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FILOSOFIA 11ºANO 2013 
Delimitar o objeto de estudo da lógica formal 
A lógica é a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos 
corretos (válidos) e incorretos (inválidos), mediante a identificação das 
condições necessárias à operação que conduz da verdade de certas 
crenças à verdade de outras. Dedica-se, por isso ao estudo das leis, 
princípios e regras a que devem obedecer o pensamento e o discurso para 
serem coerentes. No seu sentido etimológico ela é a ciência do logos 
(palavra, discurso, pensamento, razão). Como tal, a lógica terá por objeto 
o pensamento e o discurso, preocupando-se com a sua correção. 
Distinguir a lógica formal da informal 
A lógica formal estuda a estrutura ou a forma dos argumentos para 
determinar se a conclusão foi ou não inferida corretamente. Domínio do 
constringente ou demonstrativo, isto é, da relação necessária entre 
premissas e conclusão 
A lógica informal estuda os argumentos na linguagem comum para fornecer 
critérios de avaliação, de crítica e de construção. 
Distinguir argumento de não argumento 
Um argumento tem sempre uma conclusão, isto é, uma proposição que é 
suportada por outra ou outras proposições -premissas – que constituem a 
favor da conclusão. Entre as proposições que constituem os argumentos 
existe um nexo de implicação logica, isto é, umas proposições conduzem a 
outra que delas deriva logicamente, caso contrário não estamos na 
presença de um argumento.
Distinguir frase de proposição 
Nem todas as frases exprimem proposições. O que faz de uma frase uma 
proposição? Uma frase só exprime uma proposição quando for declarativa 
e tiver valor de verdade. 
Definir os instrumentos lógicos do pensamento (conceito/ termo 
Juízo/ proposição e raciocínio/argumento 
Um conceito é uma representação lógica abstrata que designa na mente, 
um conjunto ou uma classe de objetos. 
Um termo é a expressão verbal do conceito, sendo os conceitos 
representações mentais abstratas dos termos. 
Um juízo é a ligação mental de um ou mais conceitos. Desta forma, 
exprime-se por uma proposição, ou seja, uma expressão verbal, oral ou 
escrita do juízo. 
O raciocínio é o encadeamento de juízos em que a verdade de um depende 
da verdade e da sua ligação com os outros. No entanto, o raciocínio exprime-se 
por argumentos, os quais constituem discursos de três diferenciados tipo: 
dedutivo, indutivo e analógico. 
Distinguir as noções de verdade e validade 
A verdade é um atributo apenas das proposições, quer ela seja de um 
argumento ou a sua conclusão. Dizemos que uma proposição é verdadeira, 
quando o seu conteúdo se adequa à realidade (o mar é constituído por água 
salgada); diz respeito à matéria, ao conteúdo do que se afirma ou nega.
Por outro lado a validade é um atributo que se aplica aos argumentos, 
nomeadamente aos raciocínios; diz respeito à sua forma. Para que o nosso 
pensamento seja verdadeiro devem coexistir a validade formal e a verdade 
material das proposições que os constituem. 
Definir validade dedutiva 
Um argumento dedutivo geralmente parte de uma verdade universal para 
uma particular. Uma vez que nós admitimos como verdadeira as 
premissas teremos que admitir a conclusão como verdadeira, pois a 
conclusão decorre necessariamente das premissas. 
Definir validade indutiva 
Na indução, a relação entre as premissas e a conclusão não e uma relação 
de implicação lógica mas somente de suporte, O facto de as premissas 
serem verdadeiras não obriga a que a conclusão seja necessariamente 
verdadeira. A indução não possui validade formal porque, da parte 
conhecida não podemos concluir para o desconhecido. 
Um argumento indutivo parte de uma verdade particular para chegar a 
uma universal. 
Reconhecer a importância da lógica 
A lógica ajuda-nos a adquirir competências que nos permitem avaliar a 
validade dos argumentos que nos são apresentados, contribuindo assim para 
desenvolver a autonomia e o espírito crítico. 
Proporciona-nos meios que possibilitam a organização coerente dos 
pensamentos, desenvolvendo competências argumentativas e 
demonstrativas a fim de podermos comunicar com vigor e inteligibilidade. 
Permite-nos analisar diversos tipos de discurso do científico ao político, para 
nos certificarmos da sua validade formal. 
Oferece-nos os recursos necessários para pensar a realidade e a podermos 
conhecer.
Distinguir dedução de indução 
Os argumentos dedutivos são aqueles cuja verdade das premissas garante a 
verdade da conclusão. Só é válido quando as suas premissas oferecem um 
apoio absoluto e completo à conclusão, de tal modo que é completamente 
impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. 
A dedução é a operação pela qual, a partir de uma ou de várias proposições 
– as premissas – se extrai uma outra proposição – a conclusão – que é a sua 
consequência lógica e necessária. 
Os argumentos indutivos são aqueles em que a verdade das premissas 
apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a probabilidade de ela ser 
também verdadeira. 
Neste tipo de argumentos as premissas apenas dão um suporte parcial à 
conclusão, não a garantindo necessariamente. 
Destacar o conjunto “leis de pensamento” enunciadas por 
Aristóteles 
Lei ou princípio da não-contradição 
A primeira formulação desta lei deve-se a Platão. Segundo a formulação 
platónica, reconhecida e adotada por Aristóteles, nada pode, 
simultaneamente, ter e não ter um mesmo atributo. O mesmo objeto não 
pode ter propriedades opostas na mesma parte de si, ao mesmo tempo e em 
relação ao mesmo aspeto: “nada é e não é ao mesmo tempo”. 
Lei ou princípio do terceiro excluído 
Esta lei, nega na sua formulação tradicional, a existência de algo intermédio 
entre as duas metades de uma contradição: todas as coisas têm ou não têm 
uma dada propriedade.
Lei ou princípio da identidade 
Diz-nos que todas as coisas são idênticas a si próprias. Tudo é o 
que é, e não algo diferente: “o que é, é” 
Determinar a forma de silogismo: forma e modo 
Existem 4 tipos de proposições categóricas: 
A – universal afirmativa 
E – universal negativa 
I – particular afirmativa 
O – particular negativa 
Na 1ª figura o termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na 
premissa menor. 
Na 2ª figura o termo médio é predicado nas duas premissas 
Na 3ª figura o termo médio é sujeito nas duas premissas 
Na 4ª figura o termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na 
premissa menor 
O termo menor é o termo sujeito da conclusão e tem de ocorrer numa das 
premissas (e só numa delas), a que se chama por isso premissa menor; o 
termo médio não ocorre na conclusão mas ocorre nas 2 premissas; o termo 
maior que é o termo predicado da conclusão e que tem de ocorrer numa das 
premissas (e só numa), a que se chama por isso premissa maior.
Regras do silogismo categórico 
1ª Regra – Um silogismo só pode ter três termos: maior, menor e médio 
2ª Regra – O termo médio tem que estar distribuído (universalmente) pelo menos 
uma vez 
3ª Regra – Se um termo surge na conclusão, tem que estar distribuído na 
premissa onde ocorre 
4ª Regra – O termo médio nunca aparece na conclusão 
5ª Regra – De duas premissas negativas nada se pode concluir 
6ª Regra – De duas premissas particulares nada se pode concluir 
7ª Regra – De duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão 
negativa 
8ª Regra –A conclusão segue sempre as partes mais fracas que são as particulares 
e as negativas. 
Distribuição do sujeito – 
Nas proposições universais (tipo A e E), o termo sujeito é universal, está 
tomado em toda a sua extensão --- SUJEITO DISTRIBUÍDO 
Nas proposições particulares (Tipo I e O), o termo sujeito é particular, não está 
tomado em toda a sua extensão-SUJEITO NÃO DISTRIBUÍDO 
Distribuição do predicado 
Nas proposições afirmativas (sejam universais ou particulares), o predicado 
não está distribuído, isto é, não é tomado em toda a sua extensão. 
Nas proposições negativas (sejam universais ou particulares), o predicado 
está distribuído, pois é tomado em toda a sua extensão
Classificar as proposições quanto à quantidade e qualidade 
A qualidade de uma proposição refere-se ao se caráter afirmativo ou 
negativo. Quando afirmamos, estamos a dizer que determinado predicado 
convém a determinado sujeito; quando negamos estamos a dizer que 
determinado predicado não convém a um determinado sujeito. Deste 
modo, as proposições podem ser afirmativas ou negativas. 
A quantidade refere-se à extensão do sujeito da proposição. A proposição 
é dita universal quando o sujeito é tomado em toda a sua extensão ou 
quando o predicado é afirmado ou negado de todos os elementos 
abrangidos pelo conceito 
- Definir falácia 
As falácias são raciocínios incorretos ou inválidos, mas que 
aparentam não o ser. Podem ser formulados intencionalmente, com 
o objetivo de enganar, ou podem ser formulados erradamente mas 
sem a intenção de enganar. No que diz respeito ao silogismo 
categórico, as falácias aparecem sempre que se desrespeitar as 
regras do silogismo. 
Identificar falácias (falácia dos quatro termos; falácia do termo 
médio não distribuído; falácia da ilícita menor; falácia da ilícita 
maior; falácia das premissas exclusivas; falácia existencial) 
 Falácia dos quatro termos – Ocorre quando se desrespeita a 
regra que diz que o silogismo tem 3 termos: o maior, o menor 
e o médio.
 Falácia do termo médio não distribuído – Ocorre quando não 
se respeita a regra que diz que o termo médio tem que estar 
distribuído pelo menos uma vez 
 Falácia da ilícita menor – Ocorre quando o termo menor se 
encontra distribuído na conclusão e não na premissa menor. 
 Falácia da ilícita maior – Ocorre quando o termo maior se 
encontra distribuído na conclusão e não na premissa maior. 
 Falácia das premissas exclusivas – Ocorre quando duas 
premissas são negativas 
 Falácia existencial – Ocorre quando de duas premissas 
universais se retira uma conclusão particular

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  • 1. FILOSOFIA 11ºANO 2013 Delimitar o objeto de estudo da lógica formal A lógica é a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos corretos (válidos) e incorretos (inválidos), mediante a identificação das condições necessárias à operação que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras. Dedica-se, por isso ao estudo das leis, princípios e regras a que devem obedecer o pensamento e o discurso para serem coerentes. No seu sentido etimológico ela é a ciência do logos (palavra, discurso, pensamento, razão). Como tal, a lógica terá por objeto o pensamento e o discurso, preocupando-se com a sua correção. Distinguir a lógica formal da informal A lógica formal estuda a estrutura ou a forma dos argumentos para determinar se a conclusão foi ou não inferida corretamente. Domínio do constringente ou demonstrativo, isto é, da relação necessária entre premissas e conclusão A lógica informal estuda os argumentos na linguagem comum para fornecer critérios de avaliação, de crítica e de construção. Distinguir argumento de não argumento Um argumento tem sempre uma conclusão, isto é, uma proposição que é suportada por outra ou outras proposições -premissas – que constituem a favor da conclusão. Entre as proposições que constituem os argumentos existe um nexo de implicação logica, isto é, umas proposições conduzem a outra que delas deriva logicamente, caso contrário não estamos na presença de um argumento.
  • 2. Distinguir frase de proposição Nem todas as frases exprimem proposições. O que faz de uma frase uma proposição? Uma frase só exprime uma proposição quando for declarativa e tiver valor de verdade. Definir os instrumentos lógicos do pensamento (conceito/ termo Juízo/ proposição e raciocínio/argumento Um conceito é uma representação lógica abstrata que designa na mente, um conjunto ou uma classe de objetos. Um termo é a expressão verbal do conceito, sendo os conceitos representações mentais abstratas dos termos. Um juízo é a ligação mental de um ou mais conceitos. Desta forma, exprime-se por uma proposição, ou seja, uma expressão verbal, oral ou escrita do juízo. O raciocínio é o encadeamento de juízos em que a verdade de um depende da verdade e da sua ligação com os outros. No entanto, o raciocínio exprime-se por argumentos, os quais constituem discursos de três diferenciados tipo: dedutivo, indutivo e analógico. Distinguir as noções de verdade e validade A verdade é um atributo apenas das proposições, quer ela seja de um argumento ou a sua conclusão. Dizemos que uma proposição é verdadeira, quando o seu conteúdo se adequa à realidade (o mar é constituído por água salgada); diz respeito à matéria, ao conteúdo do que se afirma ou nega.
  • 3. Por outro lado a validade é um atributo que se aplica aos argumentos, nomeadamente aos raciocínios; diz respeito à sua forma. Para que o nosso pensamento seja verdadeiro devem coexistir a validade formal e a verdade material das proposições que os constituem. Definir validade dedutiva Um argumento dedutivo geralmente parte de uma verdade universal para uma particular. Uma vez que nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão decorre necessariamente das premissas. Definir validade indutiva Na indução, a relação entre as premissas e a conclusão não e uma relação de implicação lógica mas somente de suporte, O facto de as premissas serem verdadeiras não obriga a que a conclusão seja necessariamente verdadeira. A indução não possui validade formal porque, da parte conhecida não podemos concluir para o desconhecido. Um argumento indutivo parte de uma verdade particular para chegar a uma universal. Reconhecer a importância da lógica A lógica ajuda-nos a adquirir competências que nos permitem avaliar a validade dos argumentos que nos são apresentados, contribuindo assim para desenvolver a autonomia e o espírito crítico. Proporciona-nos meios que possibilitam a organização coerente dos pensamentos, desenvolvendo competências argumentativas e demonstrativas a fim de podermos comunicar com vigor e inteligibilidade. Permite-nos analisar diversos tipos de discurso do científico ao político, para nos certificarmos da sua validade formal. Oferece-nos os recursos necessários para pensar a realidade e a podermos conhecer.
  • 4. Distinguir dedução de indução Os argumentos dedutivos são aqueles cuja verdade das premissas garante a verdade da conclusão. Só é válido quando as suas premissas oferecem um apoio absoluto e completo à conclusão, de tal modo que é completamente impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. A dedução é a operação pela qual, a partir de uma ou de várias proposições – as premissas – se extrai uma outra proposição – a conclusão – que é a sua consequência lógica e necessária. Os argumentos indutivos são aqueles em que a verdade das premissas apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a probabilidade de ela ser também verdadeira. Neste tipo de argumentos as premissas apenas dão um suporte parcial à conclusão, não a garantindo necessariamente. Destacar o conjunto “leis de pensamento” enunciadas por Aristóteles Lei ou princípio da não-contradição A primeira formulação desta lei deve-se a Platão. Segundo a formulação platónica, reconhecida e adotada por Aristóteles, nada pode, simultaneamente, ter e não ter um mesmo atributo. O mesmo objeto não pode ter propriedades opostas na mesma parte de si, ao mesmo tempo e em relação ao mesmo aspeto: “nada é e não é ao mesmo tempo”. Lei ou princípio do terceiro excluído Esta lei, nega na sua formulação tradicional, a existência de algo intermédio entre as duas metades de uma contradição: todas as coisas têm ou não têm uma dada propriedade.
  • 5. Lei ou princípio da identidade Diz-nos que todas as coisas são idênticas a si próprias. Tudo é o que é, e não algo diferente: “o que é, é” Determinar a forma de silogismo: forma e modo Existem 4 tipos de proposições categóricas: A – universal afirmativa E – universal negativa I – particular afirmativa O – particular negativa Na 1ª figura o termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na premissa menor. Na 2ª figura o termo médio é predicado nas duas premissas Na 3ª figura o termo médio é sujeito nas duas premissas Na 4ª figura o termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na premissa menor O termo menor é o termo sujeito da conclusão e tem de ocorrer numa das premissas (e só numa delas), a que se chama por isso premissa menor; o termo médio não ocorre na conclusão mas ocorre nas 2 premissas; o termo maior que é o termo predicado da conclusão e que tem de ocorrer numa das premissas (e só numa), a que se chama por isso premissa maior.
  • 6. Regras do silogismo categórico 1ª Regra – Um silogismo só pode ter três termos: maior, menor e médio 2ª Regra – O termo médio tem que estar distribuído (universalmente) pelo menos uma vez 3ª Regra – Se um termo surge na conclusão, tem que estar distribuído na premissa onde ocorre 4ª Regra – O termo médio nunca aparece na conclusão 5ª Regra – De duas premissas negativas nada se pode concluir 6ª Regra – De duas premissas particulares nada se pode concluir 7ª Regra – De duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa 8ª Regra –A conclusão segue sempre as partes mais fracas que são as particulares e as negativas. Distribuição do sujeito – Nas proposições universais (tipo A e E), o termo sujeito é universal, está tomado em toda a sua extensão --- SUJEITO DISTRIBUÍDO Nas proposições particulares (Tipo I e O), o termo sujeito é particular, não está tomado em toda a sua extensão-SUJEITO NÃO DISTRIBUÍDO Distribuição do predicado Nas proposições afirmativas (sejam universais ou particulares), o predicado não está distribuído, isto é, não é tomado em toda a sua extensão. Nas proposições negativas (sejam universais ou particulares), o predicado está distribuído, pois é tomado em toda a sua extensão
  • 7. Classificar as proposições quanto à quantidade e qualidade A qualidade de uma proposição refere-se ao se caráter afirmativo ou negativo. Quando afirmamos, estamos a dizer que determinado predicado convém a determinado sujeito; quando negamos estamos a dizer que determinado predicado não convém a um determinado sujeito. Deste modo, as proposições podem ser afirmativas ou negativas. A quantidade refere-se à extensão do sujeito da proposição. A proposição é dita universal quando o sujeito é tomado em toda a sua extensão ou quando o predicado é afirmado ou negado de todos os elementos abrangidos pelo conceito - Definir falácia As falácias são raciocínios incorretos ou inválidos, mas que aparentam não o ser. Podem ser formulados intencionalmente, com o objetivo de enganar, ou podem ser formulados erradamente mas sem a intenção de enganar. No que diz respeito ao silogismo categórico, as falácias aparecem sempre que se desrespeitar as regras do silogismo. Identificar falácias (falácia dos quatro termos; falácia do termo médio não distribuído; falácia da ilícita menor; falácia da ilícita maior; falácia das premissas exclusivas; falácia existencial)  Falácia dos quatro termos – Ocorre quando se desrespeita a regra que diz que o silogismo tem 3 termos: o maior, o menor e o médio.
  • 8.  Falácia do termo médio não distribuído – Ocorre quando não se respeita a regra que diz que o termo médio tem que estar distribuído pelo menos uma vez  Falácia da ilícita menor – Ocorre quando o termo menor se encontra distribuído na conclusão e não na premissa menor.  Falácia da ilícita maior – Ocorre quando o termo maior se encontra distribuído na conclusão e não na premissa maior.  Falácia das premissas exclusivas – Ocorre quando duas premissas são negativas  Falácia existencial – Ocorre quando de duas premissas universais se retira uma conclusão particular