Joaquim Maria Machado de Assis foi um importante escritor brasileiro nascido em 1839. Ele é considerado um dos fundadores do realismo no Brasil e foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Suas principais obras incluem Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba.
3. NASCIMENTO: 21 de junho de 1839, Rio de Janeiro, Brasil
FALECIMENTO: 29 de setembro de 1908, Rio de Janeiro
NACIONALIDADE: Brasileiro
OCUPAÇÃO: Romancista, contista, poeta, dramaturgo, cronista,
crítico literário
MAGNUM OPUS: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro,
Quincas Borba, O alienista (conto)
INFLUÊNCIAS: William Shakespeare, Voltaire, Luciano de Samósata,
Laurence Sterne, Manoel Antonio de Almeida,Arthur Schopenhauer, José de
Alencar, Jonathan Swift, La Rochefoucauld, Edgar Allan Poe
INFLUENCIADOS: Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Cyro
dos Anjos, Murilo Rubião
4. Joaquim Maria Machado de Assis foi um romancista, contista, poeta e
teatrólogo brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da
literatura desse país e identificado, pelo crítico Harold Bloom, como o maior
escritor afro-descendente de todos os tempos. Sua vasta obra inclui
também crítica literária.
É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser
importante tradutor, vertendo para o português obras como Os
Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan
Poe. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e
seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis.
5. Era filho do mulato Francisco José de Assis, pintor de paredes e
descendente de escravos alforriados, e de Maria Leopoldina Machado,
uma portuguesa da Ilha de São Miguel. Machado de Assis, que era
canhoto, passou a infância na chácara de D. Maria José Barroso Pereira,
viúva do senador Bento Barroso Pereira, na Ladeira Nova do Livramento,
(como identificou Michel Massa), onde sua família morava como
agregada, no Rio de Janeiro. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se
pouco de sua infância e início da juventude.
Ficou órfão de mãe muito cedo e também perdeu a irmã mais nova. Não
freqüentou escola regular, mas, em 1851, com a morte do pai, sua
madrasta Maria Inês, à época morando no bairro em São Cristóvão,
emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era
chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com
professores e alunos e é provável que tenha assistido às aulas quando
não estava trabalhando.
6. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em
aprender e se tornou um dos maiores intelectuais do país, ainda muito
jovem. Em São Cristóvão, conheceu a senhora francesa Madamme Gallot,
proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de
francês, que Machado acabou por falar fluentemente, tendo traduzido o
romance Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo, na juventude.
Também aprendeu inglês, chegando a traduzir poemas deste idioma,
como O Corvo, de Edgar Allan Poe. Posteriormente, estudou alemão,
sempre como autodidata.
De origem humilde, Machado de Assis iniciou sua carreira
trabalhando como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial, cujo diretor
era o romancista Manuel Antônio de Almeida. Em 1855, aos quinze anos,
estreou na literatura, com a publicação do poema "Ela" na revista
Marmota Fluminense. Continuou colaborando intensamente nos jornais,
como cronista, contista, poeta e crítico literário, tornando-se respeitado
como intelectual antes mesmo de se firmar como grande romancista.
Machado conquistou a admiração e a amizade do romancista José de
Alencar, principal escritor da época.
7. Em 1864 estréia em livro, com Crisálidas (poemas). Em 1869, casa-se
com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã do poeta
Faustino Xavier de Novais e quatro anos mais velha do que ele. Em 1873,
ingressa no Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, como
primeiro-oficial. Posteriormente, ascenderia na carreira de servidor
público, aposentando-se no cargo de diretor do Ministério da Viação e
Obras Públicas.
Podendo dedicar-se com mais comodidade à carreira literária,
escreveu uma série de livros de caráter romântico. É a chamada primeira
fase de sua carreira, marcada pelas obras: Ressurreição (1872), A Mão e a
Luva (1874), Helena (1876), e Iaiá Garcia (1878), além das coletâneas de
contos Contos Fluminenses (1870), , Histórias da Meia Noite (1873), das
coletâneas de poesias Crisálidas (1864), Falenas (1870), Americanas
(1875), e das peças Os Deuses de Casaca (1866), O Protocolo (1863),
Queda que as Mulheres têm para os Tolos (1864) e Quase Ministro (1864).
8. Em 1881, abandona, definitivamente, o romantismo da primeira fase de
sua obra e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, que marca o início
do realismo no Brasil. O livro, extremamente ousado, é escrito por um
defunto e começa com uma dedicatória inusitada: "Ao verme que primeiro
roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança
estas Memórias Póstumas". Tanto Memórias Póstumas de Brás Cubas
como as demais obras de sua segunda fase vão muito além dos limites do
realismo, apesar de serem normalmente classificados nessa escola.
Machado, como todos os autores do gênero, escapa aos limites de todas
as escolas, criando uma obra única.
Machado de Assis aos 35 anos (Foto: Academia Brasileira de Letras)
9. Na segunda fase suas obras tinham caráter realista, tendo como
características: a introspecção, o humor e o pessimismo com relação à
essência do homem e seu relacionamento com o mundo. Da segunda fase,
são obras principais: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas
Borba (1892), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904), Memorial de Aires
(1908), além das coletâneas de contos Papéis Avulsos (1882), Várias
Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1906), Relíquias da Casa Velha (1906),
e da coletânea de poesias Ocidentais.
Em 1904, morre Carolina Xavier de Novaes, e Machado de Assis escreve
um de seus melhores poemas, Carolina, em homenagem à falecida esposa.
Muito doente, solitário e triste depois da morte da esposa, Machado de Assis
morreu em 29 de setembro de 1908, em sua velha casa no bairro carioca do
Cosme Velho. Nem nos últimos dias, aceitou a presença de um padre que
lhe tomasse a confissão. Bem conhecido pela quantidade de pessoas que
visitaram o escritor carioca em seus últimos dias, como Mário de Alencar,
Euclides da Cunha e Astrogildo Pereira (ainda rapaz e por isso
desconhecido dos demais escritores), ficcionalmente o tema da morte de
Machado de Assis foi revisto por Haroldo Maranhão.
10. Era Machado o maior nome vivo da Literatura no Brasil, quando um grupo
de jovens, capitaneados por Lúcio de Mendonça resolve finalmente pôr em
prática a ideia da fundação da Academia Brasileira de Letras nos moldes da
Academia francesa. Machado foi seu primeiro presidente e seu discurso de
fundação em 1887 revela sua intenção em participar da Academia:
“ Senhores, investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a
Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o
mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico
da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções
que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos
agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível
corresponder à vossa confiança.
11. Não é preciso definir esta instituição, iniciada por um moço, aceita e
completada por moços, a Academia nasce com a alma nova,
naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da
federação política, a unidade literária. Tal obra exige, não só a
compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A
Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos
acontecimentos de toda casta, às escolas literárias e às transformações
civis.
A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso.
Já o batismo das suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da
ficção, da lírica, da crítica e da eloquência nacionais é indício de que a
tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure.
Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para
que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as
sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a
sessão. “
12. De pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Bilac,
Veríssimo, Bandeira, Filinto de Almeida, Passos, Magalhães,
Bernardelli, Rodrigo Octavio, Peixoto; sentados: João Ribeiro,
Machado, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.
13. Obras de maior
Importância
Capas de livros da primeira fase de Machado de Assis
14. A Mão e a Luva
Publicado em 1864, A Mão e a
Luva, de Machado de Assis
(1839-1908), conta a história de
Guiomar, filha de uma
baronesa que ficou órfã ainda
muito nova e, embora tivesse
uma origem simples, tornou-se
uma moça segura e ambiciosa
na busca de sua ascensão
social.
15. Histórias da Meia-
Noite
Histórias da meia-noite é uma
coletânea de contos do escritor
brasileiro Machado de Assis. A
compilação foi publicada em
1873 e os contos têm como
tema principal a ganância.
17. Iaiá Garcia
Iaiá Garcia é o último romance
da chamada fase romântica de
Machado de Assis, publicado
em 1878.
18. Contos Fluminenses
Contos Fluminenses é um livro
de contos do escritor brasileiro
Machado de Assis, com tema
relacionado ao Rio de Janeiro
do período imperial. O livro foi
publicado em 1870 e o conto
mais famoso é Miss Dollar.
19. Helena
Helena é um dos romances de
Machado de Assis. Foi
publicado em 1876.
20. Outras Obras do Autor
Toda a obra de Machado de Assis é de domínio público, por ter expirado o
correspondente direito de autor em 1978, ao se completarem 70 anos do
falecimento do autor.
ROMANCE
Memórias Póstumas de
Brás Cubas, 1881
•Casa Velha, 1885
•Quincas Borba, 1891
Dom Casmurro, 1899
•Esaú e Jacó, 1904
•Memorial de Aires, 1908
21. POESIA
•Falenas, 1870
•Americanas, 1875
•Ocidentais, 1880
•Poesias completas, 1901
Crisálidas, 1864
Em 1864,Machado de Assis
publica seu primeiro livro de
poesias: Crisálidas e seu objeto
era a expressão do amor às
mulheres.
22. COLETÂNEA DE
CONTOS
•Papéis Avulsos, 1882
•Histórias sem Data, 1884
•Páginas Recolhidas, 1899
•Relíquias da Casa Velha, 1906
Várias Histórias,
1896
Várias Histórias é uma
coletânea do escritor realista
brasileiro Machado de Assis,
publicada em 1896 que reúne
dezesseis contos seus
publicados na Gazeta de
Notícias entre 1884 e 1891.
23. CONTOS
SELECIONADOS
•A Carteira (conto do livro
Contos Fluminenses)
O Alienista (conto do livro
Papéis Avulsos)
•A Sereníssima República (conto
do livro Papéis Avulsos)
•O Segredo do Bonzo (conto do
livro Papéis Avulsos)
•Teoria do Medalhão (conto do
livro Papéis Avulsos)
24. Miss Dollar (conto do livro
Contos Fluminenses)
•Uma Visita de Alcibíades (conto
do livro Papéis Avulsos)
• Trio em Lá Menor (conto do livro
Várias Histórias)
•O Caso da Vara (conto do livro
Páginas Recolhidas)
•Missa do Galo (conto do livro
Páginas Recolhidas)
•A Igreja do Diabo (conto do livro
Histórias sem Data)
•Capítulo dos Chapéus (Gazeta de
Notícias)
•Suje-se gordo! (Relíquias da Casa
Velha)
25. •O Espelho (conto) (conto do
livro Papéis Avulsos)
•Noite de Almirante (conto do
livro Histórias sem Data)
•O Homem Célebre (conto do
livro Várias Histórias)
•Conto da Escola (conto do livro
Várias Histórias)
•Uns Braços (conto do livro
Várias Histórias)
A Cartomante (conto do livro
Várias Histórias)
•O Enfermeiro (conto do livro
Várias Histórias)
26. TEATRO
•Hoje avental, amanhã luva,
1860
•Queda que as mulheres têm
para os tolos, 1861
•Desencantos, 1861
•O caminho da porta, 1863
•O protocolo, 1863
•Quase ministro, 1864
•Os deuses de casaca, 1866
•Tu, só tu, puro amor, 1880
•Não consultes médico, 1896
Lição de botânica, 1906
27. Lição de botânica,
1906
O texto leva o público a
uma viagem ao Rio de
Janeiro do começo do
século XX e conta a história
do botânico sueco Barão
Sigismundo de
Kernonberg. Ao tentar
impedir que o sobrinho se
case, o nobre acaba se
apaixonando. A narrativa é
entremeada por assuntos
de ciência e pela célebre
ironia de Machado de
Assis.
28. O estilo literário de Machado de Assis tem inspirado muitos
escritores brasileiros ao longo do tempo e sua obra tem sido adaptada
para a televisão, o teatro e o cinema. Em 1975, a Comissão Machado de
Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e
publicou as edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15
volumes.
Suas principais obras foram traduzidas para diversos idiomas e
grandes escritores contemporâneos como Salman Rushdie, Cabrera
Infante e Carlos Fuentes confessam serem fãs de sua ficção, como
também o confessou Woody Allen.
A Academia Brasileira de Letras criou o Espaço Machado de Assis,
com informações sobre a vida e a obra do escritor.
Machado em suas obras interpela o leitor, ultrapassando a chamada
quarta parede, nisso tendo sido influenciado por Manuel Antônio de
Almeida, que já havia utilizado a técnica, bem como Miguel de
Cervantes, e outros autores, mas nenhum deles com tanta ênfase
quanto Machado.
29. Fotos da Rua do Riacheulo, citada em várias obras
30. Em 1897, Machado fundou a Academia Brasileira de Letras, da qual foi o
primeiro presidente, pelo que a instituição também conhecida como casa
de Machado de Assis. Ocupou a Cadeira N.º 23, de cujo patrono, José de
Alencar, foi amigo e admirador.
31. Em 12 de novembro de 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de
Novais. Esse casamento ocorreu contra a vontade da família da moça, uma
vez que Machado tinha mais problemas do que fama. Essa união durou
cerca de 35 anos e o casal não teve filhos.
35. Machado de Assis, segundo do canto esquerdo, na primeira fila, e colegas
da ABL, jornalistas e artistas cariocas, numa das poucas reuniões a que
compareceu depois de viúvo.
39. Na placa no Cosme Velho, lê-se: "Neste local viveu Machado de Assis
de 1883 até sua morte em 1908".
40. Machado de Assis já foi retratado como personagem no cinema,
interpretado por Jaime Santos no filme "Vendaval Maravilhoso" (1949)
e Ludy Montes Claros no filme "Brasília 18%" (2006). Também teve sua
efígie impressa nas notas de NCz$ 1,00 (um cruzado novo; até 1989, com
valor de mil cruzados) de 1987. Importantes concursos são realizados
em todo mundo levando seu nome, a exemplo de Brasília que tem um
significativo concurso com seu nome, realizado pelo SESC/DF.
Moeda de 500 réis de 1939 comemorativa referentes ao 1º centenário de
nascimento de Machado de Assis
41. Nota de Cz$ 1.000 (mil cruzados) com o retrato do escritor Machado de Assis
(1839-1908), tendo à esquerda o emblema da Academia Brasileira de Letras,
da qual foi fundador.
42. Exposição realizada na Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, entre
os dias 20 de junhos e 20 de setembro, em comemoração ao centenário de
morte de Machado de Assis.
43. Retrato de Machado de Assis, 1905
Henrique Bernardelli ( Brasil, 1858 – 1936) Óleo sobre tela
Academia Brasileira de Letras, RJ
46. • Foi aprendiz de tipógrafo, e o prédio em que trabalhava fazia parte
do acervo do Museu da Imprensa.
• Em vida, fez dois testamentos. No primeiro, deixava o legado para a
esposa, Carolina... Mas ela se foi antes, então fez outro testamento,
instituindo Laura, a filha de minha sobrinha como a única herdeira.
• A certidão de óbito estava registrado como de cor "branca", sendo
que era "mulato". O documento encontra-se no Arquivo Nacional.
• No inventário, o nome algumas vezes é mencionado de maneira
errada, como José Maria Machado de Assis. Talvez seja pelo fato de
que ele assinava J.M. Machado de Assis. Mas o correto é JOAQUIM
MARIA MACHADO DE ASSIS.
47. • Foi um exímio jogador de xadrez, chegou a participar do primeiro
campeonato de xadrez do Brasil. Em algumas das obras faz menção
ao esporte, por exemplo, em Iaiá Garcia.
• Já foi retratado como personagem no cinema. E interpretado por
Jaime Santos no filme "Vendaval Maravilhoso", em 1949, e Ludy
Montes Claros no filme "Brasília 18%" (2006).
• Teve a efígie impressa nas notas de NCz$ 1,00 (um cruzeiro novo, até
1989, com valor de mil cruzados) de 1987
48. Cronologia
21/ 06/1839 – Nasce no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de
Assis (M. Assis), no Morro do Livramento (junto à zona portuária);
Primeiro filho do pintor Francisco José de Assis (mulato, filho de
escravos forros) e da lavadeira Maria Leopoldina Machado de Assis
(branca, natural da Ilha de São Miguel, no Arquipélago de
Açores).O avô seu paterno fora escravo, na chácara vizinha ao morro,
propriedade da então D. Maria José de Mendonça Barroso
(madrinha de M. Assis)
49. 1845 – morre de sarampo a única irmã de M. Assis, Maria, aos 4
anos. Morre também a madrinha.
1849 – morre a mãe, de tuberculose;
1854 – M. Assis publica no Periódico dos pobres seu primeiro
poema, Soneto. Em 1855, publica poema Ella, no Marmota
Fluminense. Manuel Antônio de Almeida publica Memórias de
um sargento de milícias.
1856 – M. Assis entra para a Imprensa Nacional, onde conhece M.
A. de Almeida (grande amigo e protetor).
1860 – inicia colaboração no Diário do Rio de Janeiro, a convite de
Quintino Bocaiúva. Escreve a sua primeira peça para teatro: Hoje
avental, amanhã luva. Seguida de Desencantos (1861), O caminho
da porta, O protocolo e Quase ministro (1863);
50. 1863 – inicia colaboração no Jornal das Famílias, no qual publicou
muitos de seus contos;
1864 – publica Crisálidas, seu primeiro livro, uma coletânea de
poemas;
1866 – chega ao Rio de Janeiro Carolina Augusta Xavier de Novais
(irmã do poeta Faustino Xavier de Novais);
1869 – casa-se com Carolina e vão morar na Rua dos Andradas. Em
1874, muda-se para a Rua da Lapa. Em 1875, para a Rua das
Laranjeiras;
1870 – publica Contos fluminenses (contos) e Falenas (poesia).
Castro Alves publica Espumas flutuantes (morre em julho de 1871,
aos 24 anos);
51. 1872 – publica o seu primeiro romance: Ressurreição;
1873 – publica Histórias da meia- noite (contos) e Notícia da atual
literatura brasileira
1874 – A mão e a luva (romance) – sua estreia como folhetinista. O
romance é publicado em capítulos no jornal O Globo, de Quintino
Bocaiúva. Sai em livro no mesmo ano.
1875 – publica Americanas (poesia);
1876 – Helena (romance);
1878 – Iaiá Garcia (romance) e seu ensaio crítico
1880 – Tu, só tu puro amor (peça de teatro em homenagem ao
centenário de morte de Luís de Camões);
52. 1881 – Memórias póstumas de Brás Cubas.
1882 – Papéis avulsos (contos);
1884 – o casal se muda para o seu endereço definitivo: Rua Cosme
Velho, 18 (hoje, parte da zona sul do Rio). Publica Histórias sem
data (contos);
1891 – Quincas Borba (romance);
1896 – Várias histórias (contos) e Não consultes médico (peça de
teatro). Fundada a Academia Brasileira de Letras. Machado de
Assis é eleito seu primeiro presidente.
1897 – Sílvio Romero publica Machado de Assis (estudo crítico);
1899 – Páginas recolhidas (diversos) e Dom Casmurro;
53. 1901 – publica Ocidentais, principalmente com a produção poética
de 1878 a 1880, e Poesias completas, reunindo sua obra poética;
1904 – Esaú e Jacó (romance) e em 20 de outubro – morre Carolina;
1906 – Relíquias da casa velha (diversos, incluindo o soneto A
Carolina e Lições de botânica – última peça de teatro publicada em
vida);
1908 – Memorial de Aires (romance). Morre em 29 de setembro, aos
69 anos (na presença de Euclides da Cunha, Mário de Alencar,
Coelho Neto, José Veríssimo, Raimundo Correia);
1935 – Augusto Meyer publica Machado de Assis (estudo crítico);
1936 – Lúcia Miguel Pereira publica Machado de Assis (biografia);
54. 1939 – Mário Matos publica Machado de Assis, o homem e a obra
(biografia);
1960 – Helen Caldwell publica, nos EUA, O Otelo brasileiro de
Machado de Assis, um estudo sobre Dom Casmurro, lançando uma
perspectiva totalmente nova de leitura para o romance e a obra de
Machado;
1970 – Antônio Candido publica Esquema de Machado de Assis;
1978 – Silviano Santiago publica Retórica da verossimilhança;
1981 – Luiz costa Lima publica Sob a face de um bruxo;
1990 – Roberto Schwarz publica Ao vencedor as batatas e Um
mestre na periferia do capitalismo
55. Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, — restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.