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INTERPRETAÇÃO E TRADUÇÃO 
SÃO PAULO, 23.09.14 
LUCAS GALVÃO DE BRITTO 
MESTRE E DOUTORANDO PUC-SP
Interpretação 
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2. Realidade 
3. Normalidade e 
verdade 
4. Tradução 
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competente
Interpretação 
e tradução 
1. Texto 
2. Realidade 
3. Normalidade e 
verdade 
4. Tradução 
5. (Con)verter em 
linguagem 
competente
Tudo aquilo que 
posso 
interpretar é 
texto 
– Hans-Georg Gadamer
Todo ponto de 
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REPRESENTAÇÃO | OBJETO
R1
Interpretação 
e tradução 
1. Texto 
2. Realidade 
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verdade 
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linguagem 
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Viver é 
recortar a 
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–Pontes de Miranda. O 
Problema fundamental do 
conhecimento
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mostra-se, 
invariavelmente, 
em pedaços. 
–Pontes de Miranda. O 
Problema fundamental do 
conhecimento
R1 
R2 
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R4
R1 
R2 
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OD 
R4
R1 
R2 
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R4 
OD 
QUE É A REALIDADE?
R 
R 
R 
R 
OD 
QUE É A REALIDADE? 
ONTOLOGOS 
Algo que existe 
independentemente da 
vontade do homem 
± OD
R1 
R2 
R3 
R4 
O 
QUE É A REALIDADE? 
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Fruto de um trabalho criativo 
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Interpretação 
e tradução 
1. Texto 
2. Realidade 
3. Normalidade e 
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5. (Con)verter em 
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competente
Interpretação 
e tradução 
1. Texto 
2. Realidade 
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Interpretação 
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1. Texto 
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Interpretação 
e tradução 
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2. Realidade 
Regras 
3. Normalidade e 
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4. Referências 
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5. (Con)verter em 
linguagem 
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TODA REGRA DE CORTE 
SELECIONA ALGUNS 
ELEMENTOS 
R1
TODA REGRA DE CORTE 
SELECIONA ALGUNS 
ELEMENTOS 
R1 
E IGNORA OUTROS
R1 
R2 
R3 
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OD 
DIFERENTES REGRAS DE 
CORTE 
CONSTRÓEM 
REPRESENTAÇÕES 
DISTINTAS
R 
R2 
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R 
OD 
UM RELATO JURÍDICO É 
AQUELE PRODUZIDO DE 
ACORDO COM AS REGRAS 
DE CORTE JURÍDICO 
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R1 
R2 
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UM RELATO ECONÔMICO, 
POR EXEMPLO É AQUELE 
PRODUZIDO DE ACORDO 
COM AS REGRAS DE CORTE 
ECONÔMICO 
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Interpretação 
e tradução 
1. Texto 
2. Realidade 
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5. (Con)verter em 
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R1 
R2 
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OD
R1 
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OD 
CADA PONTO DE VISTA É 
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R1 
R2 
R3 
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OD 
PARA CADA PONTO DE VISTA 
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R1 
R2 
R3 
R4 
OD 
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R1 
R2 
R3 
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OD 
CADA UM, PORTANTO, ESTARÁ 
CONVICTO DE SUA 
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R1 
R2 
R3 
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OD 
QUAL É A 
REPRESENTAÇÃO REAL?
R1 
R2 
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OD 
QUAL É A 
REPRESENTAÇÃO REAL? 
ESSE É UM PROBLEMA DE 
ESCOLHA E ACEITAÇÃO DAS 
REGRAS DE CORTES
A língua forma, 
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–Vilém Flusser, 
Língua e Realidade
Interpretação 
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Louis Hjelmslev quando explicava que os esquimós 
têm cinco substantivos diferentes que as línguas 
europeias só podem traduzir por “neve”. Não 
existe então algo, a neve, que os esquimós chamam 
de cinco maneiras diferentes, porque esses cinco 
substantivos não são sinônimos em sua língua. Algo 
semelhante acontece quando queremos traduzir o 
this e o that dos ingleses ao espanhol, já que nesta 
língua o sistema de demostrativos não é binário, 
mas ternário: este, ese e aquel. E ao contrário, em 
inglês existem os substantivos freedom e liberty que 
em espanhol somente se pode traduzir por libertad. 
– Dardo Scavino. A Filosofia Atual Pensar sem Certezas.
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e tradução 
1. Texto 
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competente
FATO 
JURÍDICO 
FATO 
SOCIAL 
FATO 
ECONÔMICO 
FATO 
BIOLÓGICO 
OD
FATO 
JURÍDICO 
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Interpretação, Realidade e Regras de Corte

  • 1. INTERPRETAÇÃO E TRADUÇÃO SÃO PAULO, 23.09.14 LUCAS GALVÃO DE BRITTO MESTRE E DOUTORANDO PUC-SP
  • 2. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 3. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 4. Tudo aquilo que posso interpretar é texto – Hans-Georg Gadamer
  • 5.
  • 6. Todo ponto de vista é a vista de um ponto – Frei Betto
  • 7.
  • 8.
  • 10. R1
  • 11. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 12. Viver é recortar a realidade –Pontes de Miranda. O Problema fundamental do conhecimento
  • 13. A realidade mostra-se, invariavelmente, em pedaços. –Pontes de Miranda. O Problema fundamental do conhecimento
  • 14. R1 R2 R3 R4
  • 15. R1 R2 R3 OD R4
  • 16. R1 R2 R3 R4 OD QUE É A REALIDADE?
  • 17. R R R R OD QUE É A REALIDADE? ONTOLOGOS Algo que existe independentemente da vontade do homem ± OD
  • 18. R1 R2 R3 R4 O QUE É A REALIDADE? RETÓRICOS Fruto de um trabalho criativo do homem que articula um conjunto de interpretações, aceitando umas e rejeitando outras
  • 19. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 20. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 21. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 22. Interpretação e tradução 1. Modelos Texto 2. Realidade Regras 3. Normalidade e Padrões verdade 4. Referências Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 23. TODA REGRA DE CORTE SELECIONA ALGUNS ELEMENTOS R1
  • 24. TODA REGRA DE CORTE SELECIONA ALGUNS ELEMENTOS R1 E IGNORA OUTROS
  • 25. R1 R2 R3 R4 OD DIFERENTES REGRAS DE CORTE CONSTRÓEM REPRESENTAÇÕES DISTINTAS
  • 26. R R2 R3 R OD UM RELATO JURÍDICO É AQUELE PRODUZIDO DE ACORDO COM AS REGRAS DE CORTE JURÍDICO CONSTRÓEM REPRESENTAÇÕES JURÍDICAS
  • 27. R1 R2 R3 R4 OD UM RELATO ECONÔMICO, POR EXEMPLO É AQUELE PRODUZIDO DE ACORDO COM AS REGRAS DE CORTE ECONÔMICO CONSTROEM REPRESENTAÇÕES ECONÔMICAS
  • 28. Fato jurídico é o nome dado ao relato, em linguagem competente, de um evento. – Paulo de Barros Carvalho. Direito, Tributário Linguagem e Método.
  • 29. FATO JURÍDICO FATO SOCIAL FATO ECONÔMICO FATO BIOLÓGICO OD
  • 30. As regras de um jogo conferem-lhe identidade. – Gregorio Robles. As regras dos jogos e as regras do direito.
  • 31. Um relato integra a realidade se a comunidade o tem por normal. – João Maurício Adeodato. Uma teoria retórica da norma jurídica e do direito subjetivo
  • 32. FOLHA DE SÃO PAULO 01.12.12
  • 33. Yo no creo en las brujas, pero que las hay, si las hay. – Sancho Panza, personagem de Don Quijote de Miguel de Cervantes Saavedra
  • 35. Se quero jogar xadrez, tenho de aceitar as regras desse jogo. – Gregorio Robles. As regras dos jogos e as regras do direito.
  • 37.
  • 38. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade s e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 39. R1 R2 R3 R4 OD
  • 40. R1 R2 R3 R4 OD CADA PONTO DE VISTA É FIXADO POR UM CONJUNTO DE REGRAS SOBRE COMO RECORTAR O OBJETO
  • 41. R1 R2 R3 R4 OD PARA CADA PONTO DE VISTA O NORMAL É A REPRESENTAÇÃO CONSTRUÍDA DE ACORDO COM ESSAS REGRAS
  • 42. R1 R2 R3 R4 OD SE CADA OBSERVADOR ADOTA REGRAS DIFERENTES, NÃO CONSTROEM A MESMA REPRESENTAÇÃO
  • 43. R1 R2 R3 R4 OD CADA UM, PORTANTO, ESTARÁ CONVICTO DE SUA REALIDADE, IGNORANDO AS DEMAIS
  • 44. R1 R2 R3 R4 OD QUAL É A REPRESENTAÇÃO REAL?
  • 45. R1 R2 R3 R4 OD QUAL É A REPRESENTAÇÃO REAL? ESSE É UM PROBLEMA DE ESCOLHA E ACEITAÇÃO DAS REGRAS DE CORTES
  • 46. A língua forma, cria e propaga a realidade –Vilém Flusser, Língua e Realidade
  • 47. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 48. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 49. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 50. Louis Hjelmslev quando explicava que os esquimós têm cinco substantivos diferentes que as línguas europeias só podem traduzir por “neve”. Não existe então algo, a neve, que os esquimós chamam de cinco maneiras diferentes, porque esses cinco substantivos não são sinônimos em sua língua. Algo semelhante acontece quando queremos traduzir o this e o that dos ingleses ao espanhol, já que nesta língua o sistema de demostrativos não é binário, mas ternário: este, ese e aquel. E ao contrário, em inglês existem os substantivos freedom e liberty que em espanhol somente se pode traduzir por libertad. – Dardo Scavino. A Filosofia Atual Pensar sem Certezas.
  • 51. Louis Hjelmslev quando explicava que os esquimós têm cinco substantivos diferentes que as línguas europeias só podem traduzir por “neve”. Não existe então algo, a neve, que os esquimós chamam de cinco maneiras diferentes, porque esses cinco substantivos não são sinônimos em sua língua. Algo semelhante acontece quando queremos traduzir o this e o that dos ingleses ao espanhol, já que nesta língua o sistema de demostrativos não é binário, mas ternário: este, ese e aquel. E ao contrário, em inglês existem os substantivos freedom e liberty que em espanhol somente se pode traduzir por libertad. – Dardo Scavino. A Filosofia Atual Pensar sem Certezas.
  • 52. A língua forma, cria e propaga a realidade –Vilém Flusser, Língua e Realidade
  • 53. R1 R2 R3 R4 OD QUAL É A REPRESENTAÇÃO REAL? ESSE É UM PROBLEMA DE ESCOLHA E ACEITAÇÃO DAS REGRAS DE CORTES
  • 54. R1 TODA REGRA DE CORTE SELECIONA ALGUNS ELEMENTOS
  • 55. R1 TODA REGRA DE CORTE SELECIONA ALGUNS ELEMENTOS TODA REGRA DE CORTE PERMITE VER ALGUNS ELEMENTOS
  • 56. Interpretação e tradução 1. Texto 2. Realidade 3. Normalidade e verdade 4. Tradução 5. (Con)verter em linguagem competente
  • 57. FATO JURÍDICO FATO SOCIAL FATO ECONÔMICO FATO BIOLÓGICO OD
  • 58. FATO JURÍDICO FATO SOCIAL OD