O documento é um guia pioneiro que fornece informações sobre a história do Escotismo e seu fundador Baden Powell. Resume a vida de Baden Powell desde seu nascimento na Inglaterra até fundar o Escotismo após experiências militares na África e na Índia. Também descreve os requisitos para Pioneiros conquistarem seu distintivo de promessa, incluindo conhecimentos sobre Escotismo, habilidades de ar livre e cidadania.
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Mensagem do Fundador
Se vocês conhecem a estória de “Peter Pan”, vão se lembrar que o chefe dos piratas
estava sempre fazendo o seu discurso, com medo de morrer sem ter tido tempo para dizer suas
últimas palavras.
O mesmo passa comigo e, embora não esteja morrendo neste momento, isto irá
acontecer qualquer dia destes, assim, desejo mandar a vocês uma última palavra de despedida.
Lembrem-se que é a última coisa que vocês ouvirem de mim e, portanto, prestem bem
atenção e meditem sobre isto.
Tive uma vida muito feliz e espero que cada um de vocês tenha.
Acredito que Deus nos pôs neste mundo alegre para sermos felizes e gozarmos a vida.
A felicidade não vem da riqueza e nem do sucesso profissional, muito menos da auto
indulgência.
Um passo para a felicidade é tornar-se sadio e forte na juventude para poder ser útil e
aproveitar a vida na maturidade.
O estudo da natureza lhes mostrará como Deus fez o mundo cheio de coisas belas e
maravilhosas para serem desfrutadas por nós. Contentem-se com o que possuem. Vejam as coisas
pelo lado e nunca pelo lado mau.
Mas a verdadeira maneira de alcançar a felicidade é proporcionando-a aos outros.
Procurem deixar o mundo um pouco melhor do que o encontraram e, quando chegar a sua vez de
morrer, poderão morrer fazê-lo satisfeitos, com o sentimento de que não desperdiçaram o seu tempo
e que procuraram fazer o melhor possível, deste modo, estejam sempre alertas para viverem e
morrerem felizes. Mantenham-se sempre fiéis a Promessa Escoteira, mesmo quando tiverem
deixado de serem meninos.
E que Deus os ajude a procederem assim, do amigo
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Estágio Introdutório
O Pioneiro(a) que não tiver sido Sênior/Guia deverá conquistar o Distintivo de
Promessa atendendo às seguintes etapas:
1.1 - Escotismo Avaliada por Data
a) Demonstrar conhecimento sobre a História do Escotismo e a
vida de Baden Powell - pg. 04
b) Conhecer estrutura do Escotismo no Brasil - pg. 10
c) Demonstrar conhecer o uniforme e o traje Escoteiro - pg. 12
d) Conhecer os distintivos utilizados no Ramo Pioneiro - pg. 12
e) Conhecer o Sinal Escoteiro, o Aperto de Mão, lema, Saudação
- pg. 13
f) Conhecer os sinais manuais de formação - pg. 14
g) Conhecer a Carta Pioneira do seu Clã - pg. 16
1.2 - Ar Livre Avaliada por Data
a) Saber armar e orientar uma barraca - pg. 17
b) Demonstrar que sabe utilizar um lampião, um fogareiro, facão
e machadinha e as normas de segurança para o seu uso - pg. 19
c) Demonstrar que sabe aplicar os seguintes nós: direito, escota,
escota alceado, volta do fiel, volta da ribeira, nó de correr e lais
de guia - pg. 24
d) Saber arrumar uma mochila - pg. 25
1.3 - Cidadania Avaliada por Data
a) Saber Cantar o Hino Nacional - pg. 26
b) Conhecer as cerimônias de bandeira e saber executá-la - pg. 28
c) Conhecer a lei que regulamenta o uso dos Símbolos Nacionais
- pg. 31
1.4 - Valores Avaliada por Data
b) Compreender, aceitar, cumprir a Lei e Promessa Escoteira -
pg. 38
Data da Promessa: _____/_____/_________
Guia Pioneiro - Estágio Introdutório 03
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1.1.a - Demonstrar conhecimento sobre a História do Escotismo e a vida de Baden Powell
A História do Escotismo e a vida de seu fundador
Em 22 de fevereiro de 1857, nascia em Londres ROBERT STEPHENSON SMITH
BADEN-POWELL (B-P). Filho de pastor e professor, B-P ficou órfão de pai aos 3 anos, ficando
sua mãe Henriette Smith com a árdua tarefa de criar 7 filhos, tendo o mais velho 13 anos e o mais
novo apenas um mês. Além disto, ela tinha ainda a seu encargo criar três filhos do casamento
anterior, sendo que o mais velho tinha 22 anos de idade. Foi graças a
esta extraordinária mulher que B-P pode, nos seus primeiros anos,
vivenciar uma sadia educação que certamente se refletiu positivamente
no Movimento que mais tarde concretizou. Suas primeiras lições
foram ensinadas por sua mãe que se inspirou nos métodos adotados
pelo finado marido na educação dos filhos mais velhos.
O Professor Baden-Powell habitualmente ensinava seus
filhos usando para tal plantas, animais, a natureza enfim. Ao
retornarem ao lar, franqueavam-lhes sua biblioteca para que
pesquisassem, e discutissem com ele as dúvidas porventura surgidas.
Sempre, por mais ocupado que estivesse, estava aberto ao diálogo.
Isso fez com que os jovens se motivassem de forma científica para a
história natural.
B-P cresceu num berço sadio e mais tarde ao ingressar no Colégio Charterhouse, não
foi um aluno brilhante e nem mesmo um grande atleta, no entanto, era por todos querido e tomava
parte em todas as atividades colegiais tais como teatro, música e futebol. Foi no colégio que
desenvolveu seus dotes teatrais, reconhecendo mais tarde o grande valor educacional destas
atividades. Foi no bosque junto ao colégio que B-P iniciou suas atividades de explorador, rastreando
animais e descobrindo por si mesmo maravilhosos elementos da natureza. Com seus irmãos, mais
tarde tomou gosto pelas atividades de mar, viajando num barco feito de tonéis, o “kon-i-noor”,
chegando até a costa da Noruega.
Passaram-se os anos e B-P, em um concurso para Cavalaria, foi classificado em 2°
lugar entre 700 candidatos. Como militar, em 1876, foi designado ao 13° Regimento de Hussardos
que estava aquartelado em Dumbalm, Índia. Naquela época, o soldado era considerado mais um
autônomo do que um homem, sendo a cantina o único divertimento, merecendo inclusive respeito a
sua própria personalidade. Assim, jamais Considerou um soldado como uma máquina, mas um
indivíduo em constante evolução que devia permanentemente desenvolver suas capacidades.
Durante os 2 anos que passou na Índia, nos tempos livres, desenhava em seu bangalô e
isto atraia os filhos dos oficiais e com os quais brincava nos momentos de lazer, ensinando-lhes
canções e jogos.
Após este tempo, B-P adoece e foi mandado de volta a Inglaterra em licença para
tratamento de saúde. Logo que se restabeleceu retornou à seu regimento na Índia
que tinha se transferido para a fronteira noroeste, na famosa marcha de 300 milhas
de Kabul a Kandahar. Por seu talento demonstrado nesta marcha foi promovido a
Capitão aos 26 anos de idade.
Em 1884, quando de retorno a Inglaterra seu regimento foi
repentinamente enviado à África do Sul. B-P foi destacado para exploração e fazer
reconhecimento desta área para eles desconhecida. Trabalhou disfarçado não
sendo identificado nem pelos próprios companheiros. Na África Oriental
Portuguesa B-P aprendeu muitos macetes da vida mateira que mais tarde utilizou
no Escotismo. Finalmente, após 21 anos de serviço nos Hussardos, foi promovido
a Coronel, passando a ter comando próprio, o 5° Batalhão de Dragões da Índia.
Em 1899 foi novamente enviado a África do Sul onde sua maior
glória militar constou na defesa de Mafeking, onde, com 1.213 militares resistiu
durante 217 dias ao cerco de 6.000 “Boers”. Nesta ocasião B-P teve a
oportunidade de idealizar com os jovens tarefas não guerrilheiras. mas necessárias
à vida da cidade, tornando-se o embrião principal do Escotismo. Os jovens foram
Guia Pioneiro - Estágio Introdutório 04
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empregados nas seguintes tarefas: carteiros, sinaleiros, enfermeiros. etc. Estas experiências tiveram
tanto êxito, que B-P escreveu o livro “Aids to Scout” com a finalidade de transmitir estes fatos a
outros oficiais.
De regresso à Inglaterra, terminada a guerra
africana, B-P se interessou pela formação da juventude
para a vida cívica. Para isto, se obrigou a um estudo
intenso sobre métodos de ensino utilizados na Inglaterra e
em outros países.
Depois de discutir suas idéias com alguns
amigos em um acampamento experimental com 20 jovens
escolhidos de escolas periféricas mais humildes de
Londres e alguns rapazes da “Boys Brigade”, este
acontecimento teve lugar na Ilha de Brownsea, em
Harbour, em agosto de 1907 que serviu também de teste
para o livro que estava escrevendo, “Scouting for Boys”
( Escotismo para Rapazes). O sucesso foi retumbante
sendo que no mesmo ano publicou em três fascículos,
quinzenais, suas conclusões desta atividade. Em 1908 foi
editado pela primeira vez o “Scouting for Boys”.
A VIDA DE BADEN-POWELL
1857 - 22 Fev., nasce em Londres ROBERT STEPHENSON SMYTH BADEN-
POWELL, carinhosamente apelidado de “B-P” que por coincidência é a abreviação do lema
escoteiro em inglês “Be Prepared”.
Seu pai era o reverendo H.G. Baden·Powell, respeitado professor e cientista da
Universidade de Oxford. Sua mãe era filha de outro cientista, Almirante William Smyth,
aventureiro elizabetano.
1869 - Ingressou com uma bolsa de estudos, na Escola de Charterhouse. Não era um
estudante destacado, porém era um dos mais dinâmicos. Estava sempre metido em tudo que
acontecia no pátio da escola. Todos apreciavam sua habilidade como ator e músico. Sua habilidade
para desenhar surgiu mais tarde.
1878 - Nos oito meses iniciais na Índia, não se descuidou de sua vida militar.
Participou de um curso intensivo militar onde passou em primeiro lugar com certificado de
distinção. Após dois anos de serviço foi enviado de volta a Londres para tratar de um problema de
saúde e ainda aproveitou a oportunidade para participar de um curso de armas, onde obteve
novamente o primeiro lugar.
1880 - Retornou à Índia quando seu regimento foi enviado à fronteira noroeste cujo
deslocamento foi feito em marcha de 300 milhas (480 km) de Kabul a Kandahar (no hoje
Afeganistão) que ficou famosa. Nesta marcha seu conhecimento de observação valeu grande
benefício. Foi nesta época da sua vida militar que B-P solidificou suas experiências que futuramente
aplicaria no Escotismo. Foi a etapa decisiva, sem que ele se desse conta, para o Escotismo.
1884 - 1ª Expedição à África.
Seu regimento foi enviado à África do Sul para resolver os combates entre “Boers” e
Ingleses. Os Boers eram africanos de descendência Holandesa.
Foi designado a explorar a região a fim de facilitar o deslocamento da tropa sem
grandes perigos.
1885 / 1886 - De volta à Inglaterra passou este período em tarefas rotineiras de licença,
que na maioria das vezes eram atividades de espionagem na Rússia, Alemanha, Bélgica e França.
1887 - 2ª Expedição à África
Foi convidado por seu tio, General Henry Smyth (veterano da Guerra da Criméia}, a
acompanhá-lo para auxiliar na administração local na África do Sul.
1888 - Foi designado a ir a campo capturar: Chefe Dinizulú. Nesta campanha, adquiriu
as três mais importantes coisas para a sua vida como ser humano:
• 1° O Grande Colar recebido do Chefe Dinizulú pelo tratamento que B-P dispensou
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quando este fora seu prisioneiro de guerra.
• 2° Canção Zulú “EEN-GOYAMA”.
• 3° Experiência em humildade pelo contato íntimo que teve com a cultura local.
1889 - Promovido a Major aos 38 anos de idade e designado como oficial do Serviço
Secreto no Mediterrâneo na ilha de Malta.
1895 - 3ª Expedição à África
Combater os ferozes Ashantis na Costa do Ouro (Ghana).
Por ser muito temido dos nativos, o apelidaram de “Impisa”, o lobo que nunca dorme,
em razão da sua coragem, habilidade como explorador e capacidade de seguir pistas e tocaiar.
1896 - Promovido a Tenente-Coronel e designado como Chefe do Estado Maior do
Major-General Sir Frederick Carrington, na campanha dos Matabeles, na Rodésia, hoje Zimbabwe.
1897 - Designado Comandanle do 5° Regimento dos Dragões de Guarda/Índia. Lançou
seu livro “A Campanha de Matabeles”.
1899 - Publicou seu outro livro “Ajudas à Exploração Militar”. Enviado novamente à
África do Sul para combater os Boers da República do Transvaal, na cidade de Mafeking, nó
ferroviário de importância estratégica no domínio da África do Sul. Tomou-se herói inglês na vitória
do sítio em que se viu encerrado, conseguindo deter o avanço dos Boers por 217 dias entre as datas
de 11/10/99 a 17/05/1900. As forças em combate tinham a seguinte composição:
INGLESES
• 1.213 militares
• 1.800 população branca
• 7.500 população negra
BOERS
• 6.000 militares
1900 - Promovido a Major General aos 43 anos. O mais jovem oficial naquele posto no
Exército inglês.
Foi nesta campanha que B-P teve, por necessidade da guerra, usar jovens para as
diversas tarefas, criando o Corpo de Jovens Cadetes de Mafeking, como mensageiros, socorristas,
abastecedores e auxiliares a realizar despistes, induzindo o inimigo a acreditar que o numero de
soldados eram maiores que imaginavam no início.
O desempenho destes rapazes impressionou muito B-P, que repassou este ensinamento
ao Escotismo.
1903 - Também em razão direta desta guerra, Mafeking recebeu dois Sinônimos:
Mafik e Mafikation como “celebração tumultuosa”.
Designado Inspetor Geral de Cavalaria.
Presidiu a demonstração da Brigada de Rapazes no Albert Hall que não foi do seu
grado, pela postura militar que os jovens eram obrigados. Ia contra seu conceito de educar.
1906 - Preparou o plano esquemático de treinamento Escoteiro para rapazes, a pedido
do fundador da Brigada de Rapazes, William Thompson, que já contava com 40.000 jovens.
Já nesta época B-P era a favor da formação de cidadãos íntegros através de autodesenvolvimento e
de libertação do jovem da formação militar.
Algumas linhas filosóficas-educacionais já começavam a surgir, como o suíço
Claperede.
Na ecologia, o norte-americano Ernest Thompson Seton surgia como um dos primeiro
ecologistas dos tempos modernos. B-P teve autorização para republicar em seu futuro livro, os jogos
para jovens, realizados pelos indígenas americanos.
Antes da publicação do livro “Escotismo para Rapazes”, B-P resolveu fazer um teste
da “mercadoria” e da reação do “consumidor”.
1907 - Foi na Ilha de Brownsea que realizou seu acampamento experimental.
Levou como ajudante seu amigo Kenneth Maclaren e 20 jovens, alguns da Brigada de
Rapazes, filhos de amigos, porém a maioria eram alunos carentes dos subúrbios de Londres da
Escola Harrow e outras. O acampamento foi um sucesso absoluto.
Esta data foi considerada como o marco histórico do início do Movimento Escoteiro.
1908 - É publicado o “Escotismo para Rapazes”, de janeiro a março. Começa também
a publicação de “O Escoteiro”, um semanário para rapazes.
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1909 - 04 Set., primeira reunião nacional em face do retumbante e desorganizado
sucesso do Movimento. Esta aconteceu no “Crystal Palace” onde se reuniram 10.000 participantes.
Nesta reunião, iniciou-se, em caráter de registro provisório, as “Girls Scout”.
1910 - Criação da Modalidade do Mar.
Criação das “Girls Guides” (Bandeirantes) tendo como presidente a irmã de B-P,
Agnes.
Iniciado o Escotismo no Brasil (Centro de Boys Scout do Brasil) no Rio de Janeiro.
1911 - Rei Jorge V passa em revista os Escoteiros em Windsor.
B-P é nomeado Coronel Honorário do 13° Regimento de Hussardos.
1912 - Viagem pelas Índias Ocidentais, Nova Zelândia, África do Sul, EUA, Japão,
China, Hong Kong, Nova Guiné, Filipinas e Austrália, de janeiro a abril durante 233 dias.
Realizou 132 conferências.
Nesta Viagem, conheceu Miss Olave St. Clair Soamers com quem se casou neste
mesmo ano.
É outorgada a Cana Real de Organização à Associação de Escoteiros da Inglaterra
(Boys Scouts Association).
1913 - Verão europeu: 1° Acampamento Escoteiro Internacional em Birmigham com
30.000 participantes.
Em Outubro inicia o Escotismo no Rio Grande do Sul, trazido pelo . Professor de
Ginastica Georg Black quando esteve na Alemanha reavaliando seu diploma de professor.
1914 - Mobilização dos Escoteiros Ingleses como guarda-costas e outras tarefas na I
Guerra Mundial.
1914 - Criação do Ramo Lobinho, baseado no livro da Jângal, de Rudyard Kipling,
com a publicação das normas provisórias.
1916 - Lançamento do Livro “O MANUAL DO LOBINHO”, que oficializou a início
do Lobismo.
1914 / 1916 - Primeira Guerra Mundial conforme László Nagy em seu livro “250
milhões de Esco1eiros”...“pode ter Visto o fim dos anos heróicos da história do Escotismo, mas a
própria magnitude daquele trágico conflito iria dar ao Movimento não apenas novo modo de vida,
mas também uma nove dimensão”.
Na véspera de 1914 existiam 152.333 registrados.
No outono de 1918 aumentou para 193.731 registrados.
1918 - Criado por B-P o “Centro de Treinamento de Chefes Escoteiros, em Gilwell”.
Esta área foi localizada por escoteiros, adquirida e doada ao Movimento por W. de
Bois Mac1aren, após intensa procura nos arredores de Londres, na Floresta de Epping.
1919 - 25 jul., inaugurada o “Gilwell Park”. Primeiro Chefe de Campo do Parque foi
Francis Sidney.
I ° Curso da Insígnia da Madeira em Gilwell.
1920 - 1° JAMBOREE MUNDIAL Olímpia - Inglaterra. 8.000 participantes de 34
paises. B-P foi aclamado “CHEFE ESCOTEIRO MUNDIAL” Os dirigentes durante este Jamboree,
em reunião decidiram:
Considerar como 1ª Conferência Mundial;
Realizar uma Conferência Mundial a cada dois anos;
Eleger um comitê para este período;
Criar um “Bureau Internacional”;
Criar a primeira sede em Londres.
1° Curso da Insígnia da Madeira Ramo Lobinho no Gilwell Park.
1921 - Viagem pela Índia. Elevado a Baronete.
1922 - Publicado o “Caminho para o Sucesso”.
2ª Conferência Mundial Paris Sorbonne.
Concretizado o Escritório Internacional Escoteiro.
População Escoteira Mundial: 1.334.360 registrados.
1923 - Visitou os EUA e o Canadá.
Recebeu a Grã Cruz Victoriana.
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Adquiriu as terras e o Chalé Suíço em Kandersteg em Interlaken/Suíça, graças a Waler
de Bonstetten, figura líder do Escotismo Suíço e Internacional.
1924 - Jamboree Imperial em Wembley.
2° Jamboree Mundial em Ermelunden/Copenhagen - Dinamarca.
4.549 participantes de 34 países, inclusive o Brasil.
3ª Conferência Mundial.
1926 - 4ª Conferência Mundial em Kandersteg/Suíça.
Inaugurado o Chalé como Centro de treinamento, lazer e acampamentos. B-P viajou
pela África do Sul.
1929 - 3° Jamboree Mundial Birkenhead - Inglaterra (Arrowe Park).
50.000 Participantes de 69 países.
“JAMBORRE da MAIORIDADE”.
5ª Conferência Mundial com 33 países presentes.
Trecho do livro “250 milhões de Escoteiros”, de László Nagy, sobre a Maioridade do
Escotismo: O Escotismo tinha chegado a sua maioridade de 21 anos. A data exata do aniversário foi
ponto de debate. Para alguns, o acampamento na Ilha de Brownsea, em 1907, foi quando iniciou o
Movimento. Para outros, ele surgiu com a publicação do “Scouting for Boys” (Escotismo para
Rapazes), 1908.
B-P estava disposto a aceitar qualquer das datas e considerou o assunto como um
detalhe acadêmico. Em 1928, ele comemorou com os participantes do Acampamento de Brownsea o
21° Aniversário da grande aventura deles. E, em
1929, concordou em comemorar, novamente, a
mesma entrada na maioridade, do Movimento.
O Duque de Cannaught, membro da
família real e presidente da Associação Britânica,
fixou a distinção no Jamboree quando declarou sua
abertura, no dia 29 de julho.
O historiador futuro acrescentará o
nome do Fundador do Escotismo como um dos
reformadores do mundo. Poucos homens prestaram
maiores serviços à causa da humanidade do que
Robert Baden-Powell, e ninguém merece um posto
no mais elevado Templo da Fama e no apreço dos
companheiros.
O tributo não pareceu excessivo na
época. Entretanto, mais estava por vir. Em Birkenhead, uma cidade provinciana inglesa, uma
verdadeira rede de tendas foi armada para 50.000 Escoteiros de todas as partes do mundo, que
estavam prestes a viver a aventura de suas vindas.
Para B-P, era o triunfo de um causa à qual tinha dedicado 21 anos de sua vida. Como
tão freqüentemente acontece nas grandes reuniões, choveu a cântaros, encharcando o herói da
ocasião, que afirmou, com seu senso de humor característico.
“Qualquer burro imbecil pode ser Escoteiro, com bom tempo”.
A lição real daquele Jamboree, para o presente, foi que o Escotismo tinha se tornado
uma realidade mundial. Entretanto, os rapazes passaram horas agradáveis, inconscientes do
significado real daquela ocasião.
Havia a impressão de que algo pairava no ar, e isso foi confirmado quando o príncipe
de Gales, usando o uniforme escoteiro, anunciou que sua Majestade tinha elevado B-P a um patriato
hereditário. Em linha com a tradição britânica, era essencial que B-P escolhesse uma localidade para
acompanhar seu novo título. Ele escolheu, para ser conhecido, o título de Lord Baden-Powell of
Gilwell, demonstrando, assim, que aquele título honorífico tinha sido conferido ao Escotismo e não
exatamente a si mesmo.
1930 - Lançado no Canadá o livro “Padrões de Acampamento”.
Lady Olave Baden-Powell é nomeada Guia-Chefe Mundial.
1931 - Lançado o famoso livreto “Padrões de Acampamento” Londres. Este livreto foi
utilizado como guia padrão para promulgação da lei de Saúde Pública em 1936 na Grã-Bretanha,
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onde cita as exigências mínimas para acampamentos de qualquer natureza.
6ª Conferência Mundial - Bade-bei-Wein/Áustria.
1° Rover Moot Mundial - Kandersteg/Suíça.
1933 - 4° Jamboree Mundial - Godollo/Hungria 25.792 participantes.
7° Conferência Mundial - Godollo/Hungria.
1935 - 8° Conferência Mundial - Estocolmo/Suécia
B-P realiza viagem pelo Canadá.
1936 - 5° Jamboree Mundial - Vogelensang/Holanda.
25.750 participantes de 44 paises.
9° Conferência Mundial - The Hague-Haia/Holanda.
B-P, com 80 anos de idade, participou do seu último Jamboree e da sua última
Conferência.
25° Aniversário de casamento do casal B-P.
Compraram nas imediações de Nyeri / Quênia uma modesta casa e neste ano passaram
ai 7 meses do inverno europeu.
1938 - Outubro 27, o casal B-P se retira para o Quênia de onde B-P nunca mais
retornou.
1939 - 10ª Conferência Mundial - Edimburgo/Escócia.
Censo de junho revelou impressionante número de registrados 3.305.147 jovens em 47
países.
3° Rover Moot Mundial - Monzie Crieff/Escócia.
1940 / 1947- II Guerra Mundial - isolamento das Associações Escoteiras.
1941 - 08 jan., B-P parte para o “Grande Acampamento” após longa agonia.
Escotismo no Brasil
Na mesma ocasião em que Baden-Powell levantava a ideia da instituição do Escotismo
na Velha Albion, achavam-se lá diversos suboficiais da Marinha de Guerra do Brasil, que
simpatizaram com a grande causa.
Entre eles, Amélio de Azevedo Marques, Bernardino Corrêa, já falecidos, Drumond e
outros que fundaram o “Centro dos Boys Scouts” destinado a funcionar no Brasil como,
efetivamente, funcionou de 1910 à 1913 mais ou menos, quando o encouraçado “Minas Gerais”
regressou da Inglaterra.
Os iniciadores da grande ideia desanimaram por falta de recursos
materiais e de tempo, com as constantes saídas da esquadra para o exercício
fora da barra.
Por ocasião de sua fundação, os promotores do empreendimento
adquiriram perto de 30 libras de fardamento e acessórios em Londres, para
inicio dos exercícios.
Inscreveram-se imediatamente os Boys Aurélio de Azevedo
Marques, Otávio Republicano Drumond, aquele já falecido e este hoje
comerciante no Rio de Janeiro.
Por muito tempo o “Quartel” funcionou no número 169, na Praia
do Caju, residência do velho e entusiasta Drumond.
Um dos fatores que muito contribuíram para o fracasso da primeira tentativa foi a falta
de conhecimento dos pais sobre o grande alcance desta nova instituição. Sem este apoio não foi
possível manter a disciplina no comparecimento dos meninos aos exercícios que, muitas vezes,
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deixaram de o fazer por proibição dos pais que ocupavam as crianças em outros afazeres.
As fotografias ainda existentes atestam eloquentemente que foi por intermédio de
elementos humildes de nossa gloriosa “Marinha de Guerra”, que o solo brasileiro foi pisado pelos
primeiros “Scouts” também brasileiros, Aurélio de Azevedo Marques e Otávio Republicano
Drumond, tendo como mestre-scout a Drumond.
O Pioneirismo e o Movimento Escoteiro
O Pioneirismo, dentro do Movimento Escoteiro, representa um lugar de passagem e de
aprendizagem. Ele procura, de um lado, fazer com que cada indivíduo se conheça melhor, medindo
suas forças, suas ambições, seus pontos fracos e fortes, testando-os na vida prática e, de
outro lado. fazer com que seus membros se conheçam melhor entre si. Ele permite que
cada um possa desenvolver suas tendências e orientar sua vida de maneira consciente e
responsável.
O Pioneirismo representa a última etapa da educação escoteiro, no sentido
da formação do caráter e integração do indivíduo à comunidade; ele se ajusta ao
Movimento Escoteiro porque oportuniza a continuação do aperfeiçoamento do
indivíduo em níveis físico, intelectual, social, afetivo, espiritual e principalmente do
caráter.
É oportuno lembrar João Ribeiro dos Santos, quando diz, em “Educação
sem Mistério”: “É no Pioneirismo, onde o pioneiro termina sua auto-educação, como
futuro esposo(a) e pai (mãe) na sua profissão ou negócio, ou como líder de outros
homens. Todo o Escotismo não é mais que um longo caminho para o sucesso”. Mas,
sucesso, diz ,Baden-Powell, não é riqueza, nem
posição, nem poder. O único e a felicidade que se alcança, quando a proporcionamos a
outros. Convivência e união, amizade e fraternidade, boa ação, serviço ao próximo e à
comunidade: que é isso senão aplicação prática do pensamento social de nossos dias?
Que é tudo isto, senão o caminho da auto-realização?.
Tudo isto se ajusta ao Pioneirismo que procura preparar o “Homem Novo”,
comunitário, consciente e responsável.
1.1.b - Conhecer estrutura do Escotismo no Brasil
UEB - Nível Nacional
Assembléia Nacional
Diretoria Executiva Conselho de
Comissão Fiscal Nacional
Nacional Administração Nacional
Escritório Nacional
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UEB - Nível Regional
Assembléia Regional
Diretoria Regional Comissão Fiscal Regional
Escritório Regional
UEB - Nível Local
Assembléia de Grupo
Diretoria de Grupo Comissão Fiscal de Grupo
Seções
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1.1.c - Demonstrar conhecer o uniforme e o traje Escoteiro
1.1.d - Conhecer os distintivos utilizados no Ramo Pioneiro
Listel do Brasil
Promessa
Distintivo Anual
Estrela de Atividade
Numeral
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Distintivo Regional
Flor de Lis Mundial
Pioneiro Investido
Insígnia Pioneira
Insígnia de Cidadania Insígnia de BP
1.1.e - Conhecer o Sinal Escoteiro, o Aperto de Mão, lema, Saudação
O Lema
O Lema do Sênior é Sempre Alerta!. Isto quer dizer que o Sênior está sempre atento
ao que acontece à sua volta. Que ele não perde oportunidade, para ajudar alguém, para aumentar sua
cultura e sua capacidade física ou intelectual.
Sinal Escoteiro
O sinal escoteiro é feito com os dedos indicador, médio e anular
estendidos e unidos, permanecendo o polegar sobre o dedo mínimo. Os três dedos
estendidos representam as três partes da Promessa Escoteira. Os outros dedos se apoiam,
o maior sobre o menor, simbolizando que mesmo os escoteiros mais distantes são unidos
e que o forte defende o mais fraco.
Saudação Escoteira
A saudação é usada para cumprimentar outro
Escoteiro quando o vemos pela primeira vez ao dia. O primeiro a
ver o outro a saudar, independente do cargo, graduação ou
classe.
Os escoteiros fazem, também, a saudação para
cumprimentar autoridade e durante as cerimônias de
hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional. Quando o Hino
Nacional é tocado e não cantado, também, fazemos a saudação
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escoteira. Quando é tocado e cantado, ficamos somente em posição firmes.
Na saudação, a posição dos dedos é igual ao sinal de escoteiro, mas a mão toca
ligeiramente a fronte do lado direito.
O Aperto de Mão
Parece estranho que os escoteiros se cumprimentem com a mão esquerda, não é? No
entanto, o significado é que um escoteiro confia no outro escoteiro. Isto se deve a uma passagem da
vida de BP: certa vez, ao estender a mão direita para um chefe de uma tribo africana surpreendeu-se,
quando o indígena estendeu a esquerda para cumprimenta-
lo. Depois o chefe deu a BP a seguinte explicação: aqui os
grandes guerreiros se cumprimentam com a mão esquerda,
largando para isso o escudo. Assim deixam claro a sua
coragem e confiança que depositaram no outro, mesmo que
este seja o adversário. Entre nós, os guerreiros são homens
de honra e os homens honrados são sempre leais.
Sinal de Promessa
O Sinal de promessa é feito elevando-se à altura do ombro,
com o antebraço dobrado e a mão direita formando o Sinal Escoteiro.
O Sinal de Promessa é usado apenas na cerimônia de
promessa.
Saudação da UEB
O grito de saudação da UEB é a exclamação “Anrê! Anrê! Anrê!” repetida três vezes,
levando a cobertura ou a mão direita com o punho cerrado a cada palavra pronunciada, em resposta
a três comandos por apito (a letra “A”, em código Morse), ou às palavras “Pró-Brasil”.
1.1.f - Conhecer os sinais manuais de formação
Você irá observar que o Chefe Escoteiro e seus assistentes não dirigem as formaturas
da Tropa por vozes de comando, ou toques de apito, mas silenciosamente, eles fazem os sinais
manuais e, como os escoteiros estão sempre alertas, imediatamente, seguem o significado desse
sinais. Isto facilita muito a vida da Tropa, pois não se perde tempo e, consequentemente, o
ocupamos com outras atividades.
Dê uma olhada nas seguintes dicas:
- A Patrulha sempre segue o Monitor, o Submonitor comanda o cobrir e o descansar;
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- Numa ferradura ou círculo a Patrulha fica à esquerda do Monitor, é só lembrar que o
bastão não deve ficar atrapalhando nenhum elemento da sua patrulha;
- Na formação por Patrulha a Tropa forma metade à direita do Chefe e metade à sua
esquerda;
- A formação deve iniciar a três passos do chefe;
- Cada elemento deve ter o seu lugar na Patrulha (1, 6, 5, 4, 3, 2) (1=Monitor,
2=Submonitor).
A - Atenção ou Alerta
Utiliza-se quando se deseja obter a atenção ou o silêncio da Tropa.
Normalmente também é dito o comando “ALERTA”, para reforçar a atenção.
Portanto, sempre que este sinal for feito, procure ficar em silêncio e, se
necessário, peça aos seus companheiros para também atenderem ao sinal.
B - Firme ou Descansar
Logo após o sinal de ATENÇÃO, utiliza-se esse sinal manual para
colocar a Tropa em uma posição adequada ao trabalho a ser executado.
Seguindo o sinal, você deve ficar na posição firme ou descansar.
C - Fila Indiana
Utiliza-se para formar uma única fila. Este sinal é utilizado
pelo Monitor para formar a Patrulha.
Quando usado pelo Chefe, significa que toda a Tropa deve
formar uma única fila.
D - Por Patrulhas
É um dos sinais manuais mais utilizados.
As patrulhas ficam formadas em filas à frente do chefe, duas
à sua esquerda e duas à sua direita.
E - Em Linha ou Coluna Ombro a Ombro
Outra formação bastante utilizada.
Como o próprio nome diz, os escoteiros ficam formados
um ao lado do outro.
F - Círculo
É formado um círculo em torno do Chefe.
Os monitores devem conduzir suas patrulhas, sempre no
sentido anti-horário, por uma volta ou uma volta e meia em redor do
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chefe, até alcançar o círculo desejado.
G - Ferradura
Formação bastante utilizada nas cerimônias
(hasteamento, arreamento, promessa, ascensão a outro ramo, entrega
de distintivos).
Facilita que a chefia observe toda a Tropa sem realizar
qualquer deslocamento.
H - Coluna Fechada
Sinal de formação utilizado em espaços pequenos, pois
apresenta características pouco desejáveis: o chefe não pode ver toda a
Seção e nem ao menos todos os monitores.
Porém essa formação será usada quando a Tropa estiver em
recintos fechados ou com muito público, pois será muito útil para passar
informações sem recorrer a voz muito alta.
I - Debandar
Indica o encerramento da atividade que está sendo realizada.
Normalmente utilizado no final da reunião.
São feitos 3 movimentos rápidos e seguros, dizendo-se então o
lema, realizando uma vigorosa saudação.
Sinais Sonoros de Chamada
a) 1 apito
Corresponde à uma chamada de intendentes, se estiver em acampamento ou atenção se
estiver fora do acampamento.
b) 2 apitos
Trata-se da chamada de Monitores. Peça para os demais afastarem-se.
c) 3 apitos
Trata-se de uma chamada geral. Todos devem procurar a sua patrulha imediatamente
para se formarem junto ao chefe que apitou, obedecendo ao seu sinal manual.
1.1.g - Conhecer a Carta Pioneira do seu Clã
A carta Pioneira irá regulamentar o funcionamento e a filosofia de trabalho do seu clã.
Ela é o resultado das sugestões, debates e aprovação dos Pioneiros.
Deve-se sempre lembrar que a Carta Pioneira é subordinada ao Estatuto da UEB, POR,
Resoluções da Diretoria Nacional e Regional e Regulamento de Grupo.
Sempre que achar-se necessário, ela deve ser revista e, se for o caso, feitas as
modificações que acharem-se necessárias.
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2.1.a - Saber armar e orientar uma barraca
A barraca será a habitação do escoteiro durante o período de acampamento. Deve,
portanto, oferecer o máximo conforto e muita segurança para proteção contra o vento, a chuva, o
frio, o sol e os insetos. Sua aquisição deve ser muito criteriosa, já que se trata de um equipamento
caro e que deve ter a aplicação especifica para seu uso.
Basicamente, são três as categorias de barraca:
- Próprias para campismo: Normalmente grandes, espaçosas, do tipo “europeus”,
que se assemelha a uma “casa” ou “chalé”. Existem vários modelos e tamanhos
para atender a todas as exigências de conforto, assim como quartos separados,
varandas, cozinhas, etc. Como são usadas para campismo e normalmente
transportadas de carro, não existe preocupação com relação ao volume e peso.
- Para acampamentos de um modo geral: São mais leves do que as anteriores,
muito confortáveis e resistentes, geralmente no formato “canadense”. Espaçosas,
abrigam cerca de três a quatro pessoas e não pesam tanto quanto as primeiras.
- Para montanhismo: Esta atividade exige um equipamento mais especializado,
leve e de eficiência comprovada. Nos últimos anos, as barracas para montanha têm
sofrido muitas modificações, a partir dos nossos materiais que estão sendo
utilizados na sua fabricação. Isso tem permitido que elas se tornem cada vez mais
leves, compactas e resistentes. Diferentes tipos de náilon, duralumínio e a fibra de
vidro vieram ocupar o lugar da lona, do emborrachado, dos tubos de ferro, etc.
Dos diversos modelos disponíveis no mercado, com formas e aplicações variadas, são
indicadas as mais leves (cerca de 2 a 4 quilos0 nos estilos “canadense”, “iglu” ou “tubular”, para
duas ou três pessoas.
Modelos
Canadense - Mais conhecida como “barraca de escoteiro” tem a forma de um “v”
invertido. É simples de armar, já que a sustentação normalmente é formata por dois pólos ou
“mastros” verticais, algumas com “cumeeira”. Teto e sobreteto descem inclinados até o chão. As
mais modernas possuem pólos em “v” externos. Podem ser acrescidas também de uma extensão do
sobreteto chamada avanço, para servir de cozinha ou proteger melhor os ocupantes da chuva. Trata-
se do modelo mais simples para montar e desmontar. Pode abrigar de duas a cinco pessoas.
Europeu - Possui uma estrutura metálica tubular e divisões internas em quartos, que
proporcionam maior mobilidade aos seus ocupantes. Sua montagem, desta forma, é mais complexa
que as demais. Dependendo do tipo, podem abrigar de quatro a oito pessoas.
Iglu - Seu formato se assemelha a um iglu esquimó, com uma estrutura externa de
pólos em forma de arco. São resistentes aos ventos fortes e muito confortáveis, com um ótimo
aproveitamento do espaço interno. Podem abrigar de duas a quatro pessoas.
Tubular - Como as barracas “iglu”, possuem uma estrutura externa de pólos em forma
de arco, porém formando um meio “tubo”. São excelentes para locais onde se dispõe de pouco
espaço e más condições de terreno. Podem abrigar de uma a três pessoas.
Atenção: dependendo do fabricante, modelo ou aplicação, as barracas podem ser
construídas com dois tetos ou apenas um. As de teto simples - que deve ser obviamente
impermeabilizado - apesar da vantagem de serem mais leves, não possuem um isolamento térmico
eficiente além de condensar internamente, no tecido, a umidade da transpiração dos ocupantes. Na
barraca de dois tetos, só o primeiro é impermeável entre ele e o sobreteto mantém-se uma camada
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de ar isotérmica de aproximadamente 10 centímetros.
Características de uma boa barraca
- Ter armação interna ou preferencialmente externa, com pólos bem construídos, leves e
resistentes, de duralumínio anodizado ou fibra de vidro resinada.
- Ter costuras duplas, transpassadas e impermeabilizadas.
- Ser fácil de montar e desmontar.
- O tecido do chão deve ser espesso, impermeável e resistente, preferivelmente de náilon
impermeabilizado ou tecido vulcanizado.
- Portas ou janelas com mosquiteiros de tela para a circulação do ar sem permitir a
entrada de insetos.
- Altura preferencialmente não superior a 1,5 metro, especialmente quando se tratar de
acampamentos nas montanhas.
- Observe-a quando armada: deve ser firme, aerodinâmica, sem franzidos ou dobras.
- O sobreteto deve ser mantido afastado do teto, aproximadamente 10 centímetros, e
suas bordas devem quase tocar o solo.
- Os espeques devem ser de alumínio ou plástico, com um desenho que os tome
resistentes à tração.
Cuidados com a barraca
Ao armar e desarmar a barraca não pise calçado em cima do tecido.
Ao desarmá-la, procure limpar e secar seu interior e exterior. Se estiver molhada de
água da chuva, não se esqueça de providenciar a secagem assim que puder. Se for água do mar,
lave-a antes com água doce e segue-a em seguida.
Observe periodicamente as costuras. Sempre que recosturar ou remendar,
reimpermeabilize o local com selante de silicone, cuidando para deixar apenas uma fina camada.
Não a mantenha embalada por um longo tempo. Periodicamente estenda-a por alguns
minutos num local arejado e com sol para preveni-la do mofo.
Não cozinhe no seu interior. A maioria das barracas modernas possui um avanço
próprio para isso.
Dificilmente uma barraca precisará ser
lavada. Caso seja necessário, passe apenas um pano úmido
cuidando para não encharcá-la, colocando em risco a sua
impermeabilidade.
Evite cores como o vermelho ou laranja, que
atraem certos insetos e espantam os pássaros.
Ao acampar nas praias, em vez de fincar os
espeques, enterre-os na areia. Ao invés de usar espeques,
um galho seco, caído, também enterrado funcionará
melhor.
Recorte, de uma câmara-de-ar de automóvel, anéis para serem usados como esticadores
entre as espias e os espeques. Essa medida manterá sua barraca mais segura e sempre esticada,
mesmo durante uma ventania.
Lembre-se de que várias substâncias químicas causam danos tanto aos tecidos, como
aos impermeabilizantes, assim como os óleos de qualquer tipo: detergentes, repelentes de insetos,
combustíveis etc.
Como armar uma barraca
Geralmente os fabricantes fornecem um folheto explicativo com um croqui sobre a
forma de montagem. É importante que, antes de sair para uma estreia, seja ensaiada a montagem da
barraca para tirar dúvidas e conferir se todos os acessórios constam da embalagem. A partir daí só a
prática e a experiência contam na rapidez e eficiência da montagem.
Observe as seguintes dicas:
- Antes de armá-la, observe se o chão está livre de pedrinhas, raízes etc. Em seguida,
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forre-o com uma camada de jornal e/ou um filme plástico que ocupe toda a área do
fundo da barraca. Embora não seja indispensável, esse procedimento protege contra a
umidade, sujeira e ainda funciona como isolante térmico.
- Tire a barraca da embalagem e estenda-a no chão, separando suas partes: corpo,
pólos, espeques e sobreteto.
- Coloque o corpo estendido sobre o plástico e fixe-o no solo cuidando para que fique
esticado o necessário, sem dobras no tecido e com todos os zíperes fechados. Encaixe
os pólos e estique as espias frontais, traseiras e laterais de forma alinhada.
- Cubra a barraca com o sobreteto (se possuir), fixando-o com outros espeques ou nos
mesmos que prenderam o fundo, de acordo com cada modelo de barraca.
- Observe se o corpo e o sobreteto estão bem esticados.
- Lembre-se de que eles não devem se tocar: mantenha-os afastados a uma distância de
aproximadamente 10 centímetros um do outro.
Atenção: toda substância tóxica ou inflamável deve ser mantida do lado de fora da barraca.
Como desarmar uma barraca
- Retire todo o equipamento do seu interior e limpe-a completamente, passando até
um pano úmido, se necessário.
- Desarme-a seguindo o processo inverso da armação. Solte os espeques e o
sobreteto, dobrando-o em seguida.
- Mantenha as espias soltas, preferivelmente sem nós, somente com os esticadores,
caso o possua.
- Retire os pólos com cuidado, guardando-os na sua embalagem ou unindo-os com
elástico.
- Solte os espeques que fixam o chão da barraca, e dobre-a na forma original,
certificando-se de que todos os zíperes estão fechados.
- Limpe os espeques, se necessário, com água. Guarde-os junto à barraca, porém de
forma a não forçar o tecido (em embalagem própria, por exemplo).
2.1.b - Demonstrar que sabe utilizar um lampião, um fogareiro, facão e machadinha e as
normas de segurança para o seu uso
São dois os tipos de lampiões mais usados pelos Escoteiros: a gás e a querosene. O
lampião a gás devido a facilidade de uso, limpeza e menor risco de acidente, deve ser o preferido.
Para o uso de qualquer tipo de lampião, é muito importante observar as seguintes regras:
Antes de usar
Verificar na sede as condições do lampião: Conforme o tipo de lampião, observe o
seguinte:
a) Lampião simples a querosene
- Tamanho do pavio ou mecha;
- Quantidade de combustível (dependendo do transporte às vezes é melhor levar
vazio, para não derramar);
- Estado do vidro (leve reserva).
b) Lampião de pressão a querosene
- Estado da “camisa” (tenha sempre algumas de reserva);
- Quantidade de querosene (dependendo do transporte as vezes é melhor levar
vazio,para não derramar);
- Quantidade de agulhas;
- Reserva de álcool, para acender;
- Estado do vidro (leve reserva).
c) Lampião a gás
- Estado da “camisa” (leve reserva);
- Quantidade de gás no bujão;
- Se a rosca do lampião se adapta ao bujão disponível;
- Estado do “filtro” ou “vaporizador”;
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- Estado do vidro (leve reserva);
- Estado dos anéis de borracha de vedação (se estiverem ressecados, com
rachaduras, troque).
- Coloque sempre o lampião em lugar firme e plano;
- Se pendurar, verifique antes se a pioneiria ou galho suporta realmente o peso;
- Não coloque onde possa apanhar chuva ou orvalho, deixe-o sob o toldo da
cozinha, na barraca de intendência ou cubra-o com um plástico depois que esfriar;
- Jamais deixe qualquer lampião apagado dentro da barraca ou no local em que
você estiver dormindo! Há perigo de vazamento, e acidente mortal.
- Transporte com cuidado, evitando choques ou pancadas. Se o lampião estiver
aceso ou se foi apagado há pouco, cuidado com onde põe as mãos, pois pode
queimar-se gravemente.
Acendimento
A maneira de acender um lampião, varia de acordo com o tipo, mas sempre tome as
seguintes precauções:
- Que o lampião esteja firme, sem risco de tombar;
- Que não haja nada de inflamável por perto (álcool, querosene, gasolina, plástico,
etc);
- Que haja combustível, que a “camisa” ou mecha esteja em perfeito estado;
- Que o lampião esteja bem fixado ao bujão de combustível.
Vamos ver agora como se acende cada tipo de lampião.
Querosene simples
Levanta-s vidro pressionando a alavanca que existe para esse fim, normalmente
próximo a base do vidro. Suspenso o vidro, aproxima-se a chama do fósforo ao pavio. Quando
acender, baixa-se o vidro, e regula-se a chama, para que não escureça o vidro. Para apagar, basta
suspender o vidro e soprar.
Querosene a pressão
O processo para acender esse tipo de lampião, varia de acordo com o seu fabricante.
Portanto o melhor é consultar alguém que possua um lampião igual e que já tenha prática em seu
manejo.
A gás
Se a “camisa” estiver em perfeito estado, abra um pouquinho a torneira de gás e
aproxime a chama do fósforo (pela abertura existente) da “camisa” sem tocá-la. O lampião está
aceso. Aumente o fluxo de gás, torcendo o botão da torneira e terá maior claridade. Para apagar é só
fechar a torneira.
Trocar a “camisa”
Remova a parte superior e retire o vidro. Tire a camisa danificada e amarre no mesmo
local uma nova. Aperte o barbante com cuidado para não romper, recoloque todas as peças no lugar
e fixe a tampa com o parafuso.
Para acender com a “camisa” nova, depois do lampião montado acenda a “camisa” sem
ligar o gás nem tocá-la com o fósforo. Quando ela estiver queimada, abra um pouquinho a torneira e
acenda o lampião conforme já foi explicado.
Limpeza
Qualquer equipamento dura mais e presta melhores serviços, se for bem cuidado.
Portanto mantenha o seu lampião sempre em boa ordem, livre de sujeira e ferrugem. Verifique
sempre o seu estado antes e depois de cada atividade, reparando ou trocando alguma peça sempre
que houver necessidade.
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Lembre-se que observar essas regras pode evitar acidentes desagradáveis.
Uso de fogareiros
Os fogareiros que podem ser usados são a gás e o de querosene a pressão.
As regras de segurança
As regras de segurança são idênticas as que já foram explicadas para uso do lampião.
Vamos apenas lembrar uma das mais importantes:
- Em nenhuma hipótese durma próximo a um fogareiro, mesmo apagado.
Para que os fogareiros possam prestar bons serviços, é indispensável que sejam
mantidos limpos e em ordem. O que foi falado sobre limpeza de lampiões, também vale para
fogareiros.
Assim antes de usá-los verifique sempre o seguinte:
Fogareiro a querosene (pressão)
- Quantidade de combustível;
- Quantidade de agulhas;
- Álcool para acender.
Fogareiro a gás
- Quantidade de combustível;
- Se a rosca se adapta ao bujão disponível;
- Estado das borrachas de vedação (troque se estiverem ressecadas, com
rachaduras).
Acendimento
Para acender cada tipo de fogareiro e só ler com atenção as instruções abaixo:
Fogareiro a querosene (pressão)
- Abra a saída de ar;
- coloque o álcool no queimador e acenda;
- Quando o álcool estiver no final, feche a saída de ar e bombeie.
Pronto, está aceso! Se houver algum problema com a chama pode ser entupimento, use
a agulha. Para apagar e só abrir a saída de ar.
Fogareiro a gás
- Fixe muito bem no bujão (se houver vazamento é porque os anéis de borracha da
vedação estão velhos. Troque-os) Abra a torneira do gás e aproxime o fósforo aceso
do queimador;
- Se a chama não estiver satisfatória, gire o anel da entrada de ar;
- Para apagar é só torcer a torneira em sentido contrário.
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Uso de ferramentas de corte
As ferramentas de corte, como a faca, o canivete, o serrote, o facão e a machadinha,
são instrumentos muito úteis para se usar no mato. É no acampamento, ou dentro do mato, que se
pode andar de faca, facão ou machadinha na cintura, quando eles são necessários. Em atividades na
cidade, nunca os use na cintura, no máximo um canivete. Além de ser proibido por lei, é perigoso
para você e para as pessoas ao seu redor.
Apesar de servirem para cortar, as ferramentas não devem ser usadas
indiscriminadamente, ou seja, não podemos esquecer que um escoteiro não machuca uma árvore.
Caso necessite de lenha, deverá procurar a que estiver caída no chão. Se não achar, poderá cortar
galhos já mortos. Se precisar de madeira ou bambu para pioneiria, só cortará com permissão. Nem
todos agem como escoteiros, pois existe gente que assim que se vê com uma faca na mão, começa a
dar facadas nas árvores sem nenhum objetivo. Eles não se dão conta que a casca da árvore é como
nossa pele. A árvore perde seiva pelo corte e pode até morrer, ou então várias doenças podem entrar
pelo corte e chegam a matar a árvore.
Todas as ferramentas de corte requerem cuidados especiais:
1. Mantenha-se sempre limpas, secas e afiadas;
2. Se elas ficam pelo chão, ou enterradas no solo, a umidade e a sujeira acabam
com elas;
3. Se ficam esquecidas à noite, a chuva e o orvalho podem enferrujá-las, além de
que alguém pode se machucar nelas;
4. Se ficam perto do fogo, o calor destempera o aço, tornando a lâmina
imprestável;
5. Quando terminar o trabalho, coloque a ferramenta limpa e afiada na bainha ou
estojo;
6. Limpe bem a lâmina antes de guardar na bainha ou estojo, porque depois de
sujar a bainha por dentro, ela é que suja a ferramenta. Sempre que a ferramenta
não estiver em uso, deixe-a na bainha;
7. Não use a faca, ou canivete, para abrir latas, pois isto estraga a lâmina e pode
causar acidentes;
8. Não martele as ferramentas. Se você não está conseguindo cortar, talvez seja
porque não está sendo usada a ferramenta adequada.
Parece mentira, mas quanto mais afiada está uma ferramenta de corte, menos perigosa
ela é. A faca sem fio escapa em vez de cortar e dá bem mais trabalho.
Além destas questões de segurança, cuida da manutenção das ferramentas também
significa economia, pois assim elas podem durar bem mais tempo e prestar bons serviços a você.
Faca: Para afiar sua faca ou canivete use uma pedra de amolar. Esfregue o fio de lado
contra a pedra, como se quisesse tirar uma lasca da pedra. Repita de um lado para o outro, até estar
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bem afiado. Limpe bem a lâmina e pronto.
Quando estiver usando a faca ou canivete, corte sempre do seu corpo para fora, pois
assim evitará acidentes. Esfiapar gravetos para começar um fogo é bom para treinar. Segure um
graveto numa ponta e vá cortando lascas, como se quisesse fazer uma ponta, mas deixe as lascas no
graveto até ele ficar parecendo um pinheirinho. Três ou mais destes gravetos já nos ajudam a iniciar
um fogo.
Facão e machadinha
A machadinha é um machado de pequenas dimensões, que é
adequada para cortar a lenha que precisamos para a cozinha. O
facão é indicado para abrir uma trilha no mato, que fechou por
falta de uso; limpar de pequenos arbustos o local que você vai
montar seu acampamento; e realizar trabalhos leves,
substituindo a machadinha, como por exemplo, fazer entalhes
para encaixar peças de pioneirias, fazer ponta em vara de
pequeno diâmetro, etc.
Para usá-los, siga estas regras de segurança:
1. Trabalhe afastado dos demais, de preferência a uns 3
metros de distância da pessoa mais próxima;
2. Trabalhe de preferência no “canto do lenhador”, ou
seja, aquela área cercada onde apenas a pessoa da
patrulha encarregada de cortar lenha dever entrar. Neste
canto também há um tronco seco e grosso, também
chamado de cepo, que serve para apoiar o que está
sendo cortado;
3. Quando golpear, faça-o sempre para fora de seu corpo.
Observe que se o facão ou machadinha errar o alvo, não
atinja nenhuma parte de seu corpo;
4. Não fique andando de um lado para o outro com a
ferramenta na mão;
5. Terminado o trabalho, limpe a ferramenta e passe um
óleo ou graxa para evitar que enferruje;
6. Não use a machadinha como martelo ou marreta;
7. Preste muita atenção quando passar a ferramenta para
outra pessoa. Tenha certeza que ela está firmemente
segurando a ferramenta.
Observe com atenção os desenhos abaixo que mostram como
deve se proceder para amolar a machadinha.
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2.1.c - Demonstrar que sabe aplicar os seguintes nós: direito, escota, escota alceado, volta do
fiel, volta da ribeira, nó de correr e lais de guia
Nó Direito: serve para unir cabos de mesma espessura.
Nó de Escota: serve para unir cabos de espessuras diferentes.
Nó de Escota Alceado: mesma utilidade do escota, só que mais fácil de
desatar. É muito utilizado para prender bandeiras na adriça.
Volta do Fiel: Nó inicial ou final de amarras. Não corre
lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a
um ponto fixo.
Volta da Ribeira: Utilizado para prender uma corda a um bastão
(tronco, galhos, etc.) depois mantê-la sob tensão.
Nó de Correr: serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.
Lais de guia: É empregado especialmente na
segurança durante a transposição de obstáculos e no
resgate de feridos.
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2.1.d - Saber arrumar uma mochila
A estrutura do nosso corpo foi "projetada" para suportar o nosso peso. A mochila é,
portanto, uma carga extra. Graças à nossa capacidade de adaptação, podemos até nos habituar a usá-
la durante longos períodos, mas devemos respeitar certos limites. A carga máxima recomendada é
de até 1/3 do peso de quem a transporta. Mais do que isso poderá ocasionar problemas de coluna.
A boa arrumação do interior da mochila é muito importante. O equilíbrio e o
posicionamento do peso maior na altura das espáduas se constituem na forma ideal de se transportá-la.
Observe o desenho no qual estão apontadas as áreas e a distribuição de peso correspondentes.
Dicas
- Espalhe no chão todo o material a ser transportado e vá colocando na mochila um por
um ou em grupos.
- As roupas e agasalhos podem ir juntos às costas, prevenindo qualquer desconforto de
objetos rígidos ou pontiagudos que possam incomodar.
- Observe que o centro de gravidade de uma mochila deve ser alto, portanto guarde sempre os
equipamentos mais pesados junto às costas e na parte alta da mochila.
- Confira a lista de checagem e separe o material em partes, embalando-as em sacos
plásticos, assim como:
1. Alimentos para as refeições;
2. Alimentos para comer durante a caminhada;
3. Roupas de dormir ou mudas;
4. Agasalho leve para a caminhada;
5. Abrigo de chuva ou anoraque;
6. Barraca ou a parte dela que lhe cabe. Lembre-se de que não há necessidade de
transportá-la da forma como ela se apresenta acondicionada. Os pólos podem ir na
lateral, ao longo do corpo, e o sobreteto e o corpo podem ir dobrados da melhor
forma, junto com o jornal e o filme plástico;
7. Panelas, fogareiro e talheres podem ir acondicionadas no interior de uma delas;
8. Cantil e lanterna;
9. Máquina fotográfica (bem protegida) e estojo de primeiros socorros;
10. Saco de dormir/saco de bivaque.
Atenção: Todo material que corre risco de se molhar com uma chuva imprevista deve ser
acondicionado em sacos plásticos.
Lista de checagem
Mochila Fogareiro c/combustível
Saco de dormir Fósforo ou isqueiro
Estojo de primeiros socorros Prato, caneca e talheres
Lanterna, pilhas e lâmpada reserva Sacos plásticos extras
Cantil Estojo de limpeza (cozinha)
Canivete Embalagens recicláveis
Relógio Escova de dentes/pasta
Xerox dos documentos e dinheiro Alimentos
Toalha pequena Sabonete, xampu
Pente/escova Ceroulas
Barbeador Suéteres
Papel higiênico Botas/tênis
Absorvente intimo Colete de lã
Gorro/boné Anoraque
Lenço Roupa de banho
Chinelos Barraca
Chinelos de borracha Tarpe
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Cachecol Saco de bivaque
Óculos escuros Filme plástico
Calça comprida ou 3/4 Jornal
Bermudas ou shorts Panelas
Roupas de baixo Binóculo
Meias Bússola e croqui
Camisetas de manga curta Lamparina de carbureto
Camisetas de manga comprida Estojo de limpeza fotográfico
Camisetas Máquina fotográfica c/filme
Luvas Bloco de anotações
Certamente, com o tempo e a experiência, novos itens se incluirão nesta lista.
Mantenha-a afixada em um local visível onde você guarda o seu equipamento. Quando for preparar uma
excursão, é só consultá-la.
Com a prática, você descobrirá os cantinhos exatos para cada coisa e conseguirá arrumar sua
mochila de forma a parecer um pacote bem fechado, sem espaços vazios, e com as costas macias.
Ajustes
As mochilas, quando equipadas com barrigueiras, permitem distribuir o peso entre os
ombros e os quadris, e não somente sobre os ombros e as costas. Assim sendo, podemos transportar pesos de
20 quilos, ou mais, ao longo de vários dias, sem que isso se transforme num esforço fatigante. No entanto,
dependemos de um ajuste correto das alças e da altura da barrigueira, para que cheguemos a um
bom termo.
As alças devem ser ajustadas de tal forma que a barrigueira se posicione na altura dos
quadris (bacia). Quando o peso está bem distribuído entre as duas partes (alças e
barrigueira), o peso nos ombros é direcionado mais para trás do que para baixo.
3.1.a - Saber Cantar o Hino Nacional
É dever de todo o cidadão brasileiro, saber cantar, corretamente, o Hino de sua Pátria.
Quando você cantar o Hino Nacional, permaneça na posição de firme.
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva
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Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,
De um povo heróico o brado retumbante. Ao som do mar e à luz do céu profundo,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Se o penhor dessa igualdade Do que a terra mais garrida
Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Em teu seio, ó Liberdade, “Nossos bosques têm mais vida”,
Desafia o nosso peito a própria morte! “Nossa vida” no teu seio “mais Amores”.
Ó Pátria amada, Idolatrada, Ó Pátria amada, Idolatrada,
Salve! Salve! Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado.
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro desta flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. - Paz no futuro e glória no passado.
Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da justiça a clava forte,
És belo, és forte, impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada, Entre outras mil, Terra adorada Entre outras mil,
És tu, Brasil, Ó Pátria amada! És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil! Pátria amada, Brasil.
Compreendendo o Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,
De um povo heróico o brado retumbante. Ao som do mar e à luz do céu profundo,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Plácido significa calmo. As margens calmas do Fulgurar é brilhar. Florão é um decoração
rio Ipiranga ouviram o grito estrondoso de um bonita e grande em forma de flor. A geográfica
herói (Dom Pedro I), que representava todo o do Brasil é mesmo muito privilegiada: as
povo brasileiro. montanhas, as matas, os rios, toda a natureza,
Fúlgido significa brilhante. temos um litoral vasto com belíssimas praias,
ensolarado. Brasil, tu possuis uma localização
Se o penhor dessa igualdade espetacular, com uma natureza rica, muito mar
Conseguimos conquistar com braço forte, e sol. Por isso, entre outras nações da América
Em teu seio, ó Liberdade, (Novo Mundo), tu te destacas como um florão.
Desafia o nosso peito a própria morte!
Do que a terra mais garrida
Penhor equivale a garantia, segurança, ou Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
seja, daquele momento em diante, Portugal e “Nossos bosques têm mais vida”,
Brasil eram nações iguais, sem que uma fosse “Nossa vida” no teu seio “mais Amores”.
superior à outra. Através de nossa coragem
conquistamos uma igualdade de condição com Garrida é colorida. Ou seja, nossa natureza é
quem antes era nosso colonizador e, para mais colorida e bela que a de outras terras.
manter esta situação de liberdade, estamos Nós, brasileiros, por vivermos no Brasil, somos
prontos a sacrificar a própria vida. mais capazes de amar.
A parte com aspas são dos versos do poeta
Ó Pátria amada, Idolatrada, Gonçalves Dias em “Canção do Exílio”.
Salve! Salve!
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Ó Pátria amada, Idolatrada,
Idolatrada é transformar algo ou alguém em Salve! Salve!
ídolo, como se costuma fazer com artistas de
modo geral. Salve equivale a uma saudação. Brasil, de amor eterno seja símbolo
Originalmente se dizia; “Deus te salve!” O lábaro que ostentas estrelado.
E diga o verde-louro desta flâmula
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido - Paz no futuro e glória no passado.
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Ostentar é mostrar com orgulho. Um lábaro
A imagem do Cruzeiro resplandece. era um estandarte muito usado pelos romanos
e aqui está representado por nossa bandeira,
Aqui o poeta compra o Brasil a um sonho repleta de estrelas. Tomara que as estrelas da
intenso, porque ainda tem muito a realizar. tua bandeira sejam símbolo de amor eterno.
O Brasil é como um sonho intenso e em nosso Flâmula, aqui, é sinônimo de bandeira. O
céu límpido o Brasil está sob o ampara e a louro é uma planta. Com seus galhos e folhas
proteção de Cristo. os imperadores romanos eram coroados.
Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da justiça a clava forte,
És belo, és forte, impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Se você olhar o mapa mundial, vai notar que o Clava é um pedaço de pau pesado que era
Brasil é o quinto maior país do mundo (depois usado como arma. Se o país tiver de lutar
de Rússia, Canadá, Estados Unidos e China). contra a injustiça, verás que um brasileiro não
Impávido significa sem medo. foge à luta e não teme seus inimigos.
Terra adorada, Entre outras mil, Terra adorada Entre outras mil,
És tu, Brasil, Ó Pátria amada! És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil! Pátria amada, Brasil.
3.1.b - Conhecer as cerimônias de bandeira e saber executá-la
Hasteamento
A patrulha ou matilha de serviço fixa previamente a bandeira no mastro, pronta para
ser içada.
Os lobinhos, escoteiros, seniores e pioneiros formam em ferradura. Quando a Alcatéia
estiver sozinha ele forma em círculo de parada.
Quando o Chefe, ou quem este
designar, der a ordem de proceder, dois elementos
da patrulha ou matilha encarregada do
hasteamento avançam até o mastro. A três passos
de distância param e tiram a cobertura e o colocam
no chão, avançando até o mastro.
O escoteiro ou lobinho que irá puxar
a adriça fica paralelo ao mastro, de costas para o
mesmo e o que está com a bandeira põe-se em
posição de maneira que a adriça forme um
triângulo retângulo.
Quando a bandeira estiver pronta, o
jovem que vai puxar a adriça diz em voz alta:
“Bandeira Nacional pronta”. O Chefe ordena:
“Grupo (ou tropa ou alcatéia) alerta!”, “a bandeira
em saudação!”, “Iça”.
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Todos fazem a saudação e a bandeira sobe rapidamente. Ao atingir o tope, a ordem é
“Grupo, alerta!”. Neste momento todos estão firmes. Os rapazes amarram a adriça no mastro,
recuam, colocam a cobertura, saúdam a bandeira, dão meia volta e regressam a seu lugar na
formação. Nesta altura é dada a ordem de “Grupo, descansar”.
Arriamento
A formação é a mesma do hasteamento.
A Patrulha ou matilha encarregada do arriamento designa os elementos necessários, os
quais avançam até três passos do mastro, saúdam a bandeira, colocam a cobertura no chão e
desamarram a adriça.
Após terem formado com a adriça o triângulo, o rapaz que for puxar a adriça diz em
voz alta: “Bandeira Nacional pronta”.
O Chefe, ou quem esta designar, ordena: “Grupo, alerta!”, “Arria!”; todos fazem a
saudação e a bandeira desce lentamente.
Quando a bandeira descer totalmente, ordena-se: “Grupo, alerta!”, os jovens retiram os
nós, dobram a bandeira, colocam a cobertura e entregam a bandeira ao Chefe, voltando aos seus
lugares, quando se dirá: “Grupo, descansar!”.
Nos acampamentos o arriamento pode ficar a cargo da patrulha de serviço, a qual,
corretamente uniformizada, adota o mesmo procedimento, formada em linha e sob os ordens do
monitor ou de um chefe. Quando a bandeira estiver pronta para ser hasteada ou arriada, o
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responsável dará quatro toques com o apito. Todos os demais acampantes abandonarão o que estiver
fazendo e olhando em direção ao mastro ficarão em posição de “alerta”, fazendo saudação. Quando
a bandeira descer totalmente, serão dados novos 4 toques, findos o quais todos voltarão às suas
ocupações enquanto a patrulha de serviço termina a cerimônia.
Observações:
- Se houver mais de uma bandeira, a nacional deverá ser içada acima das demais,
exceto de outros países, que serão içadas na mesma altura, em mastro separado.
- No içamento da bandeira, a bandeira nacional atinge o topo antes que as demais,
enquanto que no arriamento será a última a descer.
- Especial cuidado deve ser tomado para que as bandeiras não toquem no solo.
- Em acampamentos maiores poderão ser adotadas outras formações para a cerimônia
de bandeira, de acordo com o número de participantes e as condições do terreno.
Durante o hasteamento e arriamento todos os participantes deverão olhar para a
bandeira.
Condução de Bandeiras
Bandeira em marcha: Bandeira ao ombro, inclinado sobre o ombro direito, bandeira
recolhido no mão direita, braço esquerdo em movimento natural de marcho.
Bandeira perfilada: Bandeira em frente ao corpo, em posição vertical, braço direito
segurando o bandeira e o braço esquerdo ao longo do corpo. A bandeira está recolhida.
Bandeira em posição de alerta: Mesma posição anterior, mas com o bandeira solto.
Observação
A bandeira ao ombro é o método normal de conduzir o bandeira, A bandeira perfilada
é a saudação no momento de passar o ponto de saudação, iniciando três possas antes e terminando
três passos após. Deve ser usado com moderação, pois é muito cansativa.
Bandeira em posição de descanso. A bandeira deve ser mantida em posição vertical ao
lado direito, mastro apoiado no chão e a bandeira recolhida.
O uso da Bandeira Nacional de acordo com a Lei:
Quando à Bandeira Nacional, vale destacar que ela deve ser hasteada de sol a sol,
sendo permitido o seu uso à noite, desde que se ache convenientemente iluminada. Normalmente, o
hasteamento será feito às 8 horas e o arriamento às 18 horas. A propósito, a lei determina que:
1) Quando hasteada em janela, porta, sacada ou balcão, ficará: ao centro, se isolada; à
direita, se houver bandeira de outra nação; ao centro, se figurarem diversas bandeiras, perfazendo
número ímpar; em posição que mais se aproxime do centro e à direita deste, se figurando diversas
bandeiras, a soma delas for número par;
2) Quando em préstito ou procissão, não será conduzida em posição horizontal e irá ao
centro da testa da coluna, se isolada; à direita da testa da coluna, se houver outra bandeira; à frente e
ao centro da testa da coluna, dois metros adiante da linha pelas demais formadas, se concorrem três
ou mais bandeiras;
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3) Quando aparecer em sala ou
salão, por motivo de reuniões, conferências ou
solenidades, ficará estendida ao longo da
parede, por detrás da cadeira da presidência ou
do local da tribuna, sempre acima da cabeça do
respectivo ocupante;
4) Quando em florão, sobre escudo
ou outra qualquer peça, que agrupe diversas
bandeiras, ocupará o centro, não podendo ser
menor que as outras, nem colocada abaixo
delas;
5) Quando em funeral: para o hasteamento será levada a
tope, antes de baixar a meio mastro; subirá de novo ao tope,
antes do arriamento; sempre que for conduzida em marcha será
o luto indicado por um lenço de crepe preto, atado junto à lança;
6) Quando distendida sobre o ataúde, no enterro de cidadão
que tenha direito a esta homenagem, ficará a tralha do lado da
cabeça do morto e a estrela isolada à direita, devendo ser
retirada por ocasião do sepultamento;
7) Somente por determinação do Presidente da República
será a bandeira nacional hasteada em funeral, não o podendo,
contudo, nos feriados. O hasteamento poderá ser feito a meio
mastro, de acordo com as disposições relativas a honras
fúnebres dos cerimoniais das forças armadas ou conforme o uso internacional;
8) Em ocasião em que deva ser efetuado outro hasteamento, o da Bandeira Nacional
será feito em primeiro lugar; o seu arriamento, neste caso será feito por último;
9) Para homenagem a nações estrangeiras e a autoridades nacionais ou estrangeiras,
assim como na ornamentação de praças, jardins ou via públicas, é facultado o uso da Bandeira
Nacional, juntamente com as outras nações, podendo serem colocadas em mastros ou postes,
escudos ornamentais ao redor dos quais se disponham as bandeiras, dando-se sempre à Bandeira
Nacional a situação descrita no número 1 e a mesma altura das estrangeiras.
3.1.c - Conhecer a lei que regulamenta o uso dos Símbolos Nacionais
Lei 5700/71
Legislação vigente que dispões sobre a forma e apresentação dos símbolos nacionais e
dá outras providências.
* Lei nº. 5.700, de 1º de setembro de 1971, com as alterações do Decreto-Lei nº. 5.812,
de 13 de outubro de 1972 da Lei nº. 6.003, de 27 de maio de 1981 e da Lei nº. 8.421, de 11 de maio
de 1992.
Capítulo I
Disposição Preliminar
Art. 1º São Símbolos Nacionais:
I - A Bandeira Nacional;
II - O Hino Nacional;
III - As Armas Nacionais;
IV - O Selo Nacional.
Capítulo II
Da forma dos Símbolos Nacionais
Seção I
Art. 2º Os anexos 1, 2, 8 e 9, que acompanham a Lei nº. 5.700, de 1º de setembro de
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1971, ficam substituídos pelos Anexos desta Lei, com igual numeração.
Seção II
Da Bandeira Nacional
Art. 3° A Bandeira Nacional, adotada pelo Decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889,
com as modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, fica alterada na forma do Anexo I
desta lei, devendo ser atualizada sempre que ocorrer a criação ou a extinção de Estados.
§ 1° As constelações que figuram na Bandeira Nacional correspondem ao aspecto do
céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (doze
horas siderais) e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera
celeste.
§ 2° Os novos Estados da Federação serão representados por estrelas que compõem o
aspecto celeste referido no parágrafo anterior, de modo a permitir-lhes a inclusão no círculo azul da
Bandeira Nacional sem afetar a disposição estética original constante do desenho proposto pelo
Decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889.
§ 3° Serão suprimidas da Bandeira Nacional as estrelas correspondentes aos Estados
extintos, permanecendo a designada para representar o novo Estado, resultante de fusão, observado,
em qualquer caso, o disposto na parte final do parágrafo anterior.
Art. 4º A Bandeira Nacional em tecido, para as repartições públicas em geral, federais,
estaduais, e municipais, para quartéis e escolas públicas e particulares, será executada em um dos
seguintes tipos:
- tipo 1, com um pano de 45 centímetros de largura;
- tipo 2, com dois panos de largura;
- tipo 3, três panos de largura;
- tipo 4 quatro panos de largura;
- tipo 5, cinco panos de largura;
- tipo 6, seis panos de largura;
- tipo 7, sete panos de largura.
Parágrafo único. Os tipos enumerados neste artigo são os normais. Poderão ser
fabricados tipos extraordinários de dimensões maiores, menores ou intermediárias,
conforme as condições de uso, mantidas, entretanto, as devidas proporções.
Art. 5º A feitura da Bandeira Nacional obedecerá às seguintes regras (Anexo nº 2):
I - Para cálculo das dimensões, tomar-se-á por base a largura desejada, dividindo-se
esta em 14 (quatorze) partes iguais. Cada uma das partes será considerada uma medida ou módulo.
II - O comprimento será de vinte módulos (20M).
III - A distância dos vértices do losango amarelo ao quadro externo será de um módulo
e sete décimos (1,7M).
IV - O círculo azul no meio do losango amarelo terá o raio de três módulos e meio
(3,5M).
V - O centro dos arcos da faixa branca estará dois módulos (2M) à esquerda do ponto
do encontro do prolongamento do diâmetro vertical do círculo com a base do quadro externo (ponto
C indicado no Anexo nº 2).
VI - O raio do arco inferior da faixa branca será de oito módulos (8M); o raio do arco
superior da faixa branca será de oito módulos e meio (8,5M).
VII - A largura da faixa branca será de meio módulo (0,5M).
VIII - As letras da legenda Ordem e Progresso serão escritas em cor verde. Serão
colocadas no meio da faixa branca, ficando, para cima e para baixo, um espaço igual em branco.
A letra P ficará sobre o diâmetro vertical do círculo.
A distribuição das demais letras far-se-á conforme a indicação do Anexo nº 2.
As letras da palavra Ordem e da palavra Progresso terão um terço de módulo (0,33M)
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de altura.
A largura dessas letras será de três décimos de módulo (0,30M).
A altura da letra da conjunção E será de três décimos de módulo (0,30M).
A largura dessa letra será de um quarto de módulo (0,25M).
IX - As estrelas serão de 5 (cinco) dimensões: de primeira, segunda, terceira, quarta e
quinta grandezas.
Devem ser traçadas dentro de círculos cujos diâmetros são: de três décimos de módulo
(0,30M) para as de primeira grandeza; de um quarto de módulo (0,25M) para as de segunda
grandeza; de um quinto de módulo (0,20M) para as de terceira grandeza; de um sétimo de módulo
(0,14M) para as de quarta grandeza; e de um décimo de módulo (0,10M) para a de quinta grandeza.
X - As duas faces devem ser exatamente iguais, com a faixa branca inclinada da esquerda para a
direita (do observador que olha a faixa de frente), sendo vedado fazer uma face como avesso da
outra.
Seção III
Do Hino Nacional
Art. 6º O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do
poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os Decretos nº 171, de 20
de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922, conforme consta dos Anexos números 3,
4, 5, 6, e 7.
Parágrafo único. A marcha batida, de autoria do mestre de música Antão Fernandes,
integrará as instrumentações de orquestra e banda, nos casos de execução do Hino Nacional,
mencionados no inciso I do art. 25 desta lei, devendo ser mantida e adotada a adaptação vocal, em
fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno.
Seção IV
Das Armas Nacionais
Art. 7º As Armas Nacionais são as instituídas pelo Decreto nº 4 de 19 de novembro de
1889 com a alteração feita pela Lei nº 5.443, de 28 de maio de 1968 (Anexo nº 8).
Art. 8º A feitura das Armas Nacionais deve obedecer à proporção de 15 (quinze) de
altura por 14 (quatorze) de largura, e atender às seguintes disposições:
I - O escudo redondo será constituído em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata,
dispostas na forma da constelação do Cruzeiro do Sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro,
carregada de vinte e duas estrelas de prata em número igual ao das estrelas existente na Bandeira
Nacional;
II - O escudo ficará pousado numa estrela partida-gironada, de 10 (dez) peças de
sinopla e ouro, bordada de 2 (duas) tiras, a interior de goles e a exterior de ouro.
III - O todo brocante sobre uma espada, em pala, empunhada de ouro, guardas de blau,
salvo a parte do centro, que é de goles e contendo uma estrela de prata, figurará sobre uma coroa
formada de um ramo de café frutificado, à destra, e de outro de fumo florido, à sinistra, ambos da
própria cor, atados de blau, ficando o conjunto sobre um resplendor de ouro, cujos contornos
formam uma estrela de 20 (vinte) pontas.
IV - Em listel de blau, brocante sobre os punhos da espada, inscrever-se-á, em ouro, a
legenda República Federativa do Brasil, no centro, e ainda as expressões "15 de novembro", na
extremidade destra, e as expressões "de 1889", na sinistra.
Seção V
Do Selo Nacional
Art. 9º O Selo Nacional será constituído, de conformidade com o Anexo nº 9, por um
círculo representando uma esfera celeste, igual ao que se acha no centro da Bandeira Nacional,
tendo em volta as palavras República Federativa do Brasil. Para a feitura do Selo Nacional
observar-se-á o seguinte:
I - Desenham-se 2 (duas) circunferências concêntricas, havendo entre os seus raios a
proporção de 3 (três) para 4 (quatro).
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