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Ultrassom do Peritônio e
Retroperitônio
Fernanda Hiebra Gonçalves
Retroperitônio
• Grande área abdominal posterior.
• Diagnóstico desafiador e tardio- sintomas inespecíficos.
• A imagem é degradada por fatores anatômicos e fisiológicos, como gases
intestinais, gordura, musculatura, pulmões e útero.
• A escolha do aparelho, a programação e técnicas adequadas podem minimizar
essas dificuldades.
Retroperitônio
Embriologia
Embriologia
13º dia - Gastrulação
Mesoderma intra-
embrionário (3º e último
folheto germinativo)
Paraxial Intermediária Lateral
Celoma embrionário
único – do tórax a pelve
Surgimento do septo transverso
– principal componente do
diafragma
Início da separação das
cavidades torácica e
abdominal
Folha do mesoderma
lateral + ectoderma =
somatopleura
Folha visceral do
mesoderma lateral +
endoderma =
esplancnopleura
Embriologia
• Tubo digestivo:
- Revestido pelo endoderma
que é envolto pelo
mesoderma da
esplancnopleura.
- Este mesoderma prende o
tubo digestivo à parede dorsal
do embrião por meio do
mesodorsal.
- O mesoventral prende a maior
parte do intestino cefálico
(esôfago terminal, estômago e
duodeno inicial) à parede
ventral do embrião.
Embriologia
• Estômago:
- 5 semanas - crescimento uniforme e aspecto fusiforme.
- Ulteriormente, há um crescimento mais acentuado da região dorsal, futura
curvatura maior.
- Gira 90 graus em sentido horário longitudinal e anteroposterior.
Embriologia
• O mesogástrio dorsal é deslocado para esquerda e, junto com o estômago,
delimita um espaço conhecido como bolsa omental ou retrocavidade dos
omentos.
• O mesogástrio dorsal continua crescendo em direção caudal e forma o grande
omento que cobre ventralmente o cólon transverso e as alças do intestino
delgado.
• O mesogástrio ventral é deslocado para a direita, constituindo o omento menor.
Embriologia
• Pâncreas:
- Origina-se de dois divertículos
endodérmicos da porção
terminal do intestino cefálico, um
ventral e outro dorsal.
- 10 semanas - pâncreas ventral
gira atrás do duodeno para
formar a cabeça pancreática e,
depois, unir-se à porção dorsal.
- A movimentação gástrica é
responsável pelo deslocamento
posterior do pâncreas e do
duodeno, com involução do
mesotélio do peritônio parietal,
tornando-os retroperitoneais.
Embriologia
• Pela rotação das alças intestinais,
o seu mesentério sofre
complexas modificações. Uma
vez chegados à sua posição
definitiva, os colos ascendente e
descendente e parte do
sigmoide irão se acolar à parede
dorsal do abdome.
• Os mesocolos ascendente e
descente desaparecem
posteriormente.
• O mesocolo transverso ventral e
o próprio cólon transverso
fundem-se ao grande omento.
Retroperitônio
Anatomia
Retroperitônio
• É o segmento abdominal posterior localizado entre o
peritônio parietal e a fáscia transversal.
• Contém uma quantidade variável de tecidos fibroso e
gorduroso.
• Do diafragma até a pelve.
Retroperitônio
• Compartimentos:
1. Espaço pararrenal anterior
2. Espeço pararrenal posterior
3. Espaço perrirenal
Espaço Pararrenal Anterior
• Delimitações:
• Anteriormente: peritônio parietal
posterior.
• Posteriormente: fáscia perirrenal
anterior (fáscia de Gerota).
• Lateralmente: fáscia lateroconal.
• Comunica-se através da linha média.
• Atinge a área nua do fígado.
Espaço Pararrenal Posterior
• Entre a fáscia perirrenal posterior
(fáscia de Zuckerkandl) e a fáscia
transversal, que cobre os músculos
quadrado lombar e psoas.
• Comunica-se anterolateralmente
com o espaço pré-peritoneal e
caudalmente, com a região
posterior da pelve.
Espaço perirrenal
• Entre as fáscia de Gerota e o de
Zuckerkandl.
• Estreita-se inferiormente (forma de cone
invertido). Por essa razão, a camada única
da fáscia que se estende lateralmente a
partir do cone é denominada fáscia
lateroconal.
• Superiormente as fáscia perirrenais se
fundem e são fixas à fáscia do ilíaco e ao
tecido conjuntivo periureteral.
• Geralmente não apresentam continuidade
através da linha mediana.
• Limite medial: determinado pela fixação da fáscia de Gerota aos grandes vasos
e da fáscia de Zuckerkandl à fáscia do músculo psoas ou quadrado lombar.
Compartimentos Retroperitoneais
Espaço Retrofascial
• Contém o músculos psoas e quadrado lombar - frequentemente incluídos
erroneamente nas descrições retroperitoneais.
• M. quadrado lombar:
• Mais largo na sua porção cranial com forma grosseiramente em
quadrilátero.
• Origina-se da porção medial do 12º arco costal.
• Insere-se nos processos transversos das primeiras quatro vértebras
lombares, antes de fundir-se à crista ilíaca e ao ligamento iliolombar.
Espaço Retrofascial
• M. psoas:
• Composto pelo psoas maior e menor, o último presente em 60% da
população.
• Origina-se nos processos transversos e nos corpos das vértebras lombares.
• Se inserem no trocânter menor do fêmur.
Pilares Diafragmáticos
• Porções lineares do diafragma que
limitam o hiato aórtico e inserem-
se à região lateral da vértebra
lombar.
• Crus direita:
- Maior, mais longa e lobulada.
- Insere-se nas primeiras três
vértebras lombares.
- É posterior à VCI, à supra-
renal direita e ao fígado. Sua
margem tendinosa central
cruza anteriormente a aorta
abdominal.
Pilares Diafragmáticos
• O pilar esquerdo:
- Insere-se nas duas
primeiras vértebras
lombares.
- Relaciona-se junto ao
gânglio celíaco, à supra-
renal esquerda, ao baço e
à junção esofagogástrica,
ocasionalmente podendo
cruzar a aorta
anteriormente.
Espaços Pélvicos Extraperitoneais
• Pré-vesical (1)
• Localiza-se anterior e lateralmente à
fáscia vesicoumbilical (A) e
profundamente à fáscia transversal.
• É um grande compartimento que se
estende até a região umbilical.
• Comunica-se com a gordura pré-
peritoneal e o espaço pararrenal
posterior, em torno da parede
abdominal e dos flancos.
• Na região retropúbica é conhecido
como espaço de Retzius.
• Á fáscia vesicoumbilical situa-se
entre a fáscia transversal e o
peritônio e apresenta uma
configuração triangular, com ápice
voltado par ao umbigo.
Espaços Pélvicos Extraperitoneais
• Perivesical (2) – limitado pela fáscia
vesicoumbilical (A) e contém a bexiga, o
úraco e as artérias umbilicais obliteradas.
• Paravesical (5)
• Lateralmente à fáscia pélvica visceral
(B), que cursa ao longo das bordas
laterais dos órgãos pélvicos com
orientação anteroposterior.
• Medialmente, à fáscia pélvica
parietal que recobre a musculatura
pélvica.
• Limita-se superiormente pelo
peritônio.
• Seu tecido gorduroso é ocupado por
um emaranhado venoso.
• Perirretal (4) - limitado pela fáscia pélvica
visceral (B).
Espaços Pélvicos Extraperitoneais
Esquema representativo dos compartimentos
pélvicos extraperitoneais de uma mulher:
b: bexiga
u: útero
r: reto
au: artéria umbilical obliterada
aii: artéria ilíaca interna
A: fáscia vesicoumbilical
B: fáscia pélvica visceral
1. Espaço pré vesical
2. Espaço Perivesical
3. Espaço genital
4. Espaço perriretal
5. Espaço Paravesical
A fáscia vesicoumbilical encontra-se num plano
mais cranial que a parte anterior da fáscia pélvica
visceral.
Retroperitônio
Aspectos Ultrassonográficos Gerais
Técnica Ultrassonográfica
• Jejum prévio - preferencialmente de uma noite inteira.
• Ingestão de água - avaliação o pâncreas e da região peripancreática.
• Antifiséticos e/ou laxantes em casos específicos.
• Compressão relativa do transdutor - deslocar segmentos de alças intestinais que
contenham ar.
• Avaliar a mobilidade das vísceras abdominais.
• Avaliar:
• Rins.
• Aorta.
• Artérias ilíacas.
• MAS.
• VCI.
• Pilares diafragmáticos.
• Músculo psoas.
• Vasos femorais comuns no ligamento inguinal.
Técnica Ultrassonográfica
• Pilar diafragmático direito: visualizado em 90% dos casos em cortes transversais
e em 50% com cortes parassagitais.
• Pilar diafragmático esquerdo: identificado apenas em 50% em cortes
transversais, não sendo possível sua caracterização nos cortes parassagitais.
Coleções do Retroperitônio
Abscessos Retroperitoneais
• Primários (17%) ou secundários (83%).
• QC: insidioso, dor, febre, massa palpável.
• Alta morbidade e mortalidade.
• Fatores predisponentes:
• DM, drogadição, imunossupressão, cirurgias, coagulopatia.
• Etiologia:
• Pararrenal anterior: pâncreas, duodeno e cólon.
• Perirrenal: rins e adrenais.
• Pararrenal posterior: patologias ósseas (tuberculose).
Abscessos Retroperitoneais
Abscesso retroperitoneal – coleção espessa em paciente com TB
Abscessos Retroperitoneais
• Músculo psoas:
• > população pediátrica e no
sexo masculino.
• > secundários.
• Incomum a extensão
espontânea do processo
retrofascial propriamente dito
para os compartimentos
retroperitoneais.
Coleção no psoas pós-fratura da coluna lombar
Abscessos Retroperitoneais
• Espaço paravesical: podem ser grandes e
compressivas.
• Espaço pré-vesical - em “dente molar”.
• “Coroa” – anterior - entre as fáscias
vesicoumbilical e transversal da parede do
abdome e rechaça a bexiga posteriormente.
• “Raiz”- para trás, de cada lado da bexiga,
podendo ser assimétrica.
• Comporta coleções volumosas por tratar-se de
um compartimento amplo.
• Espaço perivesical – pequenas, comprimidas pela
fáscia vesicoumbilical.
Abscessos Retroperitoneais
• Sensibilidade ultrassonográfica de 86,3 %.
• Imagem inespecífica, pode variar desde totalmente anecogênicas a heterogênea
com conteúdo espesso e/ou ecos em suspensão
Coleção envolvendo as artérias ilíacas comum e externa
Hemorragia
• Adultos:
• Trauma, coagulopatias, lesões vasculares (aneurisma), sangramentos
tumorais, iatrogenia (punção, litotripsia).
• Crianças:
• Anemia falciforme.
• Aspecto:
• Agudo: anecoico.
• Subagudo: complexo (coágulos).
• Crônico: anec0ico (reabsorção dos coágulos).
Hemorragia
• Pararrenal anterior: duodenais (>traumáticos).
• Perirrenal: renal (trauma, neoplasia, pós-litotripsia e pós biópsia).
• Pararrenal posterior: fratura de coluna ou de arcos costais posteriores, discrasias
sanguíneas ou ruptura de aneurisma abdominal.
• Diagnóstico diferencial: abscesso (gás).
Hemorragia
Hematoma agudo de m. psoas em
hemofílico
Hematoma subagudo
Hemorragia
Hematoma de m. psoas esquerdo - espessamento
muscular associado à hipoecogenicidade
Linfocele
• Coleção de linfa no retroperitônio.
• Diversas causas:
• Pós linfadenectomia e transplante renal (10º ao 21º PO)
• Localização:
• Lateralmente a bexiga, antero-medialmente aos vasos ilíacos
• Complicações: compressão ureteral ou do pedículo renal, edema de MMII e
infecção.
• > lateral à bexiga e no espaço de 3,0 cm da parede abdominal, mas pode
aparecer em qualquer lugar do abdome e da pelve.
• > anecogênica.
• Diagnóstico diferencial: cistos e seromas.
Linfocele
Pós-Tx com compressão ureteral
Urinoma
• Extravasamento de urina formando uma coleção líquida perirrenal (pseudocisto
perirrenal urinífero).
• Uropatia obstrutiva.
• Trauma.
• Cirurgias urológicas.
• Transplante renal.
• Extravasamento crônico na gordura perirrenal: lipólise e formação de um saco
fibroso (12 dias).
• Complicações: infecção e fibrose adjacente.
• Aspecto: anecóico ou hipoecogênico.
Urinoma
Lesões Císticas Retroperitoneais
Pseudocisto Pancreático
• Decorrente de processos inflamatórios pancreáticos ou trauma (crianças).
• Local mais comum:
• Espaço pararrenal anterior esquerdo.
• Multiespacial:
• Lesão das fáscias renais e lateroconais pelas enzimas pancreáticas.
Varizes
• > Hipertensão portal.
• Gastrorrenal, esplenorrenal, pancreatoduodenal, hemiázigos, mesentérico –
cava ou mesentérico – renal direito.
• US: cistos ou imagem hiperecogênicas (se as paredes estiverem colabadas).
• Doppler: técnica para detecção de fluxo lento.
Doença Hidática
• Infecção causada pela larva do Echinococcus granulosus ou do E. multilocularis.
• 1,1% acomete isoladamente o retroperitônio e a região retrovesical.
• > associada ao acometimento de outros órgãos.
Linfangioma
• Malformação congênita rara dos vasos linfáticos.
• Falha no desenvolvimento do tecido linfático em estabelecer comunicação
normal com o restante do sistema linfático.
• QC: depende do tamanho (assintomático a sintomas obstrutivos).
• Complicações: anemia, volvo intestinal, obstrução, infecção, ruptura.
• USG: formação cística multisseptada
Linfangioma
Linfangioma inferomedial ao baço – hipersinal em T2
Lesões Sólidas Retroperitoneais
Fibrose Retroperitoneal
• Processo inflamatório crônico.
• Etiologia:
• Idiopática (2/3).
• Drogas (metisergida).
• Malignidade.
• Aneurisma aorta.
• Doenças do tecido conjuntivo.
• Cirurgias.
• Radioterapia.
• QC: dor lombar, emagrecimento, sintomas urinários e gastrointestinais.
Fibrose Retroperitoneal
• Aspecto: massa hipoecogênica anterior àVCI e aorta, sem deslocá-las.
• Pode estender-se ao espaço perirrenal.
• Diagnóstico diferencial: amiloidose e linfoma.
• Secundária: tende a deslocar a aorta anteriormente e os ureteres lateralmente.
Fibrose Retroperitoneal
Linfonodomegalias
• US: detectar linfonodos aumentados e caracterizá-los.
• Avaliação das dimensões:
Abdome Menor que 1 cm Normal
Maior que 1 cm e único Suspeito
Maior que 1,5 cm e único Patológico
Maior que 1,0 cm e múltiplo Patológico
Retrocural Maior que 0,6 cm Patológico
Pélvico Maior que 1,5 cm Patológico
Linfonodomegalias
• Avaliar linfonodos conforme:
• Dimensões e número.
• Morfologia: oval = maligno.
• Causas mais comuns: linfoma e metástase.
• Doenças benignas:
• Sarcoidose, hepatite, doença de Whipple, doença de Castleman.
Linfonodomegalias
Linfoma
• Hodgking/ não Hodgkin - principal causa de malignidade retroperitoneal.
• Doença de Hodgkin:
• No abdome, tende a limitar-se aos linfonodos retroperitoneais, ao baço e
fígado.
• Linfoma não-Hodgkin:
• Diferentes grupos nodais (mesentéricos - 50%) e sítios extragonadais.
• Os linfonodos podem coalescer e formar um manto hipoecogênico perivascular,
podendo deslocar os vasos anteriormente.
Linfoma
Hodgkin - interaortocaval Não-Hodgkin – mesentéricos ,
periaórticos e interaortocavais
Linfonodo na raiz do mesentério Conglomerado linfonodal
englobando a aorta
Tumores Retroperitoneais
Primários
• Oriundos dos tecidos presentes no espaço retroperitoneal: músculos, fáscias,
tecido gorduroso, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
• Excluídos: tumores originários de estruturas parenquimatosas e de vísceras ocas
retroperitoneais como rins, supra-renais, pâncreas e cólon.
• São raros e 90% malignos.
• 3H:1M.
• Diagnóstico tardio.
Primários
• Tumores mesenquimais:
• Sarcomas :
• Origem predominantemente no mesoderma embrionário .
• 15% são retroperitoneais.
• Lipossarcoma > leiomiossarcoma > fibroistiocitoma maligno.
Primários
• Tumores mesenquimais:
• Tumores benignos:
• Neorofibroma e Schwannoma - originários da bainha neural.
• Ganglioneuroma - se origina da crista neural e representa um tumor
benigno maduro.
• Paraganglioma: feocromocitomas extra-supra-renais e representam
10-15% de todos os feocromocitomas.
Primários
• Tumores de linhagem não-mesenquimal:
• Tumor de células germinativas extragonadal - menos de 3% dos tumores de
células germinativas.
• Cistoadenoma/cistoadenocarcinoma retroperitoneal primário: lesões
císticas raras que ocorrem em mulheres com ovários normais. Histogênese
obscura.
Supra-Renais
Anatomia
• Pequenas estruturas triangulares.
• Localizadas retroperitonealmente no plano dos polos superiores dos rins.
• Posterolaterais à coluna vertebral nos níveis de T11 a L1.
• 2-3 cm de largura, 4-6 cm de comprimento e 0,3 -0,6 cm de espessura.
• Pesa cerca de 5 gramas.
Anatomia
• 2/3 superiores: atrás do peritônio parietal posterior da retrocavidade dos
epíploos.
• 1/3 inferior - está em íntimo contato com o corpo do pâncreas e com os vasos
esplênicos.
• Revestida por tecido gorduroso e envolta por uma fina cápsula fibrosa
• Fixas à porção apical da fáscia de Gerota- pouca mobilidade.
Anatomia
• Direita:
• Triangular/piramidal, mais
cranial e dorsal em relação
à esquerda.
• Sua parede posterior
encontra-se em íntima
relação com o pilar
diafragmático direito.
• Limites:
• Superior – face
posteroinferior do
lobo hepático direito.
• Medial – VCI.
• Lateral – polo superior
do RD.
• Inferior – pedículo
renal.
Anatomia
• Esquerda:
• Alongada/semilunar, pouco maior
que a direita.
• Inferior e medial ao polo superior
do rim esquerdo.
• Limites:
• Medialmente: aorta.
• Lateralmente: o parênquima
ventromedial renal e a
porção superior do seio renal.
• Superiormente: fundo
gástrico, veia esplênica e a
superfície medial do baço.
• Inferiormente: pedículo
renal.
Técnica Ultrassonográfica
Técnica Ultrassonográfica
• Desafio - complexa morfologia, pequenas dimensões e situação retroperitoneal.
• Direita: decúbito dorsal, cortes por via intercostal nas linhas axilares anterior e
média.
Supra-renal direita, triangular, póstero-lateral à VCI
Técnica Ultrassonográfica
• Esquerda: interposição gasosa - dificulta o acesso por via anterior.
• Via intercostal nas linhas axilares média e posterior.
• Cortes longitudinais, oblíquos e transversais laterais.
• Cortes oblíquos e longitudinais com o paciente em posição oblíqua anterior
esquerda.
Técnica Ultrassonográfica
Supra-renal esquerda obtida com orientação intermediária (45o) do transdutor em
relação aos planos sagital e transversal.
Morfologia de lambda, medialmente ao hilo renal esquerdo.
AE: artéria esplênica VE: veia esplênica
Técnica Ultrassonográfica
Corte transversal utilizando o estômago como janela.
Supra-renal esquerda normal com morfologia alongada, medialmente ao RE e
posteriormente ao corpo e à cauda do pâncreas.
VRE: veia renal esquerda
Técnica Ultrassonográfica
• Padrão de ecogenicidade: hiper/hipo/hiper/hipo/hiper.
• Hiperecogenicidade central - camada medular.
• Duas faixas hipoecogênicas laterais - camada cortical.
• Linhas hiperecogênicas mais externas – interface com a gordura adjacente.
Patologia
• Cortical - cortisol, aldosterona e andrógenos.
• Medular - epinefrina e norepinefrina.
• Anormalidades: neoplasias primárias, metástases, hemorragias e aumento da
glândula por estimulação hormonal externa.
• Massas supra-renais:
- Hiperfuncionantes – feocromocitoma, o aldosteronoma e os tumores
produtores de cortisol ou andrógenos.
- Não-hiperfuncionantes – adenomas e metástases.
Metástases
• Depois de pulmão, fígado e osso, são os locais mais frequentes de metástases.
• Lesões malignas mais comuns.
• Pulmão> mama> melanoma> rim> tiróide> cólon.
• Volumosas, heterogêneas (necrose/hemorragia) e de contornos mais irregulares
e menos definidos quando comparadas aos adenomas.
• Calcificações são raras.
Ca espinocelular de pulmão Adenocarcinoma pulmonar – nódulos bilaterais
Metástases
• Identificação de uma massa supra-renal isolada em paciente com neoplasia
conhecida, a maior probabilidade é de tratar-se de um adenoma.
• Se bilateral, ou se há envolvimento de outros órgãos, a probabilidade maior é de
se trate de metástase.
Metástase de melanoma Metástase de tumor carcinóide
Desloca a aorta
Feocromocitoma
• Neoplasia hiperfuncionante de origem medular.
• Tipicamente unilateral e benigno.
• 10% bilateral e maligno.
• Costuma ser facilmente detectado - lesão volumosa entre 2-5 cm.
Feocromocitoma
• Diag: Dosagem sérica de catecolaminas, ácido vanilmandélico e metanefrina na
urina de 24 horas.
• Aspecto incaracterístico ao US: massa hipoecogênica homogênea, massa
heterogênea com áreas císticas e calcificações (por necrose e/ou hemorragia)
ou, mais raramente, lesão cística decorrente de hemorragia maciça.
• TC: escolha para confirmar o diagnóstico.
Adenoma
• Neoplasia hiperfuncionante de origem cortical
• Tumor benigno mais comum na supra-renal.
• > não-hiperfuncionante e incidental.
• Se hiperfuncionantes podem acarretar as síndromes de Cushing (secreta ACTH)
ou Conn (hiperaldosternismo primário).
• > unilateral.
• Ecotextura homogênea.
Mielolipoma
• Tumores não-hiperfuncionantes, de origem cortical, benignos e infrequentes,
compostos por tecidos adiposo, eritróide e mielóide.
• 1H:1M, 1D:1E, 30-40 anos.
• Geralmente < 5 cm e descoberta incidental.
• Se volumosos podem ser compressivos ou evoluir com hemorragia espontânea.
Mielolipoma
• > tecido adiposo: hiperecogênico.
• > tecido da medula óssea: hipo ou isoecogênico.
• 50% são homogêneos.
• Se heterogêneos: hemorragia e/ou calcificações.
Carcinoma Adrenocortical
• Tumor maligno com incidência de 0,02%.
• Raro na população infantil, pico de incidência entre 40-50 anos.
• 1H:1M, geralmente unilaterais.
• Podem invadir a veia supra-renal, VCI e metastizar para linfonodos regionais,
pulmão, fígado, osso e cérebro.
Carcinoma Adrenocortical
• 46% apresentam metástase ao diagnóstico.
• 60% são não-hiperfuncionantes.
• 40% hiperfuncionantes: síndromes de Cushing, adrenogenital, Conn e
puberdade precoce.
• Sensibilidade do US de 90%.
• Podem atingir 40 cm.
Carcinoma Adrenocortical
• Achados inespecíficos ao US:
• Pequenos - homogêneo (hipo/hiper).
• Maiores - heterogêneos, com áreas císticas de permeio e calcificações à
custa de necrose e hemorragia intratumoral
• Podem deslocar ou invadir o rim homolateral e a VCI.
Compressão de VCI
Neuroblastoma
• Tumor primitivo da medula supra-renal.
• 2ª neoplasia sólida abdominal neonatal mais comum (depois do Wilms)- 5 -15%
de todos os tumores malignos da criança.
• Origem: células da crista neural medural da supra-renal ou de gânglios
simpáticos.
• Supra-renais (50%) > retroperitônio > mediastino posterior.
Quanto mais vascularizado, mais agressivo seu comportamento.
Neuroblastoma
• Massa hiperecogênica ou complexa, com áreas císticas e/ou calcificações
(hemorragias).
• Imagens císticas simples ou predominantemente císticas com septações.
Linfoma
• Pouco comum.
• 4% - não-Hodgkin.
• 50% bilateral.
• Acometimento primário é raro.
Hemorragia Supra-Renal
• Trauma (80%), coagulopatia ou terapia sistêmica anticoagulante, sepse, estresse
cirúrgico ou neonatal ou ainda, de sangramento de um tumor subjacente.
• 20% bilateral.
• Ecogenicidade - depende do tempo de evolução.
Hemorragia Supra-Renal Neonatal
• É a causa de massa supra-renal mais comum no neonato:
• Trabalho de parto difícil - diabéticas ou GIGs.
• Pode decorrer de asfixia, hipóxia, sepse ou coagulopatia.
• Ao nascimento – grande - sujeita à hemorragia como resultado da regressão do
córtex fetal (6 primeiras semanas).
• Neonato - córtex hipoecogênico e uma fina medula ecogênica.
Cistos Supra-Renais
• Hidático: raro e representa cerca de 75% dos cistos supra-renais.
• Endotelial:
• Raros, alguns são linfangiomatosos,
• Sintomas - depende do seu tamanho, provocando compressão local.
• Complicações: hemorragia, ruptura e infecção.
Tuberculose
• Causa mais comum de doença de Addison (hipofunção supra-renal) no mundo.
• Massa uni ou bilateral com ou sem áreas de necrose central.
• Na evolução - atrofia e calcificação.
Estruturas Peritoneais
Peritônio
• Peritônio - membrana serosa-epitelial dividida em:
• Parietal: cobre as paredes abdominais anterior e posterior e a parede da
cavidade pélvica (hiperecogênica ao US).
• Visceral: Recobre os órgãos sólidos e vísceras ocas do abdome
(imperceptível ao US).
• Cavidade peritoneal: entre as duas camadas, espaço virtual com fluido
(lubrificante).
Mesentério do Intestino Delgado
• Cobertura especializada do peritônio em forma de “folha de árvore”.
• Da segunda vértebra lombar até a fossa ilíaca direita.
• Conecta o jejuno e o íleo à parede abdominal posterior.
Mesentério do Intestino Delgado
• Contém: a dupla camada de
peritônio, vasos, nervos, ductos
linfáticos, linfonodos, tecido
adiposo.
• Estruturas lineares anecogênicas
no interior do mesentério
representam os vasos (artérias e
veias).
• Espessura: entre 0,5 cm e 1,4 cm.
• Ascite - facilmente reconhecido
pelo US.
Omentos
• Dobraduras peritoneais especializadas.
• Dupla camada de peritônio, vasos, linfáticos e tecido adiposo.
• Pequeno omento: conecta a pequena curvatura gástrica e o duodeno proximal
ao fígado.
Omentos
• Grande omento:
• Descende da grande curvatura gástrica e do duodeno proximal à frente do
intestino, às vezes até a pelve.
• Dobra-se sobre si mesmo formando uma estrutura com 4 camadas, que se
dirige cranialmente.
• Se separa para envolver e anexar o cólon transverso.
• Ao US: visibilização bastante difícil.
Divisões da Cavidade Peritoneal
• O revestimento das cavidades abdominal e pélvica pelo peritônio promove a
divisão da cavidade peritoneal em vários compartimentos.
Divisão Direito Esquerdo
Supramesocólica Espaço subfrênico direito Espaço subfrênico esquerdo
Espaço sub-hepático direito 1. Periepático anterior esquerdo
Saco menor 2. Periepático posterior esquerdo
3. Subfrênico anterior
4. Subfrênico posterior
Inframesocólica Espaço infracólico direito, que é inferior Espaço infracólico esquerdo, que é
superior
Goteira parietocólica direita, que se
comunica com o espaço pélvico
Goteira parietocólica esquerda, que se
comunica com o espaço pélvico
Divisões da Cavidade Peritoneal
A. Divisão da cavidade peritoneal pelo mesocolo transverso.
B. As subdivisões das cavidades supra e inframesocólica e seus reparos anatômicos
Ascite
• Acúmulo de líquido intraperitoneal
em excesso.
• Principal causa no Brasil: cirrose.
• Posição supina: acumula nos
flancos, particularmente no limite
superior da goteira parietocólica
direita e na pelve.
FAST
Ascite – Avaliação ao US
• Cálculo acurado do volume.
• Guia paracentese diagnóstica e terapêutica.
• Monitora o volume ascítico após procedimentos intervencionistas.
• Identifica locais onde o líquido é livre ou loculado (se movimenta com a
mudança de decúbito?).
• Transudato (líquido anecogênico) x Exsudato (inflamatórios e maligno – coleções
ou lojas, partículas em suspensão, septos, alças intestinais imobilizadas com
líquido interposto).
Ascite – Avaliação ao US
• Sugestivos de malignidade: espessamento parietal da vesícula biliar,
linfadenopatia, massa intra-abdominal sugestiva de implantes peritoneais ou
um bolo omental e metástases hepáticas.
Espessamento irregular do peritônio parietal. Nódulo no mesentério – implante
metastático. Ascite loculada. Carcinomatose por neoplasia de mama.
Peritonite
• Processo inflamatório difuso (peritônio parietal e visceral).
• Não-infecciosas (menos comuns):
• Químicas (suco gástrico).
• Granulomatosas.
• Esclerosante (diálise peritoneal).
Peritonite
• Infecciosas:
• Bacterianas (incluindo a TB).
• Virais.
• Fúngicas.
• Parasitárias.
• Secundárias:
• Necrose intestinal secundária à isquemia e/ou perfuração intestinal.
• Neoplasia.
• Processos inflamatórios (apendicite, doença de Chron, colite e
diverticulite).
• Perfuração de úlcera péptica.
• Doenças ginecológicas (salpingite).
Peritonite
Espessamento parietal difuso e homogêneo de
alças do intestino delgado.
Ascite (setas vermelhas).
Espessamento e hiperecogenicidade dos planos
adiposos adjacentes (setas azuis).
Sem fluxo ao Doppler -
Cirurgia – isquemia intestinal causada por bridas.
Peritonite Bacteriana Espontânea
• Processo inflamatório peritoneal difuso.
• Frequentemente associada à cirrose.
• Mecanismo desconhecido.
• A proliferação bacteriana anormal pode estar associada à:
• Disseminação hematogênica de foco infeccioso.
• Disfunção hepática.
• Alteração da circulação portal.
• Agente: Escherichia coli.
• Ascite livre ou loculada, com ecos em suspensão, bolhas de gás ou septos.
• Espessamento difuso do peritônio, omento e mesentério pode ocorrer.
Abscesso Intraperitoneal
• Processo inflamatório peritoneal localizado.
• Complicações de processos inflamatórios de órgãos intraperitoneais,
peritonites, além de complicações pós-cirúrgicas.
• Geralmente nas regiões subfrênica, sub-hepáticas e no fundo de saco de
Douglas.
Coleção intracavitária bem delimitada rechaçando as alças intestinais
Abscesso Intraperitoneal
• Achados ao US:
• Coleções arredondadas ou ovais, com paredes finas ou espessas, com ou
sem septos.
• Podem estar localizadas entre alças.
• Conteúdo heterogêneo geralmente, a maioria hipoecogênico.
• Podem conter debris e bolas de gás.
• Possibilidade de punção e drenagem guiada por US.
Coleção heterogênea intracavitária.
Punção: conteúdo serohemorrágico.
Tuberculose Peritoneal
• Ocorre em cerca de 0,6 % dos pacientes com tuberculose.
• Achados ao US:
- Ascite (30-100%), livre ou loculada.
- Espessamento hipoecogênico irregular ou nodular do peritônio.
- Espessamento do omento e do mesentério, sendo o omento
hiperecogênico e heterogêneo.
- Linfadenomegalias (mesentéricas, periportais, peripancreática e
retroperitoneais).
- A necrose caseosa pode tornar o centro hipoecogênico.
- Massas hipoecogênicas no baço.
Secundários à Inflamação do Trato
Digestório
• Podem se tornar processos generalizados, com ascite e/ou abscessos
intracavitários.
• Causas: colecistite, apendicite, diverticulite, doença de Crohn e apendagites.
• Início: edema/infiltrado inflamatório do tecido adiposo adjacente à estrutura
inflamada.
• Fase seguinte: flegmão – área hipoecogênica no interior do tecido adiposo
inflamado, sem evidências de líquido associado.
• Seguido do abscesso.
Secundários à Inflamação do Trato
Digestório
Avaliação via TV: apêndice cecal espessado (setas finas) ao lado do ovário direito.
Espessamento e hiperecogenicidade dos planos adiposos adjacentes (setas grossas).
Aumento do fluxo ao Doppler.
Carcinomatose Peritoneal
• Os tumores peritoneais são raros (> malignos).
• As metástases são mais comuns que os primários.
• Mulheres: > ovário.
• Outros sítios primários: tumores gástricos, cólicos, mamários, pancreáticos,
renais, vesicais, uterinos e o melanoma.
• Locais mais frequentes: região subfrênica, espaço de Morrison e o fundo de
saco.
Carcinomatose Peritoneal
• Achado associado: ascite livre ou septada, com fluido anecogênico ou contendo
partículas em suspensão (conteúdo hiperproteico).
Espessamento difuso e irregular do mesentério. A = alça.
Áreas hiperecogênicas entremeadas por focos hiperecogênicos.
Áreas hipoecogênicas e implantes no peritônio parietal, lobulados e hiperecogênicos (setas vermelhas).
Carcinomatose Peritoneal
• Focos de carcinomatose peritoneal no peritônio parietal ou visceral podem ser
identificados independentemente da presença de ascite.
• Podem se apresentar como nódulos hipoecogênicos ou massas irregulares ou,
ainda, como placas infiltrativas peritoneais
Massa hipoecogênica e heterogênea na fossa ilíaca direita, localizada no mesentério em contato com
peritônio parietal.
Focos de vascularização irregular.
Bx- Carcinomatose por neoplasia de pâncreas.
Carcinomatose Peritoneal
• O envolvimento do omento é bastante comum – bolo omental – advém da
extensa infiltração tumoral do omento e resulta em seu espessamento e
aumento da ecogenicidade.
• É possível individualiza-lo das alças intestinais adjacentes através do
peristaltismo e da diferença de ecogenicidade.
• O bolo omental pode ser encontrado ainda flutuando ou como massa móvel,
dependendo do local de sua aderência.
Mesotelioma
• Tumor primário do peritônio.
• Cresce da linha pleural ou da linha peritoneal.
• Alta taxa de mortalidade.
• > homens e exposição ao asbesto.
• 33% tem sítio primário no peritônio.
• Espessamento do peritônio parietal e visceral (difuso/ placas).
• Nódulos (agrupados, em placas, camadas ou massas).
• Promove anto o encarceramento tanto quanto a invasão das vísceras.
Mesotelioma
• Achados ao US:
• Espessamento omental, com forma de massa “em manto” na porção
anterior da cavidade abdominal, formando o bolo omental (massa
hipoecogênica entremeada por áreas hiperecogênicas - tecido adiposo
intra-abdominal e omental encarcerados.
• Placas espessas e hipoecogênica em relação aos músculos da parede
abdominal anterior.
• Grandes massas irregulares focais e nódulos peritoneais isolados.
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio

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Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio

  • 1. Ultrassom do Peritônio e Retroperitônio Fernanda Hiebra Gonçalves
  • 2. Retroperitônio • Grande área abdominal posterior. • Diagnóstico desafiador e tardio- sintomas inespecíficos. • A imagem é degradada por fatores anatômicos e fisiológicos, como gases intestinais, gordura, musculatura, pulmões e útero. • A escolha do aparelho, a programação e técnicas adequadas podem minimizar essas dificuldades.
  • 4. Embriologia 13º dia - Gastrulação Mesoderma intra- embrionário (3º e último folheto germinativo) Paraxial Intermediária Lateral Celoma embrionário único – do tórax a pelve Surgimento do septo transverso – principal componente do diafragma Início da separação das cavidades torácica e abdominal Folha do mesoderma lateral + ectoderma = somatopleura Folha visceral do mesoderma lateral + endoderma = esplancnopleura
  • 5. Embriologia • Tubo digestivo: - Revestido pelo endoderma que é envolto pelo mesoderma da esplancnopleura. - Este mesoderma prende o tubo digestivo à parede dorsal do embrião por meio do mesodorsal. - O mesoventral prende a maior parte do intestino cefálico (esôfago terminal, estômago e duodeno inicial) à parede ventral do embrião.
  • 6. Embriologia • Estômago: - 5 semanas - crescimento uniforme e aspecto fusiforme. - Ulteriormente, há um crescimento mais acentuado da região dorsal, futura curvatura maior. - Gira 90 graus em sentido horário longitudinal e anteroposterior.
  • 7. Embriologia • O mesogástrio dorsal é deslocado para esquerda e, junto com o estômago, delimita um espaço conhecido como bolsa omental ou retrocavidade dos omentos. • O mesogástrio dorsal continua crescendo em direção caudal e forma o grande omento que cobre ventralmente o cólon transverso e as alças do intestino delgado. • O mesogástrio ventral é deslocado para a direita, constituindo o omento menor.
  • 8. Embriologia • Pâncreas: - Origina-se de dois divertículos endodérmicos da porção terminal do intestino cefálico, um ventral e outro dorsal. - 10 semanas - pâncreas ventral gira atrás do duodeno para formar a cabeça pancreática e, depois, unir-se à porção dorsal. - A movimentação gástrica é responsável pelo deslocamento posterior do pâncreas e do duodeno, com involução do mesotélio do peritônio parietal, tornando-os retroperitoneais.
  • 9. Embriologia • Pela rotação das alças intestinais, o seu mesentério sofre complexas modificações. Uma vez chegados à sua posição definitiva, os colos ascendente e descendente e parte do sigmoide irão se acolar à parede dorsal do abdome. • Os mesocolos ascendente e descente desaparecem posteriormente. • O mesocolo transverso ventral e o próprio cólon transverso fundem-se ao grande omento.
  • 11. Retroperitônio • É o segmento abdominal posterior localizado entre o peritônio parietal e a fáscia transversal. • Contém uma quantidade variável de tecidos fibroso e gorduroso. • Do diafragma até a pelve.
  • 12. Retroperitônio • Compartimentos: 1. Espaço pararrenal anterior 2. Espeço pararrenal posterior 3. Espaço perrirenal
  • 13. Espaço Pararrenal Anterior • Delimitações: • Anteriormente: peritônio parietal posterior. • Posteriormente: fáscia perirrenal anterior (fáscia de Gerota). • Lateralmente: fáscia lateroconal. • Comunica-se através da linha média. • Atinge a área nua do fígado.
  • 14. Espaço Pararrenal Posterior • Entre a fáscia perirrenal posterior (fáscia de Zuckerkandl) e a fáscia transversal, que cobre os músculos quadrado lombar e psoas. • Comunica-se anterolateralmente com o espaço pré-peritoneal e caudalmente, com a região posterior da pelve.
  • 15. Espaço perirrenal • Entre as fáscia de Gerota e o de Zuckerkandl. • Estreita-se inferiormente (forma de cone invertido). Por essa razão, a camada única da fáscia que se estende lateralmente a partir do cone é denominada fáscia lateroconal. • Superiormente as fáscia perirrenais se fundem e são fixas à fáscia do ilíaco e ao tecido conjuntivo periureteral. • Geralmente não apresentam continuidade através da linha mediana. • Limite medial: determinado pela fixação da fáscia de Gerota aos grandes vasos e da fáscia de Zuckerkandl à fáscia do músculo psoas ou quadrado lombar.
  • 17. Espaço Retrofascial • Contém o músculos psoas e quadrado lombar - frequentemente incluídos erroneamente nas descrições retroperitoneais. • M. quadrado lombar: • Mais largo na sua porção cranial com forma grosseiramente em quadrilátero. • Origina-se da porção medial do 12º arco costal. • Insere-se nos processos transversos das primeiras quatro vértebras lombares, antes de fundir-se à crista ilíaca e ao ligamento iliolombar.
  • 18. Espaço Retrofascial • M. psoas: • Composto pelo psoas maior e menor, o último presente em 60% da população. • Origina-se nos processos transversos e nos corpos das vértebras lombares. • Se inserem no trocânter menor do fêmur.
  • 19. Pilares Diafragmáticos • Porções lineares do diafragma que limitam o hiato aórtico e inserem- se à região lateral da vértebra lombar. • Crus direita: - Maior, mais longa e lobulada. - Insere-se nas primeiras três vértebras lombares. - É posterior à VCI, à supra- renal direita e ao fígado. Sua margem tendinosa central cruza anteriormente a aorta abdominal.
  • 20. Pilares Diafragmáticos • O pilar esquerdo: - Insere-se nas duas primeiras vértebras lombares. - Relaciona-se junto ao gânglio celíaco, à supra- renal esquerda, ao baço e à junção esofagogástrica, ocasionalmente podendo cruzar a aorta anteriormente.
  • 21. Espaços Pélvicos Extraperitoneais • Pré-vesical (1) • Localiza-se anterior e lateralmente à fáscia vesicoumbilical (A) e profundamente à fáscia transversal. • É um grande compartimento que se estende até a região umbilical. • Comunica-se com a gordura pré- peritoneal e o espaço pararrenal posterior, em torno da parede abdominal e dos flancos. • Na região retropúbica é conhecido como espaço de Retzius. • Á fáscia vesicoumbilical situa-se entre a fáscia transversal e o peritônio e apresenta uma configuração triangular, com ápice voltado par ao umbigo.
  • 22. Espaços Pélvicos Extraperitoneais • Perivesical (2) – limitado pela fáscia vesicoumbilical (A) e contém a bexiga, o úraco e as artérias umbilicais obliteradas. • Paravesical (5) • Lateralmente à fáscia pélvica visceral (B), que cursa ao longo das bordas laterais dos órgãos pélvicos com orientação anteroposterior. • Medialmente, à fáscia pélvica parietal que recobre a musculatura pélvica. • Limita-se superiormente pelo peritônio. • Seu tecido gorduroso é ocupado por um emaranhado venoso. • Perirretal (4) - limitado pela fáscia pélvica visceral (B).
  • 23. Espaços Pélvicos Extraperitoneais Esquema representativo dos compartimentos pélvicos extraperitoneais de uma mulher: b: bexiga u: útero r: reto au: artéria umbilical obliterada aii: artéria ilíaca interna A: fáscia vesicoumbilical B: fáscia pélvica visceral 1. Espaço pré vesical 2. Espaço Perivesical 3. Espaço genital 4. Espaço perriretal 5. Espaço Paravesical A fáscia vesicoumbilical encontra-se num plano mais cranial que a parte anterior da fáscia pélvica visceral.
  • 25. Técnica Ultrassonográfica • Jejum prévio - preferencialmente de uma noite inteira. • Ingestão de água - avaliação o pâncreas e da região peripancreática. • Antifiséticos e/ou laxantes em casos específicos. • Compressão relativa do transdutor - deslocar segmentos de alças intestinais que contenham ar. • Avaliar a mobilidade das vísceras abdominais. • Avaliar: • Rins. • Aorta. • Artérias ilíacas. • MAS. • VCI. • Pilares diafragmáticos. • Músculo psoas. • Vasos femorais comuns no ligamento inguinal.
  • 26. Técnica Ultrassonográfica • Pilar diafragmático direito: visualizado em 90% dos casos em cortes transversais e em 50% com cortes parassagitais. • Pilar diafragmático esquerdo: identificado apenas em 50% em cortes transversais, não sendo possível sua caracterização nos cortes parassagitais.
  • 28. Abscessos Retroperitoneais • Primários (17%) ou secundários (83%). • QC: insidioso, dor, febre, massa palpável. • Alta morbidade e mortalidade. • Fatores predisponentes: • DM, drogadição, imunossupressão, cirurgias, coagulopatia. • Etiologia: • Pararrenal anterior: pâncreas, duodeno e cólon. • Perirrenal: rins e adrenais. • Pararrenal posterior: patologias ósseas (tuberculose).
  • 29. Abscessos Retroperitoneais Abscesso retroperitoneal – coleção espessa em paciente com TB
  • 30. Abscessos Retroperitoneais • Músculo psoas: • > população pediátrica e no sexo masculino. • > secundários. • Incomum a extensão espontânea do processo retrofascial propriamente dito para os compartimentos retroperitoneais. Coleção no psoas pós-fratura da coluna lombar
  • 31. Abscessos Retroperitoneais • Espaço paravesical: podem ser grandes e compressivas. • Espaço pré-vesical - em “dente molar”. • “Coroa” – anterior - entre as fáscias vesicoumbilical e transversal da parede do abdome e rechaça a bexiga posteriormente. • “Raiz”- para trás, de cada lado da bexiga, podendo ser assimétrica. • Comporta coleções volumosas por tratar-se de um compartimento amplo. • Espaço perivesical – pequenas, comprimidas pela fáscia vesicoumbilical.
  • 32. Abscessos Retroperitoneais • Sensibilidade ultrassonográfica de 86,3 %. • Imagem inespecífica, pode variar desde totalmente anecogênicas a heterogênea com conteúdo espesso e/ou ecos em suspensão Coleção envolvendo as artérias ilíacas comum e externa
  • 33. Hemorragia • Adultos: • Trauma, coagulopatias, lesões vasculares (aneurisma), sangramentos tumorais, iatrogenia (punção, litotripsia). • Crianças: • Anemia falciforme. • Aspecto: • Agudo: anecoico. • Subagudo: complexo (coágulos). • Crônico: anec0ico (reabsorção dos coágulos).
  • 34. Hemorragia • Pararrenal anterior: duodenais (>traumáticos). • Perirrenal: renal (trauma, neoplasia, pós-litotripsia e pós biópsia). • Pararrenal posterior: fratura de coluna ou de arcos costais posteriores, discrasias sanguíneas ou ruptura de aneurisma abdominal. • Diagnóstico diferencial: abscesso (gás).
  • 35. Hemorragia Hematoma agudo de m. psoas em hemofílico Hematoma subagudo
  • 36. Hemorragia Hematoma de m. psoas esquerdo - espessamento muscular associado à hipoecogenicidade
  • 37. Linfocele • Coleção de linfa no retroperitônio. • Diversas causas: • Pós linfadenectomia e transplante renal (10º ao 21º PO) • Localização: • Lateralmente a bexiga, antero-medialmente aos vasos ilíacos • Complicações: compressão ureteral ou do pedículo renal, edema de MMII e infecção. • > lateral à bexiga e no espaço de 3,0 cm da parede abdominal, mas pode aparecer em qualquer lugar do abdome e da pelve. • > anecogênica. • Diagnóstico diferencial: cistos e seromas.
  • 39. Urinoma • Extravasamento de urina formando uma coleção líquida perirrenal (pseudocisto perirrenal urinífero). • Uropatia obstrutiva. • Trauma. • Cirurgias urológicas. • Transplante renal. • Extravasamento crônico na gordura perirrenal: lipólise e formação de um saco fibroso (12 dias). • Complicações: infecção e fibrose adjacente. • Aspecto: anecóico ou hipoecogênico.
  • 42. Pseudocisto Pancreático • Decorrente de processos inflamatórios pancreáticos ou trauma (crianças). • Local mais comum: • Espaço pararrenal anterior esquerdo. • Multiespacial: • Lesão das fáscias renais e lateroconais pelas enzimas pancreáticas.
  • 43. Varizes • > Hipertensão portal. • Gastrorrenal, esplenorrenal, pancreatoduodenal, hemiázigos, mesentérico – cava ou mesentérico – renal direito. • US: cistos ou imagem hiperecogênicas (se as paredes estiverem colabadas). • Doppler: técnica para detecção de fluxo lento.
  • 44. Doença Hidática • Infecção causada pela larva do Echinococcus granulosus ou do E. multilocularis. • 1,1% acomete isoladamente o retroperitônio e a região retrovesical. • > associada ao acometimento de outros órgãos.
  • 45. Linfangioma • Malformação congênita rara dos vasos linfáticos. • Falha no desenvolvimento do tecido linfático em estabelecer comunicação normal com o restante do sistema linfático. • QC: depende do tamanho (assintomático a sintomas obstrutivos). • Complicações: anemia, volvo intestinal, obstrução, infecção, ruptura. • USG: formação cística multisseptada
  • 46. Linfangioma Linfangioma inferomedial ao baço – hipersinal em T2
  • 48. Fibrose Retroperitoneal • Processo inflamatório crônico. • Etiologia: • Idiopática (2/3). • Drogas (metisergida). • Malignidade. • Aneurisma aorta. • Doenças do tecido conjuntivo. • Cirurgias. • Radioterapia. • QC: dor lombar, emagrecimento, sintomas urinários e gastrointestinais.
  • 49. Fibrose Retroperitoneal • Aspecto: massa hipoecogênica anterior àVCI e aorta, sem deslocá-las. • Pode estender-se ao espaço perirrenal. • Diagnóstico diferencial: amiloidose e linfoma. • Secundária: tende a deslocar a aorta anteriormente e os ureteres lateralmente.
  • 51. Linfonodomegalias • US: detectar linfonodos aumentados e caracterizá-los. • Avaliação das dimensões: Abdome Menor que 1 cm Normal Maior que 1 cm e único Suspeito Maior que 1,5 cm e único Patológico Maior que 1,0 cm e múltiplo Patológico Retrocural Maior que 0,6 cm Patológico Pélvico Maior que 1,5 cm Patológico
  • 52. Linfonodomegalias • Avaliar linfonodos conforme: • Dimensões e número. • Morfologia: oval = maligno. • Causas mais comuns: linfoma e metástase. • Doenças benignas: • Sarcoidose, hepatite, doença de Whipple, doença de Castleman.
  • 54. Linfoma • Hodgking/ não Hodgkin - principal causa de malignidade retroperitoneal. • Doença de Hodgkin: • No abdome, tende a limitar-se aos linfonodos retroperitoneais, ao baço e fígado. • Linfoma não-Hodgkin: • Diferentes grupos nodais (mesentéricos - 50%) e sítios extragonadais. • Os linfonodos podem coalescer e formar um manto hipoecogênico perivascular, podendo deslocar os vasos anteriormente.
  • 55. Linfoma Hodgkin - interaortocaval Não-Hodgkin – mesentéricos , periaórticos e interaortocavais Linfonodo na raiz do mesentério Conglomerado linfonodal englobando a aorta
  • 57. Primários • Oriundos dos tecidos presentes no espaço retroperitoneal: músculos, fáscias, tecido gorduroso, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. • Excluídos: tumores originários de estruturas parenquimatosas e de vísceras ocas retroperitoneais como rins, supra-renais, pâncreas e cólon. • São raros e 90% malignos. • 3H:1M. • Diagnóstico tardio.
  • 58. Primários • Tumores mesenquimais: • Sarcomas : • Origem predominantemente no mesoderma embrionário . • 15% são retroperitoneais. • Lipossarcoma > leiomiossarcoma > fibroistiocitoma maligno.
  • 59. Primários • Tumores mesenquimais: • Tumores benignos: • Neorofibroma e Schwannoma - originários da bainha neural. • Ganglioneuroma - se origina da crista neural e representa um tumor benigno maduro. • Paraganglioma: feocromocitomas extra-supra-renais e representam 10-15% de todos os feocromocitomas.
  • 60. Primários • Tumores de linhagem não-mesenquimal: • Tumor de células germinativas extragonadal - menos de 3% dos tumores de células germinativas. • Cistoadenoma/cistoadenocarcinoma retroperitoneal primário: lesões císticas raras que ocorrem em mulheres com ovários normais. Histogênese obscura.
  • 62. Anatomia • Pequenas estruturas triangulares. • Localizadas retroperitonealmente no plano dos polos superiores dos rins. • Posterolaterais à coluna vertebral nos níveis de T11 a L1. • 2-3 cm de largura, 4-6 cm de comprimento e 0,3 -0,6 cm de espessura. • Pesa cerca de 5 gramas.
  • 63. Anatomia • 2/3 superiores: atrás do peritônio parietal posterior da retrocavidade dos epíploos. • 1/3 inferior - está em íntimo contato com o corpo do pâncreas e com os vasos esplênicos. • Revestida por tecido gorduroso e envolta por uma fina cápsula fibrosa • Fixas à porção apical da fáscia de Gerota- pouca mobilidade.
  • 64. Anatomia • Direita: • Triangular/piramidal, mais cranial e dorsal em relação à esquerda. • Sua parede posterior encontra-se em íntima relação com o pilar diafragmático direito. • Limites: • Superior – face posteroinferior do lobo hepático direito. • Medial – VCI. • Lateral – polo superior do RD. • Inferior – pedículo renal.
  • 65. Anatomia • Esquerda: • Alongada/semilunar, pouco maior que a direita. • Inferior e medial ao polo superior do rim esquerdo. • Limites: • Medialmente: aorta. • Lateralmente: o parênquima ventromedial renal e a porção superior do seio renal. • Superiormente: fundo gástrico, veia esplênica e a superfície medial do baço. • Inferiormente: pedículo renal.
  • 67. Técnica Ultrassonográfica • Desafio - complexa morfologia, pequenas dimensões e situação retroperitoneal. • Direita: decúbito dorsal, cortes por via intercostal nas linhas axilares anterior e média. Supra-renal direita, triangular, póstero-lateral à VCI
  • 68. Técnica Ultrassonográfica • Esquerda: interposição gasosa - dificulta o acesso por via anterior. • Via intercostal nas linhas axilares média e posterior. • Cortes longitudinais, oblíquos e transversais laterais. • Cortes oblíquos e longitudinais com o paciente em posição oblíqua anterior esquerda.
  • 69. Técnica Ultrassonográfica Supra-renal esquerda obtida com orientação intermediária (45o) do transdutor em relação aos planos sagital e transversal. Morfologia de lambda, medialmente ao hilo renal esquerdo. AE: artéria esplênica VE: veia esplênica
  • 70. Técnica Ultrassonográfica Corte transversal utilizando o estômago como janela. Supra-renal esquerda normal com morfologia alongada, medialmente ao RE e posteriormente ao corpo e à cauda do pâncreas. VRE: veia renal esquerda
  • 71. Técnica Ultrassonográfica • Padrão de ecogenicidade: hiper/hipo/hiper/hipo/hiper. • Hiperecogenicidade central - camada medular. • Duas faixas hipoecogênicas laterais - camada cortical. • Linhas hiperecogênicas mais externas – interface com a gordura adjacente.
  • 72. Patologia • Cortical - cortisol, aldosterona e andrógenos. • Medular - epinefrina e norepinefrina. • Anormalidades: neoplasias primárias, metástases, hemorragias e aumento da glândula por estimulação hormonal externa. • Massas supra-renais: - Hiperfuncionantes – feocromocitoma, o aldosteronoma e os tumores produtores de cortisol ou andrógenos. - Não-hiperfuncionantes – adenomas e metástases.
  • 73. Metástases • Depois de pulmão, fígado e osso, são os locais mais frequentes de metástases. • Lesões malignas mais comuns. • Pulmão> mama> melanoma> rim> tiróide> cólon. • Volumosas, heterogêneas (necrose/hemorragia) e de contornos mais irregulares e menos definidos quando comparadas aos adenomas. • Calcificações são raras. Ca espinocelular de pulmão Adenocarcinoma pulmonar – nódulos bilaterais
  • 74. Metástases • Identificação de uma massa supra-renal isolada em paciente com neoplasia conhecida, a maior probabilidade é de tratar-se de um adenoma. • Se bilateral, ou se há envolvimento de outros órgãos, a probabilidade maior é de se trate de metástase. Metástase de melanoma Metástase de tumor carcinóide Desloca a aorta
  • 75. Feocromocitoma • Neoplasia hiperfuncionante de origem medular. • Tipicamente unilateral e benigno. • 10% bilateral e maligno. • Costuma ser facilmente detectado - lesão volumosa entre 2-5 cm.
  • 76. Feocromocitoma • Diag: Dosagem sérica de catecolaminas, ácido vanilmandélico e metanefrina na urina de 24 horas. • Aspecto incaracterístico ao US: massa hipoecogênica homogênea, massa heterogênea com áreas císticas e calcificações (por necrose e/ou hemorragia) ou, mais raramente, lesão cística decorrente de hemorragia maciça. • TC: escolha para confirmar o diagnóstico.
  • 77. Adenoma • Neoplasia hiperfuncionante de origem cortical • Tumor benigno mais comum na supra-renal. • > não-hiperfuncionante e incidental. • Se hiperfuncionantes podem acarretar as síndromes de Cushing (secreta ACTH) ou Conn (hiperaldosternismo primário). • > unilateral. • Ecotextura homogênea.
  • 78. Mielolipoma • Tumores não-hiperfuncionantes, de origem cortical, benignos e infrequentes, compostos por tecidos adiposo, eritróide e mielóide. • 1H:1M, 1D:1E, 30-40 anos. • Geralmente < 5 cm e descoberta incidental. • Se volumosos podem ser compressivos ou evoluir com hemorragia espontânea.
  • 79. Mielolipoma • > tecido adiposo: hiperecogênico. • > tecido da medula óssea: hipo ou isoecogênico. • 50% são homogêneos. • Se heterogêneos: hemorragia e/ou calcificações.
  • 80. Carcinoma Adrenocortical • Tumor maligno com incidência de 0,02%. • Raro na população infantil, pico de incidência entre 40-50 anos. • 1H:1M, geralmente unilaterais. • Podem invadir a veia supra-renal, VCI e metastizar para linfonodos regionais, pulmão, fígado, osso e cérebro.
  • 81. Carcinoma Adrenocortical • 46% apresentam metástase ao diagnóstico. • 60% são não-hiperfuncionantes. • 40% hiperfuncionantes: síndromes de Cushing, adrenogenital, Conn e puberdade precoce. • Sensibilidade do US de 90%. • Podem atingir 40 cm.
  • 82. Carcinoma Adrenocortical • Achados inespecíficos ao US: • Pequenos - homogêneo (hipo/hiper). • Maiores - heterogêneos, com áreas císticas de permeio e calcificações à custa de necrose e hemorragia intratumoral • Podem deslocar ou invadir o rim homolateral e a VCI. Compressão de VCI
  • 83. Neuroblastoma • Tumor primitivo da medula supra-renal. • 2ª neoplasia sólida abdominal neonatal mais comum (depois do Wilms)- 5 -15% de todos os tumores malignos da criança. • Origem: células da crista neural medural da supra-renal ou de gânglios simpáticos. • Supra-renais (50%) > retroperitônio > mediastino posterior. Quanto mais vascularizado, mais agressivo seu comportamento.
  • 84. Neuroblastoma • Massa hiperecogênica ou complexa, com áreas císticas e/ou calcificações (hemorragias). • Imagens císticas simples ou predominantemente císticas com septações.
  • 85. Linfoma • Pouco comum. • 4% - não-Hodgkin. • 50% bilateral. • Acometimento primário é raro.
  • 86. Hemorragia Supra-Renal • Trauma (80%), coagulopatia ou terapia sistêmica anticoagulante, sepse, estresse cirúrgico ou neonatal ou ainda, de sangramento de um tumor subjacente. • 20% bilateral. • Ecogenicidade - depende do tempo de evolução.
  • 87. Hemorragia Supra-Renal Neonatal • É a causa de massa supra-renal mais comum no neonato: • Trabalho de parto difícil - diabéticas ou GIGs. • Pode decorrer de asfixia, hipóxia, sepse ou coagulopatia. • Ao nascimento – grande - sujeita à hemorragia como resultado da regressão do córtex fetal (6 primeiras semanas). • Neonato - córtex hipoecogênico e uma fina medula ecogênica.
  • 88. Cistos Supra-Renais • Hidático: raro e representa cerca de 75% dos cistos supra-renais. • Endotelial: • Raros, alguns são linfangiomatosos, • Sintomas - depende do seu tamanho, provocando compressão local. • Complicações: hemorragia, ruptura e infecção.
  • 89. Tuberculose • Causa mais comum de doença de Addison (hipofunção supra-renal) no mundo. • Massa uni ou bilateral com ou sem áreas de necrose central. • Na evolução - atrofia e calcificação.
  • 91. Peritônio • Peritônio - membrana serosa-epitelial dividida em: • Parietal: cobre as paredes abdominais anterior e posterior e a parede da cavidade pélvica (hiperecogênica ao US). • Visceral: Recobre os órgãos sólidos e vísceras ocas do abdome (imperceptível ao US). • Cavidade peritoneal: entre as duas camadas, espaço virtual com fluido (lubrificante).
  • 92. Mesentério do Intestino Delgado • Cobertura especializada do peritônio em forma de “folha de árvore”. • Da segunda vértebra lombar até a fossa ilíaca direita. • Conecta o jejuno e o íleo à parede abdominal posterior.
  • 93. Mesentério do Intestino Delgado • Contém: a dupla camada de peritônio, vasos, nervos, ductos linfáticos, linfonodos, tecido adiposo. • Estruturas lineares anecogênicas no interior do mesentério representam os vasos (artérias e veias). • Espessura: entre 0,5 cm e 1,4 cm. • Ascite - facilmente reconhecido pelo US.
  • 94. Omentos • Dobraduras peritoneais especializadas. • Dupla camada de peritônio, vasos, linfáticos e tecido adiposo. • Pequeno omento: conecta a pequena curvatura gástrica e o duodeno proximal ao fígado.
  • 95. Omentos • Grande omento: • Descende da grande curvatura gástrica e do duodeno proximal à frente do intestino, às vezes até a pelve. • Dobra-se sobre si mesmo formando uma estrutura com 4 camadas, que se dirige cranialmente. • Se separa para envolver e anexar o cólon transverso. • Ao US: visibilização bastante difícil.
  • 96. Divisões da Cavidade Peritoneal • O revestimento das cavidades abdominal e pélvica pelo peritônio promove a divisão da cavidade peritoneal em vários compartimentos. Divisão Direito Esquerdo Supramesocólica Espaço subfrênico direito Espaço subfrênico esquerdo Espaço sub-hepático direito 1. Periepático anterior esquerdo Saco menor 2. Periepático posterior esquerdo 3. Subfrênico anterior 4. Subfrênico posterior Inframesocólica Espaço infracólico direito, que é inferior Espaço infracólico esquerdo, que é superior Goteira parietocólica direita, que se comunica com o espaço pélvico Goteira parietocólica esquerda, que se comunica com o espaço pélvico
  • 97. Divisões da Cavidade Peritoneal A. Divisão da cavidade peritoneal pelo mesocolo transverso. B. As subdivisões das cavidades supra e inframesocólica e seus reparos anatômicos
  • 98. Ascite • Acúmulo de líquido intraperitoneal em excesso. • Principal causa no Brasil: cirrose. • Posição supina: acumula nos flancos, particularmente no limite superior da goteira parietocólica direita e na pelve. FAST
  • 99. Ascite – Avaliação ao US • Cálculo acurado do volume. • Guia paracentese diagnóstica e terapêutica. • Monitora o volume ascítico após procedimentos intervencionistas. • Identifica locais onde o líquido é livre ou loculado (se movimenta com a mudança de decúbito?). • Transudato (líquido anecogênico) x Exsudato (inflamatórios e maligno – coleções ou lojas, partículas em suspensão, septos, alças intestinais imobilizadas com líquido interposto).
  • 100. Ascite – Avaliação ao US • Sugestivos de malignidade: espessamento parietal da vesícula biliar, linfadenopatia, massa intra-abdominal sugestiva de implantes peritoneais ou um bolo omental e metástases hepáticas. Espessamento irregular do peritônio parietal. Nódulo no mesentério – implante metastático. Ascite loculada. Carcinomatose por neoplasia de mama.
  • 101. Peritonite • Processo inflamatório difuso (peritônio parietal e visceral). • Não-infecciosas (menos comuns): • Químicas (suco gástrico). • Granulomatosas. • Esclerosante (diálise peritoneal).
  • 102. Peritonite • Infecciosas: • Bacterianas (incluindo a TB). • Virais. • Fúngicas. • Parasitárias. • Secundárias: • Necrose intestinal secundária à isquemia e/ou perfuração intestinal. • Neoplasia. • Processos inflamatórios (apendicite, doença de Chron, colite e diverticulite). • Perfuração de úlcera péptica. • Doenças ginecológicas (salpingite).
  • 103. Peritonite Espessamento parietal difuso e homogêneo de alças do intestino delgado. Ascite (setas vermelhas). Espessamento e hiperecogenicidade dos planos adiposos adjacentes (setas azuis). Sem fluxo ao Doppler - Cirurgia – isquemia intestinal causada por bridas.
  • 104. Peritonite Bacteriana Espontânea • Processo inflamatório peritoneal difuso. • Frequentemente associada à cirrose. • Mecanismo desconhecido. • A proliferação bacteriana anormal pode estar associada à: • Disseminação hematogênica de foco infeccioso. • Disfunção hepática. • Alteração da circulação portal. • Agente: Escherichia coli. • Ascite livre ou loculada, com ecos em suspensão, bolhas de gás ou septos. • Espessamento difuso do peritônio, omento e mesentério pode ocorrer.
  • 105. Abscesso Intraperitoneal • Processo inflamatório peritoneal localizado. • Complicações de processos inflamatórios de órgãos intraperitoneais, peritonites, além de complicações pós-cirúrgicas. • Geralmente nas regiões subfrênica, sub-hepáticas e no fundo de saco de Douglas. Coleção intracavitária bem delimitada rechaçando as alças intestinais
  • 106. Abscesso Intraperitoneal • Achados ao US: • Coleções arredondadas ou ovais, com paredes finas ou espessas, com ou sem septos. • Podem estar localizadas entre alças. • Conteúdo heterogêneo geralmente, a maioria hipoecogênico. • Podem conter debris e bolas de gás. • Possibilidade de punção e drenagem guiada por US. Coleção heterogênea intracavitária. Punção: conteúdo serohemorrágico.
  • 107. Tuberculose Peritoneal • Ocorre em cerca de 0,6 % dos pacientes com tuberculose. • Achados ao US: - Ascite (30-100%), livre ou loculada. - Espessamento hipoecogênico irregular ou nodular do peritônio. - Espessamento do omento e do mesentério, sendo o omento hiperecogênico e heterogêneo. - Linfadenomegalias (mesentéricas, periportais, peripancreática e retroperitoneais). - A necrose caseosa pode tornar o centro hipoecogênico. - Massas hipoecogênicas no baço.
  • 108. Secundários à Inflamação do Trato Digestório • Podem se tornar processos generalizados, com ascite e/ou abscessos intracavitários. • Causas: colecistite, apendicite, diverticulite, doença de Crohn e apendagites. • Início: edema/infiltrado inflamatório do tecido adiposo adjacente à estrutura inflamada. • Fase seguinte: flegmão – área hipoecogênica no interior do tecido adiposo inflamado, sem evidências de líquido associado. • Seguido do abscesso.
  • 109. Secundários à Inflamação do Trato Digestório Avaliação via TV: apêndice cecal espessado (setas finas) ao lado do ovário direito. Espessamento e hiperecogenicidade dos planos adiposos adjacentes (setas grossas). Aumento do fluxo ao Doppler.
  • 110. Carcinomatose Peritoneal • Os tumores peritoneais são raros (> malignos). • As metástases são mais comuns que os primários. • Mulheres: > ovário. • Outros sítios primários: tumores gástricos, cólicos, mamários, pancreáticos, renais, vesicais, uterinos e o melanoma. • Locais mais frequentes: região subfrênica, espaço de Morrison e o fundo de saco.
  • 111. Carcinomatose Peritoneal • Achado associado: ascite livre ou septada, com fluido anecogênico ou contendo partículas em suspensão (conteúdo hiperproteico). Espessamento difuso e irregular do mesentério. A = alça. Áreas hiperecogênicas entremeadas por focos hiperecogênicos. Áreas hipoecogênicas e implantes no peritônio parietal, lobulados e hiperecogênicos (setas vermelhas).
  • 112. Carcinomatose Peritoneal • Focos de carcinomatose peritoneal no peritônio parietal ou visceral podem ser identificados independentemente da presença de ascite. • Podem se apresentar como nódulos hipoecogênicos ou massas irregulares ou, ainda, como placas infiltrativas peritoneais Massa hipoecogênica e heterogênea na fossa ilíaca direita, localizada no mesentério em contato com peritônio parietal. Focos de vascularização irregular. Bx- Carcinomatose por neoplasia de pâncreas.
  • 113. Carcinomatose Peritoneal • O envolvimento do omento é bastante comum – bolo omental – advém da extensa infiltração tumoral do omento e resulta em seu espessamento e aumento da ecogenicidade. • É possível individualiza-lo das alças intestinais adjacentes através do peristaltismo e da diferença de ecogenicidade. • O bolo omental pode ser encontrado ainda flutuando ou como massa móvel, dependendo do local de sua aderência.
  • 114. Mesotelioma • Tumor primário do peritônio. • Cresce da linha pleural ou da linha peritoneal. • Alta taxa de mortalidade. • > homens e exposição ao asbesto. • 33% tem sítio primário no peritônio. • Espessamento do peritônio parietal e visceral (difuso/ placas). • Nódulos (agrupados, em placas, camadas ou massas). • Promove anto o encarceramento tanto quanto a invasão das vísceras.
  • 115. Mesotelioma • Achados ao US: • Espessamento omental, com forma de massa “em manto” na porção anterior da cavidade abdominal, formando o bolo omental (massa hipoecogênica entremeada por áreas hiperecogênicas - tecido adiposo intra-abdominal e omental encarcerados. • Placas espessas e hipoecogênica em relação aos músculos da parede abdominal anterior. • Grandes massas irregulares focais e nódulos peritoneais isolados.