O documento descreve a importância do Livro dos Espíritos, publicado em 1857 por Allan Kardec, como a obra fundadora do Espiritismo. O Livro dos Espíritos continha respostas de Espíritos a perguntas sobre a existência espiritual, compiladas por Kardec após questionar vários médiuns. A obra estabeleceu os princípios fundamentais do Espiritismo e oferece novas perspectivas sobre a natureza humana e seu destino.
O Livro dos Espíritos e seus ensinamentos fundamentais
1.
2. Abril é o mês em que o movimento espírita comemora o lançamento de “O
Livro dos Espíritos”, ocorrido em Paris, a 18 de abril de 1857. Além dos
ensinamentos dos Espíritos superiores, surgiram também os vocábulos
espiritismo, espírita e espiritista, como também Allan Kardec, pseudônimo
usado por Hyppolyte Léon Denizard Rivail para assinar as obras espíritas.
Nessa primeira edição, a obra continha 501 perguntas e respostas, sendo
ampliada três anos mais tarde, quando passou a contar 1019, formato atual.
Para elaborá-lo, Kardec se utilizou de jovens médiuns, que faziam a
intermediação entre os Espíritos e o mundo terreno. Questionou muitos
Espíritos sobre os mais variados temas que dizem respeito à nossa
existência.
3. Recebeu das mais diversas partes do mundo informações vindas de
Espíritos, analisando-as, selecionando-as e classificando-as
sistematicamente por assunto. Abandonou muitas delas, por duvidosas e
por não contarem com a concordância universal dos Espíritos. Não
aceitava o que não estivesse conforme a razão, aproveitando o que era
lógico e racional, sempre com bom senso e espírito crítico. Da seleção e
sistematização das respostas recebidas o então professor Rivail elaborou a
obra, adotando o nome com que ficou conhecido, para diferenciá-la de
seus trabalhos pedagógicos anteriores. O Livro dos Espíritos constitui-se
no mais completo tratado sobre a existência e a natureza dos espíritos e
suas relações com o mundo corporal.
4. Nele estão contidos os princípios fundamentais do Espiritismo, em seus
três aspectos: científico, filosófico e moral, tais como foram transmitidos
pelos Espíritos, seus verdadeiros autores. Essa obra acena para a
Humanidade, com novas perspectivas, ao demonstrar a realidade da nossa
existência, num processo contínuo de crescimento através das vidas
sucessivas rumo à nossa destinação final, que é a perfeição. Seus
ensinamentos conduzem o homem a compreender, sem mistérios, quem
é, de onde veio, para onde vai e o que faz na Terra. A obra
kardequiana, a se iniciar por O Livro dos Espíritos, deve ser não somente
lida, mas especialmente estudada pelos profitentes e simpatizantes do
Espiritismo. Elas representam a base do conhecimento doutrinário.
5. Sem o estudo dessa base não se pode alcançar o conhecimento
espírita, que nos proporciona as devidas reflexões para uma transformação
moral que testemunhe o real aprendizado da Doutrina Espírita, que, se
consola, é porque esclarece e orienta. O estudo das obras básicas não dá
para ser feito somente de uma vez. A cada vez que nos ocupamos em
refletir sobre o conteúdo dos livros que compõem essa base, aprendemos
algo novo, que não nos foi possível perceber nas leituras e apreciações
anteriores. É que, entre um estudo e outro de uma dessas
obras, vivenciamos experiências que nos sensibilizaram e nos
dinamizaram o raciocínio e o entendimento, e passamos, assim, a
ver, nessa nova apreciação, aquilo que passou despercebido nas outras
leituras.
6. É preciso que entendamos também que, além da Doutrina
Espírita, precisamos conhecer o pensamento kardequiano e, para tanto, é
necessário que, além das cinco obras da codificação, procuremos conhecer
a Revista Espírita, O que é o Espiritismo, Obras Póstumas, Viagem
Espírita em 1862, todas de Kardec. Aliás, o estudo da Revista Espírita foi
recomendado por Kardec em O Livro dos Médiuns, Primeira
Parte, Capítulo III, Do Método, item 35. Ainda são poucos aqueles que a
conhecem. É pena! Nela encontramos Kardec praticando o Espiritismo e
discutindo com inteira liberdade as ideias espíritas e os problemas
humanos que pudessem ser vistos à luz dessa doutrina.
7. Que possamos festejar tão significativo acontecimento, estudando o Livro
dos Espíritos e divulgando-o com amor e perseverança, melhor maneira de
externarmos nosso agradecimento pelo surgimento dessa monumental
obra. O mais importante, no entanto, é sabermos realmente o que estamos
festejando e porque o estamos fazendo. E isso acontecerá quando
compreendermos a importância das obras kardequianas, pelo aprendizado
e uso de seus ensinamentos.
Muita Paz!
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