Este documento discute o consumismo e sua relação com a crise econômica nos Estados Unidos na década de 1920. Ele explica como o excesso de produção levou a uma crise de superprodução e como isso desencadeou a Grande Depressão. Também aborda como a intervenção do governo de Roosevelt ajudou os EUA a se recuperar gradualmente da crise.
1. CONSUMISMO Trabalho realizado no âmbito da disciplina de área de projecto, orientado pelo professor Manuel José, pelos alunos do 12ºH (Grupo1): Ana Sousa nº1 Bernardo Almeida nº4 Gabriel Gonzaga nº9 Hugo Machado nº10
4. No início do século XX, os Estados Unidos da América viviam um período de prosperidade e de pleno desenvolvimento.
5. No entanto, a partir de 1925, a economia Norte-Americana começou a enfrentar sérias dificuldades.
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8. Uma crise de superprodução foi originada pela contínua produção e falta de consumidores.
9. Em consequência, as indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando ainda mais a crise.
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11. A crise acabou por chegar ao mercado de acções. Volumes elevados de transacções eram intervalados com breves períodos de subida de cotações e recuperação, ocasionando o Crash.
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13. Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos ao exterior e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial.
14. Para solucionar a crise, Franklin Roosevelt, Presidente Norte-Americano, propôs mudar a política de intervenção americana.
15. Se antes o Estado não interferia na economia, deixando tudo fluir conforme o mercado, agora passaria a intervir constantemente.
16. O resultado desta decisão foi a criação de grandes infra-estruturas, fundos de apoio a desempregados, assistência a trabalhadores, concessão de empréstimos, entre outros.
17. Assim, os Estados Unidos conseguiram retomar seu crescimento económico de forma gradual, tentando esquecer a crise.
19. Os Americanos quiseram aproveitar o espírito consumista para aumentar drasticamente a produtividade e, lógicamente, os lucros.
20. Contudo, os seus grandes mercados diminuiram consideravelmente a procura, o que despoltou uma enorme acomulação de excedentes.
21. Essa acomulação de excedentes não podia ser escoada apenas no mercado Americano, o que levou muitas empresas a dificuldades financeiras e logisticas.
22. Um efeito bola-de-neve foi então desencadeado. Os seus efeitos foram alarmantes para todo o mundo.
23. Assim o Consumismo não afecta apenas quem o pratica, mas toda a sociedade mundial, através de todos os actos gerados apartir desta generalização.
24. A Publicidade RedBull dá-te asas Impossible IsNothing Just do it Drinkcoke Drink 7 upwithFidoDido Faz-se nos alpes,desfaz-se na boca Ask for more Faz uma pausa MercedesBenz Ferrari Segue oque sentes Mais perto do que é importante
25. O Que é a Publicidade? Publicidade designa qualquer mensagem impressa ou difundida, cujo objectivo seja o de divulgar e persuadir, com fins comerciais, uma ideia, um produto ou serviço, uma marca ou uma organização junto de um determinado mercado-alvo.
27. Meios Publicitários: A Publicidade, e consequente propaganda quer à satisfação de necessidades quer à manipulação do público alvo, é feita, essencialmente, através da televisão, internet, rádio e imprensa (jornais, revistas, etc):
28. A Televisão: Apesar de relativamente recente, a televisão é dos meios publicitários que mais nos influencia: Dependendo do horário, consegue atrair todo o tipo de público (permitindo promover qualquer tipo de produto) Combina o efeito áudio da rádio com o visual da imprensa. Utilizada como objecto de companhia permite a publicidade involuntária
29. A Internet Fenómeno recente mas já de aceitação generalizada. Mesmo assim, não se pode dizer que seja o tipo de publicidade mais frequente. Aumento exponencial do número de pequenos anúncios quer em sites patrocinados “pop-ups” que nos direccionam ao site oficial do produto. Os e-mail são uma forma particular de publicidade na internet pois é necessário que quem recebe o e-mail o tenha divulgado.
30. A Rádio: Centra o seu pico de utilização na população activa mais propriamente nas viaturas particulares e em locais de trabalho com música de fundo. As suas principais vantagens são: Gratuitidade, portanto, acessível a toda a gente, a facilidade de utilização, já que permite outras ocupações em simultâneo e, essencialmente, a grande interactividade emissor-receptor. Gera-se publicidade com um tom íntimo e personalizado que cativa os ouvintes.
31. A Imprensa: A imprensa utiliza anúncios de tamanhos variados à base de textos, fotografias e figuras onde cor, logótipos e slogans são fulcrais para despertar ou não o interesse do leitor. Esta chega hoje a todas as classes sociais com jornais e revistas de carácter nacional, regional ou local.
32. O Cinema: Hoje em dia, todos os minutos antecedentes a um filme são reservados para publicidades a outros filmes e a anúncios particulares. Também na generalidade dos filmes e séries é possível identificar fortes campanhas publicitárias a roupas, carros, bebidas, etc.
33. Mensagem Publicitária: Podemos dizer que hoje a publicidade está em todo o lado quase que piscando-nos o olho. Ninguém imagina o mundo hoje sem publicidade. As imagens atraentes e as palavras insinuantes convidam-nos a imaginar, por momentos, a nossa vida com o que está a ser anunciado. A publicidade é, assim, a arte de seduzir, de convencer e, por isso, nada num anúncio acontece por acaso…
34. Estratégias e características Publicitárias Aspiração à felicidade e bem-estar, Vaidade, Sexualidade, Princípio do menor esforço, Gosto pela economia, Necessidade de certeza com testemunhos reais garantindo a plena satisfação do consumidor ou, somente, o total apoio ao cliente Sensibilidade, Ambiente familiar, Criação de personagem.
35. Cada anúncio publicitário deve: despertar a atenção, criar interesse, estimular desejo, permitir a memorização E, FUNDAMENTALMENTE provocar a acção (aquisição).
36. Elementos fulcrais de um anúncio:: a marca, como elemento fundamental; a imagem, que deve “prender” o olhar; o slogan, que deve ser original, conciso, fácil de memorizar e capaz de despertar a simpatia da marca; o texto de argumentação, que dá a credibilidade ao anúncio, deve apontar as vantagens da aquisição do produto e a sua superioridade.
37. Hoje, o conceito de riqueza em vez de assentar no princípio de acumulação de capital, passou a assentar no princípio do consumo. Ou seja, a evolução da sociedade está dependente, sobretudo, da evolução do consumo. Quanto mais determinada a consumir estiver a sociedade mais lucro terá e mais riqueza obterá. MAS MAIS RECUSROS DESPERDIÇARÁ!!
38. O consumismo e, logo, a exagerada publicidade aos produtos e fomentação do consumo levam e continuarão a levar o homem para a sua destruição e, até, para a destruição do mundo!!
39. “À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.” Álvaro de Campos, in ODE TRIUNFAL
40. A origem da crise actual Subprime Crédito à habitação de alto risco Destinado a uma fatia da população com rendimentos mais baixos e com uma situação económica mais instável. Única garantia exigida nestes empréstimos é o imóvel. Segmento do mercado de crédito exclusivo dos EUA.
41. Como surgiu o ‘subprime’? O ‘subprime’ surge quando: A Reserva Federal norte-americana começa a baixar as taxas de juro para estimular o mercado imobiliário. A criação de emprego e o investimento empresarial estavam em níveis baixos e a taxa de juro descia para 1%. As várias instituições bancárias deixaram de ser tão exigentes nas condições requeridas para conceder créditos.
42. Conclusão: Quando a reserva federal começa a subir de novo os juros o problema instala-se. Juros altos + Queda dos preços das casas Famílias sem capacidade para saldar as suas dívidas.
43. Como se dá o contágio para a Europa? Mercados interligados Bancos e fundos europeus com investimentos em produtos das instituições norte-americanas que operam no segmento ‘subprime’. Levam a crise de liquidez na Europa.
44. Solução Injecção de capital por parte do BCE. Os bancos solicitam ao BCE o empréstimo de determinado montante para fazer face às necessidades de liquidez. O BCE analisa a gravidade da situação faz o empréstimo com uma taxa de juro baixa. A injecção de capital tem o objectivo de assegurar as condições normais dos mercados, e assegurar a robustez da zona euro.
45. A crise a longo prazo A injecção de capital do BCE não resolve todo o problema. Tudo depende do grau de exposição dos bancos ao mercado norte-americano. Se a falta de confiança se alastrar ao resto dos mercados de crédito, as consequências poderão adquirir uma dimensão muito gravosa
46. O crescimento económico mundial está ameaçado? Bancos congelam activos Prova da grandiosa seriedade do problema Os problemas do sistema financeiro acabam por se reflectir na economia: 1.Os bancos centrais são confrontados com a necessidade de restringir as condições de concessão de crédito. 2.Famílias e empresas são afectadas com consequente quebra do consumo e do investimento.
47. Como é que Portugal foi afectado? A crise no mercado hipotecário dos EUA leva a que, em Portugal, o sector financeiro suspenda os seus fundos expostos ao segmento de ‘subprime’. Cotação dos fundos: ParvestDynamic ABS BNP Paribas ABS Euribor BNP Paribas ABS Eoniapor Estes fundos são distribuídos pelo Banco Best, Barclays, ActivoBank … Mas estas instituições não revelaram ainda quantos clientes foram afectados.
48. Porque se afundam as bolsas europeias? Venda de acções de forma maciça pois temem o surgimento de novos sintomas que ponham em causa o funcionamento do sistema financeiro global. Naturalmente as acções dos bancos são as mais castigadas.
49. Padrões de Consumo Padrões de Consumo são modelos específicos, comuns a determinados grupos sociais, a que o consumo obedece.
50. Factores explicativos Económicos: Extra-económicos: Rendimento dos consumidores; Preço dos bens; Inovação tecnológica; Idade; Sexo; Moda; Publicidade; Localização geográfica; Tradição
53. Inovação Tecnológica Os novos bens, tecnologicamente mais sofisticados, apresentavelmente mais atractivos, leva a um aumento da capacidade aquisitiva dos consumidores.
59. Tradição Influencia os modos de vida das populações Traduz um hábito adquirido por gerações sucessivas Dificulta a inovação, a mudança e a modernidade.
60. Conclusão: Após a execução deste trabalho, podemos afirmar que o consumismo é uma tendência bastante recente. Este tem por base o egocentrismo do Homem e, embora de origem americana, rapidamente se alastrou à Europa e ao resto do mundo com o contributo das técnicas de publicidade e marketing.
61. O consumismo está na base das mudanças mais profundas a que a sociedade actual assistiu afectando directamente todos os países desenvolvidos e as suas relações com o resto do mundo. Por sua vez, este fenómeno definiu modos de vida, comportamentos sociais e o modo de organização dos alicerces das economias mundiais.
62. Conselhos para um consumo responsável Para colaborarmos todos num consumo mais responsável temos que começar por reduzir o consumo excessivo. Se o nosso acto de consumo For reflectido podemos mudar os nossos hábitos, tendo como base algumas etapas que nos colocam várias interrogações.
63. Antes de comprar No momento da compra O que é que preciso ou quero exactamente? Que opções tenho para satisfazer essanecessidade ou desejo? De certeza que tenhoque comprar para conseguir o que quero? Como posso gastar menos quantidadedesse produto? Quais são os meios de produção e materiais mais ecológicos para o fabrico deste produto? Quem são os fabricantes das diferentes marcas do produto? Quem o vende? Que outros negócios tem? No que é que investe e a quem financia? A que classe de sociedade faz tender o seu modelo empresarial?
64. Enquanto o uso ou consumo Quando acabei de consumir O que posso fazer para que cause o menor impactopossível quando se converta em resíduo? Como tenho que cuidar o produto enquanto o usopara que dure o máximo tempo possível e assimconsumir menos e gerar menos resíduos?
65. Agradecimentos: Ao Professor Manuel José pela colaboração na elaboração do nosso trabalho; À DECO, em especial à responsável Tatiana Mendonça e ao jurista André Regueiro; Ao 12ºH; Aos alunos e professores da escola que colaboraram na elaboração dos inquéritos; Ao Professor Raul e à direcção da escola, pela ajuda nos contactos com a DECO