SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 16
ASPECTOS CONSTITUTIVOS DA
ENUNCIAÇÃO
Baseado na perspectiva de José Luiz
Fiorin, especialmente na sua análise da
Pragmática como constitutiva do
discurso.
Palavras iniciais
• É a enunciação, ou seja, o ato de produzir
enunciados que são as realizações linguísticas
concretas.
• Os dêiticos, que são os elementos linguísticos
que indicam o lugar ou o tempo em que o
enunciado é produzido ou então os
participantes de uma situação de
enunciado, ou seja, de uma enunciação
Para entender a ENUNCIAÇÃO
• A enunciação é a colocação em funcionamento
da língua por um ato individual de utilização, ou
seja, é a instância constitutiva do enunciado, a
“instância linguística pressuposta pela própria
existência do enunciado, o qual comporta seus
traços e suas marcas” (GREIMAS, 1979, p. 126).
• A enunciação enunciada é o conjunto de marcas
identificáveis no texto que remetem à instância
de enunciação, o enunciado que é a sequência
enunciada desprovida de marcas de enunciação.
Aspectos da enunciação enunciada e
do enunciado
• Por enunciação enunciada entendemos as marcas da enunciação
que estão presentes no enunciado e se remete à instância de
enunciação.
• Por exemplo, quando se diz “Eu pensava que tomate era
legume, mas a minha professora falou que ele é uma fruta.”, os
itens eu e a minha professora são elementos da enunciação
instados no enunciado, ao passo que ele, por exemplo, não o é, pois
tem referência no próprio enunciado e retoma tomate.
• O enunciado é a sequencia enunciada desprovida de marcas da
enunciação.
• Por exemplo, quando se diz “Tomate é uma fruta, não um legume.”
não temos qualquer marca de enunciação.
Hierarquia enunciativa
• 1 – enunciador x enunciatário (eu/tu): acontece na
constituição intelectual do discurso, pois o enunciador
imagina um enunciatário e realiza o enunciado a partir
desta premissa/concepção.
• 2 – narrador x narratário (eu/tu) o narrador é aquele se
se apresenta no texto como “falante”, o narratário, por
sua vez, não se confunde com o leitor, pois é um
simulacro com quem o narrador dialoga. É um tu
imaginário, sempre implícito no texto.
• 3 – interlocutor x interlocutário: se dá no momento em
que o narrador dá voz aos personagens de que trata.
Noção de pessoa em enunciação
• Para Benveniste, a categoria de pessoa em enunciação assume duas
correlações:
• A) de pessoalidade: opõe pessoa (eu/tu) de não-pessoa (ele) que
são participantes do enunciação e do enunciado.
• B) de subjetividade: opõe eu x tu, a primeira pessoa subjetiva, a
segundo, objetiva.
• A classe dos pronomes ditos pessoais não comporta a noção de
pessoa, pois a pessoalidade só é válida para eu e tu, os quais
pertencem à instância discursiva e validam a doutrina de
Benveniste, que é justamente o fato de a enunciação ser um ato
inédito. Cada situação, sempre, consiste em um enunciado
novo, pois, no momento em que o locutor (eu) implica um tu ele
está marcado na língua. Essa trajetória de locutor a sujeito – do
discurso – instiga-nos a refletir sobre a particularidade dos pronomes
pessoais (eu, tu) e como essa perspectiva constitui por excelência a
linguagem como condição para a comunicação humana.
Noção de pessoa em enunciação

• Pessoa enunciativa: trata-se do eu e do tu que participam
da enunciação e são auferíveis do/no enunciado. Como o
“mim”, o você e o eu, que se refere a Armandinho e o
“minha senhora”, que se refere à pessoa com quem ele fala.
• Pessoa enunciva: trata-se do ele, que participa
exclusivamente do enunciado. No caso, os termos sapo e
cachorro são enuncivos.
A noção de tempo em enunciação
• O enunciador, ao tomar a palavra, instaura
automaticamente um tempo, o agora, momento da
enunciação. Em contraposição a este agora, cria-se um
então. É esse agora que é o fundamento das relações
temporais da língua. Os momentos de referenciação
entre esse agora e o passado e o futuro precisam ser
marcados no enunciado, pois o tempo linguístico
comanda as marcações cronológicas referidas no texto.
• É o tempo que marca se um acontecimento é
concomitante, anterior ou posterior a cada um dos
momentos de referência (presente, passado, futuro)
estabelecidos em função do momento da enunciação.
As categorias de tempo
• Tempos enunciativos: tem como referência o
presente e se ordenam em concomitância
com esse presente ou em oposição a ele em
relação de anterioridade e de posterioridade.
• Observe:
• Agora, sim, estamos acabando. (concomitância)
• Ontem, pensei que acabaríamos. (anterioridade)
• Amanhã, com certeza, acabamos. (posterioridade)
Tipos de tempo enunciativos
concomitantes
• Presente pontual: quando existe coincidência
entre o Momento da enunciação e o Momento
de Referência:
• Um relâmpago fulgura no céu.

• Presente durativo: quando o momento de
referência é mais longo do que o momento da
enunciação:
• Nesta semana, a gente aprende enunciado e enunciação.

• Presente omnitemporal ou gnômico: quando o
momento de referência é ilimitado.
• Alunos sentem certa rejeição a Teoria da Enunciação.
Tipos de tempo enunciativos
• De anterioridade:
• Pretérito perfeito: marca relação de
anterioridade à enunciação

• De posterioridade:
• O futuro do presente: marca a relação de
posterioridade à enunciação.
Tempos enuncivos
• Os tempos enuncivos são aqueles cuja relação de
concomitância, anterioridade e posterioridade se dá com base no
enunciado. É, portanto, ordenado em relação ao passado e futuro
instalado no próprio enunciado.
• O momento de referência do enunciado é marcado e, em relação à
este momento, os elementos do texto se situam.
• Na véspera da quinta-feira, dia 23, Antonio disse que iria ao cinema na
sexta, mas no sábado, disse que não pode ir porque no dia de
ir, perdeu a carteira.
– Véspera= dia 22, quarta feira. (anterioridade)
– Na sexta = amanhã do dia 23, dia 24. (posteroridade)
– No sábado = dia depois de amanhã o dia 23, amanhã da sexta, 3 dias
após ter dito que iria ao cinema. (posteroridade)

• Contribuem para a relação temporal tanto os advérbios do sistema
enunciativo (ontem, hoje, amanhã) quanto os do sistema enuncivo (na
véspera, no dia x, no dia seguinte)
Espaço em Teoria da Enunciação
• O espaço linguístico se ordena a partir do
lugar do ego, do eu, pois todos os elementos
são localizados em relação a “impressão” que
o falante tem de sua posição no mundo. Sua
real posição na realidade é circunstancial para
a relação de compreensão espacial do falante.
• São utilizados para estabelecer essas relações
especialmente os pronomes demonstrativos e
os advérbios de lugar.
Função espacial em enunciação
• dos pronomes demonstrativos
• Função dêitica (de designar ou mostrar)
• Esta casa é muito cara.
• Aquele menino é muito bagunceiro.

• Função de lembrar (anafórica/catafórica)
• Quebrou copos e pratos ao lavar. Todos estes itens eram novinhos.
(anafórico)
• Isto que estou bebendo é vinho mesmo. (catafórico)

• Função coesiva
• Eu lhe dei essa informação, que sua casa iria a leilão.

• Dos advérbios de lugar (de designar o espaço da
enunciação propriamente dito)
• Venha cá.
• É bem ali que Maria mora.
Instauração de pessoas, espaços e
tempos no enunciado
• Segundo Fiorin (1995b, 1996), a debreagem e a embreagem.
• A debreagem é a operação em que a instância de enunciação se desprende
de si e projeta para fora
• de si, no momento da discursivização, determinados termos ligados a sua
estrutura de base, buscando a constituição dos elementos fundadores do
enunciado, quais sejam: pessoa, tempo e espaço. Há a debreagem
actancial, espacial e temporal.
• A debreagem tira da instância de enunciação a pessoa, o espaço e o tempo
e projeta no enunciado um não-eu, um não-aqui e um não-agora.
• Existem dois tipos de debreagem.
• A primeira é a enunciativa, em que se instalam no enunciado os actantes
da enunciação (eu/tu), o espaço da enunciação (aqui) e o tempo da
enunciação (agora), isto é, em que o não-eu, o não-aqui e o não-agora são
enunciados
• como eu, aqui, agora.
• A segunda é a enunciva, em que se instauram no enunciado os actantes do
enunciado (ele), o espaço do enunciado (em algum lugar) e o tempo do
enunciado (então).
Instauração de pessoas, espaços e
tempos no enunciado
• A debreagem enunciativa e a enunciva produzem
dois efeitos de sentido:
• a) o de subjetividade: instalação dos simulacros
do eu/aqui/agora enunciativos, com suas
apreciações dos fatos;
• b) o de objetividade: eliminação das marcas de
enunciação do texto, ou seja, da enunciação
enunciada, fazendo com o discurso se construa
somente com enunciado enunciado.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

ColocaçãO Pronominal
ColocaçãO PronominalColocaçãO Pronominal
ColocaçãO Pronominalguest0cbfe
 
Gêneros textuais marcuschi
Gêneros textuais   marcuschiGêneros textuais   marcuschi
Gêneros textuais marcuschiSonia Nudelman
 
Inferências - pressuposto e subentendido
Inferências - pressuposto e subentendidoInferências - pressuposto e subentendido
Inferências - pressuposto e subentendidoAna Lúcia Moura Neves
 
Transitividade verbal
Transitividade verbalTransitividade verbal
Transitividade verbalPaolaLins
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencialLuciene Gomes
 
Figuras de linguagem completo
Figuras de linguagem completoFiguras de linguagem completo
Figuras de linguagem completoCDIM Daniel
 
Coerência e coesão textual
Coerência e coesão textualCoerência e coesão textual
Coerência e coesão textualISJ
 
Exercícios sobre variação linguística
Exercícios sobre variação linguísticaExercícios sobre variação linguística
Exercícios sobre variação linguísticama.no.el.ne.ves
 
Tipologia textual
Tipologia textualTipologia textual
Tipologia textualVera Pinho
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguísticaDenise
 
Concordancia verbal-slide-adriana
Concordancia verbal-slide-adrianaConcordancia verbal-slide-adriana
Concordancia verbal-slide-adrianaLucilene Barcelos
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaElza Silveira
 

Was ist angesagt? (20)

ColocaçãO Pronominal
ColocaçãO PronominalColocaçãO Pronominal
ColocaçãO Pronominal
 
Gêneros textuais marcuschi
Gêneros textuais   marcuschiGêneros textuais   marcuschi
Gêneros textuais marcuschi
 
Classes gramaticais
Classes gramaticaisClasses gramaticais
Classes gramaticais
 
Inferências - pressuposto e subentendido
Inferências - pressuposto e subentendidoInferências - pressuposto e subentendido
Inferências - pressuposto e subentendido
 
Teoria da enunciação
Teoria da enunciaçãoTeoria da enunciação
Teoria da enunciação
 
Transitividade verbal
Transitividade verbalTransitividade verbal
Transitividade verbal
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencial
 
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVADISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
 
Estrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opiniãoEstrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opinião
 
Figuras de linguagem completo
Figuras de linguagem completoFiguras de linguagem completo
Figuras de linguagem completo
 
Coerência e coesão textual
Coerência e coesão textualCoerência e coesão textual
Coerência e coesão textual
 
Conjunções
ConjunçõesConjunções
Conjunções
 
Exercícios sobre variação linguística
Exercícios sobre variação linguísticaExercícios sobre variação linguística
Exercícios sobre variação linguística
 
Tipologia textual
Tipologia textualTipologia textual
Tipologia textual
 
Substantivo
SubstantivoSubstantivo
Substantivo
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguística
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
Concordancia verbal-slide-adriana
Concordancia verbal-slide-adrianaConcordancia verbal-slide-adriana
Concordancia verbal-slide-adriana
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
 

Andere mochten auch

EnunciadoxEnunciacao
EnunciadoxEnunciacaoEnunciadoxEnunciacao
EnunciadoxEnunciacaoCleber Reis
 
Sintaxe discursiva - FIORIN
Sintaxe discursiva - FIORINSintaxe discursiva - FIORIN
Sintaxe discursiva - FIORINSirlei Baima
 
Seminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagemSeminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagemdeismachadoo
 
Teorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaTeorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaFabricio Rocha
 
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAnálise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAmábile Piacentine
 
Dominique maingueneau análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau   análise de textos de comunicaçãoDominique maingueneau   análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau análise de textos de comunicaçãoAlberto Cuambe
 
Análise de textos de comunicação_Maingueneau
Análise de textos de comunicação_MaingueneauAnálise de textos de comunicação_Maingueneau
Análise de textos de comunicação_Maingueneaupatricia_fox
 
Significado e sentido para vygotsky e bakhtin
Significado e sentido para vygotsky e bakhtinSignificado e sentido para vygotsky e bakhtin
Significado e sentido para vygotsky e bakhtinVygotsky2011
 
Como Fazer Bibliografia E Nota De Rodapé
Como Fazer Bibliografia E Nota De RodapéComo Fazer Bibliografia E Nota De Rodapé
Como Fazer Bibliografia E Nota De RodapéCatedral de Adoração
 
Filosofia - Linguagem
Filosofia - LinguagemFilosofia - Linguagem
Filosofia - LinguagemLuca Jara
 

Andere mochten auch (20)

Uma linguística da enunciação
Uma linguística da enunciaçãoUma linguística da enunciação
Uma linguística da enunciação
 
EnunciadoxEnunciacao
EnunciadoxEnunciacaoEnunciadoxEnunciacao
EnunciadoxEnunciacao
 
Sintaxe discursiva - FIORIN
Sintaxe discursiva - FIORINSintaxe discursiva - FIORIN
Sintaxe discursiva - FIORIN
 
Benveniste e a noção de pessoa
Benveniste e a noção de pessoaBenveniste e a noção de pessoa
Benveniste e a noção de pessoa
 
Seminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagemSeminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagem
 
Teorias da enunciação
Teorias da enunciaçãoTeorias da enunciação
Teorias da enunciação
 
Teorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaTeorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - Pragmática
 
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAnálise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
 
Dominique maingueneau análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau   análise de textos de comunicaçãoDominique maingueneau   análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau análise de textos de comunicação
 
Análise de textos de comunicação_Maingueneau
Análise de textos de comunicação_MaingueneauAnálise de textos de comunicação_Maingueneau
Análise de textos de comunicação_Maingueneau
 
Modalizadores
ModalizadoresModalizadores
Modalizadores
 
Bakhtin erika
Bakhtin erikaBakhtin erika
Bakhtin erika
 
Significado e sentido para vygotsky e bakhtin
Significado e sentido para vygotsky e bakhtinSignificado e sentido para vygotsky e bakhtin
Significado e sentido para vygotsky e bakhtin
 
Marxismo e filosofia da linguagem
Marxismo e filosofia da linguagemMarxismo e filosofia da linguagem
Marxismo e filosofia da linguagem
 
Marxismo e filosofia da linguagem - Bakhtin
Marxismo e filosofia da linguagem - BakhtinMarxismo e filosofia da linguagem - Bakhtin
Marxismo e filosofia da linguagem - Bakhtin
 
Abnt referências
Abnt referênciasAbnt referências
Abnt referências
 
Semântica pragmática
Semântica pragmáticaSemântica pragmática
Semântica pragmática
 
Como Fazer Bibliografia E Nota De Rodapé
Como Fazer Bibliografia E Nota De RodapéComo Fazer Bibliografia E Nota De Rodapé
Como Fazer Bibliografia E Nota De Rodapé
 
Semiótica Narrativa Greimasiana
Semiótica Narrativa GreimasianaSemiótica Narrativa Greimasiana
Semiótica Narrativa Greimasiana
 
Filosofia - Linguagem
Filosofia - LinguagemFilosofia - Linguagem
Filosofia - Linguagem
 

Ähnlich wie Aspectos constitutivos da enunciação

Em busca do sentido – estudos discursivos
Em busca do sentido – estudos discursivosEm busca do sentido – estudos discursivos
Em busca do sentido – estudos discursivosMarcelo Ramiro
 
1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicio1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicioAgassis Rodrigues
 
1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicio1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicioAgassis Rodrigues
 
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 09
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 09FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 09
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 09Jordano Santos Cerqueira
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagemrecursostec
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro) Mabel Teixeira
 
Deixis e anafora_10o
Deixis e anafora_10oDeixis e anafora_10o
Deixis e anafora_10oameliapadrao
 
Aula 08 português.text.marked
Aula 08   português.text.markedAula 08   português.text.marked
Aula 08 português.text.markedHELIO ALVES
 
Aula 08 português.text.marked
Aula 08   português.text.markedAula 08   português.text.marked
Aula 08 português.text.markedHELIO ALVES
 
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochIntertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
 
A Coesão Textual(SLIDES) .pptx
A Coesão Textual(SLIDES) .pptxA Coesão Textual(SLIDES) .pptx
A Coesão Textual(SLIDES) .pptxDelaineFarias2
 
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)Francis Paula
 
Deixis Profª Conceição Martins
Deixis  Profª Conceição MartinsDeixis  Profª Conceição Martins
Deixis Profª Conceição MartinsVanda Sousa
 
Pressuposto, subentendido e ironia
Pressuposto, subentendido e ironiaPressuposto, subentendido e ironia
Pressuposto, subentendido e ironiaJosué Brazil
 
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49luisprista
 
Artigo. Luan Martins
Artigo. Luan MartinsArtigo. Luan Martins
Artigo. Luan MartinsArthur Iven
 

Ähnlich wie Aspectos constitutivos da enunciação (20)

Em busca do sentido – estudos discursivos
Em busca do sentido – estudos discursivosEm busca do sentido – estudos discursivos
Em busca do sentido – estudos discursivos
 
1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicio1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicio
 
1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicio1) a linguagem forense aula para inicio
1) a linguagem forense aula para inicio
 
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 09
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 09FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 09
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 09
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
 
Deixis e anafora_10o
Deixis e anafora_10oDeixis e anafora_10o
Deixis e anafora_10o
 
Aula 08 português.text.marked
Aula 08   português.text.markedAula 08   português.text.marked
Aula 08 português.text.marked
 
Aula 08 português.text.marked
Aula 08   português.text.markedAula 08   português.text.marked
Aula 08 português.text.marked
 
Recursos retóricos
Recursos retóricosRecursos retóricos
Recursos retóricos
 
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochIntertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
 
Pronomes
PronomesPronomes
Pronomes
 
A Coesão Textual(SLIDES) .pptx
A Coesão Textual(SLIDES) .pptxA Coesão Textual(SLIDES) .pptx
A Coesão Textual(SLIDES) .pptx
 
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)
 
Deixis Profª Conceição Martins
Deixis  Profª Conceição MartinsDeixis  Profª Conceição Martins
Deixis Profª Conceição Martins
 
Pressuposto, subentendido e ironia
Pressuposto, subentendido e ironiaPressuposto, subentendido e ironia
Pressuposto, subentendido e ironia
 
Figuras de linguagem (aluno)
Figuras de linguagem (aluno)Figuras de linguagem (aluno)
Figuras de linguagem (aluno)
 
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 49
 
Artigo Luan Martins
Artigo Luan MartinsArtigo Luan Martins
Artigo Luan Martins
 
Artigo. Luan Martins
Artigo. Luan MartinsArtigo. Luan Martins
Artigo. Luan Martins
 

Mehr von Fernanda Câmara

Mehr von Fernanda Câmara (20)

As mãos dos pretos.
As mãos dos pretos.As mãos dos pretos.
As mãos dos pretos.
 
Um amor conquistado o mito do amor materno (pdf) (rev)
Um amor conquistado o mito do amor materno (pdf) (rev)Um amor conquistado o mito do amor materno (pdf) (rev)
Um amor conquistado o mito do amor materno (pdf) (rev)
 
Elisabete badinter
Elisabete badinterElisabete badinter
Elisabete badinter
 
Cassandra rios e o tesão de mulher por mulher
Cassandra rios e o tesão de mulher por mulherCassandra rios e o tesão de mulher por mulher
Cassandra rios e o tesão de mulher por mulher
 
Bourdieu
BourdieuBourdieu
Bourdieu
 
Carlos franchi mas o que é mesmo gramática.
Carlos franchi   mas o que é mesmo gramática.Carlos franchi   mas o que é mesmo gramática.
Carlos franchi mas o que é mesmo gramática.
 
Gramática travaglia
Gramática   travagliaGramática   travaglia
Gramática travaglia
 
Prática texto 2
Prática   texto 2Prática   texto 2
Prática texto 2
 
DIAGNÓSTICO DAS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E DE GRAMÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PO...
DIAGNÓSTICO DAS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E DE GRAMÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PO...DIAGNÓSTICO DAS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E DE GRAMÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PO...
DIAGNÓSTICO DAS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E DE GRAMÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PO...
 
morfologia
morfologiamorfologia
morfologia
 
Arquivo 4
Arquivo 4Arquivo 4
Arquivo 4
 
Arquivo 3
Arquivo 3Arquivo 3
Arquivo 3
 
Arquivo 3
Arquivo 3Arquivo 3
Arquivo 3
 
Arquivo 1
Arquivo 1Arquivo 1
Arquivo 1
 
Teoria literária 2
Teoria literária 2Teoria literária 2
Teoria literária 2
 
Safo
SafoSafo
Safo
 
O gênero lírico
O gênero líricoO gênero lírico
O gênero lírico
 
A perda da aura
A perda da auraA perda da aura
A perda da aura
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
O funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaO funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguística
 

Kürzlich hochgeladen

Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 

Aspectos constitutivos da enunciação

  • 1. ASPECTOS CONSTITUTIVOS DA ENUNCIAÇÃO Baseado na perspectiva de José Luiz Fiorin, especialmente na sua análise da Pragmática como constitutiva do discurso.
  • 2. Palavras iniciais • É a enunciação, ou seja, o ato de produzir enunciados que são as realizações linguísticas concretas. • Os dêiticos, que são os elementos linguísticos que indicam o lugar ou o tempo em que o enunciado é produzido ou então os participantes de uma situação de enunciado, ou seja, de uma enunciação
  • 3. Para entender a ENUNCIAÇÃO • A enunciação é a colocação em funcionamento da língua por um ato individual de utilização, ou seja, é a instância constitutiva do enunciado, a “instância linguística pressuposta pela própria existência do enunciado, o qual comporta seus traços e suas marcas” (GREIMAS, 1979, p. 126). • A enunciação enunciada é o conjunto de marcas identificáveis no texto que remetem à instância de enunciação, o enunciado que é a sequência enunciada desprovida de marcas de enunciação.
  • 4. Aspectos da enunciação enunciada e do enunciado • Por enunciação enunciada entendemos as marcas da enunciação que estão presentes no enunciado e se remete à instância de enunciação. • Por exemplo, quando se diz “Eu pensava que tomate era legume, mas a minha professora falou que ele é uma fruta.”, os itens eu e a minha professora são elementos da enunciação instados no enunciado, ao passo que ele, por exemplo, não o é, pois tem referência no próprio enunciado e retoma tomate. • O enunciado é a sequencia enunciada desprovida de marcas da enunciação. • Por exemplo, quando se diz “Tomate é uma fruta, não um legume.” não temos qualquer marca de enunciação.
  • 5. Hierarquia enunciativa • 1 – enunciador x enunciatário (eu/tu): acontece na constituição intelectual do discurso, pois o enunciador imagina um enunciatário e realiza o enunciado a partir desta premissa/concepção. • 2 – narrador x narratário (eu/tu) o narrador é aquele se se apresenta no texto como “falante”, o narratário, por sua vez, não se confunde com o leitor, pois é um simulacro com quem o narrador dialoga. É um tu imaginário, sempre implícito no texto. • 3 – interlocutor x interlocutário: se dá no momento em que o narrador dá voz aos personagens de que trata.
  • 6. Noção de pessoa em enunciação • Para Benveniste, a categoria de pessoa em enunciação assume duas correlações: • A) de pessoalidade: opõe pessoa (eu/tu) de não-pessoa (ele) que são participantes do enunciação e do enunciado. • B) de subjetividade: opõe eu x tu, a primeira pessoa subjetiva, a segundo, objetiva. • A classe dos pronomes ditos pessoais não comporta a noção de pessoa, pois a pessoalidade só é válida para eu e tu, os quais pertencem à instância discursiva e validam a doutrina de Benveniste, que é justamente o fato de a enunciação ser um ato inédito. Cada situação, sempre, consiste em um enunciado novo, pois, no momento em que o locutor (eu) implica um tu ele está marcado na língua. Essa trajetória de locutor a sujeito – do discurso – instiga-nos a refletir sobre a particularidade dos pronomes pessoais (eu, tu) e como essa perspectiva constitui por excelência a linguagem como condição para a comunicação humana.
  • 7. Noção de pessoa em enunciação • Pessoa enunciativa: trata-se do eu e do tu que participam da enunciação e são auferíveis do/no enunciado. Como o “mim”, o você e o eu, que se refere a Armandinho e o “minha senhora”, que se refere à pessoa com quem ele fala. • Pessoa enunciva: trata-se do ele, que participa exclusivamente do enunciado. No caso, os termos sapo e cachorro são enuncivos.
  • 8. A noção de tempo em enunciação • O enunciador, ao tomar a palavra, instaura automaticamente um tempo, o agora, momento da enunciação. Em contraposição a este agora, cria-se um então. É esse agora que é o fundamento das relações temporais da língua. Os momentos de referenciação entre esse agora e o passado e o futuro precisam ser marcados no enunciado, pois o tempo linguístico comanda as marcações cronológicas referidas no texto. • É o tempo que marca se um acontecimento é concomitante, anterior ou posterior a cada um dos momentos de referência (presente, passado, futuro) estabelecidos em função do momento da enunciação.
  • 9. As categorias de tempo • Tempos enunciativos: tem como referência o presente e se ordenam em concomitância com esse presente ou em oposição a ele em relação de anterioridade e de posterioridade. • Observe: • Agora, sim, estamos acabando. (concomitância) • Ontem, pensei que acabaríamos. (anterioridade) • Amanhã, com certeza, acabamos. (posterioridade)
  • 10. Tipos de tempo enunciativos concomitantes • Presente pontual: quando existe coincidência entre o Momento da enunciação e o Momento de Referência: • Um relâmpago fulgura no céu. • Presente durativo: quando o momento de referência é mais longo do que o momento da enunciação: • Nesta semana, a gente aprende enunciado e enunciação. • Presente omnitemporal ou gnômico: quando o momento de referência é ilimitado. • Alunos sentem certa rejeição a Teoria da Enunciação.
  • 11. Tipos de tempo enunciativos • De anterioridade: • Pretérito perfeito: marca relação de anterioridade à enunciação • De posterioridade: • O futuro do presente: marca a relação de posterioridade à enunciação.
  • 12. Tempos enuncivos • Os tempos enuncivos são aqueles cuja relação de concomitância, anterioridade e posterioridade se dá com base no enunciado. É, portanto, ordenado em relação ao passado e futuro instalado no próprio enunciado. • O momento de referência do enunciado é marcado e, em relação à este momento, os elementos do texto se situam. • Na véspera da quinta-feira, dia 23, Antonio disse que iria ao cinema na sexta, mas no sábado, disse que não pode ir porque no dia de ir, perdeu a carteira. – Véspera= dia 22, quarta feira. (anterioridade) – Na sexta = amanhã do dia 23, dia 24. (posteroridade) – No sábado = dia depois de amanhã o dia 23, amanhã da sexta, 3 dias após ter dito que iria ao cinema. (posteroridade) • Contribuem para a relação temporal tanto os advérbios do sistema enunciativo (ontem, hoje, amanhã) quanto os do sistema enuncivo (na véspera, no dia x, no dia seguinte)
  • 13. Espaço em Teoria da Enunciação • O espaço linguístico se ordena a partir do lugar do ego, do eu, pois todos os elementos são localizados em relação a “impressão” que o falante tem de sua posição no mundo. Sua real posição na realidade é circunstancial para a relação de compreensão espacial do falante. • São utilizados para estabelecer essas relações especialmente os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar.
  • 14. Função espacial em enunciação • dos pronomes demonstrativos • Função dêitica (de designar ou mostrar) • Esta casa é muito cara. • Aquele menino é muito bagunceiro. • Função de lembrar (anafórica/catafórica) • Quebrou copos e pratos ao lavar. Todos estes itens eram novinhos. (anafórico) • Isto que estou bebendo é vinho mesmo. (catafórico) • Função coesiva • Eu lhe dei essa informação, que sua casa iria a leilão. • Dos advérbios de lugar (de designar o espaço da enunciação propriamente dito) • Venha cá. • É bem ali que Maria mora.
  • 15. Instauração de pessoas, espaços e tempos no enunciado • Segundo Fiorin (1995b, 1996), a debreagem e a embreagem. • A debreagem é a operação em que a instância de enunciação se desprende de si e projeta para fora • de si, no momento da discursivização, determinados termos ligados a sua estrutura de base, buscando a constituição dos elementos fundadores do enunciado, quais sejam: pessoa, tempo e espaço. Há a debreagem actancial, espacial e temporal. • A debreagem tira da instância de enunciação a pessoa, o espaço e o tempo e projeta no enunciado um não-eu, um não-aqui e um não-agora. • Existem dois tipos de debreagem. • A primeira é a enunciativa, em que se instalam no enunciado os actantes da enunciação (eu/tu), o espaço da enunciação (aqui) e o tempo da enunciação (agora), isto é, em que o não-eu, o não-aqui e o não-agora são enunciados • como eu, aqui, agora. • A segunda é a enunciva, em que se instauram no enunciado os actantes do enunciado (ele), o espaço do enunciado (em algum lugar) e o tempo do enunciado (então).
  • 16. Instauração de pessoas, espaços e tempos no enunciado • A debreagem enunciativa e a enunciva produzem dois efeitos de sentido: • a) o de subjetividade: instalação dos simulacros do eu/aqui/agora enunciativos, com suas apreciações dos fatos; • b) o de objetividade: eliminação das marcas de enunciação do texto, ou seja, da enunciação enunciada, fazendo com o discurso se construa somente com enunciado enunciado.