2. Evolução da Assepsia
Inácio Felipe Semmelweis (1846)
• Médico Obstetra húngaro que nasceu em 1818, conseguiu
diminuir drasticamente a taxa de mortalidade por sépsis
(febre) puerperal em seu hospital mediante a determinação
de que os obstetras lavassem as mãos (hipoclorito) antes de
atender aos partos (em 1946).
Acabou morrendo em 1865, em conseqüência
de uma infecção que ele mesmo provocou
cortando-se com um bisturi contaminado para
demonstrar sua teoria.
6. Evolução da Assepsia
O uso das luvas cirúrgicas na sala de operações foi
popularizado por William Stewart Halsted (1889).
• Em 1889, as luvas cirúrgicas foram introduzidas no Johns Hopkins
Hospital em Baltimore, EUA, porque a enfermeira-chefe do centro
cirúrgico (e sua futura esposa) Caroline Hampton desenvolveu uma
dermatite pelo uso da solução usada para desinfetar as mãos e os
braços.
Tal fato levou Halsted a solicitar à Goodyear Rubber
Company que produzisse luvas finas que não interferissem
com a necessária sensibilidade.
10. Importância
Hospital – insalubre (hospadeiros mais
suscetíveis X microorganismos mais
resistentes)
Risco de infecção:
• Microorganismos (virulência, número, resistência)
• Hospedeiros (sistema imunológico)
• Ambiente
• Equipe de saúde
11. “A infecção é uma complicação
inerente ao ato cirúrgico e se faz
necessário um grande esforço para
mantê-la sob controle e em níveis
aceitáveis, dentro dos padrôes de uma
determinada instituição hospitalar, de
tal modo que a análise de seus índices
constitui, hoje, um parâmetro de
controle de qualidade do serviço
prestado por um hospital.”
12. Vias de Contaminação
A via Direta
• Através de contato direto com o receptor,
transmitindo microorganismos a partir da face, pele,
vias respiratórias, intestinais, genitais, ou através de
qualquer outra lesão em atividade, como um
furúnculo, uma ferida contaminada, etc.
A via Indireta
• Parte do portador ou da lesão ativa, e através de um
terceiro elemento transmite-se ao receptor. O veículo
pode ser o ar, poeira, roupas, utensílios, insetos, etc.
13. Definições
Limpeza
• Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas,
• Redução da carga microbiana presente nos produtos
para saúde
• Utiliza água, detergentes, produtos e acessórios de
limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou
automatizada)
• Atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de
forma a tornar o produto seguro para manusesio e
preparado para desinfecção ou esterilização.
15. Definições
Assepsia
• É o processo pelo qual se consegue afastar
os microorganismos de um determinado
ambiente, objeto ou campo operatório.
• São manobras realizadas com o intuito de
manter o doente e o meio ambiente
cirúrgico livre de gérmens (Goffi)
16. Definições
Antissepsia
•É a eliminação das formas vegetativas
de bactérias patogênicas e grande
parte da flora residente da pele ou
mucosa, através da ação de substâncias
químicas (anti-sépticos).
•É a destruição dos gérmens (Goffi)
18. Definições
Esterilização
•É o processo de destruição de todas
as formas de vida microbiana
(bactérias nas formas vegetativas e
esporuladas, fungos e vírus)
mediante a aplicação de agentes
físicos ou químicos.
22. Classificação dos artigos segundo o
risco potencial de contaminação
Classificação de
SPAULDING (1968)
•NÃO CRÍTICOS
•SEMICRÍTICOS
•CRÍTICOS
23. Classificação dos artigos segundo o
risco potencial de contaminação
Produtos para saúde Não Críticos
•produtos que entram em contato com
pele íntegra ou não entram em contato
com o paciente – LIMPEZA OU
DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL
•Ex. Comadre, termômetro,
estetoscópio, otoscópio, lençóis, etc.
24. Classificação dos artigos segundo o
risco potencial de contaminação
Produtos para saúde Semi críticos
• produtos que entram em contato com
pele não íntegra ou mucosas íntegras
colonizadas – DESINFECÇÃO DE ALTO
NÍVEL
• Ex. Inaladores, cânula de guedel,
máscara de ambú, endoscópios, etc.
25. Classificação dos artigos segundo o
risco potencial de contaminação
Produto para a saúde Crítico
• produto para a saúde utilizado em
procedimento invasivo com penetração de
pele, mucosas, espaços ou cavidades
estéreis, tecidos subepiteliais e sistema
vascular – ESTERILIZAÇÃO
• Ex. Instrumental cirúrgico, borracha de
aspiração, cateteres cardiacos, etc.
26. Classificação dos artigos segundo o
risco potencial de contaminação
Desinfecção de alto nível
• É indicada para: Itens semi-críticos.
• Agentes desinfetantes disponíveis no mercado: Formaldeído, Glutaraldeído,
Ácido Peracético, Pasteurizadora, Termodesinfetadora.
Desinfecção de nível intermediário
• Indicado para: Itens não-críticos e superfícies.
• Agentes desinfetantes disponíveis no mercado: Álcool etílico 70%, fenóis (alta
toxicidade, tende ao desuso), hipoclorito de sódio (1.000 ppm de cloro
disponível)
Desinfecção de baixo nível
• Agentes desinfetantes disponíveis no mercado: Álcool etílico 70%, fenóis (alta
toxicidade, tendendo ao desuso), hipoclorito de sódio (100 ppm de cloro
disponível), quaternário de amônio (detergentes)
29. Esterilização Física
Calor seco
•Incineração: chama (flambagem) e
eletricidade (fulguração).
•Estufa – materiais “secos”
• 160ºC ----------- 2 horas
• 140ºC ----------- 3 horas
• 180ºC ----------- 1 hora
30. Esterilização Física
Radiação
• Esterilização de artigos termossensíveis (seringa de plástico,
agulha hipotérmicas, luvas, fios cirúrgicos) – escala industrial
(altos custos)
Rediação ionizantes: raios beta, gama, alfa.
Penetrabilidade nos materiais mesmos já
empacotados (ex: fios cirúrgicos, medicamentos)
Radiações não ionizantes: rais ultravioleta, ondas
curtas e raios infravermelhos
• Devido a sua baixa eficiência, não recomendado pelo MS desde
1992.
31. Esterilização Física
Calor úmido
•Fervura: não é método adequado de
esterilização, pois a temperatura
máxima que pode atingir é 100 graus
ao nível do mar
•Alguns esporos e vírus são resistentes
32. Esterilização Física
Vapor sob pressão (Autoclave)
• A ação combinada de temperatura, pressão e da
úmidade são suficientes para uma esterilização
rápida, de modo que vapor saturado a 750 mmHg e
temperatura de 121 graus são suficientes para
destruir os esporos mais resistentes, em 30 minutos.
• Usando-se o vapor saturado a 1150mmhg e 218
graus, o tempo cai para 6 minutos.
• Em casos de emergência, usamos durante 2 minutos
a temperatura de 132 graus e 1400 mmHg.
33.
34. Esterilização Química
Óxido de etileno (ETO)
•É um gás incolor com ação germicida.
•Indicado para materiais que não toleram
temperaturas elevadas.
•Autorizado pelo Ministério da Saúde
como agente para esterilização, portaria
930-1992.
35. Esterilização Química
Glutaraldeído
• Propriedades micobactericida, fungicida,
esporocida, virucida e bactericida.
• Indicado para endoscópios,
equipamentos de anestesia.
• Tóxico e pode ser estocado por até 2
semanas.
37. Esterilização
Agentes químicos
• Resolução – RDC n 8, de 27 de fevereiro de 2009
• Fica suspensa a esterilização química por imersão,
utilizando agentes esterilizantes líquidos, para o
instrumental cirúrgico e produtos para a saúde utilizados
nos procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por
videoscopias com penetração de pele, mucosas
adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular,
cirúrgias abdominais e pélvicas convencionais, cirúrgias
plásticas com o auxílio de ópticas, mamoplastias e
procedimentos de lipoaspiração.
38. Antissépticos
Um antisséptico adequado deve exercer a
atividade germicida sobre a flora cutâneo-
mucosa em presença de sangue, soro, muco ou
pus, sem irritar a pele ou as mucosas.
Os agentes que melhor satisfazem as exigências
para aplicação em tecidos vivos são os iodos, a
cloro-hexidina, o álcool e o hexaclorofeno.
39. Produtos para a
desinfecção das mãos
Soluções antissépticas com
detergentes (degermantes)
• Destinam-se á degermação da pele, removendo
detritos e impurezas e realizando antissepsia
parcial
• Ex: Solução detergente de PVPI a 10% (1% de
iodo ativo) e Solução detergente de cloro-
hexidina a 4%, com 4% de álcool etílico
40. Produtos para a desinfecção das mãos
Solução alcoólica para anti-
sepsia das mãos:
•Solução de álcool iodado a 0,5 ou 1%
(álccol etílico a 70% com ou sem 2% de
glicerina)
•Álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de
glicerina
41.
42. Antissépticos
RESOLUÇÃO – RDC N 42, DE 25
DE OUTUBRO DE 2010
•Dispóe sobre a obrigatoriedade de
disponibilização de preparação
alcoólica para fricção antisséptica das
mãos, pelos serviços de saúde do País,
e dá outras providências.
69. Importante
Convém lembrar que o antisséptico clorexidine
aquoso faz a antissepsia, antes de
procedimentos invasivos, com um tempo de
ação residual de 5 a 6 horas.
Já o álcool a 70% glicerinado tem ação imediata
e faz a antissepsia de procedimentos que não
necessitam de efeito residual por serem de
curta duração.
70. Importante
A antissepsia das mãos:
• Unidades de terapia intensiva, berçário de
alto risco, unidades de transplantes,
hematologia e na realização de pré e de pós-
procedimentos e exames invasivos deve ser
realizada utilizando-se a mesma técnica de
lavagem das mãos, incluindo os antebraços,
porém, usando os antissépticos acima citados.
71. Importante
Ao utilizar PVPI ou clorexidine não utilizar álcool a 70%
imediatamente após, pois este inativa a ação residual dos
mesmos.
O uso do PVPI é contraindicado em recém-natos e grandes
queimados devido a sua absorção transcutânea de iodo,
podendo acarretar hipertireoidismo.
A clorexidine deve ser utilizada em caso de pacientes ou
funcionários alérgicos ao iodo.
A dor estava presente, mas o grande vilão era a infecção
Lembram da supuração louvável...
Lister se entusiasmou com as descobertas de Pasteur (partículas vivas e não visíveis que causavam infecção)
Lister usava ácido carbólico nas feridas de seus pacientes
Materiais
Organico
Primeiro – Degerma o paciente
Terceiro - Colocação de campos, salas com pressão negativa de ar, lavagens das mãos
Segundo - tópico
Inorganicos geralmente
Totalmente diferente o potencial de contaminação de um material que entra em contato com tubo digestivo de outro que ficou em contato com pele integra
Tirou bicho de pé com a agulha incandescente
Cobalto 60
Ferveu a mamadeira das crianças
Pele do paciente
Desinquinação: Limpeza da pele para remoção da flora permanente e/ou transitória que existe na superfície.