sistema aquaviário tem papel
estratégico na integração regional, para o transporte
de mercadorias e passageiros, principalmente nas
regiões produtoras de grãos e na Região Amazônica.
O setor aquaviário constitui-se em um dos principais
fatores para o desenvolvimento econômico e social
do Brasil, que possui grande extensão de vias
potencialmente navegáveis, cerca de 40.000 km, e
7.500 km de costa atlântica.
11. Aquaviário
Por suas características de transporte para
grandes volumes e grandes distâncias, o
sistema aquaviário agrega preservação
ambiental e custos inferiores aos demais
modais de transporte, além de possibilitar o
comércio internacional de mercadorias. No
Brasil, o sistema aquaviário responde por
aproximadamente 13,8% da matriz de cargas
transportadas, incluindo o transporte fluvial,
de cabotagem e de longo curso.
12. Aquaviário
Hidrovias são caminhos pré-determinados para
o tráfego aquático. É bastante usada em países
desenvolvidos para transportes de grandes
volumes a longas distâncias, pois é o meio de
transporte mais barato que rodovias e
ferrovias.
No Brasil, apesar das grandes bacias
hidrográficas existentes, as hidrovias não são
muito utilizadas. O país optou por transportes
rodoviários construindo grandes rodovias
paralelas a locais navegáveis que diminuiriam o
custo dos transportes.
13. Aquaviário
O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa
do globo, com 55.457km2.
Muitos de seus rios destacam-se pela
profundidade, largura e extensão, o que constitui
um importante recurso natural.
Os maiores rios do Brasil por extensão são:
Amazonas 6.868km (Bacia Amazônica), São
Francisco 3.160 km (Bacia do São Francisco),
Tocantins 2.640 km (Bacia Tocantins-Araguaia),
Negro, Tapajós, Xingú (Bacia Amazônica),
Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia), Madeira
(Bacia Amazônica); Paraná 2.940km, Paraguai e
Uruguai 1.500km (todos da Bacia do Prata).
14. Aquaviário
Grande parte das bacias Amazônica e do Paraguai são
perfeitamente navegáveis, mas em alguns trechos há a
necessidade de correções para a utilização. Outro fator
que contribui para a pouca utilização das hidrovias
brasileiras são os custos cobrados por tonelada no
embarque e no desembarque que aumenta em cinco
vezes o valor dos transportes em relação aos países
desenvolvidos.
Em 1980, foram elaborados projetos para o
desenvolvimento da navegação fluvial no Brasil, mas
somente dez anos depois começaram a trabalhar nestes
projetos. O Brasil tem milhares de km de costas
navegáveis e milhares de quilômetros de rios, os
trechos mais importantes estão no sul e no sudeste do
15. Aquaviário
As principais hidrovias são:
Hidrovia Araguaia-Tocantins: Durante as cheias do rio Tocantins, o
trecho navegável atinge 1.900km e no rio Araguaia atinge
1.100km.
Hidrovia São Francisco: É a mais econômica ligação entre o centro-
oeste e o nordeste sendo totalmente navegável em 1.371 km. O
principal trecho está entre as cidades de Pirapora-MG e Juazeiro -
BA.
Hidrovia da Madeira: O rio Madeira é um dos principais afluentes
do rio Amazonas. Em obras, a hidrovia permitirá a navegação
noturna.
Hidrovia Tietê-Paraná: Permite o transporte de grãos e outras
mercadorias do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Possui
1.250 km navegáveis divididos em 450 km no rio Tietê e 800 km
no rio Paraná.
Hidrovia Taguari-Guaíba: É a principal hidrovia em cargas
transportadas. Possui terminais intermodais que facilitam o
transbordo da carga.
16. Aquaviário
Dados oficiais indicam que são transportadas pelas
hidrovias cerca de 22 milhões de toneladas de
carga/ano, das quais 81,4% pela bacia amazônica.
Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na
Amazônia, o transporte nessa região ainda não tem
grande peso econômico, por não haver nessa parte
do País mercados produtores e consumidores de
peso. Por outro lado, por ter a malha hidroviária mais
extensa da Região Norte, o transporte fluvial tem
papel fundamental no desenvolvimento da Amazônia.
Do ponto de vista econômico, apesar de
representarem menor movimentação de carga, os
trechos hidroviários mais importantes em operação
encontram-se nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
17. Aquaviário
Estudo da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado em Março de
2009, concluiu que apenas um quarto dos rios brasileiros são
navegáveis. O documento, intitulado Relatório de Conjuntura dos
Recursos Hídricos no Brasil, faz um diagnóstico da quantidade e da
qualidade das águas brasileiras e como o país lida com os recursos
hídricos.
O estudo analisou a situação das águas em todo o país entre 1994 e
2007, como a quantidade de chuvas a cada mês em cada região, o
volume de água dos rios brasileiros e dos lençóis freáticos, ou seja, da
água que há debaixo do solo.
A Bacia Amazônica, é a menos problemática com relação à
navegabilidade e à qualidade das águas. Só existe problema grave de
poluição próximo à região metropolitana de Belém. A qualidade da
água da bacia é uma das melhores do Brasil. O estudo mostra que, dos
8,5 mil quilômetros de rios navegáveis no país, 5 mil estão na
Amazônica.
18. Aquaviário
As informações sobre navegação (ANA) são referentes
ao ano de 2007 e em sua maioria foram obtidas junto
ao Ministério dos Transportes.
De acordo com a Lei nº 6.630 de 1979 a extensão das
vias navegáveis no Brasil chega a cerca de 40.000 km.
No entanto com o tempo alguns trechos foram
desconsiderados e outros foram incorporados de modo
que hoje em dia de acordo com informações colhidas
no Ministério dos Transportes e em outras fontes,
consideram-se como navegáveis 28.834 km.
19. Aquaviário
No que concerne ao assunto de recursos hídricos, a navegação
depende de outorga da ANA porque necessita da manutenção de
parâmetros de escoamento e nível d’água, os quais afetam também
outros usos. Além disso, a navegação pode ter outros impactos
nos recursos hídricos, alguns causados pela operação do
transporte hidroviário e outros por obras a ele relacionadas.
Destaca-se que, para a região hidrográfica Amazônica, a tendência
é de aumentar em poucos anos a distância navegável nessa região,
com obras que permitirão a utilização de uma maior extensão dos
rios Tapajós – Teles Pires, que com a construção das
hidroelétricas do baixo Tapajós com eclusas já permitiria aumentar
em 698 km essa extensão.
22. Aquaviário
Dessa extensão total de 28.834 km, na realidade, somente cerca de 8.500 km são
efetivamente navegáveis, durante todo o ano, 5.700 km dos quais se encontram
na bacia Amazônica.
Apesar da relativamente modesta participação na matriz de transportes do país, a
navegação já desempenha um importante papel no transporte de cargas, com
cerca de 23 milhões de toneladas por ano, entre os quais se destacam o
transporte de 6,3 milhões de toneladas de minérios e 3,9 milhões de toneladas de
grãos. No entanto, esse papel poderia ser muito mais relevante se fosse dada
uma atenção mais adequada a esse modal de transporte.
Algumas características desse tipo de transporte influem nesse estado de coisas,
que podem ser resumidas no fato de que é fundamental que, junto com uma
hidrovia, existam pontos de interconexão com sistemas de transporte terrestres,
sejam eles portos ou terminais interiores, especializados em movimentar as
cargas geradas ou atraídas no sistema fluvial.
Ou seja, só existe transporte hidroviário em uma conjuntura de transporte
intermodal, no qual se tem os modais hidroviário, ferroviário e/ou rodoviário,
trabalhando em conjunto. Caso contrário, o sistema hidroviário não funcionará e
estará economicamente condenado ao fracasso.
23. Aquaviário
Bacia hidrográfica - conjunto de terras drenadas por
um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A idéia
de bacia hidrográfica está associada à noção da
existência de nascentes, divisores de águas e
características dos cursos de água, principais e
secundários, denominados afluentes e subafluentes.
Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização dos
rios, ou seja, a organização natural por ordem de
menor volume para os mais caudalosos, que vai das
partes mais altas para as mais baixas.
24.
25. Cabotagem
Cabotagem é a navegação realizada entre portos interiores
do país pelo litoral ou por vias fluviais. A cabotagem se
contrapõe à navegação de longo curso, ou seja, aquela realizada
entre portos de diferentes nações.
A cabotagem é denominada como transporte marítimo
realizado entre dois portos da costa de um mesmo país ou
entre um porto costeiro e um fluvial. Caso, a navegação ocorra
entre dois portos fluviais, então não é considerada cabotagem e
sim navegação interior. Existe ainda o termo "cabotagem
internacional", o qual é utilizado freqüentemente para designar
a navegação costeira envolvendo dois ou mais países. O
transporte de cabotagem foi muito utilizado na década de 1930
no transporte de carga a granel, sendo o principal modelo de
transporte utilizado quando as malhas ferroviárias e rodoviárias
apresentavam condições precárias para o transporte.
26.
27. Cabotagem
O maior fluxo de mercadorias na
cabotagem concentra-se nos sentidos Sul-
Nordeste e Sudeste-Manaus, incluindo
produtos alimentícios como arroz,
químicos, papel e material de construção.
Na rota inversa aparecem os produtos
eletrônicos e embalagens PET, vindos da
Zona Franca; e sal, produtos siderúrgicos
e químicos provenientes de Salvador,
Recife e Fortaleza.
30. Aeroviário
Com Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, que voou no dia
23 de outubro de 1906 com o 14-Bis no Campo de Bagatelle, em
Paris, na França, o Brasil dava início à história da aviação mundial.
No Brasil, a aviação começou com um vôo do mecânico de Santos
Dumont, Edmonde Planchut, no dia 22 de outubro de 1911, na
região central do Rio de Janeiro.
Desde então, o transporte aéreo tornou-se um dos setores mais
dinâmicos da economia mundial. Ele cumpre importante papel,
estimulando as relações econômicas e o intercâmbio de pessoas e
mercadorias, tanto dentro do país quanto com outras nações. O
fenômeno da globalização vem provocando mudanças profundas
nos padrões da demanda por mobilidade em escala mundial e
alterando o comportamento de consumidores, aumentando
continuamente os níveis de tráfego e levando a uma segmentação
cada vez maior do transporte aéreo.
31. Aeroviário
No Brasil, o transporte aéreo responde por cerca de
0,31% da matriz cargas e por 2,45% da matriz de
passageiros, crescendo gradativamente com a economia
a partir de 1994. A rigor, de forma ainda tímida, porém
consistente, o transporte aéreo amplia sua importância
na matriz brasileira de transportes, representando, por
seus atributos, uma opção cada vez mais relevante na
escolha de pessoas e empresas por um meio de
transporte rápido e confiável. Isto sem mencionar sua
importância para a integração nacional, fator estratégico
para um País que necessita melhorar seus meios de
acesso a diversas localidades.
32. Aeroviário
TECA - TERMINAL DE CARGA AÉREA:
Local em aeroporto onde as cargas são preparadas para embarque em aeronaves
ou recebidas para transferência para outro modal de transporte.
34. Viracopos / Campinas
Localizado a 14 quilômetros do centro de Campinas e a
99 quilômetros de São Paulo, o Aeroporto
Internacional de Viracopos tem acesso pelas rodovias
Santos Dumont, Bandeirantes e Anhanguera.
Em um dos mais importantes pólos tecnológicos do
País, na Cidade de Campinas, a qual é servida pelas
principais universidades, rodovias e empresas de
tecnologia de ponta, o aeroporto é hoje um dos mais
expressivos centros de investimento da Infraero.
O velho campo de pouso, como era chamado, tornou-
se um dos principais pontos de conexão da América
Latina. O Terminal de Logística de Carga de Importação
e Exportação possui uma área de mais de 81 mil metros
quadrados.
35. Viracopos / Campinas
Na década de 90 o aeroporto começou a despontar para o
segmento de Carga Aérea Internacional, evidenciando sua vocação
cargueira. Além da ampliação da infra-estrutura, a modernização
dos processos de movimentação da carga e do desembaraço
aduaneiro, desenvolvidos através de parceria junto à Receita
Federal, tornou o aeroporto referência em logística no cenário
nacional.
Desde 1995, a Infraero realiza investimentos para implantação da
primeira fase do Plano Diretor do aeroporto, com melhorias nos
terminais de cargas e passageiros.
Em 2005 foi entregue a segunda fase da obra de ampliação do
terminal de passageiros. A primeira foi entregue no primeiro
semestre de 2004, quando o aeroporto passou a contar com novas
salas de embarque, desembarque, áreas públicas e concessões
comerciais.
38. Viracopos / Campinas
Sítio Aeroportuário (2012)
Área: 17.659.300,00 m²
Pátio das Aeronaves
Área: 86.978 m²
Pista
Dimensões(m): 3.240 x 45
Terminal de Passageiros
Capacidade/Ano: 6,8 milhões de passageiros
Área(m²): 30.000
Estacionamento
Capacidade: 2.010 vagas
Balcões de Check-in
Número: 72
Estacionamento de Aeronaves
Nº de Posições: 41 posições
*as posições podem ser alteradas conforme o mix de
Fonte: Infraero (2008) aeronaves*
39. Guarulhos
Em 20/01/2010, o Aeroporto Internacional de São
Paulo/Guarulhos comemorou 25 anos de operações.
Ao longo desse período, os números consolidaram a
importância deste complexo aeroportuário: 285,6
milhões de pessoas embarcaram e desembarcaram
pelos terminais de passageiros, através de 3,6 milhões
de operações de pousos e decolagens que
transportaram cerca de 8,2 milhões de toneladas de
cargas.
Para atender essa demanda de passageiros e de cargas,
a Infraero, empresa que administra o aeroporto desde
sua inauguração, em 20/01/1985, planeja todos os
processos de modernização e ampliação da sua infra-
estrutura.
40. Guarulhos
Atualmente, o Aeroporto de Guarulhos opera com
dois terminais. São 46 empresas aéreas nacionais e
internacionais, regulares, cargueiras e charters que
utilizam 286 balcões de check-in.
O sistema de pistas é formado por duas pistas : uma
com 3.700 metros e outra de 3 mil metros de extensão
que recebem, em média diária, 650 operações de
pousos e decolagens de aeronaves .
De Guarulhos partem e chegam vôos procedentes e
com destinos a 27 países e 153 cidades nacionais e
estrangeiras. Para atender os usuários do aeroporto, a
rede comercial dos terminais de passageiros é formada
por cerca de 198 pontos comerciais.
41. Guarulhos
No setor de logística de carga aérea , a Infraero dispõe
do maior terminal de logística da América do Sul com
área de 97,8 mil metros quadrados, onde estão
disponibilizados serviços de recepção, despaletização,
unitização, movimentação e armazenagem de
mercadorias oriundas dos setores de importação e
exportação.
No ambiente de carga estão disponibilizadas dezesseis
câmaras frigoríficas com capacidade de armazenagem de
7,6 mil metros cúbicos; sistema de armazenagem
automatizada realizada por transelevadores com 17,3
mil posições; envelopadoras, instrumentos leitores
óticos de código de barras, transferidores auto-
propelidos, scanners, entre outros equipamentos.