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Lições Adultos Cristo e Sua lei
Lição 4 - Cristo e a lei no Sermão da Montanha 19 a 26 de abril
Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Rs 20, 21
VERSO PARA MEMORIZAR: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim
para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais
passará da lei, até que tudo se cumpra." Mt 5:17, 18.
Leituras da Semana: Mt 5:17-20; Lc 16:16; Mt 5:21-32; Rm 7:24; Mt 5:33-37; 5:38-48
Quando a maioria das pessoas pensa sobre o Sermão da Montanha, pensa automaticamente nas "bem-
aventuranças" (Mt 5:1-12). No entanto, o Sermão da Montanha abrange três capítulos, que foram divididos
em quatro seções. As "bem-aventuranças" constituem apenas a primeira seção. Na segunda seção, Jesus
compara os cristãos à luz e ao sal (Mt 5:13-16). Na terceira, Mateus 5:17-48, Jesus nos dá uma nova e mais
profunda perspectiva sobre a lei. A quarta seção é a mais longa, Mateus 6:1–7:23, na qual Jesus apresenta
um claro ensino sobre o comportamento cristão. O Sermão da Montanha termina com a parábola dos dois
construtores, um sábio e outro tolo (Mt 7:24-27), que enfatiza a importância da obediência ao que Deus nos
chama a fazer.
Nesta semana, examinaremos a terceira seção, Mateus 5:17-48 (a qual os teólogos chamam de antíteses
[opostos], casos em que fortes contrastes são apresentados), para descobrir o que ela nos ensina sobre a
lei.
Domingo - "Nem um i ou um til" Ano Bíblico: 1Rs 22; 2Rs 1
1. Leia Mateus 5:17-20. Que lição importante essa passagem ensina sobre a verdadeira obediência à
lei? O que Jesus sugeriu sobre a atitude dos fariseus em relação à lei?
17 Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. 18 Porque em
verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um
só til, até que tudo seja cumprido. 19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor
que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que
os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. 20 Pois eu vos digo que, se a vossa
justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus
5:17-20. RA
Jesus começou essa seção afirmando que não veio para abolir "a Lei ou os Profetas" (Mt 5:17). Embora não
haja nenhuma referência a isso, muitos veem essa expressão como uma fórmula convencionada para
representar todo o Antigo Testamento (leia também Mt 7:12; 11:13; 22:40; Lc 16:16; At 13:15; 24:14; Rm
3:21). A despeito do que Seus adversários alegavam, Jesus não atacou o próprio livro que revelava a
vontade de Seu Pai. Em vez disso, Seu objetivo era "cumprir" a lei e os profetas, não revogá-los.
A palavra usada para "cumprir" (plero) significa literalmente "encher completamente" ou "completar". Ela tem
o sentido de "encher até a borda". Há duas maneiras de entender a palavra "cumprir". Uma delas é colocar a
ênfase em Jesus como sendo o cumprimento das Escrituras (por exemplo, Lc 24:25-27; Jo 5:39). No
Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
entanto, a chave para compreender esse texto está no contexto imediato, que mostra que Jesus não veio
para abolir as Escrituras, mas para revelar sua essência interior.
25 Então ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! 26
Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? 27 E, começando por
Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Lc 24:25-27. RA
39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim. Jo
5:39. RA
Tendo estabelecido Seu propósito mais amplo, Jesus mudou a ênfase do Antigo Testamento, em geral, para
a lei, em particular. Quase como se soubesse que as pessoas um dia O acusariam de abolir a lei, Ele
advertiu que, enquanto o céu e a Terra permanecerem, a lei continuará existindo, "até que tudo se cumpra"
(Mt 5:18). Com essa declaração, Jesus confirmou a perpetuidade da lei.
Na verdade, a lei é tão importante que todo aquele que transgredir seus preceitos "será chamado o menor
no reino dos Céus" (Mt 5:19, ARC). Essa é apenas uma forma de dizer que ele não estará no reino. Por
outro lado, aquele que permanecer fiel à lei estará no reino.
Jesus não hesitou em apontar que Ele não estava promovendo a justiça vazia dos escribas e fariseus, mas
uma justiça que brotava de um coração que ama a Deus e procura cumprir Sua vontade.
Segunda - Homicídio (Mt 5:21-26) Ano Bíblico: 2Rs 2, 3
21 "Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’, e ‘quem matar estará sujeito a
julgamento’. 22 Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento.
Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco! ’,
corre o risco de ir para o fogo do inferno. 23 "Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do
altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, 24 deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá
primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta. 25 "Entre em acordo depressa
com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho,
pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão. 26
Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo". Mt 5:21-26. NVI
Depois de esclarecer Sua intenção de confirmar a lei, Jesus começou a explicar uma justiça que excede a
dos escribas e fariseus. Ele começou citando o sexto mandamento (Ex 20:13) e resumindo, a partir da lei de
Moisés, a pena por sua transgressão (Ex 21:12; Lv 24:17).
13 Não matarás. Ex 20:13. RC
12 Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá. Ex 21:12. RC
17 E quem matar a alguém certamente morrerá. Lv 24:17. RC
O sexto mandamento não inclui todos os casos em que uma pessoa mata outra. Em casos de homicídio,
uma pessoa podia fugir para uma cidade de refúgio e obter asilo temporário (Ex 21:13; Nm 35:12). No
entanto, aquele que intencionalmente tirava a vida de alguém seria julgado rapidamente. Em Sua
explicação, Jesus não focalizou o ato em si, mas o motivo e as intenções de quem comete o ato. Uma
pessoa podia tirar uma vida acidentalmente, mas aquele que teve a intenção de tirar uma vida pecou antes
da execução do terrível ato. Muitos assassinos em potencial são impedidos apenas pela falta de
oportunidade.
13 porém, se lhe não armou ciladas, mas Deus o fez encontrar nas suas mãos, ordenar-te-ei um lugar para
onde ele fugirá. Ex 21:13. RC
12 E estas cidades vos serão por refúgio do vingador do sangue; para que o homicida não morra, até que
esteja perante a congregação no juízo. Nm 35:12. RC
2. Leia Mateus 5:22. O que Jesus comparou ao assassinato? Como 1 João 3:15 enfatiza esse ponto?
Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
Qual foi a verdadeira questão que Jesus apontou, e o que isso nos diz sobre o alcance da lei de
Deus?
22 Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também,
qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco! ’, corre o
risco de ir para o fogo do inferno. Mt 5:22. NVI
15 Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele
a vida eterna. 1 João 3:15. RC
Embora a Bíblia frequentemente fale sobre o poder das palavras, Jesus levou a questão para um nível mais
profundo. Muitas vezes, o único propósito das palavras ásperas ou xingamentos é despertar sentimentos
negativos na vítima. A lição de Jesus foi muita clara. Não apenas aqueles que executam o crime são
culpados de assassinato, mas também os que falam palavras rudes para os outros ou alimentam
pensamentos homicidas. Ele aconselhou os que abrigam tais pensamentos a se reconciliarem com suas
vítimas antes de ir para o altar (Mt 5:23-26).
Pense na implicação das palavras de Jesus no texto da lição de hoje. Quais palavras você tem falado aos
semelhantes? O que esse elevado padrão ensina sobre a necessidade de ser coberto pela justiça de Cristo?
Terça - Adultério (Mt 5:27-32) Ano Bíblico: 2Rs 4, 5
Adultério
27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28 Eu porém, vos digo que qualquer que
atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela. 29 Portanto, se o teu olho
direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus
membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 30 E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a
e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo
seja lançado no inferno.
Divórcio
31 Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. 32 Eu, porém, vos digo
que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e
qualquer que casar com a repudiada comete adultério. Mt 5:27-32. RC
O exemplo que Jesus apresentou em seguida envolve os mandamentos sobre o adultério. Primeiro, ele citou
o sétimo mandamento: "Não adulterarás". No contexto da lei de Moisés, o adultério ocorria quando uma
pessoa casada se envolvia sexualmente com alguém que não fosse seu cônjuge. A lei era muito clara em
que ambas as partes culpadas de adultério deviam ser condenadas à morte. Assim como acontece com o
sexto mandamento, Jesus mostrou as implicações mais profundas desse mandamento específico.
O adultério muitas vezes começa muito antes da concretização do ato. Da mesma forma que o assassinato
começa com a intenção de causar dano permanente a alguém, o adultério começa no exato momento em
que o indivíduo deseja sensualmente outra pessoa, casada ou solteira, com quem ele não é casado.
3. Leia Mateus 5:29, 30. Jesus poderia ter sido mais firme ao descrever o perigo do pecado? Depois
de considerar esse texto, leia Romanos 7:24. Que verdades importantes são encontradas ali?
29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se
perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 30 E, se a tua mão direita te
escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do
que todo o teu corpo seja lançado no inferno. Mt 5:29-30. RC
24 Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Rm 7:24. NVI
Jesus ofereceu uma solução instantânea para aqueles pecados que foram expostos. A solução não é seguir
com o pecado, mas fazer uma autocirurgia radical. Com metáforas fortes, Jesus aconselhou a pessoa que
tem o problema a fazer o que é necessário se ela deseja entrar no reino. Isso pode significar tomar um
caminho diferente para ir ao trabalho ou terminar uma amizade querida, mas o ganho eterno supera em
Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
grande medida as paixões do momento.
Como vimos antes, Moisés permitiu o divórcio, embora soubesse que isso não fosse parte do plano original
de Deus. Depois de advertir os homens casados contra seus olhares impuros e admoestá-los a controlar
seus impulsos, Jesus incentivou a fidelidade no casamento.
"A entrega da vontade é representada como arrancar o olho ou cortar a mão. Parece-nos muitas vezes que,
sujeitar a vontade a Deus é o mesmo que consentir em passar pela vida mutilado ou aleijado. Porém, como
Cristo disse, é melhor que o eu seja mutilado, ferido e aleijado, desde que entremos na vida. Aquilo que
consideramos um desastre, é a porta para um mais elevado bem" (Ellen G. White, O Maior Discurso de
Cristo, p. 61).
Que implicações as palavras da citação acima têm para você?
Quarta - Promessas, promessas […] (Mt 5:33-37) Ano Bíblico: 2Rs 6–8
As duas primeiras antíteses (sobre o homicídio e o adultério) fundamentam-se no Decálogo. A antítese a
respeito do divórcio e as que se seguem são tiradas de outras seções da lei mosaica, incluindo aquela sobre
o falso juramento e o cumprimento das promessas feitas ao Senhor.
4. Leia Levítico 19:11-13. Que pontos específicos são destacados nesse texto? Leia também Êx 20:7.
11 "Não roube, não minta e não faça tratos desonestos. 12 "Nunca faça juramento falso, jurando pelo meu
nome. Fazer isso é manchar o meu nome, nome daquele que é o seu Deus. Eu sou o Senhor! 13 "Não roube
e não explore os outros. Pague pontualmente o salário do trabalhador que você contratou. Não passe a noite
com o dinheiro devido ao trabalhador pago por dia de trabalho. Lv 19:11-13. B. Viva
7 Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que
tomar o seu nome em vão. Ex 20:7. RA
A lei mosaica específica, citada por Jesus, está listada em uma seção de Levítico que condena uma série de
práticas enganosas. Nesse contexto, também é evidente que a preocupação de Jesus é com as intenções.
Qualquer pessoa que faz uma promessa sem intenção de cumpri-la toma uma decisão consciente de pecar.
Embora o mandamento contra o falso juramento (Lv 19:11-13) esteja relacionado a promessas feitas a
outras pessoas, o segundo mandamento (Êx 20:7) diz respeito a promessas feitas a Deus.
5. Leia Deuteronômio 23:21-23. De que forma esses versos se relacionam com as palavras de Jesus
em Mateus 5:33-37? Leia também At 5:1-11.
21 Quando votares algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o SENHOR, teu
Deus, certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado. 22 Porém, abstendo-te de votar, não haverá
pecado em ti. 23 O que saiu da tua boca guardarás e o farás, mesmo a oferta voluntária, assim como votaste
ao SENHOR, teu Deus, e o declaraste pela tua boca. Dt 23:21-23.
33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus
juramentos. 34 Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de
Deus; 35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande
Rei; 36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o
vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno. Mt 5:33-37. RA
1 Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade 2 e reteve parte
do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. 3 Disse,
então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e
retivesses parte do preço da herdade? 4 Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu
poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. 5 E
Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. 6
E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram. 7 E, passando um
espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. 8 E disse-lhe
Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. 9 Então, Pedro lhe disse:
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Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que
sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. 10 E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os
jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido. 11 E houve um grande temor em toda a igreja
e em todos os que ouviram estas coisas. At 5:1-11. RC
Ao contrário da pessoa culpada de falso juramento, aquela que faz um compromisso financeiro com Deus
não está necessariamente com intenção de enganar. No entanto, Jesus conhece a natureza humana e
adverte para que não façamos promessas das quais possamos nos arrepender mais tarde. A história de
Ananias e Safira, que fizeram uma promessa a Deus com toda a intenção de cumpri-la, mas mudaram de
ideia e receberam de Deus o juízo fatal, é um poderoso exemplo da maneira pela qual Deus vê esse
pecado. Em lugar de fazer promessas que o indivíduo pode não conseguir cumprir, o cristão deve ser uma
pessoa de integridade, cujo "sim" signifique "sim" e cujo "não" signifique "não".
Pense em um momento no qual você fez uma promessa (a uma pessoa ou a Deus) que você pretendia
cumprir, mas não cumpriu. Como você pode evitar esse problema? E quanto às promessas feitas a si
mesmo, as quais você renegou?
Quinta - Lex talionis (Mt 5:38-48) Ano Bíblico: 2Rs 9–11
Olho por olho
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem
mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; 40 e ao que quiser pleitear
contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; 41 e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai
com ele dois mil. 42 Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes.
Ama os teus inimigos
43 Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai aos
vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos
céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. 46 Pois, se
amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se
saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? 48 Sede
vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Mt 5:38-48. RA
Parece que o tema comum nesta passagem (Mt 5:38-48) é a vingança. Esse primeiro tema diz respeito aos
muitos mandamentos na lei mosaica construídos sobre o princípio de retribuir um crime com punição igual,
uma ideia chamada lex talionis [lei de talião], uma expressão latina que significa "lei da retaliação".
Como vemos em uma série de passagens (Ex 21:22-25; Lv 24:17-21; Dt 19:21), a lei exigia que o ofensor
sofresse a mesma experiência da vítima. Se a vítima perdesse um olho, braço, pé, ou a vida, o agressor
também deveria passar por isso. Essa "lei da retaliação" era comum em várias civilizações antigas. Por que
não, uma vez que a lei parece revelar um simples princípio de justiça?
22 Se alguns homens brigarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, não resultando,
porém, outro dano, este certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e pagará
segundo o arbítrio dos juízes; 23 mas se resultar dano, então darás vida por vida, 24 olho por olho, dente por
dente, mão por mão, pé por pé, 25 queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe. Ex 21:22-
25. RA
17 Quem matar a alguém, certamente será morto; 18 e quem matar um animal, fará restituição por ele, vida
por vida. 19 Se alguém desfigurar o seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: 20 quebradura por
quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado algum homem, assim lhe será feito. 21
Quem, pois, matar um animal, fará restituição por ele; mas quem matar um homem, será morto. Lv 24:17-21.
RA
O teu olho não terá piedade dele; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé. Dt
19:21. RA
É importante perceber que esse princípio existia para limitar a retaliação, ou seja, para impedir que as
pessoas tirassem do mal feito a elas mais do que tinham o direito de tirar. Assim, em muitos aspectos, essa
lei devia garantir que a justiça não fosse pervertida.
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Portanto, em Mateus 5:38-42 Jesus não estava necessariamente atacando a legitimidade de uma lei que
exigia que uma pessoa fosse punida por um crime. Em vez disso, Jesus focalizou a resposta dos cristãos às
pessoas que tentam tirar vantagem deles. Em vez de procurar oportunidades para vingança, os cristãos
devem "retaliar" com bondade, algo que podemos fazer somente mediante a graça de Deus agindo em nós.
Nesse apelo, Jesus nos leva a um nível mais profundo em nossa compreensão do que significa ser um
seguidor do Senhor.
A antítese final aborda a atitude que promove o amor aos amigos e ódio aos inimigos. O mandamento do
amor ao próximo é encontrado em Levítico 19:18. Apesar da orientação encontrada em Deuteronômio 23:3-
6, acerca dos moabitas e amonitas, não há texto explícito que exija ódio para com os inimigos.
18 Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Eu sou o Senhor. Lv 19:18. RA
3 Nenhum amonita nem moabita entrará na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará
jamais na assembléia do Senhor; 4 porquanto não saíram com pão e água a receber-vos no caminho,
quando saíeis do Egito; e, porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia,
para te amaldiçoar. 5 Contudo o Senhor teu Deus não quis ouvir a Balaão, antes trocou-te a maldição em
bênção; porquanto o Senhor teu Deus te amava. 6 Não lhes procurarás nem paz nem prosperidade por todos
os teus dias para sempre. Dt 23:3-6. RA
No contexto da época de Jesus, os judeus eram cidadãos de segunda classe, porque estavam sob a
opressão estrangeira do poder romano, que ocupava sua terra. Levando em conta sua opressão, eles
provavelmente se sentissem justificados em odiar o inimigo que, às vezes, os oprimia severamente. Jesus
mostrou-lhes uma melhor maneira de viver, mesmo sob circunstâncias desagradáveis.
6. Leia Mateus 5:44, 45. Qual é a mensagem de Jesus nessa passagem? De que forma você pode
aplicar esse ensinamento na própria vida em relação a alguém que o tenha prejudicado?
44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis
filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover
sobre justos e injustos. Mt 5:44-45. RA
Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Rs 12–14
Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 298-314: "O Sermão da Montanha".
"Jesus toma separadamente os mandamentos, e lhes expõe a profundidade e a largura das reivindicações.
Em lugar de remover um jota de sua força, mostra quão vasto é o alcance de seus princípios […]" (Ellen G.
White, O Desejado de Todas as Nações, p. 310).
O amor é o princípio de ligação na lei de Deus. Em cada uma das antíteses, Jesus exalta o princípio do
amor: o amor impede que uma pessoa alimente o ódio contra seu irmão, mantém marido e mulher juntos,
desafia o cristão a ser sempre honesto em suas relações com os outros e com Deus, permite que a pessoa
reaja com bondade quando prejudicada e capacita o indivíduo a tratar o inimigo como ele gostaria de ser
tratado.
Perguntas para reflexão
1. Jesus disse: "Ouvistes que foi dito aos antigos" (Mt 5:21). Em seguida, disse: "Eu, porém, vos digo [...]"
Depois, apresentava as antíteses. Note que alguns dos ditos "antigos" foram citações diretas da Bíblia ou
tiradas dos ensinamentos do Antigo Testamento. Assim, o problema não estava com as referências, mas
com a maneira pela qual elas haviam sido interpretadas. Consideramos as coisas de modo muito superficial,
ignorando o significado mais profundo?
2. Muitos caem na armadilha de interpretar textos de forma isolada. Em Mateus 5:48, somos exortados a ser
perfeitos como nosso Pai celestial. Como a interpretação desse texto em seu contexto imediato (Mt 5:43-48)
demonstra a importância do cuidadoso estudo da Bíblia? Como você responderia a alguém que alegasse
que esse texto ensina a impecabilidade? O que o texto está ensinando? Por que esse ensino revela o
Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
verdadeiro significado de ser seguidor de Jesus?
3. Como os textos que estudamos, especialmente sobre o homicídio e o adultério, mostram o erro dos que
afirmam que a lei foi abolida depois da cruz?
Respostas sugestivas: 1. Por meio de suas tradições e atitudes, os fariseus invalidaram e perverteram a lei
de Deus. De fato, eles não eram fiéis guardadores da lei. 2. O ódio e os sentimentos destrutivos em relação
aos semelhantes. Quem odeia é assassino e não tem a vida eterna em si. Quem tem vida eterna não deseja
tirar a vida de outra pessoa. A lei de Deus é muito ampla. Ela orienta não apenas nossos atos, mas também
nossas intenções. 3. Nossos olhos e nossas mãos podem nos levar ao pecado. Acabamos realizando aquilo
que nutrimos com nossos sentidos e nossa mente. Na realidade, o pecado já começa nas intenções
impuras. Somente a graça de Jesus pode nos livrar dessa morte espiritual. 4. Devemos ser honestos e
verdadeiros em nossos negócios e em nossas palavras, tanto em nosso relacionamento com o próximo
quanto em nosso relacionamento com Deus. Devemos cumprir as promessas que fazemos a Deus e honrar
Seu nome. 5. O Antigo Testamento adverte quanto ao pecado de fazer votos e não cumprir. Por isso, seria
melhor não fazer um voto do que deixar de cumpri-lo. Jesus ensinou que não devemos jurar nem fazer
promessas das quais possamos nos arrepender, a exemplo do que ocorreu com Ananias e Safira. 6.
Devemos amar a todos, inclusive os inimigos. Precisamos bendizer aquele que nos amaldiçoa, fazer o bem
ao que nos odeia e orar pelo que nos maltrata e persegue. Deus é generoso com todos e devemos ser como
Ele.
Auxiliar - Resumo Discipulado
Texto-chave: Mateus 22:37
O aluno deverá:
Saber: Que Jesus não veio para destruir a lei, mas para revelar sua essência interior.
Sentir: Que a lei trata não apenas de ações, mas também de intenções.
Fazer: Manifestar ações, pensamentos e motivos guiados pelo Espírito, em lugar de conformidade apenas
exterior.
Esboço
I. Saber: Guardar a lei é obra do coração
A. Por que os oponentes de Jesus afirmavam que Ele queria destruir a lei?
B. O que significa "cumprir" em Mateus 5:18?
C. Qual era a diferença entre a obediência de Jesus e a forma pela qual os escribas e fariseus guardavam a
lei?
II. Sentir: A intenção é tudo
A. Alguns podem ter acusado Jesus de ser tolerante com o pecado. Como Seu ensino enérgico em Mateus
5:29, 30 mostra Sua repulsa para com o pecado?
B. Como os discípulos se sentiam a respeito do ensinamento de Jesus sobre a motivação para guardar a lei
(Mt 19:10)?
C. A ampliação do mandamento contra o falso juramento em Mateus 5:33-37 mostra que nosso
relacionamento com os outros e com Deus deve ser fundamentado em algo mais do que sentimentos
oscilantes.
III. Fazer: Sujeitar-se à obra do Espírito Santo
A. Por que parece preferível ter uma lista de coisas para verificar se estamos cumprindo a lei, em vez de ter
nossos motivos transformados?
B. Como posso viver de modo que meu "sim" signifique "sim" e meu "não" signifique "não", sem ter que
recorrer a algum tipo de juramento para que os outros acreditem em mim?
Resumo: Jesus mostrou em Seus ensinos no Sermão da Montanha que Ele não veio para abolir a lei. Ao
contrário, Ele veio para engrandecer a lei e mostrar a necessidade da presença do Espírito Santo no
coração, a fim de guardá-la.
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Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Mateus 22:37
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A lei de Deus não pode ser vista apenas como um conjunto de
regras. É um chamado ao estilo de vida comprometido, capacitado pelo poder do Espírito Santo, no qual
nossas ações, bem como nossos pensamentos e motivos mais profundos serão dirigidos pelo Espírito.
Somente para o professor: Na lição desta semana, compreendemos o amplo alcance da lei de Deus e a
maneira pela qual devemos abordá-la. Vemos que a lei de Deus não deve ser debatida de forma teórica,
mas deve impregnar cada fibra do nosso ser.
Atividade de abertura
Um homem rico tinha uma mansão situada ao lado de uma montanha alta. O único caminho para chegar à
casa era por meio de uma perigosa estrada na montanha, com um penhasco de um lado. O homem
precisava de um novo motorista e anunciou a vaga de emprego. Três homens responderam ao anúncio.
Tom, o primeiro a ser entrevistado, se sentiu muito confiante. Afinal, ele tinha sido piloto de corrida.
Estranhamente, durante a entrevista, o homem rico só fez uma pergunta: "Quão perto da beira do precipício
você pode dirigir?" Tom sentia que esse era o momento para dizer ao homem sobre seu excelente controle
do veículo e mostrar que ele jamais havia perdido uma corrida nem o controle de seu carro, mesmo em altas
velocidades. "Mas, quão perto você pode dirigir?", insistiu o entrevistador. Depois de alguns rápidos cálculos
mentais, Tom respondeu: "Penso que eu poderia manobrar com segurança um veículo até o limite de um
metro da beira." Sam, o próximo a ser entrevistado, se sentiu ainda mais confiante. Afinal, ele tinha feito
algumas façanhas dirigindo como dublê para um filme. Ele era destemido ao volante. Quando questionado
sobre quão perto da borda do penhasco poderia dirigir, ele respondeu rapidamente: "Eu poderia dirigir
qualquer veículo a meio metro da borda e até mesmo fazer com que uma parte da roda saísse para o
precipício, sem problemas!" Joe, o último a ser entrevistado, não alegou nehuma fama como motorista.
"Então, Joe, quão perto da beira do precipício você pode dirigir?", perguntou o empregador. "Eu não sei,
senhor. Tenho medo de altura. Por isso, ficarei o mais longe possível da beira." Joe conseguiu o emprego.
Atividade de abertura
Depois de compartilhar a história acima, pergunte aos alunos se eles concordaram com a escolha do
homem rico quanto ao seu motorista. Quais atitudes Tom, Sam e Joe manifestaram em relação à lei da
gravidade? Afinal, nenhum deles estava deliberadamente pensando em quebrar as leis da direção segura.
Comente com a classe: Qual é a semelhança entre as atitudes de Tom e Sam e o pensamento judaico sobre
a lei no tempo de Cristo?
Comentário Bíblico
I. O sermão sobre o reino de Deus (Recapitule com a classe Mt 5:17-48.)
Mateus 5:17-48 descreve um momento-chave do ministério de Jesus e faz parte do contexto mais amplo do
Sermão da Montanha. Situado cronologicamente no início do Seu ministério, as ideias e conceitos contidos
nessa seção representam a conhecida linha de separação, na qual Jesus distinguiu o reino de Deus do reino
do príncipe deste mundo. O reino de Deus é sal e luz e se constitui de pessoas dispostas a fazer a diferença
(Mt 5:13-16).
Desde o início, Jesus esvaziou uma pergunta que pode ter surgido na mente dos fariseus e escribas,
quando eles certamente ouviram com muita atenção o jovem rabino de Nazaré. Jesus desejava anular a
Lei? Ele disse: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir"
(Mt 5:17). O termo grego que a Almeida Revista e Corrigida traduz como "destruir" também pode ser
traduzido como "anular", "abolir", "demolir" ou "desmantelar". Jesus não veio para demolir nem anular a lei e
os profetas (que é uma versão abreviada para a completa revelação divina do Antigo Testamento, ou seja,
as Escrituras). Ele veio para cumprir.
Neste momento, seria bom fazer uma pausa para considerar a etimologia de "cumprir". A forma grega de
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"cumprir" está intimamente relacionada com "encher", e a tradução grega do Antigo Testamento (LXX ou
Septuaginta) usa exatamente esse verbo para descrever a ordem do Criador às Suas criaturas para encher
a Terra (Gn 1:22, 28). O Verbo encarnado, que criou o mundo por Sua palavra (Jo 1:1-3) estava prestes a
preencher as lacunas que um simples "Não matarás" ou um simples "Não adulterarás" deixaram em aberto.
Embora a razão humana considere esses mandamentos bastante fáceis de entender, Jesus, como
Legislador, chega a um nível mais profundo.
Pense nisto: Por que Jesus enfatizou que o Reino de Deus havia chegado?
II. "Ouvistes [...] Eu, porém, vos digo" (Recapitule com a classe as seis antíteses apresentadas por Jesus em
Mt 5.)
Jesus usou seis antíteses que nos ajudam a entender que a ação é apenas um elemento da conformidade
com a lei. Jesus não apenas nos lembrou de que Deus considera a motivação e os pensamentos, tanto
quanto a ação, mas, usando essa estrutura antitética, Ele também afirmou indiretamente que está no mesmo
nível que o Legislador divino. As antíteses abrangem assassinato (Mt 5:21-26), adultério (Mt 5:27-30),
divórcio (Mt 5:31, 32), juramentos (Mt 5:33-37), retaliação (Mt 5:38-42) e amor para com os inimigos (Mt
5:43-47). É muito importante notar que nem todos esses exemplos representam os Dez Mandamentos. A
questão do divórcio e juramentos poderia ser classificada como lei civil, enquanto o assunto da retaliação e
do amor para com os inimigos deve ser considerado fundamento teológico (ou filosófico) subjacente.
Propositadamente, Jesus selecionou diferentes níveis da lei divinamente ordenada para impressionar Seus
ouvintes com o fato de que a observância da lei sem o Legislador é impossível e não faz parte do domínio
humano. Em outras palavras: Ao incluir os pensamentos, atitudes e motivos na abrangência da lei,
claramente Jesus indicou ser impossível aos seres humanos, com sua própria capacidade, observar a lei,
com todos os seus diferentes níveis e motivações. Mesmo com nossas melhores intenções, encontramo-nos
aos pés do Legislador, que caminhou do Sinai ao Gólgota para oferecer um exemplo perfeito e uma perfeita
salvação, disponível a todos que aceitam Sua dádiva.
Pense nisto: De que forma Jesus nos desafiou a observar a lei de modo mais rigoroso até mesmo do que os
fariseus?
III. "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." (Recapitule com a classe Mt 5:48.)
Essa seção fundamental é concluída com outra declaração que abala nossas bases e, infelizmente, muitas
vezes tem sido tirada do contexto. "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mt 5:48).
Imagine como os ouvintes de Jesus podem ter se sentido quando digeriram essa última declaração.
Olharam para Ele com olhos incrédulos? Teriam cerrado os punhos enquanto O observavam estarrecidos?
Como os fariseus e os escribas se sentiram quando ouviram Jesus explicar a lei, terminando com uma
ordem a respeito da perfeição divina? Teriam eles balançado a cabeça em desacordo ou acenado em
silenciosa concordância?
Jesus destacou duas esferas de perfeição: "Sede vós perfeitos" refere-se aos Seus ouvintes. Isso está
ligado a outra esfera de perfeição, "como perfeito é o vosso Pai celeste". A declaração de Ellen G. White,
"Assim como Deus é perfeito em Sua esfera de ação, devemos nós ser perfeitos na nossa" (Patriarcas e
Profetas, p. 574) se refere claramente a esses dois diferentes níveis de perfeição. Deuteronômio 32:4
descreve a perfeição de Deus: "Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas", enquanto Isaías 64:6 sublinha o fato
de que "nossos atos de justiça são como trapo imundo" (NVI). No entanto, Jesus, o Legislador, Criador e
Salvador, transpõe esse abismo que separa nossa falta de perfeição e a completa perfeição de Deus. "Eu
neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade" (Jo 17:23). Perfeição bíblica tem dois níveis,
a perfeita unidade dentro da Divindade e a perfeita unidade da humanidade com Cristo.
Aqui está uma ilustração útil para a perfeita unidade da humanidade com Cristo, extraída de Robert J. Ross,
"Perfection" [Perfeição], Adventist World (dezembro de 2009), p. 21:
"Recentemente os cientistas descobriram, pela primeira vez, um modo de tornar completamente plana e lisa
a superfície do vidro usinado e altamente polido. Ele é tão plano e liso que, quando são colocadas duas
placas grossas desse vidro, uma sobre a outra, eliminando todo o ar entre elas, há uma ligação tão grande
entre as moléculas que é quase impossível separá-las. Tornam-se verdadeiramente uma. A unidade perfeita
de Jesus com o Pai, por meio de Sua obediência na Terra, torna-se nossa veste de (Sua) justiça concedida a
nós por toda a eternidade. A justiça que Ele quer nos comunicar é a perfeita unidade que podemos ter por
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meio da direção do Seu Espírito. Obediência motivada pelo amor genuíno permite que Ele realize em nós
um refinamento e polimento diário até que estejamos absolutamente unidos nEle, como um, de modo que
seja quase impossível nos separar."
Pense nisto: Como o contexto do Sermão da Montanha nos ajuda a entender o chamado de Jesus para a
perfeição?
Aplicação
Perguntas para reflexão
1. Nos ensinamentos de Jesus em Mateus 5, Ele enfatiza a motivação e os pensamentos por trás da lei.
Como somos julgados: pela nossa motivação ou pelos nossos atos? Apresente apoio bíblico à sua resposta.
(Sugestão: leia Ezequiel 24:14.).
2. Se o pecado não é apenas o ato, mas começa na mente, quando uma tentação se torna pecado?
3. Qual é a diferença entre "voltar a outra face" ou andar a "segunda milha" (Mt 5:38-42) e ser a vítima
passiva? (Veja a discussão na lição de quinta-feira sobre a "retaliação" cristã.)
Perguntas de aplicação
1. Depois de ler Mateus 5:23-26, considere até onde você deve ir na tentativa de se reconciliar com alguém
que guarda rancor contra você. Como a necessidade de reconciliação afeta seu relacionamento com Deus?
2. Jesus amplia o mandamento que ordena não cometer adultério, dizendo que qualquer um que olhar com
intenção impura está transgredindo esse mandamento. Esse ensinamento ainda é válido em nosso mundo,
no qual somos bombardeados pela publicidade projetada para explorar nossos desejos sexuais?
3. Um adesivo de para-choque diz: "Não se irrite, vingue-se!" De acordo com essa sabedoria popular, como
podemos lidar com situações que nos deixam irados? O ensino de Jesus no Sermão da Montanha não diz
que devemos aceitar calmamente a ofensa, mas "retaliar" com bondade inesperada. Como isso é possível?
Criatividade e Atividades práticas
Atividade
João tem um vizinho terrível. O homem deixa seu cão sujar o gramado de João e não o limpa, toca músicas
altas nas noites de sexta-feira até tarde, e até foi visto jogando lixo por cima do muro para o quintal do João.
Peça que a classe sugira algumas maneiras práticas pelas quais João pode amontoar "brasas vivas" sobre a
cabeça do vizinho" (Pv 25:21, 22).
Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta
ao estudo da lição?
É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização da Casa Publicadora
Brasileira.
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  • 1. Lições Adultos Cristo e Sua lei Lição 4 - Cristo e a lei no Sermão da Montanha 19 a 26 de abril Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Rs 20, 21 VERSO PARA MEMORIZAR: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Mt 5:17, 18. Leituras da Semana: Mt 5:17-20; Lc 16:16; Mt 5:21-32; Rm 7:24; Mt 5:33-37; 5:38-48 Quando a maioria das pessoas pensa sobre o Sermão da Montanha, pensa automaticamente nas "bem- aventuranças" (Mt 5:1-12). No entanto, o Sermão da Montanha abrange três capítulos, que foram divididos em quatro seções. As "bem-aventuranças" constituem apenas a primeira seção. Na segunda seção, Jesus compara os cristãos à luz e ao sal (Mt 5:13-16). Na terceira, Mateus 5:17-48, Jesus nos dá uma nova e mais profunda perspectiva sobre a lei. A quarta seção é a mais longa, Mateus 6:1–7:23, na qual Jesus apresenta um claro ensino sobre o comportamento cristão. O Sermão da Montanha termina com a parábola dos dois construtores, um sábio e outro tolo (Mt 7:24-27), que enfatiza a importância da obediência ao que Deus nos chama a fazer. Nesta semana, examinaremos a terceira seção, Mateus 5:17-48 (a qual os teólogos chamam de antíteses [opostos], casos em que fortes contrastes são apresentados), para descobrir o que ela nos ensina sobre a lei. Domingo - "Nem um i ou um til" Ano Bíblico: 1Rs 22; 2Rs 1 1. Leia Mateus 5:17-20. Que lição importante essa passagem ensina sobre a verdadeira obediência à lei? O que Jesus sugeriu sobre a atitude dos fariseus em relação à lei? 17 Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. 18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. 19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. 20 Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:17-20. RA Jesus começou essa seção afirmando que não veio para abolir "a Lei ou os Profetas" (Mt 5:17). Embora não haja nenhuma referência a isso, muitos veem essa expressão como uma fórmula convencionada para representar todo o Antigo Testamento (leia também Mt 7:12; 11:13; 22:40; Lc 16:16; At 13:15; 24:14; Rm 3:21). A despeito do que Seus adversários alegavam, Jesus não atacou o próprio livro que revelava a vontade de Seu Pai. Em vez disso, Seu objetivo era "cumprir" a lei e os profetas, não revogá-los. A palavra usada para "cumprir" (plero) significa literalmente "encher completamente" ou "completar". Ela tem o sentido de "encher até a borda". Há duas maneiras de entender a palavra "cumprir". Uma delas é colocar a ênfase em Jesus como sendo o cumprimento das Escrituras (por exemplo, Lc 24:25-27; Jo 5:39). No Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 2. entanto, a chave para compreender esse texto está no contexto imediato, que mostra que Jesus não veio para abolir as Escrituras, mas para revelar sua essência interior. 25 Então ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! 26 Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? 27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Lc 24:25-27. RA 39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim. Jo 5:39. RA Tendo estabelecido Seu propósito mais amplo, Jesus mudou a ênfase do Antigo Testamento, em geral, para a lei, em particular. Quase como se soubesse que as pessoas um dia O acusariam de abolir a lei, Ele advertiu que, enquanto o céu e a Terra permanecerem, a lei continuará existindo, "até que tudo se cumpra" (Mt 5:18). Com essa declaração, Jesus confirmou a perpetuidade da lei. Na verdade, a lei é tão importante que todo aquele que transgredir seus preceitos "será chamado o menor no reino dos Céus" (Mt 5:19, ARC). Essa é apenas uma forma de dizer que ele não estará no reino. Por outro lado, aquele que permanecer fiel à lei estará no reino. Jesus não hesitou em apontar que Ele não estava promovendo a justiça vazia dos escribas e fariseus, mas uma justiça que brotava de um coração que ama a Deus e procura cumprir Sua vontade. Segunda - Homicídio (Mt 5:21-26) Ano Bíblico: 2Rs 2, 3 21 "Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’, e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’. 22 Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco! ’, corre o risco de ir para o fogo do inferno. 23 "Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, 24 deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta. 25 "Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão. 26 Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo". Mt 5:21-26. NVI Depois de esclarecer Sua intenção de confirmar a lei, Jesus começou a explicar uma justiça que excede a dos escribas e fariseus. Ele começou citando o sexto mandamento (Ex 20:13) e resumindo, a partir da lei de Moisés, a pena por sua transgressão (Ex 21:12; Lv 24:17). 13 Não matarás. Ex 20:13. RC 12 Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá. Ex 21:12. RC 17 E quem matar a alguém certamente morrerá. Lv 24:17. RC O sexto mandamento não inclui todos os casos em que uma pessoa mata outra. Em casos de homicídio, uma pessoa podia fugir para uma cidade de refúgio e obter asilo temporário (Ex 21:13; Nm 35:12). No entanto, aquele que intencionalmente tirava a vida de alguém seria julgado rapidamente. Em Sua explicação, Jesus não focalizou o ato em si, mas o motivo e as intenções de quem comete o ato. Uma pessoa podia tirar uma vida acidentalmente, mas aquele que teve a intenção de tirar uma vida pecou antes da execução do terrível ato. Muitos assassinos em potencial são impedidos apenas pela falta de oportunidade. 13 porém, se lhe não armou ciladas, mas Deus o fez encontrar nas suas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde ele fugirá. Ex 21:13. RC 12 E estas cidades vos serão por refúgio do vingador do sangue; para que o homicida não morra, até que esteja perante a congregação no juízo. Nm 35:12. RC 2. Leia Mateus 5:22. O que Jesus comparou ao assassinato? Como 1 João 3:15 enfatiza esse ponto? Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 3. Qual foi a verdadeira questão que Jesus apontou, e o que isso nos diz sobre o alcance da lei de Deus? 22 Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco! ’, corre o risco de ir para o fogo do inferno. Mt 5:22. NVI 15 Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna. 1 João 3:15. RC Embora a Bíblia frequentemente fale sobre o poder das palavras, Jesus levou a questão para um nível mais profundo. Muitas vezes, o único propósito das palavras ásperas ou xingamentos é despertar sentimentos negativos na vítima. A lição de Jesus foi muita clara. Não apenas aqueles que executam o crime são culpados de assassinato, mas também os que falam palavras rudes para os outros ou alimentam pensamentos homicidas. Ele aconselhou os que abrigam tais pensamentos a se reconciliarem com suas vítimas antes de ir para o altar (Mt 5:23-26). Pense na implicação das palavras de Jesus no texto da lição de hoje. Quais palavras você tem falado aos semelhantes? O que esse elevado padrão ensina sobre a necessidade de ser coberto pela justiça de Cristo? Terça - Adultério (Mt 5:27-32) Ano Bíblico: 2Rs 4, 5 Adultério 27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela. 29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 30 E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. Divórcio 31 Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. 32 Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério. Mt 5:27-32. RC O exemplo que Jesus apresentou em seguida envolve os mandamentos sobre o adultério. Primeiro, ele citou o sétimo mandamento: "Não adulterarás". No contexto da lei de Moisés, o adultério ocorria quando uma pessoa casada se envolvia sexualmente com alguém que não fosse seu cônjuge. A lei era muito clara em que ambas as partes culpadas de adultério deviam ser condenadas à morte. Assim como acontece com o sexto mandamento, Jesus mostrou as implicações mais profundas desse mandamento específico. O adultério muitas vezes começa muito antes da concretização do ato. Da mesma forma que o assassinato começa com a intenção de causar dano permanente a alguém, o adultério começa no exato momento em que o indivíduo deseja sensualmente outra pessoa, casada ou solteira, com quem ele não é casado. 3. Leia Mateus 5:29, 30. Jesus poderia ter sido mais firme ao descrever o perigo do pecado? Depois de considerar esse texto, leia Romanos 7:24. Que verdades importantes são encontradas ali? 29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 30 E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. Mt 5:29-30. RC 24 Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Rm 7:24. NVI Jesus ofereceu uma solução instantânea para aqueles pecados que foram expostos. A solução não é seguir com o pecado, mas fazer uma autocirurgia radical. Com metáforas fortes, Jesus aconselhou a pessoa que tem o problema a fazer o que é necessário se ela deseja entrar no reino. Isso pode significar tomar um caminho diferente para ir ao trabalho ou terminar uma amizade querida, mas o ganho eterno supera em Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 4. grande medida as paixões do momento. Como vimos antes, Moisés permitiu o divórcio, embora soubesse que isso não fosse parte do plano original de Deus. Depois de advertir os homens casados contra seus olhares impuros e admoestá-los a controlar seus impulsos, Jesus incentivou a fidelidade no casamento. "A entrega da vontade é representada como arrancar o olho ou cortar a mão. Parece-nos muitas vezes que, sujeitar a vontade a Deus é o mesmo que consentir em passar pela vida mutilado ou aleijado. Porém, como Cristo disse, é melhor que o eu seja mutilado, ferido e aleijado, desde que entremos na vida. Aquilo que consideramos um desastre, é a porta para um mais elevado bem" (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 61). Que implicações as palavras da citação acima têm para você? Quarta - Promessas, promessas […] (Mt 5:33-37) Ano Bíblico: 2Rs 6–8 As duas primeiras antíteses (sobre o homicídio e o adultério) fundamentam-se no Decálogo. A antítese a respeito do divórcio e as que se seguem são tiradas de outras seções da lei mosaica, incluindo aquela sobre o falso juramento e o cumprimento das promessas feitas ao Senhor. 4. Leia Levítico 19:11-13. Que pontos específicos são destacados nesse texto? Leia também Êx 20:7. 11 "Não roube, não minta e não faça tratos desonestos. 12 "Nunca faça juramento falso, jurando pelo meu nome. Fazer isso é manchar o meu nome, nome daquele que é o seu Deus. Eu sou o Senhor! 13 "Não roube e não explore os outros. Pague pontualmente o salário do trabalhador que você contratou. Não passe a noite com o dinheiro devido ao trabalhador pago por dia de trabalho. Lv 19:11-13. B. Viva 7 Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão. Ex 20:7. RA A lei mosaica específica, citada por Jesus, está listada em uma seção de Levítico que condena uma série de práticas enganosas. Nesse contexto, também é evidente que a preocupação de Jesus é com as intenções. Qualquer pessoa que faz uma promessa sem intenção de cumpri-la toma uma decisão consciente de pecar. Embora o mandamento contra o falso juramento (Lv 19:11-13) esteja relacionado a promessas feitas a outras pessoas, o segundo mandamento (Êx 20:7) diz respeito a promessas feitas a Deus. 5. Leia Deuteronômio 23:21-23. De que forma esses versos se relacionam com as palavras de Jesus em Mateus 5:33-37? Leia também At 5:1-11. 21 Quando votares algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado. 22 Porém, abstendo-te de votar, não haverá pecado em ti. 23 O que saiu da tua boca guardarás e o farás, mesmo a oferta voluntária, assim como votaste ao SENHOR, teu Deus, e o declaraste pela tua boca. Dt 23:21-23. 33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. 34 Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; 36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno. Mt 5:33-37. RA 1 Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade 2 e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. 3 Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? 4 Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. 5 E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. 6 E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram. 7 E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. 8 E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. 9 Então, Pedro lhe disse: Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 5. Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. 10 E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido. 11 E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas. At 5:1-11. RC Ao contrário da pessoa culpada de falso juramento, aquela que faz um compromisso financeiro com Deus não está necessariamente com intenção de enganar. No entanto, Jesus conhece a natureza humana e adverte para que não façamos promessas das quais possamos nos arrepender mais tarde. A história de Ananias e Safira, que fizeram uma promessa a Deus com toda a intenção de cumpri-la, mas mudaram de ideia e receberam de Deus o juízo fatal, é um poderoso exemplo da maneira pela qual Deus vê esse pecado. Em lugar de fazer promessas que o indivíduo pode não conseguir cumprir, o cristão deve ser uma pessoa de integridade, cujo "sim" signifique "sim" e cujo "não" signifique "não". Pense em um momento no qual você fez uma promessa (a uma pessoa ou a Deus) que você pretendia cumprir, mas não cumpriu. Como você pode evitar esse problema? E quanto às promessas feitas a si mesmo, as quais você renegou? Quinta - Lex talionis (Mt 5:38-48) Ano Bíblico: 2Rs 9–11 Olho por olho 38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; 40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; 41 e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. 42 Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes. Ama os teus inimigos 43 Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. 46 Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? 48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Mt 5:38-48. RA Parece que o tema comum nesta passagem (Mt 5:38-48) é a vingança. Esse primeiro tema diz respeito aos muitos mandamentos na lei mosaica construídos sobre o princípio de retribuir um crime com punição igual, uma ideia chamada lex talionis [lei de talião], uma expressão latina que significa "lei da retaliação". Como vemos em uma série de passagens (Ex 21:22-25; Lv 24:17-21; Dt 19:21), a lei exigia que o ofensor sofresse a mesma experiência da vítima. Se a vítima perdesse um olho, braço, pé, ou a vida, o agressor também deveria passar por isso. Essa "lei da retaliação" era comum em várias civilizações antigas. Por que não, uma vez que a lei parece revelar um simples princípio de justiça? 22 Se alguns homens brigarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, não resultando, porém, outro dano, este certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e pagará segundo o arbítrio dos juízes; 23 mas se resultar dano, então darás vida por vida, 24 olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 25 queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe. Ex 21:22- 25. RA 17 Quem matar a alguém, certamente será morto; 18 e quem matar um animal, fará restituição por ele, vida por vida. 19 Se alguém desfigurar o seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: 20 quebradura por quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado algum homem, assim lhe será feito. 21 Quem, pois, matar um animal, fará restituição por ele; mas quem matar um homem, será morto. Lv 24:17-21. RA O teu olho não terá piedade dele; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé. Dt 19:21. RA É importante perceber que esse princípio existia para limitar a retaliação, ou seja, para impedir que as pessoas tirassem do mal feito a elas mais do que tinham o direito de tirar. Assim, em muitos aspectos, essa lei devia garantir que a justiça não fosse pervertida. Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 6. Portanto, em Mateus 5:38-42 Jesus não estava necessariamente atacando a legitimidade de uma lei que exigia que uma pessoa fosse punida por um crime. Em vez disso, Jesus focalizou a resposta dos cristãos às pessoas que tentam tirar vantagem deles. Em vez de procurar oportunidades para vingança, os cristãos devem "retaliar" com bondade, algo que podemos fazer somente mediante a graça de Deus agindo em nós. Nesse apelo, Jesus nos leva a um nível mais profundo em nossa compreensão do que significa ser um seguidor do Senhor. A antítese final aborda a atitude que promove o amor aos amigos e ódio aos inimigos. O mandamento do amor ao próximo é encontrado em Levítico 19:18. Apesar da orientação encontrada em Deuteronômio 23:3- 6, acerca dos moabitas e amonitas, não há texto explícito que exija ódio para com os inimigos. 18 Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. Lv 19:18. RA 3 Nenhum amonita nem moabita entrará na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará jamais na assembléia do Senhor; 4 porquanto não saíram com pão e água a receber-vos no caminho, quando saíeis do Egito; e, porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia, para te amaldiçoar. 5 Contudo o Senhor teu Deus não quis ouvir a Balaão, antes trocou-te a maldição em bênção; porquanto o Senhor teu Deus te amava. 6 Não lhes procurarás nem paz nem prosperidade por todos os teus dias para sempre. Dt 23:3-6. RA No contexto da época de Jesus, os judeus eram cidadãos de segunda classe, porque estavam sob a opressão estrangeira do poder romano, que ocupava sua terra. Levando em conta sua opressão, eles provavelmente se sentissem justificados em odiar o inimigo que, às vezes, os oprimia severamente. Jesus mostrou-lhes uma melhor maneira de viver, mesmo sob circunstâncias desagradáveis. 6. Leia Mateus 5:44, 45. Qual é a mensagem de Jesus nessa passagem? De que forma você pode aplicar esse ensinamento na própria vida em relação a alguém que o tenha prejudicado? 44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Mt 5:44-45. RA Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Rs 12–14 Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 298-314: "O Sermão da Montanha". "Jesus toma separadamente os mandamentos, e lhes expõe a profundidade e a largura das reivindicações. Em lugar de remover um jota de sua força, mostra quão vasto é o alcance de seus princípios […]" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 310). O amor é o princípio de ligação na lei de Deus. Em cada uma das antíteses, Jesus exalta o princípio do amor: o amor impede que uma pessoa alimente o ódio contra seu irmão, mantém marido e mulher juntos, desafia o cristão a ser sempre honesto em suas relações com os outros e com Deus, permite que a pessoa reaja com bondade quando prejudicada e capacita o indivíduo a tratar o inimigo como ele gostaria de ser tratado. Perguntas para reflexão 1. Jesus disse: "Ouvistes que foi dito aos antigos" (Mt 5:21). Em seguida, disse: "Eu, porém, vos digo [...]" Depois, apresentava as antíteses. Note que alguns dos ditos "antigos" foram citações diretas da Bíblia ou tiradas dos ensinamentos do Antigo Testamento. Assim, o problema não estava com as referências, mas com a maneira pela qual elas haviam sido interpretadas. Consideramos as coisas de modo muito superficial, ignorando o significado mais profundo? 2. Muitos caem na armadilha de interpretar textos de forma isolada. Em Mateus 5:48, somos exortados a ser perfeitos como nosso Pai celestial. Como a interpretação desse texto em seu contexto imediato (Mt 5:43-48) demonstra a importância do cuidadoso estudo da Bíblia? Como você responderia a alguém que alegasse que esse texto ensina a impecabilidade? O que o texto está ensinando? Por que esse ensino revela o Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 7. verdadeiro significado de ser seguidor de Jesus? 3. Como os textos que estudamos, especialmente sobre o homicídio e o adultério, mostram o erro dos que afirmam que a lei foi abolida depois da cruz? Respostas sugestivas: 1. Por meio de suas tradições e atitudes, os fariseus invalidaram e perverteram a lei de Deus. De fato, eles não eram fiéis guardadores da lei. 2. O ódio e os sentimentos destrutivos em relação aos semelhantes. Quem odeia é assassino e não tem a vida eterna em si. Quem tem vida eterna não deseja tirar a vida de outra pessoa. A lei de Deus é muito ampla. Ela orienta não apenas nossos atos, mas também nossas intenções. 3. Nossos olhos e nossas mãos podem nos levar ao pecado. Acabamos realizando aquilo que nutrimos com nossos sentidos e nossa mente. Na realidade, o pecado já começa nas intenções impuras. Somente a graça de Jesus pode nos livrar dessa morte espiritual. 4. Devemos ser honestos e verdadeiros em nossos negócios e em nossas palavras, tanto em nosso relacionamento com o próximo quanto em nosso relacionamento com Deus. Devemos cumprir as promessas que fazemos a Deus e honrar Seu nome. 5. O Antigo Testamento adverte quanto ao pecado de fazer votos e não cumprir. Por isso, seria melhor não fazer um voto do que deixar de cumpri-lo. Jesus ensinou que não devemos jurar nem fazer promessas das quais possamos nos arrepender, a exemplo do que ocorreu com Ananias e Safira. 6. Devemos amar a todos, inclusive os inimigos. Precisamos bendizer aquele que nos amaldiçoa, fazer o bem ao que nos odeia e orar pelo que nos maltrata e persegue. Deus é generoso com todos e devemos ser como Ele. Auxiliar - Resumo Discipulado Texto-chave: Mateus 22:37 O aluno deverá: Saber: Que Jesus não veio para destruir a lei, mas para revelar sua essência interior. Sentir: Que a lei trata não apenas de ações, mas também de intenções. Fazer: Manifestar ações, pensamentos e motivos guiados pelo Espírito, em lugar de conformidade apenas exterior. Esboço I. Saber: Guardar a lei é obra do coração A. Por que os oponentes de Jesus afirmavam que Ele queria destruir a lei? B. O que significa "cumprir" em Mateus 5:18? C. Qual era a diferença entre a obediência de Jesus e a forma pela qual os escribas e fariseus guardavam a lei? II. Sentir: A intenção é tudo A. Alguns podem ter acusado Jesus de ser tolerante com o pecado. Como Seu ensino enérgico em Mateus 5:29, 30 mostra Sua repulsa para com o pecado? B. Como os discípulos se sentiam a respeito do ensinamento de Jesus sobre a motivação para guardar a lei (Mt 19:10)? C. A ampliação do mandamento contra o falso juramento em Mateus 5:33-37 mostra que nosso relacionamento com os outros e com Deus deve ser fundamentado em algo mais do que sentimentos oscilantes. III. Fazer: Sujeitar-se à obra do Espírito Santo A. Por que parece preferível ter uma lista de coisas para verificar se estamos cumprindo a lei, em vez de ter nossos motivos transformados? B. Como posso viver de modo que meu "sim" signifique "sim" e meu "não" signifique "não", sem ter que recorrer a algum tipo de juramento para que os outros acreditem em mim? Resumo: Jesus mostrou em Seus ensinos no Sermão da Montanha que Ele não veio para abolir a lei. Ao contrário, Ele veio para engrandecer a lei e mostrar a necessidade da presença do Espírito Santo no coração, a fim de guardá-la. Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 8. Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Mateus 22:37 Conceito-chave para o crescimento espiritual: A lei de Deus não pode ser vista apenas como um conjunto de regras. É um chamado ao estilo de vida comprometido, capacitado pelo poder do Espírito Santo, no qual nossas ações, bem como nossos pensamentos e motivos mais profundos serão dirigidos pelo Espírito. Somente para o professor: Na lição desta semana, compreendemos o amplo alcance da lei de Deus e a maneira pela qual devemos abordá-la. Vemos que a lei de Deus não deve ser debatida de forma teórica, mas deve impregnar cada fibra do nosso ser. Atividade de abertura Um homem rico tinha uma mansão situada ao lado de uma montanha alta. O único caminho para chegar à casa era por meio de uma perigosa estrada na montanha, com um penhasco de um lado. O homem precisava de um novo motorista e anunciou a vaga de emprego. Três homens responderam ao anúncio. Tom, o primeiro a ser entrevistado, se sentiu muito confiante. Afinal, ele tinha sido piloto de corrida. Estranhamente, durante a entrevista, o homem rico só fez uma pergunta: "Quão perto da beira do precipício você pode dirigir?" Tom sentia que esse era o momento para dizer ao homem sobre seu excelente controle do veículo e mostrar que ele jamais havia perdido uma corrida nem o controle de seu carro, mesmo em altas velocidades. "Mas, quão perto você pode dirigir?", insistiu o entrevistador. Depois de alguns rápidos cálculos mentais, Tom respondeu: "Penso que eu poderia manobrar com segurança um veículo até o limite de um metro da beira." Sam, o próximo a ser entrevistado, se sentiu ainda mais confiante. Afinal, ele tinha feito algumas façanhas dirigindo como dublê para um filme. Ele era destemido ao volante. Quando questionado sobre quão perto da borda do penhasco poderia dirigir, ele respondeu rapidamente: "Eu poderia dirigir qualquer veículo a meio metro da borda e até mesmo fazer com que uma parte da roda saísse para o precipício, sem problemas!" Joe, o último a ser entrevistado, não alegou nehuma fama como motorista. "Então, Joe, quão perto da beira do precipício você pode dirigir?", perguntou o empregador. "Eu não sei, senhor. Tenho medo de altura. Por isso, ficarei o mais longe possível da beira." Joe conseguiu o emprego. Atividade de abertura Depois de compartilhar a história acima, pergunte aos alunos se eles concordaram com a escolha do homem rico quanto ao seu motorista. Quais atitudes Tom, Sam e Joe manifestaram em relação à lei da gravidade? Afinal, nenhum deles estava deliberadamente pensando em quebrar as leis da direção segura. Comente com a classe: Qual é a semelhança entre as atitudes de Tom e Sam e o pensamento judaico sobre a lei no tempo de Cristo? Comentário Bíblico I. O sermão sobre o reino de Deus (Recapitule com a classe Mt 5:17-48.) Mateus 5:17-48 descreve um momento-chave do ministério de Jesus e faz parte do contexto mais amplo do Sermão da Montanha. Situado cronologicamente no início do Seu ministério, as ideias e conceitos contidos nessa seção representam a conhecida linha de separação, na qual Jesus distinguiu o reino de Deus do reino do príncipe deste mundo. O reino de Deus é sal e luz e se constitui de pessoas dispostas a fazer a diferença (Mt 5:13-16). Desde o início, Jesus esvaziou uma pergunta que pode ter surgido na mente dos fariseus e escribas, quando eles certamente ouviram com muita atenção o jovem rabino de Nazaré. Jesus desejava anular a Lei? Ele disse: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir" (Mt 5:17). O termo grego que a Almeida Revista e Corrigida traduz como "destruir" também pode ser traduzido como "anular", "abolir", "demolir" ou "desmantelar". Jesus não veio para demolir nem anular a lei e os profetas (que é uma versão abreviada para a completa revelação divina do Antigo Testamento, ou seja, as Escrituras). Ele veio para cumprir. Neste momento, seria bom fazer uma pausa para considerar a etimologia de "cumprir". A forma grega de Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 9. "cumprir" está intimamente relacionada com "encher", e a tradução grega do Antigo Testamento (LXX ou Septuaginta) usa exatamente esse verbo para descrever a ordem do Criador às Suas criaturas para encher a Terra (Gn 1:22, 28). O Verbo encarnado, que criou o mundo por Sua palavra (Jo 1:1-3) estava prestes a preencher as lacunas que um simples "Não matarás" ou um simples "Não adulterarás" deixaram em aberto. Embora a razão humana considere esses mandamentos bastante fáceis de entender, Jesus, como Legislador, chega a um nível mais profundo. Pense nisto: Por que Jesus enfatizou que o Reino de Deus havia chegado? II. "Ouvistes [...] Eu, porém, vos digo" (Recapitule com a classe as seis antíteses apresentadas por Jesus em Mt 5.) Jesus usou seis antíteses que nos ajudam a entender que a ação é apenas um elemento da conformidade com a lei. Jesus não apenas nos lembrou de que Deus considera a motivação e os pensamentos, tanto quanto a ação, mas, usando essa estrutura antitética, Ele também afirmou indiretamente que está no mesmo nível que o Legislador divino. As antíteses abrangem assassinato (Mt 5:21-26), adultério (Mt 5:27-30), divórcio (Mt 5:31, 32), juramentos (Mt 5:33-37), retaliação (Mt 5:38-42) e amor para com os inimigos (Mt 5:43-47). É muito importante notar que nem todos esses exemplos representam os Dez Mandamentos. A questão do divórcio e juramentos poderia ser classificada como lei civil, enquanto o assunto da retaliação e do amor para com os inimigos deve ser considerado fundamento teológico (ou filosófico) subjacente. Propositadamente, Jesus selecionou diferentes níveis da lei divinamente ordenada para impressionar Seus ouvintes com o fato de que a observância da lei sem o Legislador é impossível e não faz parte do domínio humano. Em outras palavras: Ao incluir os pensamentos, atitudes e motivos na abrangência da lei, claramente Jesus indicou ser impossível aos seres humanos, com sua própria capacidade, observar a lei, com todos os seus diferentes níveis e motivações. Mesmo com nossas melhores intenções, encontramo-nos aos pés do Legislador, que caminhou do Sinai ao Gólgota para oferecer um exemplo perfeito e uma perfeita salvação, disponível a todos que aceitam Sua dádiva. Pense nisto: De que forma Jesus nos desafiou a observar a lei de modo mais rigoroso até mesmo do que os fariseus? III. "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." (Recapitule com a classe Mt 5:48.) Essa seção fundamental é concluída com outra declaração que abala nossas bases e, infelizmente, muitas vezes tem sido tirada do contexto. "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mt 5:48). Imagine como os ouvintes de Jesus podem ter se sentido quando digeriram essa última declaração. Olharam para Ele com olhos incrédulos? Teriam cerrado os punhos enquanto O observavam estarrecidos? Como os fariseus e os escribas se sentiram quando ouviram Jesus explicar a lei, terminando com uma ordem a respeito da perfeição divina? Teriam eles balançado a cabeça em desacordo ou acenado em silenciosa concordância? Jesus destacou duas esferas de perfeição: "Sede vós perfeitos" refere-se aos Seus ouvintes. Isso está ligado a outra esfera de perfeição, "como perfeito é o vosso Pai celeste". A declaração de Ellen G. White, "Assim como Deus é perfeito em Sua esfera de ação, devemos nós ser perfeitos na nossa" (Patriarcas e Profetas, p. 574) se refere claramente a esses dois diferentes níveis de perfeição. Deuteronômio 32:4 descreve a perfeição de Deus: "Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas", enquanto Isaías 64:6 sublinha o fato de que "nossos atos de justiça são como trapo imundo" (NVI). No entanto, Jesus, o Legislador, Criador e Salvador, transpõe esse abismo que separa nossa falta de perfeição e a completa perfeição de Deus. "Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade" (Jo 17:23). Perfeição bíblica tem dois níveis, a perfeita unidade dentro da Divindade e a perfeita unidade da humanidade com Cristo. Aqui está uma ilustração útil para a perfeita unidade da humanidade com Cristo, extraída de Robert J. Ross, "Perfection" [Perfeição], Adventist World (dezembro de 2009), p. 21: "Recentemente os cientistas descobriram, pela primeira vez, um modo de tornar completamente plana e lisa a superfície do vidro usinado e altamente polido. Ele é tão plano e liso que, quando são colocadas duas placas grossas desse vidro, uma sobre a outra, eliminando todo o ar entre elas, há uma ligação tão grande entre as moléculas que é quase impossível separá-las. Tornam-se verdadeiramente uma. A unidade perfeita de Jesus com o Pai, por meio de Sua obediência na Terra, torna-se nossa veste de (Sua) justiça concedida a nós por toda a eternidade. A justiça que Ele quer nos comunicar é a perfeita unidade que podemos ter por Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
  • 10. meio da direção do Seu Espírito. Obediência motivada pelo amor genuíno permite que Ele realize em nós um refinamento e polimento diário até que estejamos absolutamente unidos nEle, como um, de modo que seja quase impossível nos separar." Pense nisto: Como o contexto do Sermão da Montanha nos ajuda a entender o chamado de Jesus para a perfeição? Aplicação Perguntas para reflexão 1. Nos ensinamentos de Jesus em Mateus 5, Ele enfatiza a motivação e os pensamentos por trás da lei. Como somos julgados: pela nossa motivação ou pelos nossos atos? Apresente apoio bíblico à sua resposta. (Sugestão: leia Ezequiel 24:14.). 2. Se o pecado não é apenas o ato, mas começa na mente, quando uma tentação se torna pecado? 3. Qual é a diferença entre "voltar a outra face" ou andar a "segunda milha" (Mt 5:38-42) e ser a vítima passiva? (Veja a discussão na lição de quinta-feira sobre a "retaliação" cristã.) Perguntas de aplicação 1. Depois de ler Mateus 5:23-26, considere até onde você deve ir na tentativa de se reconciliar com alguém que guarda rancor contra você. Como a necessidade de reconciliação afeta seu relacionamento com Deus? 2. Jesus amplia o mandamento que ordena não cometer adultério, dizendo que qualquer um que olhar com intenção impura está transgredindo esse mandamento. Esse ensinamento ainda é válido em nosso mundo, no qual somos bombardeados pela publicidade projetada para explorar nossos desejos sexuais? 3. Um adesivo de para-choque diz: "Não se irrite, vingue-se!" De acordo com essa sabedoria popular, como podemos lidar com situações que nos deixam irados? O ensino de Jesus no Sermão da Montanha não diz que devemos aceitar calmamente a ofensa, mas "retaliar" com bondade inesperada. Como isso é possível? Criatividade e Atividades práticas Atividade João tem um vizinho terrível. O homem deixa seu cão sujar o gramado de João e não o limpa, toca músicas altas nas noites de sexta-feira até tarde, e até foi visto jogando lixo por cima do muro para o quintal do João. Peça que a classe sugira algumas maneiras práticas pelas quais João pode amontoar "brasas vivas" sobre a cabeça do vizinho" (Pv 25:21, 22). Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição? É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização da Casa Publicadora Brasileira. Veja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.htmlVeja esta e outras lições sobre Cristo e Sua Lei em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html