Este documento resume a atuação e contribuições de Waldomiro Vergueiro no campo das interfaces entre comunicação e educação, especialmente no que se refere ao uso de histórias em quadrinhos. Vergueiro fundou o Núcleo de Estudos de HQs da USP e pesquisa a origem e evolução das HQs, seu potencial didático e como governos as usaram para educar o público. Suas pesquisas ajudaram a estabelecer as HQs como forma de comunicação e expressão artística legítima nos estudos culturais.
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
HQs na Educação
1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Área: Interfaces Sociais da Comunicação
Linha: Educomunicação
Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias
Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares
Waldomiro Vergueiro e as interfaces da
Comunicação / Educação
Autoras
Luci Ferraz de Mello
Maria Izabel Leão
1. Introdução: Formação Acadêmica / Experiência Profissional..................2
2. Atuação e Contribuições no Campo de Interfaces da
Comunicação/Educação...................................................................3
2.1 História dos HQ´s: como surgiram..............................................3
2.2 HQ´s, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais.......................5
2.3 Renovação da linguagem das HQ’s..............................................8
2.4 HQ´s e Indústria Cultural de Massas...........................................8
2.5 Contribuindo com a inter-relação da comunicação e educação.........9
2.6 Núcleo de HQ’s, Educação e Comunicação...................................11
2.7 HQ´s: as vantagens de se adotar como ferramenta didática..........12
3. Sujeito receptor e o processo de mediações nas HQs........................14
4. Gestão de Conhecimento e o Profissional da área de Informação........15
5. Perfil do profissional da informação...............................................15
6. Mudanças desse perfil.................................................................15
7. Publicações................................................................................16
8. Bibliografia consultada para elaboração deste trabalho.....................17
9. Orientações...............................................................................18
10. Produção literária de Waldomiro Vergueiro...................................20
1
2. 11. Anexo 1 - Entrevista com Wladomiro Vergueiro.............................32
“Uma imagem fala mais do que mil palavras.”
(Anônimo1)
1) INTRODUÇÃO: FORMAÇÃO ACADÊMICA/EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
O Professor Doutor Waldomiro Vergueiro possui graduação em
Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo (1977), mestrado em Ciências
da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (1985), doutorado em Ciências da
Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (1990), pós-doutorado pela Loughborough University Of
Technology (1995) e pós-doutorado pela Universidad Carlos III de Madrid (2004).
Atualmente é professor titular do Departamento de Biblioteconomia da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Membro do Comitê Editorial y
Científico da Universidad de Antioquia. Atua principalmente nos seguintes temas:
Serviços de Informação - Qualidade.
Depois de se graduar em Biblioteconomia, Vergueiro fez mestrado em Comunicação na
área de HQ’s, estudando o seu papel na indústria da comunicação de massa. Após o
curso, foi contratado como professor da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, quando decidiu seguir a carreira acadêmica, sempre
trabalhando os dois eixos. Ou seja, na área de serviços de informação no
departamento de Biblioteconomia e HQ na área de Comunicação. E, então, atendeu ao
doutorado, quando estudou a temática das coleções e a forma como essas são
trabalhadas nas bibliotecas públicas, estas últimas vistas como centro de cultura e
elemento de informação para todas as camadas sociais. E seus pós-doutorados, na
Inglaterra e na Espanha, foram sobre a questão da qualidade no serviço de
informação, apesar de continuar trabalhando paralelamente a questão dos HQ´s na
área de comunicação.
1
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto, 2006, pg. 09.
2
3. Em 1990, criou o Núcleo de Estudos de Histórias em Quadrinhos da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Trata-se de um centro de
pesquisas sobre o tema a partir de diversas linhas de pesquisa das HQ’s, sendo que
um deles é especificamente sobre HQ´s e sua utilização na Educação.
2) ATUAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES NO CAMPO DE INTERFACES DA
COMUNICAÇÃO/EDUCAÇÃO
2.1 História dos HQ´s: como surgiram
Vergueiro se interessa pela leitura de Histórias em Quadrinhos desde pequeno, sendo
que atualmente possui uma coleção particular de HQ’s, formada por cerca de 20 mil
histórias. Ressalta que não possui predileção especial por nenhum tema, comprando e
lendo de tudo. De fato, ainda brinca dizendo que, ao ter dedicado sua carreira ao
estudo da comunicação nessa área, pode até se dar ao luxo de dizer que está
trabalhando.
Falar sobre a origem das Histórias em Quadrinhos é, como diz Vergueiro, incorrer no
risco de desagradar algum dos grupos que as estuda. Isso porque há aqueles que
defendem o seu surgimento no final do século XIX e outros que as consideram apenas
como se apresentam hoje.
Vergueiro reflete que as HQ’s vão de encontro às necessidades humanas, uma vez que
utilizam a imagem gráfica, um elemento de comunicação que sempre esteve presente
na história da humanidade. Lembra os desenhos do homem primitivo nas paredes das
cavernas, com os registros de seu dia-a-dia como caçadas, animais selvagens
existentes, indicação de seu paradeiro, entre outras informações. Pondera que, ao se
fazer um exercício, imaginando esses relatos enquadrados, obtém-se algo muito
similar às HQ’s atuais.
O surgimento das HQ’s como meio de comunicação de massa se deu com a evolução
da indústria tipográfica e o aparecimento das grandes cadeias jornalísticas, esses
embasados em consistente tradição iconográfica, no final do século XIX. Apesar de sua
presença em diversos países, observa-se que seu grande florescimento foi nos Estados
Unidos da América, uma vez que todos os elementos sociais e tecnológicos ali já se
haviam consolidado, fortalecendo o processo de transformação das HQ´s em um
produto de consumo massivo.
3
4. Iniciou nas páginas dominicais dos jornais voltados às populações de migrantes,
apresentando temáticas predominantemente cômicas, “com desenhos satíricos e
personagens caricaturais”2. Evoluiu às célebres “tiras” e diversificaram os conteúdos,
discorrendo sobre protagonistas femininas, núcleos familiares e animais
antropomorfizados, porém, ainda com abordagem mais cômica. Vergueiro destaca a
interessante disseminação da cultura norte-americana através da disseminação desse
meio de comunicação massivo, destacando que as HQ’s eram levadas “a todo mundo
pelos syndicates, grandes organizações distribuidoras de notícias e material de
entretenimento para jornais de todo o planeta, colaborando, conjuntamente com o
cinema, para a globalização e cultura daquele país” 3.
Ao final da década de 1920 observa-se uma nova tendência – a naturalista -, onde os
desenhos passam a adotar uma apresentação mais fiel de pessoas e objetos, o que
resultou na ampliação do impacto junto ao público. São os conhecidos “comic books”,
nos EUA, ou “gibis”, no Brasil. A Segunda Grande Guerra também influencia
diretamente os enredos das HQ´s, sendo que é nessa época que surgem as histórias
dos super-heróis nos conflitos armamentistas, e seu consumo massivo se estende para
os adolescentes norte-americanos principalmente.
Vergueiro aponta Fredric Wertham, psiquiatra alemão radicado nos EUA, como grande
responsável pela disseminação do ambiente de preconceito e desconfiança quanto aos
efeitos que as HQ’s poderiam surtir nas crianças e adolescentes em seu processo de
aprendizagem. Wertham chegou a publicar um livro, “A sedução dos inocentes”, onde
apontava para os quadrinhos como os grandes responsáveis pelo surgimento de
anomalias de comportamentos sociais desses públicos. Essas críticas foram seguidas
de outras em vários países da Europa e mesmo no Brasil, especialmente por
representantes das áreas cultural, educacional e científica. Esse movimento fez surgir
algumas legislações restritivas quanto aos temas e forma de abordagem dos
quadrinhos, que resultou na elaboração de um Código de Ética dos Quadrinhos nos
EUA.
Em entrevista a Eloyr Pacheco4, Vergueiro destaca que, nos EUA, o Código de Ética
tem restringido os temas e a forma de abordagem dos quadrinhos. Especificamente no
2
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pg. 10.
3
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pg. 10.
4
PACHECO, Eloyr. Entrevista com Waldomiro Vergueiro, realizada em 18/11/2004 e publicada no site “O
Bigorna”, em 03/07/2005.
4
5. Brasil, seguindo a tendência dos grandes países industrializados, houve também a
publicação de um Código de Ética para Quadrinhos, voltado a regular as atividades do
setor. Ele destaca, porém, que o mesmo foi desenvolvido com tópicos expressos de
maneira mais ampla. E observa que “talvez em virtude das próprias características da
sociedade brasileira, bem menos vigilante em relação à norte-americana”, não há
grande preocupação por parte dos autores e editores em respeitá-lo. Pondera que a
produção nacional de quadrinhos parece ter sido muito mais afetada pela invasão de
material do exterior e pelas condições de produção para manter o mercado frente a tal
fluxo.
2.2 HQ´s, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais
Vergueiro lembra que as últimas décadas do século XX trouxeram maiores
esclarecimentos sobre os meios de comunicação, com análises de qualidade sobre sua
especificidade e seu impacto sobre a cultura da sociedade. Destaca que isso ocorreu
com todos eles, como cinema, rádio, televisão, jornais, entre outros. E atingiu também
as HQ’s, que passaram a receber melhor atenção das elites intelectuais e a serem
aceitas como “um elemento de destaque do sistema global de comunicação e como
uma forma de manifestação artística com características próprias”5.
Vergueiro6 ressalta que essa nova visão em relação aos quadrinhos trouxe uma
renovação da sua imagem junto à sociedade como um todo, na medida que é a partir
dessa nova abordagem que eles passam a ser encarados com especificidade narrativa,
analisados sob uma ótica própria e mais positiva (v, 2006, pg 17). E que isso resultou
no início da aceitação das HQ´s como elemento integrante de algumas práticas
pedagógicas. Vergueiro lembra que esse processo foi lento em seu início, mas que
esse já era um aspecto conhecido:
“... a percepção de que as histórias em quadrinhos podiam ser utilizadas de
forma eficiente para a transmissão de conhecimentos específicos, ou seja,
desempenhando uma função utilitária e não apenas de entretenimento, já era
corrente no meio “quadrinhístico” desde muito antes de seu “descobrimento”
pelos estudiosos de comunicação. As primeiras revistas de quadrinhos de
caráter educacional publicadas nos Estados Unidos, ..., editadas durante a
5
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pág. 17.
6
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006,
5
6. década de 1940, traziam antologias de histórias em quadrinhos sobre
personagens famosos da histórias, figuras, literárias e eventos históricos”.7
Os manuais foram uma das mais fortes utilizações das HQ’s. De fato, Vergueiro
destaca que os quadrinhos são realmente muito didáticos para esse fim. Na época da
Segunda Grande Guerra eles foram amplamente utilizados na elaboração de manuais
para ensinar os soldados sobre como montar e desmontar metralhadoras, por
exemplo. Já nesse período se constatara que a utilização de apenas um texto escrito
não obtinha tanto sucesso em termos didáticos quanto a 2-3 páginas em quadrinhos
conseguiam. Elas propiciam um entendimento muito mais rápido do processo. Daí ser
até hoje utilizado na elaboração de manuais das mais variadas áreas de estudo.
Importante esclarecer que os quadrinhos se utilizam de dois códigos distintos de
transmissão de mensagem, o lingüístico e o pictórico. O lingüístico é aquele “presente
nas palavras utilizadas nos elementos narrativos, na expressão dos diversos
personagens e na representação de diversos sons”8. Já o pictórico é “constituído pela
representação de pessoas objetos, meio ambiente, idéias abstratas e/ou esotéricas,
etc”9. E Vergueiro complementa dizendo que:
“além desses dois códigos, as histórias em quadrinhos desenvolveram também
diversos elementos que lhes são hoje característicos e constituem elementos
característicos de sua linguagem, como o balão, as onomatopéias, as parábolas
visuais etc, todos eles concorrendo para a expressar uma narrativa, por mais
breve que esta seja”10.
Outro fato interessante que Vergueiro comenta refere-se exatamente ao uso que os
próprios governos faziam das HQ's para educar o povo sobre as novas diretrizes do
governo, como foi o caso, por exemplo do governo de Mao Tse-Tung, na China dos
anos 50, que se utilizava deles para retratar o dia-a-dia de um soldado que trabalhava
em defesa e apoio à sociedade chinesa.
7
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pg. 17.
8
SARACENI, Mario. The language of comics. London and New York: Routledge, 2003, in VERGUEIRO,
Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição.
DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.
9
SARACENI, Mario. The language of comics. London and New York: Routledge, 2003, in VERGUEIRO,
Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição.
DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.
10
VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em
fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 -
14, 03 abr. 2005.
6
7. Ainda sobre essa renovação das HQ’s, Vergueiro11 esclarece que eles:
“ Resistiram aos novos meios de comunicação, utilizando a indústria em seu
benefício, viraram filmes, desenhos animados, programas de rádio, jogos de
videogames, RPG’s, romances, brinquedos, etc. Aos poucos, deixaram o mundo
do entretenimento e invadiram as escolas, driblando os preconceitos de pais e
educadores. Hoje, com a internet e os meios de comunicação eletrônicos,
tentam se adaptar a uma situação ainda indefinida”.
Além disso, com as modificações ocorridas nos últimos anos junto ao mercado
editorial, inclusive com a abertura das chamadas “Grandes Livrarias / MegaStores” que
apresentam diversos departamentos, elas já são aceitas e comercializadas com locais
de destaque. De fato, algumas delas oferecem as HQ´s como coleções para públicos
bem específicos. Antes disso, o local de venda das HQ´s eram as bancas de jornais,
enquanto as livrarias eram voltadas a um material dito mais erudito. No Brasil é um
fenômeno mais recente, com cerca de menos de dez anos, mas nos EUA e Europa já
ocorre há mais tempo.
Em seu texto sobre HQ´s e os serviços de informação 12, Vergueiro destaca a
montagem da Gibiteca de Curitiba como um importante iniciativa para essa mudança,
ainda que envolta por todo o estigma de ser uma leitura dita muitas vezes de menor
valor:
“A Gibiteca de Curitiba constituiu, durante um bom tempo, uma iniciativa
isolada, fruto do interesse de um grupo de idealistas e amantes das histórias
em quadrinhos. Embora ela jamais tenha estado inserida no âmbito de um
serviço de informação tradicional e nem tenha contado com um profissional de
informação para gerenciá-la, uma situação que ainda persiste, isso não impediu
que se tornasse o ponto central de uma intensa atividade relacionada às
histórias em quadrinhos, indo muito além de uma coleção especializada”13.
Esses novos espaços de vendas fizeram com que surgisse uma produção específica
para esse circuito, mais cuidada, a qual utiliza a linguagem trabalhada de forma mais
11
VERGUEIRO, Waldomiro. Caminho das Pedras: a vida adulta das HQs. Publicado em 26/10/2004 na
edição especial do site do jornal Folha de S.Paulo.
12
VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em
fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 -
14, 03 abr. 2005.
13
VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em
fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 -
14, 03 abr. 2005.
7
8. inteligente e um material mais crítico em relação à sociedade e aos seus vários
costumes sociais. Elas trazem uma visão de mundo mais contestadora e, exatamente
por isso, as HQ´s passam a ser vistas de outra forma.
Complementarmente a esse aumento de pontos de vendas das HQ´s, há o
investimento significativo na divulgação do tema em feiras, workshops e outros
eventos, como a Bienal do Livro de Fortaleza de 2006, onde Vergueiro ministrou
inclusive algumas oficinas sobre a utilização das HQ´s em sala de aula.
2.3 Renovação da linguagem das HQ’s
Ao aprofundar um pouco mais suas reflexões sobre a renovação da linguagem das
HQ’s, Vergueiro concorda que houve uma renovação muito grande, destacando que os
últimos dez anos foram muito importantes em termos de avanço. Passa-se a ter uma
produção mais ambiciosa, com muito mais visibilidade, no sentido de se atingir o
público.
Vergueiro não mais as vê como meio de comunicação de massa, como ocorre com a
televisão, por exemplo. Ele vê o seu futuro a partir de uma produção segmentada e
não mais em grandes tiragens. Ou seja, HQ’s para adultos, HQ’s para mulher, HQ’s
para trabalhador. Parecido com o que existe no Japão. Haverá poucas HQ’s voltadas ao
grande público, muito provavelmente sendo algumas delas relacionadas com super-
heróis. Talvez os super-heróis continuem por muito tempo buscando o grande público.
Poderá haver também a produção infantil, como a “Mônica” do Maurício de Souza, mas
sempre em paralelo a uma boa parcela da produção voltada para públicos específicos.
Um exemplo atual é a “Maitena”, publicada na Argentina, que são HQ’s voltadas
especificamente ao público feminino, apesar de haver homens que a lêem. Há histórias
específicas, com fundo histórico e, inclusive, uma produção específica para educação.
Vergueiro destaca que já existem vários trabalhos que são produzidos em quadrinhos,
pensando na aplicação na educação formal. Como foi o caso da publicação recente de
“Os Lusíadas” em quadrinhos, já pensando em uma utilização em educação.
2.4 HQ´s e Indústria Cultural de Massas
Um outro campo que tem incentivado o mercado das HQ´s é exatamente o setor do
cinema. As HQ’s fazem parte de um grande sistema de comunicação. Atualmente não
se pode pensar nos meios de comunicação de forma isolada, sendo que Vergueiro
defende que se trata de um grande sistema que abarca várias formas de manifestação
e que pensam os produtos de uma forma aditiva.
8
9. Especificamente no caso das HQ’s, ele destaca que elas são pensadas no contexto da
comunicação de massas dessa indústria como no seu potencial para extrapolar o
produto quadrinhístico. Ela precisa ser pensada dentro desse contexto mais complexo,
como um futuro desenho animado, jogo de videogame ou mesmo série, para depois
retornar aos quadrinhos e se realimentar. Ou seja, atualmente não dá para se pensar
em HQ’s por ela mesma, pois elas já não se sustentam por si só. Seu produtor, ao
criá-la, tem que fazê-lo pensando em todo um modelo industrial já considerando todo
o seu potencial de replicação para outras mídias.
Ele observa que pensar um personagem novo sem considerar todo esse potencial, é
trabalhar em algo que muito rapidamente vai se exaurir. É fundamental para o ciclo de
vida do personagem que ele possa se transformar num brinquedo, num jogo, ir para o
desenho animado, que possa se transformar em vários outros produtos. Pelo menos
potencialmente.
2.5 Contribuindo com a inter-relação da comunicação e educação
Vergueiro comenta que há muito tempo reflete sobre a inter-relação das HQ’s como
veículo de Comunicação e a Educação. Esclarece que foi a partir da criação no seu
departamento de uma linha de pesquisa específica em Comunicação junto à área de
Biblioteconomia – a área chamada Comunicação, Informação e Educação – que
efetuou a ligação da informação com a educação. Ou seja, essa área trabalha essa
aproximação a partir da Biblioteconomia enquanto ciência da informação e estuda
como a informação se coloca a serviço da educação, e como essas duas questões se
interligam. E, dentro desse enfoque, Vergueiro, como coordenador do núcleo, escolheu
como elemento de trabalho as HQ’s, em função da grande familiaridade que tem com o
tema.
Vergueiro lembra que há cerca de 4-5 anos apresentou uma disciplina a ser ministrada
no curso de pós-graduação sob o nome “HQ, Comunicação e Educação”, ainda como
ciência da comunicação, mas na área de concentração de biblioteconomia e
documentação. Nessa disciplina Vergueiro trabalhava exatamente esse aspecto de
reflexão das HQ’s dentro do processo educativo. Ou seja, como as HQ’s afetavam o
processo didático e como poderia contribuir, entre outros aspectos. Lembra que foi
durante a sua segunda ou terceira turma que surgiu a idéia de preparar um material
específico, pois se aperceberam da falta de um material que fosse instrumento para a
atuação dos professores. Vergueiro, então, juntou-se com seus alunos para
9
10. desenvolver o livro “Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula”14, o qual
já está em sua terceira edição. Vergueiro enfatiza que sua aproximação com o tema é
no sentido de refletir sobre formas de aplicar as HQ’s em sala de aula.
Vergueiro defende que não há nenhum tema que não possa ser trabalhado através das
HQ’s. Em função da sua abordagem lúdica, considera sua utilização muito apropriada
em campanhas de educação popular, especialmente aquelas que visam a
conscientização de um público mais simples, sem muita formação educacional, como
campanhas de prevenção de AIDS , drogas, eleição e cidadania, entre outros temas.
Sua maior vantagem é o baixo custo de produção em função da editoração eletrônica,
frente aos demais veículos e formatos.
Discorrendo especificamente sobre a área educacional, Vergueiro enfatiza que as HQ’s
podem ser aplicadas em qualquer uma das disciplinas das áreas de exatas, humanas e
biomédicas. E esclarece que o maior desafio é fazer com que o educador encontre e
identifique as histórias em quadrinhos que se encaixem à área temática que deseja
trabalhar: Filosofia, Ciências, Física, Geografia, História, entre outras. A utilização das
HQ´s em qualquer dessas áreas amplia o imaginário e faz com que o processo didático
se torne algo diferente, muito mais vivo e com uma maior participação dos alunos.
Vergueiro lembra que o reconhecimento e aceitação formal da sua utilização como um
objeto que pode contribuir para a educação formal, como material didático ou pára-
didático, ocorreu com a liberação e incentivo ao seu uso em sala de aula pelos PCN´s,
da Lei 9.394, de Diretrizes e Bases, promulgada em 199615. Por isso, Vergueiro
considera que este é um momento muito apropriado para trabalha-las na área de
Educação. Por outro lado, complementa ainda que através das pesquisas sobre essa
interface entre as HQ’s e a Educação realizadas pelo NPHQ da ECA-USP, observa-se
que não há resistência quanto a esse uso por parte dos educadores. Há, de um lado,
muita curiosidade e vontade de utilizar e, de outro lado, muita indecisão e incerteza
sobre como faze-lo.
É em função dessa demanda que Vergueiro e seu grupo de pesquisadores do Núcleo
estão organizando e ministrando oficinas, palestras e outros eventos, todos voltados
ao esclarecimento sobre como fazer uso desse meio de comunicação em sala de aula.
Foi com o objetivo de orientar esses educadores das mais diversas áreas que Vergueiro
14
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006.
15
Lei 9.394, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20/12/1996.
10
11. e um grupo de pesquisadores publicou a obra “Como usar as Histórias em Quadrinhos
em sala de aula”, a qual já está em sua terceira edição.
Vergueiro lembra que é fundamental que trace uma estratégia para essa utilização. E
destaca que as HQ’s devem ser inseridas dentro do contexto de aula enquanto uma
das ferramentas de aprendizagem a serem utilizadas. Ressalta que os educadores não
devem passar a impressão de que se trata de um mero passatempo ou mesmo fazer
com que toda sua didática se baseie exclusivamente nas HQ’s. Isso pode fazer com
que o aluno desconfie da ferramenta e do meio, deixando de interagir com o meio de
comunicação, o que resultaria no não atingimento de seu objetivo didático16.
2.6 Núcleo de HQ’s, Educação e Comunicação
Vergueiro esclarece que o Núcleo de Pesquisas sobre HQ’s tem vários aspectos
relacionados com a área de educação. Lembra que boa parte de seus membros são
professores que trabalham nos diversos níveis de ensino e que já se utilizam das HQ’s
em aula. Ele mesmo e vários de seus orientandos – mais de mestrado do que de
doutorado – já desenvolveram e aplicaram HQ’s em sala de aula, sendo esta a linha de
discussão.
Vergueiro e seus colegas autores do livro17 pretendem ampliar o enfoque que foi feito
no mesmo. Em suas primeiras edições já publicadas, as HQ’s são trabalhadas primeiro
a partir de uma visão geral de suas aplicações. E numa segunda parte é que se faz a
ligação de seu uso com áreas específicas como Geografia, Língua Portuguesa, História
e Artes, entre outras. Para a próxima edição, pensam em acrescentar outros capítulos
específicos.
Com relação aos estudos desenvolvidos pelo Núcleo, Vergueiro destaca ainda aqueles
que trabalham a questão das temáticas tratadas em várias das HQ’s voltadas ao
consumo massivo e suas ligações com o conteúdo cultural ali inserido. Revela que
trabalha muito essa área de estudo a partir de teóricos como Stuart Hall e Raymond
Williams, demonstrando a forte influência inglesa que tem em suas pesquisas.
De fato, ao discorrer sobre os aspectos culturais na atual sociedade da informação,
Williams18 destaca as mudanças que estão ocorrendo, pois não só o nível de consumo
cultural está bastante ampliado, apresentando uma mudança qualitativa quando
16
VERGUEIRO, Waldomiro et al. 2006
17
VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula.
18
WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2a. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
11
12. comparada com formas anteriores mais limitadas e mais ocasionais, como também se
observa essa transformação ao nível de formas de produção e distribuição cultural.
Quanto a Hall19, ele aponta que as velhas identidades que simbolizaram a estabilidade
do mundo social por tanto tempo estão em declínio. E ressalta o surgimento de novas
identidades, as quais estão tornando o indivíduo, antes voltado ao consumo massivo,
fragmentado. Ele observa que a “crise da modernidade” está inserida num processo
mais amplo de mudança, o qual está provocando o deslocamento das estruturas e
processos centrais das sociedades modernas e, conseqüentemente, abalando os
quadros referenciais que propiciavam ao homem uma referência, uma ancoragem
estável no mundo social.
Um trabalho muito interessante desenvolvido recentemente sobre a utilização dos
quadrinhos como reflexo dos aspectos culturais e suas mudanças na pós-modernidade
foi a monografia da estudante Agda Dias Baeta, sob o título Disney Pós-Moderna – A
presença do discurso pós-moderno nas histórias em quadrinhos da personagem
Margarida. Seu trabalho trata da personagem Margarida, da Disney e a mudança
cultural de seu personagem ocorrida a partir dos anos 60, com o movimento da
emancipação feminina. A personagem abandona a imagem de dona-de-casa e assume
um papel de jornalista, juntamente com o Donald e Peninha, sendo que, em alguns
episódios dos HQ´s, é considerada a melhor profissional do jornal onde os três
trabalham. Ela passa a assumir a postura / imagem de uma “patinha / mulher”
independente, que tem sua vida, seu dinheiro, e ainda opta por ter um namorado com
quem se encontra regularmente, o Donald. Sempre mantendo sua feminilidade e
independência.
Vergueiro aponta que a percepção dos elementos culturais e conseqüente absorção de
várias manifestações humanas surge já na década de 1950, sendo que a preocupação
com a continuidade desses estudos continua plenamente atual. Esses dois autores
parecem ter uma percepção da mídia e de sua contribuição social junto aos aspectos
culturais da sociedade muito mais avançada que em outras áreas. É exatamente a
partir dessa abordagem que Vergueiro trabalha a questão da cultura.
2.7 HQ´s: as vantagens de se adotar como ferramenta didática
Vergueiro comenta sobre as vantagens da utilização das HQ’s e o quais os aspectos
que mais atraem seu público leitor. Destaca que elas fazem parte do cotidiano das
19
HALL, Stuart. 7a. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
12
13. crianças e adolescentes, o que faz com que não agrida a realidade do aluno. Ou seja, é
algo com que ele já está familiarizado.
Vergueiro destaca como exemplo o cinema. Ou seja, nem todos os alunos têm
familiaridade com o cinema, especialmente aqueles que vivem nas pequenas cidades
ou mesmo na periferia dos grandes centros urbanos. Elas não vão ao cinema com
freqüência.
Já no caso das HQ’s, o cenário é diferente. Elas estão muito mais presentes já que
podem ser encontradas em diferentes locais, como bancas de jornal. Ele esclarece que
mesmo as famílias mais humildes acabam tendo contato com os quadrinhos. O
encontro se dá até por acaso, na rua, no barbeiro, no médico, ou seja, em qualquer
lugar. É nesse sentido que Vergueiro defende que não agridem o leitor, uma vez que
fazem parte do seu cotidiano por serem muito fáceis de localizar e serem
transportadas. Não é algo estranho que está entrando forçosamente em seu universo.
Uma outra vantagem é seu custo de aquisição que é muito baixo, comparado com
outras coisas, como entretenimentos e até meios de comunicação.
Além disso, tem a questão da imagem desenhada associada à linguagem escrita, que
propiciam uma série de benefícios, como o estímulo à criatividade e ampliação da
compreensão do conteúdo a ser transmitido, entre outros aspectos cognitivos.
E falar de um meio de comunicação que desenvolva todas essas capacidades num país
que apresenta uma população com altos índices de analfabetismo, aliado a grande
dificuldade de compreensão da palavra escrita, é algo para ser analisado com carinho e
atenção. As HQ’s conseguem efetivamente levar a mensagem de uma maneira muito
mais efetiva.
Ao compara-la com alguns outros meios de comunicação, observa-se que sua
linguagem é bastante simples de ser compreendida, pois seus principais códigos ou
símbolos já são familiares a seus leitores. Qualquer criança sabe o que é um balão de
pensamento e um balão de fala, sabe ler uma história, sabe a ordem de como os
quadrinhos são lidos (da esquerda para a direita e de cima para baixo, nos países
ocidentais, por exemplo). Ou seja, são coisas que a criança facilmente desenvolve e,
conseqüentemente, são coisas que o educador pode desenvolver em sala de aula.
Há várias opções para se trabalhar com os quadrinhos. Tanto se pode utilizar aqueles
já produzidos no mercado, buscando em jornais velhos, revistas ou mesmo
comprando, dependendo do poder aquisitivo, como pode desenvolver com os alunos
determinados temas utilizando a própria linguagem dos quadrinhos. Vergueiro aponta
13
14. que há algumas iniciativas muito bem sucedidas nesse sentido, sendo que os alunos
até pediram para fazer determinada descrição. Lembra do caso de uma aluna sua que
levou os próprios alunos ao zoológico e, ao final, pediu a eles que fizessem uma
redação sobre a visita. E, para sua surpresa, vários deles pediram para montar HQ’s,
narrando o passeio ao zoológico. Ele esclarece que, nesse caso, a preocupação estava
na narrativa aliada à lógica dos desenhos e não no desenvolvimento de uma obra de
arte. Ou seja, as HQ’s como linguagem se apresentam como um meio muito efetivo de
informação e comunicação. Elas ajudam os educadores no processo educativo.
Finalizando, Vergueiro resume como principais vantagens de sua utilização os tópicos
que seguem:
- os estudantes querem ler os quadrinhos;
- palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente;
- existe um alto nível de informação nos quadrinhos;
- as possibilidades de comunicação são enriquecidas pela familiaridade com as
histórias em quadrinhos;
- os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura;
- eles enriquecem o vocabulário dos estudantes;
- o caráter elíptico da linguagem quadrinhística obriga o leitor a pensar e
imaginar;
- têm um caráter globalizador;
- podem ser utilizados em qualquer nível escolar e com qualquer tema.20
3) Sujeito receptor e o processo de mediações nas HQs
Ao tratar da questão do sujeito receptor e do processo de mediações nas HQ’s,
Vergueiro aponta que há uma rede de consumidores que se interessam por HQ’s,
sendo que esse universo de leitores se concentra basicamente num período específico
do desenvolvimento da pessoa. A princípio, o grande grupo de leitores de HQ’s se
concentra entre o início da adolescência até o começo da idade adulta, ou seja, entre
os 11 e 25 anos. É o público dessa faixa etária que movimenta o mercado. E ressalta
que, contudo, observa-se atualmente um interesse geral da própria sociedade, do
mercado, dos editores, dos produtores, em ampliar esse público, sendo que,
20
VERGUEIRO, Waldomiro. Pgs 21-25.
14
15. conseqüentemente, há uma produção bastante grande de quadrinhos voltada a outros
perfis de faixa etária.
Ele complementa dizendo que o desenvolvimento de novos mercados de HQ’s passa
necessariamente pelo conteúdo das mesmas, pela qualidade dos desenhos
apresentados e pelo perfil dos heróis representados, qualidade impressão e
acabamento da peça, entre outros aspectos pertinentes. Portanto, há que se pensar e
analisar exatamente no perfil do público com o qual se deseja falar para se
desenvolver HQ’s específicas para eles.
4) Gestão de Conhecimento e o Profissional da área de Informação
A gestão do conhecimento é uma teoria que tem crescido muito na área de ciências da
informação. Na verdade, ela vai surgir na administração, e depois vai ser apropriada
pela ciência da informação. Ou seja, a idéia da gestão do conhecimento é trabalhar a
administração das questões de informação antes delas se tornarem explícitas. Parte-se
do pressuposto que o conhecimento existe nas organizações de uma forma explícita,
ou seja, transcrito em documentos, estabelecido em manuais, em livros, em todas as
manifestações físicas, existindo também de forma tática, na cabeça das pessoas que
estão atuando nessas organizações. A gestão do conhecimento vai se preocupar
exatamente com o gerenciamento do conhecimento tático/prático e do conhecimento
explícito. E o trabalho que Vergueiro tem feito na área da informação é exatamente no
sentido de que o profissional da informação tenha uma contribuição a dar nessa área.
Porque a técnica de gerenciamento do conhecimento já é dominada e pode contribuir
bastante nesse sentido.
Atualmente a empresa bem-sucedida é aquela que sabe administrar bem o seu capital
intelectual, o conhecimento dos funcionários. Isso dá rapidez de resposta, habilidade
de analisar corretamente as tendências de mercado, e tudo mais. Também faz com
que os trabalhadores se sintam motivados pela organização. Segundo Vergueiro, esse
tema tem sido trabalhado pelos pesquisadores na área de ciências da informação.
5) Perfil do profissional da informação
Para Vergueiro o profissional da informação com boa formação para trabalhar na
gestão da informação pode ser um bibliotecário, um administrador de um centro de
informações, um administrador de um museu, de um arquivo. São pessoas que têm
conhecimento e informação para administrar toda a produção registrada. Tanto é o
bibliotecário tradicional que está trabalhando na biblioteca pública, na biblioteca
15
16. escolar como é o gerente de informações de uma empresa que está trabalhando num
serviço de informação de ponta, apenas identificando novos produtos, novas
estratégias, novas linhas de atuação dos concorrentes das empresas. É o que se
chama de datamind, por exemplo.
6) Mudanças desse perfil
Vergueiro destaca que o perfil do profissional de informação está mudando muito. Ele
tem que ter o domínio das tecnologias, ser muito mais pró-ativo, ir além daquilo que
se espera dele. Antes se pensava esse profissional deveria ser um educador no sentido
de educar os usuários a utilizar os meios de comunicação, os produtos de informação,
as fontes de referência e tudo mais. Hoje em dia o cliente corporativo não tem tempo
para aprender. Ele busca um profissional que já traga as respostas. É nesse sentido
que o profissional tem que ser muito mais do que um fornecedor de informação, mais
que um sintetizador do que existe no mercado e trazer a informação mastigada,
trabalhada e analisada, para que o dono da empresa, o político, o administrador tome
a decisão com as informações já bem definidas. Não se pode perder tempo.
Vergueiro reconhece que, apesar de muitos esforços, a ECA-USP ainda está longe de
conseguir formar profissionais com esse perfil para o mercado. Esclarece que a própria
rotina universitária toma uma boa parte do tempo dos coordenadores como ele, sendo
que a formulação do programa de pós-graduação nessa área levou alguns anos. E que
o objetivo agora é investir na graduação para atender melhor esse mercado. Como
isso ainda deverá levar mais algum tempo, orienta que, atualmente, os profissionais
que têm interesse em investir em uma formação específica na área devem buscar os
cursos de especialização que atualmente são ofertados por várias instituições
educacionais.
E esclarece que, pelo fato do acesso à internet e aos meios de comunicação eletrônica
ter ficado muito fácil, desenvolveu-se uma idéia de que exercer o papel de mediador
nessa área é algo fácil e simples de se realizar. Porém, trata-se de uma idéia errônea.
Esse profissional precisa desenvolver determinadas habilidades e conhecimentos
específicos que só se recebe sistematicamente no ambiente acadêmico. Vergueiro
enfatiza que o fato de não haver hoje a oferta de um curso de graduação que municie
o aluno com o conhecimento sobre essas características, ele pode buscar um curso de
especialização ou mesmo um mestrado profissionalizante.
16
17. 7) Publicações
Além da obra sobre HQ´s anteriormente citada, Vergueiro publicou também um livro
sobre o centenário da Revista Tico-Tico, completado no final do ano passado. Tem
mais dois livros no prelo que tratam sobre HQ´s, os quais já foram entregues aos
editores. Um deles fala especificamente sobre os quadrinhos no Brasil, o qual foi
desenvolvido numa parceria entre alguns pesquisadores do núcleo de quadrinhos e o
Vergueiro. Esclarece que vários dos capítulos desses livros já foram publicados no
exterior, inclusive na revista Latino-Americana de Estúdios da la storia, em Cuba.
Então, o grupo de autores decidiu traduzi-los para o português, acrescentar mais
algum conteúdo e publicar o livro, o qual já está na editora.
E acrescenta que publicou também 4 livros na área de ciências da informação, sobre
os seguintes tópicos: coleções, seleção, aquisição e qualidade em serviços da
informação. Isso sem falar das dezenas de artigos publicados em revistas científicas e
algumas centenas na internet.
8) BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA ELABORAÇÃO DESTE TRABALHO:
BAETA, Agda Dias. Disney Pós-Moderna – A presença do discurso pós-moderno nas
histórias em quadrinhos da personagem Margarida. Monografia de curso de
Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e relações
públicas. Orientador: Mauro Wilton de Sousa.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede.7a. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
EISNER, Will. Quadrinhos e Arte Seqüencial. 3a. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. 7a. Ed. Rio de Janeiro:
Editora DP&A, 2003.
HUERGO, Jorge. Comunicación/Educación: itinerários transversales. In VALDERRAMA,
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KAPLÚN, Mario. Processos educativos e canais de comunicação, in Comunicação e
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VALDERRAMA, Carlos. Comunicación & Educación, Bogotá: Universidad Central, 2000,
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e o perfil de seus profissionais, in Contato, Brasília, Ano I, N.I, jan/mar, 1999, pg.
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Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.
WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2a. Ed. São Paulo: Paz e Terraz, 2000.
9) ORIENTAÇÕES
Orientações em andamento
Teses de Doutorado
Claudio Marcondes de Castro Filho. Interação nas Bibliotecas de Pós-raduação Stricto
Sensu nos Cursos de Biblioteconomia e Ciência da Informação.. Início: 2003. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo. (Orientador).
Valéria Aparecida Bari. O potencial das histórias em quadrinhos na formação de
leitores: busca de um contraponto entre os panoramas culturais brasileiro e europeu.
Início: 2003. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo. (Orientador).
Gazy Andraus. As histórias em quadrinhos autorais adultas como veículo artístico-
comunicacional-científico de apoio educacional à universidade. Início: 2002. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico. (Orientador).
Orientações concluídas
Teses de Mestrado
Lucimar Ribeiro Mutarelli. Os quadrinhos autorais como meio de cultura e informação:
um enfoque em sua utilização educacional e como fonte de leitura. 2004. Dissertação
18
19. (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Carmem Verônica Abdala. Critérios de qualidade do serviço de fornecimento de
documentos científicos sob a percepção do usuário final. 2003. Dissertação (Mestrado
em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Mery Piedad Z. Igami. A avaliação de desempenho na gestão das bibliotecas
especializadas nos institutos públicos de pesquisa. 2003. Dissertação (Mestrado em
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Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Cláudio Marcondes de Castro Filho. Biblioteca no ensino e aprendizagem da língua
inglesa. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de
Castro Santos Vergueiro.
Maria Alice Romano Caputo. Histórias em Quadrinhos: Um potencial de informação
inexplorado. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de
Castro Santos Vergueiro.
Antonio Marcos Amorim. A globalização do mercado de periódicos científicos
eletrônicos e os consórcios de bibliotecas universitárias brasileiras: desafios à
democratização do conhecimento científico. 2002. Dissertação (Mestrado em Ciências
da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, .
Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Eliane Falcão Tuler Xavier. Qualidade nos serviços ao cliente: Um estudo de caso em
bibliotecas universitárias da área odontológica. 2001. Dissertação (Mestrado em
Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Nádia Maria dos Santos Hommerding. O profissional da informação e a gestão do
conhecimento nas empresas: Um novo espaço para atuação, com ênfase no processo
de mapeamento do conhecimento e disponibilização por meio da intranet. 2001.
Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Raquel Naschenveng Mattes. Informatização de bibliotecas iniversitárias: Parâmetros
para planejamento e avaliação. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de
Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade
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Mary Julce Cornelsen. Gerência da Informação como Recurso Estratégico nas
Empresas: O caso Eliane Paraná. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento
de Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Valéria Martim Valls. O profissional da informação no sistema da qualidade nas
empresas: Um novo espaço para atuação com ênfase no controle de documentos .
1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de
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20. Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de
Castro Santos Vergueiro.
Elisa Campos Machado. Um estudo sobre as bibliotecas da Universidade de São Paulo.
1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de Biblioteconomia e
Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, .
Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Teses de doutorado
Valéria Martim Valls. Gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil:
estabelecimento de um modelo de referência baseado nas diretrizes da NBR ISO 9001.
2005. 247 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos
Vergueiro.
Nora Alicia Delgado Torres. Motivação no Trabalho e Clima Organizacional: Estudo nas
Bibliotecas Universitárias Brasileiras e Colombianas. 2004. 185 f. Tese (Doutorado em
Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador:
Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
Márcia Silveira Kroeff. A pós-graduação em educação física no Brasil: Estudo das
características e tendências da produção científica dos professores doutores. 2000. 0 f.
Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior. Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.
10)PRODUÇÃO LITERÁRIA DE WALDOMIRO VERGUEIRO
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n. 621, p. 26-28, 23 de maio..
VERGUEIRO, W. C. S. . Hiatorieta: Hasta Cuándo La princesa será cenicienta?. El
Caiman Barbudo. Ano 37, edición 321, mar/abr..
VERGUEIRO, W. C. S. . Núcleo de Quadrinhos realiza reuniões mensais na USP.. En
Foca: Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da FIZO, Osasco, Faculdade
Integração Zona Oeste, Ano 2 n. 12, p. 3, abr/maio.
VERGUEIRO, W. C. S. . Salvar o planeta e divertir: o que as ciências do mundo real
têm a dizer sobre os fantásticos poderes dos heróis dos e do cinema.. Galileu, n. 156,
p. 42-47, jun. 2004., Ed. Globo.
VERGUEIRO, W. C. S. . Divulgação científica e histórias em quadrinhos.. Informativo
JR, São Paulo, Núcleo José Reis de Divulgação Científica, n.50, p. 11, jul./ago.
VERGUEIRO, W. C. S. . Educação também nos quadrinhos. Folha Dirigida/Suplemento
do Professor.
VERGUEIRO, W. C. S. . Caminho das Pedras: a vida adulta das HQs.. Folha de São
Paulo, 26 out. Caderno Sinapse, n. 28, p. 12-13.
11)ANEXO 1: Íntegra da entrevista com o Prof. Dr. Waldmiro Vergueiro,
realizada por Maria Izabel Leão, em Junho/2006.
Entrevista com Prof. Waldomiro Vergueiro.
Prof, o senhor me falar um pouco da sua trajetória acadêmica...quando o senhor
começou e qual a linha que o senhor seguiu nessa trajetória?
32
33. Eu me formei em biblioteconomia, mas sempre me interessei muito por histórias em
quadrinhos.... e depois que eu me formei na biblioteconomia e vim para a Eca para
fazer uma especialização na área de Comunicação mais especificamente em HQ.
Eu fiz o mestrado em HQ e depois deu certo de eu poder trabalhar na escola como
professor. Eu fui contratado como professor e daí que eu segui a carreira acadêmica.
Sempre trabalhando nos dois eixos, não? Na parte de informação no departamento de
biblioteconomia e especificamente com HQ na área de comunicação. Daí eu fiz o meu
mestrado sobre um aspecto da área de Biblioteconomia que me chamou muito a
atenção.é a questão das coleções e o aspecto das bibliotecas públicas, né! Destacando
o aspecto das bibliotecas públicas como centro de cultura, como um elemento de
informação para todas as camadas sociais. Depois fiz o meu pós-doutorado
trabalhando a questão da qualidade no serviço de informação e paralelo com isso eu
continuei sempre trabalhando com hq na área de comunicação.
Então em 1990 eu criei o Núcleo de Estudos de HQ, que é um centro de pesquisas, o
qual eu estou coordenando até os dias de hoje. E dentro desses núcleo de pesquisas
nós criamos várias linahs de pesquisa das hq, sendo que um deles é especificamente
hq e educação.
Ai agora recentemente com a mudança da pós graduação na ECA eu estou atuando na
pós-graduação. Tanto no programa de biblioteconomia, em ciências da informação,
como no programa de comunicação, trabalhando com histórias em quadrinhos.
Contribuindo com essa inter-relação da comunicação e educação
Eu tenho pensado nisso já há algum tempo. E a partir da criação do departamento de
uma linha de pesquisa em comunicação – e isso eu estou falando especificamente
junto à área de bibliotecononmia, nós criamos uma área que se chamava
comunicação, informação e educação, eu comecei a fazer essa ligação da informação
com a educação.
Trabalhando dentro da biblioteconomia, dentro da ciência da informação essa
aproximação, como que a informação se coloca a serviço da educação. Como que as 2
questões se interligam e dentro desse enfoque, eu escolhi como elemento de trabalho
as HQ, que foi a forma com a qual eu já tinha bastante familiaridade.
Então, na Pós-graduação, ainda como ciência da comunicação mas na área de
concentração de biblioteconomia e documentação, eu apresentei uma disciplina há uns
4-5 anos atrás que era “HQ, Comunicação e Educação”. E dentro dessa disciplina eu
trabalhava exatamente esse aspecto da reflexão das HQ dentro do processo educativo:
como que ela afetava, como poderia contribuir, e tudo mais. E numa dessas
disciplinas, eu acho que foi na 2a ou 3a vez que eu apresentei, surgiu a idéia de
preparar um material específico. A gente, analisando a realidade, vimos a falta de um
material que pudesse ser instrumento para a atuação dos professores e junto com
meus alunos, nós desenvolvemos um livro que se chama “Como usar as HQ em sala de
aula” com os meus alunos. Ele foi publicado em 2004 e hoje já está em sua 2 a edição.
Acho que até o final do ano deve ir para 3a edição.
Então minha aproximação é nesse sentido: numa reflexão sobre formas de aplicar as
hq em sala de aula.
Núcleo de HQ, Educação e Comunicação
33
34. Sim, tem coisas relacionadas com educação. Tem várias. Uma boa parte dos membros
do núcleo são proefessores, né. E que trabalham nos vários níveis de ensino e que
utilizam hq em aula. Eu mesmo, vários dos meus orientandos, mais de mestrado do
que de doutorado, já desenvolveram e aplicaram hq em salas de aula. A discussão vai
sempre nesse nível. E a gente continua trabalhando. Até na próxima edição do livro,
nós pretendemos ampliar o espectro, o enfoque que foi feito. Na realidade nós
trabalhamos as hq primeiro numa visão geral sobre essa aplicação das hq e depois
pensando em áreas específicas: Geografia, língua portuguesa, história, artes, né...E
agora no futuro a gente pretende ampliar mais o livro acrescentando outros capítulos
específicos.
É fazendo uma coisa mais específica, não!
Sujeito receptor e processos de mediações nas HQs
Na realidade vc tem uma rede de consumidores, uma rede de pessoas que se
interessam por hq e que seria um universo leitor que se concentra basicamente num
período específico do desenvolvimento da pessoa. Ou seja, o grande grupo leitor de
hq, ele vai estar no início da adolescência até o começo da idade adulta. Entre os 11 e
25 anos. Ou seja, esse é o grande grupo leitor. É o que basicamente movimenta o
mercado. Mas hoje em dia a gente vê que há um interesse geral da própria sociedade,
do mercado, dos editores dos produtores de ampliar esse público. Então há uma
produção bastante grande de quadrinhos que está se dirigindo para públicos em outras
faixas etárias.
Cinema e HQs
O cinema está usando muito e a HQ estão sendo aceitas e comercializadas em
livrarias, que é uma cosia recente no Brasil. Você coloca aí uns 3 anos apenas que elas
começaram a ser vendida em livrarias. Antes o local de vendas das hq eram as bancas
de jornais. As livrarias eram um espaço de um material mais erudito, não?! Então, vc
tem uma produção para esse circuito, uma produção mais cuidada, utilizando a
linguagem de uma maneira mais inteligente produzindo um material mais crítico em
relação à sociedade em relação aos vários costumes sociais, com uma visão de mundo
mais contestadora, e isso faz com que as HQ sema vistas de outra forma. Tem até um
status um pouco diferenciado. Isso também em função da quebra de alguns
preconceitos contras as hq... principalmente que as hq eram coisas para crianças. E a
aceitação formal das hq como um objeto que pode contribuir para a educação formal.
Como material didático. Ou para-didático. O reconhecimento pelos PCN´s, pela Lei de
diretrizes e Bases da possibilidade da utilização das hq e inclusive o incentivo para que
isso seja feito. Esse é um momento bastante apropriado para trabalhar as hq na
educação. E nós sentimos, em nosso trabalho com os quadrinhos, nós sentimos que
não há, por parte dos educadores, resistência à utilização das hq em sala de aula. O
que há, pelo contrário, é muita curiosidade, muita vontade de utilizar, e muita
indecisão , muita incerteza sobre como fazer isso. Então é nesse sentido que nós
temos trabalhado dando oficinas, com livro, palestras e tudo mais.
Divulgação dos HQs
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35. Sim, temos investido. Inclusive agora em agosto eu estou indo para a Bienal do Livro
de Fortaleza para falar sobre o livro, já demos oficinas sobre como utilizar.
E dentro dessa questão ainda das HQ o senhor acha que o conteúdo das hq pode
contribuir para a construção e desenvolvimento do imaginário dos seus leitores? Por
exemplo, dá para se trabalhar valores ?
Eu pessoalmente acho que não existe nenhum tema que as hq não possam trabalhar.
Não existe uma área do ensino que a HQ não possam ser aplicadas. Acredito que elas
podem ser aplicadas em qualquer área. Depende do professor encontrar a HQ, dele
identificar a hq que responde às necessidades dele e saber aplicar. TEr uma estratégia
para utilização em sala de aula. Eu nãov ejo limites para a utilização das Hq. Pode
utilizar em filosófica, ciências, física, geografia, história... em todas as áreas, eu não
vejo limites...e ampliando o imaginário e fazendo com que o processo didático seja
algo diferente, muito mais vivo e com uma participação muito maior.
Como surgiram os HQs: buscar informações sobre este tema
Vantagens da utilização do HQ: o que mais atrai
Na realidade as hq têm várias vantagens para serem utilizadas. Primeiro, fazem parte
do cotidiano. Então não é uma coisa que agride a realidade do aluno. Então, não é algo
qu está sendo trazido de fora com que o aluno não tem familiaridade, Isso pode
acontecer, por exemplo com um filme. Ou seja, o aluno não tem familiaridade com o
cinema. Se você pensar em periferia, as crianças não vão ao cinema com freqüência, é
algo que foge à realidade deles. Muitas vezes as hq estão muito mais presentes porque
você encontra em qualquer canto pois tem em bancas de jornal. Mesmo as famílias
mais humildes acabam tendo contato com hq. Seja na rua por acaso, seja no barbeiro,
no médico, em qualquer lugar. Então você encontra, elas fazem parte do cotidiano
porque é algo muito fácil de ser localizado e de ser trazido. Então, não agride o leitor
nesse sentido. Não é algo estranho que está entrando em seu universo que está
sendo forçado. Então, ela tem essa grande vantagem.
Tem a vantagem do custo, que é muito baixo, comparado com outras coisas. E tem
todas essa questão a imagem...principalmente num país onde a gente tem índices de
analfabetismo tão altos com grande dificuldade de compreensão d a palavra escrita.
Então, as Hq conseguem levar a mensagem de uma maneira muito mais efetiva. E se
você comparar com alguns outros meios, é uma linguagem bastante simples de ser
compreendida porque os principais códigos ou símbolos dos quadrinhos já são
familiares. Então qualquer criança sabe o que é um balão. A diferença entre um balão
de pensamento e um balão de fala. Sabe ler uma história. Sabe a ordem de como os
quadrinhos são lidos, da esquerda para direita,d e cima para baixo. Então, são cosias
que facilmente a criança desenvolve, que na sala de aula você pode desenvolver.
E os quadrinhos vc pode trabalhar tanto com eles já produzidos que existem no
mercado, buscando em jornais velhos em revistas ou comprando, dependendo do
poder aquisitivo...como vc pode desenvolver a própria linguagem dos quadrinhos,
desenvolver determinados temas utilizando a linguagem dos quadrinhos. A gente de
algumas iniciativas nesse sentido que foram muito bem sucedidas. E que os alunos
pediram até para fazer determinada descrição. Teve oc aso de uma aluna minha que
levou os alunos ao zoológico e depois ao final queria que os alunos cada um fizesse
uma redação sobre como tinha sido o passeio no zoológico. E vários alunos pediram
para ela: podemos fazer essa redação por meio das hqs? E saiu um resultado muito
35
36. bom com eles desenhando, colocando ...lógico, sem a preocupação com uma obra de
arte Ou seja, as hq como linguagem são um meio muito efetivo de informação, de
comunicação. Ele dá uma força para as professoras no processo educativo.
HQ´s e Indústria Cultural de Massas
Ela faz parte de um grande sistema de comunicação. Então, hoje em dia a gente não
pode pensar mais nos meios de comunicação de forma isolada. Eu acho que é um
grande sistema que abarca várias formas de manifestação. E que pensam os produtos
de uma forma aditiva. A hq é pesnada no contexto da comunicação de massas dessa
indústria como, no seu potencial , para extrapolar o produto quadrinhístico. Ela tem
que ser pensada dentro desse contexto como uma futuro desenho animado, um futuro
jogo de vídeo game, um futuro filme, uma futura série, e depois retornar novamente
ao quadrinho e realimentar. Ou seja, no sistema atual, não dá mais para pensar uma
hq por ela mesma. O produtor já tem que, quando cria a hq, pensando no modelo
industrial já ter em vista o seu potencial par aoutras mídias. A hq não se sustenta mais
por si só. Ela tem que ser pensada para todas as mídias. Então, você pensa num
personagem novo que não tem potencial para se transformar num brinquedo, ele
provavalemente vai se exaurir em poucos anos. Não vai ter permanência. Agora se
você pensar num personagem quepode se transformar num brinquedo, que pode se
transformar num jogo, que pode ir para o desenho animado, que pode ser vários
outros produtos, que ode ir para merchandising e tudo mais , ele tem uma longa
carreira pela frente. Pelo menos potencialmente.
Autores que norteiam o pensamento com relação à questão da educação e
comunicação para HQ e biblioteconomia
Eu trabalho muito com os teóricos do estudos culturais. Trabalho muito com Stuart
Hall, Raymond Williams, eu me considero na linha de estudo dos autores culturais
ingleses.
Influência dos Estudos Culturais nas 2 áreas
Eu acho que eles têm uma percepção da mídia e da contribuição social da mídia muito
mais avançada do que outras áreas. Eu acho que a percepção dos elementos, da
cultura que é já absorvendo todas as manifestações humanas, ele vai surgir com eles
já na década de 50 – 6-... e parece que a preocupação dos estudos culturais
continuam plenamente atuais. É onde eu tenho trabalhado mais e vejo meu
pensamento muito alinhado com o desses teóricos.
Barbero, não?
Um pouco, muito pouco. Conheço muito pouco o Barbero mas eu tenho trabalhado
mais é com os ingleses mesmo.
Gestão do conhecimento e o profissional da área de informação
A gestão do conhecimento é uma teoria que tem crescido muito na área de ciências
da informação. Na verdade, ela vai surgir na administração, e depois vai ser
apropriada pela ciência da informação. Ou seja, a idéia da gestão do conhecimento é
você trabalhar a administração das questões de informação antes delas se tornarem
explícitas. Então, você parte do pressuposto que o conhecimento existe nas
organizações de uma forma explícita, ou seja, transcrito em documentos, estabelecido
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