3. Avaliação é um processo de atribuição de símbolos a fenômenos com o objetivo
de caracterizar o valor do fenômeno, geralmente com referência a algum padrão
de natureza social, cultural ou científica (BRADFIELD, 1963)
Hoffmann (1993), entende avaliação como uma ação provocativa do
professor, desafiando o aluno a refletir sobre as experiências vividas, a formular e
reformular hipóteses, direcionando para um saber enriquecido.
Em função de seu caráter de prática intencional e transformadora, o que se espera
é que a avaliação vá além, qual seja, que busque identificar as necessidades do
objeto em questão e que haja um compromisso com a superação das mesmas.
Entendemos avaliação como um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo
em vista uma tomada de decisão (LUCKESI, 1995).
Para Demo (2008), Avaliar pode constituir um processo e um projeto em que
avaliador e avaliado buscam e sofrem uma mudança qualitativa. Daí que os
critérios de avaliação, que condicionam seus resultados, estejam sempre
subordinados às finalidades e objetivos previamente estabelecidos para a prática
pedagógica.
4. POSITIVISTA x DIALÉTICA
Quantitativa X Qualitativa
Diagnóstica: Entrada – Inicial
Formativa: Contínua – Processo -
Acompanhamento
Somativa: Final – Produto -
5. Visa determinar a presença, ou ausência, de conhecimentos e
habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas
experiências de aprendizagem. Permitindo averiguar as causas de
repetidas dificuldades de aprendizagem. Normalmente se faz quando o
aluno chega à escola, em geral no início do ano letivo, durante as
primeiras semanas para observar e conhecer características relevantes
do aluno; chegada de novo aluno para saber onde enturmá-lo e como
recuperar a falta de base ou de pré-requisitos; no início de cada
unidade para provocar interesse pelo tema e identificar o que já sabem
sobre o assunto.
Podendo ser feita em qualquer momento que o professor ou a escola
detectarem problemas graves de aprendizagem, motivação e
aproveitamento.
Alunos e professores, a partir da avaliação diagnóstica de forma
integrada, reajustarão seus planos de ação fazendo uma reflexão
constante, crítica e participativa.
6. É realizada com o propósito de informar o professor e o aluno
sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento
das atividades escolares. Localiza deficiências na organização do
processo de ensino e aprendizagem de modo a possibilitar
reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos objetivos.
É denominada formativa porque demonstra como os alunos
estão se modificando em direção aos objetivos.
A avaliação formativa ou processual pode ser feita de maneira
contínua e informal, no dia-a-dia da sala de aula, e pode
também ser feita em oportunidades regulares, incluindo o uso
de instrumentos mais formais
como, testes, provas, apresentações de relatórios de
trabalhos, competições e jogos.
7. É uma decisão que leva em conta a soma de um ou
mais resultados. Normalmente refere-se a um
resultado final – uma prova final, um concurso, um
vestibular. Nas escolas, de um modo geral, a
avaliação somativa é a decisão tomada no final do
ano para deliberar sobre a promoção de alunos.
É usada, tipicamente, para tomar decisões a
respeito da promoção ou reprovação dos alunos
que não obtiveram êxito no processo de ensino-
aprendizagem.
8. 1. A escola valorizar muito a nota e dar-lhe
grande ênfase, pois, afinal, ela é mais
importante?
2. A escola monta todo um clima de tensão em
cima das provas, pois, afinal, na sociedade
também é assim, e a escolha tem mais é que
adaptar o aluno ao mundo que está aí?
3. A escola cede às pressões dos pais e de muitos
professores no sentido de não mudar o sistema
de avaliação, pois, afinal de contas, sempre foi
assim?
9. 4. A escola usa o argumento da transferência
dos alunos como justificativa de não
mudança de suas práticas?
5. O professor faz toda uma supervalorização
das notas, pois, caso contrário, não
consegue dominar a classe?
6. Existem alunos que vão mal no 4º
bimestre, tirando só a nota que
precisa, pois estão interessados em passar
para o Ano seguinte?.
10. 7. O professor só valoriza a resposta
certa, pois, na sociedade, é isto que importa?
8. O fato dos alunos terem
“branco”, medo, nervosismo, ansiedade, etc.,
etc., é tudo culpa deles (e das famílias), por
não terem o hábito de estudar todo dia. A
escola nada tem a ver com isso?
9. Os professores desejam “Boa Sorte” na
prova, já que freqüentemente as questões são
irrelevantes e arbitrarias, sem contar as vezes
em que esta expressão tem sentido velado de
vingança?
11. 10. Atualmente na escola, a avaliação tem sido praticada
para aprovar ou reprovar os alunos, caracterizando-
se como uma ameaça que intimida o aluno?
11. Ainda existe uma avaliação descomprometida com a
aprendizagem do aluno, contribuindo para a auto-
imagem negativa, causando reprovação e repetência e
ainda, fracasso escolar?
12. Existe uma educação que ainda prioriza o depósito de
informações, onde um ensina e o outro aprende, e
que os instrumentos de avaliação são utilizados
apenas como medidores do conhecimento, e com isso
afastam-se das características
humanas, caracterizando-se como uma ferramenta de
exclusão escolar e social?
13. Ainda existe avaliação com caráter
descontextualizado, autoritário e punitivo, que não
considera o aspecto sócio-emocional, resultando num
distanciamento entre professor e aluno?
12. Língua Portuguesa/Ciências Humanas
ABAIXO DE180 180 |------- 220 220 |-------260 ACIMA DE 260
MUITO CRITICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO
Matemática/Ciências da Natureza
ABAIXO DE 200 200 |------- 240 240 |-------280 ACIMA DE 280
MUITO CRITICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO
Obs.: AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESTA DE ACORDO COM A
DESCRIÇÃO CATEGORIA DE DESEMPENHO NA ESCALA DO SPAECE
13. 1º ano
400
350
300
250
200
150
100
50
0
EEEP Mons. EEM MD EEM de EEM MJ EEM V. EEM Liceu Média
Odorico Petrola Aiuaba Coutinho Távora "Lili Feitosa Crede 15
14. 3º ano
400
350
300
250
200
150
100
50
0
EEEP Mons. EEM MD EEM de EEM MJ EEM V. EEM Liceu Média
Odorico Petrola Aiuaba Coutinho Távora "Lili Feitosa Crede 15
15. 1º ano
400
350
300
250
200
150
100
50
0
EEEP EEM MD EEM de EEM MJ EEM V. EEM Média
Mons. Petrola Aiuaba Coutinho Távora Liceu "Lili Crede 15
Odorico Feitosa
16. 3º ano
400
350
300
250
200
150
100
50
0
EEEP EEM MD EEM de EEM MJ EEM V. EEM Média
Mons. Petrola Aiuaba Coutinho Távora Liceu "Lili Crede 15
Odorico Feitosa
17. Os educadores devem ter em mente os
limites da avaliação objetiva, pois nem
todos os resultados do ensino podem ser
medidos ou averiguados através de testes.
Por exemplo, um objetivo como o
ajustamento pessoal e social é avaliado com
mais facilidade e de maneira mais válida
pela observação do aluno em situações que
envolvam relações sociais.
18. Avaliação é um processo de captação das
necessidades, a partir do confronto entre a
situação atual e a situação desejada, visando uma
intervenção na realidade para favorecer a
aproximação entre ambas.
Avaliar é ser capaz de acompanhar o processo de
construção do conhecimento do educando, para
ajudá-lo a superar suas dificuldades.
A avaliação consiste na coleta de dados
quantitativos e qualitativos, e na interpretação
desses resultados, com base em critérios
previamente definidos.
19. A avaliação é um processo contínuo e sistemático.
Portanto, ela não pode ser esporádica nem
improvisada, mas, ao contrário, deve ser constante e
planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte de um
sistema mais amplo que é o processo de ensino e
aprendizagem integrando.
A avaliação escolar deve ser mais estudada e
detalhada cientificamente, buscando considerar
relações de afetividade entre professor e aluno que
possam ser garantidas dentro das variadas formas de
avaliação.
A afetividade tem um respaldo significante sob a
avaliação do aluno como um todo, devendo ter como
aspecto fundamental, alcançar os objetivos do
processo de ensino e aprendizagem dentro dos
fatores cognoscitivos e sócio-
emocional, intimamente ligada a interação professor-
aluno.
20. Avaliar o processo de ensino e
aprendizagem, consiste em verificar em que
medida os alunos estão atingindo os objetivos
previstos. Por isso, os objetivos constituem o
elemento norteador da avaliação.
A avaliação não deve visar eliminar alunos, mas
orientar seu processo de aprendizagem para
que possam atingir os objetivos previstos.
Nesse sentido, a avaliação permite ao aluno
conhecer seus erros e acertos, auxiliando-o a
fixar as respostas corretas e a corrigir falhas.
A avaliação deve analisar todas as dimensões
do comportamento, considerando o aluno
como um todo. Desse modo, ela incide não
apenas sobre os elementos cognitivos, mas
também sobre o aspecto afetivos e sociais.
21. Na avaliação inclusiva, democrática e amorosa
não há exclusão, mas sim diagnóstico e
construção. Não há submissão, mas sim
liberdade. Não há medo, mas sim
espontaneidade e busca. Não há chegada
definitiva, mas sim travessia permanente em
busca do melhor. Sempre!
Assumindo um caráter pedagógico-dialético, a
avaliação precisa desvincular-se do processo
classificatório, seletivo e discriminatório, para
estabelecer o básico da sua função que se
aplica principalmente ao professor que a
utiliza, analisando e refletindo os resultados
dos alunos.
22. A avaliação deve propiciar retomada de conteúdos, novas
metodologias e um redimensionamento de
trajetória, conforme a necessidade do momento.
Enfatizando assim o processo, refletindo no processo de
ensino e aprendizagem, visando a construção do
conhecimento duradouro.
A avaliação deve ir muito além de avaliar a aprendizagem
do aluno, ela ultrapassa essa dimensão avaliando em
contrapartida o trabalho da escola e o desempenho do
professor, promovendo a revisão e a redefinição dos
objetivos propostos.
Avaliar, mais do que saberes técnicos, exige sabedoria
para compreender a complexidade do ser humano em
desenvolvimento, para relevar suas deficiências
menores, para despertar valores e virtudes, muitas vezes
adormecidos, e, sobretudo, um depósito de
discernimento, equilíbrio, afetividade, valores
morais, intelectuais, estéticos, religiosos, elementos
fundamentais para a importância e a grandeza da ação do
professor.
23. Portanto, o professor deve compreender o processo
de Avaliação como um elemento de:
Captar a distância entre o que se intenciona e
o que de fato se alcançou. Isto implica em:
a) Captação do real;
b) Verificação de Instrumentos;
c) Ter clareza de objetivos, de critérios; saber
o que se quer;
d) Tomar decisão sobre o que fazer para
confirmar ou redirecionar o processo.
24. Assumindo uma postura crítica e efetivando
uma prática pedagógica, considerando os
seguintes aportes teóricos:
a) Currículo; Prática pedagógica
b) Planejamento; problematizadora
c) Interdisciplinaridade
25. Não é algo a ser transmitido e passivamente
absorvido, mas o terreno em que ativamente se
criará e produzirá cultura.
O currículo é um terreno de produção e de política
cultural, no qual o conteúdo funciona como
matéria prima de criação, recriação
e, sobretudo, de contestação e transformação.
Os fenômenos curriculares incluem todas aquelas
atividades e iniciativas através das quais o currículo é
planejado, criado, adotado, apresentado, experiment
ado, criticado, defendido e avaliado, assim como
todos aqueles objetos materiais que o
configuram, como são os livros-texto, os aparelhos e
equipamentos, e os planos do professor, etc.
(Walker, citado por Sacristán, 2000)
26. Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre
as condições existentes, e traçar estratégias de ação para
superar as dificuldades e alcançar os objetivos
desejados. (Danilo Gandin)
1. O professor precisa conhecer-se do ponto de vista de sua própria personalidade.
Esse conhecimento é importante para a escolha de estratégias pedagógicas, cujo
sucesso ou fracasso poderá depender de suas características psicossociais.
2. O professor precisa conhecer seus alunos com suas características psicossociais
e cognitivas, pois cada aluno é cada aluno e cada turma é cada turma.
3. O professor precisa conhecer a produção do conhecimento (epistemologia) e a
metodologia mais adequada às características da disciplina com que trabalha.
4. O professor precisa conhecer o contexto social de seus alunos. Este conhecimento
o levará a identificar as situações complexas relevantes para o grupo e escolher
estratégias contextualizadas que favoreçam à aprendizagem significativa.
27. O processo de ensino e aprendizagem
interdisciplanar nasce da proposicão de novos
objetivos, de novas metodologias, cuja tônica
primeira é a superação do monólogo e a
instauração de uma prática dialógica. Para
tanto, faz-se necessária a eliminação das barreiras
entre as disciplinas e entre as pessoas que
pretendem desenvolvê-las. (Ivani Fazenda)
A metodologia do trabalho interdisciplinar implica em:
1º - integração de conteúdos;
2º - passar de uma concepção fragmentária para uma concepção
unitária do conhecimento;
3º - superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, considerando o
estudo e a pesquisa, a partir da contribuição das diversas ciências;
4º - ensino-aprendizagem centrado numa visão de que aprendemos ao
longo de toda a vida.
28. Dependendo do que o professor se propõe a
ensinar e do que escolhe, a possibilidade de
projetos interdisciplinares aumenta. Esta
vivência para o aluno do Ensino , é
interessante, pois tende a prepará-lo a olhar o
mundo sob várias perspectivas. Mas a idéia de
projetos na sala de aula e/ou na escola traz
também, a oportunidade dos alunos se
expressarem, criarem, construirem o novo.
29. Como nos diz Perrenoud (1993),
Mudar a avaliação significa, provavelmente, mudar a escola.
Pois que seja assim mesmo. Que haja mudança automática!
Haja também mudança em nossas práticas habituais. Não
podemos mais permanecer formando pessoas inseguras e
angustiadas, nem tampouco ser obstáculos negativos para os
alunos e a comunidade escolar onde atuamos.
É importante que a forma de avaliação seja escolhida de
acordo com os objetivos que se deseja atingir.
É, também, fundamental que se ofereça ao aluno
oportunidades diversas de mostrar seu
desempenho, evidentemente evitando fazer do processo de
ensino e aprendizagem um mecanismo de só aplicar
instrumentos de avaliação.
30. Toda e qualquer produção por parte dos alunos
é significativa, uma vez que reflete um
determinado estágio de desenvolvimento dos
conhecimentos, desde que haja entendimento
por parte do professor de como o aluno
elaborou determinadas respostas ou
soluções, para definir então, quais intervenções
e atividades coletivas e ou individuais deverão
ser realizadas, visando dar continuidade ao seu
processo de desenvolvimento. Os problemas da
prática mais comum, portanto, poderão
levantar questões de estudo para a formação
do professor. (Braga, 2006)
32. DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. 9. ed. – Campinas, SP: Autores Associados, 2008.
FAZENDA, I. (Org) Interdisciplinaridade: dicionário em construção. SP:
Cortez, 2002.
GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 16ª Ed. Editora Loyola. São
Paulo, SP. Junho/2007.
MORETTO, Vasco Pedro. Prova: Um momento privilegiado de estudo, não um acerto
de contas. 8º Ed. Editora Lamparina. Rio de Janeiro, RJ. 2008.
ROMÃO, JOSÉ Eustáquio. Avaliação Dialógica: Desafios e Perspectivas. São
Paulo, Cortez: Instituto Paulo Freire, 1999.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: Uma reflexão sobre a prática. 3. ed. – Porto
Alegre: Artmed, 2000.