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❉ Sexta - Estudo adicional
Ensinos de Jesus - Crescimento em Cristo - Lição 632014
“Não podemos reter nosso próprio eu e ao mesmo tempo ser tomados de toda a plenitude de Deus. Temos
que ser esvaziados de nós mesmos. Se afinal ganharmos o Céu, será unicamente mediante a renúncia do
próprio eu e o recebimento da mente, do espírito e da vontade de Cristo Jesus” (Ellen G. White, Nos Lugares
Celestiais, p. 155).
“Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são
afastados, renunciadas as más ações; amor, humildade e paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda.
A alegria substitui a tristeza e o semblante reflete a luz do Céu. [...] A bênção vem quando, pela fé, a pessoa
se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus”
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 173).
Caminho a Cristo, p. 43-48: “Consagração”;
A promessa de Deus é: "Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração." Jer.
29:13.
O coração inteiro tem de render-se a Deus, ou do contrário não se poderá jamais operar a transformação
pela qual é restaurada em nós a Sua semelhança. Por natureza estamos alienados de Deus. O Espírito
Santo descreve nossa condição em palavras como estas: "Mortos em ofensas e pecados" (Efés. 2:1); "toda
a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco", "não há nele coisa sã." Isa. 1:5 e 6. Somos retidos nos
laços de Satanás, "em cuja vontade" (II Tim. 2:26) estamos presos. Deus deseja curar-nos, libertar-nos. Mas
como isto requer uma completa transformação, uma renovação de nossa natureza toda, é necessário
rendermo-nos inteiramente a Ele.
A luta contra o próprio eu é a maior batalha que já foi ferida. A renúncia de nosso eu, sujeitando tudo à
vontade de Deus, requer luta; mas a alma tem de submeter-se a Deus antes que possa ser renovada em
santidade.
O governo de Deus não é, como Satanás nos quer fazer parecer, fundado sobre uma submissão cega, um
domínio irrazoável. Ele apela para o intelecto e a consciência. "Vinde, pois, e arrazoemos" (Isa. 1:18) é o
convite do Criador aos seres que formou. Deus não força a vontade de Suas criaturas. Não pode aceitar
homenagem que não seja prestada voluntária e inteligentemente. Uma submissão meramente forçada
impediria todo
Pág. 44
verdadeiro desenvolvimento do espírito ou do caráter; tornaria o homem simples máquina. Não é este o
propósito do Criador. Ele deseja que o homem, a obra prima de Seu poder criador, atinja o desenvolvimento
mais elevado possível. Propõe-nos a altura da bênção à qual nos deseja levar, por meio de Sua graça.
Convida-nos a entregar-nos a Ele, a fim de que possa efetuar em nós a Sua vontade. A nós compete
escolher se queremos ser libertados da escravidão do pecado, para participar da gloriosa liberdade dos
filhos de Deus.
Entregando-nos a Deus, temos necessariamente de renunciar a tudo que dEle nos separe. Por isso diz o
Salvador: "Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo." Luc. 14:33.
Tudo que afaste de Deus o coração, tem de ser renunciado. Mamom é o ídolo de muitos. O amor do
dinheiro, a ambição de fortuna, é a cadeia de ouro que os liga a Satanás. Fama e honras mundanas são
idolatradas por outros. Uma vida de comodidade egoísta, isenta de responsabilidade, constitui o ídolo de
outros. Mas estas cadeias escravizadoras têm de ser partidas. Não podemos pertencer metade ao Senhor e
metade ao mundo. Não somos filhos de Deus a menos que o sejamos totalmente.
Há os que professam servir a Deus, ao mesmo tempo que confiam em seus próprios esforços para obedecer
à Sua lei, formar um caráter reto e alcançar a salvação. Seu coração não é movido por uma intuição
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profunda do amor de Cristo, mas procuram cumprir os deveres da vida cristã como uma exigência de Deus a
fim de alcançarem o Céu. Semelhante religião nada vale. Quando Cristo habita o coração, a alma de tal
modo se
Pág. 45
encherá de Seu amor e da alegria da comunhão com Ele, que a Ele se apegará; e em Sua contemplação
será esquecido o próprio eu. O amor de Cristo será a mola das ações. Os que se sentem constrangidos pelo
amor de Deus, não perguntam quão pouco deverão dar para satisfazer às exigências de Deus; não indagam
qual a mais baixa norma, mas aspiram à perfeita conformidade com a vontade de seu Redentor. Com um
sincero desejo renunciam a tudo, manifestando um interesse proporcional ao valor do objeto que buscam.
Uma profissão de Cristo sem este profundo amor, é mero palavreado, formalidade vã, pesada e
desagradável tarefa.
Julgais ser sacrifício demasiado, entregar tudo a Cristo? Dirigi-vos a pergunta: "Que entregou Cristo por
mim?" O Filho de Deus deu tudo - vida, amor e sofrimento - por nossa redenção. E será possível que nós,
objeto indigno de tão grande amor, Lhe queiramos reter nosso coração? Cada momento de nossa vida
temos sido participantes das bênçãos de sua graça, e por esta mesma razão não podemos compreender
plenamente as profundezas da ignorância e miséria das quais fomos salvos. Podemos acaso olhar para
Aquele a quem nossos pecados traspassaram e, todavia, estar dispostos a menosprezar todo o Seu amor e
sacrifício? Em vista da infinita humilhação do Senhor da glória, haveremos nós de murmurar por não
podermos entrar na vida senão à custa de conflitos e humilhação própria?
Muito coração orgulhoso indaga: "Por que me devo arrepender e humilhar antes de poder ter a certeza de
minha aceitação por parte de Deus?" Aponto-vos a Cristo. Era inocente e, mais que isso, era o Príncipe do
Céu; mas por amor do homem Se fez pecado em lugar
Pág. 46
do gênero humano. "Foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre Si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu." Isa. 53:12.
Entretanto, a que renunciamos nós, ainda que renunciemos a tudo? - A um coração poluído pelo pecado,
para que Jesus o purifique, lavando-o em Seu próprio sangue, e o salve por Seu inefável amor. E ainda os
homens acham difícil renunciar a tudo! Envergonho-me de o ouvir, acanho-me de o escrever!
Deus não exige que renunciemos a coisa alguma cuja conservação nos seja de proveito. Em tudo que faz,
tem em vista o bem-estar de Seus filhos. Oxalá todos os que não aceitaram a Cristo reconhecessem que Ele
tem algo incomparavelmente melhor para lhes oferecer, do que o que eles mesmos buscam. O homem
pratica o maior dano e injustiça a sua própria alma, quando pensa e age contrariamente à vontade de Deus.
Nenhuma felicidade legítima pode ser encontrada no caminho proibido por Aquele que sabe o que é melhor
e vela pelo bem de Suas criaturas. O caminho do pecado é de miséria e destruição.
É erro entreter o pensamento de que Deus Se agrada de ver Seus filhos sofrerem. Todo o Céu se interessa
na felicidade do homem. Nosso Pai celeste não impede a nenhuma de Suas criaturas o acesso aos
caminhos dos prazeres. Os apelos divinos tão-somente nos exortam a abster-nos dos prazeres que sobre
nós trariam sofrimentos e desilusões, e nos fechariam as portas da felicidade e do Céu. O Redentor do
mundo aceita os homens tais como são, com todas as suas necessidades, imperfeições e fraquezas; e Ele
não só purifica do pecado e concede redenção pelo Seu sangue, como
Pág. 47
também satisfaz aos anseios do coração de todos os que consentem em tomar o Seu jugo e carregar o Seu
fardo. É seu propósito comunicar paz e descanso a todos os que a Ele vão em busca do pão da vida. Não
requer de nós senão o cumprimento dos deveres que guiarão nossos passos às alturas da bem-
aventurança, as quais os desobedientes jamais atingirão. A verdadeira, a feliz vida da alma é ter Cristo no
coração, Ele que é a Esperança da glória.
Muitos indagam: "Como devo eu fazer a entrega do próprio eu a Deus?" Desejais entregar-vos a Ele, mas
sois faltos de poder moral, escravos da dúvida e dirigidos pelos hábitos de vossa vida de pecado. Vossas
promessas e resoluções são como palavras escritas na areia. Não podeis dominar os pensamentos, os
impulsos, as afeições. O conhecimento de vossas promessas violadas e dos votos não cumpridos,
enfraquece a confiança em vossa própria sinceridade, levando-vos a julgar que Deus não vos pode aceitar;
mas não precisais desesperar. O que deveis compreender é a verdadeira força da vontade. Esta é o poder
que governa a natureza do homem, o poder da decisão ou de escolha. Tudo depende da reta ação da
vontade. O poder da escolha deu-o Deus ao homem; a ele compete exercê-lo. Não podeis mudar vosso
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coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as vossas afeições; mas podeis escolher servi-Lo.
Podeis dar-Lhe a vossa vontade; Ele então operará em vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade.
Desse modo toda a vossa natureza será levada sob o domínio do Espírito de Cristo; vossas afeições
centralizar-se-ão nEle; vossos pensamentos estarão em harmonia com Ele.
O desejo de bondade e santidade é, em si mesmo
Pág. 48
louvável; de nada, porém, valerão essas virtudes, se ficarem somente no desejo. Muitos se perderão
enquanto esperam e desejam ser cristãos. Não chegam ao ponto de render a vontade a Deus. Não
escolhem agora ser cristãos.
Mediante o conveniente exercício da vontade, pode operar-se em vossa vida uma mudança completa.
Entregando a Cristo o vosso querer, aliai-vos com o poder que está acima de todos os principados e
potestades. Tereis força do alto para estar firmes e, assim, pela constante entrega a Deus, sereis habilitados
a viver a nova vida, a vida da fé.
O Desejado de Todas as Nações, p. 167-177: “Nicodemos”.
Nicodemos ocupava posição de alta confiança na nação judaica. Possuía esmerada educação, e era dotado
de talentos acima do comum, sendo igualmente membro honrado do conselho nacional. Fora, juntamente
com outros, agitado pelos ensinos de Jesus. Se bem que rico, instruído e honrado, sentira-se estranhamente
atraído pelo humilde Nazareno. As lições saídas dos lábios do Salvador o haviam impressionado
grandemente, e desejara conhecer mais acerca dessas maravilhosas verdades.
A manifestação de autoridade por parte de Cristo, na purificação do templo, despertara nos sacerdotes e
principais decidido ódio. Temiam o poder desse Estranho. Tal ousadia da parte de um obscuro galileu, não
era coisa que se tolerasse. Determinaram acabar com Sua obra. Mas nem todos concordavam com isso.
Alguns havia que temiam opor-se a uma pessoa tão evidentemente dirigida pelo Espírito de Deus.
Lembravam-se de como profetas haviam sido mortos por terem repreendido os pecados dos guias de Israel.
Sabiam que a servidão dos judeus a um povo pagão era o resultado de sua obstinação em rejeitar as
repreensões de Deus. Temiam que, conspirando contra Jesus, os sacerdotes e principais estivessem
seguindo os passos de seus antepassados, e trouxessem sobre a nação novas calamidades. Nicodemos
partilhara desses sentimentos. Num concílio do Sinédrio,
Pág. 168
em que fora considerada a atitude a tomar para com Jesus, aconselhara cautela e moderação. Insistira em
que, se Jesus Se achava na verdade investido de autoridade por Deus, seria perigoso rejeitar-Lhe as
advertências. Os sacerdotes não haviam ousado desprezar esse conselho, e, temporariamente, não
tomaram medidas abertas contra o Salvador.
Desde que ouvira Jesus, Nicodemos estudara ansiosamente as profecias relativas ao Messias; e quanto
mais procurara, tanto mais forte era sua convicção de que este era Aquele que havia de vir. Ele, como
muitos outros em Israel, sentira-se grandemente aflito com a profanação do templo. Fora testemunha ocular
da cena da expulsão dos vendedores e compradores por Jesus; presenciara a maravilhosa manifestação de
poder divino; vira o Salvador receber os pobres e curar os enfermos; vira-lhes a expressão de alegria, e
escutara-lhes as palavras de louvor; e não podia duvidar de que Jesus de Nazaré era o Enviado de Deus.
Desejava grandemente uma entrevista com Jesus, mas recuava ante a idéia de O procurar abertamente.
Seria demasiado humilhante, para um príncipe judeu, reconhecer-se em afinidade com um mestre ainda tão
pouco conhecido. E chegasse sua visita ao conhecimento do Sinédrio, isso lhe atrairia o desprezo e as
acusações do mesmo. Decidiu-se por uma entrevista em segredo, desculpando-se com a idéia de que, fosse
ele abertamente, outros lhe poderiam seguir o exemplo. Sabendo, depois de indagar especialmente, o lugar
de retiro do Salvador, no Monte das Oliveiras, esperou até que a cidade silenciasse no sono, indo então em
busca dEle.
Em presença de Cristo, experimentou Nicodemos uma estranha timidez, que se esforçou por ocultar sob um
ar de compostura e dignidade. "Rabi", disse ele, "bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque
ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele." João 3:2. Esperava, falando dos
raros dons de Cristo como mestre, bem como de Seu maravilhoso poder de operar milagres, preparar o
terreno para a entrevista que pretendia. Suas palavras visavam exprimir e despertar confiança; na realidade,
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porém, exprimiam incredulidade. Não reconheceu Jesus como o Messias, mas apenas como um mestre
enviado por Deus.
Em vez de agradecer essa saudação, Jesus fixou os olhos no visitante, como se lhe estivesse lendo a alma.
Em Sua infinita sabedoria viu diante de Si um indagador da verdade. Sabia o objetivo dessa visita e, no
desejo de aprofundar a convicção já existente no espírito do ouvinte, foi diretamente ao ponto, dizendo
solene, mas bondosamente: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode
ver o reino de Deus." João 3:3.
Pág. 171
Nicodemos fora ter com o Senhor pensando em entrar com Ele em discussão, mas Jesus expôs-lhe os
princípios fundamentais da verdade. Disse a Nicodemos: Não é tanto de conhecimento teórico que precisas,
mas de regeneração espiritual. Não necessitas satisfazer tua curiosidade, mas ter um novo coração. É
mister que recebas nova vida de cima, antes de te ser possível apreciar as coisas celestiais. Antes que se
verifique essa mudança, tornando novas todas as coisas, nenhum salvador proveito tem para ti o discutir
comigo Minha autoridade ou missão.
Nicodemos ouvira a pregação de João Batista quanto ao arrependimento e ao batismo, e indicando ao povo
Aquele que havia de batizar com o Espírito Santo. Ele próprio sentira haver falta de espiritualidade entre os
judeus, que, em grande parte, eram dominados pela hipocrisia e a mundana ambição. Tinha esperado um
melhor estado de coisas por ocasião da vinda do Messias. Todavia, a perscrutadora mensagem do Batista
deixara de nele operar a convicção do pecado. Fariseu estrito, orgulhava-se de suas boas obras. Era
largamente estimado por sua beneficência e liberalidade na manutenção do serviço do templo, e sentia-se
certo do favor de Deus. Ficou assustado ante a idéia de um reino demasiado puro para ele ver em seu
estado atual.
A figura do novo nascimento, empregada por Jesus, não deixava de ser familiar a Nicodemos. Os conversos
do paganismo à fé de Israel eram muitas vezes comparados a crianças recém-nascidas. Portanto, devia ter
percebido que as palavras de Cristo não se destinavam a ser tomadas em sentido literal. Em virtude de seu
nascimento como israelita, entretanto, considerava-se seguro de um lugar no reino de Deus. Achava não
precisar de nenhuma mudança. Daí sua surpresa ante as palavras do Salvador. Ficou irritado por sua íntima
aplicação a si próprio. O orgulho do fariseu lutava contra o sincero desejo do pesquisador da verdade.
Admirava-se de que Jesus lhe falasse da maneira por que falou, não respeitando sua posição de príncipe
em Israel.
Colhido de improviso, respondeu a Cristo em palavras plenas de ironia: "Como pode um homem nascer,
sendo velho?" João 3:4. Como muitos outros, quando uma incisiva verdade lhes fere a consciência, revelou
o fato de que o homem natural não recebe as coisas que são do Espírito de Deus. Não há nele nada que
corresponda às coisas espirituais; pois estas se discernem espiritualmente.
Mas o Salvador não enfrentou argumento com argumento. Erguendo a mão em solene e calma dignidade,
acentuou a verdade
Pág. 172
com mais firmeza: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não
pode entrar no reino de Deus." João 3:5. Nicodemos sabia que Jesus Se referia aí ao batismo de água, e à
renovação da alma pelo Espírito de Deus. Ficou convencido de achar-se na presença dAquele que João
Batista predissera.
Jesus continuou: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". João 3:6. O
coração, por natureza, é mau, e "quem do imundo tirará o puro? Ninguém". Jó 14:4. Invenção alguma
humana pode encontrar o remédio para a alma pecadora. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus;
pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser". Rom. 8:7. "Do coração procedem os maus
pensamentos, mortes, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mat. 15:19. A fonte
do coração se deve purificar para que a corrente se possa tornar pura. Aquele que se esforça para alcançar
o Céu por suas próprias obras em observar a lei, está tentando o impossível. Não há segurança para uma
pessoa que tenha religião meramente legal, uma forma de piedade. A vida cristã não é uma modificação ou
melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma
vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo.
Nicodemos continuava perplexo, e Jesus empregou o vento para ilustrar o que desejava dizer: "O vento
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assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo
aquele que é nascido do Espírito". João 3:8.
Ouve-se o vento por entre os ramos das árvores, fazendo sussurrar as folhas e as flores; é todavia invisível,
e homem algum sabe de onde ele vem, nem para onde vai. O mesmo se dá quanto à operação do Espírito
Santo na alma. Como os movimentos do vento, não pode ser explicada. Talvez uma pessoa não seja capaz
de dizer o tempo ou o lugar exatos de sua conversão, nem delinear todas as circunstâncias no processo da
mesma; isso, porém, não prova não estar ela convertida. Mediante um agente tão invisível como o vento,
está Cristo continuamente operando no coração. Pouco a pouco, sem que o objeto dessa obra tenha talvez
consciência do fato, produzem-se impressões que tendem a atrair a alma para Cristo. Estas se podem
causar meditando nEle, lendo as Escrituras, ou ouvindo a palavra do pregador. De repente, ao chegar o
Espírito com mais direto apelo, a alma entrega-se alegremente a Jesus. Isso é chamado por muitos uma
conversão repentina; é, no entanto, o resultado de longo processo de conquista efetuado pelo Espírito de
Deus - processo paciente e prolongado.
Pág. 173
Se bem que o vento seja invisível, seus efeitos são vistos e sentidos. Assim a obra do Espírito sobre a alma
revelar-se-á em cada ato daquele que lhe experimentou o poder salvador. Quando o Espírito de Deus toma
posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más
ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a
tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce
das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que
olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus.
É impossível à mente finita compreender a obra da redenção. Seu mistério excede ao conhecimento
humano; todavia, aquele que passa da morte para a vida percebe que é uma divina realidade. O começo da
redenção, podemos conhecê-lo aqui, mediante uma experiência pessoal. Seus resultados estendem-se
através da eternidade.
Enquanto Jesus falava, alguns raios da verdade penetraram no espírito do príncipe. A enternecedora,
subjugante influência do Espírito Santo impressionou-lhe o coração. Todavia, não compreendeu plenamente
as palavras do Salvador. Não ficou tão impressionado com a necessidade do novo nascimento, como acerca
da maneira por que esse se havia de realizar. Admirado, disse: "Como pode ser isso?"
"Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?" perguntou Jesus. Indubitavelmente uma pessoa a quem era
confiada a instrução religiosa do povo, não devia ser ignorante de verdades de tanta importância. Suas
palavras encerravam a lição de que, em lugar de sentir-se irritado com as positivas palavras da verdade,
Nicodemos deveria ter de si mesmo opinião muito humilde, em vista de sua ignorância espiritual. Não
obstante, Cristo falava com tão solene dignidade, e tanto o olhar como a inflexão da voz exprimiam tão
sincero amor, que Nicodemos não se ofendeu ao compreender sua humilhante condição.
Mas ao explicar Jesus que Sua missão na Terra era estabelecer um reino espiritual e não temporal, Seu
ouvinte sentiu-se perturbado. Vendo isso, Jesus acrescentou: "Se vos falei de coisas terrestres e não
crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" João 3:12. Se Nicodemos não podia receber os ensinos
de Cristo, que ilustravam a obra da graça no coração, como entender a natureza de Seu glorioso reino
celestial? Não discernindo a natureza da obra de Cristo na Terra, não poderia compreender Sua obra no
Céu.
Os judeus que Jesus expulsara do templo, pretendiam ser
Pág. 174
filhos de Abraão, mas fugiram da presença do Salvador, porque não podiam suportar a glória de Deus que
nEle se manifestava. Revelaram assim não se achar, pela graça de Deus, habilitados a participar dos
sagrados cultos do templo. Eram zelosos em manter uma aparência de piedade, mas negligenciavam a
santidade do coração. Ao passo que eram zelosos defensores da letra da lei, violavam-lhe constantemente o
espírito. Sua grande necessidade era aquela mesma mudança que Cristo estivera explicando a Nicodemos -
um novo nascimento moral, uma limpeza do pecado e renovação do conhecimento e da santidade.
Não havia escusa para a cegueira de Israel quanto à obra da regeneração. Pela inspiração do Espírito
Santo, escrevera Isaías: "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapos de
imundícia". Isa. 64:6. Davi suplicara: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito
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reto". Sal. 51:10. E, por meio de Ezequiel, fora dada a promessa: "E vos darei um coração novo, e porei
dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de
carne. E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os Meus
juízos, e os observeis". Ezeq. 36:26 e 27.
Nicodemos lera essas passagens com o espírito obscurecido; agora, porém, começava a compreender-lhes
a significação. Via que a mais rígida obediência à simples letra da lei, no que respeitava à vida exterior, não
poderia habilitar homem algum para entrar no reino do Céu. No conceito dos homens, sua vida fora justa e
digna de honra; em presença de Cristo, no entanto, sentia que seu coração era impuro, sua vida destituída
de santidade.
Nicodemos estava sendo atraído para Cristo. Ao explicar-lhe o Salvador o que dizia respeito ao novo
nascimento, anelava experimentar essa mudança em si mesmo. Por que meio poderia isso realizar-se?
Jesus respondeu à não formulada pergunta: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa
que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida
eterna". João 3:14 e 15.
Ali estava um terreno familiar a Nicodemos. O símbolo da serpente levantada tornou-lhe clara a missão do
Salvador. Quando o povo de Israel estava perecendo da picada das serpentes ardentes, Deus instruíra
Moisés para fazer uma serpente de metal, e colocá-la no alto, em meio da congregação. Fora então
anunciado no acampamento que todos os que olhassem para a serpente, viveriam. Bem sabia o povo que,
em si mesma, não possuía ela poder algum para os ajudar. Era um símbolo de Cristo. Como
Pág. 175
a imagem feita à semelhança das serpentes destruidoras era erguida para cura deles, assim Alguém nascido
"em semelhança da carne do pecado" (Rom. 8:3), havia de lhes ser Redentor. Muitos dos israelitas olhavam
o serviço sacrifical como possuindo em si mesmo virtude para os libertar do pecado. Deus lhes desejava
ensinar que esse serviço não tinha mais valor que aquela serpente de metal. Visava a dirigir-lhes o espírito
para o Salvador. Fosse para a cura de suas feridas, fosse para o perdão dos pecados, não podiam fazer por
si mesmos coisa alguma, se não mostrar sua fé no Dom de Deus. Cumpria-lhes olhar, e viver.
Os que haviam sido mordidos pelas serpentes poderiam haver demorado a olhar. Poderiam ter posto em
dúvida a eficácia daquele símbolo metálico. Poderiam haver pedido uma explicação científica. Nenhuma
explicação lhes era dada, porém. Deviam aceitar a palavra que Deus lhes dirigia através de Moisés.
Recusar-se a olhar, era morrer.
Não é por meio de debates e discussões que a alma é iluminada. Devemos olhar e viver. Nicodemos
recebeu a lição, e levou-a consigo. Examinou as Escrituras de maneira nova, não para a discussão de uma
teoria, mas a fim de receber vida para a alma. Começou a ver o reino de Deus, ao submeter-se à direção do
Espírito Santo.
Milhares existem, hoje em dia, que necessitam da mesma verdade ensinada a Nicodemos mediante a
serpente levantada. Confiam em sua obediência à lei de Deus para se recomendarem a seu favor. Quando
são solicitados a olhar a Jesus, e a crer que Ele os salva apenas pela Sua graça, exclamam: "Como pode
ser isso?"
Como Nicodemos, devemos estar prontos a entrar na vida pela mesma maneira que o maior dos pecadores.
Além de Cristo "nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Atos 4:12.
Mediante a fé, recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. Ela não obtém nada. É a mão
que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos, o remédio contra o pecado. E nem sequer nos
podemos arrepender sem o auxílio do Espírito de Deus. Diz a Escritura de Cristo: "Deus com a Sua destra O
elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados." Atos 5:31. O
arrependimento vem de Cristo, tão seguramente como vem o perdão.
Como, então, nos havemos de salvar? - "Como Moisés levantou a serpente no deserto", assim foi levantado
o Filho do homem, e todo aquele que tem sido enganado e mordido pela serpente, pode olhar e viver. "Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o
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pecado do mundo." João 1:29. A luz que irradia da cruz revela o amor de Deus. Seu amor atrai-nos a Ele
mesmo. Se não resistirmos a essa atração, seremos levados ao pé da cruz em arrependimento pelos
pecados que crucificaram o Salvador. Então o Espírito de Deus, mediante a fé, produz uma nova vida na
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alma. Os pensamentos e desejos são postos em obediência à vontade de Cristo. O coração, o espírito, são
novamente criados à imagem dAquele que opera em nós para sujeitar a Si mesmo todas as coisas. Então a
lei de Deus é escrita na mente e no coração, e podemos dizer com Cristo: "Deleito-Me em fazer a Tua
vontade, ó Deus Meu". Sal. 40:8.
Na entrevista com Nicodemos, Jesus desdobrou o plano da salvação, e Sua missão no mundo. Em nenhum
de Seus posteriores discursos explicou tão plenamente, passo por passo, a obra necessária ao coração de
todo aquele que quisesse herdar o reino do Céu. No próprio início de Seu ministério, abriu a verdade a um
membro do Sinédrio, ao espírito mais apto a receber, a um designado mestre do povo. Os guias de Israel,
porém, não receberam de bom grado a luz. Nicodemos ocultou a verdade no coração, e por três anos pouco
foi, aparentemente, o fruto.
Jesus, porém, conhecia o solo em que lançara a semente. As palavras dirigidas à noite a um ouvinte, na
solitária montanha, não foram perdidas. Durante algum tempo, Nicodemos não reconheceu publicamente a
Cristo, mas observava-Lhe a vida, e ponderava-Lhe os ensinos. Repetidamente, no conselho do Sinédrio,
frustrou os planos dos sacerdotes para O destruir. Quando, afinal, Jesus foi erguido na cruz, Nicodemos
relembrou o ensino no Olivete: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do
homem seja levantado; para que todo aquele
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que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:14 e 15. A luz daquela secreta entrevista iluminou
a cruz do Calvário, e Nicodemos viu em Jesus o Redentor do mundo.
Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos foram dispersos pela perseguição, Nicodemos tomou
ousadamente a dianteira. Empregou sua fortuna na manutenção da igreja infante, que os judeus haviam
esperado fosse extirpada com a morte de Cristo. No tempo de perigo aquele que tão cauteloso e duvidoso
fora, mostrou-se firme como a rocha, animando a fé dos discípulos, e fornecendo meios para levar avante a
obra do evangelho. Foi desdenhado e perseguido pelos que lhe haviam tributado reverência em outros
tempos. Tornou-se pobre em bens deste mundo; todavia, não vacilou na fé que tivera seu início naquela
conferência noturna com Jesus.
Nicodemos relatou a João a história daquela entrevista, e por sua pena foi ela registrada para instrução de
milhões. As verdades aí ensinadas são tão importantes hoje em dia como naquela solene noite, na sombria
montanha, quando o príncipe judeu foi aprender, com o humilde Mestre da Galiléia, o caminho da vida.
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Ensinos de Jesus sobre a renúncia do próprio eu e a entrega total a Deus

  • 1. ❉ Sexta - Estudo adicional Ensinos de Jesus - Crescimento em Cristo - Lição 632014 “Não podemos reter nosso próprio eu e ao mesmo tempo ser tomados de toda a plenitude de Deus. Temos que ser esvaziados de nós mesmos. Se afinal ganharmos o Céu, será unicamente mediante a renúncia do próprio eu e o recebimento da mente, do espírito e da vontade de Cristo Jesus” (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, p. 155). “Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; amor, humildade e paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza e o semblante reflete a luz do Céu. [...] A bênção vem quando, pela fé, a pessoa se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 173). Caminho a Cristo, p. 43-48: “Consagração”; A promessa de Deus é: "Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração." Jer. 29:13. O coração inteiro tem de render-se a Deus, ou do contrário não se poderá jamais operar a transformação pela qual é restaurada em nós a Sua semelhança. Por natureza estamos alienados de Deus. O Espírito Santo descreve nossa condição em palavras como estas: "Mortos em ofensas e pecados" (Efés. 2:1); "toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco", "não há nele coisa sã." Isa. 1:5 e 6. Somos retidos nos laços de Satanás, "em cuja vontade" (II Tim. 2:26) estamos presos. Deus deseja curar-nos, libertar-nos. Mas como isto requer uma completa transformação, uma renovação de nossa natureza toda, é necessário rendermo-nos inteiramente a Ele. A luta contra o próprio eu é a maior batalha que já foi ferida. A renúncia de nosso eu, sujeitando tudo à vontade de Deus, requer luta; mas a alma tem de submeter-se a Deus antes que possa ser renovada em santidade. O governo de Deus não é, como Satanás nos quer fazer parecer, fundado sobre uma submissão cega, um domínio irrazoável. Ele apela para o intelecto e a consciência. "Vinde, pois, e arrazoemos" (Isa. 1:18) é o convite do Criador aos seres que formou. Deus não força a vontade de Suas criaturas. Não pode aceitar homenagem que não seja prestada voluntária e inteligentemente. Uma submissão meramente forçada impediria todo Pág. 44 verdadeiro desenvolvimento do espírito ou do caráter; tornaria o homem simples máquina. Não é este o propósito do Criador. Ele deseja que o homem, a obra prima de Seu poder criador, atinja o desenvolvimento mais elevado possível. Propõe-nos a altura da bênção à qual nos deseja levar, por meio de Sua graça. Convida-nos a entregar-nos a Ele, a fim de que possa efetuar em nós a Sua vontade. A nós compete escolher se queremos ser libertados da escravidão do pecado, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Entregando-nos a Deus, temos necessariamente de renunciar a tudo que dEle nos separe. Por isso diz o Salvador: "Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo." Luc. 14:33. Tudo que afaste de Deus o coração, tem de ser renunciado. Mamom é o ídolo de muitos. O amor do dinheiro, a ambição de fortuna, é a cadeia de ouro que os liga a Satanás. Fama e honras mundanas são idolatradas por outros. Uma vida de comodidade egoísta, isenta de responsabilidade, constitui o ídolo de outros. Mas estas cadeias escravizadoras têm de ser partidas. Não podemos pertencer metade ao Senhor e metade ao mundo. Não somos filhos de Deus a menos que o sejamos totalmente. Há os que professam servir a Deus, ao mesmo tempo que confiam em seus próprios esforços para obedecer à Sua lei, formar um caráter reto e alcançar a salvação. Seu coração não é movido por uma intuição ramos@advir.comramos@advir.com
  • 2. profunda do amor de Cristo, mas procuram cumprir os deveres da vida cristã como uma exigência de Deus a fim de alcançarem o Céu. Semelhante religião nada vale. Quando Cristo habita o coração, a alma de tal modo se Pág. 45 encherá de Seu amor e da alegria da comunhão com Ele, que a Ele se apegará; e em Sua contemplação será esquecido o próprio eu. O amor de Cristo será a mola das ações. Os que se sentem constrangidos pelo amor de Deus, não perguntam quão pouco deverão dar para satisfazer às exigências de Deus; não indagam qual a mais baixa norma, mas aspiram à perfeita conformidade com a vontade de seu Redentor. Com um sincero desejo renunciam a tudo, manifestando um interesse proporcional ao valor do objeto que buscam. Uma profissão de Cristo sem este profundo amor, é mero palavreado, formalidade vã, pesada e desagradável tarefa. Julgais ser sacrifício demasiado, entregar tudo a Cristo? Dirigi-vos a pergunta: "Que entregou Cristo por mim?" O Filho de Deus deu tudo - vida, amor e sofrimento - por nossa redenção. E será possível que nós, objeto indigno de tão grande amor, Lhe queiramos reter nosso coração? Cada momento de nossa vida temos sido participantes das bênçãos de sua graça, e por esta mesma razão não podemos compreender plenamente as profundezas da ignorância e miséria das quais fomos salvos. Podemos acaso olhar para Aquele a quem nossos pecados traspassaram e, todavia, estar dispostos a menosprezar todo o Seu amor e sacrifício? Em vista da infinita humilhação do Senhor da glória, haveremos nós de murmurar por não podermos entrar na vida senão à custa de conflitos e humilhação própria? Muito coração orgulhoso indaga: "Por que me devo arrepender e humilhar antes de poder ter a certeza de minha aceitação por parte de Deus?" Aponto-vos a Cristo. Era inocente e, mais que isso, era o Príncipe do Céu; mas por amor do homem Se fez pecado em lugar Pág. 46 do gênero humano. "Foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre Si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu." Isa. 53:12. Entretanto, a que renunciamos nós, ainda que renunciemos a tudo? - A um coração poluído pelo pecado, para que Jesus o purifique, lavando-o em Seu próprio sangue, e o salve por Seu inefável amor. E ainda os homens acham difícil renunciar a tudo! Envergonho-me de o ouvir, acanho-me de o escrever! Deus não exige que renunciemos a coisa alguma cuja conservação nos seja de proveito. Em tudo que faz, tem em vista o bem-estar de Seus filhos. Oxalá todos os que não aceitaram a Cristo reconhecessem que Ele tem algo incomparavelmente melhor para lhes oferecer, do que o que eles mesmos buscam. O homem pratica o maior dano e injustiça a sua própria alma, quando pensa e age contrariamente à vontade de Deus. Nenhuma felicidade legítima pode ser encontrada no caminho proibido por Aquele que sabe o que é melhor e vela pelo bem de Suas criaturas. O caminho do pecado é de miséria e destruição. É erro entreter o pensamento de que Deus Se agrada de ver Seus filhos sofrerem. Todo o Céu se interessa na felicidade do homem. Nosso Pai celeste não impede a nenhuma de Suas criaturas o acesso aos caminhos dos prazeres. Os apelos divinos tão-somente nos exortam a abster-nos dos prazeres que sobre nós trariam sofrimentos e desilusões, e nos fechariam as portas da felicidade e do Céu. O Redentor do mundo aceita os homens tais como são, com todas as suas necessidades, imperfeições e fraquezas; e Ele não só purifica do pecado e concede redenção pelo Seu sangue, como Pág. 47 também satisfaz aos anseios do coração de todos os que consentem em tomar o Seu jugo e carregar o Seu fardo. É seu propósito comunicar paz e descanso a todos os que a Ele vão em busca do pão da vida. Não requer de nós senão o cumprimento dos deveres que guiarão nossos passos às alturas da bem- aventurança, as quais os desobedientes jamais atingirão. A verdadeira, a feliz vida da alma é ter Cristo no coração, Ele que é a Esperança da glória. Muitos indagam: "Como devo eu fazer a entrega do próprio eu a Deus?" Desejais entregar-vos a Ele, mas sois faltos de poder moral, escravos da dúvida e dirigidos pelos hábitos de vossa vida de pecado. Vossas promessas e resoluções são como palavras escritas na areia. Não podeis dominar os pensamentos, os impulsos, as afeições. O conhecimento de vossas promessas violadas e dos votos não cumpridos, enfraquece a confiança em vossa própria sinceridade, levando-vos a julgar que Deus não vos pode aceitar; mas não precisais desesperar. O que deveis compreender é a verdadeira força da vontade. Esta é o poder que governa a natureza do homem, o poder da decisão ou de escolha. Tudo depende da reta ação da vontade. O poder da escolha deu-o Deus ao homem; a ele compete exercê-lo. Não podeis mudar vosso ramos@advir.comramos@advir.com
  • 3. coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as vossas afeições; mas podeis escolher servi-Lo. Podeis dar-Lhe a vossa vontade; Ele então operará em vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade. Desse modo toda a vossa natureza será levada sob o domínio do Espírito de Cristo; vossas afeições centralizar-se-ão nEle; vossos pensamentos estarão em harmonia com Ele. O desejo de bondade e santidade é, em si mesmo Pág. 48 louvável; de nada, porém, valerão essas virtudes, se ficarem somente no desejo. Muitos se perderão enquanto esperam e desejam ser cristãos. Não chegam ao ponto de render a vontade a Deus. Não escolhem agora ser cristãos. Mediante o conveniente exercício da vontade, pode operar-se em vossa vida uma mudança completa. Entregando a Cristo o vosso querer, aliai-vos com o poder que está acima de todos os principados e potestades. Tereis força do alto para estar firmes e, assim, pela constante entrega a Deus, sereis habilitados a viver a nova vida, a vida da fé. O Desejado de Todas as Nações, p. 167-177: “Nicodemos”. Nicodemos ocupava posição de alta confiança na nação judaica. Possuía esmerada educação, e era dotado de talentos acima do comum, sendo igualmente membro honrado do conselho nacional. Fora, juntamente com outros, agitado pelos ensinos de Jesus. Se bem que rico, instruído e honrado, sentira-se estranhamente atraído pelo humilde Nazareno. As lições saídas dos lábios do Salvador o haviam impressionado grandemente, e desejara conhecer mais acerca dessas maravilhosas verdades. A manifestação de autoridade por parte de Cristo, na purificação do templo, despertara nos sacerdotes e principais decidido ódio. Temiam o poder desse Estranho. Tal ousadia da parte de um obscuro galileu, não era coisa que se tolerasse. Determinaram acabar com Sua obra. Mas nem todos concordavam com isso. Alguns havia que temiam opor-se a uma pessoa tão evidentemente dirigida pelo Espírito de Deus. Lembravam-se de como profetas haviam sido mortos por terem repreendido os pecados dos guias de Israel. Sabiam que a servidão dos judeus a um povo pagão era o resultado de sua obstinação em rejeitar as repreensões de Deus. Temiam que, conspirando contra Jesus, os sacerdotes e principais estivessem seguindo os passos de seus antepassados, e trouxessem sobre a nação novas calamidades. Nicodemos partilhara desses sentimentos. Num concílio do Sinédrio, Pág. 168 em que fora considerada a atitude a tomar para com Jesus, aconselhara cautela e moderação. Insistira em que, se Jesus Se achava na verdade investido de autoridade por Deus, seria perigoso rejeitar-Lhe as advertências. Os sacerdotes não haviam ousado desprezar esse conselho, e, temporariamente, não tomaram medidas abertas contra o Salvador. Desde que ouvira Jesus, Nicodemos estudara ansiosamente as profecias relativas ao Messias; e quanto mais procurara, tanto mais forte era sua convicção de que este era Aquele que havia de vir. Ele, como muitos outros em Israel, sentira-se grandemente aflito com a profanação do templo. Fora testemunha ocular da cena da expulsão dos vendedores e compradores por Jesus; presenciara a maravilhosa manifestação de poder divino; vira o Salvador receber os pobres e curar os enfermos; vira-lhes a expressão de alegria, e escutara-lhes as palavras de louvor; e não podia duvidar de que Jesus de Nazaré era o Enviado de Deus. Desejava grandemente uma entrevista com Jesus, mas recuava ante a idéia de O procurar abertamente. Seria demasiado humilhante, para um príncipe judeu, reconhecer-se em afinidade com um mestre ainda tão pouco conhecido. E chegasse sua visita ao conhecimento do Sinédrio, isso lhe atrairia o desprezo e as acusações do mesmo. Decidiu-se por uma entrevista em segredo, desculpando-se com a idéia de que, fosse ele abertamente, outros lhe poderiam seguir o exemplo. Sabendo, depois de indagar especialmente, o lugar de retiro do Salvador, no Monte das Oliveiras, esperou até que a cidade silenciasse no sono, indo então em busca dEle. Em presença de Cristo, experimentou Nicodemos uma estranha timidez, que se esforçou por ocultar sob um ar de compostura e dignidade. "Rabi", disse ele, "bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele." João 3:2. Esperava, falando dos raros dons de Cristo como mestre, bem como de Seu maravilhoso poder de operar milagres, preparar o terreno para a entrevista que pretendia. Suas palavras visavam exprimir e despertar confiança; na realidade, ramos@advir.comramos@advir.com
  • 4. porém, exprimiam incredulidade. Não reconheceu Jesus como o Messias, mas apenas como um mestre enviado por Deus. Em vez de agradecer essa saudação, Jesus fixou os olhos no visitante, como se lhe estivesse lendo a alma. Em Sua infinita sabedoria viu diante de Si um indagador da verdade. Sabia o objetivo dessa visita e, no desejo de aprofundar a convicção já existente no espírito do ouvinte, foi diretamente ao ponto, dizendo solene, mas bondosamente: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. Pág. 171 Nicodemos fora ter com o Senhor pensando em entrar com Ele em discussão, mas Jesus expôs-lhe os princípios fundamentais da verdade. Disse a Nicodemos: Não é tanto de conhecimento teórico que precisas, mas de regeneração espiritual. Não necessitas satisfazer tua curiosidade, mas ter um novo coração. É mister que recebas nova vida de cima, antes de te ser possível apreciar as coisas celestiais. Antes que se verifique essa mudança, tornando novas todas as coisas, nenhum salvador proveito tem para ti o discutir comigo Minha autoridade ou missão. Nicodemos ouvira a pregação de João Batista quanto ao arrependimento e ao batismo, e indicando ao povo Aquele que havia de batizar com o Espírito Santo. Ele próprio sentira haver falta de espiritualidade entre os judeus, que, em grande parte, eram dominados pela hipocrisia e a mundana ambição. Tinha esperado um melhor estado de coisas por ocasião da vinda do Messias. Todavia, a perscrutadora mensagem do Batista deixara de nele operar a convicção do pecado. Fariseu estrito, orgulhava-se de suas boas obras. Era largamente estimado por sua beneficência e liberalidade na manutenção do serviço do templo, e sentia-se certo do favor de Deus. Ficou assustado ante a idéia de um reino demasiado puro para ele ver em seu estado atual. A figura do novo nascimento, empregada por Jesus, não deixava de ser familiar a Nicodemos. Os conversos do paganismo à fé de Israel eram muitas vezes comparados a crianças recém-nascidas. Portanto, devia ter percebido que as palavras de Cristo não se destinavam a ser tomadas em sentido literal. Em virtude de seu nascimento como israelita, entretanto, considerava-se seguro de um lugar no reino de Deus. Achava não precisar de nenhuma mudança. Daí sua surpresa ante as palavras do Salvador. Ficou irritado por sua íntima aplicação a si próprio. O orgulho do fariseu lutava contra o sincero desejo do pesquisador da verdade. Admirava-se de que Jesus lhe falasse da maneira por que falou, não respeitando sua posição de príncipe em Israel. Colhido de improviso, respondeu a Cristo em palavras plenas de ironia: "Como pode um homem nascer, sendo velho?" João 3:4. Como muitos outros, quando uma incisiva verdade lhes fere a consciência, revelou o fato de que o homem natural não recebe as coisas que são do Espírito de Deus. Não há nele nada que corresponda às coisas espirituais; pois estas se discernem espiritualmente. Mas o Salvador não enfrentou argumento com argumento. Erguendo a mão em solene e calma dignidade, acentuou a verdade Pág. 172 com mais firmeza: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5. Nicodemos sabia que Jesus Se referia aí ao batismo de água, e à renovação da alma pelo Espírito de Deus. Ficou convencido de achar-se na presença dAquele que João Batista predissera. Jesus continuou: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". João 3:6. O coração, por natureza, é mau, e "quem do imundo tirará o puro? Ninguém". Jó 14:4. Invenção alguma humana pode encontrar o remédio para a alma pecadora. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser". Rom. 8:7. "Do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mat. 15:19. A fonte do coração se deve purificar para que a corrente se possa tornar pura. Aquele que se esforça para alcançar o Céu por suas próprias obras em observar a lei, está tentando o impossível. Não há segurança para uma pessoa que tenha religião meramente legal, uma forma de piedade. A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo. Nicodemos continuava perplexo, e Jesus empregou o vento para ilustrar o que desejava dizer: "O vento ramos@advir.comramos@advir.com
  • 5. assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". João 3:8. Ouve-se o vento por entre os ramos das árvores, fazendo sussurrar as folhas e as flores; é todavia invisível, e homem algum sabe de onde ele vem, nem para onde vai. O mesmo se dá quanto à operação do Espírito Santo na alma. Como os movimentos do vento, não pode ser explicada. Talvez uma pessoa não seja capaz de dizer o tempo ou o lugar exatos de sua conversão, nem delinear todas as circunstâncias no processo da mesma; isso, porém, não prova não estar ela convertida. Mediante um agente tão invisível como o vento, está Cristo continuamente operando no coração. Pouco a pouco, sem que o objeto dessa obra tenha talvez consciência do fato, produzem-se impressões que tendem a atrair a alma para Cristo. Estas se podem causar meditando nEle, lendo as Escrituras, ou ouvindo a palavra do pregador. De repente, ao chegar o Espírito com mais direto apelo, a alma entrega-se alegremente a Jesus. Isso é chamado por muitos uma conversão repentina; é, no entanto, o resultado de longo processo de conquista efetuado pelo Espírito de Deus - processo paciente e prolongado. Pág. 173 Se bem que o vento seja invisível, seus efeitos são vistos e sentidos. Assim a obra do Espírito sobre a alma revelar-se-á em cada ato daquele que lhe experimentou o poder salvador. Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus. É impossível à mente finita compreender a obra da redenção. Seu mistério excede ao conhecimento humano; todavia, aquele que passa da morte para a vida percebe que é uma divina realidade. O começo da redenção, podemos conhecê-lo aqui, mediante uma experiência pessoal. Seus resultados estendem-se através da eternidade. Enquanto Jesus falava, alguns raios da verdade penetraram no espírito do príncipe. A enternecedora, subjugante influência do Espírito Santo impressionou-lhe o coração. Todavia, não compreendeu plenamente as palavras do Salvador. Não ficou tão impressionado com a necessidade do novo nascimento, como acerca da maneira por que esse se havia de realizar. Admirado, disse: "Como pode ser isso?" "Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?" perguntou Jesus. Indubitavelmente uma pessoa a quem era confiada a instrução religiosa do povo, não devia ser ignorante de verdades de tanta importância. Suas palavras encerravam a lição de que, em lugar de sentir-se irritado com as positivas palavras da verdade, Nicodemos deveria ter de si mesmo opinião muito humilde, em vista de sua ignorância espiritual. Não obstante, Cristo falava com tão solene dignidade, e tanto o olhar como a inflexão da voz exprimiam tão sincero amor, que Nicodemos não se ofendeu ao compreender sua humilhante condição. Mas ao explicar Jesus que Sua missão na Terra era estabelecer um reino espiritual e não temporal, Seu ouvinte sentiu-se perturbado. Vendo isso, Jesus acrescentou: "Se vos falei de coisas terrestres e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" João 3:12. Se Nicodemos não podia receber os ensinos de Cristo, que ilustravam a obra da graça no coração, como entender a natureza de Seu glorioso reino celestial? Não discernindo a natureza da obra de Cristo na Terra, não poderia compreender Sua obra no Céu. Os judeus que Jesus expulsara do templo, pretendiam ser Pág. 174 filhos de Abraão, mas fugiram da presença do Salvador, porque não podiam suportar a glória de Deus que nEle se manifestava. Revelaram assim não se achar, pela graça de Deus, habilitados a participar dos sagrados cultos do templo. Eram zelosos em manter uma aparência de piedade, mas negligenciavam a santidade do coração. Ao passo que eram zelosos defensores da letra da lei, violavam-lhe constantemente o espírito. Sua grande necessidade era aquela mesma mudança que Cristo estivera explicando a Nicodemos - um novo nascimento moral, uma limpeza do pecado e renovação do conhecimento e da santidade. Não havia escusa para a cegueira de Israel quanto à obra da regeneração. Pela inspiração do Espírito Santo, escrevera Isaías: "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapos de imundícia". Isa. 64:6. Davi suplicara: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito ramos@advir.comramos@advir.com
  • 6. reto". Sal. 51:10. E, por meio de Ezequiel, fora dada a promessa: "E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os Meus juízos, e os observeis". Ezeq. 36:26 e 27. Nicodemos lera essas passagens com o espírito obscurecido; agora, porém, começava a compreender-lhes a significação. Via que a mais rígida obediência à simples letra da lei, no que respeitava à vida exterior, não poderia habilitar homem algum para entrar no reino do Céu. No conceito dos homens, sua vida fora justa e digna de honra; em presença de Cristo, no entanto, sentia que seu coração era impuro, sua vida destituída de santidade. Nicodemos estava sendo atraído para Cristo. Ao explicar-lhe o Salvador o que dizia respeito ao novo nascimento, anelava experimentar essa mudança em si mesmo. Por que meio poderia isso realizar-se? Jesus respondeu à não formulada pergunta: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:14 e 15. Ali estava um terreno familiar a Nicodemos. O símbolo da serpente levantada tornou-lhe clara a missão do Salvador. Quando o povo de Israel estava perecendo da picada das serpentes ardentes, Deus instruíra Moisés para fazer uma serpente de metal, e colocá-la no alto, em meio da congregação. Fora então anunciado no acampamento que todos os que olhassem para a serpente, viveriam. Bem sabia o povo que, em si mesma, não possuía ela poder algum para os ajudar. Era um símbolo de Cristo. Como Pág. 175 a imagem feita à semelhança das serpentes destruidoras era erguida para cura deles, assim Alguém nascido "em semelhança da carne do pecado" (Rom. 8:3), havia de lhes ser Redentor. Muitos dos israelitas olhavam o serviço sacrifical como possuindo em si mesmo virtude para os libertar do pecado. Deus lhes desejava ensinar que esse serviço não tinha mais valor que aquela serpente de metal. Visava a dirigir-lhes o espírito para o Salvador. Fosse para a cura de suas feridas, fosse para o perdão dos pecados, não podiam fazer por si mesmos coisa alguma, se não mostrar sua fé no Dom de Deus. Cumpria-lhes olhar, e viver. Os que haviam sido mordidos pelas serpentes poderiam haver demorado a olhar. Poderiam ter posto em dúvida a eficácia daquele símbolo metálico. Poderiam haver pedido uma explicação científica. Nenhuma explicação lhes era dada, porém. Deviam aceitar a palavra que Deus lhes dirigia através de Moisés. Recusar-se a olhar, era morrer. Não é por meio de debates e discussões que a alma é iluminada. Devemos olhar e viver. Nicodemos recebeu a lição, e levou-a consigo. Examinou as Escrituras de maneira nova, não para a discussão de uma teoria, mas a fim de receber vida para a alma. Começou a ver o reino de Deus, ao submeter-se à direção do Espírito Santo. Milhares existem, hoje em dia, que necessitam da mesma verdade ensinada a Nicodemos mediante a serpente levantada. Confiam em sua obediência à lei de Deus para se recomendarem a seu favor. Quando são solicitados a olhar a Jesus, e a crer que Ele os salva apenas pela Sua graça, exclamam: "Como pode ser isso?" Como Nicodemos, devemos estar prontos a entrar na vida pela mesma maneira que o maior dos pecadores. Além de Cristo "nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Atos 4:12. Mediante a fé, recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. Ela não obtém nada. É a mão que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos, o remédio contra o pecado. E nem sequer nos podemos arrepender sem o auxílio do Espírito de Deus. Diz a Escritura de Cristo: "Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados." Atos 5:31. O arrependimento vem de Cristo, tão seguramente como vem o perdão. Como, então, nos havemos de salvar? - "Como Moisés levantou a serpente no deserto", assim foi levantado o Filho do homem, e todo aquele que tem sido enganado e mordido pela serpente, pode olhar e viver. "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o Pág. 176 pecado do mundo." João 1:29. A luz que irradia da cruz revela o amor de Deus. Seu amor atrai-nos a Ele mesmo. Se não resistirmos a essa atração, seremos levados ao pé da cruz em arrependimento pelos pecados que crucificaram o Salvador. Então o Espírito de Deus, mediante a fé, produz uma nova vida na ramos@advir.comramos@advir.com
  • 7. alma. Os pensamentos e desejos são postos em obediência à vontade de Cristo. O coração, o espírito, são novamente criados à imagem dAquele que opera em nós para sujeitar a Si mesmo todas as coisas. Então a lei de Deus é escrita na mente e no coração, e podemos dizer com Cristo: "Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu". Sal. 40:8. Na entrevista com Nicodemos, Jesus desdobrou o plano da salvação, e Sua missão no mundo. Em nenhum de Seus posteriores discursos explicou tão plenamente, passo por passo, a obra necessária ao coração de todo aquele que quisesse herdar o reino do Céu. No próprio início de Seu ministério, abriu a verdade a um membro do Sinédrio, ao espírito mais apto a receber, a um designado mestre do povo. Os guias de Israel, porém, não receberam de bom grado a luz. Nicodemos ocultou a verdade no coração, e por três anos pouco foi, aparentemente, o fruto. Jesus, porém, conhecia o solo em que lançara a semente. As palavras dirigidas à noite a um ouvinte, na solitária montanha, não foram perdidas. Durante algum tempo, Nicodemos não reconheceu publicamente a Cristo, mas observava-Lhe a vida, e ponderava-Lhe os ensinos. Repetidamente, no conselho do Sinédrio, frustrou os planos dos sacerdotes para O destruir. Quando, afinal, Jesus foi erguido na cruz, Nicodemos relembrou o ensino no Olivete: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele Pág. 177 que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:14 e 15. A luz daquela secreta entrevista iluminou a cruz do Calvário, e Nicodemos viu em Jesus o Redentor do mundo. Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos foram dispersos pela perseguição, Nicodemos tomou ousadamente a dianteira. Empregou sua fortuna na manutenção da igreja infante, que os judeus haviam esperado fosse extirpada com a morte de Cristo. No tempo de perigo aquele que tão cauteloso e duvidoso fora, mostrou-se firme como a rocha, animando a fé dos discípulos, e fornecendo meios para levar avante a obra do evangelho. Foi desdenhado e perseguido pelos que lhe haviam tributado reverência em outros tempos. Tornou-se pobre em bens deste mundo; todavia, não vacilou na fé que tivera seu início naquela conferência noturna com Jesus. Nicodemos relatou a João a história daquela entrevista, e por sua pena foi ela registrada para instrução de milhões. As verdades aí ensinadas são tão importantes hoje em dia como naquela solene noite, na sombria montanha, quando o príncipe judeu foi aprender, com o humilde Mestre da Galiléia, o caminho da vida. ramos@advir.comramos@advir.com