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FISIOCURSOS MANAUS
PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA INTENSIVA
INTERAÇÃO DAS DROGAS VASOATIVAS E A
FISIOTERAPIA EM PACIENTES DE UTI
ALUNA: KATT ANNE SIMÕES FARIAS LIMA
MANAUS-AMAZONAS
2013
INTERAÇÃO DAS DROGAS VASOATIVAS E A
FISIOTERAPIA EM PACIENTES DE UTI
Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vasoativas são de
uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o conhecimento exato da
sua farmacocinética e farmacodinâmica é de vital importância para o
intensivista, pois daí decorre o sucesso ou mesmo o insucesso de sua
utilização. O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam
efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam eles diretos ou
indiretos, atuando em pequenas doses e com respostas dose dependente de
efeito rápido e curto, através de receptores situados no endotélio vascular.
Então, na maioria das vezes, é necessário o uso da monitorização
hemodinâmica, invasiva, quando da utilização dessas substâncias, pois suas
potentes ações determinam mudanças drásticas tanto em parâmetros
circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem
efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua
suspensão.
Tem como objetivo manter pressão arterial adequada e perfusão tecidual
quando a reposição volêmica adequada não consegue fazê-lo. Dar suporte
inotrópico para otimização do débito cardíaco conforme necessário. A terapia
vasopressora não deve ser iniciada a não ser que o paciente esteja com a
volemia ajustada. O uso de vasopressores pode ser necessário de forma
transitória, mesmo com a volemia não adequada, quando ocorrer hipotensão
importante. Pressão arterial deve ser o objetivo da terapia vasopressora e a
restauração de perfusão adequada o critério de efetividade.
A perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante
objetivo da circulação,que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo
em condições não ideais. A oferta de oxigênio é a medida mais direta da
função circulatória e o consumo de O2 é a medida mais direta da atividade
metabólica. Imagina-se, então, que a distribuição inadequada de O2 , em face
da demanda metabólica, aumentada devido a fatores como trauma, perda de
sangue e infecção, produzam hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte.
As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que
regulam o DC. Este é determinado pelo produto do volume sistólico (VS) e
freqüência cardíaca (FC). O VS depende das pressões e dos volumes de
enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da
resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga).
A FC é determinada pela capacidade de reação cronotrópica do coração à
estimulação simpática, durante a reação de estresse. A distribuição de O2 aos
tecidos depende diretamente do DC e do conteúdo arterial de O2.
Por outro lado, o VO2 varia de acordo com necessidades metabólicas, sendo
estas extremamente mutáveis e dependentes dos mecanismos envolvidos na
agressão e integridade teciduais.
A fisioterapia no paciente criticamente enfermo na uti tem exigido cada vez
mais com que o fisioterapeuta forneça conhecimentos e embasamento
científicos do seu papel no manejo desse paciente crítico, sendo vista como
uma parte integrante da equipe multidisciplinar na maioria das UTIs, porém
necessita demonstrar boa relação custo benefício. Os pacientes na UTI têm
múltiplos problemas que mudam rapidamente em resposta ao curso da
doença e a condução médica e diante do uso das drogas vasoativas. Ao invés
do tratamento padronizado, abordagens em condições variadas, podem ser
extraídas de princípios da prática, que podem orientar a avaliação do
fisioterapeuta, avaliação e prescrição das intervenções e suas freqüentes
modificações para cada paciente na UTI. É importante lembrar sempre e
termos em mãos recursos e abordagens atualizadas pois como a sua ação é
imediata temos que manter uma monitorização constante. as técnicas
fisioterapêuticas serão as mesmas porém usadas com cautelas respeitando os
critérios de restrições de acordo com o quadro clinico no momento.
Bibliografia
1. Azeredo CAC - Fisioterapia Respiratória. Bonsucesso, RJ. Panamed, 1984.
2.Fisioterapia-Educação á distância.I. Associação Brasileira de Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva.II.Jocimar Avelar
III.Dias, Cristina Márcia.
3.Slutzky LC. In:Sarmento GJ,Vega JM, Lopes NS. Fisioterapia em UTI. Avaliação
e Procedimentos.1.ed.São Paulo: Atheneu; 2006.v. 1.p.299-322.

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  • 1. FISIOCURSOS MANAUS PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA INTENSIVA INTERAÇÃO DAS DROGAS VASOATIVAS E A FISIOTERAPIA EM PACIENTES DE UTI ALUNA: KATT ANNE SIMÕES FARIAS LIMA MANAUS-AMAZONAS 2013
  • 2. INTERAÇÃO DAS DROGAS VASOATIVAS E A FISIOTERAPIA EM PACIENTES DE UTI Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o conhecimento exato da sua farmacocinética e farmacodinâmica é de vital importância para o intensivista, pois daí decorre o sucesso ou mesmo o insucesso de sua utilização. O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com respostas dose dependente de efeito rápido e curto, através de receptores situados no endotélio vascular. Então, na maioria das vezes, é necessário o uso da monitorização hemodinâmica, invasiva, quando da utilização dessas substâncias, pois suas potentes ações determinam mudanças drásticas tanto em parâmetros circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua suspensão. Tem como objetivo manter pressão arterial adequada e perfusão tecidual quando a reposição volêmica adequada não consegue fazê-lo. Dar suporte inotrópico para otimização do débito cardíaco conforme necessário. A terapia vasopressora não deve ser iniciada a não ser que o paciente esteja com a volemia ajustada. O uso de vasopressores pode ser necessário de forma transitória, mesmo com a volemia não adequada, quando ocorrer hipotensão importante. Pressão arterial deve ser o objetivo da terapia vasopressora e a restauração de perfusão adequada o critério de efetividade.
  • 3. A perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante objetivo da circulação,que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo em condições não ideais. A oferta de oxigênio é a medida mais direta da função circulatória e o consumo de O2 é a medida mais direta da atividade metabólica. Imagina-se, então, que a distribuição inadequada de O2 , em face da demanda metabólica, aumentada devido a fatores como trauma, perda de sangue e infecção, produzam hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte. As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o DC. Este é determinado pelo produto do volume sistólico (VS) e freqüência cardíaca (FC). O VS depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga). A FC é determinada pela capacidade de reação cronotrópica do coração à estimulação simpática, durante a reação de estresse. A distribuição de O2 aos tecidos depende diretamente do DC e do conteúdo arterial de O2. Por outro lado, o VO2 varia de acordo com necessidades metabólicas, sendo estas extremamente mutáveis e dependentes dos mecanismos envolvidos na agressão e integridade teciduais. A fisioterapia no paciente criticamente enfermo na uti tem exigido cada vez mais com que o fisioterapeuta forneça conhecimentos e embasamento científicos do seu papel no manejo desse paciente crítico, sendo vista como uma parte integrante da equipe multidisciplinar na maioria das UTIs, porém necessita demonstrar boa relação custo benefício. Os pacientes na UTI têm múltiplos problemas que mudam rapidamente em resposta ao curso da doença e a condução médica e diante do uso das drogas vasoativas. Ao invés do tratamento padronizado, abordagens em condições variadas, podem ser extraídas de princípios da prática, que podem orientar a avaliação do
  • 4. fisioterapeuta, avaliação e prescrição das intervenções e suas freqüentes modificações para cada paciente na UTI. É importante lembrar sempre e termos em mãos recursos e abordagens atualizadas pois como a sua ação é imediata temos que manter uma monitorização constante. as técnicas fisioterapêuticas serão as mesmas porém usadas com cautelas respeitando os critérios de restrições de acordo com o quadro clinico no momento.
  • 5. Bibliografia 1. Azeredo CAC - Fisioterapia Respiratória. Bonsucesso, RJ. Panamed, 1984. 2.Fisioterapia-Educação á distância.I. Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva.II.Jocimar Avelar III.Dias, Cristina Márcia. 3.Slutzky LC. In:Sarmento GJ,Vega JM, Lopes NS. Fisioterapia em UTI. Avaliação e Procedimentos.1.ed.São Paulo: Atheneu; 2006.v. 1.p.299-322.