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Que... “Deus tenha misericórdia de nós e nós abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação”. Sal. 67:1-2.
Bom Estudo!
1. Lições Adultos Carta de Tiago
Lição 5 - O amor e a lei 25 de outubro a 1 de novembro
Sábado à tarde Ano Bíblico: Lc 15–17
VERSO PARA MEMORIZAR: “O juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A
misericórdia triunfa sobre o juízo”. Tg 2:13.
Leituras da Semana: Tg 2:1-13; Mc 2:16; Lv 19:17, 18; Rm 13:8-10; Jo 12:48
Conhecemos bem a história, mas fica a questão: com que profundidade a compreendemos? Primeiro um
sacerdote, depois um levita, indo de Jerusalém para Jericó, encontraram um homem quase morto deitado na
estrada. Embora ambos tivessem acabado de cumprir seus deveres religiosos, aparentemente nenhum
deles foi capaz de ligar aqueles deveres com qualquer senso de obrigação para com a pessoa ferida. Por
isso, cada um continuou andando. Finalmente, um samaritano, considerado pagão, passou por ali, teve
compaixão do homem, enfaixou suas feridas, e pagou por sua permanência em uma hospedaria onde ele
pudesse se recuperar. Ele também prometeu ao dono da hospedaria que pagaria qualquer outra coisa que o
homem precisasse (Lc 10:30-37).
Jesus contou essa história em resposta a uma pergunta de um doutor da lei sobre a vida eterna. Em vez de
dizer: “Esforce-se mais!” ou “faça mais!”, Jesus pintou um quadro do amor em ação. Ou seja, devemos amar,
mesmo em circunstâncias potencialmente perigosas ou desagradáveis, e devemos amar até mesmo aqueles
de quem não gostamos, fora e (especialmente) dentro da igreja. Nesta semana, veremos o que Tiago tem a
dizer sobre essa verdade fundamental.
De que forma você pode ajudar a fortalecer os clubes de Aventureiros e Desbravadores de sua igreja?
Quantos jovens de sua igreja participarão do próximo Projeto Calebe?
Domingo - O homem com anel de ouro Ano Bíblico: Lc 18–20
Entre outras coisas, Tiago 2:1-4 é um estudo em contrastes. Uma pessoa é rica, bem vestida e
aparentemente importante, enquanto a outra é pobre, malvestida e aparentemente insignificante. Uma
recebe a maior cortesia, a outra é desprezada. A uma é oferecido um lugar confortável e de destaque, e à
outra é dito que fique mais longe ou encontre um lugar no chão.
1 “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. 2
Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e
entrar também algum pobre com sórdido traje, 3 E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe
disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te
abaixo do meu estrado, 4 Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de
maus pensamentos?” Tg 2:1-4, ACF
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2. A descrição não é muito bonita, especialmente porque é retratada (pelo menos em potencial), como
acontecendo em um culto de adoração! A palavra grega para “reunião” ou “assembleia” no verso 2 é
synagōgē, provavelmente uma referência primitiva aos cultos judaico-cristãos aos sábados. Muitos desses
cultos teriam ocorrido em casas particulares (At 18:7, 8).
7 “E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses
homens que estão falando? 8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos
nascidos?” At 2:7-8, ACF
Na cultura greco-romana do primeiro século, a imagem pública e posição eram muito importantes. Aqueles
que possuíam riqueza, educação ou influência política deviam usar esses recursos para elevar sua
reputação e beneficiar seus interesses pessoais. Qualquer grande doação para projetos públicos ou
religiosos obrigava o recebedor a retribuir ao doador de alguma forma. A bondade era retribuída com
lealdade, e a generosidade com valorização pública. As poucas pessoas da classe alta que assistiam aos
cultos cristãos esperavam um tratamento privilegiado. Ignorar essas expectativas teria trazido descrédito
para a igreja. A incapacidade de ser “politicamente correta” ou rejeitar valores sociais era a receita para
ofensa e motivo de divisão.
1. Leia Marcos 2:16 e Lucas 11:43. Que expectativas da sociedade estavam envolvidas? Qual era o conflito
entre elas e os princípios do evangelho?
“E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por
que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?”. Mc 2:16, ACF
“Ai de vós, fariseus, que amais os primeiros assentos nas sinagogas, e as saudações nas praças”. Lc 11:43,
ACF
Não é pecado ser pobre nem ser rico, mas uma forma de avaliar nossa experiência cristã é nossa maneira
de tratar as pessoas diferentes de nós em idade, condição financeira, educação e até mesmo convicções
religiosas. Tendemos a dar mais respeito àqueles que percebemos como estando “acima” de nós na escada
social e menos respeito aos que estão “abaixo” de nós. Devemos lembrar que é fácil estar envolvidos com
as convenções, ainda que Deus nos chame para ser diferentes (Rm 12:2).
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Rm 12:2,
ACF
Responda: embora não sejamos tão diretos e grosseiros quanto as pessoas descritas por Tiago, não somos
facilmente suscetíveis a ter favoritos? Como podemos aprender a reconhecer esse problema em nós
mesmos e, finalmente, lidar com isso?
Para alcançar pessoas para o reino de Deus, não se esqueça dos pontos essenciais: 1. Tenha uma classe
bíblica em atividade em sua igreja. 2. Organize e treine duplas missionárias. 3. Desafie cada cristão a orar
por 5 pessoas e a trabalhar por elas. 4. Fortaleça os ministérios da visitação e recepção.
Segunda - Luta de classes Ano Bíblico: Lc 21, 22
Como todo colportor-evangelista sabe, muitas vezes os que têm o mínimo estão dispostos a sacrificar o
máximo para comprar livros cristãos. Bairros ricos tendem a ser território difícil para vender livros, porque as
pessoas que vivem nesses lugares podem se contentar com o que têm. Por isso, com muita frequência não
sentem necessidade de Deus, tanto quanto os que têm menos. O mesmo fenômeno também é detectável
em uma escala muito maior: geralmente a igreja tem crescido mais rapidamente em locais e períodos
caracterizados por crises econômicas e sociais. Afinal, os indivíduos que estão lutando com grandes
problemas não são mais abertos à esperança apresentada na história de Jesus do que os que pensam que
as coisas estão indo muito bem para eles?
2. Leia Tiago 2:5, 6. Como ele amplia o que escreveu nos quatro versos anteriores?
5 “Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na
fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? 6 Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos
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3. oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais?” Tg 2:5-6, ACF
Julgando a partir dessa passagem, parece que havia grandes problemas na igreja entre ricos e pobres.
Deus escolheu os pobres que, apesar de rejeitados pelo mundo, eram “ricos na fé”, enquanto os ricos
usavam sua riqueza para “oprimir” os pobres. Esse problema, dos ricos explorando os pobres, era uma
realidade sempre presente naquele tempo. Pior ainda, o direito romano sistematizou a discriminação contra
os pobres e a favor dos ricos.
“As pessoas de classe operária, presumivelmente agindo a partir do próprio interesse econômico, não
poderiam trazer acusações contra pessoas das classes altas, e as leis prescreviam penas mais severas para
as pessoas de classe baixa condenadas por delitos do que para os infratores da classe mais elevada” (Craig
S. Keener, The IVP Bible Commentary Background: New Testament; Downers Grove, Illinois: InterVarsity
Press, 1993, p. 694).
3. Leia Tiago 2:7. Que lição importante ele apresenta sobre o impacto desse mau comportamento?
Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? Tg 2:7, ACF
O mau comportamento deles era realmente uma blasfêmia contra o “bom nome” de Jesus. Ações ruins são
péssimas em si mesmas, mas elas se tornam ainda piores quando são praticadas por aqueles que
professam o nome de Jesus. E pior ainda é a situação daqueles que, em nome de Jesus, usam sua riqueza
ou poder para obter vantagem sobre os outros nas igrejas, o que muitas vezes leva a divisões e brigas. Por
isso, precisamos ter muito cuidado para que nossas palavras e ações correspondam ao “bom nome” com o
qual nos associamos.
Terça - Amor ao próximo Ano Bíblico: Lc 23, 24
4. Leia Tiago 2:8, 9, Levítico 19:17, 18, e Mateus 5:43-45. Que mensagem importante recebemos nessas
passagens?
8 Se vocês de fato obedecerem à lei real encontrada na Escritura que diz: "Ame o seu próximo como a si
mesmo", estarão agindo corretamente. 9 Mas se tratarem os outros com favoritismo, estarão cometendo
pecado e serão condenados pela Lei como transgressores. Tg 2:8-9, NVI
17 Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não
sofrerás pecado. 18 Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR. Lv 19:17-18, ACF
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai a
vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos
maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; 45 Porque faz que o seu
sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Mt 5:43-45, ACF
Tiago chama a lei de Deus de “a lei régia” [lei real, NVI] (Tg 2:8), porque ela é a lei do “Rei dos reis” (Ap
19:16). A lei de Seu reino é dada em detalhe no Sermão da Montanha (Mt 5–7), que inclui a primeira de nove
referências no Novo Testamento sobre amar o nosso próximo.
As palavras de Jesus em Mateus 5:43 sugerem o modo pelo qual Levítico 19:18 era entendido na época.
Por exemplo, os mandamentos imediatamente anteriores em Levítico usam sinônimos aparentes para o
próximo: eles proíbem odiar o “irmão” (Lv 19:17) e guardar ira contra um companheiro israelita (Lv 19:18).
Muito provavelmente alguns interpretavam que esses mandamentos significavam que seria bom odiar ou
ficar irado contra pessoas que não eram israelitas, porque elas não são mencionadas especificamente
nesses textos. Afinal, pessoas que não eram israelitas geralmente eram consideradas inimigas. Sabemos
agora que tal atitude existia na comunidade de Qumran, um grupo de judeus devotos que se haviam
separado do restante da nação. Eles foram ensinados a odiar “os filhos das trevas” e “os homens da
perdição” (The Community Rule [A Regra da Comunidade] 1QS [Qumran Serekh] 1:10; 9:21, 22), rótulos
que, aparentemente, incluíam não apenas os estrangeiros, mas até mesmo israelitas que haviam rejeitado
os ensinamentos da comunidade.
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4. “O pecado é o maior de todos os males, e cumpre-nos apiedar-nos do pecador e ajudá-lo. Muitos há que
erram, e sentem sua vergonha e loucura. Estão sedentos de palavras de animação. Pensam em suas faltas
e erros a ponto de ser quase arrastados ao desespero. Não devemos negligenciar essas pessoas. Se somos
cristãos, não passaremos de largo, mantendo-nos o mais distante possível daqueles que mais necessidade
têm de nosso auxílio. Ao vermos criaturas humanas em aflição, seja devido a infortúnio, seja por causa de
pecado, não diremos nunca: Não tenho nada com isso” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p.
504).
A vida de Jesus é o maior exemplo de amor altruísta pelos que não merecem e pelos que não retribuem Seu
amor. Como podemos aprender a expressar esse amor por aqueles a quem julgamos indignos ou que não
retribuem nosso amor? Nesse proceso, qual é a importância da entrega completa e da morte para o eu?
Quarta - Toda a lei Ano Bíblico: Jo 1–3
5. Leia Tiago 2:10, 11. Agora, leia as passagens listadas na tabela abaixo e classifique-as como enfatizando
“toda a lei”, a “lei do amor”, ou ambas.
10 Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. 11
Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres
adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Tg 2:10-11, ACF
Toda a lei / Lei do amor
17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. 18 Porque em verdade
vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja
cumprido. Mt 5:17-18, ACF
36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei? 37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro e grande mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos
dependem toda a lei e os profetas. Mt 22:36-40, ACF
8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama
aos outros cumpriu a lei. 9 Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso
testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao
teu próximo como a ti mesmo. 10 O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o
amor. Rm 13:8-10, ACF
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo
aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. Gl 3:10,
ACF
E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Gl 5:3,
ACF
Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Gl 5:14, ACF
É difícil entender quão radical foi o ensinamento de Jesus sobre a lei. Para os judeus devotos daquele tempo
(e para muitos hoje) não podemos realmente afirmar que observamos a lei sem o compromisso de guardar
todas as leis encontradas nos livros de Moisés. Finalmente, foram identificadas 613 leis distintas (248 leis
positivas e 365 negativas).
A pergunta feita a Jesus sobre qual mandamento era o mais importante (Mt 22:36), provavelmente foi
destinada a prendê-Lo em uma armadilha. Mas, embora Jesus tenha declarado que cada “jota” (a menor
letra hebraica; Mt 5:18) é importante, Ele também ensinou que o amor a Deus e o amor ao próximo são os
mandamentos mais importantes, porque eles resumem todos os outros.
O ensinamento de Jesus também mostra que a obediência não pode acontecer no vácuo. Deve ser sempre
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5. relacional, ou não tem sentido. Em outras palavras, se eu devolvo o dízimo porque é a coisa certa a fazer ou
porque tenho medo de me perder se não o fizer, não é relacional. Por outro lado, se eu devolvo o dízimo por
gratidão por tudo que Deus me deu, minhas ações são baseadas em meu relacionamento com Ele.
Jesus também falou sobre as “questões mais importantes” da lei como sendo a “justiça, a misericórdia e a
fé” (Mt 23:23). Tudo isso também gira em torno de relacionamentos – com Deus e com outras pessoas.
Tiago, portanto, não está dizendo nada diferente do que disseram Jesus ou Paulo: qualquer transgressão da
lei de Deus de alguma forma prejudica nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Então, não é uma
questão de ter boas obras suficientes para superar nossas más ações. Isso é obediência em um vácuo,
agindo como se tudo girasse em torno de nós. Em vez disso, ao conhecer Jesus, começamos a dirigir nossa
atenção para longe de nós mesmos e para a devoção a Deus e serviço aos outros.
Quanto de sua obediência vem de seu amor a Deus e aos outros e quanto vem do sentimento de obrigação?
Fazer por obrigação é sempre errado? Talvez você não sinta amor por uma pessoa, mas a ajuda porque
sabe que deve fazer isso. O que há de errado com isso?
Quinta - Julgado pela lei Ano Bíblico: Jo 4–6
6. Leia Tiago 2:12, 13 (leia também Jo 12:48; Rm 2:12, 13; 2Co 5:10; Ap 20:12, 13). O que esses versos
ensinam sobre o julgamento?
12 Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade. 13 Porque o juízo será
sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo. Tg 2:12-13, ACF
Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho
pregado, essa o há de julgar no último dia. Jo 12:48, ACF
12 Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela
lei serão julgados. 13 Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei
hão de ser justificados. Rm 2:12-13, ACF
Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 2Co 5:10, ACF
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro
livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras. 13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. Ap 20:12-13, ACF
Nada é mais claro do que o ensinamento de que seremos julgados pela lei com base no que temos feito,
seja para o bem ou para o mal. Ao mesmo tempo, a Bíblia é clara em dizer também que, mediante a fé em
Jesus, somos cobertos por Sua justiça.
Essa cobertura envolve dois aspectos: perdão (justificação) e obediência (santificação). “Como recebestes
Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nEle” (Cl 2:6); e “todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos
revestistes” (Gl 3:27).
Costuma-se dizer que seremos julgados com base não apenas no que fizemos, mas também no que não
fizemos. Embora isso seja verdade, muitos têm uma ideia errada do que isso significa. Não se trata de fazer
mais coisas. Essa é uma receita para o desânimo e o fracasso. Observe como Tiago descreve isso na
primeira parte do verso 13: “O juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia.”
Novamente, essa é uma definição relacional do “fazer”.
Se pensássemos sobre isso por muito tempo, poderíamos nos tornar tão paranoicos sobre o juízo que nos
entregaríamos ao desespero. Mas isso não é o que significa temer “a Deus [...] pois é chegada a hora do
Seu juízo” (Ap 14:7)! Em vez disso, devemos sempre confiar na justiça de Jesus, cujos méritos são a nossa
única esperança no juízo. É o nosso amor a Deus, que nos salvou por Sua justiça, que deve nos estimular a
fazer todas as coisas que Ele nos chamou a fazer.
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6. Ao mesmo tempo, as advertências bíblicas sobre o juízo estão ali para nosso bem, para que não nos
embalemos em um falso senso de segurança. Tiago disse: “A misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2:13).
Devemos nos lembrar de suas palavras, especialmente quando lidamos com aqueles que caíram nos piores
pecados.
Você já cometeu um grande erro e, quando esperava apenas condenação e julgamento, recebeu
misericórdia, graça e perdão? Como se sentiu? Como você pode ter certeza de que não se esquecerá disso
na próxima vez em que alguém errar?
Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Jo 7–9
Leia, de Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 479-491: “O Grande Juízo Investigativo”.
“Deus reconheceu vocês como Seus filhos, perante homens e anjos. Orem para que vocês não desonrem ‘o
bom nome que sobre vocês foi invocado’ (Tg 2:7, NVI). Deus envia vocês ao mundo como representantes
dEle. Em cada ato da vida vocês devem tornar manifesto o nome de Deus. [...] Só poderão fazer isso
mediante a aceitação da graça e justiça de Cristo (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 107).
“Por meio de Cristo, a Justiça está habilitada a perdoar sem sacrificar nem um jota de sua exaltada
santidade” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 7, p.
936 [edição em inglês]).
Perguntas para reflexão
1. Ghandi resumiu o pensamento de muitos, ao dizer: “Eu gosto do seu Cristo, eu não gosto dos seus
cristãos. Seus cristãos são muito diferentes do seu Cristo.” Embora seja muito fácil olhar para o que outros
fizeram em nome de Cristo, por que devemos olhar para nós mesmos e para o que temos feito em nome de
Jesus? Como O temos revelado aos que nos rodeiam?
2. Em sua igreja as pessoas se sentem valorizadas e respeitadas independentemente da sua origem,
posição social, peculiaridades, etc.? O que você pode fazer para tornar a igreja mais amorosa?
3. Quais são algumas das tradições e normas sociais de seu país que são contrárias aos princípios da fé
bíblica? Quais são algumas das mais evidentes, e quais são algumas das mais sutis? Como você pode
superá-las, para que consiga viver e revelar os princípios do evangelho de um modo que mostre aos outros
que Jesus nos oferece uma vida melhor?
4. Uma coisa é amar o próximo, mas o que significa amar a Deus? Por que O amamos e como podemos
expressar esse amor? Comente com a classe.
5. “A misericórdia triunfa sobre o juízo.” Na prática, o que isso significa quando temos que lidar com os que
erram? Qual seria o equilíbrio nessa questão?
Respostas sugestivas: 1. A sociedade esperava que publicanos e pecadores fossem excluídos de seu meio,
enquanto Jesus e Seu evangelho pregavam salvação aos pobres e rejeitados. 2. Não devemos exaltar os
ricos nem menosprezar os pobres. Sem Cristo, os ricos são miseráveis. Com Cristo, os pobres são ricos. A
igreja não deve exaltar pessoas que usam o dinheiro para oprimir os outros, mas deve levá-los a Cristo. 3. A
igreja é prejudicada quando somos parciais, exaltando ricos e rejeitando pobres. O nome de Cristo é
blasfemado quando O associamos a pessoas infiéis ao evangelho. 4. A lei do reino de Deus é amar o
próximo como a nós mesmos, sem parcialidade, ódio ou sentimento de vingança. 5. Todas as passagens
incluem toda a lei e também a lei do amor, que é a motivação para guardar a lei. 6. Seremos julgados com
base na lei da liberdade e na Palavra de Deus. Alguns serão julgados com base na lei escrita na
consciência. A graça nos liberta do pecado e nos deixa livres para amar e para demonstrar misericórdia e
tratar a todos de igual maneira. O juízo determinará se praticamos a lei do amor.
Auxiliar - Resumo Carta de Tiago
Texto-chave: Romanos 13:8-10
O aluno deverá:
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7. Saber: O que é a “lei de Cristo” e de que maneira ela se aplica à nossa vida hoje; discernir a importante
função que Cristo nos deu como Seus embaixadores.
Sentir: Necessidade da sabedoria e orientação de Cristo para cumprir essa função.
Fazer: Resolver com a ajuda de Cristo deixar de se concentrar no eu e passar a amar e servir aos outros
como Ele faria.
Esboço
I. Saber: Compreender a lei do amor
A. Qual é a lei do amor, e o que motiva nossas ações? Como os dois estão relacionados?
B. Por que Cristo nos chama para ser Seus embaixadores? Quais são as responsabibilidades implicadas
nisso?
II. Sentir: Independência versus dependência
A. Ser dependente de Cristo muda nosso foco de nós mesmos para os outros? De que forma somos
“dependentes” de Cristo a cada dia?
B. O que é mais fácil: ser crítico ou mostrar misericórdia? Será que isso varia? Por quê? Qual deve ser a
motivação para mostrar misericórdia?
III. Fazer: Aceitar a graça e a justiça de Cristo
A. Como as boas obras revelam a realidade da nossa fé?
B. De que forma a justiça de Cristo em sua vida afeta a vida das pessoas com quem você entra em contato
todos os dias?
Resumo: O equilíbrio entre juízo e misericórdia é revelado quando o conceito do amor e da lei são
compreendidos. É nosso amor a Deus, que nos salva por Sua justiça, que nos impele a fazer o que Ele nos
instruiu. Os que praticam Sua lei de amor serão justificados. Cristo nos chama para ser Seus embaixadores,
revelando em nossa vida Seu amor e misericórdia ao mundo.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Romanos 13:8-10
Conceito-chave para o crescimento espiritual: No cumprimento da lei do amor, desviamos nossa atenção de
nós mesmos para a devoção a Deus e o serviço aos outros.
Somente para o professor: Muitas vezes, quando o assunto da lei de Deus é abordado, o eu se torna o foco
em uma de duas maneiras: (1) Eu devo ser bom, e essa bondade é mostrada quando eu guardo os
mandamentos; ou (2) Eu não tenho que fazer nada, porque Jesus fez tudo por mim. Ambas as abordagens
enfatizam a pessoa errada: eu. Em vez disso, o cumprimento da lei é focalizado no exterior, demonstrado
pelo nosso amor a Deus e aos outros (Rm 13:8-10). Conte a história a seguir e conduza a discussão de tal
forma que os alunos entendam o conceito-chave para a lição desta semana.
História de abertura:
Georg Ferdinand Duckwitz, um diplomata alemão na Dinamarca, informou seu amigo, Hans Hedtoft, um
importante social-democrata dinamarquês, sobre um plano secreto. Após a invasão alemã da Dinamarca,
7.500 judeus seriam presos e deportados na noite do Ano-Novo judaico (Rosh Hashanah), em 1o de outubro
de 1943.
Hedtoft informou imediatamente ao líder da comunidade judaica e ao rabino-chefe. Rapidamente foram
feitos planos para esconder ou retirar todos os judeus dinamarqueses. Duckwitz fez uma viagem secreta e
perigosa à Suécia para discutir com o primeiro-ministro Per Albin Hansson a possibilidade de os judeus
encontrarem refúgio no vizinho neutro, que fica ao norte da Dinamarca. Além disso, arriscando a própria
vida, os dinamarqueses fizeram todo o possível para apoiar seus amigos e vizinhos judeus.
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8. Como resultado da passagem de informações secretas para as fontes certas, por parte de Duckwitz, bem
como das ações do povo dinamarquês e do governo sueco, estima-se que 99% de todos os judeus
dinamarqueses sobreviveram. (“10 People Who Saved Jews During World War Two [10 Pessoas que
Salvaram Judeus Durante a Segunda Guerra Mundial]”, Listverse, 6 de novembro de 2008,
http://listverse.com/2008/11/06/10-people-who-saved-jews-during-world-war-two/).
Comente com a classe: O que é a lei de Cristo, e como Duckwitz (e os dinamarqueses) cumpriram essa lei?
Compreensão
Somente para o professor: Os teólogos às vezes falam sobre os diferentes “usos” ou funções da lei como
encontramos nas Escrituras e como são ensinados por Lutero e Calvino: (1) a lei civil para coibir ou limitar o
pecado; (2) a lei moral para convencer os pecadores de seus pecados e da sua necessidade de um
Salvador; e (3) a lei como revelação da vontade de Deus para a vida do cristão, habilitando-o a crescer na
graça. Esse “terceiro uso da lei” às vezes é artificialmente restrito ao ensino sobre a lei no Novo Testamento.
Mas Jesus, Paulo e os outros apóstolos basearam seu ensino nas leis morais encontradas no Antigo
Testamento, especialmente nos Dez Mandamentos. A “lei de Cristo” não é diferente dessa lei moral, como se
Jesus colocasse alguma lei nova no lugar da antiga. Afinal, foi Ele que proclamou a lei do Monte Sinai e deu
a Moisés outras leis para prefigurar a vinda de Cristo (lei cerimonial) e ilustrar a aplicação da lei moral para a
nação (lei civil) e em uma variedade de circunstâncias específicas (leis morais e de saúde). O que Paulo
menciona em Gálatas 6:2 como a “lei de Cristo” é a sua explicação do procedimento indicado por Jesus para
lidar com o conflito na igreja (Mt 18:15-17; comparar com Mt 5:23, 24.). Ao aplicar esses conselhos de Jesus
e Paulo, “a enfermidade é curada. [Os membros da igreja restaurados] estão plenamente determinados a
fazer o bem um ao outro. Este é o cumprimento da lei de Cristo” (Ellen, G. White, Olhando Para o Alto [MM
1983], p. 100).
Comentário Bíblico
I. Jesus e a lei do amor (Recapitule com a classe Rm 13:8-10.)
Muitas vezes, quando Jesus falava sobre a lei, enfatizava a base sobre a qual ela é fundamentada: o amor.
Mas o amor não existe em um vácuo. É, também, um dom de Deus, dado para ser compartilhado com Ele e
uns com os outros (Dt 6:5; Lv 19:18). Mas note como Jesus redefine esse amor em João 13:34, 35. Jesus
deu um novo mandamento no sentido de que Ele mostrou como a divina lei do amor é profunda, ampla, alta
e generosa. Poderia haver uma definição mais elevada do amor que aquela exemplificada por Jesus?
Ser como Jesus não é um fim em si mesmo e, certamente, não é um meio de salvação. Ser como Ele é
importante porque somos Seus embaixadores no mundo (ver 2Co 5:20; comparar com At 4:13). Jesus quer
amar as pessoas por meio de nós. Desde o início, Deus chamou Seu povo para se distinguir do mundo, para
estar “no mundo, mas não ser do mundo”. Ser batizado em nome de Jesus significa que temos esse nome
porque agora pertencemos a Ele. Em suma, “testemunhar” é apresentar nossas palavras e ações como
testemunho do amor de Deus aos que nos rodeiam. Somos chamados por um “bom nome” (Tg 2:7) e a viver
à altura desse nome.
Perguntas para reflexão
1. Tiago 2:9 menciona que uma das funções da lei é “condenar-nos” quando transgredimos a lei (a palavra
grega também poderia ser traduzida como “expor”, “punir”, “convencer” e “disciplinar”). Na prática, como isso
funciona? (Ver Rm 7:9; comparar com Rm 3:20; 5:13, 20). Podemos ser “condenados”, mas não ser
convencidos?
2. Em preparação para a classe, leia o capítulo 28 do livro O Grande Conflito, “O Grande Juízo
Investigativo”, e observe os elementos da justiça e misericórdia. Durante o estudo da lição, pergunte aos
alunos qual é sua compreensão do juízo e como se sentem a respeito disso. Então, peça que alguém leia 1
João 4:17-19 e comente sobre o texto. Pergunte aos alunos quando foi a última vez que ouviram um sermão
sobre o juízo. Com a ajuda deles, faça uma lista com versos bíblicos sobre o juízo. Incentive-os a lembrar o
maior número possível de versos. Que imagem o juízo sugere? Compartilhe com a classe o que chamou sua
atenção no capítulo 28 do livro “O Grande Conflito” e pergunte quais são as diferenças e semelhanças entre
os conceitos do livro e a imagem que eles fazem do juízo.
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9. Aplicação
Somente para o professor: Na seção Comentário Bíblico, no Passo 2, foi feita esta declaração: “Ser como
Ele é importante porque somos Seus embaixadores no mundo.” Esse ponto é fundamentado em 2 Coríntios
5:20: “Somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome
de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” A divina lei do amor é cumprida quando somos
“embaixadores em nome de Cristo”? Somos todos chamados para ser embaixadores de Cristo? Se somos, o
que isso significa para nossa vida hoje? Leia e discuta como as seguintes citações sobre as qualidades de
um diplomata eficiente se aplicam à vida e à missão de um embaixador de Cristo.
Atividade
O que significa ser um embaixador? No sentido mais puro, como um dicionário define, embaixador é “um
funcionário diplomático do mais alto nível, enviado por um soberano ou Estado para outro, como
representante residente”.
Quando somos batizados, estamos declarando fidelidade a Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos
senhores. Ele, então, nos envia como Seus embaixadores para ser Seus “representantes residentes”,
vivendo neste mundo em missão diplomática, como representantes dEle e do Seu reino, e apresentando
Sua mensagem de reconciliação (ver 2Co 5:20b).
“[As qualidades de um diplomata são] tato constante, calma inabalável, e uma paciência que não pode ser
afetada por nenhuma loucura, provocação ou tolice”, disse o americano Benjamin Franklin, um respeitado
diplomata do século 18, como registrado em The Diplomat’s Dictionary [Dicionário do Diplomata], de Charles
W. Freeman (United States Institute of Peace Press, edição revista, 2006), p. 88. François de Callières, um
autor do século 18 sobre diplomacia fundamental, é registrado na mesma fonte como tendo feito um
comentário semelhante: “O bom diplomata deve ter uma mente observadora, o dom de aplicação que recusa
ser desviado por prazeres ou divertimentos frívolos, julgamento sensato que avalia as coisas como são, e
que vai direto ao objetivo pelo caminho mais curto e natural, sem se desviar para refinamentos e sutilezas
sem sentido. [...] O diplomata deve ser rápido, competente, bom ouvinte, cortês e agradável” (p. 87, 88).
Criatividade e atividades práticas
Somente para o professor: Com base na discussão de aplicação acima, incentive os alunos a refletir sobre o
que significa, em termos práticos, cumprir a lei de Cristo sendo um embaixador dEle.
Atividade
Peça que os alunos trabalhem juntos para criar um cartaz intitulado “Embaixadores de Cristo”, listando as
qualidades dos embaixadores eficientes, bem como uma declaração de missão. Inclua imagens ou
desenhos dos membros da classe. Depois, coloque o cartaz em uma área da igreja em que todos possam
ver. Os alunos podem também fazer individualmente cartazes menores ou escrever a descrição da função
do “Embaixador de Cristo”, incluindo uma declaração de missão. Incentive as pessoas a colocar seu
cartaz/ou descrição da função em local em que todos possam ver, servindo como lembrete de sua
importante missão. Como alternativa para a atividade com cartazes ou descrições da função, inicie uma
discussão sobre o que significa ser um embaixador de Cristo.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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